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    Rua Gonalo Cristvo, 14, 2 4000-263 [email protected] Tel.: 223 399 400 Fax.: 222 058 098

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    n 6 dezembro 2013distribuio gratuita Periodicidade: mensal www.facebook.com/fepianojornal

    ESPECIAL NATAL

    PROFESSOR PINTO DA COSTA,EM ENTREVISTA

    Portugal

    passvelde serautopsiado

    Pgs 6-7

    ERASMUS no BrasilTodos os meses, o

    Fepiano traz-te uma

    nova aventura de

    ERASMUS, desta vez

    contada por Hugo

    Machado que esteve

    no Brasil.Pgina 11

    Comportamentosa ter numaentrevistade emprego

    Pgina 4

    O teu presente

    de Natal Pgina 5

    Portugal,onde esta cultura?

    Pgina 14

    DesportoFica a par do

    desempenho das

    selees AEFEP e

    da atualidade da FEP

    League.Pgina 12

    FEP Finance Club

    IPO do TwitterPgina 14

    Revisitando 2013O final do ano , por excelncia, um momento propcio a balanos.Nesta edio, partimos numa viagem, lembrando os episdiosque marcaram o ano de 2013, bem como os seus protagonistas.

    Pgs. 3 e 4

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    3N 6 - dezembro 2013

    Revisitando 2013

    PALAVRADO ANO: SELFIE

    Uma selfie uma fo-tografia tirada pelo pr-

    prio protagonista, que,

    normalmente, estende

    o brao ou recorre a um

    espelho para conseguir

    aparecer na imagem.

    Um exemplo famoso

    desta prtica foi a sel-

    fie tirada pelo Papa

    Francisco e partilhada

    por um grupo de jovens

    em visita ao Vaticano.

    PROTAGONISTASDE2013:

    Janet Yellen, economis-ta norte-americana que

    se tornou na primeira

    mulher Presidente da

    Reserva Federal.

    Joana Vasconcelos, ar-tista plstica portuguesa

    responsvel pela criao

    do Pavilho de Portugal

    para a Bienal de Vene-

    za. O cacilheiro, Trafaria

    Praia, recebeu mais de

    100 mil visitantes em

    seis meses.

    Malala Yousafzai, jovempaquistanesa, ativista

    do direito educao

    das mulheres.

    Organizao para a Proi-bio de Armas Qumi-cas galardoada com o

    prmio Nobel da Paz de

    2013 e responsvel pela

    destruio do arsenalqumico da Sria.

    Papa Francisco, o pri-meiro papa jesuta da

    Histria.

    Rui Moreira, candida-to independente, eleito

    Presidente da Cmara

    Municipal do Porto.

    JOO SEQUEIRA

    MATILDE ROSA CARDOSO

    Num momento em que nosaproximamos do final de mais umano, enquanto alguns aproveitampara fazer balanos, outros pro-metem grandes mudanas parao prximo, ou no fosse to co-mum, em pleno festejo da passa-gem de ano, as pessoas, em eufo-ria em cima de cadeiras, gritarema clebre expresso ano novo,vida nova.

    Para os mais supersticiosos, oincio de 2013 era uma incerteza.

    Desde as profecias aos filmes, a ca-tstrofe era inevitvel 2012 era oano do fim do mundo. A verdade que, ouvidas as doze badaladas,na primeira tera feira do ano, to-das essas crenas desapareceramno ar como as canas do fogo deartifcio.

    Nasceste depois de 1987? Sesim, este foi o primeiro ano datua vida que compreende quatrodgitos diferentes. Mas mais: osdias da semana deste ano so osmesmos que ocorreram no ano de1415, ano da conquista de Ceuta.

    Tendo sido o dia da conquista dacidade a 22 de agosto, uma quin-ta feira, tambm em 2013 este diafoi numa quinta feira.

    O ano comeou em grande paraa cincia com a descoberta, por

    cientistas ingleses, do Huge-LQG

    (grande grupo de quasares), amaior estrutura jamais observadano Universo, enquanto por c, naTerra, o sonho de Barack Obamase tornava realidade com a tomadade posse para o seu segundo man-dato na Casa Branca.

    Um lder entrava, outro resig-nava. No incio de Fevereiro, oPapa Bento XVI surpreendeu omundo catlico com uma deci-so quase indita na longa vida daIgreja. Dias mais tarde, um mete-orito caiu na Rssia, causando omaior impacto do sculo. Este fe-

    nmeno no abalou apenas o pas,como todo o mundo tecnolgico,pelas inmeras partilhas de ima-gens, vdeos e comentrios nas re-des sociais, semelhana do queviria a acontecer com o anncioda PlayStation 4. O mundo do es-petculo tambm no parou e, na85 edio dos scares, Argo foipremiado na categoria de melhorfilme.

    No ms seguinte, o filme eraoutro e o plot desenrolava-se sobo olhar atento das pinturas deMiguel ngelo na Capela Sisti-

    na. Milhares de fiis aguardavamfumo branco, seguido do ann-cio Habemus Papam. O cardealargentino Jorge Mario Bergogliotornar-se-ia no Papa Francisco, oprimeiro Papa latino-americano.

    Rapidamente, os holofotes se di-

    recionaram para a Coreia do Nor-te, que declarou estado de guerra Coreia do Sul e ameaou atacaros EUA e o Japo. Em Portugal,as atenes estiveram voltadaspara o Palcio Nacional da Ajuda,que acolheu a exposio de JoanaVasconcelos, uma das mais presti-giadas artistas plsticas nacionais,que bateu recordes de visitas.

    No ms das mentiras, nasceuum projeto de verdade. O Fepia-no, o teu jornal, lanou a primei-ra edio e trouxe, consigo, a von-tade de informar e surpreender

    os leitores da Faculdade. Sempreem cima do acontecimento, no-ticimos o falecimento de HugoChvez e a consequente eleio deNicols Maduro para o cargo depresidente da Venezuela. Volvidos15 dias do ms de abril, o mun-do sofreu dois abalos. Nos Esta-dos Unidos, um atentado terroris-ta marcou a Maratona de Boston,vitimando um grande nmero depessoas. Noutro ponto do globo,ocorreu mais uma catstrofe, umsismo, no Paquisto, de magnitu-de 7,7 na escala de Richter, tendo

    dado origem a uma pequena ilha,na sua costa, um dia depois. Notrmino do ms, um novo abalo,desta vez na realeza. A Rainha Be-atriz do Reino dos Pases Baixosabdicou do trono.

    Em maio, a Austrlia ps os

    olhos no cu para observar oprimeiro eclipse solar anular de2013. Este rarssimo fenmeno dealinhamentos que ocorre quandoa Lua se interpe entre a Terra eo Sol, ocultando completamentea sua luz numa estreita faixa ter-restre, tambm foi visvel no Suldo Pacfico. Neste mesmo ms,outros olhares voltaram-se para aONU, que se aventurou no mun-do gastronmico, ao sugerir umnovo menu rico em insectos, deforma a aproveitar esta importan-te fonte de nutrientes e combater

    a fome no futuro.A realeza britnica iniciou oms de junho com celebraes, ouno fosse o 60 aniversrio da co-roao da Rainha Isabel II moti-vo suficiente para que a cidade deLondres se engalanasse para a oca-sio. Edward Snowden, ex-agenteda CIA, foi capa dos jornais TheGuardian e The Washington Postao relevar informaes inditasque denunciavam um esquemade espionagem levado a cabo pelogoverno norte-americano em sis-temas de comunicao de todo o

    mundo. O futebol ficou marcadopela disputa da Taa das Confede-raes, tendo-se sagrado campeoo Brasil, pas anfitrio.

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    4 N 6 - dezembro 2013

    J o comeo de julho foi palcode importantes mudanas a nvelpoltico. A Crocia entrou para aUE, tornando-se no 28 estado--membro da Comunidade. Poroutro lado, no Egito, um golpede estado derrubou o ento pre-

    sidente, Mohamed Morsi, tendosido igualmente suspensa a Cons-tituio. Na segunda quinzena doms, o dia 22 foi um dos mais me-diticos do ano pelo nascimentodo possvel futuro Rei do ReinoUnido, George Alexander Lou-is, filho do prncipe William e deKate Middleton. A XIV JornadaMundial da Juventude teve lu-gar no Rio de Janeiro, marcandoa primeira viagem internacionaldo pontificado do Papa Francisco.O ms terminou de forma drsti-ca com um acidente de comboio

    em Santiago de Compostela, emEspanha.Agosto registou dias soalheiros,

    mas tempestuosidade nas not-cias. Um conflito poltico no Egi-to, entre partidrios e opositores

    do Presidente deposto, Moha-med Morsi, causou centenas demortos e milhares de feridos. Jna Sria, o exrcito realizou umaofensiva contra redutos de opo-sitores do Governo de Bashar al--Assad, na periferia de Damasco,

    gerando indignao de lderes deoutros pases por ter provocadomilhares de mortes, bem comopelo possvel recurso a armas qu-micas. Por territrio nacional, osincndios pintaram de cinzentoas paisagens florestais e despiram--nas, tendo provocado vrias vti-mas, nomeadamente bombeiros.Nas salas de cinema, o cenrio foicontrastante, graas ao xito dofilme A Gaiola Dourada, quecontou com mais de 700 mil es-pectadores.

    O ms das escolhas aproxi-

    mou-se e se, por c, a 29 de se-tembro, foram eleitos os rgosdo poder autrquico, no pano-rama internacional foi AngelaMerkel que se destacou ao con-quistar o terceiro mandato como

    chanceler alem. Porm, a Hist-ria no descansa e Barack Obamaprotagonizou um momento dig-no de nela ser registado ao esta-belecer contacto telefnico com opresidente iraniano.

    Os americanos acordaram, no

    ms de outubro, com os serviospblicos suspensos, em conse-quncia do Governo ter entradoem processo de Shutdown, o queaconteceu pela primeira vez em17 anos, fruto de dificuldades deconsenso com a oposio em re-lao ao oramento do prximoano. Rumo ao Sul, as discrdiasentre Governo e oposio volta-ram a verificar-se: Moambiqueficou fragilizado com o romperdo Tratado de Paz de 1992 pelaResistncia Nacional de Moam-bique. Ainda por terras africanas,

    Jos Eduardo dos Santos, Presi-dente angolano, surpreendeu aoanunciar o fim da parceria es-tratgica com Portugal, duranteo seu discurso sobre o estado daNao.

    O penltimo ms do ano foirico. Literalmente. O trpticodo pintor britnico Francis Ba-con foi arrematado, em leilo,por um valor recorde de 106 mi-lhes de euros, transformando--se na obra de arte mais cara do

    mundo e superando O Grito,de Munch. O enorme e impo-nente diamante conhecido porEstrela Rosa foi leiloado por83 milhes de dlares, estabe-lecendo um recorde mundial depreo para uma pedra preciosa.O desempenho da seleo portu-guesa no foi menos majestoso.Cristiano Ronaldo fez um hat--trick que garantiu o apuramen-to para o Mundial de 2014, noBrasil, abrindo portas possibi-lidade de se tornar no primeiroportugus a marcar golos em trs

    Mundiais.Dezembro corre a passos lar-gos, aproximando-o o final doano. O ciclo reinicia. O novo anochega e a Histria continua a es-crever-se.

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    Prtico e essencial um guia de trabalho, onde a correspon-dncia entre os artigos antigos e novos concreta e clara,

    permitindo a todos estabelecer ligaes sistemticas e de

    contedos, alertando ainda para o que totalmente NOVO.

    A nova verso do Cdigo de Processo Civil entrou em vigor no

    passado dia 1 de setembro.

    ESTEJA PREPARADO!

    NOVO CDIGO DE PROCESSO CIVIL (2 Edio)(Aprovado pela Lei n 41/2013, de 26 de junho)

    Autores: Ana Rebelo Sousa,Mrcia Passos e Miguel Miranda

    (Advogados)

    Pginas: 720 P.V.P.: 20

    INCLUI:

    Tabela de Correspondncia Lei de Organizao do Sistema Judicirio

    Regime Jurdico do Processo de Inventrio

    Regulamento das Custas Processuais

    Novo Regime do Arrendamento Urbano

    Balco Nacional de Arrendamento e Procedimento Especial

    de Despejo

    Ao Declarativa Especial para Cumprimento de Obrigaes

    Pecunirias

    Balco Nacional de Injunes

    Tramitao Eletrnica dos Processos Judiciais

    Vrios Aspetos das Aes Executivas Cveis

    Arbitragem Voluntria e Julgados de Paz

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    5N 6 - dezembro 2013

    ALICE MOREIRACAROLINA REIS

    Ver a cara de surpresa e de alegria de algum que acaba de abrir umpresente que foi cuidadosamente procurado e escolhido uma satisfaoenorme. sempre bom receber uma prenda! Mas mais especial ainda dar um presente.

    Tudo conta

    Seja qual for a ocasio, e antes de partires para o shopping em buscada prenda perfeita, pra para pensar na pessoa a quem vais dar o presente sexo, idade, hobbies...

    Como ter ideias para presentes?

    As fontes de ideias para prendas fabulosas e adequadas a qualquer pes-soa so muitas - basta estar atento!

    Presta ateno quilo que conversam quando esto juntos ou, se foremdar uma volta, repara nas coisas que mais chamam a ateno dessa pessoaou nos objectos que realmente compra ou que anda a namorar eque gostaria de adquirir num futuro prximo.

    Tenta lembrar-te de festas anteriores, de Natal ou de anos, edas prendas que essa pessoa mais apreciou. Basta puxar um bo-cadinho pela cabea!

    Se tiveres dvidas, fala com algum mais prxi-mo da pessoa a presentear me, pai, marido, na-morada, irmo, melhor amiga que podero fazeruma contribuio preciosa! Ningum gosta de de-sembrulhar uma prenda linda, s para encontraruma coisa que no tenha absolutamente nada a verconsigo! Por isso, j sabes, em matria de prendas,olhos e ouvidos bem abertos, e explora todas aspossibilidades!

    O oramento

    Numa misso que por vezes parece realmenteimpossvel, oferecer a prenda perfeita nem sem-pre implica gastar rios de dinheiro ou escolhera pea mais cara da loja ou da marca preferidada pessoa em questo. sempre importanteestabelecer um oramento, tanto para ti, comopara quem vai receber. Para alm de reduziras opes, no vais correr o risco de ofe-recer algo exagerado para a ocasio

    ou para a pessoa, deixando-a semgraa.Para oramentos mais baixos,

    damos ainda a sugesto de seres tumesmo a fazer os teus presentes,tendo tambm em ateno osprodutos artesanais, que souma boa ideia para pre-sentear toda a tua lista deamigos e familiares, e po-des adquiri-los em lo-jas especializadas ouat mesmo aprendera confeccion-los. Naverdade, muito sim-

    ples.Podes ainda ter com-paraes online de pro-dutos semelhantes emmarcas diferentes e vaisficar impressionado com odinheiro que podes poupar!

    Um gesto bonito

    Qualquer que seja a prenda, no te esqueas que a apresentao conta no te esqueas do lao!Aqui te deixamos algumas sugestes de como embrulhar o presente

    de uma forma inovadora e ecolgica. Reunimos 5 ideias amigas do am-biente para que, nesta quadra, possas embrulhar os teus presentes comrecurso a materiais reciclados e muita criatividade:

    Folhas festivasUsa jornais e revistas para fazer o embrulho.

    Presente em tecidoUsa tecidos, seja com recurso a retalhos guardados na gaveta ou comtecido de alguma pea de roupa que j no uses.

    Caixas reutilizadas

    Usa caixas de papel e carto que tenhas l em casa.

    Sacos sustentveisUsa os sacos de papel que tens acumulados em casa.

    Papel recicladoUsa papel reciclado para embrulhar os teus presentes!

    A troca

    Sempre que ofereceres algo, deves pr a pessoa vontade relativamente possibilidade de trocara prenda por qualquer motivo, por isso, procurajuntar sempre o talo de troca sem preo a todasas prendas que ofereceres. Assim, a pessoa presen-teada estar completamente vontade para fazer

    a troca, sem te incomodar.Para isto, deves ter, tambm, em ateno o local

    onde efectuas a compra. O Fepiano foi investigarpara te auxiliar na tomada de deciso nesta impor-

    tante poca do ano.Assim, dependendo dos gostos de cada um edo estilo de compras que quer realizar tendoem conta o preo, a originalidade e o tipo deprodutos, oferecemos-te vrias sugestes:Superfcies ComerciaisComrcio de Rua

    Feiras ArtesanaisComrcio online

    Comrcio por catlogoPrendas infalveisSe no souberes mesmo o que ofe-

    recer, aqui est uma lista de prendas(quase!) infalveis e sempre pr-

    ticas:Uma caixa de chocolates irre-sistvel;

    Um bonito ramo de flores;Uma boa garrafa de vinho;Um original cesto de produtosgourmet.

    Dica: Podes tambmoferecer um cheque--prenda de uma lojaonde a pessoa vai adorarcomprar o seu presente.

    Nota: Consulta este arti-go em formato alargado no Fa-

    cebook do jornal Fepiano.

    O teu presente de Natal

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    Em plena quadra natalcia,estivemos conversa com oreconhecido mdico-legista,que partilhou, sem tento nalngua, a sua longa experinciade vida. Privilegiando sempreas pessoas e a afetividade,o Professor fascinou comtoda a sabedoria com que tepresenteamos este Natal.GONALO SOBRAL MARTINSJOS GUILHERME SOUSA

    Numa altura em que nos aproxima-mos do Natal, impe-se falar na famliae nos amigos em que investiu ao longodos seus 79 anos. Qual a importnciaque lhes atribui?

    A famlia o ncleo fundamental da nossa fe-licidade. No entanto, esta no composta ape-nas pelos consanguneos costumo dizer que a

    famlia so as pessoas que ns escolhemos, atporque um elemento crucial da nossa famlia a esposa - me dos filhos e av dos netos. Por-tanto, a afectividade conta muito mais do que aconsanguinidade. No Natal, convencionalmen-te, as pessoas aproximam-se e tm um compor-tamento mais fraterno. Ainda assim, na minhaopinio, o Natal deveria ser o dia em que and-vamos todos pancada e, assim, o amor, a com-paixo e a solidariedade ficavam reservados paraos restantes dias. E parece-me vivel tornar uni-versalmente aceite sermos maus apenas uma vezpor ano. O Homem no passa fome apenas naquadra natalcia!

    Como viver uma vida lado a ladocom a morte e o que representa para sio morto?

    O filsofo Bertrand Russel dizia que s tinhamedo da morte quem no vivia bem a vida. Por-tanto, quem temer a morte deve fazer um balan-o existencial para perceber o que tem de mudar,porque o Homem muda desde o nascimento at morte. A personalidade adquire-se por lei com onascimento, com vida, mas at na barriga da mej h qualquer coisa que vai determinar aquiloque ns haveremos de ser. Ns somos 30% de ge-ntica e os outros 70% dependem do ambiente,da aprendizagem e da interaco com a natureza.

    Nunca idealizou uma vida afastadadas salas de aula, das conferncias edos hospitais, depois de estar reforma-do?

    Eu fiz aquilo que toda a gente deve fazer nose reformar! Quanto mais motivarmos o crebromais tarde morreremos, porque, se mantivermos

    a actividade cerebral, o crebro no nos deixamorrer. Eu costumo dizer que tenho uma vidato ocupada que no tenho tempo para morrer.A minha agenda para 2014 j est muito pre-enchida. Nesta idade, continua a haver margempara definir objectivos a longo prazo. As pesso-as com pouca literacia devem, pelo menos, fazertodos os dias as palavras cruzadas e as que tive-rem mais conhecimento partir para um sudokudirio, para preservar as clulas cerebrais.

    E o que diria queles que o acusamde estar a ocupar o lugar de um jovemespecialista na sua rea?

    Eu no estou a ocupar o lugar de ningum.Esta competio muito saudvel. No deve-mos privilegiar um jovem apenas porque jo-vem. Ao jovem falta uma coisa que importante a experincia. E como o que interessa a efi-cincia intelectual e no a inteligncia, essa efi-cincia consegue-se com a inteligncia e com aexperincia. Admito que os jovens sejam muitomais inteligentes do que eu, mas eu tenho muitamais experincia do que eles.

    Quais seriam os resultados se autop-siasse, neste momento, Portugal?Os cadveres so todos diferentes. Mas todos

    so passveis de ser autopsiados! Comecemos, en-to, pela cabea, que, ao que me parece, funcionamuito mal; o pescoo, no sei, mas, pelo menos,anda tudo sem gravata; continuando, olhandopara o trax, no estamos a respirar muito bem e

    o corao em termos afectivos tambm no pulsade um modo conveniente. O suicdio e o homi-cdio esto a aumentar em flecha. H uns anos,referia-se que Portugal era o nico pas em que,quando havia perturbaes socioeconmicas, nohavia aumento de suicdios. Agora, j foi demons-trado que no somos essa excepo! Em relao criminalidade, somos um pas com poucos crimes,porque at que algum seja julgado somos todosinocentes. E a verdade que a nossa justia nofunciona! Eu entendo que h uma evoluo ccli-

    ca. O sculo XX destinou-se a desfazer um grandetabu, o tabu do sexo, mas criou-se um outro, enor-me, que se prende com o facto de o sexo ter deixa-do de ser tabu. O sculo actual o sculo da mor-te... e o prximo ser o sculo que encaminhar ahumanidade para um equilbrio e ser o sculo doamor. Aquilo que Cristo disse e falhou h dois milanos vai-se reflectir somente nesse perodo. Have-r uma homogenia, as pessoas deixaro a sua reli-gio, porque essa no presta para nada. A religioactual a do nosso Senhor Dinheiro! E tudojoga nesta espiritualidade mxima perversa a quetodos nos subjugamos. Tudo tem que mudar... ACincia altera-se em 30% de cinco em cinco anose, ao que vejo, vamos ter que esperar cem anos por

    esse sculo que ser uma maravilha.

    Quais os valores que tentou incutiraos seus filhos e alunos durante todosestes anos?

    PROFESSOR MDICO-LEGISTA EM ENTREVISTA

    Cavaqueando com... Jos

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    7N 6 - dezembro 2013

    Lutei, sobretudo, pela defesa da verdade.Um indivduo deve defender aquilo em queacredita! Quaisquer previses que faamosagora, enquanto pais ou professores, podemfalhar porque o conceito tico poder ser ou-tro daqui a vinte anos. Em pedagogia, umanica coisa sagrada ensinar a pessoa a re-solver problemas! O conhecimento evolui detal forma rpida que no temos tempo de oassimilar, portanto s essa capacidade de nosadaptarmos e de resolver os problemas quenos surgem parecem responder s necessida-des que qualquer filho e aluno encontraro aolongo da sua existncia.

    Que comparao faz entre o ensinoe o estudante do privado e do pblico?

    Trata-se de uma diviso puramente artificial.O professor s ensina quando o aluno aprende!Se um professor ignorante ou fica nervoso pe-rante uma sala cheia (sendo um grande especia-lista), no vai conseguir fazer com que o alunoaprenda. Se tiver que lhe bater para aprender,ou se tiver que lhe oferecer chocolates, que as-sim seja. Tudo o que no seja aprender secun-drio. Mas o professor apenas tem que disponi-bilizar ferramentas, porque o aluno que temde aprender e, depois, usar o que aprende de

    acordo com os seus interesses. O resto retri-ca, conversa que no interessa para nada!

    Que casos mediticos que j lhepassaram pelas mos e qual a autpsia

    que mais o marcou?Esta a resposta que costumo dar: as maissignificativas no posso falar delas! Houve al-guns casos que me marcaram, mas uma dasautpsias mais marcantes foi uma que no fiz.Tratava-se de uma aluna muito boa que mor-reu de desastre automvel. Recusei-me a v--la porque queria que permanecesse uma boaimagem dela, na minha cabea. Isto para dizerque no somos carniceiros e que temos a nossaafectividade.

    conhecedor da histria de vida decada cadver que vem parar s suasmos?

    Isso faz parte do processo, no ignorvel.A autpsia mdico-legal constituda por qua-tro partes: informao, ou seja, todo o historialrelativo quela pessoa; exame do local ondeest e esteve o morto; anlise do cadver e, fi-nalmente, os exames complementares. No meparece, portanto, que, sendo feito um trabalho

    exaustivo, haja margem para haver autpsiasinconclusivas.

    Como reage a momentos de queda eo que faz para se reerguer?

    Eu dou a volta! Sou uma pessoa linearmenteoptimista. Jogo sempre na garrafa meio cheia,ao contrrio de alguns que se lamentam por sj terem meia garrafa. Consigo ver sempre olado positivo das coisas. Costumo dizer que ato maior criminoso tem o seu lado positivo euma justificao vlida para cometer aquelecrime.

    Considera que uma pessoa mais cultatem um acesso mais facilitado felici-dade? Aprende-se, tambm, a ser feliz?

    A felicidade relativa. Est relacionada comprocessos bioqumicos denominados por viade recompensa. Ns podemos ser felizes fa-zendo o mal! O serial killer tem fome de ma-tar e fica feliz quando mata. Mas uma mortetraz-lhe felicidade durante pouco tempo e temnecessariamente de continuar a matar at queveja extinto esse plano biopsicolgico que lhefornece felicidade. O ser humano dispe decem mil milhes de neurnios e bastaria queestes funcionassem bem para que fssemos fe-

    lizes. Creio que esse nmero avultado de neu-rnios insuficiente! Chegava, sim, para o Ho-mem das cavernas, que apenas tinha de decidirse o cajado que ia levar consigo era mais curtoou comprido, ou se levaria ou no setas paraa caa.

    O que que fascina um aluno queescolhe Medicina Legal como especia-lizao?

    Actualmente, a maior predileco devidaa uma srie televisiva: o CSI. Na verdade, aspessoas no sabem bem o que o CSI e ficamapaixonadas. Toda a gente gosta do CSI e dainvestigao que lhe est inerente. Para alm domais, h um certo fascnio humano pelo crime.Prova disso o facto de estarmos entusiasma-dssimos sempre que o televisor est ligado adar uma srie de crimes. Se puserem a Brancade Neve, dizemos logo: Tira l isso!. na-tural, o comportamento humano. Digamos

    que a aprendizagem que ns tivemos. O que que os pais do, agora, aos filhos? Do metra-lhadoras de plstico, uns animais horrorosostudo a incitar violncia. No do o rato Mi-ckey. Alis, o rato Mickey at est a mudar oseu aspecto, porque se vendia pouco. precisoincutir-lhe um ar violento. Presumo que seria

    um sucesso pr o rato Mickey a violar a Min-nie. Tornar-se-ia um xito de vendas.

    Qual foi, ento, o seu CSI?At certo ponto, duas explicaes. A pri-

    meira o facto de sempre me terem interessadoimenso os problemas sociais e a medicina legaltem evidentemente um pendor social. A segun-da razo deveu-se a uma casualidade. Quandoera estudante, havia a tradio do professor deuma determinada cadeira convidar um alunopara seu assistente. Como tinha sido um bomaluno, o meu professor de Medicina Legal, queeu no conhecia fora do mbito de professor,

    convidou-me para seu assistente. Fiquei muitoadmirado, no estava nada espera do convite.No entanto, como sempre cultivei o travessei-ro, dormi sobre o assunto. Lembro-me, tam-bm, de ter falado com a minha me e de elater comentado: Que coisa esquisita!. Porm,ela sempre respeitou a vontade dos filhos e su-geriu que seguisse aquilo que mais quisesse egostasse. E assim foi: encontrei-me com o pro-fessor e aceitei o convite.

    Classifica esse seu mundo apaixo-nante?

    Hoje em dia, tudo est complicado para to-

    das as profisses e licenciaturas. Actualmente,no sei quais as garantias, em termos de mer-cado de trabalho, que um indivduo que quei-ra dedicar-se Medicina Legal ter. Isto noquer dizer que este mundo deixe de ser apaixo-nante, mas temo que essa paixo seja diminu-da por no encontrar ocupao profissional, jque um mdico-legista tem que funcionar nosquadros de Medicina Legal e a parte privada,apesar de possvel, no tem vazo.

    Qual foi a reaco sua primeira au-tpsia?

    No houve essa reaco, porque estive umano a estagiar antes de a ter realizado. Nesse es-

    tgio, ia observando os outros a fazerem as suasautpsias, de forma que o aspecto emocionalfoi mnimo ao ter metido a faca num cadver.No houve aquela surpresa porque j sabia oque havia de fazer.

    Em termos clubsticos, h sangueazul a dentro?

    A minha famlia foi sempre do Futebol Clu-be do Porto e eu no degenero. Sempre tive-mos dirigentes desportivos no F.C.P. um dosmeus tios paternos foi, h muitos anos, direc-tor do F.C.P., um dos meus tios maternos tam-bm teve relevncia no futebol e assim suces-sivamente.

    Como v agora o seu irmo, JorgeNuno, actual presidente do FutebolClube do Porto? Admira-o?

    Admiro uma vez que ele se entregou a esseramo. Eu privilegio imenso a liberdade das pes-

    Pinto da Costa

    continua na pgina seguinte

    A maior predileo por medicina legal devida ao

    CSI, as pessoas no sabem o que e apaixonam-se.

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

    8/16

    8

    Queda por quedaQuando caio, perspectivo a minha ascenso;

    quando me perco, esboo o caminho que me le-var de novo vitria. Perante a angstia e a tem-pestade, antecipo dias soberbos, repletos de criati-vidade e de conquistas. A queda um momentoimprescindvel e sinto que apenas surge para nosvoltar a colocar no trilho certo, para nos corrigir eaperfeioar. reflexo, rutura e mudana!

    Tal como acontece nos videojogos, um passomal dado faz com que caiamos, mas, ditosamente,voltamos a ser devolvidos ao jogo. Porque a vida,essa, garante-nos sempre a segunda e a terceiraoportunidades, desde que estejamos dispostos aacatar as lies que esta tem para partilhar con-nosco.

    As paredes do poo em que mergulho refletemo meu olhar, que terra o alimento dos tons ver-deados que acompanham a minha queda. Susten-tado por essa esperana, saio da noite escura para

    ver o dia nascer. E este regresso invariavelmentemarcado por uma certeza: em breve, voltarei a tro-pear. E, claro, a levantar-me!

    Ainda assim, o nosso objetivo resume-se a um

    evitar e a um adiar do inevitvel. A queda quemarca o fim da nossa existncia no nos deixamargem para assumir uma posio vertical. Eapenas requer que aqueles que ficam e choram anossa ausncia definitiva desistam de tentar atra-sar um relgio que no deixar de avanar e exige,ao mesmo tempo, que as nossas vidas prossigam.

    Acordamos, a cada manh, no incio de umamontanha. E, todos os dias, subimos um pouco.Mas a nossa insatisfao no nos permite ganharaltura. Continuamos sempre afastados do topodessa montanha e, mesmo assim, colecionamos aspedras que nos fazem cair e nos magoam, comum nico sonho: construir um castelo naquelecimo. E, afinal, a nossa existncia no tem fimmarcado para o momento em que for colocada altima pedra nesse castelo, mas, sim, quando essamesma pedra nos fizer cair pela ltima vez.

    A nossa existncia no tem fim

    marcado para o momento em quefor colocada a ltima pedra nessecastelo, mas, sim, quando essamesma pedra nos fizer cair pelaltima vez.

    JOS GUILHERME SOUSA

    soas. Desde o momento que uma pessoafaa, seja o que for, conscientemente, jul-go que pode fazer as asneiras que quiser.Tem de o fazer por opo e com respon-sabilidade, depois de saber escolher. Seminformao no h conhecimento e semconhecimento no h liberdade e ns s

    podemos distinguir entre A e B, em es-colha, se soubermos distinguir inequivoca-mente o que o A e o que o B. Por-tanto, ele fez a sua escolha. Pois fez muitobem, era isso que ele queria. Eu fiz a minhaescolha. Pois fiz muito bem, era aquilo queeu pretendia. Ele nunca compreendeu queeu dedicasse a minha vida a este ramo e queandasse a aturar alunos sem ganhar nada como o vosso caso. Ele acha isso umpouco estranho J para mim isso per-feitamente normal.

    O que o move e comove?Ora bem Todo o prazer e o sofrimen-

    to do prximo emocionam-me. Graas carapaa que vamos concebendo com oavanar da vida, posso dizer que em termosafectivos e emocionais o abalo da maioriadas situaes no assim to preponderan-te. Ainda assim, estas duas coisas como-vem-me nesse sentido de me co-mover.Por exemplo, quando um par de namo-rados est in love eu fico comovido, mas

    se um par de namorados est a bater umno outro fico emocionalmente insatisfeito.Julgo que o Homem o animal mais curio-so que existe superfcie da Terra.

    O que vale, realmente, a penanesta vida?

    Todos os dias, de manh, quando acordo,a primeira coisa que fao mexer os dedosdas mos e dos ps. A digo: Ai que bom,estou vivo!. A vida no tem qualificaonem tem preo. O facto de viver j um va-lor existencial. O que ns temos de desfru-tar de todas as possibilidades que a vida nosproporciona. Para mim, o prazer existencial o que, realmente, vale a pena nesta vida.Sou feliz desde que respire. Atrevo-me, at,a dizer que nunca trabalhei na vida. Tudoo que fiz foi com prazer e fi-lo pelo prazere no para obter meios de subsistncia, quedepois advinham secundariamente.

    Qual a sua maior qualidade e oseu maior defeito?

    O meu principal defeito sabem qual ? no saber dizer no. Quando vocs metelefonaram eu disse, logo, que sim, mes-mo sabendo que teria complicaes de vira correr de Braga para o Porto. Isso causa--me, s vezes, alguma confuso, j que o

    dia s tem 24 horas e eu digo sim a tudo.Em todo o caso, muito importante navida saber empregar a palavra no. A edu-cao dos nossos jovens talvez fosse melhorse os pais soubessem dizer no. Quanto minha maior qualidade, talvez seja a ine-xistncia de egosmo em compartilhar o

    meu conhecimento. Sempre tive prazer emtransmitir aos outros aquilo que vou sa-bendo e descobrindo.

    Permita-nos uma comparao en-tre o seu tempo de estudante e onosso

    Os dois tempos so muito diferentes. Naminha altura de estudante, todos os dias iatomar um caf ao Piolho. Para mim, eraum ritual normal. Durante trs anos, fuipara frica e a ltima coisa que fiz, aquino Porto, foi tomar um caf no Piolho.Quando regressei, a primeira coisa que iafazer era tomar um caf nesse clebre esta-

    belecimento. O Piolho era, at 1963, tradi-cionalmente frequentado s por homens.Quando queramos namoriscar umas co-legas, tnhamos de ir para a Primar. Asmeninas no entravam no caf Piolho.Em 1966, quando regressei do continen-te africano, ia retornar aos meus costumese no cheguei a entrar no caf, dado queno percebi se eram as meninas que esta-

    vam sentadas ao colo dos meninos, se eramos meninos que se sentavam ao colo delas.Como aquilo era um panorama perfeita-mente inslito, a minha reaco espont-nea foi pegar e ir-me embora. Por outraspalavras, complicadssimo comparar osdois tempos. Hoje ridculo estar a dizerque h por a um lugar onde s podem en-

    trar homens. A prpria legislao muitodiferente. No meu tempo, um homem quese quisesse casar tinha de casar com umamulher e agora no. Agora casa, legalmen-te, com um homem se quiser. Portanto, huma evoluo completamente distinta.

    No seu longo percurso profissio-nal, do que que teve de abdicare do que que se arrepende de terabdicado?

    Eu tenho imensa sorte porque no mearrependo de nada. Todas as asneiras quefiz foram conscientes. A meu ver, a pior

    coisa que h na vida o arrependimento,j que a demonstrao tcita de que o in-divduo optou por aquilo que no queria.Um sujeito se se arrepender ir semprecismar de que deveria ter procedido deuma outra forma, ao passo que se tomaras opes de forma consciente no terpor onde se arrepender.

    A pior coisa que h na vida

    o arrependimento, j que a demonstrao

    tcita de que o indivduo optou por aquilo que

    no queria.

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

    9/16

    9N 6 - dezembro 2013

    Mick Jagger vai serbisav pela primeira vez

    Neta do vocalista dos RollingStones, Assisi, vai ser me emAbril do prximo ano.

    Maria Cavaco Silvarecebida com apupos e

    assobios na MoitaA primeira-dama, Maria Ca-vaco Silva, foi hoje recebida comapupos e assobios no concelho daMoita, onde participou na inau-gurao de uma residncia parapessoas com doenas raras da as-sociao Rarssimas.

    Descoberto novo

    dinossauro carnvoro nosEstados Unidos

    Paleontologistas norte-america-nos divulgaram hoje a descober-ta de um dos maiores predadoresterrestres de todos os tempos: umdinossauro carnvoro de quatrotoneladas e nove metros de alturaque viveu h cerca de 100 milhesde anos.

    LIVROS

    A Desumanizao

    Valter Hugo Me

    PERFUME007, James

    Bond

    James Bond

    TOP DO MS

    APARTES CHRISTMAS FACTSExiste uma cidade no Indiana chama-da Santa Claus.

    Depois do dia 14 de Janeiro, os habitan-tes do Maine pagam multa se ainda notiverem retirado as decoraes de Natal.

    Em Inglaterra, ilegal comerMinced Pies (pequena tartetradicional da poca) no dia deNatal.

    Em Inglaterra, o Natal j foi proibido pelos purita-nos sob o governo de Oliver Cromwell. Em 1647,o Parlamento aprovou uma lei tornando-o ilegal.

    Mais de trs mil milhesde cartes so enviadosanualmente nos EstadosUnidos, durante a pocade Natal!

    MSICA

    At ao fim

    Joo S

    FILME

    A Gaiola

    Dourada

    Ruben Alves

    RESTAURANTEO Migas

    Porto

    VDEO

    RFM vs Pepsi

    - Ronaldo is the

    Best

    RFM (Nilton)

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

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    10 N 6 - dezembro 2013

    Agenda Cultural

    World Press Photo 13

    At 5 de DezembroFrum da Maia / CentrArte 1 | Entrada

    Livre

    Evento fotojornalstico que dispensa apre-sentaes. As cerca de 150 obras apresen-tadas resultam de uma pr-seleo de entre103.481 fotografias de 5.666 fotgrafos de

    124 nacionalidades diferentes, todas elas re-tratando um tema da actualidade. Vale a penair ver!

    Ana Bacalhau 15

    12/13 de Dezembro | 21.30Casa da Msica (Sala 2) | 15 J

    Aos 15 anos, comecei a tocar guitarra e acantar. Aos 30, fiz da msica profisso. Noespao de 15 anos fui encontrando canese msicos que tiveram um impacto profundoem mim e que trago para este concerto, relem-

    brando o percurso que trilhei, desde os tempos

    em que cantava sentada na cama, com a pa-rede do quarto a fazer de pblico, at ao diaem que minha frente estavam milhares depessoas para me ouvir. Assim retrata AnaBacalhau a sua nova aventura: 15.

    15 PortoCartoon World Festival

    At dia 31 de Dezembro | 15h s 20hMuseu Nacional da Imprensa

    O PortoCartoon 2013 rene cerca de 400 car-toons vindos de todo o mundo. Selecionados apartir de 1700 obras de mais de 500 artistasprovenientes dos 5 continentes. Estas obrascingem-se a um tema que nos to querido:Liberdade, Igualdade e Fraternidade!

    Playing for change

    19 de Dezembro | 21.30Casa da Msica (Sala Suggia) | 25 J

    Reunidos pelo produtor Mark Johnson em

    2004, estes msicos, que faziam da rua o seu

    palco, foram catapultados para os grandespalcos. Com grandes nomes como Bono, ManuChao ou Stephan Marley associados a eles, jno a primeira vez que passam por Portu-gal tendo tido casa cheia na estreia. Procuremno Youtube, deliciem-se com as verses e nopercam esta oportunidade. De salientar tam-bm a primeira parte de luxo com Mrcio Silva(msico dos Souls of Fire), na apresentao doseu trabalho de autor Edu Mundo.

    Harlem Gospel Choir

    2 de Dezembro | 21hCasa da Msica (Sala Suggia) | 30 J

    O Harlem Gospel Choir no s um grupoGospel americano. Fundado por Allen Bai-ley, depois de um momento de inspiraoao assistir a uma cerimnia em homenagema Martin Luther King, este o grupo deGospel. Contam com a colaborao de m-sicos como Paul McCartney, Jimmy Cliff eDiana Ross e garanto-vos que ao longo daactuao vo agradecer a Deus o facto dehaver seres humanos to vocalmente aben-oados.

    EVENTOS A NO PERDER

    ANDR SILVA

    ANDR SILVA

    Eis a pergunta que nos vem cabe-a quando nos deparamos com os re-sultados do Eurobarmetro de 2013sobre a participao cultural. Os n-

    meros no s so preocupantes comoso uns dos piores da Unio Euro-peia, estando abaixo da mdia emtodas as categorias inquiridas. Mas oque se passa afinal com um pas ondeoutrora se ouviu: A minha ptria aLngua Portuguesa?

    Poderia estar para aqui a espe-cular sobre uma carrada de razesque levam fraca participao e aodesinteresse dos portugueses pelasactividades culturais. No entanto,vou tentar, muito sucintamente,ilustrar trs vectores que possamlevar a uma clara melhoria destes

    nmeros:1 - Uma maior aposta na educa-o com enfoque na criao de in-teresse pela cultura, isto porque huma clara correlao positiva entreeducao e cultura.

    2 - Reconhecimento da clara ex-ternalidade positiva das actividades

    culturais, actuando no sentido de assubsidiar para que possam reflectiro seu verdadeiro preo de mercado.

    3 - O aumento do rendimentodisponvel das famlias vai fazer, porsi s, que, luz da lei de Engel, sereduza a percentagem de rendimen-to alocada ao consumo de necessi-

    dades primrias e se transfira maisrendimento para actividades de carizcultural.

    Estas medidas so urgentes, poish um claro efeito multiplicador dacultura no s a nvel econmico,como tambm do bem-estar da po-pulao. No prevejo, no entanto,

    melhorias para breve a nvel destesindicadores pois, como diz VascoGraa Moura (escritor e director doCCB), H uma opo bvia quan-do se trata de escolher entre alimen-tar um filho ou ir a um concerto. Acrise financeira obriga a prioridadesrigorosas.

    Portugal, onde est a cultura?

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

    11/16

    11N 6 - dezembro 2013

    CAROLINA SILVAINS VASCONCELOS

    Num ms to frio como o deDezembro, o Fepiano traz-te umErasmus bem quente. Estamos,pois claro, a falar do Brasil. HugoMachado frequentou, durante umsemestre, a faculdade de Economia e

    Administrao da Universidade de SoPaulo (FEA-USP) e quis partilhar a sua

    experincia connosco.Sentiste que entre a faculdade em que

    estiveste e a FEP havia muitas diferenas?Sim, bastantes. Para comear, ao nvel de in-

    fraestruturas a FEA-USP muito superior, jque tem as suas instalaes renovadas. Relati-vamente aos mtodos de ensino, tambm hgrandes diferenas: os professores tm um trata-mento muito mais informal e as aulas so maisdescontradas. Entre as aulas que tive oportu-nidade de frequentar, posso sublinhar que domuito mais nfase a soft skills.

    Sendo o teu pas de destino fora daUnio Europeia, tiveste dificuldades emtermos de bolsas de estudo? Tambmprecisaste de um visto. Foi um processocomplicado?

    Sim, preciso ter esse pormenor em ateno.Para o Brasil, no existe a bolsa ERASMUS,mas, sim, uma bolsa de mrito atribuda peloSantander aos 2 candidatos com melhor mdia.No entanto, o acesso referida bolsa s poss-vel a quem se inscreva durante a primeira fase.Devido informao insuficiente e pouco es-clarecedora, s me inscrevi na segunda poca e,

    por isso, perdi esta oportunidade.Relativamente ao visto, um processo com-plicado, na medida em que necessrio reunirum vasto leque de documentos, tendo estes depreencher criteriosamente os requisitos do con-sulado brasileiro. Para exemplificar, a ausnciada palavra repatriar, numa declarao, obri-gou-me a nova deslocao s instalaes. Con-tudo, se todos os detalhes forem tratados de for-ma cuidadosa, no haver problemas.

    Pelo facto de estares fora da Europa,no conseguias ter acesso a voos low--cost. Como conseguiste superar esta si-

    tuao?No havendo voos low-cost, a soluo passou

    por tentar selecionar a agncia com os melhorespreos e as datas mais pertinentes. Tive conheci-mento de que a agncia TAGUS praticava des-contos para estudantes e, assim, poupei algumdinheiro.

    Em termos de integrao, tambm exis-te ESN no Brasil? Foi um processo fcil?ESN, em concreto, no sei se existe, mas

    existem outras organizaes. fcil, at, por-que, dentro da prpria faculdade, havia umncleo de estudantes que organizava eventose viagens que ajudavam na integrao e, tam-bm, a conhecer um pouco melhor So Pauloe o Brasil.

    A cultura brasileira e os brasileiros, emsi, so bastante diferentes de ns. Sentis-te algum choque cultural?

    Os brasileiros so, realmente, muito diferen-tes. Na sua cultura prevalecem alguns valorescompletamente contrrios aos nossos. Inicial-mente, senti um considervel choque cultural,na medida em que existe, no pas, uma grandepreocupao com a segurana. Alm do mais,as ruas so bastante desorganizadas e as infra-estruturas so insuficientes. Contudo, tambmregistei aspectos positivos, como a constantepredisposio para a festa e um estilo de vidamais descontrado.

    O Brasil conhecido por estar sempreem festa. O que nos podes dizer sobre

    isso?Como j referi, a festa uma constante. Tudo motivo para celebrar. Por exemplo, uma ofi-cina de automveis, a partir das 17h, pode tor-nar-se num local de churrasco e pagode, commsica e animao. Na cidade universitria,quase todas as noites h uma faculdade a orga-nizar uma festa.

    Surpreende-nos com o momento maisdivertido que tiveste em ERASMUS.

    Escolher apenas um momento no fcil,mas posso falar do churrasco organizado pelaFEA-USP no incio do semestre. uma festa

    realizada num jardim dentro das instalaesda faculdade, semelhante ao jardim interior daFEP, mas 10 vezes maior. A entrada inclui be-bidas descrio e comida (se ainda houver).O bom desta festa que todos os alunos da fa-culdade participam, muita gente se conhece, hsempre msica brasileira de vrios estilos e mui-ta irreverncia!

    Sendo o Brasil o pas da msica e domovimento, tiveste oportunidade deaprender o tradicional Samba?

    Oportunidades no faltaram. Dentro da

    Universidade, existem diversos grupos que dis-ponibilizam aulas de dana, luta, desportos,sendo muitos deles gratuitos. O desporto e adana esto muito presentes na cultura brasi-leira.

    Enquanto estiveste no Brasil, tiveste

    oportunidade de explorar um pouco maisa cultura? Pudeste visitar museus e mo-numentos? O que que este pas te ofe-receu?

    Existem muitos museus na cidade de So

    Paulo e quase todos tm, pelo menos, um diade entrada gratuita, de modo a fomentar o inte-resse e o acesso a toda a populao. De qualquerforma, at um simples passeio pelas ruas permi-te apreender a cultura brasileira.

    Das vrias experincias que viveste,qual foi a que mais te marcou e valorizoucomo pessoa?

    Uma das coisas que mais aprendi foi a vivercom as diferenas. So Paulo um verdadeiromelting pot de culturas. , provavelmente, acidade mais internacional da Amrica Latina.Diferentes etnias, religies, culturas, nacionali-dades, nveis de vida, graus de instruo numas cidade. Este tipo de valores s se aprendemcom uma experincia deste gnero.

    Qual foi a maior dificuldade com quete deparaste? O que aprendeste com ela?

    Uma grande dificuldade foi encontrar casa.O alojamento no Brasil bastante dispendiosoe no muito fcil descobrir locais com boascondies. Quando cheguei ao Brasil, estive 5dias com a Catarina Barros e a Joana Marinho,tambm alunas da FEP, at conseguir arranjarcasa. Aprendi que no suficiente planear,

    preciso saber lidar com situaes imprevisveise que podem causar algum stress.

    Aps um semestre neste pas aconse-lharias esta aventura a algum colega?

    Sem dvida! Valeu muito a pena, por tudo oque j disse antes e muito mais!

    EM ENTREVISTA COM HUGO MACHADO

    ERASMUSno Brasil

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

    12/16

    12 N 6 - dezembro 2013

    AFONSO VIEIRA

    com enorme orgulho quepodemos dizer que de seis sele-es da nossa Faculdade, apenas

    uma no conseguiu o apuramen-to para a fase final dos Campe-onatos Acadmicos do Porto.A seleo feminina de futsal foia primeira seleo a carimbar oapuramento ao conseguir uma

    fase de grupos tranquila, vencen-do trs jogos e perdendo apenasum (apurou-se apenas com dois

    jogos realizados). A seleo mas-culina de futsal qualificou-se nosegundo lugar do grupo (de seisequipas), apenas atrs da AEIS-MAI. A um jogo do final da fasede grupos, a seleo masculina de

    basquetebol tambm j garantiuo apuramento, com duas vitriasem dois jogos. Apenas atrs da

    AEFADEUP, a seleo masculi-na de andebol tambm carimboumais um apuramento. A seleofeminina de basquetebol e a sele-o masculina de voleibol dispu-tam uma fase de grupos com oito

    equipas, estando ainda na tercei-ra jornada, a primeira com trsderrotas e a segunda com uma vi-

    tria e duas derrotas. Nota finalpara a seleo de futebol de onze,que sabe esta semana se se qualifi-ca como um dos melhores tercei-ros classificados, dependendo dealguns jogos.

    Selees da AEFEP

    GRUPO AEquipas J V E D GM GS DG P

    JAS 6 5 1 38 7 31 15Bleque Mambas 5 4 1 20 3 17 12

    Siga Maluco 5 3 2 19 14 5 9

    Xerifes Utd 3 2 1 12 7 5 7

    Prescritos 4 2 2 12 12 0 6

    Pi100P 5 1 2 2 12 20 -8 5

    Botafogo e Deixa Arder 4 1 3 9 15 -6 3

    TAFEP SMMM 5 2 3 10 14 -4 2

    Talhantes 4 1 3 7 32 -25 1

    GRUPO B

    Equipas J V E D GM GS DG PAtltico Atum 6 5 1 30 8 22 16

    Team Rocket 5 4 1 18 8 10 12

    Jocivalter 4 3 1 16 9 7 9

    CTT 5 2 2 1 18 10 8 8

    IPM 5 2 2 1 18 13 5 8

    A.R.M.A 5 2 3 9 20 -11 6

    Galasataray 5 1 4 11 22 -11 3

    Montanelas 5 2 3 9 23 -14 2

    Zs 6 1 5 15 31 -16 1

    (resultados aps a 6 jornada)

    Tiago Miranda, comocapito da equipa quemelhores resultados apre-sentou at ao momentona FEP League, assu-mes o favoritismo para afase final? Achas que oAtltico Atum um sriocandidato conquista docampeonato?

    Acredito plenamente na

    capacidade da nossaequipa. Sabemos que hequipas fortssimas, masestamos em condies de

    competir com qualquer uma delas. Os resultados que temos alcanado sofruto do trabalho srio e competente que temos vindo a desenvolver e aoqual vamos dar seguimento. No assumimos o favoritismo, mas evidenteque somos um srio candidato conquista da FEP League.

    Andr Guerra, como capito dos SigaMaluco, como vs as hipteses de sequalificarem para a prxima fase, es-tando em possvel igualdade pontualcom o quinto classificado e vencedorda edio transata da FEP League, osPrescritos?

    Como malucos que somos acreditamossempre at ao fim e nunca desistimos.Estando a fase de grupos num momentocrucial, sabemos que no temos margem

    para errar. Temos de ganhar cada jogo e, aci-ma de tudo, acreditar sempre em ns e no nosso trabalho, pois sabemosque o nosso futuro depende nica e exclusivamente de ns prprios. Noentanto, temos noo que vamos ter 3 autnticas finais pela frente paraconseguirmos reservar um lugar na prxima fase e, tambm, que o atual5 classificado nada mais nada menos que o campeo em titulo, que irfazer tudo o que estiver ao seu alcance para o revalidar.

    FEP League: classificaes

    FLASH INTERVIEW

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

    13/16

    13N 6 - dezembro 2013

    TPICOS

    trfico de influncias e lobbyingpreveno econtrolo da criminalidade econmico-financeira

    suborno e desvio de verbas no sector privado

    parasos fiscais e regimes de tributaoprivilegiada over-billing superfacturamento

    evaso fiscal, eliso fiscal e eluso fiscal

    fraude, conluio e coero whistleblowing

    Ciclo de ConfernciasCorrupo, Fraude e Criminalidade

    perspectiva microeconmica4 dezembro 2013, 21hFaculdade de Direito da Universidade do Porto

    O RAD OR E SMODERADOR

    Carlos Pimenta

    [Presidente OBEGEF] Paulo Morais[Vice-presidente TIAC]

    Antnio J. Maia[Conselho de Preveno da Corrupo]

    Glria Teixeira

    [Coordenadora CIJE]

    Jos Neves Cruz[Investigador e docente - FDUP]

    O Estigma da Corrupo no Estado e na Sociedade20 fevereiro 2014, 21h

    Faculdade de Economia da Universidade do Porto

    ORGANIZAO

    CTIA AFONSO PARCEIROS [double degree MSc in Management]

    Kedge Business School, Marselha

    PUB

    HISTRIAS DA FEP

    Ladie, a veterana economista (2 de 2)

    MARTA TISTA SANTOS

    Algumas histrias sobre a Ladie ficaram por contar e, como queremos que

    sejas conhecedor do passado da tua cadela favorita, vamos, nesta edio,revelar-te os seus ltimos segredos.

    Com o aproximar da poca natalcia, sempre bom relembrar e agradecer aquem, durante anos, nos fez companhia e nos alegrou na altura de estudarpara mais uma poca de exames.

    Alm de ter sido atropelada, incidente presenciado por funcionrios da FEP,a Ladie tambm passou por outros momentos menos felizes

    Por duas vezes foi mordida por ces de grande porte, sendo que, na ltimavez, aquando da mordidela de um co raado de pitbull, teve de ser subme-tida a uma cirurgia.

    A comunidade fepiana mobilizou-se e at fez circular um e-mail onde pediacontributos para pagar as avultadas despesas inerentes ao tratamento quea Ladie tinha necessitado.

    No entanto, menos sorte teve quando ficou grvida. A sua presena na facul-dade nunca foi unnime e a possibilidade de a FEP ter de acolher mais cesno agradou. Assim, a Ladie teve de abortar as crias, que poderiam ter sido

    adoptadas por alunos ou funcionrios da Faculdade, como aconteceu com acadela que, inicialmente, andava sempre com a nossa anfitri.

    Para terminar, relembramos que os ces so conhecidos como os melhoresamigos do Homem e que um pequeno gesto pode ajudar os que, infeliz-mente, no tm possibilidade de ter um lar ou uma famlia. Ests semprea tempo de dar um pequeno donativo ou de apadrinhar um destes animais!

    Nota: A ltima edio, nesta rubrica, sofreu algumas critcas por eventuaiserros de informao. A verdade que, de facto e apesar de ainda existireminmeras histrias por contar, a Ladie foi protagonista daquelas que parti-lhmos contigo em Novembro.

    FRANCISCO AMARALVice-Presidente da Sociedade deDebates

    A Sociedade de Debates daUniversidade do Porto est aorganizar pela primeira vez, naFEP, um debate VIP, no dia 11de Dezembro. imagem do queacontece em prestigiadas fa-culdades como Oxford e Cam-bridge, nestes debates so os

    convidados com conhecimentoespecfico da rea que iro de-bater e no os alunos como ha-bitual.

    Como a moo em discusso: Esta casa acredita que o ca-pitalismo falhou, achmos queos nossos convidados deveriamser professores universitrios darea de economia que pudessem

    dar um bom contributo para adiscusso.

    So nossos convidados: An-tnio Almodovar, professorda FEP; Augusto Santos Silva,professor da FEP; Gabriel Lei-te Mota, professor da Universi-dade do Minho e Mrio GraaMoura, professor da FEP.

    No meio de uma crise econ-mica como a actual, todos nsnos questionamos se o capita-lismo falhou. Sero as recessesuma falha ou uma parte necess-ria do processo de crescimento?Existe algum modelo econmi-co melhor ou, tal como a demo-cracia, o capitalismo o menordos males?

    Esperamos por ti!

    Acreditas queo capitalismo

    falhou?

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

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    14

    MRCIA AZEVEDO*

    NGA NHU*

    No passado dia 7 de Novem-bro, o Twitter foi admitido pelaprimeira vez na bolsa de valo-res de Nova Iorque. Aps mesesde especulao sobre qual seriao preo da Initial Public Offer

    (IPO) deste gigante da tecno-logia, os investidores puderamfinalmente adquirir os ativos aum preo de $26.00 por ao.No primeiro dia em bolsa, fo-ram transacionadas mais de 118milhes de aes e este preodisparou 73%, chegando a su-perar ligeiramente os $50.00.

    Como seria de esperar parauma empresa que acaba de pas-sar a ser transacionada em bolsa,o preo das aes tem registadouma volatilidade acentuada e,

    logo no segundo dia em bolsa,os enormes ganhos conseguidos

    no primeiro dia foram contra-balanados por um retorno de

    cerca de -8%. Porm, desde en-to, o preo das aes do Twit-ter no se voltou a aproximardo preo inicial, mantendo-se aum nvel muito acima do mes-mo.

    Esta tendncia bem dife-rente da que foi registada peloFacebook, cujo preo das aesficou abaixo do preo inicialdurante o terceiro dia em bolsa $38.00 e s conseguiu vol-tar a superar este preo mais deum ano mais tarde.

    Uma das razes apontadaspara esta m performance doFacebook est ligada ao facto dea empresa ter aumentado sig-nificativamente o tamanho daoferta, dias antes do IPO. Pelocontrrio, o Twitter manteve aoferta estvel, aumentando opreo medida que a procuraaumentava e ficando at aqumda mesma.

    Por outro lado, o facto deMark Zuckerberg manter ocontrolo sobre a gesto do Fa-cebook, detendo perto de 57%dos direitos de voto, faz com

    que os novos acionistas nopossam exercer qualquer tipode presso sobre a gesto. Nocaso do Twitter, no existe ne-nhum acionista com direitosespeciais de voto ou que tenhauma posio privilegiada noque toca tomada de deciso.

    Finalmente, o Facebook jera uma empresa de grande di-menso data do IPO, commais de 825 milhes de utili-zadores e lucros que ascendiamao $1 bilio no ano anterior aoIPO. Por outro lado, o Twitterapenas conta com 230 milhesde utilizadores e apresentou um

    prejuzo de $133.9 milhes nosprimeiros nove meses de 2013.Estes nmeros deixam, portan-to, margem para que a empresapossa bater as altas expectati-vas dos investidores no futuro.

    A performance das empresasrecm-cotadas gera sempre umgrande debate sobre a formacomo so determinados os pre-os iniciais para os IPOs, bemcomo sobre a reao que o mer-cado apresenta a este tipo detransaes.

    * ANLISE PELOS ASSOCIADOSDA FEP FINANCE CLUB

    IPO do Twitter

    MARIA DE SOUSA

    Para dar continuidade ao temada edio passada, decidimos dar-teumas dicas sobre o comportamentoa assumir durante uma entrevista deemprego. Apesar de simples e intui-tivas, so cruciais no processo de se-leco, por isso est atento!

    Postura: Deves adaptar a tuapostura pessoa que te est a en-trevistar e nunca esperar o contr-rio. Cuidado: nunca te mostresdemasiado descontrado!

    Contacto visual: Deves olharo entrevistador olhos nos olhos.Esse contacto mostra ao entrevis-tador que s uma pessoa sincera econfiante nas tuas opinies.

    Roupa: errado pensar quedeves ir muito formal. Deves usaralgo que te deixe confortvel, mas,claro, sempre formal.

    Sorrir: Tenta mostrar ser umapessoa com sentido de humor e que

    gosta da empresa para a qual se esta candidatar. As empresas querempessoas com nimo e que gostam doque fazem. Para alm disso, mostraser uma pessoa otimista em relaoao futuro e com novas ideias.

    Personalidade: Na entrevista,no deixes de mostrar um poucode ti; tens de te distinguir de algu-ma maneira e isso revela-se na tuapersonalidade. Por exemplo, pro-cura responder s perguntas asso-ciando exemplos da tua vida.

    Confiana: Nunca respondas sperguntas com dvidas; pensa pri-meiro no que queres dizer, mesmoque demore algum tempo. Res-

    ponder sem confiana pode ser in-terpretado como uma mentira oucomo falta de determinao.

    Debate: Durante a entrevista,no concordes com tudo o que oentrevistado diz. O facto de con-seguires contrariar com bons ar-gumentos um ponto positivo. Se

    no discordares, mostras ser aco-modado e que no sabes dar ideiasnovas, ou seja, podes no trazernada de novo empresa.

    Informao: Fala da empresa edo teu cargo. Alm disso, tens de

    mostrar o valor acrescentado quepodes vir a dar empresa e isso sacontece se estiveres bem infor-mado sobre os valores da empresa,os seus objetivos e as funes doteu cargo em especfico.

    Comportamentos a ter numaentrevista de emprego

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

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    15N 6 - dezembro 2013

    A Maria, a Joana e a Cristina foram a um caf. Cada uma delas pediu trs copos de sumo, dois gela-dos e cinco bolinhos. A Maria pagou a conta final. Qual dos seguintes valores poderia ter sido o valorda conta?

    (A) 39, 20J(B) 38, 20J(C) 37, 20J(D) 36, 20J(E) 35, 20J

    A soluo do desafio da edio anterior encontra-se disponvel no nosso Facebook:

    www.facebook.com/fepianojornal

    Em virtude da poca de examesreferente ao 1 semestre, informa-mos que nos meses de Janeiro eFevereiro no haver a publicaodo Fepiano.Em todo o caso, o teu jornal esta-r de volta em Maro.Gratos pela tua compreenso.

    AVISO

  • 8/13/2019 Fepiano (VI)

    16/16

    16 N 6 - dezembro 2013

    PUB

    Coordenao: Gonalo Sobral Martins e Jos Guilherme SousaRedao: Afonso Vieira, Alice Moreira, Andr Silva, Carolina Reis, Carolina Silva, Ins Vasconcelos, Joo Sequeira, Maria de Sousa,

    Marta Tista Santos e Matilde Rosa Cardoso

    Paginao:Clia Csar - Grupo Editorial Vida Econmica, S.A.Impresso: PapelicpiaMorada: Rua Dr. Roberto Frias, 4200-464 (Porto, Portugal) Contacto:[email protected] Facebook:www.facebook.com/fepianojornal

    TIRAGEM DESTA EDIO:

    70 metros

    APOIOS: