FERNANDO HENRIQUE BACHINI COELHO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
EFEITO RESIDUAL DA ADUBAÇÃO SULFATADA NA CULTURA DA SOJA
FERNANDO HENRIQUE BACHINI COELHO
Sinop – MT
Setembro – 2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS DE SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
EFEITO RESIDUAL DA ADUBAÇÃO SULFATADA NA CULTURA DA SOJA
FERNANDO HENRIQUE BACHINI COELHO
ORIENTADOR: PROF. DR. ANDERSON LANGE
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Agronomia do ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Agronomia.
Sinop – MT
Setembro – 2018
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
B123e Bachini Coelho, Fernando Henrique.
EFEITO RESIDUAL DA ADUBAÇÃO SULFATADA NA CULTURA DA SOJA / Fernando Henrique Bachini Coelho. -- 2018
v, 34 f. : il. ; 30 cm.
Orientador: Anderson Lange. TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal
de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2018.
Inclui bibliografia.
1. Glycine max. 2. enxofre elementar. 3. sulfato de amônio. I. Título.
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais, Luís Antônio Coelho Campana e Maria Angela Bachini
Campana e ao meu irmão Luís Gustavo Bachini Coelho, por todo o esforço em me
ajudar durante toda a minha graduação, pela educação em que me deram e por todo o
carinho e amor familiar que temos, tudo isso foi essencial para a minha formação
acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à minha família por todo o apoio e cobrança que tive
durante este trabalho e durante toda minha graduação.
Agradeço ao professor Anderson Lange pela orientação, onde sempre esteve
presente para repassar seu conhecimento, dando assim todo o suporte necessário para
que este trabalho fosse concluído com sucesso.
Não posso deixar de agradecer a todos os professores com quem convivi, tendo
em vista todos os conhecimentos que os mesmos repassam a nós acadêmicos, tanto
profissional quanto pessoal, qualquer experiência é levada como bagagem para o futuro.
Agradeço também a todos os meus amigos, principalmente moradores e
agregados da República Erva Daninha, que sempre ajudaram quando precisei, e
sempre dividiram momentos especiais durante a minha graduação.
SUMÁRIO
1. LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................ viii
2. LISTA DE TABELAS .......................................................................................................... ix
3. RESUMO ........................................................................................................................... 10
4. ABSTRACT ....................................................................................................................... 11
5. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 13
O cultivo de soja ...................................................................................................................... 13
O enxofre no solo .................................................................................................................... 13
Enxofre orgânico do solo ......................................................................................................... 14
Enxofre inorgânico do solo ...................................................................................................... 15
O enxofre na planta ................................................................................................................. 15
Exigência e recomendação de enxofre pela cultura da soja ................................................... 16
MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................ 18
Localização e caracterização ................................................................................................... 18
Delineamento experimental ................................................................................................... 19
Características dos fertilizantes .............................................................................................. 19
Condução do experimento ...................................................................................................... 19
Variáveis analizadas ................................................................................................................ 19
Altura de plantas ..................................................................................................................... 20
Inserção da primeira vagem .................................................................................................... 20
Número de vagens por planta ................................................................................................. 20
Número de grãos por vagem................................................................................................... 20
Número de ramos ................................................................................................................... 20
Quantidade de grãos abortados ............................................................................................. 21
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 22
8. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 26
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 27
10. ANEXOS ........................................................................................................................ 30
viii
1. LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Histórico das precipitações ocorridas no período de outubro de 2015 à abril
de 2017 na região da área experimental em Cláudia – MT........................................... 14.
ix 2. LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Valores de F e médias referentes à altura de plantas, altura de inserção de
primeira vagem, número de vagens por planta e número de ramos por planta em
função das doses e fontes de enxofre..........................................................................17.
Tabela 2. Valores de F e médias referentes produtividade, número de grão por vagem,
número de grãos abortados por planta e massa de mil grãos em função das doses e
fontes de enxofre...........................................................................................................1
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3. RESUMO
A soja (Glycine max) é uma das principais culturas cultivadas no mundo, se tratando também da
leguminosa com maior importância econômica no mundo. A produtividade média da cultura ainda está
abaixo do seu potencial produtivo, mas isto pode ser melhorado com o emprego de alguns nutrientes
na adubação, entre eles o enxofre pode ser um dos fatores limitantes para que ocorra uma produtividade
maior. O objetivo deste estudo foi de avaliar o comportamento da cultura da soja em relação à
características da planta e sua produtividade em um solo com baixos teores de enxofre (<5mg dm-3)
utilizando adubos que continham diferentes fontes de enxofre conforme sua composição, além disso,
foram testadas também, diferentes dosagens de adubação feita no cultivo do milho e efeito residual na
cultura da soja na região do cerrado. As fontes de enxofre utilizadas foram: MES – 15 que é MAP + S
contendo 50% de S-SO4 e 50% de enxofre-elementar, que contem S, além de N e P. O S-elementar,
contendo 90% de S. E por último o Sulfato de amônio com 20% de S. As doses utilizadas foram de 0,
5, 10, 25 e 50 Kg/ha. O experimento foi implantado em sistema de semeadura direta. As características
das plantas bem como a sua produtividade não diferenciaram estatisticamente, sendo assim não houve
aumento de produtividade.
Palavras chave: Glycine max; enxofre elementar; sulfato de amônio.
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4. ABSTRACT
The soybean (Glycine max) is one of the main crops cultivated in the world, being also the legume
with greatest economic importance in the world. The average productivity of culture is still below its
productive potential, but this can be improved with the use of some nutrients in fertilization, among them,
the sulfur can be one of the limiting factors for greater productivity. The objective of this study was to
evaluate the behavior of the soybean crop in relation to the characteristics of the plant and its productivity
in a soil with low levels of sulfur (<5 mg dm-3) using fertilizers that contain different sulfur sources as its
composition, moreover, were also tested, different dosages of fertilizer made in the cultivation of maize
and residual effect in soybean crop in the cerrado region. The sulfur sources used were: MES - 15 THAT
IS MAP + S containing 50% of S-SO4 and 50% of elemental sulfur-containing S, addition of N and P.
The S-elemental, containing 90% of S. and finally the ammonium sulfate with 20% of S. The doses used
were 0, 5, 10, 25 and 50 kg/ha. The experiment was deployed in no-tillage system. The characteristics
of plants as well as their productivity did not differ statistically, thus there was no increase in productivity.
Key words: Glycine max; elemental sulfur; ammonium sulphate.
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5. INTRODUÇÃO
A soja originou-se da espécie Glycine ussuriensis, encontrada no leste da Ásia, cultivada na
China a aproximadamente 2800 a.C. Possui sistema radicular bem desenvolvido e nodulado.
Geralmente reproduzida por auto-fecundação, podendo ocorrer pequena taxa de fecundação cruzada.
Nenhuma Fabácea no mundo apresenta maior produção que a soja, sendo que o peso médio de 100
sementes fica em torno de 18 gramas, e o grãos medem aproximadamente 3 a 4 mm, na sua maioria
amareladas. A composição da soja contém de 7 a 11% de água na maturação plena, em torno de 32 a
42% de proteína, 28 a 39% de carboidrato e 4 a 5% de cinza (Vieira et al., 2001).
De acordo com Rezende et al. (2009), no Brasil a soja está entre as culturas mais importantes
nos sistemas extensivos e, por isso, há grande preocupação em que a adição de fertilizantes ocorra da
forma mais racional possível. Dos macronutrientes essenciais para as plantas, o enxofre é um dos
elementos menos estudado.
Segundo Malavolta (1989), o enxofre é um elemento de grande destaque no ciclo de vida das
plantas pois está presente em todas as composições das proteínas vegetais. A forma na qual a planta
tem capacidade de absorção é a de sulfato, o mesmo além de essencial na composição das proteínas,
também ajuda a manter a coloração verde das folhas, participa no processo de nodulação, é estimulador
na formação de sementes e no crescimento das plantas.
Malavolta (1989) ainda coloca que a percepção dos sintomas de deficiência do enxofre na planta
podem ser facilmente observados, sendo eles, amarelecimento em folhas novas e cores mais claras
presentes nas nervuras, bem como, caules e colmos com coloração mais escura e amarelada e a menor
taxa de crescimento das plantas.
O enxofre apesar de ser um macronutriente secundário, é um elemento essencial para que o
desenvolvimento das plantas ocorra de forma sadia e possa expressar seu máximo potencial, porém
nem sempre é dado a devida importância à este elemento. A deficiência do enxofre pode estar ligada
ao uso de adubação concentrada sem enxofre. Sendo assim, uma opção para diminuir esta deficiência
é utilizar adubos em que haja maior concentração de enxofre na formulação, como o sulfato de amônio,
superfosfato simples, gesso agrícola, enxofre elementar, entre outras opções disponíveis.
Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação com diferentes doses e
fontes de enxofre na produtividade e nas características da soja.
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6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O cultivo de soja
Segundo a ONU (2016), a população mundial em 2030, poderá chegar a 8,5 mil milhões de
habitantes, e em 2050 a previsão é de 9,7 mil milhões de habitantes, podendo exceder 11 mil milhões
em 2100. A partir destes números, levando em consideração a mudança climática com o decorrer dos
anos pode haver uma insegurança na alimentação para a população, tendo em vista que a produção de
alimentos não vem crescendo no mesmo ritmo com que vem crescendo a população. Para que a
alimentação não seja afetada, devemos buscar maneiras de mudar este quadro, sendo assim, devemos
fazer com que o crescimento da produção de alimentos seja maior do que o crescimento da população
mundial e para isto devemos ainda utilizar as áreas já cultivadas, porém, com manejo mais intensivo e
sustentável.
Nas últimas três décadas o cultivo de soja foi o que mais cresceu no país e corresponde a quase
50% de toda a área cultivada. Este aumento se deu com o avanço da tecnologia no campo, nos maiores
conhecimentos e aplicações de manejo nas culturas e maior conhecimento do produtor, fazendo com
que aumente sua eficiência na produção de grãos, (HIPÓLITO; BORGES, 2017).
No ano agrícola 2016/17 a produção de soja no mundo foi de 351,311 milhões de toneladas em uma
área de 120,958 milhões de hectares (USDA, 2017). No mesmo ano agrícola foram produzidos no Brasil
113,923 milhões de toneladas, em uma extensão de área de 33,890 milhões de hectares com
produtividade média de 3.362 Kg/há (CONAB, 2017).
O cultivo da soja é feito principalmente nas regiões Centro Oeste e Sul do país, firmando-se com
destaque na balança comercial agrícola. Com a grande produção de soja houve uma repleta
estruturação na armazenagem, processamento e comércio de grãos. A expansão da produção no Brasil
elevou-se devido a grande demanda no mercado internacional. (HIPÓLITO; BORGES, 2017)
O enxofre no solo
O enxofre encontra-se na décima terceira posição entre os elementos mais abundantes da terra
(Bissani & Tedesco, 1988). O S está contido em rochas e no solo, sendo os principais: gesso, epsomita,
miradilita e pirita (Tisdale et al., 1993). A disponibilidade do enxofre para os microrganismos e plantas
se deve à liberação através do intemperismo, outra forma de disponibilizar o enxofre para o solo é
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através das águas da chuva e defensivos agrícolas ou por irrigação. Enquanto a extração deste
elemento se deve às exportações pelas plantas, à lixiviação e erosão ou pela emissão de gases.
O enxofre encontrado no solo que pode ser disponibilizado para as plantas é composto na forma
de íon sulfato SO4-2, permanecendo na solução do solo, sujeito a ser lixiviado facilmente. Em regiões
em que o solo encontra-se mais seco, as formas predominantes de enxofre são os sulfatos de cálcio
(CaSO4), sulfatos de potássio (K2SO4) e sulfatos de sódio (Na2SO4). Porém em regiões em que o solo
contem maior umidade, o enxofre é encontrado juntamente com a matéria orgânica, onde o mesmo
sofre gradualmente a liberação para a solução do solo devido à mineralização da matéria orgânica.
(SFREDO, 2008).
O enxofre macronutriente essencial para a soja, é encontrado no solo em duas formas, sendo
elas, orgânicas e inorgânicas. (Freney, 1986). Estas duas formas encontradas são diferenciadas
proporcionalmente com a variação do tipo do solo e conforme a profundidade. Quando se trata da
camada mais superficial de solos tropicais, o S total é predominantemente constituído por enxofre
orgânico. Entretanto, quando é analisado em maiores profundidades há uma diminuição da
concentração do enxofre orgânico, que pode ser relacionada também a menor quantidade de matéria
orgânica (Duke & Reisenauer, 1986).
Enxofre orgânico do solo
Esta forma de enxofre encontrada no solo é proveniente de microrganismos e tecidos vegetais
formados por uma mistura heterogênea que sofreu esta transformação a partir de tecidos mortos de
plantas e animais, bem como a ligação a óxidos de ferro, alumínio e a argilo-minerais (Duke &
Reisenauer, 1986).
O enxofre orgânico pode ser encontrado em três diferentes formas no solo, onde podem estar
ligados ao oxigênio (S-O), ao carbono (S-C) e S inerte ou residual, onde estão em compostos não
identificados (Neptune et al., 1975). A partir destas três formas encontradas de S orgânico, 50%
encontra-se ligado ao oxigênio. A fração que se trata do S ligado ao carbono predominantemente
encontrado em aminoácidos (Tabatabai & Bremner, 1972).
A mineralização do S orgânico no solo é predominantemente feita por bactérias do gênero
Thiobacillus. Os fatores que influenciam para que o enxofre que esta imobilizado no solo seja liberado
são: temperatura, umidade do solo, presença de O2 e adição de matéria orgânica, entre outros fatores
que podem afetar a atividade microbiana (Germida, 1992).
O S orgânico tem mineralização gradual a SO4-2 (Starkey, 1950). Com a predominância da fração
orgânica deste nutriente, a disponibilidade de S às plantas é regulada através da mineralização e
imobilização do mesmo (Nziguheba et al., 2005). Sendo assim, o S orgânico armazenado no solo
garante o suprimento necessário às plantas, para que isto aconteça deve-se manter o adequadamente
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o teor de matéria orgânica do solo, por isso o manejo do solo é essencial para a regulação da variação
da dinâmica da matéria orgânica. O manejo adequado do solo, levando em consideração a diminuição
do revolvimento e a aplicação da rotação de culturas faz com que a matéria orgânica seja recomposta
no solo. Para buscar o S contido em camadas mais profundas do solo é possível utilizar a alternativa de
plantas com sistema radicular mais profundo, promovendo assim a ciclagem de nutrientes (FILHO,
2006).
Enxofre inorgânico do solo
Apesar da forma orgânica do enxofre ser predominante no solo, a forma inorgânica tem grande
importância tendo em vista que é formada por S-sulfato, sendo esta a forma na qual as plantas absorvem
o enxofre. O enxofre inorgânico (S-sulfato) possui maior solubilidade em água, sofre maior volatização
e tem maior mobilidade no solo. Nos fertilizantes, predomina a forma inorgânica de enxofre. (Bohn et
al., 1986 apud Horowitz 2003).
O S-inorgânico (S-SO4-2) ocorre pela formação do S-solúvel e o S-adsrvido, sendo que, no S-
inorgânico a fração mais lábil é representada pelo S-solúvel. Para que o enxofre contido na fração
adsorvida seja absorvido pelas plantas, o mesmo deve passar à fração solúvel, enquanto que o S-
solúvel já contido na fração inorgânica pode ser absorvido diretamente pelas plantas. Sendo assim, com
a diminuição do S-adsorvido no solo há um aumento de disponibilidade de enxofre para as plantas. (Tzi
Tziboy, 1998).
O enxofre inorgânico no solo possui química complexa, tendo em vista que este elemento pode
fazer ligação com outros átomos de S e outros elementos em um mesmo composto. Sobretudo, esta
fração do enxofre contem valores de oxidação de -2 até +6 (Bohn et al., 1986). Entre as formas de
enxofre inorgânico presentes no solo, destacam-se as seguintes: sulfato (SO4-2) em solução; sulfato
adsorvido na fração solida; dióxido de enxofre em formas reduzidas (SO2); sulfito (SO3-2); tiossulfato
(S2O3-2); S elementar (S0) e sulfeto (H2S) (BIssani & Tedesco, 1988).
O enxofre na planta
A mais de 200 anos houve o relato de que o enxofre é um elemento essencial para as plantas.
Já em 1768 foram observados aumentos de produtividade em pastagens na Suíça. Com o passar do
tempo a utilização do enxofre na adubação foi empregada na Europa e nas Américas (Duke &
Reisenauer, 1986).
16
O enxofre exerce papel importante na planta, participando de reações fisiológicas e bioquímicas.
O S na planta, encontra-se principalmente de forma orgânica no vegetal, constituindo parte de proteínas
e peptídeos em forma de compostos essenciais como a cisteína e metionina, onde os mesmos são
considerados como compostos essenciais. O S também faz parte de enzimas, as quais são
sintetizadoras de substâncias que contribuem para o desenvolvimento da planta. Assim como no solo,
o enxofre encontra-se também na forma inorgânica na planta como sulfato, sendo ele uma reserva.
Quimicamente ele tem funções importantes como: maior mobilidade na planta; principal fonte de S a ser
absorvida pela raiz quando há deficiência e por fim tem relação a qualidade dos produtos quando se
trata de odor e paladar em produtos alimentares e forrageiras. (Duke & Reisenauer, 1986).
Sendo considerado essencial para as plantas, o enxofre se trata de um macronutiente
secundário, podendo chegar a ter uma extração superior a do fósforo em algumas espécies de plantas
cultivadas. (VITTI e HEIRINCHS, 2007; STIPP e CASARIN, 2010). Sendo assim o enxofre tem como
função atuar na estruturação e no metabolismo das plantas. (VITTI et al, 2006).
No metabolismo da planta, o enxofre tem função de formar aminoácidos livre, que são
constituidores de proteínas e compostos moleculares. Além disto o S se faz presente em vitaminas,
sendo elas: biotina e tiamina. Outra grande importância do enxofre na planta é na constituição da
ferrodoxina, elemento essencial para que haja a oxirredução no processo da fotossíntese bem como na
redução de SO4-2 e NO3
- e na fixação biológica de nitrogênio. (VITTI et al, 2006; PRADO, 2008;
SFREDO, 2008; MARSCHNER, 2012).
Com essas funções, o enxofre se faz muito importante na planta participando de diversos
processos metabólicos e fisiológicos, os quais são essenciais para o melhor desenvolvimento da
mesma. Quando há deficiência de enxofre pode resultar em diminuição da área foliar e teor de clorofila
bem como a menor processo de formação de proteínas. (CORSI et al, 2007).
Exigência e recomendação de enxofre pela cultura da soja
Na cultura da soja são absorvidos 10 kg de enxofre para cada 1000 kg de grãos produzidos,
deve-se fazer a adição desta quantidade de enxofre anualmente para a manutenção do nutriente no
solo, sendo assim, a aplicação desta quantidade está diretamente relacionada à quantidade em que se
espera alcançar na produtividade, ou seja, quando a produtividade em que se espera alcançar é de
3000 kg ha-1 de grãos, é necessário aplicar pelo menos 30 kg ha-1 de enxofre. As maiores concentrações
de enxofre são encontradas na camada de 20 a 40 cm, porém, a amostragem de solo deve ser feita nas
profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm. (EMBRAPA, 2004).
A forma de aplicação pode variar dependendo da fonte de enxofre escolhida, sendo assim,
poderá ser a lanço sobre a superfície ou efetuando a incorporação com niveladora. Quando trata-se de
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enxofre granulado, peletizado e do superfosfato simples, a aplicação pode ser feita diretamente no sulco
antes à semeadura, utilizando o espaçamento de 17 a 20 cm e profundidade de 2-3 cm ou então
juntamente no sulco da semeadura da soja, tendo profundidade de 8-12 cm, incorporando com o
fertilizante de plantio. (BROCH; RANNO, 2010).
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MATERIAL E MÉTODOS
Localização e caracterização
O experimento foi realizado no período de março de 2016 a março de 2017. A propriedade é
localizada nas proximidades do município de Claudia – MT, Brasil, Latitude -11.474257, Longitude -
54.983616. Conduzido em área de latossolo, onde foi selecionado o solo com menos de 5mg dm³ de
SO4-S.
Dados pluviométricos da região
Figura 1 – Histórico das precipitações ocorridas no período de outubro de 2015 à abril de 2017 na região
da área experimental em Cláudia – MT. (Adub.) Adubação em 20/03/2016 no cultivo do milho, o qual
não foi colhido, (Sem.) Semeadura, (Col.) Colheita da soja.
0
100
200
300
400
500
600
700
Pre
cip
itaç
ão (
mm
)
Período
Pluviometria 10/2015 à 04/2017
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Delineamento experimental
O mesmo foi conduzido por meio de um esquema fatorial completo 3 x 5 com três fontes de S:
Sulfato de Amônio (SA), Mono-Amônio-Fosfato enriquecido com S (MES – 15) e Enxofre Elementar (S0),
as doses de S foram aplicadas na semeadura do milho, em 26/03/2016, seguindo as seguintes
dosagens: 0, 5, 10, 25 e 50 kg ha-1. As unidades experimentais foram compostas por oito linhas
espaçadas 0,45 m entre si, com dez metros de comprimento. Os fertilizantes que foram utilizados
contêm as seguintes concentrações de fertilizantes SA (22 % de S e 21 % de N), S0 (90 de S) e MES –
15 (15 % de S sendo 50 % S-SO4 e 50 % S0, 33 % de P2O5 e 13 % de N).
Características dos fertilizantes
Foram utilizados os fertilizantes MAP contendo 52 % de P2O5 e 11 % de N e ureia contendo 46
% de N para deixar todos os tratamentos com adubação equivalente em N e P. Para que ocorresse a
equivalência todas as parcelas receberam 110 kg ha-1 de P2O5 e 71 kg ha-1 de N. Os mesmos foram
distribuído no sulco de plantio manualmente.
Condução do experimento
Os tratamentos foram instalados em parcelas com 10 metros de comprimento contendo 8 linhas
espaçadas a 0,45 metro entre si. A semeadura do milho foi feita em 26/03/2016, porém, devido a
ausência de chuvas, o milho não foi avaliado ou mesmo colhido e as avaliações foram realizadas na
cultura da soja, safra 2016/2017.
A semeadura da soja ocorreu no dia 10/11/2016, em que realizou-se a adubação em toda a
área utilizando 370 kg/ha do adubo Mosaic contendo 2 % de N, 24 % de P2O5, 12 % de K2O, 10.4 % de
Ca, 4.8 % de S, 0.054 % de B, 0.06 % de Mn e 0.27% de Zn, também foram aplicados 75 kg/há de
Cloreto de K em cobertura.. A variedade de soja utilizada foi a TGM 2183 RR2 Intacta, com ciclo de 116
dias e população de 16 plantas por metro.
Variáveis analizadas
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A colheita foi feita manualmente sendo coletadas dez plantas aleatóreamente para avaliação dos
parâmetros das mesmas, sendo estes: altura de plantas, inserção da primeira vagem, número de vagens
por planta, número de grãos por vagem, número de ramos e quantidade de grãos abortados. Para a
avaliação de produtividade e peso de mil grãos foram colhidos 16 metros linear nas linhas mais centrais
de cada parcela, desprezando as bordaduras.
Altura de plantas
A altura de plantas foi medida após a colheita com o auxílio de uma fita métrica, considerando
desde a extremidade das raizes até o ápice da planta, sendo esta expressada em cm.
Inserção da primeira vagem
A inserção da primeira vagem foi medida com o auxilio de fita métrica, considerando desde a
extremidade da planta rente ao solo até a posição onde encotrava-se a primeira vagem, expressada em
cm.
Número de vagens por planta
Esta foi feita por meio de vagens contidas na em cada planta avaliada, sendo elas retirada das
plantas e contadas.
Número de grãos por vagem
As vagens foram debulhadas, sendo assim podendo efetuar a contagem de grãos contidas em
cada uma para fazer a média de quantos grãos continham em cada vagem por planta.
Número de ramos
A contagem foi feita após a colheita obtendo o numero de ramos laterais em que a planta obteve
durante todo o seu ciclo.
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Quantidade de grãos abortados
Em cada planta as vagens foram conferidas manualmente e verificados quantos grãos abortados
haviam por planta.
Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA). As fontes de S foram comparadas
pelo teste de Tukey (α = 0,05) e o efeito das doses de S foram determinados pela análise de regressão,
utilizando o pacote estatístico SAS.
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7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observando a tabela 1 podemos visualizar que tanto a fonte quanto a dose de enxofre aplicada
não tiveram a influência sobre as variáveis altura de planta, altura de primeira vagem, número de vagens
e número de ramos. Pode-se destacar dentre as variáveis e altura de planta o S-elementar tendo 57,0
cm e a dose de 5 kg ha-1 com 57,2 cm. A altura de primeira vagem o MES - 15 com 23,1 cm e a dose
de 50 kg ha-1 com 22,8 cm. O número de vages o MES – 15 com 40,6 vagens por planta e a dose de 25
kg ha-1 com 41,6 vagens por planta e por fim no número de ramos o MES – 15 e o S-elementar se
igualaram com 10,7 ramos por planta enquanto as doses de 0 e de 50 kg ha-1 também se igualaram
com 10,7 ramos por planta. Entretanto, mesmo contendo valores diferentes em algumas variáveis, as
fontes e doses de enxofre não tiveram as médias diferenciadas significativamente com 1 e 5% de
probabilidade de erro pelo teste F.
Tabela 1. Valores de F e médias referentes à altura de plantas, altura de inserção de primeira vagem,
número de vagens por planta e número de ramos por planta em função das doses e fontes de enxofre.
Fonte de
Variação
Altura de planta
(cm)
Altura de primeira
vagem (cm)
Número de
vagens
Número de
ramos
Fonte 0,16ns 1,88ns 0,34ns 0,50ns
SA 56,3 22,3 39,1 10,5
MES - 15 56,1 23,1 40,6 10,7
SE 57,0 22,1 40,3 10,7
DMS 3,91 1,33 4,86 0,47
Dose 0,24ns 0,32ns 0,49ns 0,51ns
0 57,1 22,6 40,1 10,7
5 57,2 22,6 40,8 10,5
10 55,5 22,0 39,1 10,4
25 56,0 22,5 41,6 10,6
50 56,6 22,8 38,4 10,7
F x D 0,81ns 0,86ns 0,45ns 0,92ns
Média 56,5 22,5 40,0 10,6
C.V. % 9,01 7,68 15,83 5,77
NS: não significativo a 1% e 5% de probabilidade, (SA) sulfato de amônio, (MES - 15) Mono-Amônio-
Fosfato enriquecido com S, (SE) enxofre elementar, (DMS) diferença mínima significativa, (F) fonte, (D)
dose.
23
Na tabela 2 observa-se que a produtividade não atingiu ganhos expressivos com as doses, bem
como em grãos por vagem, grãos abortados e massa de mil grãos. Pode-se destacar para a
produtividade o sulfato de amônio com 3597 kg ha-1 e a dose de 25 kg ha-1 com 3716 kg ha-1, na variável
grãos por vagem o sulfato de amônio e o MES – 15 se igualaram em 2,4 e a dose de 25 kg ha-1 também
com 2,4, em grãos abortados o sulfato de amônio teve o menor valor, que foi de 3,8 enquanto a dose
de 0 kg ha-1 teve 3,4, e por último na variável massa de mil grãos a fonte com maior valor foi o sulfato
de amônio com 135,4 g e a dose de 50 kg ha-1 com 136,4 g. Porém apesar de conter alguns valores
serem diferentes entre as fontes e as doses, as médias não foram diferenciadas significativamente tanto
no fator fonte quanto no fator dose de enxofre com 1 e 5% de probabilidade de erro pelo teste F.
Tabela 2. Valores de F e médias referentes produtividade, número de grão por vagem, número de
grãos abortados por planta e massa de mil grãos em função das doses e fontes de enxofre.
Fonte de Variação Produtividade
(kg ha-1) Grãos por vagem Grãos abortados
Massa de mil grãos
(g)
Fontes 0,33ns 0,11ns 0,06ns 0,50ns
SA 3597 2,4 3,8 135,4
MES - 15 3443 2,4 3,9 133,7
SE 3566 2,3 3,9 135,3
DMS 485 0,06 0,56 4,58
Doses 0,41ns 0,83ns 2,12ns 0,44ns
0 3568 2,3 3,4 134,3
5 3519 2,3 4,1 133,5
10 3452 2,3 4,1 135,4
25 3716 2,4 3,8 134,3
50 3422 2,3 4,0 136,4
F x D 0,33ns 1,84ns 1,23ns 0,68ns
Média 3535 2,3 3,9 134,8
C.V. % 17,87 3,09 18,80 4,42
NS: não significativo a 1% e 5% de probabilidade, (SA) sulfato de amônio, (MES - 15) Mono-Amônio-
Fosfato enriquecido com S, (SE) enxofre elementar, (DMS) diferença mínima significativa, (F) fonte, (D)
dose.
24
FILHO (2006), também não teve resposta significante na produtividade de soja utilizando
adubação sulfatada, ainda na mesma cultura não se verificou o aumento de enxofre no tecido e nem o
aumento da exportação deste nutriente relacionada aos tratamentos.
De acordo com Filho et al. (2007), não obteve diferença significativa na produtividade da soja e
nem aumento do teor de enxofre no grão, contendo teores críticos deste elemento no solo.
O solo escolhido para a execução do experimento continha teor de SO4-2 abaixo de 5mg dm-3.
Segundo Rheinheimer (2005) este teor está abaixo dos níveis desejados para culturas exigentes
nutricionalmente. Este baixo teor pode ser consequência de um solo mais arenoso e com intenso
revolvimento durante muito tempo, fazendo com que houvesse a diminuição do teor do enxofre orgânico
total que havia em estoque no solo. Sendo assim estes fatores podem ter feito com que a absorção
fosse dificultada, não chegando a quantidade suficiente para maiores rendimentos da cultura.
Ainda segundo FILHO (2006), quando a adubação com fertilizantes sulfatados é escassa, pode
haver outras fontes de S fornecendo este elemento para as plantas, sendo eles restos culturais e
resíduos em decomposição no solo, dessorção de SO4-2 provenientes dos colóides do solo, dentre eles
podendo ter destaque os que estão na camada superficial do solo e por fim, a inserção de S atmosférico
no solo através de fatores ambientais ou com a influência do homem, sendo eles, pela água da chuva
ou da irrigação.
Em estudo em adubação feita com S0 e gesso, Sousa et al. (2014) obtiveram resultado positivo
no tratamento com S0, sendo ele aplicado via sulco de plantio ou a lanço, porém, com a aplicação feita
a lanço obteve-se maior resultado quando comparado à aplicação no sulco. Os autores concordam que
devido à presença de palhada antes da semeadura da soja, o ambiente para que houvesse maior
número de microrganismos foi mais favorável, sendo assim, houve uma taxa de oxidação mais elevada
fazendo com que houvesse maior disponibilidade de S para a cultura.
Em estudo semelhante a este, Lopes et al. (2017) testou doses com variáveis de 0 a 100 kg ha-
1 de S. O efeito encontrado em doses de S0 em relação à produtividade de grãos de soja foi positivo,
porém, o as fontes que continham SO42- foram mais expressivos. A oxidação de S0 pode ter sido um
fator limitante para que as fontes com SO42- tenham obtido valores mais expressivos na produtividade
de grãos de soja.
Cavalli (2018) relata que obteve maior produtividade de grãos em área de Argissolo adubada
com Sulfato de amônio, comparado com Enxofre elementar, houve um incremento de 560 kg ha-1 de
grão de milho, apesar deste incremento não houve diferença significativa estatisticamente nas doses de
S. O mesmo relata também que o fato de não ter respostas às doses de S pode ter relação aos menores
teores de SO42- neste local.
25
Cavalli (2018) ainda observa que em Latossolo pode-se observar respostas em curto espaço de
tempo. Porém com a falta de S0 é comum que no primeiro ano de cultivo não haja efeito imediato, isto
se dá pelo fato de que o mesmo depende de oxidação para que possa ser disponibilizado, sendo assim
as condições do solo também deve ser favorável para que haja esta oxidação, determinando assim em
ganhos de produtividade.
Szulc et al. (2012) relatou que a observação de efeitos da aplicação de S0 puderam ser
expressados apenas após quatro anos, aumentando assim a produtividade de grãos de milho.
Sendo assim, perante este estudo e levando em consideração a baixa disponibilidade de palhada
no solo da área experimental em Cláudia, a produtividade da soja pode não ter expressado resultado
positivo devido à falta de ambiente adequado para a presença de microrganismos suficientes para que
houvesse a oxidação do S0.
Segundo Malavolta et al. (2006), menos de 10% do S total do solo está na forma inorgânica,
logo, temos que, a maior parte do S total do solo está na forma orgânica, e que a sua reposição é
principalmente feita através das chuvas, chegando até a 200 kg ha-1 ano. Isto se dá por que esta fonte
de S está presente na atmosfera através da queima de fontes minerais.
Broch (2011) coloca que apesar de que a resposta à adubação com S não seja alcançada em
diversas áreas de cultivo no Brasil, deve-se atentar ao histórico do solo e ao que tem acontecido com o
mesmo no decorrer dos anos. Isto se deve pelo falo do S ter um rápido deslocamento no perfil do solo.
Deve-se sempre levar em consideração a disponibilidade do S no solo para que não se torne limitante
nos próximos cultivos na mesma área.
26
8. CONCLUSÃO
As diferentes doses e fontes de enxofre não afetaram as características agronômicas da plantas,
bem como também não houve diferenças estatisticamente significativas em relação à produtividade de
grãos de soja.
27
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Nutrição mineral de plantas. Viçosa. p. 300-326, 2006.
30
10. ANEXOS
Resultados de Análise de Solo Solicitante: ANDERSON LANGE Convênio: NORMAL
Proprietário: ANDERSON LANGE Data Entrada: 01/10/2015
Propriedade: FAZENDA NÃO INFORMADA Data Saída: 07/10/2015
Município: Sorriso - MT Laudo Nº: 1508/2015
Cod. Descrição Amostra
pH Pmeh-1
P rem. P res. Na+
K+
S-SO4 K+
Ca2+
Mg2+
Al3+
H+Al M.O.
Lab.
H2
O
CaCl2
mg dm-3
cmolc dm-3
dag kg-1
27666 Amt - 01 A1 0-20 ns ns ns ns ns ns ns 4 ns ns ns ns ns ns
27667 Amt - 02 A1 20-40 ns ns ns ns ns ns ns 8 ns ns ns ns ns ns
27668 Amt - 03 A1 40-60 ns ns ns ns ns ns ns 10 ns ns ns ns ns ns
27669 Amt - 01 A2 0-20 ns ns ns ns ns ns ns 3 ns ns ns ns ns ns
27670 Amt - 02 A2 20-40 ns ns ns ns ns ns ns 4 ns ns ns ns ns ns
27671 Amt - 03 A2 40-60 ns ns ns ns ns ns ns 11 ns ns ns ns ns ns
27672 Amt - 01 A3 0-20 ns ns ns ns ns ns ns 3 ns ns ns ns ns ns
27673 Amt - 02 A3 20-40 ns ns ns ns ns ns ns 5 ns ns ns ns ns ns
Cod. Descrição Amostra
B Cu Fe Mn Zn SB CTC V m Ca/Mg Ca/K Mg/K Ca/CTC Mg/CT K/CTC
Lab.
mg dm-3
cmolc dm-3
%
Relações
%
27666 Amt - 01 A1 0-20 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
27667 Amt - 02 A1 20-40 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
27668 Amt - 03 A1 40-60 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
27669 Amt - 01 A2 0-20 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
27670 Amt - 02 A2 20-40 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
27671 Amt - 03 A2 40-60 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
27672 Amt - 01 A3 0-20 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
27673 Amt - 02 A3 20-40 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
Análise
Granulométrica
Cod.
Argila
Silte Areia
Cassificação
Descrição Amostra Total
Lab.
Textura:
g kg
-1
27666 Amt - 01 A1 0-20 ns ns ns ns
27667 Amt - 02 A1 20-40 ns ns ns ns
27668 Amt - 03 A1 40-60 ns ns ns ns
27669 Amt - 01 A2 0-20 ns ns ns ns
27670 Amt - 02 A2 20-40 ns ns ns ns
27671 Amt - 03 A2 40-60 ns ns ns ns
27672 Amt - 01 A3 0-20 ns ns ns ns
31
27673 Amt - 02 A3 20-40 ns ns ns ns
Procure um Eng. Agrônomo para
recomendações de correção e
fertilização do solo.
A presente resultado tem seu valor restrito a amostra entregue no laboratório. Este laudo não tem fins jurídicos. Após noventa dias todas as amostras serão descartadas.
RENATO C. ALVES FILHO
Responsável Técnico CRQ 09202000
32
Resultados de Análise de Solo Solicitante: ANDERSON LANGE Convênio: NORMAL
Proprietário: ANDERSON LANGE Data Entrada: 01/10/2015
Propriedade: FAZENDA NÃO INFORMADA Data Saída: 07/10/2015
Município: Sorriso - MT Laudo Nº: 1508/2015
Cod. Descrição Amostra
pH Pmeh-1
P rem. P res. Na+
K+
S-SO4 K+
Ca2+
Mg2+
Al3+
H+Al M.O.
Lab. H2O CaCl2
mg dm-3
cmolc dm-3
dag kg-1
27674 Amt - 03 A3 40-60 nsns ns ns ns ns ns 8 ns nsns ns ns ns
Cod. Descrição Amostra
B Cu Fe Mn Zn SB CTC V m Ca/Mg Ca/K Mg/K Ca/CTC Mg/CT K/CTC
Lab.
mg dm-3
cmolc dm-3
%
Relações
%
27674 Amt - 03 A3 40-60 ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
Análise Granulométrica
Cod.
Argila Silte
Areia
Cassificação Descrição Amostra Total Lab.
Textura: g kg
-1
27674 Amt - 03 A3 40-60 ns ns ns ns
33
A presente resultado tem seu valor restrito a amostra entregue no laboratório. Este laudo não tem fins jurídicos. Após noventa dias todas as amostras serão descartadas.
Procure um Eng. Agrônomo para recomendações de correção e fertilização do solo.
RENATO C. ALVES FILHO Responsável Técnico
CRQ 09202000
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