Felizmente Há Luar

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Autor Texto Contexto Paralelismo Épico Estrutura Didascálias Personagens Espaço Tempo Ideologia Linguagem Simbologia Fotografias JMAraújo Público-alvo : - Alunos de Português - 12.º ano Objectivos : - Entender a técnica do teatro épico. - Reconhecer o paralelismo histórico, séculos XIX e XX. - Aprofundar o conhecimento das categorias do texto. - Desenvolver a competência de interpretação de textos literários. - Ler a obra. - Ganhar gosto pelo teatro.

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Luís Sttau Monteiro

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JMAraújo

Público-alvo:

- Alunos de Português - 12.º ano

Objectivos:

- Entender a técnica do teatro épico.

- Reconhecer o paralelismo histórico, séculos XIX e XX.

- Aprofundar o conhecimento das categorias do texto.

- Desenvolver a competência de interpretação de textos literários.

- Ler a obra.

- Ganhar gosto pelo teatro.

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Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro

Nasceu no dia 03/04/1926 em Lisboa e faleceu no dia 23/07/1993 na mesma cidade. Com dez anos de idade partiu para Londres com o pai, que exercia as funções de embaixador de Portugal. Regressou a Portugal em 1943, quando o pai é demitido do cargo por Salazar. Licenciou-se em Direito. Colaborou em várias publicações, destacando-se a revista Almanaque e o suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa. Em 1961, publicou a peça de teatro Felizmente Há Luar, distinguida com o Grande Prémio de Teatro, tendo sido proibida pela censura a sua representação. Só viria a ser representada em 1978 no Teatro Nacional.

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Luís Sttau Monteiro

1926-1993

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Foi preso em 1967 pela Pide após a publicação das peças de teatro A Guerra Santa e A Estátua, sátiras que criticavam a ditadura e a guerra colonial. Adaptou ao teatro o romance, de Eça de Queirós, A Relíquia. Escreveu o romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão, adaptada como novela televisiva em 1982 com o título Chuva na Areia.

Obras:Ficção: Um Homem não Chora (romance, 1960), Angústia para o Jantar (romance, 1961), E se for Rapariga Chama-se Custódia (novela, 1966).

Teatro: Felizmente Há Luar (1961), Todos os Anos, pela Primavera (1963), Auto da Barca do Motor fora da Borda (1966), A Guerra Santa (1967), A Estátua (1967), As Mãos de Abraão Zacut (1968).

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CaracterísticasCaracterísticasTexto – modo dramáticoTexto – modo dramáticoDestina-se a ser representadoDestina-se a ser representadoFalas das personagens Falas das personagens – Texto principal– Texto principal

Didascálias -Didascálias -Texto secundário constituído pelas Texto secundário constituído pelas informações fornecidas pelo dramaturgo (autor) sobre, por informações fornecidas pelo dramaturgo (autor) sobre, por exemplo, o tempo e o lugar da acção (cenário), o vestuário, exemplo, o tempo e o lugar da acção (cenário), o vestuário, os gestos das personagens, etc. Cabe ao encenador e aos os gestos das personagens, etc. Cabe ao encenador e aos actores, ao definirem a representação, a actualização das actores, ao definirem a representação, a actualização das indicações cénicas.indicações cénicas. Tempo da acção - condensadoTempo da acção - condensadoPersonagens - poucasPersonagens - poucasEspaço - reduzidoEspaço - reduzidoAcção - resulta dos acontecimentos vividos Acção - resulta dos acontecimentos vividos pelas personagenspelas personagens

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Modos de expressãoModos de expressão

Diálogo Diálogo - duas ou mais personagens - duas ou mais personagens em cenaem cena

Monólogo - Monólogo - uma personagem em uma personagem em cenacena

Apartes Apartes – comentários não ouvidos – comentários não ouvidos pelo seu interlocutorpelo seu interlocutor

Linguagem Gestual, MímicaLinguagem Gestual, MímicaSonoplastia Sonoplastia – efeitos de som– efeitos de som

Luminotécnica Luminotécnica – efeitos de luz– efeitos de luz

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Felizmente Há Luar!

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Invasões francesas – 1807Invasões francesas – 1807

D. João VI refugia-se no Brasil – 1808D. João VI refugia-se no Brasil – 1808

Exército francês deixa o país – 1810Exército francês deixa o país – 1810

Administração do reino entregue a uma Administração do reino entregue a uma tríade: tríade: D. José António Meneses e Sousa Coutinho; D. José António Meneses e Sousa Coutinho; D. Miguel Pereira Forjaz; William BeresfordD. Miguel Pereira Forjaz; William Beresford

Contestação popularContestação popular

Gomes Freire acusado de conspiração Gomes Freire acusado de conspiração é condenado à morteé condenado à morte

Advento do Liberalismo - 1820Advento do Liberalismo - 1820

Contexto Histórico

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Tempo da HistóriaTempo da História

(século XIX – 1817)(século XIX – 1817)- agitação social - agitação social

- regime absolutista e tirânico- regime absolutista e tirânico

- classes sociais fortemente hierarquizadas- classes sociais fortemente hierarquizadas

- classes dominantes com medo de perder - classes dominantes com medo de perder privilégiosprivilégios

- povo oprimido e resignado- povo oprimido e resignado

- a “miséria, o medo e a ignorância”- a “miséria, o medo e a ignorância”

- obscurantismo, mas “felizmente há luar”- obscurantismo, mas “felizmente há luar”

- luta contra a opressão do regime - luta contra a opressão do regime absolutistaabsolutista

- perseguições dos agentes de Beresford- perseguições dos agentes de Beresford

- as denúncias de Vicente, Andrade Corvo e - as denúncias de Vicente, Andrade Corvo e Morais Sarmento que, hipócritas e sem Morais Sarmento que, hipócritas e sem escrúpulos, denunciamescrúpulos, denunciam

- censura- censura

- severa repressão dos conspiradores- severa repressão dos conspiradores

- processos sumários e pena de morte- processos sumários e pena de morte

- execução do General Gomes Freire- execução do General Gomes Freire

Tempo da escritaTempo da escrita

(século XX – 1961)(século XX – 1961)- agitação social - agitação social

- regime ditatorial de Salazar- regime ditatorial de Salazar

- maior desigualdade entre abastados e - maior desigualdade entre abastados e pobrespobres

- classes exploradas, com reforço do seu - classes exploradas, com reforço do seu poderpoder

- povo reprimido e explorado- povo reprimido e explorado

- miséria, medo e analfabetismo- miséria, medo e analfabetismo

- obscurantismo, mas crença nas mudanças- obscurantismo, mas crença nas mudanças

- luta contra o regime totalitário e ditatorial- luta contra o regime totalitário e ditatorial

- Perseguições da PIDE- Perseguições da PIDE

- denúncias dos chamados “bufos”, que - denúncias dos chamados “bufos”, que surgem na sombra e se disfarçam, para surgem na sombra e se disfarçam, para colher informações e denunciarcolher informações e denunciar

- censura à imprensa- censura à imprensa

- prisão e duras medidas de repressão- prisão e duras medidas de repressão-condenação em processos sem provascondenação em processos sem provas-assassinato do General Humberto Delgado assassinato do General Humberto Delgado

Paralelismo HistóricoParalelismo Histórico

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Carácter Épico – Teatro Reflexivo

- Trata-se de uma drama narrativo de carácter épico que retrata a trágica apoteose do movimento liberal oitocentista, em Portugal. - Apresenta as condições da sociedade portuguesa do séc. XIX e a revolta dos mais esclarecidos, muitas vezes organizados em sociedades secretas. - Segue a linha de Bertolt Brecht e mostra o mundo e o homem em constante transformação; mostra a preocupação com o homem e o seu destino, a luta contra a miséria e a alienação e a denúncia da ausência de moral; alerta para a necessidade de uma sociedade solidária que permita a verdadeira realização do homem.- De acordo com Brecht, Sttau Monteiro proporciona uma análise crítica da sociedade, mostrando a realidade, do modo a levar os espectadores a reagir criticamente e a tomar uma posição.

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Inspirada na teoria marxista, o teatro de Brecht afasta-se da concepção do teatro aristotélico que pretendia despertar emoções, levando o espectador a identificar-se com o herói.

O drama já não se destina a criar o terror e a piedade, isto é, já não é a função catártica, purificadora, realizada através das emoções.

O teatro moderno tem como preocupação fundamental levar os espectadores a pensar.

Surge assim a técnica do distanciamento entre o actor e a personagem e entre o espectador e a história, para que se possa fazer um juízo crítico

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Estrutura internaEstrutura interna

Exposição Exposição – apresentação das – apresentação das personagens e abordagem do conflito.personagens e abordagem do conflito.

Conflito Conflito – (ascendente e descendente) – (ascendente e descendente) expõe-se de forma gradual, passando pelo expõe-se de forma gradual, passando pelo ponto mais alto da intensidade dramática - o ponto mais alto da intensidade dramática - o Clímax.Clímax.

Desenlace Desenlace – desfecho do conflito– desfecho do conflito

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Estrutura ExternaEstrutura Externa

Actos Actos – mudança de cenário– mudança de cenário

Cenas Cenas – mudança de personagens– mudança de personagens

Quadros Quadros – mudança de personagens– mudança de personagens

No teatro clássico a divisão era em três ou cinco No teatro clássico a divisão era em três ou cinco actos.actos.

O teatro moderno não respeita as normas O teatro moderno não respeita as normas tradicionais.tradicionais.

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DidascáliasDidascáliasFornecem indicações e explicitação ideológica da Fornecem indicações e explicitação ideológica da

peçapeça

Explicações do autorExplicações do autor

Posição das personagens em cenaPosição das personagens em cena

Indicações aos actoresIndicações aos actores

Caracterização das personagensCaracterização das personagens

Indicação das pausasIndicação das pausas

Saída ou entrada de personagensSaída ou entrada de personagens

Apresentação da dimensão interior das Apresentação da dimensão interior das personagenspersonagens

Indicações sonorasIndicações sonoras

……

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Referências concretas

Relacionadas com os opressores - Atitudes de sarcasmo, ironia, escárnio, indiferença, galhofa, adulação.Relacionadas com os oprimidos - Atitudes de desprezo, irritação, tristeza, esperança, medo, desânimo.Outras marcações - Tom de voz, movimentos, posições, cenários, gestos, vestuário, sons (som dos tambores, o silêncio, a voz que fala antes de entrar no palco, um sino que toca a rebate, o murmúrio de vozes, o toque de uma campainha, o murmúrio da multidão) Jogo de luzes - o contraste entre a escuridão e a luz. A escuridão não é total, porque "felizmente há luar".

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PersonagensPersonagens

Três grupos DistintosTrês grupos Distintos

PovoPovo: Manuel, Rita, Antigo : Manuel, Rita, Antigo Soldado, Outros PopularesSoldado, Outros PopularesTraidores do PovoTraidores do Povo: Vicente, : Vicente, Andrade Corvo, Morais Sarmento, Andrade Corvo, Morais Sarmento, Dois PolíciasDois PolíciasGovernantesGovernantes: Principal Sousa, D. : Principal Sousa, D. Miguel de Forjaz, Marechal Miguel de Forjaz, Marechal BeresfordBeresford

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Gomes FreireGomes FreireProtagonista, embora nunca apareça é evocado através da esperança do povo, das perseguições dos governadores e da revolta da sua mulher e amigos.É acusado de ser o grão-mestre da maçonaria, estrangeirado, soldado brilhante, idolatrado pelo povo.Acredita na justiça e luta pela liberdade.É apresentado como o defensor do povo oprimido.Herói (no entanto, ele acaba como o anti-herói, o herói falhado).Símbolo de esperança de liberdade.

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D. MIGUEL FORJAZ

Primo de Gomes Freire.

Carácter megalómano.

Prepotente; autoritário, mas servil.

Cobarde e calculista político.

Corrompido pelo poder.

Vingativo.

Simboliza a decadência do país que governa

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PRINCIPAL SOUSA(D. José António de Meneses e Sousa Coutinho)

Defensor do obscurantismo.

Fanático religioso.

Hipócrita.

Autocrático e dogmático.

Representa o poder eclesiástico.

Odeia os franceses.

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WILLIAM BERESFORD

Cínico em relação aos portugueses, a Portugal e à sua situação.Oportunista; autoritário, mas bom estratega militar.Consegue ser minimamente franco e honesto, pois tem a coragem de dizer o que realmente quer, ao contrário dos dois governadores portugueses.É poderoso, interesseiro, calculista.Trocista e sarcástico.

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VICENTE

Sarcástico, demagogo, falso e servil.

Oportunista (move-se pelo interesse da recompensa material).

Hipócrita, traidor, desleal, despreza a sua origem e o seu passado.Delator que age dessa maneira porque está revoltado com a sua condição social (só desse modo pode ascender socialmente).

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Matilde de MeloMatilde de MeloCorajosa, exprime romanticamente o seu amor.Reage violentamente perante o ódio e as injustiças, Sincera.Ora desanima, ora se enfurece, ora se revolta, mas luta sempre.Representa uma denúncia da hipocrisia do mundo e dos interesses que se instalam em volta do poder.Apresenta-se como mulher dedicada de Gomes Freire, que, numa situação crítica como esta, tem um discurso tanto marcado pelo amor, como pelo ódio.

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Sousa FalcãoSousa Falcão

Inseparável amigo, sofre junto de Matilde e assume as mesmas ideias que Gomes Freire

Não teve a coragem do general.

Representa a amizade e a fidelidade, mas também a impotência perante o despotismo.

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Frei DiogoFrei Diogo

Homem sério e honesto

Representante do clero – é o contraposto do Principal Sousa.

Confessor de Gomes Freire

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ManuelManuel

Denuncia a opressão a que o povo está sujeito.

Protagoniza a consciência do povo.

É corajoso.

Metáfora do povo português.

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PopularesPopulares

Representam o povo oprimido.Representam o povo oprimido.

Funcionam como coro.Funcionam como coro.

Pobres.Pobres.

A ironia é a sua arma.A ironia é a sua arma.

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Espaço cénicoEspaço cénico

Não existe descrição do Não existe descrição do cenário.cenário.

Jogos de luz /sombra.Jogos de luz /sombra.

Posição das personagens.Posição das personagens.

Espaço social.Espaço social.

Referências feitas pelas Referências feitas pelas personagens a espaços físicos personagens a espaços físicos determinados.determinados.

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Espaço FísicoEspaço FísicoLisboa – macroespaçoLisboa – macroespaço

A Baixa – sede da RegênciaA Baixa – sede da Regência

O Rato – casa de Gomes Freire.O Rato – casa de Gomes Freire.

Campo de Sant’Ana – local das Campo de Sant’Ana – local das execuçõesexecuções

Serra de Santo António – local Serra de Santo António – local donde se avista S. Julião da donde se avista S. Julião da Barra.Barra.

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Espaço SocialEspaço SocialContexto Histórico-social – Invasões francesas, Conselho de Regência, Gomes Freire e a Maçonaria, Repressão política…

EEspaço social – Clima de opressão social, pobreza, revolta popular…

O meio social em que estão inseridas as personagens distingue-se através do vestuário, linguagem e adereços.

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TempoTempo(paralelismo epocal)(paralelismo epocal)

Tempo HistóricoTempo Histórico - Século XIX - 1817 – Absolutismo e - Século XIX - 1817 – Absolutismo e repressão popularrepressão popular

Tempo da EscritaTempo da Escrita - Século XX – 1961 – Ditadura - Século XX – 1961 – Ditadura salazarista e repressão políticasalazarista e repressão política

Tempo da Representação: 1h30m/2h.

Tempo da acção dramática: a acção concentrada em 2 dias.

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Linguagem e EstiloLinguagem e Estilo

Natural e viva. Caracterizadora e individualizadora de algumas das personagensFrases em latim com conotação irónica.Frases incompletas por hesitação ou interrupção (marcas características do discurso oral). Léxico do domínio político.Léxico de carácter religioso.Recurso frequente à ironia e ao sarcasmo.Como drama narrativo, pressupõe uma acção apresentada ao espectador e com possibilidade de ser vivida por ele.Preocupação fundamental de levar os espectadores a pensar - técnica realista/influência de Bertolt Brecht.

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Ideologia da obraIdeologia da obra

Metáfora políticaMetáfora política – apesar de a acção remeter para – apesar de a acção remeter para um facto preciso, o objectivo é apresentar a um facto preciso, o objectivo é apresentar a situação política do Portugal do Estado Novo.situação política do Portugal do Estado Novo.Paralelismo: D. Miguel e SalazarParalelismo: D. Miguel e SalazarParalelismo: Gomes Freire e Humberto Delgado.Paralelismo: Gomes Freire e Humberto Delgado.Empenhamento político do autor. Luta pela Empenhamento político do autor. Luta pela Liberdade.Liberdade.Bertolt Brecht – marxismo – transformação da Bertolt Brecht – marxismo – transformação da sociedade.sociedade.Intemporalidade da peça remete para a luta do ser humano contra a tirania, a opressão, a traição, a injustiça e todas as formas de perseguição.

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Entrevista dada pelo Entrevista dada pelo autor ao autor ao

Diário de LisboaDiário de Lisboa

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O TítuloO Título

O título aparece ao longo da peça duas vezes: na fala de D. Miguel e na fala final de Matilde.É simbólico o facto de o título coincidir com as palavras finais da obra, o que desde logo lhe confere circularidade.Para D. Miguel - o luar permitiria que as pessoas vissem mais facilmente o clarão da fogueira, isso faria com que elas ficassem atemorizadas e percebessem que aquele é o fim último de quem afronta o regime. Para Matilde - as palavras são fruto de um sofrimento interiorizado reflectido, são a esperança e o não conformismo nascidos após a revolta, a luz que vence as trevas, a vida que triunfa da morte. A luz do luar (liberdade) vencerá a escuridão da noite (opressão) e todos poderão contemplar, enfim, a injustiça que está a ser praticada.

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Outros SímbolosOutros SímbolosSaia verde: a saia encontra-se associada à felicidade e foi comprada numa terra de liberdade: Paris. O verde é a cor predominante na natureza e dos campos na Primavera, associando-se à força, à fertilidade e à esperança.A luz – como metáfora do vencer a escuridão (opressão, falta de liberdade e de esclarecimento). Se a luz se encontra associada à vida, a noite e as trevas relacionam-se com o mal. A luz representa a esperança num momento trágico.Lua: simbolicamente, por estar privada de luz própria, na dependência do Sol e por atravessar fases, mudando de forma, representa: dependência, periodicidade. A luz da lua, devido aos ciclos lunares, também se associa à renovação. O fogo é um elemento destruidor e ao mesmo tempo purificador e regenerador, sendo a purificação pela água complementada pela do fogo. Se no presente a fogueira se relaciona com a tristeza e escuridão, no futuro relacionar-se-á com esperança e liberdade.Moeda de cinco reis – símbolo do desrespeito que os mais poderosos mantinham para com o próximo, contrariando os mandamentos de Deus.Tambores – símbolo da repressão sempre presente.

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Fotografias de Fotografias de personalidades personalidades

históricas referidas na históricas referidas na peçapeça

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Dom João VI

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JMAraújo

Gomes Freire de Andrade

Page 44: Felizmente Há Luar

Autor

Texto

Contexto

Paralelismo

Épico

Estrutura

Didascálias

Personagens

Espaço

Tempo

Ideologia

Linguagem

Simbologia

Fotografias

JMAraújo

William Beresford

Page 45: Felizmente Há Luar

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Contexto

Paralelismo

Épico

Estrutura

Didascálias

Personagens

Espaço

Tempo

Ideologia

Linguagem

Simbologia

Fotografias

JMAraújo

Dom Miguel Pereira Forjaz

Page 46: Felizmente Há Luar

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Personagens

Espaço

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Linguagem

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Fotografias

JMAraújo

http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/Port/luar.htm#epico

Fonte de informação electrónica

Bibliografia:In MOREIRA, Vasco, outro, Preparação para o Exame Nacional 2006, Português – 12 º ano, Porto EditoraIn JACINTO, Conceição, outro, Colecção “Estudar Português” - Felizmente Há Luar!, - Porto Editora

Page 47: Felizmente Há Luar

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Paralelismo

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Didascálias

Personagens

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JMAraújo

Não pensem que esta exposição dispensa a

leitura integral da obra …

Page 48: Felizmente Há Luar

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Didascálias

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JMAraújo

Felizmente Há Luar!

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Didascálias

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JMAraújo

Boa Boa Semana !...Semana !...

Page 50: Felizmente Há Luar

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Linguagem

Simbologia

Fotografias

JMAraújo

José Maria Araújo

2007

FIMFIM