Ferramentas para Análise de Qualidade no Ciberjornalismo (Volume 1: Modelos)

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Por Marcos Palacios (Orgs.). Ano de edição: 2011. ISBN: 978-989-654-075-3

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Marcos Palacios (Orgs.)

Ferramentas para Anlise de Qualidade no Ciberjornalismo (Volume 1: Modelos)

LabCom Books 2011

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Livros LabCom www.livroslabcom.ubi.pt Srie: Estudos em Comunicao Direco: Antnio Fidalgo Design da Capa: Madalena Sena Paginao: Filomena Matos Portugal, Covilh, UBI, LabCom, Livros LabCom, 2011 ISBN: 978-989-654-075-3

As pesquisas que embasam os textos publicados nesta coletnea foram nanciadas pela CAPES (Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior/Ministrio da Educao/ Brasil) e pela DGU (Direccin General de Universidades/Ministrio de Educacin y Ciencia/Espanha), atravs do Convnio CAPES/DGU, no perodo de 2007 a 2010.

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ndiceApresentao Ferramenta para Catalogao de Cibermeios por Javier Daz Noci Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios por Llus Codina Ferramenta para Anlise de Hipertextualidade em Cibermeios por Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk 1

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Ferramenta para Anlise de Interatividade em Cibermeios por Koldo Meso, Graciela Natansohn, Bella Palomo e Claudia Quadros 51 Ferramenta para Anlise de Multimidialidade em Cibermeios por Pere Masip, Josep Llus Mic e Tattiana Teixeira

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Ferramenta para Anlise de Design em Cibermeios por Bella Palomo, Itanel Quadros e Fernando Firmino da Silva 131 Ferramenta para Anlise de Bases de Dados em Cibermeios por Suzana Barbosa, Elias Machado e Jos Pereira Ferramenta para Anlise de Memria em Cibermeios por Marcos Palacios e Beatriz Ribas

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Ferramenta para Anlise de Blogs em Cibermeios por Koldo Meso, Graciela Natansohn, Bella Palomo e Claudia Quadros 207 Avaliao de Qualidade em Cibermeios: um percurso de pesquisa coletiva por Llus Codina, Javier Daz Noci e Marcos Palacios 237 Lista de Autores e Tradutores 291

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ApresentaoEm busca da Qualidade em CiberjornalismoMarcos Palacios Isto no um livro. uma Caixa de Ferramentas. Produzir uma Caixa de Ferramentas: foi essa a inteno dos pesquisadores do Brasil e Espanha que integraram o Convnio Capes/DGU 140/07, em sua segunda fase de funcionamento, entre 2009 e 2010, quando cou decidido que publicaramos uma coletnea com os diversos instrumentos de anlise por ns desenvolvidos e testados para a Avaliao de Qualidade em Ciberjornalismo. Estamos oferecendo para apreciao e uso (e esperamos que especialmente uso!) um conjunto de Ferramentas direcionadas para a mensurao e avaliao de vrias caractersticas especcas dos produtos jornalsticos formatados para a Internet. Depois de dois anos de trabalho conjunto (2007-2008), dedicados a discusses comparativas de Metodologias para o Estudo do Ciberjornalismo, das

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quais resultaram trs coletneas de textos j publicadas1 , resolvemos partir para anlises aplicadas e para a mensurao da Qualidade em Cibermeios, atravs de uma proposta de criao de instrumentais especcos para avaliao de produtos jornalsticos disponibilizados em suporte de redes digitais. A deciso foi motivada, em grande medida, pelos resultados da explorao bibliogrca realizada nos dois anos iniciais do projeto, que indicaram a imensa escassez de contribuies na rea mais prtica da avaliao de produtos ciberjornalsticos, seja para ns acadmicos, seja para ns de consultoria tcnica. Os pesquisadores espanhis tinham alguma experincia acumulada no assunto; os pesquisadores brasileiros tambm, mas tudo parecia ainda bastante incipiente, com as anlises concentradas em aspectos muito genricos e muitas vezes realizadas a partir de parmetros tomados de emprstimo de outros tipos de sites e de produtos digitais que no os jornalsticos. Decidimos que teramos que produzir instrumentos capazes de avaliar variveis e movimentos mais especcos, que levassem em conta os avanos e desdobramentos pelos quais vem passando a produo ciberjornalstica, especialmente aps a difuso e generalizao do uso da Banda Larga. Conhecamos, de antemo, as diculdades a que nos lanvamos. Discutir e avaliar Qualidade uma tarefa das mais resvaladias, envolta em inndveis problemas conceituais e escolhas mais ou menos arbitrrias de parmetros de anlise. Ainda que a busca por instrumentos objetivos para a mensurao sistemtica de Qualidade de produtos jornalsticos possa ser acompanhada atravs de uma extensa bibliograa que remonta, pelo menos, ao perodo ps-Segunda Guerra Mundial, no podemos sequer armar que uma denio consensual do que seja Qualidade esteja rmada entre pesquisadores da rea.1 Trs coletneas de textos foram publicadas como resultado da primeira fase do Convnio. Uma primeira foi produzida em Portugus (DAZ NOCI, Javier e PALACIOS, Marcos (Orgs.). Metodologia para o estudo dos cibermeios: Estado da arte & perspectivas. Salvador: EDUFBA, 2008); uma segunda em Ingls (PALACIOS, Marcos e DAZ NOCI, Javier (Orgs.) Online Journalism: Research Methods. A Multidisciplinary Approach in comparative perspective. Bilbao: University of the Basque Country, 2008) e uma terceira em Espanhol (PALACIOS, Marcos e DAZ NOCI, Javier (Orgs.). Ciberperiodismo: Mtodos de investigacin. Una aproximacin multidisciplinar en perspectiva comparada. Bilbao: University of the Basque Country, 2008). Todas esto disponveis para livre acesso e download em http://gjol.blogspot.com.

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A questo da mensurao da Qualidade colocou-se, desde o incio, em termos de dois grandes eixos de interrogaes: a) o que se mede quando se analisa Qualidade; b) com que rgua se mede. E se tais diculdades se apresentam de modo inequvoco para os pesquisadores que se dedicam a essa problemtica em jornais impressos e outros suportes jornalsticos j de alguma idade como o rdio e a televiso que dizer da tarefa de avaliar Qualidade em um ambiente relativamente novo: as redes digitais de alta velocidade? Estvamos em territrio novo. Mas no em territrio totalmente no mapeado. Partindo da experincia acumulada do grupo de pesquisadores envolvidos no projeto, o primeiro passo foi eleger, dentre as possveis alternativas existentes, um instrumental que pudesse fornecer parmetros bsicos para anlise das caractersticas de um site na Internet e, em seguida, buscar maneiras de aperfeio-lo e desdobr-lo para anlises mais renadas. O histrico desse processo est relatado no captulo nal desta coletnea pelos professores Javier Das Noci, Llus Codina e Marcos Palacios. Os textos aqui reunidos no discutem aspectos tericos da Avaliao de Qualidade, nem se debruam sobre as justicativas e opes metodolgicas que levaram escolha dos parmetros utilizados em cada instrumental de anlise construdo e testado ao longo destes dois anos. O material se organiza em torno das prprias Ferramentas: cada captulo oferece um Manual e uma Ficha de Anlise. A Caixa de Ferramentas est aberta. Esperamos que elas sejam testadas, modicadas, descartadas, se for o caso. Somente pelo uso podero ser aperfeioadas.

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Ferramenta para Catalogao de CibermeiosJavier Daz Noci

A ferramenta proposta deve ser aplicada antes de todas as outras, pois se trata de determinar as caractersticas morfolgicas do universo de estudo, ou seja, dos cibermeios que sero objetos de anlise. Na realidade, a ferramenta pode servir para fazer um catlogo completo dos cibermeios de um pas e de uma poca determinados, por exemplo. A verso aqui proposta est baseada em chas similares de catalogao empregadas para a imprensa, que tiveram como modelo a cha hemerogrca de Jacques Kayser (1963). Destacamos os estudos consultados que ajudaram na construo do presente instrumento: os catlogos de Almuia (1992), Lara et al. (1996), Anguera et al.(1996), Guillamet (2003), o catlogo de publicaes peridicas bascas dos sculos XIX e XX de Adolfo Ruiz de Gana (1991) e a pesquisa publicada pela Sociedade de Estudo Basco, em 1994, (Euskarazko aldizkari, almanaka eta urtekarien erroldea: 1834-1959). A partir dessas chas de catalogao de meios impressos, foi produzido, mediante a coordenao de quatro equipes de universidades espanholas (Mlaga, Navarra, Pas Vasco e Santiago de Compostela), um catlogo mais exaustivo possvel dos cibermeios espanhis entre os anos de 2002 e 2005. O emprego dessa base de dados proporcionou tambm a produo de alguns trabalhos conjuntos em colaborao1 .Traduo de Claudia Quadros Por exemplo, D AZ N OCI, Javier; G AGO, Manuel; L PEZ, Xos; M ESO, Koldo; P E REIRA , Xos; S ALAVERRA , Ramn. New trends in content and design at the Spanish cybermedia. En: Salaverra, Ramn; Sdaba, Charo (editors). Towards new media paradigms. Content, producers, organisations and audiences. II COST A20 International Conference Proceedings. Pamplona (Spain), 27-28 June 2003. Pamplona: Eunate, 2004, p. 63-70. Y, sobretudo, Salaverra, Ramn (coord.) (2005). Cibermedios. El impacto de Internet en los medios de comunicacin en Espaa. Sevilla: Comunicacin Social Ediciones y Publicaciones.1

Ferramentas para Anlise de Qualidade no Ciberjornalismo, 5-19

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Os campos considerados para confeccionar esta base de dados morfolgica de cibermeios espanhis da clssica cha de Jacques Kayser2 , criada em um momento histrico e um lugar geogrco concretos, e para cumprir um determinado objetivo, fazer o censo dos dirios franceses da dcada dos anos 60, foram os seguintes: Nome Razo social Comunidade autnoma Cidade Provncia URL Correio(s) eletrnico(s) Contato Tipo de meio (generalista/especializado) Atualizao Outros suportes (impresso, audiovisual) Contedo Idioma(s) Descrio.2 Na Venezuela tambm h estudos inspirados na cha de Kayser como proposta de catalogao de cibermeios. Ver LVAREZ, Adriana Cely (2004). Cibergrafa. Propuesta terico metodolgica para el estudio de los medios de comunicacin social cibernticos. Trabalho apresentado no I Congresso de Jornalismo Digital, Maracay 2004. Ver tambm: Analtica.com http://www.analitica.com/media/9616956.pdf.

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A partir desta mesma base de dados, e com o respaldo de um novo projeto de investigao, neste caso restrito ao impacto de internet nos meios de comunicao bascos3 , sob a superviso do professor Koldo Meso, foi realizado um censo dos cibermeios bascos de acordo com os seguintes campos (ver Daz Noci et al., 2007): Nome do meio URL Razo social Endereo Municpio Territrio histrico Correio(s) eletrnico(s) Data de incio (e do trmino, quando for o caso) Diretor do meio Webmaster Pessoa de contato Tipo de meio (generalista/especializado) Correspondncia com outros suportes (impresso, audiovisual) Meio matriz (quando houver) Regime de propiedade do medio Atualizao Contedos Elementos multimdia3

Projecto 1/UPV 00017.323-H-16005/2004.

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8 Interatividade Publicidade Idioma(s) Observaes

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Figura 1:

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Ficha de catalogao empregada no projeto Impacto de Internet nos meios de comunicao bascos. Procuramos explorar nesta cha alguns aspectos que so comuns s mltiplas variedades da cha de Kayser4 . Uma das mais recentes verses de que temos notcia, pensada para catalogar a imprensa histrica, a da Rede Alfredo Carvalho5 . Apresentamos abaixo os campos que correspondem ao modelo que estamos propondo nesta Coletnea.

1.1.2 Dados preliminaresOs dados preliminares so de uso interno, de controle e validao de dados, por parte do grupo de investigao, e no so publicados. Refere-se pessoa que completa a cha, a data que o jornal foi avaliado (para poder logo corrigir ou acrescentar informao em determinados campos se as caractersticas do cibermeio mudam) e ao entrevistado do meio estudado que passou determinadas informaes.

1.1.3 Dados gerais do meioEst relacionada identicao do meio. importante determinar, o que nem sempre fcil, qual o nome exato desse meio no sua razo social, que corresponde empresa editorial ou gestora de contedos. importante destacar as possveis mudanas na denominao dos meios, como: El Pas Digital, El Pas.es, El Pas.com.4 Uma cha ampliada est em construo atualmente, com a inteno de constatar elementos mensurveis que nos permitam logo investigar diversos aspectos, desde os mais puramente morfolgicos (nomes, URL...) aos cronolgicos (data de incio e nalizao, como na cha de Kayser), mas tambm sobre o ttulo dos meios e sua estrutura empresarial, utilizao de variedades lingsticas, e tambm que nos permita interpretar at que ponto so utilizadas caractersticas intrnsecas do novo meio (interatividade, multimidialidade etc.). Tais desdobramentos devem ter lugar em projetos atualmente em andamento: Evoluo dos cibermeios espanhis no marco da convergncia. Anlise da mensagem, (CSO2009-13713-C05-04, proyecto de I+D+i) nanciado pelo Ministrio da Cincia e Inovao, 2010-2012; e Estudo comparativo de cibermeios Espanha-Brasil, Ministrio da Educao e Cincia, PHB2006-2005, 2007-2010 5 http://comunicacao.feevale.br/redealcar/

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Tambm sero registradas as URL atuais. Se houver mais de uma, necessrio observar qual a principal: aquela que redireciona as demais. Ainda sero anotadas as mudanas e a evoluo na URL do meio ao longo da sua existncia. O campo tipo de meio pretende estabelecer uma tipologia na linha do estabelecido nos correspondentes captulos dos livros de Palacios e Daz Noci (2008), especialmente em Online Journalism: Research Methods.

1.1.4 LocalizaoA localizao se refere a dois tipos de dados: a direo da razo social da empresa editora; e as bibliotecas ou arquivos (acervos, em geral) onde possvel localizar colees completas ou parciais desse meio digital. Isso est relacionado s questes sobre a preservao digital (Cohen y Roseznberg; Deegan; Keefer y Gallart), e pretende informar aos investigadores do grupo e a outros que posteriormente queiram trabalhar com o mesmo objeto do estudo onde se encontram esses documentos digitais. De forma concreta, importante determinar se o prprio meio de comunicao dispe desses arquivos e segue uma poltica de preservao de documentos digitais.

1.1.5 PeriodicidadeTrata-se de um campo tpico das chas kayserianas, e um dos que mais preciso e adaptao necessitam no momento de catalogar um meio digital. Alm dos campos que foram considerados teis nas chas hemerogrcas de meios impressos (data de incio e nalizao; e se o meio continua a ser editado, recomendamos completar a cha com um roteiro), necessrio levar-se em conta a renovao de contedo do ciberdirio, ao longo do perodo de observao. Dessa forma, pretende-se identicar com que freqncia esses contedos so renovados. Convm, como em outros campos, deixar registradas as mudanas que o cibermeio sofre na periodicidade e na renovao de contedos. Para isso, ser conveniente entrevistar um dos responsveis do cibermeio estudado.

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1.1.6 Aspectos legais e econmicosOs aspectos legais ou econmicos se referem empresa (ou empresas, se houve mudanas), editoras ou gestora de contedos. necessrio identicar claramente que empresas so estas, e consultar (se necessrio) o registro mercantil para determinar qual a razo social exata, a data de fundao e outros dados relevantes que nos ajudem a entender qual a atribuio na gesto de contedos. Por isso, foi includo um campo dedicado ao copyright. necessrio entender a quem se atribui a explorao e gesto dos direitos de patrimnio das obras do cibermeio que estudamos. fundamental ler o aviso legal ou outros documentos da pgina web do cibermeio para completar corretamente este campo. Tambm importante compreender quais so as fontes de nanciamento da empresa, como publicidade ou outras, e se h vinculao explcita com alguma instituio, partido poltico, grupo cultural ou religioso etc. No pretendemos vericar se h uma anidade ideolgica, mas sim uma participao econmica ou outro tipo de apoio monetrio dado empresa.

1.1.7 Pessoas responsveisSo indicadas nestes campos as pessoas responsveis pela edio do meio estudado no momento de completar a cha. importante destacar os proprietrios e os diretores ao longo da historia do cibermeio. s vezes, essa informao ter relao com a histria do meio matriz, por exemplo, a do dirio impresso. Caso haja, necessrio considerar que essa cha se refere aos cibermeios, no aos meios impressos ou audiovisuais. Em algumas ocasies, ser difcil distinguir quem o proprietrio ou o diretor de um ou outro meio. No entanto, aconselhamos que o pesquisador faa um esforo para discernir com clareza os suportes, sobretudo quando se trata de duas razes sociais diferentes. Estes campos pretendem estabelecer a base tambm para futuras investigaes de tipo historiogrco, por exemplo, e poder assim fazer prosopografas ou biograas comuns de determinados grupos sociais daqueles que construram os meios digitais. No se deve esquecer que uma cha desse tipo serve para completar muitos catlogos, sejam de pesquisas presentes ou futu-

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ras. Dessa forma, quanto mais informao obtivermos e quanto mais estvel for essa informao, mais garantia ser oferecida para desenvolver investigaes longitudinais.

1.1.8 Aspectos editoraisOs campos deste item pretendem estabelecer quais so os vnculos empresariais com outros meios e, em muitas ocasies, com outras razes sociais de um mesmo grupo. Em primeiro lugar, um campo binrio pretende estabelecer se o cibermeio emprega a informao de forma sistemtica ou a verso de outro meio em outro suporte, por exemplo, de um dirio impresso ou de um meio audiovisual. Os restantes dos campos do item aspectos editoriais s ser completado caso a resposta para este primeiro campo for sim. Quando efetivamente o cibermeio tem relao com outro meio, necessrio determin-la. Por exemplo: La Vanguardia.es tem origem no dirio impresso La Vanguardia. Em outro campo, destacamos a razo social da empresa matriz uma vez que j registramos a razo social da empresa que publica o cibermeio estudado. Esses nomes podem coincidir ou no, o que deve ser determinado com preciso nesta parte do estudo. Os campos tipo de contedos, especializao e seces se referem ao cibermeio, no ao meio matriz ainda que, novamente, aqui possamos observar coincidncias. Todas essas questes, que podem ser respondidas em forma de texto livre, devero ser reservadas para a parte nal da cha (Observaes), uma vez que boa parte dos campos que estamos examinando fechada.

1.1.9 IdiomasNeste campo devemos informar o idioma mais usado em cada cibermeio. Pode ser denido mais de um idioma, mas importante determinar a porcentagem de utilizao das lnguas dentro cibermeio estudado. Para isso no se deve car restrito a um nico exemplar, mas a um tempo de observao um pouco mais longo.

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Qualquer variao observada no uso de lnguas deve ser destacada no campo livre de Observaes. Ainda assim, neste campo recomendamos especicar, de forma breve, se a lngua do cibermeio a mesma que a do meio matriz, se possvel observar signicativas diferenas.

1.1.10 Referncias BibliogrcasIndicar as referncias que ajudem a compreender a histria do cibermeio. Como na maioria dos casos, h vinculao entre o meio matriz e o digital, tambm so importantes as referncias sobre a empresa editorial, o meio impresso ou audiovisual de origem etc. Recomendamos indicar somente as referncias diretas, no os livros gerais, salvo aqueles que contenham uma meno expressa sobre os meios estudados. Neste caso, apontar as pginas nas quais podemos encontrar essas informaes para facilitar a tarefa dos pesquisadores que tero de trabalhar com os dados coletados, pois nem sempre a utilizao e os desdobramentos sero realizados pela(s) mesma(s) pessoa(s). Enm, trata-se de fazer um levantamento bibliogrco exaustivo e mais concreto possvel.

ObservaesTrata-se, como j foi dito, de um campo de texto livre, onde devem ser anotadas todas as questes complementares de diferentes campos que, na maioria das vezes, so fechados. Recomendamos que o pesquisador coloque cada nota em pargrafos separados. Alm disso, deve escrever o enunciado completo do campo da qual se colocar mais informaes.

RefernciasA LMUIA F ERNNDEZ, Celso (dir.) (1992). Catlogo de la prensa vallisoletana del siglo XX. Valladolid: Universidad de Valladolid. A NGUERA, Pere; G AVALD, Antoni; P UJADAS, Xavier (editors) (1996). La premsa a la provncia de Tarragona durant la Segona Repblica 19311936. Tarragona: Diputaci.

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D AS N OCI, Javier. Euskarazko aldizkari, almanaka eta urtekarien erroldea: 1834-1959. Sociedad de Estudo Vasco, 1994. D AZ N OCI, Javier; L ARRAAGA Z UBIZARRETA, Jos; L ARRONDO U RE TA , Ainara; M ESO AYERDI , Koldo (2007). El impacto de Internet en los medios de comunicacin vascos. Bilbao: Servicio Editorial de la Universidad del Pas Vasco. RUIZ DE GAUNA, Adolfo (1991). Catlogo de publicaciones peridicas vascas de los siglos XIX y XX. San Sebastin: Sociedad de Estudios Vascos. G UILLAMET, Jaume (2003). Els orgens de la premsa a Catalunya. Catleg de peridics antics, 1641-1833. Barcelona: Arxiu Municipal. KAYSER, Jacques. Le quotidien franais. Paris: A. Colin, 1963. L ARA F ERNNDEZ, Francisco de; F RESNEDA C OLLADO, Rafael (1996). Catlogo de publicaciones peridicas de la Regin de Murcia (17861939). Murcia: Fundacin Instituto de la Comunicacin de Murcia. PALACIOS, Marcos e D AZ N OCI, Javier (2008). Online Journalism: Research Methods. A Multidisciplinary Approach in comparative perspective. Bilbao: University of the Basque Country.

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1.2 FichaFerramenta para Catalogao de CibermeiosDados preliminares*Avaliador Data Pessoa de contato Perodo estudado (Data de preenchimento da cha) (Pessoa consultada para completar os dados do meio pesquisado) (Considerar o perodo desde a criao do cibermeio at a data que se preenche a cha).

* Estes dados so de uso interno do grupo de investigao e no sero publicados.

Dados gerais do meioNome do meio Subttulo URL Tipo de meio Indicar o ttulo exato que aparece no cabealho. Indicar possveis mudanas na denominao do meio ao longo de sua histria. (indicar o subttulo que acompanha o nome do meio no cabealho). http://... Boletim (Newsletter) Dirio Revista Rdio Televiso Suplemento (Cadernos) Outros

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16 LocalizaoEndereo: Cidade: Estado (Brasil), Comunidade Autnoma (Espanha) Provncia (Espanha)/Muncpio (Brasil) Onde se localiza acervo (biblioteca pblica, arquivo ou coleo privada, etc.)

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PeriodicidadeData de surgimento (primeiro nmero) Data de trmino (somente quando o meio no mais publicado) Perodo de publicao (indicando interrupes e mudanas de periodicidade) Periodicidade/Ritmo de atualizao Atualizao contnua Atualizao contnua a partir de nmeros dirios Atualizao diria Semanal Mensal Outros (indicar) (A numerao, normalmente, est no prprio meio. Quando indicada, vericar anos e pocas).

Total de nmeros publicados at a data de preenchimento da cha

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Ferramenta para Catalogao de Cibermeios Aspectos legais e econmicosRazo social Regime de propriedade do meio (Nome da empresa) Meio pblico (indicar tipo) Sociedade Annima Sociedade Limitada Sociedade Cooperativa Fundao sem ns lucrativos Outros (A quem atribudo o copyright. Indicar se houve mudanas nesta atribuio ao longo da histria do meio.) Sim/No Apoio privado/Apoio pblico/No consta (indicar quais) (Vinculao com instituies pblicas ou privadas, partidos polticos, igrejas, associaes culturais, esportivas, econmicas etc. Mencionar quais. Se existe alguma variao no perodo analisado, indicar quais e quando ocorreram.

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Copyright

Publicidade Outras fontes de nanciamento Vnculos institucionais explcitos

Pessoas responsveis *Propietrio(s) (Nomes de pessoas, se possvel com a identicao clara como proprietrio nico ou majoritrio do meio; a empresa proprietria gura em outro campo).

Diretores Subdiretores (editores) Redatores chefes Chefes de seco

* Indicar, caso seja possvel, principalmente no caso de proprietrios e diretores, as mudanas ao longo da histria. Indicar ao lado de cada nome o perodo (entre parnteses, os anos) em que ocuparam o cargo.

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18 Aspectos editoriaisCorrespondncia com outros suportes Caso proceda de outro meio, indicar o nome. Caso proceda de outro meio, indicar que tipo de meio. Sim/No (Nome do meio matriz) Boletim(Newsletter) Dirio Revista Rdio Televiso Suplemento (Cadernos) Outros

Javier Daz Noci

Caso proceda de outro meio, indicar a razo social ou denominao da empresa proprietria do meio matriz, e o tipo de propriedade (SA, SL, SCoop, etc.) Tipo de contedos No caso de ser um meio de informao especializada, indicar o tema de especializao Informao geral Informao especializada Economia Cultura Esportes Poltica Outros (Indicar a evoluo das seces no perodo estudado)

Seces

Idiomas*Portugus Castelhano Galego Vasco Catalo Outros (Indicar qual e a porcentagem)

*Indicar porcentagem de uso de cada lngua em cada um dos meios

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Ferramenta para Catalogao de Cibermeios Referncias bibliogrcas(Livros e artigos que contenham informao sobre os meios analisados)

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Observaes(Escrever neste campo toda a informao que considere relevante, e que no pode ser acrescentada em campos anteriores de tipo fechado).

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Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em CibermeiosLlus Codina et al

2.1. ManualEsta a verso nal da Ficha de Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios. Sua produo foi o resultado de um trabalho conjunto dos pesquisadores do Convnio CAPES/DGU, a partir de um ponto de partida em um instrumento de anlise originalmente criado pelo Professor Llus Codina (Universitat Pompeu Fabra)1 . Vrias verses foram sucessivamente produzidas e testadas, inclusive com a colaborao do Prof. Codina na reviso da verso nal (2009). O percurso que levou a esta forma nal da Ferramenta est descrito em detalhes na Concluso desta coletnea, em artigo de autoria conjunta dos Professores Javier Daz Noci, Llus Codina e Marcos Palacios. Esta Ferramenta deve ser utilizada para gerar uma viso panormica do Cibermeio. Pode ser til como um instrumento preliminar em situaes de consultoria tcnica, ou mesmo para anlises comparativas entre as caractersticas mais gerais de dois ou mais Cibermeios. Os resultados obtidos com a aplicao desta Ferramenta devem ser considerados de carter preliminar e exploratrio, sendo necessrio proceder sua complementao e aprofundamento atravs das anlises mais pontuais e especcas, possibilitadas pelas demais Ferramentas includas nesta coletnea.Traduo de Jan Alyne Barbosa Silva Hiperdocumentos: composicin, estructura y evaluacin. In: DAZ NOCI, Javier y SALAVERRA, Ramn (Coords.) Manual de redaccin ciberperiodstica, Barcelona: Ariel, 2003, pp. 141-193.1

Ferramentas para Anlise de Qualidade no Ciberjornalismo, 21-35

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2.2. FichaFerramenta de avaliao geral de qualidade em CibermeiosAvaliador:

IDENTIFICAO DO CIBERMEIOMeio: URL: Data: Hora: http://... Todos na mesma data. Recomenda-se fazer a avaliao em dois momentos diferentes do dia. No caso da Pesquisa CAPES/DGU as coletas foram realizadas entre 9 e 10 horas (sempre na hora local do meio analisado, que coincidia com a cidade de residncia do avaliador) e entre 20 e 22 horas.

Avaliao total:

TODO o site da Web avaliado.

I. Contedo e Acesso InformaoAvaliao Total da Parte I: contudo e acesso informao

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1.Acesso informao: Navegao e Recuperao1.1. Navegao global A publicao dispe de um resumo geral que fornea informaes sobre as principais opes do site? Total: A publicao dispe de um resumo geral que fornea informaes sobre as principais opes do site? 0 1

1.2. Expressividade A navegao global apresenta um nmero limitado de opes unitrias- ou conjuntos de opes bem agrupadas - de modo que seja possvel visualizar as principais opes sem a necessidade de realizar deslocamentos com o cursor? A navegao global apresenta um nmero limitado de opes unitrias- ou conjuntos de opes bem agrupadas de modo que seja possvel visualizar as principais opes sem a necessidade de realizar deslocamentos com o cursor? 0 1 Com ou sem deslocamento, o nmero total de opes do sumrio principal mantido em torno de poucas unidades - caso ideal - ou poucas dezenas, ou se aproxima, inclusive ultrapassando a centena - pior caso? 0 1

Com ou sem deslocamento, o nmero total de opes do sumrio principal mantido em torno de poucas unidades - caso ideal - ou poucas dezenas, ou se aproxima, inclusive ultrapassando a centena - pior caso?

Total:

1.3. Identicao Cada pgina ou seo da publicao contm um ttulo, um autor (se aplicvel) e uma data de atualizao (se aplicvel)? Cada pgina ou seo da publicao contm um ttulo, um autor (se aplicvel) e uma data de atualizao (se aplicvel)? 0 1

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241.4. Trajeto sequencial possvel acompanhar a estrutura de contedo de forma sequencial? O site dispe de um mapa de navegao?

Llus Codina

possvel acompanhar a estrutura de contedo de forma sequencial? 0 1 O site dispe de um mapa de navegao? 0 1

Total:

1.5. Navegao estrutural possvel acessar diretamente qualquer seo importante da publicao, sem ter que passar por sees anteriores? A estrutura das seces da publicao clara e adequadamente apoiada na navegao? possvel acessar diretamente qualquer seo importante da publicao, sem ter que passar por sees anteriores? 0 1 A estrutura das seces da publicao clara e adequadamente apoiada na navegao? 0 1 possvel acessar a web a partir de qualquer outro lugar, mediante um pequeno nmero de escolhas, ou o que d no mesmo, mediante um pequeno nmero de cliques relativamente pequeno, 5 cliques ou menos? 0 1

possvel acessar a web a partir de qualquer outro lugar, mediante um pequeno nmero de escolhas, ou o que d no mesmo, mediante um pequeno nmero de cliques relativamente pequeno, 5 cliques ou menos?

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Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios1.6. Navegao Constante Existe, pelo menos em uma parte da navegao do site que seja constante, ou seja, que permanea a mesma em todas as sees do site?

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Existe, pelo menos em uma parte da navegao do site que seja constante, ou seja, que permanea a mesma em todas as sees do site? 0 1 Proporciona orientao de contexto que responda a perguntas do tipo onde estou?, estou no incio, no meio ou no m de algo de que extenso? 0 1 Proporciona orientao para responder a perguntas do tipo estou no incio, no meio ou no m de algo de que extenso? 0 1

Proporciona orientao de contexto que responda a perguntas do tipo onde estou?, estou no incio, no meio ou no m de algo de que extenso?

Proporciona orientao para responder a perguntas do tipo estou no incio, no meio ou no m de algo de que extenso? Total:

1.7. Hierarquizao H evidncias de que o contedo dos sites foi hierarquizado de acordo com sua importncia relativa na pgina inicial? H evidncias de que o contedo da web foi hierarquizado de acordo com sua importncia relativa em cada uma das sees H evidncias de que o contedo dos sites foi hierarquizado de acordo com sua importncia relativa na pgina inicial? 0 1 H evidncias de que o contedo da web foi hierarquizado de acordo com sua importncia relativa em cada uma das sees 0 1

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261.8. Navegao local As sees da publicao contm menus ou resumos locais que nos ajudem a conhecer detalhadamente seu contedo temtico e a acessar quaisquer de suas partes com uma quantidade mnima de cliques?

Llus Codina

As sees da publicao contm menus ou resumos locais que nos ajudem a conhecer detalhadamente seu contedo temtico e a acessar quaisquer de suas partes com uma quantidade mnima de cliques? 0 1

Total:

1.9. Navegao semntica Existe navegao semntica, ou seja, existem links usados para conectar sees ou itens que mantm entre si algum tipo de associao (que no sejam baseados em relao hierrquica): semelhana, causa/efeito, deniens/ deniendum, texto/nota de esclarecimento, citao/referncia, explicao/exemplo, etc.? Existe navegao semntica, ou seja, existem links usados para conectar sees ou itens que mantm entre si algum tipo de associao (que no sejam baseados em relao hierrquica): semelhana, causa/efeito, deniens/ deniendum, texto/nota de esclarecimento, citao/referncia, explicao/exemplo, etc.? 0 1

Total:

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Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios1.10. Sistema de etiquetas As etiquetas textuais - ou os cones (se for o caso) - das opes do menu, (1) so ambguas?

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As etiquetas textuais - ou os cones (se for o caso) das opes do menu, (1) so ambguas? 0 1 So auto-excludentes ou se sobrepem entre elas? 0 1 O sistema de etiquetas consistente ou nomes diferentes so designados para as mesmas coisas com distintos nomes, ou diversas convenes so usadas para as mesmas funes? 0 1

So auto-excludentes ou se sobrepem entre elas? O sistema de etiquetas consistente ou nomes diferentes so designados para as mesmas coisas com distintos nomes, ou diversas convenes so usadas para as mesmas funes?

Total:

1.11. Recuperao da Informao Possui um sistema de acesso informao atravs de busca por palavras? Total: Possui um sistema de acesso informao atravs de busca por palavras? 0 1

1.12. Busca avanada Permite algum tipo de busca avanada mediante pesquisa por campos, operadores booleanos, etc.? Total: Permite algum tipo de busca avanada mediante pesquisa por campos, operadores booleanos, etc.? 0 1

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281.13. Linguagem documental Contm um sistema de busca baseado em alguma forma de linguagem ou de tratamento documental: sistema de classicao, ontologia, descrio, dicionrio de sinnimos ?

Llus Codina

Contm um sistema de busca baseado em alguma forma de linguagem ou de tratamento documental: sistema de classicao, ontologia, descrio, dicionrio de sinnimos ? 0 1

Total:

Avaliao total de Acesso informao: navegao e recuperao

2. Ergonomia: Comodidade e facilidade de uso2.1. Facilidade As aes aparentemente mais freqentes so as mais acessveis ou, pelo contrrio, exigem diversas aes deslocamentos, numerosos cliques, etc.? Total: As aes aparentemente mais freqentes so as mais acessveis ou, pelo contrrio, exigem diversas aes deslocamentos, numerosos cliques, etc.? 0 1

2.2. Flexibilidade possvel executar as mesmas aes de maneiras diferentes? Total: possvel executar as mesmas aes de maneiras diferentes? 0 1

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Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios2.3.Clareza H uma boa relao gura/fundo na web, ou seja, existe um contraste adequado entre texto e fundo? Entre ilustraes e texto Entre ilustraes e fundo? Total:

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H uma boa relao gura/fundo na web, ou seja, existe um contraste adequado entre texto e fundo? 0 1 Entre ilustraes e texto? 0 1 Entre ilustraes e fundo? 0 1

2.4. Legibilidade A tipograa empregada: famlia de fonte e tamanho para os textos so apropriados para uma boa legibilidade? As linhas de texto ocupam toda a largura da tela? H poucos espaos em branco - o que provoca m legibilidade e fadiga visual - ou, ao contrrio, o texto deixa margens amplas nas laterais e h espaos entre os pargrafos do texto? A tipograa empregada: famlia de fonte e tamanho para os textos so apropriados para uma boa legibilidade? 0 1 As linhas de texto ocupam toda a largura da tela? 0 1 H poucos espaos em branco - o que provoca m legibilidade e fadiga visual - ou, ao contrrio, o texto deixa margens amplas nas laterais e h espaos entre os pargrafos do texto? 0 1

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302.5. Recursos Multimdia As imagens ou os sons, se for o caso de existirem, complementam as informaes textuais e so necessrios para a exposio do assunto em discusso, ou dicultam a leitura do texto; ou, inversamente, o texto diculta a leitura de imagens e do som?

Llus Codina

As imagens ou os sons, se for o caso de existirem, complementam as informaes textuais e so necessrios para a exposio do assunto em discusso, ou dicultam a leitura do texto; ou, inversamente, o texto diculta a leitura de imagens e do som? 0 1

Total:

Avaliao total de ergonomia:

II. VISIBILIDADEAvaliao Total de Visibilidade

3. Luminosidade3.1. Links2 Possui links para recursos externos? Yahoo PageRank do Google Trafc Rank de Alexa Total: Possui links para recursos externos? 0 1 Yahoo 1 2 3 4 4 4 5 5 5

PageRank do Google 1 2 3 Trafc Rank de Alexa 1 2 3

Trata-se de um ndice relativo ou posio intermediria analisados em relao ao conjunto dos meios analisados.Sugere-se medi-lo com o Yahoo, Google Page Rank e Trafc Rank de Alexa, e indicar os resultados de todos eles.

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Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios3.2. Contexto de link Aparecem os links para fontes externas no contexto oportuno, favorecendo, assim, o aproveitamento do material? Total:

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Aparecem os links para fontes externas no contexto oportuno, favorecendo, assim, o aproveitamento do material? 0 1

3.3. Antecedncia Caso o recurso use links embutidos no contedo da publicao, eles esto devidamente identicados, de modo que antecipem ao leitor o resultado de ativar o link e, em todo caso, evidente para o leitor que, ao ativar o link, ele abandona o artigo ou seo que est lendo na publicao? Caso o recurso use links embutidos no contedo da publicao, eles esto devidamente identicados, de modo que antecipem ao leitor o resultado de ativar o link e, em todo caso, evidente para o leitor que, ao ativar o link, ele abandona o artigo ou seo que est lendo na publicao? 0 1

Total:

3.4. Oportunidade O nmero e a natureza do link so adequados s caractersticas do recurso ou, pelo contrrio, so insucientes, excessivos ou injusticados? O nmero e a natureza do link so adequados s caractersticas do recurso ou, pelo contrrio, so insucientes, excessivos ou injusticados? 0 1

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323.5. Qualidade dos links externos Apresenta indcios de que os links foram selecionados e avaliados de acordo com algum critrio claro de qualidade intrnseca dos recursos linkados? Total:

Llus Codina

Apresenta indcios de que os links foram selecionados e avaliados de acordo com algum critrio claro de qualidade intrnseca dos recursos linkados? 0 1

3.6. Atualizao Os links do recurso em questo so atualizados, ou, pelo contrrio, h uma abundncia relativa de links obsoletos ou quebrados? Os links do recurso em questo so atualizados, ou, pelo contrrio, h uma abundncia relativa de links obsoletos ou quebrados? 0 1

Total:

3.7. Tratamento No caso de apresentar links externos em uma seo bem diferenciada, prope uma lista simples de ttulos de sites ou, pelo contrrio, apresenta algum tipo de informao de valor acrescentado sobre eles? No caso de apresentar links externos em uma seo bem diferenciada, prope uma lista simples de ttulos de sites ou, pelo contrrio, apresenta algum tipo de informao de valor acrescentado sobre eles? 0 1

Total:

Avaliao total de luminosidade:

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Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios 4. Posicionamento4.1. Metadados O elemento head da web contm pelo menos algumas etiquetas de metadados bsicos como , , e ? Total:

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O elemento head da web contm pelo menos algumas etiquetas de metadados bsicos como , , e ? 0 1

4.2. Dublin Core O elemento head contm um sistema avanado de metadados, como Dublin Core? O elemento head contm um sistema avanado de metadados, como Dublin Core? 0 1

Total:

4.3. Popularidade um site muito linkado? Quantos inbound links (enlaces de fora para dentro) a pgina inicial do meio recebe? Total: um site muito linkado? Quantos inbound links a pgina inicial do meio recebe? 1 2 3 4 5

Avaliao total do posicionamento:

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34 III. USABILIDADEAvaliao total da parte III: Usabilidade

Llus Codina

5. Adaptao5.1. Adaptao Os usurios do site podem adapt-lo para atender s suas necessidades, linguagem, contexto ou interesses pessoais? Os usurios do site podem adapt-lo para atender s suas necessidades, linguagem, contexto ou interesses pessoais? 0 1

Total:

5.2. Redundncia possvel executar as aes mais comuns de diferentes maneiras ou possvel acessar as principais sees por diversas vias? possvel executar as aes mais comuns de diferentes maneiras ou possvel acessar as principais sees por diversas vias? 0 1

Total:

5.3. Acesso As aes mais comuns esto presentes na primeira seo do site e sem a necessidade de realizar rolagens ou, pelo contrrio, requerem vrios cliques? Total: As aes mais comuns esto presentes na primeira seo do site e sem a necessidade de realizar rolagens ou, pelo contrrio, requerem vrios cliques? 0 1

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Ferramenta para Anlise Geral de Qualidade em Cibermeios5.4. Poltica Existe uma seo dedicada a expor as regras e a poltica da instituio editora, por exemplo, quanto forma de assinatura, se for o caso, s regras de uso, ao envio de correes, etc.?

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Existe uma seo dedicada a expor as regras e a poltica da instituio editora, por exemplo, quanto forma de assinatura, se for o caso, s regras de uso, ao envio de correes, etc.? 0 1

Total:

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Ferramenta para Anlise de Hipertextualidade em CibermeiosSuzana Barbosa Luciana Mielniczuk

3.1 Manual3.1.1 Apresentao da ferramentaTrata-se de um instrumento de aferio da utilizao do hipertexto nos gneros jornalsticos da notcia e da reportagem em cibermeios de quarta gerao. Com a preponderncia de um formato dinmico na web 2.0, fundamentado em bases de dados, em contraposio ao padro esttico que marcou fases anteriores do jornalismo digital, ocorrem mudanas nas estruturas em formato hipertextual e consequentemente na apresentao das informaes jornalsticas nos ciberjornais. Alm de apresentar recursos multimiditicos, as notcias possuem associaes a outros textos j publicados pelo cibermeio (links de memria ou documentais) bem como a opinies e complementaes agregadas atravs das opes de interatividade para os leitores/usurios. So os links hipertextuais que estruturam, organizam e apresentam o grande volume de informaes que pode passar a integrar a narrativa do fato jornalstico num cibermeio. Alm disso, hipertextualidade 2.0, os links no so necessariamente criados a partir de relaes estabelecidas um a um, como em sites estticos. Agora, os sistemas de gerenciamento de contedos (SGC) ou Content Management Systems (CMS) passam a gerir tambm o processo de criao de links. Quanto aplicao da ferramenta, faz-se necessrio esclarecer algumas orientaes: a) A metodologia da ferramenta conjuga anlise da home/portada da publicao e anlise de matrias que correspondem manchete principal na home para poder identicar as relaes estabelecidas entre links propostos e os contedos a que remetem; Ferramentas para Anlise de Qualidade no Ciberjornalismo, 37-50

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Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk b) A ferramenta contempla o emprego da hipertextualidade quanto: organizao e estruturao do mix de contedos oferecido pelo cibermeio a partir do que trazem os menus; aplicao na narrativa do fato jornalstico (storytelling), considerando a sua estrutura e formato a serem vericados a partir da anlise da matria de destaque, ou seja, a manchete, na pgina principal (home ou portada); c) sugere-se, para a aplicao da ferramenta, o perodo de uma semana porque ela se prope a analisar o emprego do link. No se trata apenas da presena ou no de uma caracterstica, mas da utilizao de um recurso que pode ser varivel conforme o tipo de assunto, condies de apurao da notcia, entre outros fatores. Neste caso, no primeiro dia, aplica-se a cha na ntegra e, nas vezes subsequentes, apenas a Parte 3 (referente matria de destaque na home). Tambm possvel realizar mais de uma aplicao, no mesmo dia, em horrios variados.

3.1.2. Conceitos e termos tcnicosCibermeios quarta gerao estruturados em bases de dados, ou seja, dinmicos, dentro do contexto atual da prevalncia de recursos e ferramentas da web 2.0 em publicaes de quarta gerao do ciberjornalismo. Nesta fase, os cibermeios j desenvolvem modelos prprios, independentes de meras transposies ou metforas de meios anteriores, buscando consolidar estruturas narrativas e formas de redao ciberjornalstica mais condizentes com o que poderamos chamar hipertextualidade 2.0; Links narrativos - so aqueles que integram a narrativa do fato jornalstico, dizem respeito matria jornalstica; Links disjuntivos e links conjuntivos no primeiro tipo o contedo aparece na mesma janela do navegador, a janela permanece, muda o contedo. No segundo tipo o contedo abre em uma segunda janela (ao estilo pop up, mas no necessariamente em tamanho menor).

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3.1.3. Ferramenta e aplicao dos camposNa sequncia, a ferramenta ser apresentada, conforme o preenchimento relatado anteriormente. Quando necessrio sero realizados comentrios explicativos sobre o preenchimento dos campos.

3.2. FichaFerramenta para Anlise de Hipertextualidade em CibermeiosParte 1 Identicao do CibermeioCibermeio Grupo URL Data/Perodo de Observao Hora Avaliador

Parte 2 rea Geral Home (Anlise Formal) 1. O site apresenta mapa de navegao? [ ] sim [ ] no Em caso positivo, onde se localiza? __________________________________________________ 2. Esta questo tem o objetivo de averiguar trs aspectos: a) a localizao do menu; b) qual a sua classicao; c) quais os nomes dos links para as sees/editorias que apresenta.

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Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk

2.1 Parte superior/disposto horizontalmente: a) Existe menu: [ ] sim [ ] no b) Classicao: [ ] informao-notcia [ ] infomao-servio [ ] informao-entretenimento [ ] informao-institucional c) Escrever os nomes dos links para as sees/editorias existentes: __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 2.2 Parte lateral esquerda/disposto verticalmente: a) Existe menu: [ ] sim [ ] no b) Classicao: [ ] informao-notcia [ ] infomao-servio [ ] informao-entretenimento [ ] informao-institucional c) Escrever os links para as sees/editorias existentes: __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 2.3 Parte lateral direita/disposto verticalmente: a) Existe menu: [ ] sim [ ] no

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Ferramenta para Anlise de Hipertextualidade em Cibermeios b) Classicao: [ ] informao-notcia [ ] infomao-servio [ ] informao-entretenimento [ ] informao-institucional c) Escrever os links para as sees/editorias existentes: __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 2.4 Parte inferior/disposto horizontalmente: a) Existe menu: [ ] sim [ ] no b) Classicao: [ ] informao-notcia [ ] infomao-servio [ ] informao-entretenimento [ ] informao-institucional c) Escrever os links para as sees/editorias existentes: __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________

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3. Com base na navegao exploratria realizada, a partir dos links disponibilizados na home referentes s sees de informao-notcia, possvel indicar que os textos tm como fonte produtora: a) [ ] O prprio o cibermeio em anlise; b) [ ] O cibermeio em anlise e outros meios do mesmo grupo a que ele pertence;

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Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk c) [ ] O cibermeio em anlise e parceiros (outras empresas jornalsticas); d) [ ] Somente agncias de notcias; e) [ ] O cibermeio em anlise e agncias de notcias; f) [ ] Outro: ______________________________

Parte 3 Anlise a partir da(s) matria(s), notcias, correspondente(s) manchete/titular. Considerar aquela que estiver no topo com maior destaque na home/portada do cibermeio. 4. Identicao da matria analisada: Ttulo da matria: ________________________________________ Nmero de pargrafos/nodos da matria: ______________________ Seo/Editoria correspondente: ______________________________ Horrio de observao: ____________________________________ OBS: __________________________________________________ 5. O lugar dos links narrativos : [ ] no corpo do texto [incrustados, embedded]. Quantos? __________ [ ] fora do corpo do texto. Quantos? __________________________ Comentrio questo 5: possvel marcar as duas opes. 6. (Caso na resposta anterior s tenha sido registrada a ocorrncia de links fora do corpo do texto, ir direto para a questo de nmero 9). Quando empregados no corpo do texto, os links narrativos abrem: [ ] na mesma janela [link conjuntivo] [ ] em uma nova janela [link disjuntivo] Comentrio questo 6: Faz-se importante observar o caso dos links para votar em enquetes ou assistir a um vdeo. Esses, em geral, abrem na mesma tela/janela em que se est lendo a matria principal, mas numa janela de tamanho reduzido. Tais links so denominados links conjuntivos, pois permitem a experincia da simultaneidade.

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7. Quando empregados no corpo do texto, os links narrativos podem ser classicados como? (Se necessrio, marcar mais de uma opo): a.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para um texto complementar produzido pelo cibermeio para aquela matria; a.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para um texto complementar produzido pelo cibermeio para aquela matria; b.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para matrias relacionadas ao mesmo assunto publicadas pelo cibermeio; b.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para matrias relacionada ao mesmo assunto publicadas pelo cibermeio; c.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) de memria/documentais relacionados ao assunto; c.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) de memria/documentais relacionados ao assunto; d.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para sites de instituies/fontes ociais citadas na matria; d.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para sites de instituies/fontes ociais citadas na matria; e.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para sites pessoais de personagens citadas nas matrias; e.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para sites pessoais de personagens citadas nas matrias; f.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para documentos e/ou listas; f.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para documentos e/ou listas; g.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para material multimdia; g.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para material multimdia; h.1) [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) que remetem para matrias da mesma seo/editoria, mas no necessariamente relacionadas ao mesmo assunto tratado no texto;

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Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk h.2) [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) que remetem para matrias da mesma seo/editoria, mas no necessariamente relacionadas ao mesmo assunto tratado no texto; i) [ ] outro. Qual? ____________________________ Comentrio questo 7: Para proceder classicao de maneira mais acurada, preciso vericar cada um dos links contidos na narrativa para que haja compreenso clara do que cada um e do que cada um deles contm. 8. Existem links no meio do texto que no so jornalsticos? (Ou seja: so de servio, promocionais, publicitrios, etc). [ ] Sim [ ] No Se sim, de que tipo so: a.1) [ ] Servio (na mesma janela, link conjuntivo) a.2) [ ] Servio(em nova janela, link disjuntivo) b.1) [ ] Promocionais (na mesma janela, link conjuntivo) b.2) [ ] Promocionais (em nova janela, link disjuntivo) c.1) [ ] Publicitrios (na mesma janela, link conjuntivo) c.2) [ ] Publicitrios (em nova janela, link disjuntivo) d) [ ] outro. Qual? ____________________________ 9. Quando os links narrativos so empregados fora do corpo do texto, onde se localizam esses links? a) [ ] ao nal do texto. Quantos so: ____________________________ b) [ ] ao lado direito. Quantos so: ____________________________ c) [ ] ao lado esquerdo Quantos so: ____________________________ d) [ ] outro. Qual? ____________________________

10. Quando empregados fora do texto, os links narrativos abrem: [ ] na mesma janela [link conjuntivo]

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Comentrio questo 10: Seguir a mesma recomendao indicada na questo 6. 11. Quando empregados fora do texto, os links narrativos podem ser classicados como? (Se necessrio, marcar mais de uma opo) a.1). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para um texto complementar produzido pelo cibermeio para aquela matria; a.2). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para um texto complementar produzido pelo cibermeio para aquela matria; b.1). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para matrias relacionadas ao mesmo assunto publicadas pelo cibermeio; b.2). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para matrias relacionadas ao mesmo assunto publicadas pelo cibermeio; c.1). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) de memria/documentais relacionados ao assunto; d.1). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) de memria/documentais relacionados ao assunto; d.2). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para sites de instituies/fontes ociais citadas na matria; e.1). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para sites de instituies/fontes ociais citadas na matria; f.1). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para sites pessoais de personagens citadas nas matrias; f.2). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para sites pessoais de personagens citadas nas matrias; g.1). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para documentos e/ou listas; g.2). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para documentos e/ou listas; h.1). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) para material multimdia;

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Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk h.2). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) para material multimdia; i.1). [ ] links (na mesma janela, link conjuntivo) que remetem para matrias da mesma seo/editoria, mas no necessariamente ao mesmo assunto tratado no texto; i.2). [ ] links (em nova janela, link disjuntivo) que remetem para matrias da mesma seo/editoria, mas no necessariamente ao mesmo assunto tratado no texto; j.1). [ ] outro. Qual? ____________________________ Comentrio questo 11: Como na questo 7, recomenda-se vericar detidamente cada link para ter clareza do que e do que contm cada um deles. Uma vez feito isso, se poder marcar as opes com maior preciso.

12. Existem links fora do texto que no so jornalsticos? (Ou seja: so de servio, promocionais, publicitrios, etc) [ ] Sim [ ] No Se sim, so de que tipo: [ ] Servio [ ] Promocionais [ ] Publicitrios [ ] outro. Qual? _______________________ Comentrio questo 12: Links no jornalsticos podem ser tanto os patrocinados, como os de publicidade, os que levam a promoes feitas pelo cibermeio, etc. 13. Caso existam links empregados para designar notcias relacionadas (Leia Mais, Saiba Mais, Veja Tambm, Notcias Relacionadas. . . ) qual a localizao deste grupo de links? Qual a denominao que recebe? Denominao: a) [ ] no se aplica, no existe este grupo de links

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b.1) [ ] localiza-se ao nal do texto (na mesma janela, link conjuntivo) b.2) [ ] localiza-se ao nal do texto (em nova janela, link disjuntivo) c.1) [ ] localiza-se ao lado direito (na mesma janela, link conjuntivo) c.2) [ ] localiza-se ao lado direito (em nova janela, link disjuntivo) d.1) [ ] localiza-se ao lado esquerdo (na mesma janela, link conjuntivo) d.2) [ ] localiza-se ao lado esquerdo (em nova janela, link disjuntivo) e) [ ] Outra localizao. Qual? _______________________ 14. Caso existam links empregados para designar notcias relacionadas (Leia Mais, Saiba Mais, Veja Tambm, Notcias Relacionadas. . . ) a que tipo de contedo eles remetem? a) [ ] matrias produzidas pelo cibermeio sobre o mesmo assunto; b) [ ] matrias da mesma seo/editoria, no necessariamente relacionadas ao assunto; c) [ ] recursos complementares como multimdia; d) [ ] outros sites informativos dentro do grupo ao qual o cibermeio pertence; e) [ ] sites externos de instituies ou organizaes citadas na matria; f) [ ] outro. Qual? _______________________ Comentrio questo 14: Como ocorre nas questes 7 e 11, recomendase vericar detidamente cada link para ter clareza do que e do que contm cada um deles. 15. Quanto navegao para o contedo de notcias, se empregam as tags (marcadores/palavras-chaves) para recuperar a informao relacionada a um assunto? [ ] sim [ ] no 16. A matria apresenta links que remetem a recursos multimdia relacionados ao assunto tratado? [ ] no

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48 [ ] sim Caso sim, quais tipos?

Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk

a.1) [ ] udios (na mesma janela, link conjuntivo) a.2) [ ] udios (em nova janela, link disjuntivo) b.1) [ ] vdeos (na mesma janela, link conjuntivo) b.2) [ ] vdeos (em nova janela, link disjuntivo) c.1) [ ] grcos estticos (na mesma janela, link conjuntivo) c.2) [ ] grcos estticos (em nova janela, link disjuntivo) d.1) [ ] mapas de geolocalizao (na mesma janela, link conjuntivo) d.2) [ ] mapas de geolocalizao (em nova janela, link disjuntivo) e.1) [ ] infogrcos animados/interativos (na mesma janela, link conjuntivo) e.2) [ ] infogrcos animados/interativos (em nova janela, link disjuntivo) f) [ ] outro. Qual? _______________________ 17. Caso apresente infograa interativa/animada, como se enquadra a proposta de navegao? (Se no apresenta, deixar em branco esta questo). [ ] linear, com echas para avanar [ ] prope navegao no-linear Comentrio questo 17: Quando a navegao no-linear, cada leitor/ usurio poder escolher a sua maneira de explorar o contedo da infograa. Por outro lado, se ela possui apenas uma nica possiblidade para se acessar o contedo, ento ser linear. 18. A matria analisada apresenta links que remetem para opes de interatividade de que tipo? a.1) [ ] Chat com especialista sobre assunto abordado na matria (na mesma janela, link conjuntivo) ;

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a.2) [ ] Chat com especialista sobre assunto abordado na matria (em nova janela, linkdisjuntivo); b.1) [ ] Frum de discusso (na mesma janela, link conjuntivo); b.2) [ ] Frum de discusso (em nova janela, link disjuntivo); c.1) [ ] Registro de comentrios (na mesma janela, link conjuntivo); c.2) [ ] Registro de comentrios (em nova janela, link disjuntivo); d.1) [ ] Envio de perguntas para entrevistado a ser ouvido sobre o assunto (na mesma janela, link conjuntivo); d.2) [ ] Envio de perguntas para entrevistado a ser ouvido sobre o assunto (em nova janela, link disjuntivo); e.1) [ ] Colaborao atravs de sugesto de pauta ou envio de texto relacionado ao assunto tratado (na mesma janela, link conjuntivo); e.2) [ ] Colaborao atravs de sugesto de pauta ou envio de texto relacionado ao assunto tratado (em nova janela, link disjuntivo); f.1) [ ] Convite para o leitor/usurio enviar fotos e/ou vdeo com seu depoimento sobre o assunto (na mesma janela, link conjuntivo); f.2) [ ] Convite para o leitor/usurio enviar fotos e/ou vdeo com seu depoimento sobre o assunto (em nova janela, link disjuntivo); g.1) [ ] Convite para o leitor/usurio enviar textos de carter geral (na mesma janela, link conjuntivo); g.2) [ ] Convite para o leitor/usurio enviar textos de carter geral (em nova janela, link disjuntivo); h.1) [ ] Convite para o leitor/usurio enviar vdeos de carter geral (na mesma janela, link conjuntivo); h.2) [ ] Convite para o leitor/usurio enviar vdeos de carter geral (em nova janela, link disjuntivo); i.1) [ ] Convite para o leitor/usurio participar da apurao (na mesma janela, link conjuntivo); i.2) [ ] Convite para o leitor/usurio participar da apurao (em nova janela, link disjuntivo); j.1) [ ] Manifestar voto atravs de enquetes (na mesma janela, link conjuntivo);

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Suzana Barbosa e Luciana Mielniczuk j.2) [ ] Manifestar voto atravs de enquetes (em nova janela, link disjuntivo); k.1) [ ] Recomendao da matria para compartilhar em bookmarks sociais (na mesma janela, link conjuntivo); k.2) [ ] Recomendao da matria para compartilhar em bookmarks sociais (em nova janela, link disjuntivo); l.1) [ ] Indicao/envio para amigos (na mesma janela, link conjuntivo); l.2) [ ] Indicao/envio para amigos (em nova janela, link disjuntivo); m.1) [ ] Aumentar a letra do texto (na mesma janela, link conjuntivo); m.2) [ ] Aumentar a letra do texto (em nova janela, link disjuntivo); n.1) [ ] Enviar correo do texto jornalstico (na mesma janela, link conjuntivo); n.2) [ ] Enviar correo do texto jornalstico (em nova janela, link disjuntivo); o.1) [ ] Outro. Qual? ____________________________ Comentrio questo 18: Os recursos de interatividade agregados narrativa do fato jornalstico vm se ampliando cada vez mais e pode acontecer que as distintas verses de uma matria atualizada ao longo do perodo de observao tenham opes distintas adicionadas em momentos variados. Por isso, sugere-se ateno quanto deteco da presena de tais recursos.

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4.1 ManualO objetivo deste instrumento avaliar como os cibermeios exploram a interatividade, uma das principais caractersticas do jornalismo digital. Potencializada na internet, a interatividade pode ocorrer de variadas formas, seja na possibilidade de enviar uma foto, um comentrio ou at criar um blog. A interatividade tem sido denida como uma srie de processos diferenciados que ocorrem em relao mquina, publicao e a outras pessoas por meio do computador conectado internet. (LEMOS,1997; MIELNICZUK, 2000). Na elaborao desta cha, considerou-se a comunicao surgida graas s potencialidades especcas de conguraes tecnolgicas (VITTADINI, 1995) que permitem aes recprocas a modo de dilogo, com o objetivo de simular ou promover a interao entre as pessoas e o produto jornalstico. No jornalismo, esses recursos tecnolgicos representam uma alternativa de servios agregados informao que possibilitam ao leitor intervir, dialogar e recuperar dados da maneira que desejar. Essas formas de interao com o pblico tm merecido ateno de muitas empresas de comunicao e de pesquisas acadmicas. So muitos os estudos sobre o tema, mas poucos apresentam procedimentos metodolgicos adequados para observar a interatividade nos cibermeios. Na tentativa de oferecer uma ferramenta especca para analisar a interatividade, a presente cha foi elaborada por pesquisadores envolvidos no projeto Jornalismo na Internet: um estudo comparado dos cibermeios Brasil/Espanha que tem apoio do convnio Capes/DGU. Em 2008, uma cha de ava

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liao com parmetros e indicadores de qualidade de publicaes digitais criada por Codina (2003) passou por uma adaptao para um teste piloto. No entanto, o grupo entendeu que os instrumentos deveriam ser mais especcos para avaliar com maior profundidade diferentes caractersticas do jornalismo digital. Por isso, da cha adaptada de Codina foram retiradas as questes relacionadas interatividade e acrescentadas outras tantas na construo desta ferramenta. Ainda que tenha sido elaborada por pesquisadores envolvidos com o tema, importante salientar que a cha de avaliao de interatividade pode sofrer alteraes para acompanhar as rpidas mudanas que ocorrem no jornalismo feito na internet. Quanto aplicao do instrumento, seguem algumas orientaes: a) A pesquisa pode ser aplicada de forma individual ou em grupo. Em ambos os casos, imprescindvel ter bem claro os conceitos relacionados interatividade. Alguns deles, como a participao cidad, podem ter diferentes signicados para os avaliadores, tal como ocorre na bibliograa existente sobre o tema (BRAGA, 2006; QUADROS et. al., 2007). Na presente cha de avaliao o termo foi relacionado ao jornalismo participativo. b) A pesquisa pode ser realizada em um s dia, mas recomenda-se a anlise de notcias mais lidas e comentadas de edies anteriores de pelo menos trs dias. Alguns recursos interativos, normalmente, variam de acordo com o assunto tratado. Pesquisas anteriores (DAL-VITT, 2009; COSTA, 2009) mostram, por exemplo, que temas polmicos e/ou catstrofes geram uma maior participao do pblico e, por sua vez, mobilizam jornalistas na construo de recursos que possam atender essa demanda. No caso das enchentes no Estado de Santa Catarina, entre novembro e dezembro de 2008, diversos jornais brasileiros contaram com a participao do pblico na cobertura deste fato jornalstico. c) As questes da cha do nfase aos recursos interativos explorados nas notcias. A partir desta pesquisa quantitativa do produto, possvel fazer uma anlise qualitativa sobre o uso da interatividade dos jornais digitais. Nesse sentido, entende-se que essa ferramenta deve ser associada a outros procedimentos metodolgicos. importante salientar, no entanto, que os dispositivos tecnolgicos analisados na cha de

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interatividade no so apenas de natureza material, eles tambm so responsveis pelas manifestaes do leitor e, consequentemente, pelas transformaes do jornalismo.

4.1.2 Orientaes para a aplicao da ferramentaAs orientaes para a aplicao do instrumento de pesquisa tentam esclarecer possveis dvidas que possam surgir ao longo do preenchimento da cha que tem o propsito de avaliar como os cibermeios utilizam os recursos de interatividade. Tendo sido aplicado um texto piloto no jornal O Pblico (Portugal), vrios exemplos ilustrativos neste Manual esto construdos a partir dessa aplicao o piloto. 4.1.2.1 Informao geral No cabealho da cha aparecem dados bsicos do ciberdirio (nome e URL), alm da data de observao e o nome do avaliador. Com relao data destaca-se a necessidade de registr-la, pois ao parar um processo, no caso um ciberdirio, preciso ter conscincia de que se trata de um objeto que sofre constantes mutaes. Logo, os resultados da pesquisa sero de um momento especco. O registro tambm contribui para a realizao de futuras comparaes com o mesmo ou outro objeto. Ao inserir o nome do avaliador, os envolvidos na pesquisa podem consult-lo no momento da anlise dos resultados. Caso houver necessidade de buscar informaes complementares no ciberdirio pesquisado, o nome do responsvel que fornecer os dados tambm deve ser acrescentado.

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Koldo Meso, Graciela Natansohn, Bella Palomo e Claudia QuadrosINFORMACIN GENERAL/INFORMAO GERAL Cibermedio/Cibermeio: URL: Fecha de la observacin/data da observao: Hora : Evaluador/Avaliador: Responsable por las informaciones complementares en el medio/Responsvel pelas informaes complementares no meio:

Fig. 1. Cabealho da cha

4.1.2.2 Participao do pblico A primeira questo est relacionada com o jornalismo participativo, no qual o cidado pode enviar uma matria e/ou uma foto sobre determinado fato jornalstico e assin-las como autor. No Brasil, diversos jornais da mdia mainstream tm utilizado a participao cidad para cobertura de fatos jornalsticos. O Vc no G1, da verso digital de O Globo, um exemplo brasileiro. Na Espanha, o El Pas apresenta o Yo Periodista. Tanto no caso brasileiro como no espanhol, o leitor escreve sobre fatos que presenciou. O nmero de caracteres limitado e as informaes, normalmente, so vericadas pelos jornalistas contratados pelos cibermeios.1. Existe un espacio exclusivo para a la participacin ciudadana, donde el usuario pueda interactuar, claramente identicado en el medio? Existe um espao exclusivo para a participao do cidado, onde o usurio possa interagir e ser claramente identicado no meio? S/Sim No/No

Fig 2. Participao do pblico.

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Ferramenta para Anlise de Interatividade em Cibermeios 4.1.2.3 Enquetes

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As enquetes so utilizadas com bastante frequncia no webjornalismo, sobretudo quando h um tema em que os jornalistas e os leitores querem saber a opinio do pblico. O jornal brasileiro Zero Hora faz uso das enquetes para tratar de assuntos em pauta ou para questionar o pblico sobre o tema que poderia tratar. O jornal avaliado como teste piloto para a ferramenta foi O Publico (Portugal) que tambm utiliza enquetes e enfatiza que os resultados no tm validade cientca, mas [...] um valor meramente indicativo das preferncias dos nossos leitores.

Fig 3. Modelos de enquetes do jornal Zero Hora.

Alex Primo (1998) classica a interatividade em dois nveis: a mtua e a reativa. Neste caso, as enquetes seriam reativas, pois no permitem que o usurio inclua uma informao como ocorreria na mtua. Nas enquetes, ele s pode escolher uma entre as opes apresentadas. 4.1.2.4 Concurso/Promoes Recursos explorados h bastante tempo em programas radiofnicos (QUADROS, 2008a), os concursos e as promoes so utilizados para atrair a audincia. No webjornalismo, esses recursos podem aparecer sob as mais variadas formas. Um caderno cultural, por exemplo, oferece ingressos para uma pea de teatro para o primeiro leitor que responder um desao. O jornal Gazeta do Povo, do sul do Brasil, promove por meio do seu suplemento infanto-juvenil

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concursos de banda de msica entre seus leitores. H tambm um curso de treinamento para que o pblico adolescente vivencie a redao do referido dirio. Nesse sentido, no tenta apenas atrair a ateno do pblico, mas procura interagir com ele para conhecer seus anseios e, caso seja preciso, redenir o contedo do jornal. Na Espanha, o jornal El Mundo faz associaes com outras empresas para que o leitor possa fazer a sua aposta, no prprio jornal, em loterias tradicionais do referido pas, como Primitiva, Bonoloto e El Gordo.

Fig. 4. Jogos da sorte no El Mundo.http://www.elmundo.es/elmundo/barcelona.html.

4.1.2.5 Fruns Os fruns podem ser utilizados como um espao para formar comunidades sobre determinado assunto ou tpico. Para participar de alguns fruns de jornais necessrio ler o regulamento e registrar o apelido que gostaria de ser identicado. Outros, no entanto, dispensam essas regras. Os fruns foram comuns na segunda gerao do jornalismo digital. (PAVLIK,2001). Na primeira, havia apenas uma transposio do jornal impresso para a rede. Ao considerar esta classicao baseada no produto, percebemos que o jornalismo de terceira gerao1 (MIELNICZUK,2003) e o de quarta gerao2 (BARBOSA, 2007) possibilitaram o surgimento do ciberjornalismo de quinta gerao, no qual o pblico ocupa lugar de destaque e, consequentemente, o jornal passa a valorizar ainda mais a interatividade. Nesse sentido, infere-se que a evoluo das redes sociais digitais, que se apresentam em diversos sistemas de comunicao blogs, microblogs como o Twitter e comuPara Mielniczuk, o webjornalismo de terceira gerao apresenta caractersticas prprias, no apenas uma metfora do impresso como ocorre no de primeira gerao e tem muito mais possibilidades que o de segunda gerao. Diversos autores defendem uma classicao semelhante, como Pavlik (1997) e Quadros (1999), para compreender os fenmenos do ciberjornalismo. 2 Para Barbosa, o jornalismo de quarta gerao est estruturado em base de dados. Dinmica, essa base tambm facilita a participao do usurio no processo de produo de um jornal.1

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nidades virtuais do tipo Facebook, Orkut, MySpace etc., pode ser percebida tambm nos ciberdirios (QUADROS, 2008b). Eles tm se apropriado cada vez mais do uso que o pblico faz da internet, como observados em outros recursos interativos presentes nesta ferramenta. 4.1.2.6 Notcias do meio Neste item so avaliadas as possveis formas de interao com a notcia publicada no cibermeio. O usurio pode fazer comentrios sobre as notcias publicadas? Nos testes aplicados, em outubro de 2009, no jornal portugus O Pblico constatou-se, por exemplo, que os comentrios das notcias so permitidos. No entanto, o usurio precisa fazer um breve cadastro para envilo. Do contrrio, no tem o seu comentrio publicado ainda que envie a sua mensagem como annimo.

Fig. 5. Formulrio do jornal O Publico para o leitor comentar as notcias. (outubro de 2009).

Dessa forma, no momento de preencher o instrumento de pesquisa o avaliador deve apontar que necessrio fazer um registro. No jornal O Pblico, h a opo de enviar o comentrio como annimo. Logo, a sua mensagem no precisa ser identicada.

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Os comentrios so publicados sem prvia moderao, mas logo abaixo do formulrio h um pedido para que o usurio respeite os critrios de publicao como mostra a gura 4. E ainda alerta: O seu IP no ser divulgado, mas car registrado na nossa base de dados. O leitor tambm pode denunciar, responder e votar nos comentrios publicados no referido jornal.

Fig 6. Possibilidade de votar nos comentrios do leitor do jornal O Pblico.

4.1.2.7 Notcias As notcias tambm podem ser votadas. No alto de cada notcia, direita do leitor, aparecem sempre cinco estrelas brancas com fundo cinza. Ao passar o cursor sobre as estrelas, o leitor pode preench-las com vermelho conforme a sua deciso. (ver gura 6). Com o intuito didtico, alguns dos recursos interativos do jornal O Pblico foram reunidos na gura 7 para elucidar questes do item Notcias que constam na cha de avaliao sobre interatividade.

Fig 7. Recursos de O Pblico reunidos nesta gura. Os leitores de O Pblico tm a possibilidade de imprimir e enviar uma notcia a outras pessoas. Eles tambm podem corrigir uma informao equi-

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vocada prestada pelo jornalista que elaborou a matria, fazer um comentrio e compartilhar a informao em mais de 170 mdias sociais, tais como Facebook, Twitter etc. Existe ainda a funo de sindicar a notcia em agregadores de contedos, blogs pessoais etc. 4.1.2.8 Chats Neste item avaliada a existncia de chats para manter conversaes on-line entre os jornalistas, os convidados e o pblico. O chat, nos jornais, geralmente feito em salas de bate-papo, mediante a linguagem escrita. No Brasil, muitos meios audiovisuais tm adotado a prtica do chat para criar vnculos com o seu telespectador ou ouvinte alm do horrio de determinado programa. Nas avaliaes realizadas em O Pblico, no foram encontrados chats. 4.1.2.9 Videochats Os vdeochats so usados nos jornais para entrevistas ao vivo com um jornalista ou um convidado. As perguntas so encaminhadas de forma escrita, como nos chats convencionais, pelos leitores, enquanto as respostas so dadas pelo entrevistado a uma cmara de vdeo que transmite ao vivo. Em geral, so usados para entrevistar personalidades pblicas, em eventos ao vivo organizados pelo meio. Alguns jornais, como a Folha Online, procura transcrever, posteriormente, o contedo do bate-papo.

Fig. 8. Videochat de La Nacin.http://www.lanacion.com.ar/registracion/LN/tutorial.asp#ParticiparVideochat

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4.1.2.10 Blogs Atualmente, a imprensa utiliza os blogs como ferramenta na divulgao de contedo jornalstico, tanto que a maioria dos jornais digitais adota este sistema de comunicao. O papel dos blogs e da blogosfera em relao ao jornalismo e a participao cidad na produo de informao tem sido objeto de muita discusso acadmica (BLOOD, 2000; QUADROS et. al. 2005; GRANIERI, 2005; ORIHUELA, 2005; PALACIOS, 2007). Por serem ferramentas interativas de destaque e constiturem um mbito de comunicao com especicidades, a anlise dos blogs jornalsticos foi aprofundada em uma cha especca. Nesta seo, registra-se apenas a presena/ausncia de blogs, bem como a sua origem. Os blogs dos jornais so, em geral, de autoria do staff de jornalistas, colunistas e convidados do prprio meio. No entanto, muitos jornais oferecem a possibilidade de os usurios criarem seus prprios blogs ou participarem em um blog nico e geral. No caso de blogs de usurios, alguns jornais disponibilizam ferramentas para a sua criao, como o jornal Clarn (www.clarin.com). s vezes, h apenas um blog que aceita comentrios de diferentes leitores, como o jornal argentino La Nacin, (ver http://blogs.lanacion.com.ar/blog-del-lector/). Nos dois ltimos casos, a resposta dever ser positiva para este apartado.

Fig. 9. Blog do leitor, em LaNacion.com e criao de blogs de leitores em Clarin.com

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Ferramenta para Anlise de Interatividade em Cibermeios 4.1.2.11 Consultrios

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Consultrios so os espaos interativos dos jornais, onde, mediante formulrio especco, possvel consultar especialistas, como mdicos, advogados e psiclogos. O jornal O Pblico possui uma seo denominada Consultrio de Justia, que visa auxiliar os leitores sobre seus direitos e sobre a organizao e funcionamento da Justia portuguesa, respondido por um advogado (ver gura 10). Neste item do instrumento, a resposta binria (sim ou no).

Fig. 10. Formulrio do Consultrio de Justia do jornal O Pblico.

4.1.2.12 Fotograas Registra a possibilidade de o leitor enviar suas prprias fotograas. Em alguns jornais, para realizar tal ao antes preciso fazer um registro (login e senha). As fotos podem estar organizadas em galerias. Neste caso, se a galeria tem fotos enviadas pelos leitores, a resposta na ferramenta de pesquisa deve ser sim. Cada vez mais dirios criam espaos especcos para os leitores enviarem suas imagens sobre temas variados, que podem ser de livre escolha ou requisitados pela redao de um cibermeio. No jornal El Clarn, na seo

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Testigo Urbano (http://blogs.clarin.com/testigourbano/posts) possvel registrar agrantes de delinquncia e/ou outros problemas comuns s grandes cidades. Neste espao, h uma sub-seo para que as pessoas possam enviar fotos sobre temas especcos. No exemplo citado, fotos de buracos no asfalto foram enviadas pelos leitores por meio de um sistema semelhante ao utilizado em blogs.

Fig. 11. Clarin.com oferece a opo de enviar fotos sobre buracos no asfalto. (http://blogs.clarin.com/rankingdebaches/posts)

O instrumento permite registrar os agregados temticos de fotos enviadas pelos leitores, como: denncias, curiosidades, fotos de frias, de concertos, de momentos pessoais que o leitor deseje compartilhar, de fotos antigas, de eventos e de festas. Estes conjuntos de fotos podem ou no estar agregados s galerias. Quando existe a possibilidade de enviar fotos organizadas por tema, como no El Pais (ver gura 12), a resposta, na ferramenta de pesquisa, ser positiva.

Fig. 12. El Pas, de Espanha (elpais.com/participacion/)

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Ferramenta para Anlise de Interatividade em Cibermeios 4.1.2.13 Vdeos

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Muitos peridicos na web tambm permitem o envio de vdeos. s vezes, solicita-se registro (login e senha). A procura por este tipo de recurso na rede mundial de computadores tem sido grande com o avano da tecnologia. Se antes as fotos e os vdeos eram evitados nos cibermeios por conta da baixa velocidade de conexo internet, atualmente os recursos audiovisuais so bastante utilizados. A divulgao de vdeos produzidos por leitores em muitos cibermeios uma prtica corriqueira. No entanto, no jornal O Pblico no possvel envi-los, como no O Globo.com.

Fig. 13. O Globo.com

4.1.2.14 Comunidades Registra a possibilidade de os usurios criarem e participarem de redes sociais digitais, o que acaba por estabelecer novos canais de relacionamento com os leitores dos cibermeios. As comunidades propostas pelos webjornais assumem diferentes formatos e organizao. Algumas iniciativas, como o setor La Comunidad, do jornal espanhol El Pas (http://lacomunidad.elpais.com) ou Igooh, do La Nacin.com (http://www.igooh.com/registrate/) funcionam como um espao onde os usurios podem criar e manter pginas pessoais na forma de blogs. Neste espao, o usurio pode escrever, inserir fotos, vdeos e udios para compartilhar com outros leitores.

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A comunidade Limo, do jornal O Estado de S.Paulo (estadao.com), funciona de forma diferente, pois ali se misturam servios, contedos e redes sociais. Nesta comunidade, possvel criar pginas pessoais com contedo personalizado, perl, endereo de e-mail, adicionar e compartilhar fotos, vdeos e udios, alm de wikisites sobre assuntos do interesse do usurio. Neste espao, ainda h possibilidade de participar de outros wikis, fazer e encontrar amigos, ter miniblogs, e-mail do site, dentre outras possibilidades de interao e personalizao.

Fig. 14. O Estadao apresenta o Limo.

Qualquer que seja o formato, o instrumento solicita a identicao de um espao personalizado e de interao com os internautas, pedindo-se apenas uma resposta binria para saber se h ou no comunidades. 4.1.2.15 Email Avalia-se como o cibermeio utiliza o e-mail, seja oferecendo aos usurios uma conta prpria ou a possibilidade de entrar em contato com jornalistas ou com a redao do jornal. A maioria dos jornais facilita a criao de contas de e-mail. Normalmente, o acesso gratuito via webmail, como ocorre no Clarin.com.

Fig. 15. Servio de Webmail do Clarin.com

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Enquanto alguns jornais informam o endereo de email de editores e de jornalistas, possibilitando o contato direto, outros, como O Pblico, no o fazem. Apenas permitem enviar mensagens a determinados setores da redao, como cartas do leitor, seo de artigos, cartas ao diretor etc. no link contatos. 4.1.2.16 Feed Nesta seo, avalia-se o uso dos feeds nos jornais digitais. Feed (do ingls alimentar) um formato de dados que permite ao usurio da internet acompanhar e divulgar as atualizaes sem precisar visitar o site do cibermeio. Entre as especicaes para a criao de arquivos de feed, est o RSS Really Simple Syndication que funciona na linguagem XML. O cone de RSS , que mais aparece nos jornais, foi adotado pela primeira vez no navegador Firefox, da Mozilla Foundation. As atualizaes podem ser recebidas diretamente no computador ou em agredadores de RSS. O jornal digital O Pblico oferece feeds por editorias, mas nem todas as notcias podem ser includas como RSS.

Figura 16. Possibilidades de RSS no jornal O Pblico

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4.1.2.17 Usabilidade A usabilidade, termo criado para denir a relao estabelecida entre uma interface e seu usurio, observada neste item com o objetivo de estudar as interaes do leitor com o produto jornalstico. Pesquisadores deste tema, como Jacob Nielsen (2007) e Itanel Quadros (2006), defendem que um bom design deve ser associado facilidade com que o leitor de um jornal, por exemplo, utiliza seus recursos. Enquanto zona de interao com o leitor, a usabilidade avaliada neste instrumento refere-se possibilidade de selecionar temas de interesse, personalizando a pgina do leitor, e modicao dos recursos de visualizao da pgina. No jornal Estado de S. Paulo, o leitor pode construir um jornal de acordo com o seu perl a partir do contedo oferecido. Para tanto, h um espao especco denominado Meu Estado.

Fig. 17. O leitor pode fazer o seu jornal a partir das notcias do Estado. Alguns jornais tambm possibilitam que o leitor escolha o tamanho da letra, a tipologia, a cor, o layout etc. No caso do jornal O Pblico, possvel aumentar e diminuir o tamanho de uma letra no momento de ler uma notcia. A possibilidade de hierarquizar uma notcia, conforme a preferncia do leitor, tambm vericada nesta ferramenta de pesquisa. Nos jornais digitais, as ltimas notcias, normalmente, so disponibilizadas por ordem cronolgica. Quando o leitor pode hierarquizar uma notcia, ele decide a ordem da notcia de acordo com a importncia que atribui determinada notcia. A Folha de S.

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Fig. 18. Funcionalidades de O Pblico

Paulo, por exemplo, oferece ao leitor a possibilidade de selecionar as notcias preferidas nos favoritos do navegador.

Fig. 19. Possibilidade de selecionar as notcias preferidas.

4.1.2.18 Acessibilidade Este item tem o objetivo de vericar se o jornal digital apresenta recursos para interagir com todos os usurios, sobretudo com os portadores de necessidades visuais. As tcnicas de acessibilidade, neste caso, devem ser utilizadas no desenvolvimento de contedo de um ciberdirio para que um deciente visual possa acess-lo. Atualmente, os sintetizadores de voz, como Obrigado(a), Webvox, so capazes de transformar o contedo escrito em um script de udio. O seu funcionamento, no entanto, depende de como as pginas so desenvolvidas (RODRIGUES et al, s/d). Quando uma imagem no tem texto explicativo, por exemplo, o programa s imite um sinal sonoro. Nesse sentido, h um problema de acessibilidade. Alguns cibermeios tambm apresentam acesso aos portadores de outras necessidades especiais, como diculdade motora. A BBC, por exemplo, apresenta uma srie de possibilidades para facilitar o acesso ao seu contedo a um maior nmero de pessoas.

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Fig. 20. Acessibilidade da BBC.

4.1.2.19 Consideraes sobre o teste piloto Para a validao desta ferramenta, o teste piloto desta ferramenta de pesquisa foi aplicado por quatro vezes no dirio O Pblico, sendo duas no mesmo dia 15 de outubro de 2009 e outras duas em datas e horrios diferentes dos meses de setembro e outubro. Tal ao permitiu ajustes no instrumento de pesquisa e mostrou que alguns recursos variavam de edio para a edio. Por isso, destaca-se a necessidade de avaliar pelo menos trs edies do mesmo jornal para descrever como a sua interatividade utilizada. O quadro abaixo representa, de modo quantitativo, a interatividade no jornal O Pblico. Sem contar as especicidades de alguns itens, como os que aparecem nos nmeros 6, 7,10, 12, 13, 15, 16 e 17 da ferramenta de pesquisa, o dirio portugus tem resposta negativa para oito das dez questes restantes. As perguntas que exigiram desdobramentos sobre os dispositivos utilizados, como notcias, blogs, e-mail, feeds, fotograas e vdeos, tiveram respostas que mostraram maior ou menor interao com o usurio. Os dispositivos utilizados nos itens que tratam de notcias (6 e 7), por exemplo, procuram incentivar a sua participao do leitor. Das quinze perguntas desses referidos itens, apenas trs receberam no como resposta. Para o caso especco dos blogs, houve trs questes, sendo dua