Fenómenos entópticos - Óptica Visual -...

57
Fenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação Causas Origem óptica Refracção Difracção Sombras Origem fisiológica Pigmt. xantofílico Fosfenos Fosfen. mecânicos Fosfenos eléctricos Estados alterados da consciência Fenómenos entópticos Óptica Visual S. Mogo Departamento de Física Universidade da Beira Interior 2019 / 20

Transcript of Fenómenos entópticos - Óptica Visual -...

Page 1: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Fenómenos entópticosÓptica Visual

S. Mogo

Departamento de FísicaUniversidade da Beira Interior

2019 / 20

Page 2: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Outline

1 Fenómenos entópticosDefiniçãoClassificaçãoCausas

2 Origem ópticaRefracçãoDifracçãoSombras

3 Origem fisiológicaPigmento xantofílicoFosfenosFosfenos mecânicosFosfenos eléctricos

4 Estados alterados da consciência

Page 3: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Outline

1 Fenómenos entópticosDefiniçãoClassificaçãoCausas

2 Origem ópticaRefracçãoDifracçãoSombras

3 Origem fisiológicaPigmento xantofílicoFosfenosFosfenos mecânicosFosfenos eléctricos

4 Estados alterados da consciência

Page 4: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Fenómenos entópticosDefinição

Fenómenos entópticos → percepções visuais cuja origemse encontra dentro do próprio sistema visual.

Do grego:εντóς — “dentro”

óπτικóς — “óptica”

Por vezes encontra-se o termo fenómenos entópicos quepresumivelmente surgiu de uma gralha que se popularizou.

Page 5: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Fenómenos entópticos

• Estas percepções não estão relacionadas com aformação de imagem pelo sistema óptico do olho;

• não podem ser fotografados, uma vez que a suaorigem é interior ao observador;

• partilham com as ilusões perceptivas e com asalucinações, a condição de não poderem serpartilhados.

Utilidade:• podem ser utilizados para monitorizar certas

condições oculares, uma vez que permitem percebero funcionamento da fisiologia e da percepção visual.

Page 6: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Fenómenos entópticos

• Estas percepções não estão relacionadas com aformação de imagem pelo sistema óptico do olho;

• não podem ser fotografados, uma vez que a suaorigem é interior ao observador;

• partilham com as ilusões perceptivas e com asalucinações, a condição de não poderem serpartilhados.

Utilidade:• podem ser utilizados para monitorizar certas

condições oculares, uma vez que permitem percebero funcionamento da fisiologia e da percepção visual.

Page 7: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Fenómenos entópticos

Quando os indivíduos se são conta da existência de umfenómeno entóptico:

• embora alguns fenómenos entópticos sejamindicadores da existência de problemas, outros sãoperfeitamente normais e toda a gente os deve poderobservar, no entanto, nem sempre somos conscientesda sua existência;

• quando subitamente alguém se torna consciênte deum fenómeno entóptico normal, há que tranquilizar oobservador e explicar o fenómeno em causa;

• por vezes há uma insitência em que o fenómeno énovo e por isso deve ser um problema: explicar que ofenómeno esteve lá sempre mas, ao ser subtil, énatural não se ter dado conta antes.

Page 8: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Fenómenos entópticosClassificação

Os fenómenos entópticos podem ser classificados emrelação à sua origem em:

• Fenómenos entópticos de origem óptica:• Refracção• Difracção• Sombras

• Fenómenos entópticos de origem fisiológica:• Pigmento xantofílico• Fosfenos mecânicos• Fosfenos eléctricos

Page 9: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Fenómenos entópticosCausas

• Refracção• Filme lacrimal• Irregularidades

corneanas• Imagens de Purkinje

• Difracção• Halos corneanos• Coroa corneana• Coroa ciliar• Halo lenticular• Asterismo

• Sombras• Opacidades oculares• Árvore de Purkinje• Fenómeno de

Scheerer

• Pigmento xantofílico• Mancha de Maxwell• Escovas de Haidinger

• Fosfenos mecânicos• Pressão digital• Movimentos oculares• Bandas luminosas de

Moore• Fosfenos eléctricos

• Estimulação combateria

• Arcos azuis da retina

Page 10: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Outline

1 Fenómenos entópticosDefiniçãoClassificaçãoCausas

2 Origem ópticaRefracçãoDifracçãoSombras

3 Origem fisiológicaPigmento xantofílicoFosfenosFosfenos mecânicosFosfenos eléctricos

4 Estados alterados da consciência

Page 11: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaRefracção — Filme lacrimal

Quando pestanejamos, há um acumular de lágrima numalinha horizontal que corresponde à linha onde as pálpebrasse encontram.

• alguns observadores relatam perceber uma sombraque é vista como um estriado segundo a horizontal.

F

O mesmo efeito de sombra pode ocorrer devido aimpurezas na lágrima mas o efeito dura mais tempo emove-se com o pestanejar.

Page 12: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaRefracção — Irregularidades corneanas

• Pequenas irregularidades na superfície da córnea,podem redirigir a luz para fora da imagem retiniana;

• fechar e apertar fortemente as pálpebras também podedeixar marcas lineares passageiras que sãopercebidas como sombras e podem provocar diplopiaou mesmo diminuir a AV.

Page 13: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaRefracção — Imagens de Purkinje

• As imagens de Purkinje I, II, III e IV, que resultam dereflexão da luz nas superfícies anterior e posterior dacórnea e anterior e posterior do cristalino, não sãofenómenos entópticos;

• no entanto, podem ser consideradas mais duasimagens, a V e a VI;

• a imagem de Purkinje V resulta de reflexão nasuperfície anterior do cristalino e novamente nasuperfície anterior da córnea, formando uma imagemdemasiado à frente da retina para conseguir serpercebida;

• a imagem de Purkinje VI resulta de reflexão nasuperfície posterior do cristalino e novamente nasuperfície anterior da córnea, formando na retina umaimagem muito ténue e invertida.

Page 14: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Halos corneanos

• O estroma da córnea é formado porfibras de colagénio com espessura19-34 nm;

• separação regular entre fibras,50-60 nm, muito < que o c.d.o. da luz(400-700 nm);

• devido ao seu pequeno diâmetro e regularidadede separação, a luz retrodifundida é quasecompletamente extinta devido a interferênciadestrutiva — não se forma padrão de difracção;

• assim, a luz passa inalterada e acórnea torna-se transparente.

Page 15: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Halos corneanos

Uma córnea saudável, difunde cerca de 10 % da luz que lheincide, dando origem a halos à volta das fontes de luz.

O efeito, em termos de imagem retiniana, é umadiminuição do contraste da imagem.

Page 16: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Coroa corneana

Halo corneano fisiológico 6= Halo resultante de edema

F

Coroa → halo corneano patológico, resultante de edema dacórnea.

F

• Utilizadores de LC;• Por aumento da pressão intraocular (glaucoma);• Pilotos de avião;• ...

Page 17: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Coroa corneana

http://www.phoenixeyedocs.com/corneal-edema/

No caso de edema da córnea, a regularidade das fibrasfica alterada e a interferência destrutiva deixa de ter lugar.Surge então a opacidade.

https://www.slideshare.net/hiranathdahal/corneal-transparency-80684093

Page 18: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Coroa corneana

Efeito da coroa corneana:• Se a luz for monocromática:

a aparência será a de um disco de Airy;• Se a luz for branca:

a rodear o disco central branco, surgem as riscascoloridas correspondentes ao padrão de difracção nassuas várias ordens.

Texto clássico com a descrição física de formação de halos e coroas:G.C.Simpson. Brit.J.Ophthal.,37,450,1952.https://bjo.bmj.com/content/bjophthalmol/37/8/450.full.pdf

Page 19: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Coroa ciliar

Coroa ciliar → fenómeno normal que consiste numespalhamento da luz à volta de uma fonte luminosa, comoseja um candeeiro de rua.

https://www.slideshare.net/GauriSShrestha/entopic-phenomenon-13491554

• origem: difracção da luz por partículas dentro do olho esegundo um ângulo menor que o 1º mínimo do discode Airy;

• só é percebido um disco central (independentementeda luz ser branca ou monocromática);

• não são observadas franjas coloridas;• o diâmetro do disco depende da luminância da fonte.

Page 20: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Halo lenticular

Halo lenticular → fenómeno normal que resulta da difracçãonas fibras radiais do cristalino.

• A zona axial do cristalino é relativamente uniforme ⇒não e visto nenhum halo se a pupila for pequena(<3 mm);

• em baixas condições de iluminação ou com a pupiladilatada, surge difracção nas fibras e o halo lenticularpode ser observado.

https://www.slideshare.net/GauriSShrestha/entopic-phenomenon-13491554

Page 21: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Halo lenticular

Uma vez que o halo lenticular é semelhante à coroacorneana, vamos usar para os distinguir o teste deEmsley-Fincham:

• consiste em varrer a pupila utilizando uma fendaestenopeica;

• a coroa corneana terá a sua luminância reduzidaindependentemente da posição da fenda;

• o halo lenticular mudará de forma à medida que afenda avançar no varrimento.

Image source: slideshare

Page 22: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Halo lenticular

Explicação do comportamento observado ante o testede Emsley-Fincham:

• o diâmetro e o espaçamento das fibras do cristalinonão é completamente uniforme, portanto o haloformado não é completamente simétrico.

F

Importância de sabermos distinguir entre coroacorneana e halo lenticular:

• um caso tem origem patológica enquanto o outro é umfenómeno normal.

Page 23: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaDifracção — Asterismo

Asterismo → surge quando pequenos objectos brilhantessão observados contra um fundo escuro e vemos pequenosraios que emanam dos objectos (ex.: estrelas).

(6= definição astronómica de asterismo!)

https://www.slideshare.net/GauriSShrestha/entopic-phenomenon-13491554

• Assume-se que este efeito está relacionado com adifracção da luz nas suturas do cristalino;

• o efeito é tão forte que, ao representarmos estrelas,tendemos a desenhar os ditos raios luminosos.

Page 24: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras

A passagem da luz pelos meios oculares é influenciada porheterogeneidades no índice de refracção ou mesmo poropacidades existentes nos diferentes meios.

• Estas heterogeneidades e/ou opacidades podemdifundir ou absorver a luz.

F

Fenómenos entópticos cuja origem são sombras:• Opacidades oculares• Árvore de Purkinje• Fenómeno entóptico de campo azul (ou fenómeno de

Scheerer)

Page 25: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Opacidades oculares

• Córnea: cicatrizes, ...;• Cristalino: cataratas, ...;• Humor vítreo: moscas volantes, ...;• Córpos estranhos em qualquer meio ocular;• ...

Page 26: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Opacidades oculares

A menos que a opacidade tenha dimensões próximas dapupila ou se encontre muito próxima da retina, nãoproduzirá sombras significativas.

Adler

Isto explica porque é que os indivíduos não conseguemver as suas próprias cataratas.

Page 27: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Opacidades oculares: Paralaxe

A utilização da paralaxe permite localizar em que meioocular se encontra uma opacidade.

F

Pedindo ao indivíduo para mover o olho num determinadosentido, podemos usar um oftalmoscópio e observar se asombra se move no mesmo sentido ou em sentido contráriodo olho:

• se a opacidade se situar antes do ponto nodal,veremos movimento COM;

• se a opacidade se situar atrás do ponto nodal, veremosmovimento CONTRA;

• quanto mais longe a opacidade se situar do pontonodal, mais movimento é percebido.

NOTA: em vez de pedir ao indivíduo para rodar o olho, tb podemos mover nós o

oftalmoscópio.

Page 28: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Opacidades oculares: Moscas

volantes

A existência de pequenos corpos a flutuar no vítreo —moscas volantes (do latim muscae volitantes) — éconsiderada normal:

• podem ser resíduos da artéria hialóide e estarpresentes desde antes do nascimento;

• podem resultar de alterações no índice de refracção dovítreo devidas a idade;

• depósitos de colesterol, depósitos de cálcio, ...

Page 29: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Opacidades oculares: Moscas

volantes

https://pt.wikipedia.org/wiki/Moscas_volantes

Seja qual for a origem, há que ter em conta que, como ovítreo não se renova, as moscas volantes são para ficar.Temos de aprender a viver com elas!

Page 30: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Opacidades oculares: Moscas

volantes

Pode acontecer que as opacidades do vítreo não sejamnotadas pelo indivíduo mas sim pelo examinador:

https://www.slideshare.net/GauriSShrestha/entopic-phenomenon-13491554?next_slideshow=1

• depósitos de cálcio que aparecem como corposbrilhantes e dificultam a visão do fundo devido àdispersão da luz, no entanto, como são opacos,aparecem escuros quando vistos do lado do seuportador.

Page 31: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Opacidades oculares: Moscas

volantes

Por vezes, a existência de moscas volantes pode tambémser indicadora de um problema:

• o aparecimento súbito de muitas moscas volantes podeser sinal de um descolamento de retina, principalmentese estiver acompanhado de flashes de luz;

• formas mais amplas em teia de aranha podem ser sinalde uma hemorragia na retina;

• ...

Page 32: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Árvore de Purkinje

Árvore de Purkinje → sombra produzida pelas ramificaçõesdos vasos retinianos sobre os fotorreceptores.

https://www.revolvy.com/page/Entoptic-phenomenon?cr=1

Page 33: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Árvore de Purkinje

• Uma pequena luz brilhante pode revelar a árvore dePurkinje como sendo um padrão ramificado quetermina a escassa distância da fóvea;

• uma vez que as imagens estáticas desaparecemrapidamente (por efeito de Troxler), a observaçãoimplica que a fonte de luz permaneça constantementeem movimento;

• por vezes os indivíduos examinados comoftalmoscópio ou lâmpada de fenda, manifestam ver asua própria árvore.

http://www.sedentario.org

Page 34: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — fenómeno entóptico de campo azul (ou

fenómeno de Scheerer)Quando está a fixar um fundo azul brilhante como o do céu,o observador pode ver pequenos pontos brilhantes que semovem rapidamente (visiveis por 1 s ou menos) edescrevem percursos aleatórios em forma de arco.

• São sombras dos glóbulos brancosnos vasos capilares da retina;

• os glóbulos brancos permitem apassagem de luz azul, enquanto osglóbulos vermelhos a absorvem;

• surgem no campo visual central(15° à volta do ponto de fixação);

• com os 2 olhos abertos o observadorpercebe uma mistura dos pontospercebidos pelo OE e pelo OD;

• o seu fluxo pode pulsar solidário como batimento cardíaco.

https://nevevisual.blogspot.com/2016/11/

serie-sintomas-fenomeno-entoptico-do.html

Page 35: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Entoptoscópio de campo azul

Entoptoscópio de campo azul → instrumento que permitevisualizar as sombras dos glóbulos brancos nos vasoscapilares da retina.

https://www.slideshare.net/GauriSShrestha/entopic-phenomenon-13491554

Utilidade: Serve para avaliar(de forma grosseira) a funçãomacular em casos decataratas densas.

O teste de entoptoscópio é considerado positivo se oobservador vir pelo menos 15 pontos.

Page 36: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem ópticaSombras — Entoptoscópio de campo azul

Funcionamento do teste:• São apresentadas ao observador alternadamente luz

azul e uma imagem gerada por computador de pontosem movimento;

• o observador deve ajustar a velocidade e a densidadedos pontos gerados por computador com os pontosentópticos percebidos.

Page 37: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Outline

1 Fenómenos entópticosDefiniçãoClassificaçãoCausas

2 Origem ópticaRefracçãoDifracçãoSombras

3 Origem fisiológicaPigmento xantofílicoFosfenosFosfenos mecânicosFosfenos eléctricos

4 Estados alterados da consciência

Page 38: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaPigmento xantofílico — Mancha de Maxwell

Mancha de Maxwell → fenómeno entóptico que resulta daorientação radial do pigmento xantofílico (zeaxantina) namácula. A orientação do pigmento actua como um filtropolarizador que absorve luz azul e transmite luz vermelha eamarela.

https://www.slideshare.net/Rajeshwori/anomalous-retinal-correspondence

Page 39: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaPigmento xantofílico — Mancha de Maxwell

A mancha de Maxwell pode ser observada ao colocar umdisco com metade púrpura e metade amarela, a rodar emfrente do olho:

• a metade púrpura estimula o fenómeno e a metadeamarela extingue-o;

• esta sequência de estimulação / extinção torna ofenómeno usável em clínica, caso contrário, seríademasiado ténue para poder ter qualquer utilidade;

• como o pigmento xantofílico absorve mais luz azul doque a restante retina, surge na área macular um discoescuro avermelhado correspondente à fóvea e rodeadode um anel azul brilhante;

• tamanho 2-3°, ovalado segundo a horizontal.

Page 40: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaPigmento xantofílico — Mancha de Maxwell:

utilidade clínica

Em clínica, a mancha de Maxwell pode ser utilizada paradeterminar se um indivíduo está ou não a fixarcorrectamente com a fóvea — avaliação da qualidade defixação.

F

Os comportamentos possíveis são:• fóvea centrada e estável;• fóvea centrada e instável;• fóvea descentrada e estável — falsa mácula; (pior situação)

• fóvea descentrada e instável.Se o observador apresentar excentricidade de fixação, amancha avermelhada não estará situada no centro dodisco.

Page 41: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaPigmento xantofílico — Mancha de Maxwell:

utilidade clínica

A mancha de Maxwell também pode ser utilizada paramedir a densidade do pigmento macular:

mancha + escura ⇒ > densidade de pigmento

Importância:• certas condições implicam a redução do pigmento

macular, p.ex., fumo de tabaco;• a redução deste pigmento torna o indivíduo mais

susceptível de sofrer danos devidos a radiação UV;• aumenta também o risco de degeneração macular

relacionada com a idade.

Page 42: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaPigmento xantofílico — Escovas de Haidinger

Escovas de Haidinger → fenómeno entóptico que resulta dofacto da camada plexiforme externa ser sensível a luzpolarizada.

• Quando um polarizador linear é feito rodar em frente doolho, a luz polarizada resultante estimula o pigmentoxantofílico existente na fóvea em direcções sucessivas;

• é então percebida uma figura em forma de hélice cujotamanho é consistente com o tamanho da mácula ecujo centro coincide com o centro da fóvea.

Page 43: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaPigmento xantofílico — Escovas de Haidinger:

utilidade clínica

As escovas de Haidinger podem ser utilizadas para avaliara integridade da mácula, uma vez que, deixam de servisíveis assim que haja algum tipo de alteração do fundo doolho.

• por exemplo, em situação de edema macular muitosubtil, que ainda não seja perceptível por análise comoftalmoscópio.

Page 44: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaPigmento xantofílico — Escovas de Haidinger:

utilidade clínica

As escovas de Haidinger são também utilizadas em treinovisual para avaliar a posição da fóvea em indivíduos comfixação excêntrica.

Page 45: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos

Fosfeno → fenómeno entóptico, caracterizado pelapercepção de luz sem que realmente entre luz no olho.

F

Pode ser causado por estimulação mecânica, elétrica oumagnética da retina ou do córtex visual.

F

Todos os fosfenos são ténues e devem ser visualizadoscom baixa iluminação.

Page 46: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos mecânicos — Pressão digital

Aplicação de pressão sobre o olho com a pálpebra fechada:dá origem à percepção de uma mancha circular brilhante.

https://www.slideshare.net/GauriSShrestha/entopic-phenomenon-13491554?next_slideshow=1

A pressão activa directamente as células retinianas.

Page 47: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos mecânicos — Pressão digital: utilidade

clínicaEste efeito tem sido aproveitado por um instrumento —Proview — que permite monitorizar em casa a pressãointraocular.

• O indivíduo aplica pressão no olho com o instrumentoaté ver um fosfeno;

• o instrumento lê a pressão que foi necessário exercerpara obter a visualização.

https://www.slideshare.net/GauriSShrestha/entopic-phenomenon-13491554?next_slideshow=1

Page 48: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos mecânicos — Movimentos oculares

Se fecharmos os olhos e os rodarmos completamente paraa esquerda ou para a direita mas depois tentarmos rodarainda mais, surge uma figura brilhante com a forma de ummeio anel no lado oposto aquele para onde estamos arodar os olhos.

F

Este efeito é devido à contracção do músculo recto quedeforma o globo e mecanicamente estimula osfotorreceptores.

Page 49: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos mecânicos — Bandas luminosas de

Moore

Quando o vítreo liquidifica devido à idade, permanecempontos de tracção na retina que exercem pressão eproduzem sensação luminosa.

F

• Predominantemente percebidas no campo visualtemporal e orientadas verticalmente;

• particularmente visíveis durante os movimentosoculares;

• comum em pacientes de meia idade mas raramentepercebidas por ocorrerem na periferia.

Page 50: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos eléctricos — Estimulação com bateria

• Pilha < 10 V:Se colocarmos uma pilha de menos de 10 V entre alíngua e o lábio superior, surge um brilho fraco nocampo visual;(sff, não experimentem com voltagens mais elevadas!!)

• a estimulação da retina com raios X, também podeprovocar fosfenos.

Page 51: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos eléctricos — arcos azuis da retina

Trata-se de ténues arcos azuis que surgem quando umafonte luminosa pontual vermelha é observadamonocularmente no escuro.

• Unem a fonte luminosa à mancha cega;• seguem o percurso das células

ganglionares.

Page 52: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Origem fisiológicaFosfenos magnéticos — estimulação magnética

transcraniana

Os fosfenos também podem ser gerados utilizando umcampo magnético variavel.

?

Magnetofosfenos → fosfenos gerados por estímulaçãomagnética.

Estimulação magnética transcraniana→ técnica não invasiva de estimulaçãocerebral em que se utiliza um campomagnético para produzir uma correnteeléctrica, por induçãoelectromagnética, numa áreaespecífica do cérebro.

www.researchgate.net/publication/318404213_study_of_available_intervention_techniques_to_improve_cognitive_function_in_cerebral_palsy_patients/figures?lo=1

Page 53: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Outline

1 Fenómenos entópticosDefiniçãoClassificaçãoCausas

2 Origem ópticaRefracçãoDifracçãoSombras

3 Origem fisiológicaPigmento xantofílicoFosfenosFosfenos mecânicosFosfenos eléctricos

4 Estados alterados da consciência

Page 54: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Estados alterados daconsciência

A partir de 1845, o psiquiatra Jaques Moreau observou quea natureza estrutural das alucinações era praticamente amesma numa ampla gama de condições que alteram amente. Esta observação chamou a atenção para asimagens entópticas, que começaram então a serestudadas.

F

Têm surgido algumas tentativas de estabelecer relaçõesentre as imagens das cavernas paleolíticas e as de certastribos, com as formas entópticas.

Page 55: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Estados alterados daconsciência

Antropologia

Em 1988, David Lewis-Williams e T. A. Dowson propuseramque as pinturas paleolíticas e as de certas tribos africanas,descrevem percepções de fosfenos, provavelmentepotenciadas por drogas alucinonénicas.

F

• Pinturas paleolíticas, shamans, etc.• Estados alterados da consciência

Page 56: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Estados alterados daconsciência

Antropologia

Sistema de David Lewis-Williams:• Nível 1:

as expeiências envolvem a percepção de formasgeométricas;

• Nível 2:as formas são interpretadas de maneira a poderem serrelacionadas com objectos e/ou ideias do dia a dia;

• Nível 3:são estabelecidas relações com temas da vida e aexperiência torna-se altamente emocional.

Page 57: Fenómenos entópticos - Óptica Visual - UBIwebx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/Entopticos.pdfFenómenos entópticos S. Mogo Fenómenos entópticos Definição Classificação

Fenómenosentópticos

S. Mogo

FenómenosentópticosDefinição

Classificação

Causas

Origem ópticaRefracção

Difracção

Sombras

OrigemfisiológicaPigmt. xantofílico

Fosfenos

Fosfen. mecânicos

Fosfenos eléctricos

Estadosalterados daconsciência

Estados alterados daconsciência

Lewis-Williams, J. D., et al. The Signs of All Times: Entoptic Phenomena in Upper Palaeolithic Art. Current Anthropology, vol. 29, no. 2, pp. 201–245, 1988.