FERRAMENTAS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS QUE … · Logística Compras Marketing Fornecedor...
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FERRAMENTAS DA GESTÃO DA
CADEIA DE SUPRIMENTOS QUE
PODEM INFLUÊNCIAR A
POSTERGAÇÃO EM UMA INDUSTRIA
DO SETOR GRÁFICO
Paulo Cesar Chagas Rodrigues (FEG/UNESP)
FERNANDO AUGUSTO SILVA MARINS (FEG/UNESP)
Fernando Bernardi de Souza (FEB/UNESP)
A gestão da cadeia de suprimentos, a postergação e a gestão da
demanda são operações de importância estratégica para o sucesso
econômico das organizações, pois influenciam diretamente o processo
produtivo. O objetivo deste artigo é analisarr a influência da
postergação em uma empresa com sistema produtivo make-to-stock e
com demanda sazonal. O método de pesquisa utilizado foi o de estudo
de caso, os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas
semiestruturada, análise documental e visitas in loco. A pesquisa está
fundamentada nos seguintes assuntos: Gestão da demanda a qual pode
ser entendida como uma prática que permite gerenciar e coordenar a
cadeia de suprimentos no sentido inverso, na qual, os consumidores
desencadeiam ações para o fornecimento de produtos. A gestão da
cadeia de suprimentos é de poder permitir a agregação de valor,
superando as expectativas dos consumidores finais, desenvolvendo um
relacionamento com fornecedores e clientes do tipo ganha-ganha. A
estratégia de postergação deve se adequar às características dos
mercados que exigem variedade de produtos e serviços personalizados,
de menor custo e maior qualidade, objetivando apoiar as tomadas de
decisões. O sistema produtivo make-to-stock se mostra bastante
interessante para organizações que estão atuando em mercados com
alta variabilidade de demanda.
Palavras-chaves: Postergação, Gestão da Cadeia de Suprimentos,
Gestão da Demanda, make-to-stock
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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1.1
1 Introdução
Atualmente as organizações devem se preocupar não só com a sua produção, com a
demanda de seus produtos pelo mercado consumidor e com a sua cadeia de fornecedores, pois
este tripé pode não criar diferencial em relação aos seus concorrentes. Diferencial este que o
consumidor esta sempre exigindo e procurando, são eles: preço, qualidade e disponibilidade.
Como reduzir custo de produção sem afetar a qualidade e a disponibilidade do produto
no mercado? A partir da estratégia de postergação dos estoques. Esta estratégia aliada à gestão
pode permitir uma redução no custo do produto, pois esta se falando em reduzir o risco de
perda do produto acabado, pois ele possui um alto valor agregado, aumento da flexibilidade
em se adaptar as necessidades do mercado.
Esta sendo realizado um estudo de caso em uma indústria do setor gráfico, quanto a
sua produção e de como postergar os seus estoques de produto acabado, em processo e de
matéria-prima, minimizar os seus custos e o volume dos estoques.
O objetivo deste artigo é analisar as ferramentas de gestão da cadeia de suprimentos
adotadas pela organização e se estão sendo utilizadas de forma adequada, ou seja, como
propor melhorias com o intuito de minimizar os custos.
2 Referencial teórico
Segundo Edalatkhah (2006), na nova economia, cadeias de suprimentos são
necessárias para atender a mercados variados em todo o mundo, configurar entregas de
produtos personalizados, planejamento de mudanças, nunca em conjunto com velocidade e
precisão considerado possível antes. Os gestores precisam trabalhar com vários parceiros para
monitorar as atividades que estão sendo executadas em conjunto, com o intuito de resolver
problemas e atrasos que podem ocorrer.
Segundo o "The Global Supply Chain Forum", a gestão da cadeia de suprimentos
consiste na integração de processos-chave desde os consumidores até o produtor de matérias-
primas. A GCS envolve diversas áreas, tais como previsão de demanda, compras, produção,
distribuição, estoques e transportes, interagindo nas perspectivas estratégicas, táticas e
operacionais (MCADAM; MCCORMACK, 2001).
Segundo Tan (2002), a GCS envolve a integração dos processos de negócios por meio
da cadeia de suprimentos, abrangendo a coordenação de atividades e processos não apenas
dentro de uma organização isolada, mas entre todas as que compõem a cadeia de suprimentos.
Segundo Nascimento Neto, Oliveira e Ghinato (2002), o CPFR, é uma ferramenta que
visa facilitar o planejamento colaborativo entre as empresas participantes, por meio da
redução nos níveis de estoques, combinado com uma melhoria nos níveis de serviços, com o
intuito de abordar questões como: influência das promoções nas previsões de venda e na
gestão de estoques; influência de modificações no padrão de demanda; manutenção de
estoques para garantir a disponibilidade de produtos na prateleira; possibilitar maior
coordenação entre as empresas da cadeia; permitir maior sincronização entre os diversos
processos dos setores de manufatura e processos de previsão.
O CPFR pode ser definido como um conjunto de normas e procedimentos amparo pelo
Voluntary Interindustry Commerce Standards (VICS), comitê fundado em 1986 com o
objetivo de aumentar a eficiência das cadeias de suprimentos, mais especificamente o setor
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varejista, padrões estes que objetivam facilitar os fluxos físicos e de informações
(NASCIMENTO NETO; OLIVEIRA; GHINATO, 2002).
Para Rodrigues e Oliveira (2009) a gestão da demanda é uma prática que permite
gerenciar e coordenar a cadeia de suprimentos no sentido inverso, ou seja, do consumidor
para o fornecedor, no qual, os consumidores desencadeiam ações para o fornecimento de
produtos tornando o sistema produtivo.
Segundo Widiarta e Berghen (2004), há várias suposições que devem ser
consideradas na modelagem da gestão da demanda:
a) Não há nenhuma possibilidade de reabastecimento coordenado. É assumido que todos os fornecedores são ordenados independentemente;
b) É assumido que a demanda é estocástica e independente com uma probabilidade conhecida de distribuição;
c) Os parâmetros são estacionários. Os parâmetros em nossos sistemas são atualizados ocasionalmente e a tendência geral em demanda para o produto é mais constante;
d) Há artigos múltiplos com capacidade de armazenamento limitada. Limitação de armazenamento é representada pelo número de paleta disponível e prateleiras para as
que podem ser usadas em um artigo particular;
e) A demanda é sazonal em alguns casos. A demanda de algum produto terminou o mês com uma porcentagem grande de valores zerados (frequentemente 30 por cento ou
mais), com valores superiores à zero, misturados ao acaso;
f) O tempo de reabastecimento seja sempre constante durante um período pré-determinado. Por conseguinte, se duas ou mais ordens de reabastecimento forem
simultaneamente excelentes, eles devem ser processados na mesma ordem na qual eles
são colocados. Em outra palavra, não é permitido cruzar;
g) Não há nenhum desconto de quantidade com cumprimentos para o número de quantidade ordenado pela companhia; e
h) Há só um ponto provendo. Os produtos são providos ao mesmo local e compartilham uma facilidade de inventário comum.
Para Lambert, Cooper e Pagh (1998), a gestão da demanda é um dos oito processos e
exige interfaces com os outros sete conforme apresentado na Ilustração 1. Será descrito os
processos estratégicos e operacionais que compõem a gestão da demanda, incluindo os
subprocessos e suas atividades. Além disso, pode-se identificar as interfaces com as funções
corporativas, os outros processos de gerenciamento de cadeia de suprimentos e outras
empresas.
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Fluxo de Informação
Gestão de Relacionamento com o Cliente
Gestão do Relacionamento com o Fornecedor
Gestão de Serviço ao Cliente
Gestão da Demanda
Atendimento ao Pedido do Cliente
Gestão do Fluxo de Produção
Desenvolvimento de Produto e Comercialização
Gestão de Retornos
Fluxo de ProdutoProdução
P & D
Finanças
Logística
Compras Marketing
Fornecedor
Nível 2
Fornecedor
Nível 1
Fabricante
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Ilustração 1: Gestão da Cadeia de Suprimentos: integração e gerenciamento dos processos de
negócio em toda a cadeia de abastecimento Fonte: Adaptado de Lambert, Cooper e Pagh (1998)
Esta atividade gerencia a integração entre o fornecedor, a empresa e o consumidor,
sendo responsável pelo planejamento apropriado de todas as demandas geradas, externas ou
internas, com o intuito de que se tenha um equilíbrio entre o que o fornecedor pode entregar, a
produção pode fazer e o que o mercado necessita (FAVARETTO, 2001; PANZUTO;
RODRIGUES, 2010).
Segundo Croxton et al. (2001), o processo de gestão da demanda tem elementos
estratégicos e operacionais, como apresentado na Ilustração 2. No processo estratégico, a
equipe estabelece a estrutura para a gestão do processo. O processo operacional é a
atualização da gestão da demanda. A implementação do processo estratégico é um primeiro
passo necessário para a integração da empresa com outros membros da cadeia de suprimentos,
é no nível operacional que as atividades do dia-a-dia são executadas. A Ilustração 2 mostra
também as interfaces entre cada subprocesso e os outros sete processos. Estas interfaces
podem assumir a forma de uma transferência de dados que outros processos requerem, ou
pode envolver o compartilhamento de informações ou idéias com outra equipe do processo.
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Coleta de Dados /
Informação
Previsão
Sincronização
Redução da
variabilidade e
aumento da
flexibilidade
Medição de
Desempenho
Desenvolvimento do
Quadro de Métricas
Desenvolvimento do
Sistema de Gestão
de Contingência
Determinação dos
procedimentos de
sincronização
Plano do Fluxo de
Informação
Determinação dos
Procedimentos de
Previsão
Determinação das
Metas e Estratégias
de Gestão da
Demanda
Gestão de Relacionamento
com o Cliente
Gestão de Relacionamento
com o Fornecedor
Gestão de Serviço ao Cliente
Atendimento do Pedido
Gestão do Fluxo de Produção
Desenvolvimento e
comercialização do Produto
Gestão de Retornos
Subprocessos OperacionaisInterfaces de ProcessosSubprocessos Estratégicos
Ilustração 2: Gestão da demanda Fonte: Adaptado de Croxton et al. (2001)
Segundo Pacheco e Cândido (2001), no MTS o produto tem sua fabricação iniciada
com base em uma previsão de demanda. A chegada do pedido provoca o seu atendimento
praticamente imediato. É adequado para produtos com demanda previsível, podendo ter custo
de estoque alto.
Darú e Lacerda (2005) e Perazza e Rodrigues (2010) descrevem que fabricar para
estoque é uma prática comum, sempre que se pode prever a demanda, podendo aproveitar
momentos de entressafra para serem produzidos, utilizando melhor os recursos e os
carregando de maneira mais equilibrada. Mas, esta política possui algumas desvantagens, que
seriam o alto custo de armazenagem e a dificuldade de prever o que será vendido.
Segundo Van Hoek e Dierdonck (2000), Verol (2006) e Zang e Tan (2010), o conceito
de postergação é que o risco e os custos da incerteza estão pela diferenciação (de forma, lugar
ou tempo) dos produtos que ocorre durante as atividades de manufatura, armazenagem e
entrega, sendo baseada nas características do produto/processo na cadeia de suprimentos: (a)
projeto do produto: o conteúdo específico da operação postergada (atrasada), (b) processo: o
momento em que as atividades são atrasadas no processo, e (c) lugar: a localização onde a
postergação acontece.
Ng e Chung (2008) comentam que a colocação estratégica do ponto de
desacoplamento da cadeia de suprimentos, a estratégia de postergação pode ser utilizada. O
objetivo da postergação é de aumentar a eficiência da cadeia de suprimentos, movendo a
diferenciação do produto (no ponto de dissociação) mais próxima do usuário final. Porque o
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risco e a incerteza são os custos ligados à diferenciação de bens e a diferenciação poderia
ocorrer no próprio produto e / ou na dispersão geográfica dos inventários.
Yang e Burns (2003) descrevem que a Ilustração 3 apresenta diferentes estratégias de
fornecimento na cadeia as quais estão intimamente relacionadas ao conceito de postergação.
Para uma análise mais detalhada sobre este assunto. A linha pontilhada na Ilustração 3 reflete
como a postergação está associada com o ponto de desacoplamento do cliente, na qual o
cliente final influência a cadeia de suprimentos e que distingue a previsão das atividades
orientadas.
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Ilustração 3: Postergação e diferentes estratégias de cadeias suprimentos Fonte: Adaptado de Yang e Burns, 2003
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A postergação de forma consiste em fabricar um produto base ou padrão em
quantidades suficientes para realizar economia de escala, enquanto as características de
finalização, tais como cor, embalagem, etc. sejam adiadas até que os pedidos dos
consumidores sejam recebidos e são classificados em quatro níveis: etiquetagem ou
rotulagem, embalagem, montagem e manufatura (FERREIRA; BATALHA, 2007).
Mendes et al. (2008) baseado em Zinn (1990) descrevem e classificam em 4 as
subdivisões existentes na postergação de forma as quais discorrem uma breve definição.
a) Postergação de etiquetagem: Os produtos são armazenados sem qualquer tipo de classificação. Os rótulos e etiquetas serão afixados quando um pedido é feito, sendo
que o cliente especifica a marca que identificará o produto final;
b) Postergação de fabricação: As últimas etapas de fabricação somente são concluídas após a confirmação do pedido do cliente. Produtos semiacabados ou mesmo em forma
de insumos ficam estocados para que ocorra a diferenciação da mercadoria em um
tempo ou local mais próximo da demanda;
c) Postergação de produto: Os produtos podem ser desenhados seguindo-se uma lógica de módulos, ou ainda componentes padronizados para facilitar a diferenciação
posterior; e
d) Postergação de processo: A produção e a distribuição podem ser desenhadas de maneira que possibilitem a diferenciação do produto a jusante e montante da cadeia de
suprimento.
Yang, Burns e Backhouse (2003), Engelseth (2007) discorrem que a postergação de
lugar envolve o atraso de transporte de mercadorias a jusante na cadeia até que os pedidos são
recebidos, mantendo assim as mercadorias centralmente e não tê-los em um lugar específico.
Segundo Wallin, Rungtusanatham e Rabinovich (2006), Bailey e Rabinovich (2006) e
Drohomeretski, Cardoso e Costa (2008), a estratégia da postergação de tempo parte do
pressuposto que o produto será solicitado ao fornecedor somente quando surgir um pedido do
cliente, o que irá possibilitar a redução do nível de estoque e a obsolescência do produto.
3 Estudo de caso
A empresa estudada emprega cerca de mil profissionais na cidade de Bauru-SP,
distribuídos entre a unidade fabril, que possui uma área construída de 40 mil m², onde estão
instaladas as duas unidades produtivas, denominadas unidade I e II, e o centro de distribuição
que possui aproximadamente 11 mil m², para onde é transportada toda a produção.
Na unidade I são produzidas basicamente agendas, produtos para escritório e casa e,
secundariamente, cadernos; isto ocorre pelo fato de ter instalado na unidade um equipamento
que automatiza a produção de cadernos. Na unidade II são produzidos basicamente cadernos.
Desde 2004, a empresa foi adquirida por um grupo norte-americano, que é produtor de
embalagens, materiais de escritório, papelaria e produtos químicos especiais. As categorias de
produtos de papelaria com que o grupo norte-americano atua são: produtos de escritório,
envelope, promoção, escolares e casa.
A empresa no Brasil adota um sistema de produção com características do modelo
clássico, podendo ser facilmente identificado por aspectos do tipo: utilização de layout linear,
produção em grandes lotes, baixo índice de flexibilidade produtiva quanto à variação de
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mercado, uma diversidade de produtos acabados relativamente alta e operadores
especializados.
Possui uma estrutura organizacional formalmente estabelecida, na qual a delegação é
passada para o segundo escalão da empresa, os quais possuem a função de diretor industrial,
gerente industrial unidade I e II, gerente de qualidade etc.
As entrevistas semi-estruturadas, realizadas com o diretor industrial, gerentes das
unidades industriais e com o gerente de PCP, permitiu observar os relatórios de ordem de
produção, estoques e o lead time de produção. As visitas in-loco foram realizadas com a
supervisão de alguns funcionários.
Atualmente a empresa trabalha com cinco categorias de produtos, sendo que cada uma
delas possui particularidades quanto à gestão de estoques e estão assim classificadas:
a) agendas: são produtos que possuem um prazo de validade, ou seja, são datados, possui sazonalidade e, como seu pico produtivo é de abril a dezembro, a produção
vai crescendo gradativamente;
b) escolar: por serem vendidos para volta às aulas, possuem uma sazonalidade e seu pico produtivo é de julho até dezembro;
c) escritório: para o público de pequenas empresas, profissionais liberais ou escritórios. Não possuem uma sazonalidade, sendo produzidos quase o ano todo;
d) casa: produtos que têm uma característica bem diferenciada, para uso doméstico. Não possuem uma sazonalidade, sendo produzidos quase o ano todo. É um nicho
de mercado muito explorado nos Estados Unidos e que vem sendo desenvolvido
no Brasil, onde a empresa está desenvolvendo alguns produtos e fazendo
benchmark para detectar o seu nível de aceitação no mercado brasileiro; e
e) Cartões e envelopes de festas: esta nova linha de produtos foi incorporada ao processo produtivo, por meio da aquisição de outra empresa situada na capital
paulista. Esta linha de produto segundo a diretoria veio para completar o mix de
produtos e alinhamento com as estratégias adotadas pelo grupo americano. Este
produto possui uma sazonalidade com gaps entre os períodos comemorativos
relativamente pequenos.
Como forma de exemplificar a fabricação dos cadernos universitários, será mostrada
uma sequência de fotos, tendo início com o processamento das bobinas de papel que chegam
à fábrica, as quais pesam aproximadamente uma tonelada.
Essas bobinas são colocadas em máquinas pautadeiras, para que seja iniciado o
processo de fabricação dos cadernos. O processo é todo automático. O primeiro passo é a
pautação das folhas, aquelas linhas azuis que geralmente norteiam uma escrita linear; depois
de pautado, o papel é cortado em folhas, que vão formar o miolo do caderno; as folhas são
intercaladas e rodam por uma esteira, onde irão receber as divisórias e separadores de
matérias dentro do caderno. Na sequência, os miolos são cortados e perfurados e ficam
aguardando para receber a capa, a cartela de adesivos, a bolsa plástica e a contracapa. Neste
momento ocorre o processo de espiralização do caderno, que vai para a embalagem e depois é
encaixotado para seguir seu destino, conforme a Ilustração 4.
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a) Impressão e corte
b) Intercalação das folhas
pautadas
c) Corte e perfuração das folhas
pautadas
d) Abastecimento de capa, contracapa, divisórias e
cartela de adesivos
e) Montagem do caderno
f) Empacotamento dos cadernos
g) Finalização do
empacotamento
h) Embalagem em caixas de
papelão
Ilustração 4: Roteiro de fabricação de cadernos universitários
Fonte: Tilibra (2007)
A empresa tem capacidade de fabricar, por mês, aproximadamente 400 mil cadernos.
Para atender a temporada de volta às aulas do início do ano letivo no Brasil, que vai de janeiro
a março, a fabricação inicia-se em setembro. Ao término do período de voltas às aulas, toda a
produção é focada em atender a demanda dos países do Hemisfério Norte.
Os modelos de produtos que comporão as linhas de produtos para o ano de 2011 serão
de aproximadamente 1.500, divididos conforme a Tabela 1, a qual apresenta também sua
representatividade quanto aos números de itens. Na Ilustração 5 é apresentada, de forma
gráfica, a distribuição dos modelos de produtos e sua representatividade. Os modelos que
compõem as linhas de produtos não são gerenciados de uma única maneira, primeiro porque a
empresa desenvolveu uma abordagem de planejamento por linha de produtos e, segundo,
respeitando a sazonalidade e a criticidade de cada categoria de produto.
Na categoria escolar, dos 700 modelos que são produzidos, são exportados
aproximadamente 300, para atender tanto os clientes externos, quanto as empresas da holding,
ou seja, denominadas de vendas intercompany.
Tabela 1: Relação de representatividade dos modelos de produtos e a exportação
Linha de produtos
Quantidade de
modelos
Representatividade
% Exportação
Representatividade
%
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Escolar 700 46,67 300 50,00
Escritório 275 18,33 125 20,83
Agendas 200 13,33 75 12,50
Casa 150 10,00 100 16,67
Cartões/Envelopes 175 11,67 0 0,00
Total 1500 100,00 600 100,00
Ilustração 5: Representatividade em % da quantidade de modelos e o que é exportado
A delimitação do estudo na empresa será na linha de produtos escolar. Por ser uma
linha na qual há sazonalidade e o sistema produtivo adotado é o Make-To-Stock, estará sendo
analisado o processo de fabricação do modelo de produto caderno espiralado.
A estratégia de produção empregada é a de fazer para estoque (Make-to-Stock), visto
que o produto caderno espiralado sofre com a sazonalidade do período de volta às aulas do
início do ano letivo e a capacidade produtiva não poder atender de imediato todos os pedidos
que serão gerados neste período.
Baseando-se na sazonalidade, na capacidade produtiva e no sistema de informação, a
diretoria, juntamente com o apoio dos gerentes das áreas de marketing, comercial, produção,
finanças e suprimentos formulam as previsões de demanda.
São adotadas duas maneiras de planejar a produção: a primeira é por meio do
planejamento de materiais em processo, estoques, roteiros de produção, tempos de produção.
A segunda é por meio da relativa dedicação das linhas à determinada categoria de produto.
A área de produção possui uma equipe de Tempos e Métodos Produtivos (TMP) que
participa do desenvolvimento dos produtos. O objetivo desta equipe é de avaliar tecnicamente
o produto e, junto com o pessoal de marketing, desenvolvê-lo, elaborando um estudo de
viabilidade, ou seja, se é possível produzir este produto dentro do roteiro, qual será o seu
custo, quais serão as perdas e que materiais serão utilizados.
A equipe de TMP tem elaborado novos procedimentos com o intuito de reduzir as
perdas, evitando com isso que um produto saia da área de marketing com um nível de perda
muito alto, que podem ser de tempo, setup, roteiro e matérias-primas.
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Todas as possíveis composições de produto são documentadas com a finalidade de
poder avaliar os custos, para formular um padrão de medição. Esta documentação é composta
pelo design do produto, lista de materiais, eficiência de máquina, tempo de setup e tempo para
produção de um determinado lote mínimo de produto.
É utilizado o método de classificação “ABC” com o objetivo de definir ciclos de
produção, associado ao volume de estoque, fundamentando-se na classificação do tamanho do
estoque de matéria-prima, estoque intermediário, impacto em custo e como se deve produzir e
aperfeiçoar os processos.
Este método de classificação mostrou-se adequado para as categorias de produtos que
não possuem sazonalidade, quando todos os itens classificados como “A” possuem ciclos de
reposição mensal e que podem impactar na produção; os itens classificados como “B”
possuem ciclos de reposição bimestral e podem impactar moderadamente na produção; e os
itens classificados como “C” possuem ciclos de reposição trimestral e baixo impacto sobre a
produção.
Já em relação aos produtos que são afetados pela sazonalidade e por estarem
intimamente ligados ao período de volta as aulas do início do período letivo, o método de
classificação ABC teve que ser reformulado, para trabalhar com uma classificação por volume
de produção, ou seja, os produtos classificados como “A” possuem volume de 100.000 un., os
quais serão produzidos em lotes mínimos de 25.000 un.; os produtos classificados como “B”
possuem um volume de 50.000 un., os quais poderão ser produzidos em lotes mínimos de
25.000 un.; os produtos classificados como “C” possuem um volume médio de 5.000 un., os
quais são produzidos em um único lote.
O produto caderno espiralado, por ter um giro de matéria-prima alto, costuma ter
relativamente poucas semanas de matéria-prima em estoque e em processo, utilizando o
conceito PEPS para a matéria-prima papel, papelão ondulado, verniz e tinta e UEPS para as
outras matérias-primas (arame, plástico, acessórios), tanto na gestão de estoques quanto na
contábil. Por ser um volume de material muito grande e por não haver uma área proporcional
para armazenagem, à cobertura de estoque varia entre três e seis semanas.
Já em relação ao produto acabado, se trabalha com a produção para estoque, os quais
são armazenados no centro de distribuição, devendo ser adotado conceito PEPS, os produtos
acabados são acondicionados em caixas, palets para depois serem postos nas estantes, que
deverão estar etiquetados como forma de identificação.
A equipe de PCP tem como função principal analisar a quantidade de matéria-prima
existente em estoque, qual a capacidade produtiva, o que deve ser produzido e em qual tempo,
disparando as compras de matéria-prima. Há uma equipe dedicada à previsão de vendas, que
observa o mercado e faz previsão de vendas para o próximo mês e, a partir desta informação,
determina quanto deverá ser produzido.
A partir do plano geral de venda, o PCP faz o plano de produção, análise de
capacidade, análise de recursos críticos, análise de materiais críticos e análise do melhor
roteiro, montando um planejamento com prazos menores, ou seja, um planejamento mensal,
como forma de se mensurar o volume produzido que irá balizar o volume de matéria-prima
adquirida, o tempo de máquina parada por falta de produto, setup, manutenção. Esta
verificação é feita semanalmente.
O planejamento mensal é desmembrado em quatro semanas, para que seja passado
para a fábrica o planejamento semanal, quando já foi estudado o material a ser utilizado,
definidos os roteiros de fabricação e as possíveis folgas.
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No planejamento mensal também está previsto os tempos de setup, por equipamento e
do conjunto, como forma de se ter um melhor aproveitamento dos tempos de parada.
Pode-se observar que a postergação dos estoques e de produção ocorre em toda a
linha, ou seja, na postergação de forma o produto só começará a ser produzido quando for
alcançado o estoque médio de capas, contracapas e acessórios, pois ao iniciar a produção este
equipamento só irá operar 12 horas diárias, durante um período de 30 dias.
Ainda na postergação de forma de produto observou-se que os modelos são projetados
com uma antecedência de até 6 meses, para que se possa programar a compra, entrega e
pagamento das matérias-primas.
Já na postergação de forma de processo existe a preocupação em programar de forma
bem minuciosa a entrega de matéria-prima durante todo o período de produção, pois os
tempos de entregas poderão variar conforme o período produtivo, conforme a tabela 2 e a
Ilustração 6.
Tabela 2: Variação em dias para entrega de matéria-prima
Período de
produção
Intervalo de dias
entre entregas
Mês 1 11
Mês 2 8
Mês 3 5
Mês 4 3
Mês 5 5
Mês 6 8
Mês 7 11
Mês 8 18
Ilustração 6: Gráfico de variação em dias para entrega de matéria-prima
Observando a postergação de forma de processo voltado para o cliente ficou claro que
não existe nenhum tipo de procedimento, pois o produto caderno espiralado possui uma
demanda relativamente alta de aproximadamente 35.000.000 e que o cliente e o consumidor
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não esta disposto a esperar a chegada do produto, querendo comprar e consumir
imediatamente a compra.
4 Considerações finais
O método de decisão sobre o nível de postergação dos estoques de matérias-primas e
produtos acabados pode ser melhorado, uma vez que as decisões estão ligadas ao feeling dos
executivos sobre a atitude do mercado consumidor.
Foi observado que a ferramenta CPFR pode estar sendo utilizada de forma errônea,
uma vez que se pôde observar que não existe um método cientificamente confiável para
validar as informações passadas pelo cliente e fornecedor de nível 1.
A formulação das necessidades de produção podem ser influênciadas pelo interesse
dos fornecedores e departamentos, com previsões de postergação mau estimada, uma vez que
o controle sobre as informações não é tão detalhista.
A equipe de PCP poderia ser mais abrangente e colaborativa com os departamentos e
desta forma influênciar na definição da classificação ABC dos produtos, criando pontos de
referência e de medição da produtividade e da postergação dos estoques.
Como forma de melhorar a previsão da demanda e a gestão da cadeia de suprimentos,
poderia se adotar Vendor Management Inventory (VMI), permitindo que se crie a prática de
remessa de matérias-primas e produtos acabados na data e quantidade necessárias ao nível do
cliente e uma gestão conjunta das reservas.
Com a utilização das ferramentas CPFR, VMI e do QR como complemento a
postergação de forma e tempo, permitirá uma melhor administração dos riscos de incerteza,
além de permitir a aplicação de ferramentas estatísticas.
Como complemento ao CPFR e VMI, poderia ser adotada, a resposta rápida (QR), que
permitem a prática de incentivar os clientes/consumidores a exercer um nível de gestão eficaz
da cadeia de suprimentos e, consequentemente, melhorar a gestão de pedidos, reposição de
estoques, manuseio e transporte e o intercâmbio de informações, permitindo assim reduzir
custos e melhorar os níveis de atraso.
A aplicação de ferramentas quantitativas para a previsão da demanda permitirá obter
informações mais precisas quanto ao mercado consumidor, como a postergação deverá se
comportar durante o período de produção. Estas ferramentas ainda são utilizadas de forma
muito incipiente, necessitando deta forma um melhor aprimoramento dos funcionários
envolvidos.
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