Fenomenologia electrofisiologia

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+ REFUTAÇÃO KRIPKE AO TYPE-TYPE http://criticanarede.com/men_kripke.html LANCOG SEMINAR 2014-15: Sessão 8 Dados electrofisiológicos e consciência Vítor Diniz Pereira Universidade de Lisboa 12 de Dezembro de 2014, 16:00 Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa Sala Mattos Romão (departamento de Filosofia) Resumo: Se há correlatos occipitais e temporais de estímulos de que não estamos conscientes, a nossa inconsciência será não só não acedermos a eles como também não termos nenhuma fenomenologia deles (Block 2005), apesar de actividade eléctrica co-ocorrer com esses estímulos nos lobos occipital e temporal. A actividade eléctrica occipital e temporal co-ocorrente com a nossa experiência visual de um estímulo co-ocorre com a nossa consciência dele. No entanto, uma explicação do contraste entre respostas correctas e incorrectas não explica o contraste entre atribuições de graus de visibilidade. A actividade eléctrica occipital e temporal co-ocorrente com um estímulo de que não estamos conscientes (se alguma) terá de ser distinguida quer da actividade eléctrica occipital e temporal correlacionada (por hipótese) com um contraste no nosso acesso a esse estímulo quer da actividade eléctrica occipital e temporal correlacionada (por hipótese) com um contraste na nossa fenomenologia desse estímulo. 1. Estimulação laboratorial “AF2” (por nós desenhada e implementada). 2. Caracterização da grande média da actividade eléctrica occipital e temporal co-ocorrente com o contraste entre respostas correctas e incorrectas: o intervalo de tempo entre o fim da apresentação de um estímulo-alvo e o fim da apresentação do seguinte estímulo-máscara explica o contraste entre respostas correctas e incorrectas. Há, pelo menos dada “AF2”, diferenças no nosso acesso ao estímulo. 3. Caracterização da grande média da actividade eléctrica occipital e temporal co-ocorrente com um contraste entre atribuições de graus de visibilidade: o qual não é explicado pelo intervalo de tempo entre o fim da apresentação de um estímulo-alvo e o fim da apresentação do seguinte estímulo-máscara, uma vez que apenas o estímulo-alvo é apresentado. O nosso acesso ao estímulo é laboratorialmente o mesmo (pelo menos dada “AF2”), mas há diferenças na nossa fenomenologia dele. 4. Caracterização da grande média da actividade eléctrica occipital e temporal co-ocorrente com estímulos de que não estamos conscientes.

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LANCOG SEMINAR2014-15: Sesso 8

Dados electrofisiolgicos e conscinciaVtor Diniz PereiraUniversidade de Lisboa

12 de Dezembro de 2014, 16:00Faculdade de Letras da Universidade de LisboaSala Mattos Romo (departamento de Filosofia)

Resumo: Se h correlatos occipitais e temporais de estmulos de que no estamos conscientes, a nossa inconscincia ser no s no acedermos a eles como tambm no termos nenhuma fenomenologia deles (Block 2005), apesar de actividade elctrica co-ocorrer com esses estmulos nos lobos occipital e temporal.A actividade elctrica occipital e temporal co-ocorrente com a nossa experincia visual de um estmulo co-ocorre com a nossa conscincia dele.No entanto, uma explicao do contraste entre respostas correctas e incorrectas no explica o contraste entre atribuies de graus de visibilidade.A actividade elctrica occipital e temporal co-ocorrente com um estmulo de que no estamos conscientes (se alguma) ter de ser distinguida quer da actividade elctrica occipital e temporal correlacionada (por hiptese) com um contraste no nosso acesso a esse estmulo quer da actividade elctrica occipital e temporal correlacionada (por hiptese) com um contraste na nossa fenomenologia desse estmulo.1. Estimulao laboratorial AF2 (por ns desenhada e implementada).2. Caracterizao da grande mdia da actividade elctrica occipital e temporal co-ocorrente com o contraste entre respostas correctas e incorrectas: o intervalo de tempo entre o fim da apresentao de um estmulo-alvo e o fim da apresentao do seguinte estmulo-mscara explica o contraste entre respostas correctas e incorrectas. H, pelo menos dada AF2, diferenas no nosso acesso ao estmulo.3. Caracterizao da grande mdia da actividade elctrica occipital e temporal co-ocorrente com um contraste entre atribuies de graus de visibilidade: o qual no explicado pelo intervalo de tempo entre o fim da apresentao de um estmulo-alvo e o fim da apresentao do seguinte estmulo-mscara, uma vez que apenas o estmulo-alvo apresentado. O nosso acesso ao estmulo laboratorialmente o mesmo (pelo menos dada AF2), mas h diferenas na nossa fenomenologia dele.4. Caracterizao da grande mdia da actividade elctrica occipital e temporal co-ocorrente com estmulos de que no estamos conscientes.