FERNANDA APARECIDA MONTANHERI REGINALDO ALMEIDA DE … · de um aluno, aborda-se a princípio, o...

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1 Faculdades Integradas do Vale do Ivaí Instituto Superior de Educação - ISE Recredenciado pela Portaria MEC nº. 545 de 11/05/2012 D.O.U. 14/05/2012 FERNANDA APARECIDA MONTANHERI REGINALDO ALMEIDA DE MELO DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA - DISCALCULIA IVAIPORÃ 2015

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Faculdades Integradas do Vale do Ivaí Instituto Superior de Educação - ISE

Recredenciado pela Portaria MEC nº. 545 de 11/05/2012 D.O.U. – 14/05/2012

FERNANDA APARECIDA MONTANHERI

REGINALDO ALMEIDA DE MELO

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA - DISCALCULIA

IVAIPORÃ

2015

2

Fernanda Aparecida Montanheri Reginaldo Almeida de Melo

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA - DISCALCULIA

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de

Licenciatura em Matemática, para obtenção total de nota e

parcial à aquisição do título de Licenciado em Matemática

pelas Faculdades Integradas do Vale do Ivaí.

Orientadora: Professora Dircéia Portela

IVAIPORÃ 2015

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Fernanda Aparecida Montanheri

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA - DISCALCULIA

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de

Licenciatura em Matemática, para obtenção total de nota e

parcial à aquisição do título de Licenciado em Matemática

pelas Faculdades Integradas do Vale do Ivaí.

COMISSÃO EXAMINADORA

__________________________________________ Coordenadora do Curso: Profª Ms. Kátia Regina Figueiredo Lemos

Faculdades Integradas do Vale do Ivaí

___________________________________________ Orientadora de Estágio: Profª Dircéia Portela

Faculdades Integradas do Vale do Ivaí

___________________________________________ Professor (a) Convidado (a)

Faculdades Integradas do Vale do Ivaí

IVAIPORÃ 2015

4

Reginaldo Almeida de Melo

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA - DISCALCULIA

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de

Licenciatura em Matemática, para obtenção total de nota e

parcial à aquisição do título de Licenciado em Matemática

pelas Faculdades Integradas do Vale do Ivaí.

COMISSÃO EXAMINADORA

__________________________________________ Coordenadora do Curso: Profª Ms. Kátia Regina Figueiredo Lemos

Faculdades Integradas do Vale do Ivaí

___________________________________________ Orientadora de Estágio: Profª Esp. Dircéia Portela

Faculdades Integradas do Vale do Ivaí

___________________________________________ Professor (a) Convidado (a)

Faculdades Integradas do Vale do Ivaí

IVAIPORÃ 2015

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DEDICATÓRIA

Fernanda Aparecida Montanheri

Dedico esse trabalho acadêmico para a minha família, meu

namorado e aos meus amigos.

Reginaldo Almeida de Melo

Ofereço este trabalho para minha esposa, familiares e todos

meus amigos que acompanharam esta minha jornada ate

agora.

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AGRADECIMENTOS

Fernanda Aparecida Montanheri

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a oportunidade de estar realizando

mais uma etapa em minha vida. A minha família e companheiro de trabalho

acadêmico Reginaldo e a orientadora profª Dirceia Portela pela ajuda e orientação

paciência deste trabalho.

Reginaldo Almeida de Melo

Gostaria de agradecer a Deus, pois se não fosse por ele não teria chegado ao

termino deste trabalho, também agradeço aos meus familiares a nossas

orientadoras profª Dirceia e Katia onde estiveram lado a lado nos ajudando e não

poderia esquecer da minha amiga Fernanda onde trabalhamos juntos para realizar

este trabalho acadêmico.

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“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que sejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo o que elas se propõe.”

Jean Piaget

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MONTANHERI, Fernanda Aparecida; MELO, Reginaldo Almeida. Dificuldade de aprendizagem na matemática: discalculia. Faculdades Integradas do Vale do Ivaí. Trabalho de Conclusão de Estágio do Curso de Licenciatura em Matemática. Ivaiporã, 2015.

RESUMO

Diante das diversas dificuldades de aprendizagem encontradas na sala de aula, principalmente na disciplina de matemática, tais dificuldade como a inabilidade de desenvolver cálculos passou a ser estudada, principalmente para evitar a rotulação de crianças que poderiam apresentar alguns transtorno, tanto nas questões de cálculos, como em questões de interpretações de enunciados matemáticos. Por isso, o presente trabalho aprofundou em estudos de cunho bibliográfico com as contribuições de autores como: Cool (2004), Bastos (2006), Barbosa (2008), Garcia (1998), Libâneo (1994) e outros, para compreender como acontece o Transtorno de dificuldade na matemática denominado Discalculia. A discalculia afeta o cognitivo da criança, levando-a ao fracasso escolar e uma das causas pode ser a não intervenção correta do professor. A busca por abordar este tema, tem como objetivo compreender e elencar intervenções pedagógicas, possíveis para oferecer ajuda a estas crianças. Nesse sentido, o presente estudo permitiu a realização de um levantamento acerca das concepções, teorias, fatores que demonstram e detectam o surgimento da Discalculia, transtorno este que causa grande preocupação da comunidade escolar e que aflige a vida escolar de tantas crianças. A pesquisa também busca alertar professores, equipe pedagógica e familiares para amenizar o estigma das dificuldades de aprendizagens para alunos considerados discalculicos, bem como diversificar a prática pedagógica por meio de jogos e brincadeiras. Como a discalculia é um transtorno, o tratamento deve ser realizado através de uma equipe multidisciplinar, além de neurologista e psicólogo. O referido estudo apontou como resultado que a discalculia é tida como uma das responsáveis pela dificuldade de aprendizagem na matemática, causada por um distúrbio nas habilidades matemáticas, as quais podem ser amenizadas através da ajuda de profissionais especializados, professores pré – dispostos e capazes de realizar intervenções, com as mais diversas formas de ensinar. Palavras-chave: Dificuldade. Matemática. Discalculia.

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ABSTRACT

Given the various learning difficulties encountered in the classroom, especially in math discipline, such as the inability to perform calculations began to be studied, mainly to avoid labeling children who could present some disorder, both in matters of calculations, as in mathematical statements of interpretation issues. Therefore, the present work had deepened bibliographical nature studies with contributions from authors such as: Cool (2004), Bastos (2006), Barbosa (2008), Garcia (1998), Libâneo (1994) and others to understand how it happens the difficulty disorder of mathematics called Dyscalculia. The dyscalculia affects cognitive development, taking it to school failure and one of the causes may be not correct intervention of the teacher. The search by address this issue, aims to understand and rank pedagogical interventions, possible to offer help to these children. In this sense, this study allowed for a survey about the concepts, theories, factors that demonstrate and detect the emergence of Dyscalculia, this disorder that causes great concern the school community and school life that afflicts so many children. The research also seeks to alert teachers, teaching staff and family to ease the stigma of the difficulties of learning for students considered discalculicos and diversify the teaching practice through games and play. As dyscalculia is a disorder, the treatment should be performed by a multidisciplinary team, as well as neurologist and psychologist. The study pointed out the result that dyscalculia is seen as one reason for the difficulty in learning math, caused by a disturbance in math skills, which can be mitigated through specialized professional help, pre teachers - willing and able to perform interventions, with many different ways of teaching. Keywords: Difficulty. Mathematics. Dyscalculia.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM ................................................................... 13

3 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA .................................. 17

4 TIPOS DE TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE

MATEMÁTICA .......................................................................................................... 20

4.1 A ACALCULIA ................................................................................................... 20

4.2 DISCALCULIA .................................................................................................... 21

4.2.1 A Discalculia pode apresentar vários sinais .......................................... 23

4.2.2 Como identificar a Discalculia .................................................................. 25

4.2.3 Como mediar o ensino da matemática para aluno discalcúlico ............ 26

5 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO PROFESSOR E DA FAMÌLIA PARA UM

DISCALCÚLICO ....................................................................................................... 28

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 32

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 34

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1 INTRODUÇÃO

Toda e qualquer pessoa pode apresentar em sua vida algum tipo de limitação,

mas pode possuir habilidades que vão se aperfeiçoando conforme seu

desenvolvimento e a prática. No entanto, algumas pessoas não conseguem

desenvolver todas as habilidades que tem, surgindo assim, as dificuldades de

aprendizagem, principalmente no meio escolar.

Sendo assim este trabalho tem como finalidade estar auxiliando no processo

de ensino da dificuldade de aprendizagem, citando alguns fatores correlacionados a

um tipo de dificuldade no ensino da matemática como o transtorno Discalculia, bem

como mostrando alguns métodos de ensino de como trabalhar com aluno

discalcúlico e a importância do professor e a família no processo de ensino e

aprendizagem em relação ao aluno com dificuldade de aprendizagem.

Tais dificuldades se tornam grandes vilões no processo de aprendizagem

dos alunos que podem gerar vários fatores relacionados com o desenvolvimento.

Barbosa (2008) afirma que esses fatores são TDHA, dislexia, disgrafia, acalculia e

discalculia. Já segundo Cool (2004) cita que tais fatores podem estar gerando três

tipos de consequência sendo ela a generalizada, grave e permanente no processo

de aprendizagem.

Por conta disso, a dificuldade na matemática pode ser identificada por

alguns fatores que contribuem para a matemática ser uma das disciplinas mais

difíceis, que às vezes provem da metodologia do professor, dos recursos utilizados

em sala de aula e a defasagem dos pré-requisitos de cada conteúdo que por vezes

não são consolidados no processo de ensino.

O presente estudo tem como destaque verificar como se apresenta o distúrbio

de aprendizagem caracterizado como Discalculia, sendo este o responsável por

fatores que desencadeiam algumas dificuldades específicas na aprendizagem dos

conteúdos matemáticos e impede que o aluno compreenda as relações de

quantidade, distância, espaço, grandezas e medidas e o processo das quatros

operações básicas de matemática. Buscamos compreender quais são os tipos de

discalculia, como é considerado a acalculia, bem como, destacar o importante papel

do professor na intervenção do ensino e aprendizagem dos alunos. Enfatizar a

participação da família que tem a função primordial na educação dos filhos, em

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especial ao aluno com Transtorno de Discalculia, com ações de afeto, carinho e

acompanhamento constante do rendimento escolar de seus filhos.

A escola deve sempre buscar meios de aproximação com as famílias que

por sua vez constitui-se em uma instituição social que tem o papel de educar e

contribuir na educação escolar de seus filhos ajudando-os a construir um futuro

melhor para realizar o seu real papel de cidadão. Por conta disso, o autor Paro

(1997, p. 30) ressalta que a escola deve utilizar todas as oportunidades de contato

com os pais, para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos

problemas e também sobre as questões pedagógicas.

De acordo com o autor, assim a família se sentirá comprometida com a

melhoria da qualidade escolar e, consequentemente, com o desenvolvimento de seu

filho como ser humanizado para viver ativamente em sociedade.

Para compreende-se melhor como acontece esse fenômeno na vida escolar

de um aluno, aborda-se a princípio, o que são dificuldades de aprendizagem no

primeiro capítulo deste estudo.

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2 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Atualmente a dificuldade de aprendizagem passou a ser reconhecida nos

anos 60 onde visava o insucesso no âmbito escolar (CORREIA, 1999). Para Correia

e Martins (1999) a dificuldade de aprendizagem é relacionada por uma desordem

neurológica podendo ser estabelecida como o potencial que o aluno desenvolve e

sua prática no ensino escolar.

Bastos (2006) determina que o cérebro de um individuo, se dá por uma

formação complicada onde o córtex cerebral encontra várias regiões com

características diferenciadas.

Para Silveira (2008) o sistema nervoso central (SNC) que está estabelecido

no cérebro em diferentes áreas que serão apresentadas na figura.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Giro_angular/Discalculia

Lobo frontal é responsável pela concentração, raciocínio lógico e rápido,

facilidade em resolver exercícios escrita e oral.

Lobo parietal esquerdo estabelece competência, sequência, tendo como

finalidade noção em volume e espaço.

Lobo occipital está relacionado com a parte da visão dando atenção para

símbolos matemáticos, tendo como propósito diferenciar texturas aparentes e de

objetos de cores.

Lobo temporal atribui a área auditiva, memória e resoluções de atividades

básicas de matemática.

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Entretanto, atualmente depara-se com tudo mais fácil, sem ter que utilizar o

raciocínio para resolver e desenvolver cálculos, mas este processo acaba

atrapalhando o desenvolvimento matemático.

Por outro lado, temos a educação que nos proporciona resultados valiosos

no processo de ensino, porém, também ocorrem os casos de fracasso escolar no

processo da aprendizagem onde há alunos que se deparam com dificuldade. Por

conta disso, é de suma importância que os professores e equipe pedagógica

estejam atentos a essas dificuldades que podem ser por fatores orgânicos e

emocionais.

Segundo Barbosa (2008) a dificuldade de aprendizagem está relacionada

com vários tipos de fatores como: TDHA, dislexia, disgrafia, acalculia e discalculia.

Vários tipos de dificuldades são estabelecidos por falta de consistência desenvolvida

por várias características e todos são representados com início comportamental ou

neurológico.

De acordo com as dificuldades de aprendizagem podemos selecionar em

três consequências : generalizada, grave e a permanente, COOL; MARCHESI e

PALÁCIOS 2004, p.53) afirma que:

(...) as DAs podem ser qualificadas como generalizadas, por afetar quase todas as aprendizagens, (escolares e não escolares), e como graves, por serem afetados vários e importantes aspectos do desenvolvimento da pessoa (motoras, lingüísticos, cognitivos, etc.), geralmente como conseqüência de uma lesão ou de um dano cerebral manifestado, observável, cuja origem é adquirida (durante o desenvolvimento embrionário ou em acidente posterior ao nascimento), ou fruto de alguma alteração genética. Por último, também são qualificadas como permanente, já que o prognóstico de solução das Das é muito pouco favorável. (...) Em outras ocasiões, as Das são consideradas como inespecíficas porque não afetam o desenvolvimento, de modo a impedirem alguma aprendizagem em particular. Nem sequer se fala delas em termos de leve gravidade (muitas vezes nem como DA), e, embora algumas pessoas costumam dizer de si mesma que “não servem” para ou aquela aprendizagem (por exemplo a matemática), ou inclusive para o estudo em geral, não há nenhuma razão intelectual (de QI, etc.) que as justifique ; ao contrário, a causa pode ser instrucional e/ou ambiental com uma influencia especial sobre variáveis pessoais, tais como a motivação. Ou seja, poderia ser evitadas e solucionadas com relativa facilidade do ponto de vista da análise técnica psicopedagógica.

Vale ressaltar que a dificuldade também estabelece causas que são

percebidas já nos anos iniciais do aluno, pode ser biológico, psicológico e também

hereditário. Nesse mesmo sentido nem toda criança que apresenta uma lentidão na

sala de aula possui dificuldade de aprendizagem. Nota-se que os alunos

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desenvolvem os obstáculos na resolução de problemas matemáticos e muitos se

sentem constrangidos com seus erros, estimulando uma reação de omissão.

Conforme leciona Barbosa (2008, p. 55):

A presença de um obstáculo no processo de aprendizagem não indica a existência de dificuldades permanentes, mas sim, a forma que o sujeito encontrou de auto-regular seus esquemas de aprendizagem. Neste sentido, a busca da superação desses obstáculos deve acontecer não como uma proposta de cura, mas como um encontro para a ampliação de recursos a serem utilizados neste movimento de busca de equilíbrio e de auto-regulação.

Obstáculos são pertinentes na aprendizagem, mas não significa que a

dificuldade encontrada não seja uma forma de desenvolvimento do individuo, pois é

através desses obstáculos que buscamos possíveis superações.

De acordo com a aprendizagem a criança tem que esta em um ambiente

que seja equilibrado e assim possa desenvolver e realizar suas necessidades.

Porém, quando isso não ocorre, levará a criança em um estado de desequilíbrio que

pode gerar problemas e até doenças, gerando dificuldades emocionais

supersencibilidade, sentimento de rejeição, sensação de pânico em determinadas

circunstâncias, ansiedade, regressão ou infantilização’’. (COELHO;JOSE, 2004, p.

22).

Isso faz com que a criança estabeleça um desenvolvimento de baixo

aprendizado com maior dificuldade na compreensão dos conteúdos de matemática,

principalmente. Mielnik (1993, p. 22) afirma que para o desenvolvimento da criança

são estabelecidos vários fatores correlacionados com o comportamento anormal ou

patológico, e que os seguintes fatores são:

Idade;

Constituição física;

Desenvolvimento (período em que a criança se encontra);

Ambiente cultural;

Conduta e personalidade dos pais e irmãos;

Tensões e traumas da vida cotidiana aos quais as crianças fica exposta;

Tendências internas e defesas psíquicas do ego infantil;

Influencia de pressões externas e internas;

Meio de adaptação a essas pressões;

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Processos envolvidos na maturação da personalidade infantil.

O professor por sua vez, ao identificar essas características na criança é

necessário que faça um acompanhamento quanto a permanência dos fatores de

dificuldades que a criança apresentou, mas, é válido observar que a criança pode

estar passando por momentos difíceis na vida social ou familiar. No entanto ressalta-

se que o professor é uma peça fundamental para estar auxiliando o aluno a

ultrapassar esses momentos críticos na aprendizagem.

Segundo Coelho; José (2004) o professor estabelece uma função de

identificar as dificuldades de aprendizagem sendo ele os aspectos orgânicos,

neurológico, psicológicos e mentais. Vale ressaltar que existem vários fatores que

podem ser considerados um problema de aprendizagem que são classificados como

distúrbios ou problemas sendo eles:

“Fatores orgânicos - saúde física deficiente, falta de

integridade neurológica (sistema nervoso doentio),

alimentação inadequada.

Fatores psicológicos – inibição, fantasia, ansiedade,

angustia, inadequação à realidade, sentimento generalizado

de rejeição.

Fatores ambientais – o tipo de educação familiar, o grau de

estimulação que a criança recebeu desde os primeiros dias

de vida, a influência dos meios de comunicação”. (JOSÉ,

COELHO. 2002, p.23).

Assim ressaltam os autores que as crianças são estabelecidas portadores

de dificuldades de aprendizagem quando a realização não for satisfatória com o

conteúdo proposto pelo professor, podendo ter defasagem na maneira de se

expressar diante do conteúdo ou meio de ensino que é apresentado.

É interessante compreende-se como se caracterizam as dificuldades de

aprendizagem na disciplina de matemática que serão apresentados no capítulo a

seguir.

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3 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA MATEMÁTICA

Diante da necessidade do homem a matemática teve o surgimento, para

solucionar problemas de seu dia a dia.

A matemática passou por várias modificações relevantes na nossa história,

mas continua sendo complexa perante outros conteúdos de outras disciplinas.

Vários fatores podem levar a matemática a ser considerada por várias

pessoas como difícil podendo estar na metodologia do professor, nos recursos

utilizados, na compreensão dos problemas e o pré - conceito já formado vindo da

própria casa.

A matemática é vista como uma matéria chata, difícil e ao mesmo tempo

estimula o crescimento do desenvolvimento do raciocínio e a aprendizagem.

Segundo NACARATO; MENGALI e PASSOS, (2009, p. 88):

Se, desde os primeiros anos do ensino fundamental, o aluno for colocado em situações em que tenha de justificar, levantar hipótese, argumentar, convencer o outro, convencer-se, ele produzirá significados para a matemática escolar. Esses significados precisam ser compartilhados e comunicados no ambiente de sala de aula.

A autora ressalta que todo aluno deve ser estimulado desde os primeiros

dias na escola, levando-o a observarem, questionar, verificar hipóteses e,

consequentemente, construir significados em relação aos conhecimentos adquiridos.

Este processo deve ser constante para o desenvolvimento dos conhecimentos

matemáticos, onde cada educando possa refletir, organizar pensamentos,

problematizar situações vividas e, finalmente, desenvolver o gosto pela matemática.

Cada pessoa possui seu tempo e espaço para a aprendizagem. É

importante também considerarmos que se a aprendizagem acontece em processos,

cada individuo tem seu próprio ritmo e seu próprio tempo que devem ser

considerados e respeitados pelo professor. (MATO GROSSO, 2000, p. 159).

Quando se diz a respeito de dificuldade na matemática, algumas medidas

são efetuadas para solucionar esse problema que, em parte, depende da ação

pedagógica em sala de aula. É comum em sala de aula a dificuldade na disciplina de

matemática, por isso, o professor tem que trabalhar com metodologias diferenciadas

que motive o seu aluno a apreender o conteúdo proposto.

De fato a matemática apresenta uma linguagem difícil de entender, é preciso

ter uma atenção redobrada, no conteúdo matemático. Há casos que o aluno

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desenvolve conhecimento em outras disciplinas e só tem rejeição na matemática,

quando isso acontece pode ser apresentado como transtorno.

Segundo Garcia (1998), afirma que os avanços de diferentes tipos de

dificuldades de aprendizagem, seja ela na escrita, leitura e também na matemática,

são relacionados de um conhecimento unitário e homogêneo.

A dificuldade de matemática de acordo com Lúria (1985), compõem três

processos: o neuropsicológico, cognitivo e educativo. A neurológica teve origem na

dificuldade de aprendizagem da matemática. Para Morrison e Siegel (1991),

comenta a diferença entre a acalculia e discalculia, sendo a acalculia proporcionada

por uma lesão cerebral e a discalculia por uma disfunção que afeta o

desenvolvimento matemático.

Lúria (1985),descreve duas lesões, sendo ela a occipotoparietais e frontais,

e cada uma tem suas desenvolturas na área de matemática. A educativa é

representada na dificuldade da matemática, baseada nos fatores clássicos ou

associativos.

As dificuldades de aprendizagem matemática estão sendo classificados

como: “1. Dificuldades nas habilidades pré- requeridas. 2. Escassez ou ausência de

instrução. 3. Incorreta apresentação de estímulos. 4. Reforço inadequado ou

insuficiente. 5. Escassas oportunidades para a prática, etc.(GARCIA, 1998, p. 61,).

Já a estrutura cognitiva tem sido o destaque sobre a dificuldade de

aprendizagem da matemática nos últimos tempos, então sendo baseado em

pesquisas. Piaget ressalta.

Levando-se em conta, então, esta interação fundamental entre fatores internos e externos, toda conduta é uma assimilação do dado a esquemas anteriores (assimilações a esquemas hereditários em graus diversos de profundidade) e toda conduta é, ao mesmo tempo, acomodação destes esquemas à situação atual. Daí resulta que a teoria do desenvolvimento apela, necessariamente, para a noção de equilíbrio, pois toda conduta tende a assegurar equilíbrio entre os fatores internos e externos ou, mais em geral, entre a assimilação e a acomodação. (PIAGET, 1994, p.89).

O grande Psicólogo Piaget contribui ressaltando que todo indivíduo possui

mudanças em suas estruturas mentais a partir do momento em que o aluno se

apropria do processo de assimilação e organização de pensamentos lógicos para

depois adquirir novos conhecimentos. Porém, se este processo não acontecer,

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pode-se concluir que este aluno está com dificuldade ou apresenta algum transtorno

em relação a aprendizagem.

Por isso, apresenta-se a seguir estudos sobre quais tipos de transtornos são

identificados na disciplina de matemática responsáveis por grande parte das

dificuldades de aprendizagem dos alunos quanto aos conteúdos matemáticos.

20

4 TIPOS DE TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE

MATEMÁTICA

Vimos que vários fatores podem caracterizar a defasagem dos

conhecimentos por parte dos alunos, mas em se tratando da disciplina de

matemática, temos dois transtornos específicos que se caracterizam a seguir.

4.1 A ACALCULIA

A acalculia é um transtorno que se desenvolve por uma lesão, afetando a

área do desenvolvimento da matemática.

Segundo Benton, (1987,apud, GARDIA, 1998) existem duas formas de

acalculia, sendo elas a primária e segundaria.

1. As primarias, ou acalculia primaria, ou verdadeira acalculia, ou “anaritmetia”

2. E a acalculia secundária, em que se diferenciam dois tipos:

- o primeiro, ou acalculia afásica, ou acalculia com alexia e / ou agrafia para

os números;

- o segundo, ou acalculia secundária, ou alterações viso-

espaciais.(BENTON, 1987, apud, GARCIA, 1998, p.212, 213).

A primária é quando há apenas o transtorno no domínio da matemática; e a

secundária é dividida em duas etapas: sendo a primeira a quando há alterações nas

funções logicas e escrita e a segunda envolve as mudanças espaciais.

De acordo com Jonhson e Myklebust (2006, p.08):

Um transtorno em relação ao aprendizado em matemática é gerado a partir do momento em que o individuo sofre lesão cerebral, como um acidente vascular, cerebral ou um traumatismo craniano e perde as habilidades matemáticas já adquiridas, a perda ocorre em níveis variados para a realização de cálculos matemáticos.

Os fatores correlacionados com acalculia tem um diferencial com os outros

transtornos, pois ocorre através de uma lesão cerebral, adquirida por um acidente,

onde afeta o desenvolvimento na realização de cálculos matemáticos.

O tratamento levará um longo período e deve contar com vários tipos de

ajuda específicas tanto na área psicológica como na área pedagógica. Tendo

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atividades para contornar as dificuldades e reaprender e métodos que possam

desenvolver suas limitações.

O Psiquiatra Henri Hecaen (1961) e colaboradores realizaram estudos em

183 pacientes e perceberam, de acordo com as lesões cerebrais, três subtipos de

acalculia, sendo:

- acalculia alexia e agrafia, dificuldade de ler e escrever quantidades;

- a acalculia espacial com dificuldades de orientação espacial,

impossibilitando o aluno determinar as posições dos algarismos para executar os

cálculos;

- acalculia anaritmetia, como primária e demonstra a inabilidade de executar

operações aritméticas.

Diante destas categorias, a escola, a Equipe Pedagógica e professores

devem ficar atentos diante de tais características apresentadas pelos alunos.

Outro transtorno considerado mais comum na área de dificuldade

matemática é a Discalculia considerada a seguir.

4.2 DISCALCULIA

Considera-se que o ensino é um processo de continuidade por toda vida,

entretanto nesse método pode haver interferência de diversos elementos, contendo

alguns transtornos correspondentes com a dificuldade de aprendizagem. Muito

desses transtornos começam a ser identificados na escola, pois é nesse meio que o

individuo começa a ter as indagações onde aparecerem a dificuldades.

No entanto os transtorno do processo de aprendizagem são classificados

em três tipos específicos: o da escrita, leitura e da matemática. A Discalculia é um

transtorno da matemática, tendo como causa uma má formação neurológica que

desenvolve a dificuldade de efetuar as operações básicas, classificar e colocar em

sequência numérica.

A Discalculia é um transtorno que afeta a dificuldade de aprendizagem de

matemática, nas habilidades em entender os conceitos numéricos e não tendo

confiança na resolução dos exercícios.

A pessoa que apresenta ser discalculiaco desenvolve um baixo desempenho

na disciplina de matemática. A discalculia é pode ser percebida no ambiente escolar,

perante realizações de resoluções de atividades na área aritmética.

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Temos três tipos de Discalculia, a quantitativa que se refere a um déficit nas

habilidades de calcular e contar; a qualitativa que são as dificuldades em

compreender as instruções ou de aprender os procedimentos básicos de uma

operação; e a intermediaria que implica na incapacidade de lidar com números e

símbolos matemáticos.

A Discalculia é classificada em seis subtipos, conforme estudos de Koc,

podendo também ocorrer em combinações diferentes, bem como com outros

transtornos:

1- Discalculia verbal – dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações; 2- Discalculia practognóstica – dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente; 3- Discalculia léxica – dificuldades na leitura de símbolos matemáticos; 4- Discalculia gráfica – dificuldades na escrita de símbolos matemáticos; 5- Discalculia ideognóstica – dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos; 6- Discalculia operacional – dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos (GARCIA, 1998, p. 213).

Estes são os tipos de Discalculia descritos pelo Dr. LadislavKosc, que

identificou em 1974, descrevendo os seis tipos, cada uma corresponde às tarefas da

matemática e a capacidade específica, podendo ocorrer de forma individual como

em conjunto.

Qualquer pessoa pode ter a Discalculia, podendo ser criança, adolescente

ou até mesmo o adulto, isso porque a dificuldade de aprendizagem da matemática

não está relacionada com o nível de QI ou de inteligência, estrato social ou genérico

e estímulos primários. No fundo o fator encontrado é a dificuldade a nível

matemático como medidas, tempo, problemas matemáticos, cálculos, símbolos

matemáticos, etc.

Estudos comprovam que o diagnóstico é verificável a partir entre os 7 e 8

anos de idade, onde a criança começa a compreender símbolos específicos da

matemática, a resolver problemas e a trabalhar com a Aritmética. Quanto ao

diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, como: Neurologista,

Psicopedagogo, Fonoaudiólogo e Psicólogo. Entretanto, não se devem ficar a mercê

23

destes especialistas porque a atuação do professor e a participação da família no

acompanhamento e reconhecimento dos sinais destas dificuldades são essenciais

para a vida escolar do discalcúlico.

De acordo com a CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças

e Problemas Relacionados à Saúde), versão 1.6c (entre as subcategorias

associadas aos transtornos específicos de desenvolvimento das habilidades

escolares, está o transtorno específico da habilidade em aritmética (F81.2), onde a

Discalculia faz parte.

Após diagnosticado, verifica-se que a Discalculia implica em outras

limitações, como por exemplo, a confusão de noção de tempo, introspecção

espacial, problemas de ortografia e memória pobre, podendo ser congênita ou

hereditária. Por conta disso, a Discalculia pode apresentar vários sinais que são

relacionados. Vejamos.

4.2.1 A Discalculia pode apresentar vários sinais

A discalculia pode apresentar alguns sinais que são notados pelos

professores quando o aluno não compreende:

Símbolos numéricos são escritos em espelho ou em posição invertida.

Dígitos similares como 6 e 9, 3 e 8, são confundidos entre eles.

Inabilidade para compreender o espaçamento entre dois números, por exemplo

9 17 será lido novecentos e dezessete.

Dificuldade no relacionamento e uso dos símbolos das 4 operações aritméticas

básicas.

Problemas para entender mapas e tabelas.

Problemas para tomar nota de objetos ou símbolos quanto aparecem junto a

outro objeto e símbolos.

Problemas em copiar números, dígitos ou figuras geométricas ou em reproduzi-

las de memória.

Problemas em compreender peso, direção, espaço e tempo.

Falha na escrita ou leitura correta de valores com dois ou mais dígitos.

Problemas em entender o significado de símbolos das quatros operações

aritméticas básica ou reconhecer o uso de sinal negativo.

24

Problemas para entender a mudança de uma operação aritmética para outra.

Não consegui pensar automaticamente que 64 é cinco mais que 59.

Incapacidade de incluir corretamente 7 e 25 numa série numérica.

Problema em organizar a sequência numérica, bem como problemas em ordenar

os números; por exemplo, se 16 venha antes ou depois de 17.

Ter péssima memória para fatos numéricos.

Ter dificuldade em acessar informações já aprendidas.

Problemas em associar palavras a símbolos ou vice-versa, ou em nomear

objetos.

Dificuldades para encontrar o melhor caminho para resolver um problema

proposto.

Problemas em seguir do nível concreto para o pensamento abstrato. Isso é

percebido quando se alteram questões onde se trabalham objetos concretos

para símbolos matemáticos.

Dificuldade para seguir uma sequência de pensamento na resolução de

problemas, incluindo a inabilidade para introduzir uma estratégia de trabalho.

Dificuldade em entender responder oralmente ou por escrito os problemas

apresentados em termos verbais ou visuais.

Problemas para realizar na prática as questões de vida diária.

Problemas na resolução de assuntos relacionados a figura geométrica.

Dificuldade em considerar o que pode ser calculado com valores estimados.

Dificuldade em seguir corretamente estratégias para solucionar um problema

matemático.

Dificuldade em guardar todos os dados de um problema (WAJNSZTEJN E

WAJNSZTEJN, 2009, p. 188-189)

Vale destacar que as crianças que apresentam essas dificuldades de

aprendizagem não são preguiçosos para a realização das atividades o que acontece

é que não conseguem realizá-las, perante esse fato é necessário o encaminhamento

da criança para uma equipe especifica e que possam estar auxiliando de forma

necessária para motivar a aprendizagem da mesma.

Depois de todo este estudo, como podemos identificar a Discalculia?

25

4. 2.2 Como identificar a Discalculia

A Discalculia pode ser identificada nos anos iniciais da vida escolar do

aluno, também pode ser apresentada mais tarde. A Discalculia tem a necessidade

de uma avaliação de uma equipe especializada nos procedimentos pedagógicos e

psicológicos.

Porém, alguns sintomas são fáceis para se identificar a Discalculia

como visual, auditiva; uma baixa capacidade para efetuar conta; baixa compreensão

ou confusão nos sinais; fraca capacidade para resolver problemas matemáticos;

dificuldade na compreensão nos valores monetários; baixa noção de hora e tempo;

dificuldade com distancia e espaço; dificuldade em uma contagem consecutiva; e a

incapacidade de efetuar a realização com formulas matemáticas.

A Discalculia faz com que o discalculico tenha uma resistência para

atividades em grupo e por consequência fique isolado, não gostando de expor

perante outros alunos. Chambers; Timlin (2013), corroboram na concepção de que:

A Discalculia é uma condição que afeta a capacidade de adquirir habilidades aritméticas. Os alunos portadores de discalculia podem ter dificuldades para entender conceitos numéricos simples, não tem uma compreensão intuitiva dos números e apresentam dificuldade para aprender fatos e procedimentos numéricos. Mesmo que produzam uma resposta correta ou usem um método correto, eles o fazem de forma mecânica e sem confiança .(CHAMBERS; TIMLIN, 2013, p.184).

De acordo com os autores, as pessoas com Discalculia podem estar

efetuando os cálculos matemáticos, porém, fazem de uma forma mecânica sem

êxito algum, pois não se sentem com segurança nas resoluções dos problemas

matemáticos.

Esses tipos de abordagem sobre o discalculico primeiramente vem através

do professor ou pela família, mas somente uma equipe especializada pode estar

diagnosticando como sendo um transtorno os transtornos de aprendizagem não

demandam tratamento farmacológico, devem ser tratado por recursos pedagógicos

e de reabilitação neurocognitiva. (FUENTES, 2014, p. 147).

Diante destes fatos, verifica-se a necessidade de flexibilizar metodologias e

métodos de ensino para o trabalho com aluno discalcúlicos. Este é o próximo item

de estudo deste trabalho.

26

4.2.3 Como mediar o ensino da matemática para aluno discalcúlico

Os profissionais da educação são necessários no auxílio das crianças com

Discalculia. Para ajudar o aluno que tem discalculia são necessária novas

metodologias para se trabalhar o conteúdo da matemática, mostrando a ele

possibilidades de resoluções e assim valorizando seu aprendizado. O lúdico é um

método muito promissor no qual desenvolve o processo social, cognitivo e motor do

aluno, dando a ele varias possibilidades e situações para resoluções dos obstáculos

encontrados. Smole; Diniz e Cândido ( 2007), trazem contribuições significativas

quanto aos trabalhos com o lúdico nas aulas de matemática:

Todo jogo por natureza desafia, encanta, traz movimento, barulho e uma certa alegria para o espaço no qual normalmente entram apenas o livro, o caderno e o lápis. Essa dimensão não pode ser perdida apenas porque os jogos envolvem conceito de matemática. Ao contrario, ela é determinante para que os alunos sintam-se chamados a participar das atividades com interesse.

Assim continuam ressaltando que:

Por sua dimensão lúdica, o jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se desenvolve o espírito construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar abstrair e a capacidade de interagir socialmente. Entendemos que a dimensão lúdica envolve desafio, surpresa, possibilidade de fazer de novo, de querer superar os obstáculos iniciais e o incômodo por não controlar todos os resultados. Esse aspecto lúdico faz do jogo um contexto natural para o surgimento de situações-problemas cuja superação exige do jogador alguma aprendizagem e um certo esforço na busca por sua solução.(SMOLE;DINIZ e CÃNDIDO, 2007, p. 12).

Visando o procedimento do ensino lúdico, vale ressaltar que as diversas

possibilidades de construção de suas habilidades, na qual se utiliza de uma

metodologia diferenciada viabilizando o ensino da matemática e ao mesmo tempo o

aluno entende brincando.

O jogo é um grande aliado para o desenvolvimento do aluno, pois o aluno

aprende a ter organização, seguir regras, concentração e ao mesmo tempo se sente

feliz por desenvolver com êxito as atividades. Mato Grosso (2000), enfatiza que o

jogo é um elemento significativo no desenvolvimento da aprendizagem, destacando

que:

27

A criança, ao jogar, não só incorpora regras socialmente estabelecidas, mas também cria possibilidades de significados e desenvolve conceitos, é o que justifica a adoção do jogo aliado importante nas praticas pedagógicas.

[...]

O jogo pode ser considerado um dos elementos fundamentais para que o processo de ensino e de aprendizagem da matemática possam superar os indesejáveis métodos da decoreba, do conteúdo pronto, acabado e repetitivo, que tornam a educação escolar tão maçante, sem vida e em alegria. O jogo pode ser um elemento importante pelo qual a criança aprende ,sendo sujeito ativo desta aprendizagem que tem na ludicidade o prazer de aprender.(MATO GROSSO, 2000, p. 157)

Por isso, os jogos exercem um papel muito importante nas atividades

diferenciadas com alunos discalculico, buscando e viabilizando suas limitações. Os

jogos desenvolvem formas de soluções nas atividades realizadas, na qual contribui

na linguagem e no desenvolvimento mental dando a ele uma forma de satisfação e

valorização. De acordo com algumas atividades pedagógicas podem-se citar alguns

tipos de jogos para o aluno com a Discalculia: sudoku, caracol, dominó e tangram.

Contudo, de nada adiantará todos esses recursos sem o protagonista do

ensino que é o professor. O professor, principalmente da disciplina de matemática,

deve buscar meios para desenvolver a aprendizagem dos alunos de maneira

consolidada e, em especial aos alunos discalculicos, convém buscar métodos e

metodologias diversificadas, dar maior atenção, amor e incentivo a estes alunos

para que possam gostar mais da matemática e fazer uso de conhecimentos

significativos no dia a dia de cada um. E, em se tratando de vivências do dia a dia,

buscar elos com os familiares no trabalho mútuo de resgate da aprendizagem dos

alunos que apresentam Dicalculia, pois, a presença da família é muito importante

para o sucesso desse processo.

28

5 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO PROFESSOR E DA FAMÌLIA PARA UM

DISCALCÚLICO

Estudos comprovam que o processo da aprendizagem inicia-se através das

abstrações vividas no dia a dia de cada aluno e pela reflexão a respeito destas

abstrações. É fato que ao assimilar um novo conceito que lhe é apresentado, o

aluno depara-se com o novo, na tentativa de não entrar em conflito dentro de si

mesmo, procurando acomodar as informações que lhes são transmitidas tentando

fazer um elo entre os conhecimentos prévios e os novos conhecimentos adquiridos.

Por conta disso, podemos aferir que a aprendizagem é a assimilação ativa do

conhecimento e de operações mentais, para compreendê-los e aplicá-los de forma

consciente e autônoma (LIBÂNEO, 1994, p. 48).

Para que esse processo seja consolidado dentro da sala de aula, é

imprescindível a presença do professor, como sujeito mediador dos conhecimentos

matemáticos. Partindo deste princípio, pode-se considerar, então, que o docente é o

principal agente no processo de ensino, pois, apresenta um papel ativo na formação

de todos os alunos na função de auxiliá-los e incentivando-os na (re)construção dos

esquemas de pensamento lógico matemático. Logo, estes esquemas devem ficar

cada vez mais claros, com objetividade e compreensão de cada conteúdo

matemático trabalhado em sala de aula de maneira contextualizada porque segundo

Ausubel (1988), é indispensável para que haja uma aprendizagem significativa, que

os alunos se predisponham a aprender significativamente.

O papel do professor da disciplina de matemática em qualquer nível de

ensino é de proporcionar situações de aprendizagem significativas onde o aluno

possa se perceber como agente transformador de cada conhecimento adquirido e

estes possam ser validados e comprovados nas situações do dia a dia. Para tanto,

devemos recorrer ao bom professor onde Freire (1996, p. 96) aponta que:

O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.

Para o autor, a ação pedagógica do professor em sala de aula é

imprescindível, desde que o mesmo assuma seu papel como mediador e não como

condutor.

29

Outro fator a que se considerar no processo de ensino e aprendizagem é a

relação professor – aluno, onde dependerá do clima estabelecido pelo professor, da

relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o

nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento

e o deles, principalmente para alunos que apresentam Distúrbios de Discalculia.

Para estes, convém que haja flexibilidade no planejamento dos conteúdos,

diversidade de métodos e metodologias de ensino, criatividade na aplicação de

atividades em sala de aula, assim como, fazer uso de materiais concretos para os

mesmos por conta das especificidades de cada um. Libâneo 1994 corrobora em

relação a esses conceitos ressaltando que:

Um fator fundamental do trabalho docente trata da relação entre o aluno e o professor, da forma de se comunicar, se relacionar afetivamente, as dinâmicas e observações são fundamentais para a organização e motivação do trabalho docente. (LIBÂNEO, 1994, p. 218)

Na visão de Libâneo, a comunicação, a afetividade e a motivação são alguns

dos fatores que ajudam no desenvolvimento da aprendizagem em função da boa

relação entre professor e alunos. Dessa maneira, o professor deve se reconstruir,

criando no aluno um ser crítico, auxiliando na formação de sua personalidade.

Valorizando a luta pelo seu espaço na sociedade, derrubando barreiras e vencendo

obstáculos que a vida possa lhe proporcionar. Se os docentes têm a intenção de

estimular em seus alunos o amor pelo saber e o respeito pela diversidade e criação,

devem buscar o contraste crítico e reflexivo (GÓMEZ, 2000, p.304).

Logo, o professor deixará de ser o “dono do saber” e passará a ser um

orientador, alguém que acompanha e participa do processo de construção e das

novas aprendizagens do aluno em seu processo de formação. Sendo assim, pode-

se dizer que os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se

organizam atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho

docente em relação a um conteúdo especifico.(LIBÂNEO, 1994, p. 87). Eles

regulam as formas de interação entre ensino e aprendizagem, entre o professor e os

alunos, cujo resultado é a assimilação consciente dos conhecimentos e o

desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos.

Em se tratando de métodos de ensino mais flexibilizados, principalmente,

para o atendimentos dos alunos que apresentam Discalculia, Libâneo enfatiza que:

30

Pode-se dizer então, que os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se organizam atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico. Esses métodos fazem à mediação nas formas de interação entre ensino e aprendizagem, entre o professor e os alunos, tendo como resultado a assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operacionais dos alunos. (LIBÂNEO, 1994, p. 152)

Dessa maneira o autor enfatiza que todas as ações dos professores ao

organizarem as situações de aprendizagem devem atingir os objetivos propostos

para cada ensino, para cada conteúdo, para cada momento de ensino em se

tratando de elaborar métodos e metodologias mais significativas e atraentes para

alunos discalcúlicos. Por esta razão, cada professor deve ter um compromisso

especial com o aprendizado destes alunos para que obtenham sucesso em suas

atividades. Assim, o docente precisa ter conhecimento não apenas da disciplina que

administra, mas, sua formação deve estar pautada em uma gama de conhecimentos

quer sejam eles, sociais, políticos, econômicos ou culturais.

Por isso o professor tem de se expressar de forma muito clara, objetiva e

buscar formas diferenciadas de estudos e ao mesmo tempo não demonstrar para os

outros alunos que o tratamento esta sendo priorizado ao aluno com Discalculia

tendo que envolver todos nas atividades.

Os alunos com Discalculia, como já se comentam, não tem preguiça e sim

dificuldade de aprender conteúdos, o professor de matemática tem que desenvolver

atividades que possam estimular, instigar o raciocínio de forma que o educando faça

sem preocupação de tempo, mas sim chegue ao fim da atividade com êxito.

Portanto, a flexibilização dos conteúdos, o dinamismo dos métodos e

metodologias de ensino proporcionará a estes alunos que apresentam grandes

dificuldades, de acordo com suas especificidades, na compreensão dos conteúdos

matemáticos aliados com conhecimentos contextualizados, possa ser o caminho

para um aprendizado consolidado.

Em relação ao papel da família neste contexto, é importante priorizar que a

relação família e a escola são caracterizados como ambientes de aprendizagem e

até mesmo desenvolvimento humano que ajudam o educando a constituir – se como

cidadão participante e ativo na vida escolar e social. A família deve estar atenta ao

desenvolvimento e envolvimento de seu filho nas atividades escolares e, sempre

que precisar, estimular, avaliar, dar apoio e servir de alicerce para que o aluno

31

desenvolva suas habilidades cognoscitivas tanto na escola, quanto na vida em

sociedade.

Isto posto, diante de todos os estudos aqui apresentados, segue as

considerações finais para o desfecho deste trabalho com base nas contribuições

elencadas que possam ajudar na aprendizagem e o ensino em relação aos alunos

que apresentam Discalculia.

32

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste estudo bibliográfico constatou-se que a dificuldade de

aprendizagem está no cotidiano escolar, podendo afetar grande parte dos alunos

quando se trata de conteúdos na disciplina de matemática. Este fator é de extrema

preocupação, pois percebe-se que está acontecendo um aumento de forma

significativa dentro da escola que apresenta uma grande preocupação em relação a

estes alunos e atuação dos professores passando assim a verificar com mais

atenção essa situação principalmente com os educandos que apresentam

Discalculia. Em nossos estudos, verificamos que o professor, principalmente, da

disciplina de matemática, deve ter mais atenção em relação ao desenvolvimento dos

alunos dentro e fora da sala de aula, é preciso realizar uma análise cuidadosa,

flexibilizar métodos e metodologias de ensino para atender este tipo de aluno, bem

como formar um elo entre escola e família. Em relação ao trabalho dos professores,

Libâneo (1994) contribui de maneira que:

Na sala de aula o professor exerce uma autoridade, fruto de qualidades intelectuais, morais e técnicas. Ela é um atributo da condição profissional do professor e é exercida como um estímulo e ajuda para o desenvolvimento independente dos alunos. O professor estabelece objetivos sociais e pedagógicos, seleciona e organiza os conteúdos, escolhe métodos, organiza a classe. Entretanto, essas ações docentes devem orientar os alunos para que respondam a elas como sujeitos ativos e independentes. (LIBÂNEO, 1994, p. 251)

Por conta disso, cada professor tem a autonomia de desenvolver nos alunos

o pensamento independente, criando meios e condições pedagógicas para que

alunos discalculicos possam minimizar seus problemas com a matemática.

A criança que apresenta Discalculia deve ser encaminhada para

profissionais que sejam qualificados. O professor deve estar auxiliando por meio de

métodos adequados para que a criança possa compreender a atividade aplicada.

A aplicabilidade da matemática é enorme porque não se limita em apenas

repassar dados capazes de resolver problemas e sim de buscar formas de

conhecimento, bem como a adaptação de atividades menos complexas do seu dia a

dia.

A relação professor – aluno também deve ser ressaltada em função de

combinar respeito e atenção, pois o processo de ensino consiste em orientar e

33

incitar a autonomia dos alunos levando-os a independência para aprendizagem,

estabelecendo normas, buscar compreender cada dificuldade, mostrar amor e

compreensão para fecundar a relação ensino e assimilação dos conteúdos

trabalhados na disciplina de matemática. Libâneo (1994) classifica estes aspectos

como autoridade profissional, destacando que:

A autoridade profissional se manifesta no domínio da matéria que ensina e dos métodos e procedimentos de ensino, no tato de lidar com a classe e com as diferenças individuais, na capacidade de controlar e avaliar o trabalho dos alunos e o trabalho docente.(LIBÂNEO, 1994. p. 252)

Contudo, observa-se que além das mediações dos professores é oportuno o

ensino através dos jogos matemáticos que proporciona interesse e a vontade de

aprender os quais possibilitam o desenvolvimento de diversas habilidades como: o

raciocínio lógico, atenção, criatividade, concentração entre outras.

Portanto, com as contribuições deste estudo, por modesto que seja, possa

auxiliar os alunos com dificuldade no aprendizado em matemática, ao trabalho dos

professores na mediação das atividades propostas para estes alunos, mostrando

que a matemática pode ser apresentada de forma clara e demonstrada através das

experiências do dia-a-dia, onde a aprendizagem se torne mais leve, atrativa e

prazerosa minimizando o estigma deste transtorno e, sim, valorizar o potencial de

cada aluno.

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