Ferrugem-da-Goiabeira Puccinia psidii Marina Scarsi Micheli Pegoraro 2010.
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Ferrugem-da-GoiabeiraPuccinia psidii
Marina ScarsiMicheli Pegoraro
2010
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Nomes comuns da doença: Ferrugem-da-goiabeira
Ferrugem-das-mirtáceas
Agente causal: Puccinia psidii Wint
Basidiomiceto pertencentes à Ordem Uredinales.
Produzem pústulas sobre as quais se desenvolvem os soros (estruturas produtoras de esporos)
Parasitas obrigatórios
Apresentam alta especificidade em relação a seus hospedeiros
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Etiologia
P. psidii caracteriza-se por afetar plantas da família Myrtaceae, tanto cultivadas quanto nativas, as quais podem servir de hospedeiros alternativos.
Somente infecta tecidos jovens ou em desenvolvimento.
Sinais: pontuações de coloração amarelada, que correspondem aos soros urediniais, constituídos de milhares de urediniósporos.
Soros urediniais têm formato circular, sendo muito comum a coalescência dos mesmos, recobrindo boa parte ou totalmente o órgão infectado.
Principal agente de disseminação: vento
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Urediniósporos Soros
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Ciclo
É uma doença policíclica, ocasionando vários surtos da doença em um mesmo ano agrícola.
Infecção ocorre através dos urediniósporos, que necessitam condições de escuro, umidade relativa superior ou igual a 90%, pelo menos 8 horas de temperaturas entre 18 e 25°C e, longos períodos de molhamento foliar.
O orvalho é um dos fatores determinantes para novas infecções e produção de uredinósporos.
Períodos de duas a três semanas com temperaturas relativamente baixas e alta umidade podem favorecer a ocorrência de surtos epidêmicos da ferrugem.
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Sintomatologia Podem aparecer tanto em plantas jovens, ainda no viveiro ou em plantas adultas, onde seus efeitos são bastante severos.
Sintoma morfológico: pústula
O fungo pode infectar tecidos em formação, folhas, gemas, ramos, botões florais, flores e, principalmente, os frutos em plantas adultas.
O início da doença caracteriza-se pelo surgimento de pequenas pontuações amareladas, pulverulentas e que podem ser observadas nos tecidos jovens de folhas, ramos, botões florais ou frutos.
Nos botões florais e frutos, onde os danos em geral são mais severos, as lesões mostram-se necróticas, de coloração negra.
Pode ocorrer encarquilhamento de ramos e lesões corticais.
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Sintomas
FOLHAS:
Inicialmente aparecem pequenas pontuações amareladas e necróticas.
Evoluem para manchas circulares, necróticas, de coloração amarela.
Manchas recobertas por uma densa e pulverulenta massa, de coloração amarela-viva, formada pelos uredósporos e teliósporos do fungo.
Com o tempo, essa massa amarela desaparece, permanecendo somente a área necrótica e seca, freqüentemente apresentando rachaduras.
Em condições favoráveis, as lesões coalescem, provocando a morte do limbo foliar e conseqüente queda das folhas.
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Pústulas amarelas na face abaxial da folha, na nervura central e no limbo.
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FRUTOS:
São atacados desde as primeiras fases de desenvolvimento, e caem em grande quantidade.
Os frutos infectados que permanecem na planta mumificam-se.
As lesões ficam restritas à região da casca não atingindo a polpa.
Nos pontos anteriormente cobertos pelos urediniósporos, pode-se observar a presença de fissuras, que permitem a infecção de patógenos secundários
Pode causar, em ataques intensos, perdas de 80 a 100% dos frutos.
Sintomas
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Frutos com lesões cobertas por uredósporos do fungo.
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Frutos com 1-3 cm, com lesões; os negros estão duros, mumificados, mortos.
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Frutos jovens com densa camada pulverulenta, amarela, constituída de esporos da fase uredial.
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FLORES E BOTÕES FLORAIS:
Flores e botões florais atacados na fase inicial de desenvolvimento apresentam lesões circulares, de diâmetro variável
Lesões recobertas por uma massa pulverulenta de esporos do fungo, de coloração amarela.
Sintomas
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Condições favoráveis à doença A doença é favorecida quando a floração, frutificação e as
brotações novas da goiabeira coincidem com os períodos de temperaturas moderadas e umidade relativa elevada.
Nessas condições, a severidade da doença, assim como sua disseminação e incidência são elevadas
Condições de baixa luminosidade favorecem a infecção.
A ferrugem aparece com maior intensidade no período que vai de janeiro a maio.
A partir de junho a incidência é muito baixa e, na maioria das vezes, o patógeno sofre intenso parasitismo pelo fungo Verticillium sp.
Esse parasitismo é caracterizado pelo aparecimento de um crescimento micelial branco sobre as lesões, pelo fungo Puccinia psiddi.
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Monitoramento e nível de ação:
Deve ser realizado no período crítico, compreendendo os estádios de brotação até quando os frutos atingirem cerca de três cm de diâmetro, sob as condições de clima favoráveis ao fungo.
Monitorar semanalmente 2% das plantas ou no mínimo 20 plantas por talhão, observando-se a ocorrência do fungo nas folhas novas, botões florais, flores e frutos.
Constatando-se sintomas da presença do fungo em qualquer dos órgãos examinados, a planta será considerada infectada.
Durante o período crítico, o nível de ação será atingido quando 10% das plantas monitoradas estiverem infectadas.
Após o término do período crítico ou depois que os frutos tenham sido ensacados, o nível de ação será atingido quando 20% das plantas monitoradas estiverem infectadas.
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A utilização da escala diagramática para avaliação da severidade da ferrugem em folhas de goiaba possibilita estimativas da severidade da doença precisas.
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Controle
Práticas Culturais de Controle: Efetuar podas que propiciem maior arejamento e insolação do interior da
copa
Realizar a poda em períodos com condição climática desfavorável à ocorrência da doença
Evitar excesso de adubação nitrogenada
Erradicar das proximidades do pomar variedades muito susceptíveis e/ou Myrtaceas que possam servir de fonte de inóculo permanente
Utilização de plantios com maior espaçamento
Plantio em regiões que apresentem baixa umidade relativa e/ou inverno pouco pronunciado
Fazer o manejo das plantas invasoras
Não há variedades resistentes
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Controle Controle químico:
Pulverizações preventivas à base de fungicidas cúpricos durante o período crítico de infecção, antes de os frutos atingirem 3 cm.
Após este tamanho, os frutos são sensíveis ao cobre.
Quando as pulverizações preventivas não controlarem a doença, realizar pulverizações curativas com o uso de produtos à base de oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre, óxido cuproso e calda bordalesa.
Não realizar mais de três aplicações seguidas com fungicidas sistêmicos, devendo sempre alternar com um de contato, para evitar a formação de raças resistentes.