Feitorias

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As feitorias foram os entrepostos

comerciais criados na Europa, os quais

seriam especialmente utilizados fora do

continente europeu. A prática de se

construir feitorias teve início ainda durante

a Idade Média, logo essas organizações

típicas do povo europeu foram conquistando

territórios. As grandes navegações que

tiveram início ainda no fim da Idade Média

influenciaram muito na utilização de feitorias

pelo oceano Atlântico e o oceano Índico.

O Feitor tinha as funções de reger o

comércio e arbitrar a comunidade de

mercadores, assim como exercer a função

de capataz dos escravos de sua feitoria.

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As feitorias eram espalhadas por terras litorâneas por onde passavam os

navegadores. Por terem se lançado pioneiramente ao mar, os portugueses

são quem recebem as principais identificações com as feitorias. Estas

funcionavam como mercado, armazém, alfândega e defesa e ponto de apoio

à navegação e exploração nos entrepostos estabelecidos. Em muitas

ocasiões, essas mesmas feitorias, serviam ainda como sede do governo das

comunidades do local.

Graças às feitorias foi possível que Portugal estabelecesse seu domínio

comercial no Atlântico e no Índico, tal recurso permitia que o Império se

expandisse mesmo utilizando-se de poucos recursos humanos e territoriais.

As feitorias foram impulsionadas por variados fatores, como: ouro, na costa

da Guiné; especiarias, no Índico; escravos, na América; açúcar, malagueta,

Cairo, madeira e cavalos, em Goa; cereais e penas de aves exóticas, na

Indonésia; pedras preciosas, sedas e porcelana, no Oriente.

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A primeira feitoria no Brasil data de

1504 e tem localização na cidade

fluminense litorânea de Cabo Frio. Foi

fundada por Américo Vespúcio e

marcou um dos primeiros sinais da

colonização portuguesa nas novas

terras. Em seguida vieram as

feitorias de Santa Cruz, do Rio de

Janeiro, de Igaraçu e da ilha de

Itamaracá.

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As feitorias se desenvolveram ao longo de todo o período colonial

ampliando sua abrangência de atuação na comunidade e na colônia.

As feitorias, que inicialmente serviam para marcar pontos de

colonização e aproveitar para explorar a região em benefício dos

portugueses, cresceram em aplicação e tornaram-se fazendas dos

grandes proprietários de terras. As feitorias representavam sede do

poder local, por onde passava o comércio, e tinha grande influência.

O Feitor era o indivíduo encarregado de administrar as feitorias sob

todas as suas formas. Inicialmente eles controlavam o comércio do

local, arbitrando a comunidade de mercadores. Além de reger as

trocas comerciais, a função do feitor foi sendo ampliada e mais

temida, pois o feitor fazia negócio em nome rei e era também o

incumbido de recolher os impostos, chamado quinto.

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Os feitores sempre foram grandes

inimigos dos escravos, pois agiam como

os capatazes da escravaria, eram eles

que aplicavam as cruéis punições às

condutas inadequadas dos escravos. Os

feitores vigiavam as fazendas

constantemente para impedir a

tentativa de fuga dos escravos. Quando

conseguiam, eram formadas expedições

organizadas pelos capitães-do-mato

para recapturar os fugitivos. De volta à

fazenda, os feitores aplicavam os mais

brutos castigos aos escravos, recebiam

várias chibatadas e eram marcados com

metal na pele como fujões. Várias são as

representações dos feitores em

pinturas torturando os escravos, atitude

a qual marcou em especial a atuação

dos feitores.

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As feitorias eram basicamente locais de armazenamento de

produtos. Esses produtos eram retirados das colônias e eram

levados para a metrópole imperial. Portugal por ter iniciado o

processo de expansão marítima foi quem teve mais participação

nas feitorias, feitorias essas localizadas principalmente na costa

litorânea das colônias. No Brasil, elas tiveram principalmente a

funcionalidade de armazenar o pau-brasil retirado daqui.

O Feitor era quem administrava-as, tendo ele também a função

de capataz, ou seja, ele aplicava as punições aos escravos, todas

elas muito severas, diga-se de passagem.