Felicidade

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA EDITORIAL · PAG 2 Por que perguntar quando já se sabe a resposta? MATÉRIA DE CAPA · PAG 6 ENTREVISTA · PAG 13 O que há de errado com a felicidade? Ricardo T. M. da Fonseca Magistrado e deficiente visual ANO 12 . Nº 128 . OUTUBRO 2009 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADEFELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADEFELICIDADEFELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADEFELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE FELICIDADE É É É É É É É É É É É É É É É É É É É É DECIDIMOS NÓS QUE ALGO MESMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS ALGO QUE NÓS MESMO DECIDIMOS É É É É É É É É É É É

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Edição de outubro - 2009

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

EDITORIAL · PAG 2Por que perguntar quando

já se sabe a resposta?

MATÉRIA DE CAPA · PAG 6 ENTREVISTA · PAG 13

O que há de erradocom a felicidade?

Ricardo T. M. da FonsecaMagistrado e deficiente visual

ANO 12 . Nº 128 . OUTUBRO 2009

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Por que PerguntarEd

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O fazer perguntas, mesmo quando já se conhece a resposta, é algo mais comum do que possamos imaginar. Elas são chamadas de “perguntas retóricas”. Se observarmos com cuidado, veremos que elas ocor-rem com frequência em nossas conversações. Às vezes, elas são feitas em tom de brincadeira, irônico, ou até mesmo ofensivo; em outros momentos finge-se que não se sabe a resposta, no entanto, sabe-se muito bem; porém, dentro de determinados contextos, elas são usadas como um recurso didático. Um livro da Bíblia, no qual se vê várias dessas perguntas, é o de Malaquias. Na sua leitura, observa-se uma série de perguntas retóricas, a maioria feita pelo povo a Deus. A primeira pergunta retórica em Malaquias vem após uma afirmação divina: “Eu sempre os amei, diz o Senhor. ‘De que maneira nos amaste?’” (Ml 1.2). O que vemos é uma declaração de amor que Deus faz às pessoas, e elas fazem uma pergunta da qual já sabiam a resposta, mas se negavam a aceitá-la. Eles viviam um tempo difícil por terem se afastado de Deus e de Seus mandamentos. No entanto, eles diziam que a razão de tal sofrimento era a falta do amor divino; com isso procuravam fugir às suas responsabilidades. Esse mesmo tipo de situação é frequente em nossos dias, há muitos que atribuem a causa dos seus sofrimentos a uma ausência do amor de Deus. Essa postura é mais fácil do que assumir erros, pecados e arrepender-se por ter quebrado princí-pios divinos. Ao culpar Deus, sabe-se que ele não vai processar ninguém por calúnia e difamação nos tribunais terrenos, então, se tiver que culpar alguém, que esse alguém seja Deus, não eu; isso é o que o “inconsciente”, que está muito consciente, diz. Contudo, quando se age assim, consequências nada agradáveis ocorrem, pois o distanciamento de Deus só aumenta, os pecados se perpetuam e os problemas se multiplicam. A Escritura diz: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16). Jesus também disse: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15.13). O fato de Jesus deixar o céu, fazer-se homem, anunciar o evangelho, morrer para que tivéssemos vida e vida eterna, anuncia o grande amor de Deus. Vale ressaltar a afirmação da Escritura de que Deus amou o mundo, ou seja, não há ninguém neste mundo que Ele não tenha amado. Diante de tanto amor, que foi revelado de uma maneira tão clara, já sabemos que Deus

nos ama, e muito. Portanto, não ousemos fazer a irônica e provocativa pergunta: “De que maneira nos amaste?”. Nós já sabemos que Ele nos ama, abracemos Seu amor recebendo Cristo em nossa vida como Salvador e Senhor. Outra pergunta que os primeiros destinatários de Malaquias fizeram a Deus foi: “De que maneira te desonramos?” (Ml 3.7). Saber qual era a resposta eles sabiam, porém se faziam de de-sentendidos; tentavam enganar a si mesmos, aos outros e a Deus. Eles ofereciam a Deus o pior que tinham e queriam o melhor dEle. Eles desonravam a Deus, que é justo, santo e perfeito e queriam que Deus os honrasse. Será que essa história ocorrida há cerca de 2440 anos não se repete em nossos dias? Perguntemos: Deus tem sido honrado em nossa vida e em nossa sociedade? Refletindo apenas sobre o uso do tempo, temos honrado a Deus com ele? Muitas vezes pessoas dão tempo para o trabalho, para si mesmas, para a família, para o lazer, para o shopping etc., mas para Deus, no máximo, fica uma pequena sobra. E talvez a mesma pergunta retórica seja feita: “De que ma-neira te desonramos?” Não façamos a Deus perguntas como essas, das quais já sabemos as respostas. Reconhe-çamos, recebamos e valorizemos o amor de Deus por nós e O honremos com o melhor do que somos e temos. Só assim a nossa existência passa a ter um sentido nobre, com menos conflitos e mais realizações.

Silas ZdrojewskiCopastor da Primeira IEQ

quando já se sabe a resposta?

Redação e CorrespondênciaMinistério de Comunicação e DivulgaçãoR. Alberto Folloni, 143 . Juvevê 80530-300Tel 41 3252.7215www.primeiraieq.com.br

Jornal Voz de Esperanç[email protected]

Diretor PresidenteRev. Eduardo Zdrojewski

Comunicação e MarketingFernando Henrique F. Klinger

Arte, Diagramação eEmerson Rassolim Batista

Projeto GráficoEmerson Rassolim Batista

CapaEmerson Rassolim Batista

Colaboradores João Tarcísio Regert . Lois Broughton Patrícia Locatelli . Julio C. PoncianoRosangela Ferreira . Cristiane D. Bento Roberto Bueno da Costa . Silas ZdrojewskiLuiz F. Pianowski . Silvio Faustini

Jornalista ResponsávelCarlos Alberto D. Queiroz (PMST . 1158)

FotografiasDiversos

CTP e ImpressãoGigapress Gráfica Editora | 3023.6050

Tiragem22.000 exemplares

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“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado al-gumas vezes, mas não me esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo e que posso evitar que ela vá à falência.Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dosproblemas e tornar-se um autor da própria história.É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios para minorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário deci-dido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista nervoso com a interrup-ção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção.De repente lembrou-se de ter visto um mapa do mundo numa revista. Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozi-nho.Calculou que a criança levaria horas para recompor o mapa.Alguns minutos depois, ouviu a voz do filho que o chamava

Um senhor de idade avançada estava cuidando da planta com todo o carinho, quando um jovem aproximou-se dele e perguntou: Que planta é esta que o senhor está cuidando? É uma jabuticabeira - respondeu o senhor. E ela demora quanto tempo para dar frutos? Pelo menos uns 15 anos - informou o senhor.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo.É ter coragem para ouvir um “não”.É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho?Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo...”

Fernando Pessoa

calmamente: Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível, na sua idade, ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto.Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, cer-to de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo.Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas, não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os pedaços e comecei a consertar o homem, que eu sabia como era. Quando acabei de consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo“!

E o senhor espera viver tanto tempo assim? Indagou irônico o rapaz. Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada - disse o ancião. Então, que vantagem você leva com isso, meu velho? Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas se todos pensassem como você...

ser Feliz...

um Cientista ViVia preoCupado...

qual sua Vantagem nisso?

quando já se sabe a resposta?

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Um ladrão na noite

No dia 13, segundo domingo de setembro, a equipe do Encon-tros de Vida apresentou nos três horários de culto um teatro intitulado “Um Ladrão na Noite”. A proposta do roteiro abordou a indiferença das pessoas ao Evangelho e a pregação bíblica do arrebatamento. Os diálogos apresentaram contrastes de argu-mentações entre os que creem e os que não creem em Jesus.

O último ato trouxe o resultado dessas posturas: os que não creram ficaram. O fechamento da apresentação deu-se com o grupo cantando: “ainda bem que eu vou morar no céu...” acompanhada por uma coreografia preparada especialmente para a apresentação.

Chá da Primavera

Na tarde do dia 17, o Ministério de Mulheres promoveu o Chá da Primavera sob o tema “O Brilho da Glória de Deus”, baseado no texto de Cantares 2.12. Esse evento acontece anualmente como forma de celebrar a estação das flores. Após um período de cânticos, coreografias e poesias, os participantes foram dire-

cionados para o salão social da igreja, onde puderam participar de um delicioso chá regado a alegria e simpatia. A renda obtida com a venda dos convites foi revertida para auxilio ao índio e missionário no Amazonas, Marcos Fortz.

Culto de Missões

“Pai, dá-me o teu amor pelas nações”! Este foi o tema do culto de Missões do mês de setembro. A história do amor de Deus pelas nações foi contada pelos alunos do ITQ (Instituto Teológi-co Quadrangular) e do CTM (Centro de Treinamento Missioná-rio) através do teatro, da dança e da música. Dentro da diver-sidade da programação apresentada aconteceu a participação

de uma aluna surda, que apresentou uma música em LIBRAS (Língua de Sinais Brasileira).Paralelamente a reunião da noite, o Ministério de Crianças da Primeira IEQ realizou o primeiro Culto das Nações Infantil. Este teve como objetivo despertar nas crianças a consciência mis-sionária e o chamado de cada cristão para pregar o Evangelho.

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Não precisa ser um expert para perceber que estamos vi-vendo uma época de mudanças. Sem dúvida muitas des-tas mudanças são para melhor e colaboram para o bem-

estar do homem; como as inovações tecnológicas, a variedade dos bens de consumo, os avanços da ciência, da medicina etc. Porém, ao lado desta aceleração tecnológica ocorre uma trágica mudança paradigmática no modo de ser e pensar do indivíduo e de nossas instituições. Nossa sociedade esta cada dia mais consu-mista, materialista e individualista. O indivíduo do século 21 está se desfazendo dos laços institucionais tradicionais como família, igreja, ética, moral, respeito e educação. Estamos vivendo uma inversão de valores, um pluralismo de “verdades” e uma exal-tação exagerada do entretenimento e do ego individual. Ao que tudo indica, se não revisarmos nossos valores, nossa sociedade se autodestruirá. As últimas décadas do século 20 e início do 21 têm sido caracterizadas por movimentos filosóficos e sociais que rom-peram com tudo o que, historicamente, tem sido crido como ver-dade absoluta e fundamental, da qual não se poderia abrir mão. Esses movimentos têm tomado vários nomes como: secularismo, relativismo, pós-modernismo, pluralismo ou modernidade líqui-da. Apesar de haver muitas controvérsias quanto ao signi-ficado e utilização do termo pós-modernismo, ele tornou-se cor-rente e amplamente discutido pela comunidade científica. Com base numa definição de Stanley Grenz e simplificando-a para maior compreensão, digo que a pós-modernidade é: “o nome aplicado às mudanças ocorridas na filosofia, nas ciências, nas ar-tes e na cultura social avançadas desde 1950-60, quando, por convenção, se encerra a modernidade”. É uma nova atitude inte-lectual que se expressa numa série de expressões culturais que negam os ideais, as verdades, princípios e valores que constituem o suporte da cultura ocidental moderna. Pós-modernidade é a condição sóciocultural e estética do capitalismo contemporâneo. Com estas definições podemos caminhar um pouco pela pós-modernidade. Alistemos, agora, algumas características do que é este movimento. Vejamos nelas as marcas de caráter e comportamento que muitos adolescentes e jovens trazem consi-

go. E como elas afetam nossa socieda-de.

Um dos pilares da cha-mada pós-modernismo é a ausência da verdade abso-luta. Não existe a verda-de, mas sim “verdades”. Esta concepção surgiu do filósofo e ateu Friedrich Nietzsche, quando es-

creveu: “a verdade é uma coisa subjetiva

na cabeça de quem cria. A verdade é

um conjunto de ilusões. A ver-

de um mundo pós-modernodade está na forma de como eu a vejo, mas não objetivamente. O que é verdade para mim pode não ser verdade para outros”, e assim por diante. Entre tantas outras, estas afirmações de Nietzs-che deram liberdade para o homem se desfazer das verdades e dos valores conquistados pela humanidade durante séculos. Essa nova geração pós-moderna passou a questionar ou tentar rejeitar quase todos os valores e os conceitos que antes eram tidos como verdadeiros e absolutos. Hoje nada mais é “verdade”, tudo é relativo, dizem os pós-modernistas. Convencidos de que não há uma verdade ob-jetiva, ensinam que “os valores devem ser criados pelas próprias pessoas. Nenhuma certeza pode ser imposta a ninguém, intuição no lugar das regras, cada um vive como quer, viver é fazer o que dá prazer”. Neste sentido, “cada um pode fazer sua opção sexual, conjugal, espiritual, comportamental. Sexo antes do casamento é uma aventura a ser experimentada. Aborto é um direito. Exageros no comportamento e no vestuário são um direito de expressão”, dizem os pós-modernistas. As pessoas são senhoras de suas vidas, sem conven-ções, sem parcerias, sem regras e sem valores. Podemos resumir isso com um trecho da música de Raul Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião forma-da sobre tudo...”. Essa filosofia vem gerando na juventude de nossos dias uma preocupante aversão aos padrões morais pré-estabelecidos pela sociedade e até mesmo aversão aos valores estabelecidos por Deus e defendidos pela Igreja há séculos. O relativismo de verdades provoca uma confusão sem precedentes. Pessoas ne-gam a existência de Deus, mas acreditam na energia vinda de cristais. Negam a historicidade de Jesus, mas acreditam em duen-des e meninos bruxos que voam em vassouras. A pós-moderni-dade está fazendo uma crença tipo picadinho. Em meio a um pluralismo e relativismo tão grande de “verdades” a única solução é encontrarmos uma verdade abso-luta, sublime, perfeita, eficaz. Uma verdade capaz de superar, aferir e questionar todas as demais “verdades”. Uma verdade que transforme e balize nossas vidas e a vida de nossa juventude. Uma verdade que seja amplamente sólida e tenha um idealizador perfeito, íntegro, completamente transparente e bom. Alguém que tenha autoridade, historicidade, prestígio e competência. A esta altura, nos resta apenas um nome a mencionar: Jesus Cristo de Nazaré. Em João 14.6 Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Em João 8.32 eloquentemente bradou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Cristo é a verdade absoluta capaz de transformar nossa sociedade. Ele é o padrão de conduta perfeito, a referência para os valores sociais. Ele é a verdade que liberta as vidas encarceradas neste turbilhão de “verdades”. E este é o nosso desafio em um mundo pós-moderno: ensinar que existe uma verdade absoluta e um padrão perfeito para seguir-mos, a saber, Jesus Cristo de Nazaré.

Pastor Silvio Faustini Ministério de Ensino Primeira IEQ

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Neste texto vou dispensar uma introdução e ir direto

ao ponto: existe algo errado com a felicidade! Espantoso e contraditório, mas é verdade. Melhor dizer em conjunto, que exis-te algo distorcido na estratégia atual de tornar as pessoas felizes. Neste sentido, uma antropologia da fe-licidade, isto é um esforço para compreender o que faz as pessoas se sentirem felizes, torna o objeto bem mais com-plexo. Em primeiro lugar porque há uma ampla dissemi-nação da ideia de que existe uma íntima correlação entre crescimento econômico e maior felicidade. Acreditamos, e quem dera fosse verdade, que um pouco mais de dinheiro, que não é dispensável hoje em dia, nos torne mais felizes e melhore a qualidade de nossas vidas. A questão é que, por essa premissa, absorvemos praticamente a totalidade de nossos estoques de vitalidade num esforço interminável em gerar renda e adquirir tranquilidade financeira. Nesse item a sabedoria popular já deu o seu parecer: “dinheiro é bom, mas não traz felicidade”. Em segundo lugar, e esse talvez seja o grande nó da felicidade, é que nossa relação com o que o dinheiro pode comprar é bem democrática, isto é, qualquer pessoa, seja ela de qualquer classe social, pode consumir. Entenda que con-sumir não é a mesma coisa que gastar ou esbanjar dinheiro. Consumir é uma relação prazerosa e passageira com uma mercadoria, uma satisfação pessoal que a posse do objeto de desejo proporciona. Vá a uma loja do tipo 1,99 ou minipreço, e experimente por si mesmo. A consequência disso tudo é algo que toca direta-mente nossa autoestima. Isso porque o sonho da felicida-de, quando se sustenta pelos parâmetros demonstrados até aqui, nunca pode ser atingido. A felicidade tem um preço conforme a etiqueta. É por essa razão que, se não consegui-mos uma felicidade duradoura, segmentamos nossa busca a pequenas fatias. Felicidade com prazo de validade. O melhor exemplo disso é a filosofia de viver um dia de cada vez, uma espécie de renascer, de adquirir um novo “eu” de tempos em tempos. Não há absolutamente nada de errado nisso e nem mesmo é novidade. O fato novo é que hoje em dia consti-tuímos nossas vidas em episódios. Significa afirmar que, a qualquer momento, podemos mudar a trama do palco da vida, ou seja, as coisas deixaram de ter um caráter perma-nente. O casamento é um exemplo clássico. Não deu certo, parte-se para outro, ou ainda, pensando bem, antes que isso aconteça, melhor mesmo é juntar os trapinhos é pronto.Adquirimos, portanto, uma fobia a compromissos duradouros ou permanentes. A regra é a transitoriedade e a flexibilidade. Trocamos o prazer da ligação pelo prazer da ilusão. Ligação entendida como um sentimento que somente ocorre pela sedimentação do tempo dedicado a pequenos cuidados, semelhante ao cuidado que o oriental dedica a seu bonsai. Bem diferente da faísca, do pulso de felicidade que busca-mos de tempos em tempos. Aprofundando um pouquinho mais a questão, ela se assenta exatamente na convocação que Nietzsche, um

filósofo alemão bastante popular apregoa. O passa-

do atrasa e detém o voo dos construtores do futuro. Portanto, nas

palavras dele, um Homem-Superior, autos-suficiente, deve tratar o seu passado com des-

prezo, incluindo seus compromissos anteriores, se desejar ser realmente livre. A recente novela “Caminho

das Índias” trouxe um exemplar do pretenso Homem-Supe-rior. Um personagem que simula a sua própria morte para se desvencilhar dos compromissos passados, de sua história de vida, e assumir outra identidade e construir outra possibilida-de de ser feliz. O resumo da história é que ele termina sua vida na sarjeta. Ao que tudo indica, na contramão da filosofia mo-derna, a felicidade é um caminho e sempre estará “além do horizonte, em algum lugar bonito pra viver em paz”, como ensina a música de Roberto Carlos. Esse sentimento de to-talidade é que nos move em direção à ela. Prosperidade, neste sentido, não é conquistar a felicidade, e sim, possuir a consciência que se está no caminho, indo em sua direção. Entretanto, o pavimento que te conduz é formado pelo sólido sedimento construído de compromissos firmados ao longo da vida. Note como fica agora esta curta antropologia da felicidade contrastando com uma teologia da felicidade en-sinada por Jesus no Novo Testamento: “Quando Jesus viu aquelas multidões, disse: [...] Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará; Felizes as pessoas humildes, pois re-ceberão o que Deus tem prometido; Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as dei-xará completamente satisfeitas; Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas; Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus; Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos; Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas; [...] Vocês são o sal para a humanidade, mas se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam”. Esta lição está no evangelho de Mateus, capítulo 5. Ela evidencia que Jesus não fixou a felicidade em nenhum marco material. Todos apontam para um horizonte, uma es-pécie de meta que serve de estímulo. A felicidade prometida nesta mensagem é uma esperança e aponta para a eternida-de, o Reino do Céu. Ao mesmo tempo, ela é resultado de um compromisso, uma aliança, um pacto entre aqueles que o reconhecem como Messias e se tornam embaixadores desta boa notícia. Afinal, o que há de errado com a felicidade? Abso-lutamente nada! A sociedade contemporânea é que escolheu o caminho errado. Talvez a melhor resposta esteja na metá-fora do sal: a humanidade deixa de ser infeliz quando é tem-perada por aquela esperança e isso é uma relação mútua, uma construção coletiva, aquele toque final na arte da vida.

Júlio Cesar Ponciano, Cientista Social, Mestre em Antropologia

Comunicação - Primeira IEQ

O Q U E H Á D E E R R A D O C O M

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Como é bom ser criança, brincar, se divertir, não ter preocupações, não precisar levantar cedo para trabalhar (isso é coisa para os adultos)... Toda criança tem responsabilidades sim, mas nada que ela não possa fazer: estudar, ajudar nos afazeres de casa...Todo ser humano tem seus direitos e deveres, inclusive as crianças. E um dos direitos é o de ser criança, poder brincar e agir como criança. Em Eclesiastes 3.1 diz: ”Para tudo há uma ocasião certo, há um tempo certo para todas as coisas debaixo do céu”. A Bíblia nos ensina nesse versículo que hoje é tempo de ser criança, mais tarde você será adolescente, jovem, adulto... Não queira antecipar as fases da vida, pois todas são importantes, aproveite ao máximo sua infância, não queira crescer antes da hora, pois aqueles que assim o fizeram, com certeza se arrepende-ram... E o tempo não volta mais. Outro direito muito importante da criança é ter a oportunidade de conhecer e aceitar a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida. Tenha certeza que o Senhor ama a todos, inclusive as crianças, elas são muito importan-tes. A palavra de Deus nos ensina que se qui-sermos herdar os céus, como crianças temos que nos tornar. Amiguinhos, parabéns pelo seu dia, que Jesus abençoe grandemente sua infância, lembrem-se existe um tempo certo para todas as coisas e que é muito bom ser criança que ama e obedece a Jesus Cristo.

Pastora Rosangela Ferreira Ministério de Crianças

Primeira IEQ

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Ingredientes4 ovos1 copo de açúcar1 copo de trigo1 colher (sopa) de fermento em pó

Rocambole de BananaAçúcar e canela para polvilharMargarina para untarCerca de 10 bananas d’água fatiadas

Mode de Preparo Bata as claras em neve, em seguida as gemas sem pelícu-las, uma a uma, até formar um creme bem fofo. Acrescente o açúcar e o trigo aos poucos e por último o fermento em pó. ReserveUnte um tabuleiro com margarina e polvilhe açúcar com cane-la, arrume fatias de banana e cubra com a massa reservada. Leve para assar em forno pré-aquecido, até que ao espetar um palito ele saia apenas meladinho.Desenformre ainda quente sobre um pano de prato e enrole o rocambole com o auxilio do pano de pratoPor cima polvilhe açúcar com canelaEle fica muito gostoso tanto para comer quente ou frio.

Receita Ana Marcia

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1 JOSIAS • 2 SAMUEL • 3 RODE • 4 NAAMÃ • 5 JOSÉ • 6 LOUVOR 7 CRIANÇAS • 8 ABENÇOOU • 9 CAIM • 10 ESPECIAL

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Depois de São Paulo, Curitiba também adotou a Lei Antifumo, que assinada pelo prefeito Beto Richa em 19 de agosto de 2009, deverá vigorar na cidade a partir de novembro.

A lei assinada, além de proibir que o cigarro seja con-sumido em ambientes fechados públicos, também proíbe os fumódromos e toda e qualquer área reservada para os fuman-tes. De acordo com a nova lei, o fumo é permitido em locais e espaços ao ar livre. Proposta pelo vereador Tico Kuzma (PSB), a lei en-trará em vigor 90 dias após a sua publicação no Diário Oficial do Município. “O projeto não restringe o direito de cada um. Garante, sim, a saúde pública coletiva”, esclarece Kuzma. “Os donos dos estabelecimentos deverão advertir os possíveis in-fratores sobre a nova lei. Se os clientes não seguirem as regras e persistirem na conduta proibida, deverão ser convidados a se retirar do local”, afirmou o vereador. Responsáveis por espaços que permitirem o fumo poderão receber multa dobrada a cada reincidência. A lei vale para cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer ou-tro produto fumígeno, derivado ou não de tabaco. De acordo com dados da prefeitura, 1.300 pessoas morrem em média por ano em Curitiba por doenças relaciona-

das ao cigarro. LEI ESTADUAL ANTIFUMO

O uso de tabaco e derivados é permitido dentro de casa, em vias públicas e áreas ao ar livre, em tabacarias e em cerimônias religiosas, caso faça parte do ritual, mas não em áreas comuns. O governo também liberou o uso de cigarros em peças de teatro. O fumante não será punido, mas pode ser obrigado a deixar o local. A multa fica para o proprietário do estabe-lecimento. O valor é de R$ 792,50 no primeiro flagrante. Em caso de reincidência, a multa sobe para R$ 1.585,00. Caso o estabelecimento seja flagrado pela terceira vez, terá o alvará suspenso por 48 horas, na quarta vez, a interdição será de um mês. A lei acaba com os fumódromos em estabelecimen-tos comerciais e ambientes de trabalho. De acordo com o go-verno do Estado, a lei não prevê áreas exclusivas para fuman-tes porque elas não impedem a circulação da fumaça e, com isso, as pessoas continuam expostas aos males do cigarro.

Fontes: Folha Online, Redação Terra e Band.

Lei antifumo em curitiba

A camada Pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural, localizado nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo (região litorânea entre os estados de Santa Catarina e Es-pírito Santo). Estas reservas estão localizadas abaixo da camada de sal (que podem ter até 2.000 de espessura). Portanto, se localizam entre 5.000 e 7.000 metros abaixo do nível do mar. A descoberta da camada Pré-sal deixa o Brasil em uma posição um pouco mais confortável economicamente, mas suscetível à pressão política das potências mundiais. Ou-tro possível interessado é o grupo de empresas brasileiras e estrangeiras que disputam o mercado com cerca de 3% das reservas mundiais e estão predestinadas a uma vida útil não superior a cinco anos. Na tentativa de sobreviver a esta som-bria previsão, elas estão unindo capital, e o Brasil se tornou um alvo em particular depois do advento da descoberta das novas jazidas e da possibilidade de pular para a quarta posição no ranking dos países exportadores. Para assegurar a descoberta em mãos nacionais, será necessária a execução de movimentos difíceis e que passam

pela correção da lei 9.478/1997, criada em substituição à lei 2004/1953 que assegurava que o petróleo encontrado no Bra-sil pertencia aos brasileiros. A lei 9.478/97 permite, em seu artigo 5º, que qual-quer empresa constituída sob as leis brasileiras, com sede e ad-ministração no País, possa exercer as atividades de produção, transporte e comercialização do petróleo. O art. 26 desta lei determina que o concessionário terá a propriedade do petróleo ou gás produzidos, ou seja, poderá dispor deles como quiser. Em função disto, atualmente, enquanto os demais produtores de petróleo ganham cerca de 84% sobre o valor comercializa-do, o Brasil nem sempre chega aos 45%. Atualmente existe no mundo dois fatores conflitan-tes: a aceleração do consumo mundial de petróleo e a queda, prevista para curto prazo de sua produção. Esses fatores estão inflacionando o preço do petróleo e as grandes potências, que não têm reservas próprias para atender suas necessidades, par-tem para ações agressivas que garantam os respectivos abas-tecimentos de petróleo ou gás. Esses dois motivos reafirmam a necessidade da atu-alização da Lei 9.478/97 para que não ocorra risco de explora-ção predatória dos reservatórios, bem como regular a compra e venda do petróleo, de garantir sua posse em águas internacio-nais e em área de fronteira. Somente através da mobilização da sociedade brasi-leira será possível garantir as riquezas do petróleo do Pré-sal para os brasileiros.

Fonte: Cartilha “E o Pré-sal é nosso?” elaborado pela AJURIS - Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul

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está na biblioteca”, prendeu minha atenção por um bom tem-po. Pendurei o desenho na parede da sala de jantar con-forme tinha prometido à minha menina. E por aquelas longas semanas que antecederam a defesa de minha tese, eu encarei aquele retrato esclarecedor. Finalmente terminei meu doutora-do. Agora eu era “Dr. Rosberg”, e deveria ter me sentido muito bem, mas francamente não havia muita alegria em minha vida. Uma noite depois da graduação, Barbara e eu estávamos con-versando na cama e eu lhe perguntei: “Barbara, obviamente você viu o desenho da Sarah pendurado na parede da sala de jantar. Por que você não disse nada”? “Porque eu sei o quanto feriu você”. Palavras de uma sábia mulher. Àquele ponto, eu fiz a pergunta mais difícil de minha vida. “Barbara... Eu quero voltar pra casa. Posso?” Vinte segundos de silêncio se seguiram. Pare-cia que eu prendia meu fôlego por mais de uma hora. “Gary”, Barbara disse cuidadosamente: “as meninas e eu te amamos muito. Nós o queremos em casa. Mas você não esteve aqui. Eu me senti como mãe e pai durante muito tempo”. As palavras impressas parecem frias, mas ela as disse com carinho e ternura. Era ape-nas a verdade clara, sem disfarce. Minha peque-na menina tinha desenhado o quadro, e agora a mãe dela dizia as palavras. Minha vida ti-nha sido descontrolada, minha família estava no piloto automático, e eu tinha uma longa estrada pela frente se quisesse as conquistar novamente. Mas eu tinha que conseguir. Ago-ra que a névoa tinha se dissipado, se tornou o objetivo mais importante de minha vida.

Gary Rosbe - Tradução Sergio Barros Fonte: www.evol.com.br

Eu estava sentado em minha cadeira favorita, estudando para a fase final de meu doutorado, quando Sarah apare-ceu com uma pergunta: “Papai, você quer ver meu dese-

nho”? “Sarah, papai está ocupado. Volte um pouco mais tarde querida”. Eu estava ocupado. O trabalho de uma semana inteira a ser feito em ape-nas um final de semana. Dez minutos depois ela entrou na sala. “Papai, me deixa te mostrar o meu desenho”. “Sarah, volte mais tarde. Isto que estou fazendo é importante”. Três minutos depois ela entra novamente, fica a um palmo de meu nariz e falou com todo o poder que um comandante de cinco anos de idade poderia conseguir: “Você quer ver ou não”? “Não, eu não quero”. Com isso, ela zuniu pra fora e me deixou só. E de alguma maneira, estando só naquele momento não estava tão satisfeito quanto pensei que ficaria. Me senti como que puxado e fui até a porta da frente. “Sarah”, - eu chamei – “você poderia entrar um minu-to, por favor? Papai gostaria de ver o seu desenho”. Ela entrou sem reclamações e se atirou em meu colo. Era um grande qua-dro. Ela lhe deu até um título. No alto, com sua melhor letra, estava escrito: NOSSA FAMÍLIA. “Me explique o quadro”, pedi a ela. “Aqui é a ma-mãe” (uma figura de palito com cabelo longo, amarelo, on-dulado), “aqui sou eu, do lado de mamãe” (com um sorriso no rosto), “aqui é Katie” (nossa cachorra), “e aqui é Missy” (a pequena irmã dela). Era uma interessante apresentação da forma como ela via nossa família. “Adorei seu desenho, querida. Vou pendurar na pa-rede da sala de jantar, e toda noite quando eu voltar pra casa vou olhar para ele”. Ela sorriu de orelha a orelha e foi brincar lá fora. Voltei aos meus livros, mas por alguma razão eu mantive a leitura no mesmo parágrafo repetidamente. Algo me deixava intranquilo. Algo sobre o desenho de Sarah. Alguma coisa esta-va faltando. Eu fui até a porta da frente. “Sarah, você poderia voltar aqui dentro um minuto, por favor? Eu quero olhar seu desenho novamente”. Sarah voltou ao meu colo. Hoje, fe-cho meus olhos e posso ver exatamente o jeitinho dela. Bochechas rosadas. Rabo de cavalo, short ver-melho e tênis. Uma boneca de pano, chamada Nellie, debaixo do braço. Eu fiz uma pergunta para minha pe-quena menina, mas não estava certo de querer ouvir a resposta. “Querida... Tem a mamãe, a Sarah, a Missy. Até a Katie, que é um cão está no desenho. E tem o sol, a casa, os esquilos e os pássaros. Mas Sarah... onde está seu papai”? Ela respondeu: “Você está na biblioteca”. Com aquela declaração simples, minha peque-na princesa parou o tempo para mim. Erguendo-a su-avemente, eu lhe mandei de volta para brincar ao sol de primavera. Eu me afundei em minha cadeira com a cabeça girando. A declaração simples de Sarah: “Você

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Cientistas disseram...

conhecimentoprofundo Quem nos conhece profundamente a não ser Deus? Quando apresentamos alguma doença, o médico pode pedir exames que vasculhem o nosso interior. Para tais exames, a ciência conta com um aparato de equipamentos espetacula-res, como por exemplo: tomografia computadorizada, resso-nância magnética, exames bioquímicos com uso de materiais radioativos e tantos outros que nos deixam impressionados. Parece que todo nosso interior pode ser sondado. Porém o salmista cita: “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe” (Salmos 139.13). Que situação! Podemos manipular os genes, mas com limites! Podemos olhar o interior de uma pessoa, mas com limites... Tudo é limitado, temos que entender que so-mos limitados. Há limites para as águas, para a Terra, para o ar e limites para o nosso conhecimento. Fico maravilhado quando Deus começa a fazer certas perguntas a Jó no ca-pítulo 38. Fico pensando nessas perguntas, em como elas seriam respondidas hoje pelos nossos pesquisadores que são céticos, que não creem na Majestade de Deus. Deuteronômio 29-29 traz: “As coisa encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus, mas as reveladas per-tencem a nós e nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei.” Podemos e devemos pesquisar, mas nunca devemos imaginar que conseguiremos surpreen-der a Deus. Ele é quem nos surpreende sempre. Ele permi-te que de vez em quando vislumbremos as maravilhas que criou. Ele nos ama e conhece o nosso íntimo. Este conheci-mento do nosso interior profundo faz com que Ele seja tão íntimo do nosso ser, da nossa alma. Porém, de que adianta termos tanto conhecimento e não conhecê-Lo? O conheci-mento é diferente da fé. Tendo fé, com ou sem conhecimen-to, é possível agradar a Deus, porém sem fé é impossível agradar a Deus. O que você prefere? Só conhecimento? Ou também fé? Espero que a pergunta feita por Deus a Jó sobre quem obscurece o Seu conselho, possa ser respondida como Jó respondeu. “Certo é que falei de coisas que eu não enten-dia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber”.

Luiz Francisco PianowskiDoutor em Tecnologia Farmacêutica

“A convicção da ignorância é a porta de entrada do templo da sabedoria”. (C.H.Spurgeon)

Vejamos alguns depoimentos de cientistas. Acredi-tamos que eles, sendo cientistas competentíssimos, têm uma grande mensagem de fé:Max Planck (1858-1947), prêmio Nobel de Física em 1918, pela descoberta do “quantum” de energia: “O impulso de nosso conhecimento exige que se relacione a ordem do universo com Deus”.Antoine Henri Becquerel (1852-1908), Nobel de Física em 1903, descobridor da radioatividade, afirmou: “Foram minhas pesquisas que me levaram a Deus”.Andrews Millikan (1868-1953), prêmio Nobel de Física, em 1923, pela descoberta da carga elétrica elementar: “A negação de Deus carece de toda base científica”.Albert Einstein (1879-1955), Nobel de Física em 1921, pela

descoberta do efeito fotoelétrico: “Quanto mais acredito na ci-ência, mais acredito em Deus”. “O Universo é inexplicável sem Deus”.Erwin Schorödinger (1887-1961), prêmio Nobel de Física em 1933, pelo descobrimento de novas fórmulas da energia atô-mica: “A obra mais eficaz, segundo a Mecânica Quântica, é a obra de Deus”.Voltaire (1694-1778), racionalista e inimigo sagaz da fé cristã, foi obrigado a dizer: “O mundo me perturba e não posso ima-ginar que este relógio funcione e não tenha tido relojoeiro”.Edward Mitchell, astronauta da Apolo 14, um dos primeiros homens a pisar na Lua: “O Universo é a verdadeira revelação da divindade, uma prova da ordem universal da existência de uma inteligência acima de tudo o que podemos compreender”.

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Patrick (Pierre)“O MAD e o discipulado são para mim uma segunda casa, amigos com quem posso conversar, passar o tempo, compartilhar a semana, desa-bafar e a buscar a Deus acima de tudo!”

Stephanne Barros“O MAD é o lugar onde gosto de estar, onde encontro pessoas com os mesmos princípios que os meus, e a Deus de uma maneira sobrena-tural, com um louvor que posso adorar de verdade, sem medo do que vão pensar. Já no meu discipulado encontro pessoas incríveis, lideres extraordinárias em quem posso confiar e confidenciar. Todas motivam minha vida, e lá aprendemos a viver através da Bíblia, e é onde tenho crescido como cristã e como pessoa”. Mavia Líder de Discipulado e Grupo de Dança“Foi através do MAD que comecei a frequentar mais os cultos, conhe-cer novas pessoas e fazer novas amizades. Recentemente abrimos um grupo de dança, que é um momento legal para descontrair, e também para louvar ao Senhor através da arte. Tem sido muito bom participar

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O Ministério de Ado-lescentes da Primeira IEQ foi criado em 1978, portanto há 31 anos. Ao longo desses anos muitas experiências e transformações acon-teceram e uma delas foi o novo forma-to de reuniões que

começaram a partir de 2002, há sete anos, para isso foi criado o

departamento do MAD, que vem cuidando e ministrando na vida dos adolescentes da igreja com grande responsabilida-de. Atualmente sob a liderança de Diórgenes Mamédio, conta com uma equipe de 20 líderes comprometidos com Deus e com a caminhada cristã dos adolescentes, mantendo o foco na qualidade de sua vida espiritual.Este ministério possui base bíblica em 1 Coríntios 1.18: “Pois a mensagem da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”. Para alguns, investir em relacionamento com Deus desde a mocidade parece loucura, mas depositar a nossa con-fiança e esperança desde a adolescência é a melhor escolha. “Pois tu és a minha esperança, Senhor DEUS; tu és a minha confiança desde a minha mocidade” (Salmo 71.5). Os cultos são realizados todas as sextas-feiras no cenáculo. Com uma média de 80 adolescentes, eles recebem

a Palavra de Deus, sustento espiritual necessário para manter nossos adolescentes saudáveis no mundo de hoje. Para um relacionamento mais profundo com Deus, o ministério possui 11 grupos de discipulado com 17 líderes no total, dos quais cinco grupos foram abertos só este ano, e ainda há disponibilidade de vagas para os interessados. São grupos pequenos onde há convivência cristã e estudo da Palavra. O Ministério realiza dois acampamentos anuais, visi-tas periódicas a orfanatos, eventos de evangelismo, conta com um grupo de dança e um projeto evangelístico com atividades esportivas, culturais e cristãs para propagar o Evangelho entre os adolescentes. O Ministério de Adolescentes tem como objetivo alcançar adolescentes para Cristo, acompanhar o desenvolvi-mento do caráter cristão, manter novos convertidos e estimular talentos e dons. Investir na vida dos adolescentes faz parte do coração de Deus e do nosso! Se você conhece um adoles-cente entre 14 e 19 anos, convide-o e traga-o para nossas reuniões, certamen-te Deus tem muito para falar com a nossa mocidade.

ministério de adolescentes

deste ministério, ver que está tendo resultado com os adolescentes, que estão crescendo espiritualmente e onde podemos sentir a presen-ça de Deus nas nossas vidas”.

Pedro Abdanur“Desde que comecei a frequentar as reuniões e o discipulado, consegui me aproximar de Deus de maneira muito significativa. Muito disso eu devo aos meus líderes, que são pessoas que eu posso confiar, e que são como irmãos para mim. Em todas as reuniões tanto do MAD, como do discipulado, consigo sentir a presença de Deus em mim, e crescer espiritualmente cada vez mais”.

Isabella Cristina“O discipulado e o ministério são para mim como uma fortaleza, onde eu consigo mais conhecimento, onde posso me sentir livre e buscar a Deus de todo coração, e com toda intensidade, onde tenho amigos que posso confiar sempre, e que vão estar comigo no momento que eu precisar. Lá vejo alegria e isso me faz bem. Simplesmente amo tudo aquilo!”

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Muitas são as perguntas sobre a causa de crianças e ado-lescentes que apresentam doenças “de adultos”.

O que acontece com eles, atualmente, que antes, não acontecia?

Nas décadas de 50, 60 e 70 as crianças eram ainda “crianças” com brincadeiras infantis, cercadas por familiares e, principalmente, pelas mães que as mandavam para a escola somente aos seis ou até sete anos de idade. A diversão era na rua (na época, segura) ou mesmo dentro de casa. O apoio dos pais (onde a permanência mais duradoura dos casamentos existia) dava a essas crianças o suporte necessário para que crescessem sentindo-se seguras e amparadas.

As mudanças, já as conhecemos bem:

- No tempo dessa mãe que passa a maior parte de seu dia no trabalho;

- No casamento, onde pais separados tiveram de se dividir na atenção dos filhos;

- Na pessoa daquele que antes educava e que agora, passa o bastão para professores, babás, creches etc.

O abandono se instala na percepção dessa criança que, na tentativa de se adaptar satisfatoriamente, inicia seus processos de somatização com ansiedade, angústia e autoesti-ma fragilizada. Nesse processos, ainda, o isolamento transfor-ma-se em “egoísmo”, onde este ser precisa pensar e focar em si mesmo nessa tentativa de adaptação.

Como consequência, no início dos relacionamentos que essa criança irá desenvolver, passa a existir a dificuldade de construir vínculos fortes e permanentes, onde a incapaci-dade de pensar no outro deixa de existir. Pois, afinal, aquele que passou tanto tempo investindo em si mesmo e tentando emocionalmente adaptar-se de maneira mais saudável, agora, desenvolver bons relacionamentos significa dar “tempo ao ou-tro” e “pensar no outro”. Sacrifício demais exigido por alguém desacostumado a viver esse intercâmbio até dentro da própria casa, onde se sentia abandonado ou percebido como tal.

A prova e resultado disso são os relacionamentos desses jovens oriundos daquela geração que mal se sustentam e inviáveis de permanecerem por muito tempo. Jovens que apresentam as mais diversas consequências dessa dinâmica familiar, adoecidos, com síndrome do pânico, fobias as mais diversas, depressão, transtornos obsessivos etc.

O jovem perdido de hoje, infeliz, doente e solitário, pede socorro a esses pais, pede que repensem seus comporta-mentos e expectativas diante da vida e diante do que é ser pai e mãe, pais que aceitaram a imposição moderna e o formato do mundo atual do “ter mais, ser mais”, deixando de lado esses filhos abandonados e perdidos à procura de uma resposta para suas vidas.

Marilena Teixeira Netto – psicoterapeuta/RJ

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RicaRdo Tadeu MaRquez da Fonseca

O Estado - Como o senhor ficou cego?Ricardo Fonseca - Perdi a visão por causa do agravamento de uma doença originária do nascimento prematuro. Nasci aos seis meses de gestação e aos 23 anos acabei perdendo totalmente a visão por causa de um agravamento chamado retinopatia da prematuridade.

De que forma o fato de ainda jovem ter ficado cego mudou sua vida?Aprendi que todos nós somos dependentes reciprocamente uns dos outros. Os meus colegas me ajudaram muito na faculdade. A minha mulher, que na época era minha namorada, deu um apoio emocional que foi fundamental, assim como a minha família. Ou seja, eu fui amparado devidamente por um grupo social que ia desde os meus colegas até a minha esposa.

Ter perdido a visão seria mais uma barreira ou um fato moti-vacional para o sucesso da sua carreira profissional?As duas coisas. Ao mesmo tempo em que foi um obstáculo, que me assustou, me motivou a lutar. Primeiro, eu passei a levar mais a sério a escola e a vida. Foi tanto um obstáculo quanto uma alavanca.

Qual é sua expectativa para sua nova função?O direito do trabalho em geral sempre me atraiu muito. Estou muito feliz agora por ser um juiz. Porque eu já fui advogado, já fui do Minis-tério Público e agora ocupo a magistratura. Então eu já ocupei todas as posições que alguém pode ocupar na Justiça do Trabalho e isso me orgulha muito.

Atualmente, quais são os assuntos mais comuns que passam pelo seu gabinete? Há algum assunto que mais lhe preocupa?Eu sou muito novo aqui ainda. Estou chegando agora e não posso dizer quais são as matérias mais incidentes. É a primeira semana de trabalho. Ainda estou tomando pé das coisas administrativamente e não dá para afirmar nada sobre isso.

O Poder Judiciário tem se envolvido na resolução dos proble-mas trabalhistas que dizem respeito a pessoas portadoras de necessidades especiais?Nós temos no Brasil uma ação afirmativa bastante rigorosa da lei que determina que empresas com mais de cem empregados contratem pessoas com deficiências em percentuais que variam de 2% a 5%, dependendo do número de trabalhadores da empresa. E também a Constituição determina que a administração pública reserve vagas nos concursos públicos para essas pessoas. No entanto, embora essas leis sejam bastante antigas, o Brasil ainda está um pouco longe de atingir todo o público alvo, ou a população com deficiência que seria econo-

micamente ativa. Mesmo assim, houve grandes avanços. Segundo as últimas estatísticas do Ministério do Trabalho, nós já temos 348.000 pessoas com deficiência empregadas na esfera privada. No setor pú-blico esse número também vem crescendo progressivamente.

O que ainda precisa ser melhorado nesse sentido?Eu acho que é uma questão cultural. As pessoas precisam aprender a ver na diversidade humana uma riqueza, não uma falta de força. As pessoas com deficiência têm eficiências que podem ser descobertas, desde que se propicie o método e o instrumento adequados para isso. É uma questão cultural. No Brasil as pessoas com deficiência são isola-das em guetos institucionais e isso precisa ser mudado.

Quais as dificuldades que o senhor, como deficiente visual, encontrou durante a sua ascensão profissional?Todas. Era muito difícil trabalhar em empresas, apesar de o meu currí-culo ser diferenciado. Era muito comum eu ser convocado pelo currícu-lo e, na hora da entrevista, era barrado pela falta de visão. Isso acon-teceu em concursos públicos. Mas, de qualquer forma, eu continuei lutando. Eu sinto que a geração mais nova de pessoas com deficiência visual, hoje, tem muito mais independência do que eu tinha, porque estão mais afeitas a lidar com programas de voz, com os quais eu mesmo ainda não aprendi a lidar. Vou aprender agora, no tribunal.

Como é a sua rotina de trabalho? Como o senhor delibera o trâmite dos processos?Normalmente os meus assessores leem para mim o que está nos autos e eu decido a partir dessa avaliação oral. Eu vou ter uma pessoa designada exclusivamente para ser o meu leitor. E, paralelamente, eu estou treinando a utilização de programas de sintetização de voz em computadores porque há uma tendência de os processos serem todos digitalizados nos próximos dois ou três anos. Então eu penso que, com um pouco de prática, terei mais autonomia também.

Qual é a mensagem que o senhor deixa para as pessoas que têm a mesma limitação que a sua, ou outras necessidades?A condição humana é, em si, uma condição de deficiência, mas essa condição também carrega em si um poder de superação das limita-ções. Então a gente tem que confiar nesse potencial humano que todos nós temos.

Allan Costa Pintoparana-online.com.br/editoria/cidades/news/390749

Foto: imagem.band.com.br

Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, que já teve o sonho de entrar na carreira adiado por uma banca de concurso em São Paulo - a qual justificou que ele não poderia ser juiz por ser cego -, até agora único deficiente visual a alcançar um cargo da magistratura. Ele foi nomeado pelo presidente da Repú-blica, Luiz Inácio Lula da Silva, para o cargo de desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9.ª Região. Entre outos as-suntos, o desembargador relata suas expec-tativas em sua nova função. Casado e pai de duas filhas, ele, que teve uma atuação destacada como membro do Ministério Pú-blico, também fala sobre como o seu poder de superação e o apoio de familiares e ami-gos foram fundamentais para sua ascensão profissional.

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Os discípulos andavam com Jesus, ouviam seus ensinamentos e viam suas maravilhosas obras! Mas, embora tão próximos do Messias, em determinado momento, provavelmente impactados com a vida de oração e de intimidade com o Pai que Jesus possuía, pediram a Ele: ENSINA-NOS A ORAR! Orar é comunicar-se com o Pai Celestial, uma atividade espiritual tão simples que uma pequena criança pode realizá-la, mas ao mesmo tempo uma “arte” tão profunda, mara-vilhosa da qual somos todos aprendizes. Milhares de livros já foram escritos, estudos ministra-dos, hinos compostos e artigos elaborados, mas este tema nunca se esgotará! Isto não deveria nos admirar, pois estamos falando da comunicação com o Todo-Poderoso! Quero lhe convidar a separar o primeiro sábado de novembro, para estar na presen-ça de seu Deus em adoração, busca e aprendizado. Um investimento em sua vida espiritual, que lhe trará dentre muitas recompensas a maior de todas, o crescimento de sua intimidade com o Maravilhoso Pai Celestial!

“Eis-me aqui!” (Isaías 6.8)Adoração, unção, poder, cura, renovação e muito mais de Deus para você.Dia 7 de novembro das 8h30 às 17h na Primeira IEQ.

Já sei orar!Eu não preciso aprender!Será?

Escola de Oração

LIXO ENTRANDO, LIXO SAINDO... Quando o computador pessoal ainda era uma novi-dade, era normal ouvir o ditado: “Lixo entrando, lixo saindo”. Queria dizer que se dados errados fossem inseridos em um computador a informação que ele forneceria seria igualmente errada. Embora atualmente não ouçamos mais essa frase, o princípio ainda é verdadeiro. Em vários sentidos nosso cérebro opera de maneira similar ao computador: o que ele produz é resultado do que nele entrou. Nossa mente é bombardeada e alimentada por um suprimento inesgotável de más informações. As notícias diárias já são suficientes para levar nossos pensamentos para o campo da negatividade. São relatórios sobre problemas econômicos, ameaças terroristas, guerras e conflitos, ameaças à saúde, in-termináveis batalhas políticas. O cinismo e o negativismo do-minam as transmissões da mídia. Parece que todo mundo está furioso com todo mundo. O ambiente de trabalho também pode transformar-se em terreno propício para proliferação de pensamentos que tendem a acentuar o negativo e eliminar o que é positivo: ru-mores, mexericos, inveja, competição desmedida, habilidade em promover animosidade e desânimo, mesmo em meio às situações mais positivas. O que podemos fazer, cercados por tantas influências prejudiciais, para impedir que esse “lixo” en-tre em nossos “computadores” cerebrais e saia novamente? A Bíblia nos oferece algumas sugestões: Proteger nossa mente. Os pensamentos e ideias com que alimentamos nossa mente moldam nossas convicções, valo-res e, em última análise, nossa maneira de ver o mundo. Precisa-mos evitar que nossa mente acolha e aceita informações impro-dutivas. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Provérbios 4.23); Encher nossa mente com pensamentos positivos e produtivos. Conscientemente podemos filtrar o conteúdo do

que entra em nossa mente, concentrando nosso foco em fon-tes que sejam benéficas e moralmente elevadas e evitando as que tendem a destruir ou diminuir a nós mesmos e aos outros. “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4.8); Treinar nossa mente para liberar informações provei-tosas. Precisamos ter consciência que o que dizemos e escreve-mos influencia outras pessoas e vice-versa. “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Efésios 4.29). Podemos viver em um ambiente negativo, mas isso não pode nos controlar. Como diz um antigo ditado: “Não po-demos evitar que os pássaros voem por cima da nossa cabeça, mas podemos impedi-los de fazer ninhos no nosso cabelo!”

Questões para reflexão1. Você já tinha ouvido a expressão “lixo entrando, lixo saindo”? Em ocasião recente você lidou com algum tipo de “lixo” que se apresentou à sua mente?2. Com tanto pensamento negativo nos cercando, que impacto isso tem causado sobre seus pensamentos, palavras e ações?3. Que acha da proposta bíblica de evitar a maneira de pensar destrutiva e concentrar-se naquilo que nos edifica, encoraja e nos fortalece para lidar com os desafios do dia-a-dia? Desejando considerar outras passagens da Bíblia rela-cionadas com o tema sugerimos: Provérbios 14.15; 19.27; 25.4-5; 1 Coríntios 13.6-7; 1 Tessalonicenses 5.21-22.

Robert J. Tamasy

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o próprio Deus falan-do a Moisés! Aquela voz que

as Escrituras dizem ser “a voz de muitas águas”. Era clara a ordem: os espias deveriam ob-servar como a terra de Canaã era boa, farta e frutífe-ra. Ao invés disto, muitos deles preferiram olhar para as circunstâncias, para os obstáculos, para as fortalezas em que viviam os filhos de Anaque (gigantes).Como afirma o pastor Luciano Subirá: “Saiba que em matéria de fé, ouvir e falar são a mesma coisa. Se seus olhos estão nas circunstâncias, eles são ouvidos abertos para as dúvidas”. Assim, nos sentimos ao chegar a Arapoti pela primeira vez. Os pastores Plínio e Janete nos esperavam com ansiedade para fazermos a logística do Impacto que aconteceria nos dias 11,12 e 13 de setembro. Nossos olhos viam pelo olhar da fé a terra boa e frutífera que o Senhor nos dera para este ano. Campos prontos para a colheita. Apesar da disparidade sócioeconômica e da falta de oportunidade de emprego aos jovens e adultos, Arapoti é uma cidade linda, que representa muito bem o significado do seu nome “Campos Floridos”. Como Deus falou conosco neste período! Os alunos oravam em todo tempo de espera pelo Impacto. Tra-çamos o mapeamento espiritual com base em tudo que vimos e nos preparamos espiritualmente para a grande batalha.O Curso Mais Missões de 2009 teve 81 alunos, contando com os alunos do 2º ano. Por um período de quatro meses e meio tiveram aulas teóricas e o Impacto em Arapoti foi o estágio prático. Durante os dias de 11, 12 e 13 de setembro experimentamos o que é servir a Deus e receber do Seu amor. Fomos impactados pela recepção que tivemos, por recebermos o melhor da igreja, pelo apoio dos pastores da Primeira Igreja e da igreja de Arapoti, pelo mover de Deus, nos cultos e nos devocionais, pela unidade da equipe, pelas manifestações do Espírito Santo, pelo evangelismo de casa em casa, pelas crianças que alcançamos. Foram tantas coisas lindas!Dentre os alunos de missões estavam três estudantes surdos que contaram com o apoio dos pastores e intérpretes Renato, Sheila e Mari Neusa. Leandra, uma das alunas, contou o seu testemunho na igreja de Arapoti e todos se comoveram como o Senhor Jesus a alcançou e como é grande o seu amor pelas almas perdidas.Os evangelistas trabalharam arduamente, levando o amor de Jesus, de dia e de noite, a muitas pessoas nas casas, nas praças, nas ruas e nas igrejas, treinando os membros da igreja de Arapoti em diversas áreas de atuação. Choro e risadas eram quase a mesma coisa. O trabalho intenso resultou em grandes bênçãos para todos nós. Cada um tem uma novidade para contar, pois foram usados como canais de bênçãos. Ficamos contentes com os resultados e damos toda honra e glória ao Senhor Jesus, nosso amado Deus.

1.515 pessoas alcançadas38 pessoas reconciliadas com Cristo979 pessoas que receberam Jesus como Senhor e Salvador603 casas visitadas

Saímos de Arapoti com uma promessa: Deus nos dará muito mais! “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus cami-nhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensa-mentos, mais altos do que os seus pensamentos” (Isaías 55 8-9).

E o Senhor disse a Moisés: En-vie alguns ho-mens em missão de reconhecimen-to à terra de Canaã, terra que dou aos is-raelitas. Envie um líder de cada tribo dos seus antepassados. Nm 13.12

IMPACTO MISSIONÁRIO

EM ARAPOTIDIÁRIO DE BORDO

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VOCESABIA?

Carta ao Leitor

MISTERIOSA CAPACIDADE MENTAL DE DEFICIENTESA ciência não consegue explicar porque alguns deficientes possuem extraordinária capacidade para realizar cálculos mentais ou memorizar sons. Na Alemanha, havia um excepcional, absolutamente incapaz de entender qualquer coisa, que gastou exatos 54 segundos para multiplicar 79 milhões 532 mil 853 por 93 milhões 757 mil 479. Outro deficiente, Tom Fuller, que vivia nos Estados Unidos, levou dois minutos para responder que havia 47 milhões e 304 mil segundos em um ano e meio.

POR QUE A BARRIGA FAZ BARULHO QUANDO ESTAMOS COM FOME?Sempre que o estômago prepara-se para receber alimento as paredes do abdome funcionam como um amplificador, contraindo-se. Este processo costuma acontecer nos horários em que a pessoa está acostumada a comer. Às vezes o barulho é tão forte que parece existir um monstro na barriga do “faminto”.

NARIZ E ORELHAS NUNCA PARAM DE CRESCER O tecido cartilaginoso, que forma o nariz e as orelhas, não deixa de crescer nem mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Daí porque o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem. A face também encolhe porque os músculos da mastigação se atrofiam com a perda dos dentes.

...o Ser humano

RAIOS E TROVõESO trovão, estrondo que acompanha o raio, é uma explosão que acontece devido à alta temperatura da faísca elétrica. O calor altíssimo do raio agita as moléculas de ar a sua volta, expandindo-as com grande velocidade, o que causa o barulho. Normalmen-te o som é ouvido bem depois do clarão porque a velocidade da luz (em que viaja o raio) é muito maior que a do som, que se propaga através do ar. Para ter uma noção da distância em que aconteceu o raio, basta começar a contar os segundos após ver o traço de luz. Assim que o trovão for ouvido, divide-se o número de segundos por três. O resultado é a distância aproximada em quilômetros em que aconteceu o fenômeno.

A BATATA QUE MEDE UMIDADECientistas da Universidade de Edimburgo, na Inglaterra, desenvolveram uma batata verde fluorescente, que servirá para verificar a umidade do solo, indicando-o assim como mais ou menos propício para a plantação. A batata geneticamente modificada muda de coloração sempre que a umidade for baixa. A coloração incomum foi obtida graças ao gene extraído de uma água-viva que muda de cor para adaptar-se ao ambiente. As fases de testes do legume, que não serve para alimentação, devem continuar até que ele seja liberado para os fazendeiros.

...Ciencia

O jornal Voz de Esperança, desde o seu lançamento,tem procurado melhorar a cada edição, não só em conteúdo e informação, mas também na sua apresentação. Você já deve ter percebido que agora estamos em formato de revista, acompanhando a tendência atual dos informativos institucionais. Em dezembro de 2009 comemoraremos 12 anos de ininterrupta circulação e gostaríamos que você, leitor , fizesse parte da nossa comemoração. Envie para nossa redação sua opinião, crítica, sugestão ou breve comentário de como a leitura da revista Voz de Esperança tem abençoado a sua vida, de como a revista chegou as suas mãos e há quanto tempo faz a sua leitura.

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Completar 15 anos representa um marco na vida de toda adolescente. Trata-se de um aniversário especial, e por isso merece ser comemorado.Horário: Sábado às 18h30Local: Primeira IEQ

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2h30 Há sofrimentos que não conseguimos explicar.

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