Fertilidade-do-solo-adubacao

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Terra: Casa do Tesouro de Deus Terra: Casa do Tesouro de Deus Fertilidade do Solo e Adubação Fertilidade do Solo e Adubação Nova Friburgo – RJ Nova Friburgo – RJ Dez/2011 Dez/2011

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Fertilidade do Solo e Técnicas de adubação

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Terra: Casa do Tesouro de DeusTerra: Casa do Tesouro de Deus

Fertilidade do Solo e AdubaçãoFertilidade do Solo e Adubação

Nova Friburgo – RJNova Friburgo – RJ

Dez/2011Dez/2011

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“E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.”

Gênesis 2:15

“E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou uma vinha.”

Gênesis 9:20

“O que lavrar a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que segue a ociosos se fartará de pobreza.”

Provérbios 28:19

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“Aos cuidados de Adão e Eva foi confiado o jardim, "para o lavrar e o

guardar". Gên. 2:15. Conquanto fossem ricos em tudo que o

Possuidor do Universo pudesse proporcionar, não deveriam estar

ociosos. Foi-lhes designada uma útil ocupação, como uma bênção,

para fortalecer-lhes o corpo, expandir a mente e desenvolver o

caráter.” 

Educação p.21

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“No plano de Deus para Israel, cada família tinha um lar no campo,

com terreno suficiente para o cultivo. Assim eram providos tanto os

meios como o incentivo para a vida útil, industriosa e independente.

E nenhum expediente humano jamais suplantou aquele plano. Ao

afastamento do mesmo por parte do mundo devem-se em grande

parte a pobreza e miséria que existem hoje.” 

Conselhos Professores, Pais e Estudantes 275-276

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“Deus deu aos nossos primeiros pais os meios da verdadeira educação,

quando lhes ensinou o cultivo do solo e a cuidar de seu lar no jardim.

Depois da entrada do pecado, pela desobediência às ordens do Senhor,

a obra de cultivo do solo que devia ser feita foi grandemente

multiplicada, pois a terra, devido à maldição, produziu espinhos e

cardos. Mas o trabalho em si mesmo não foi dado por causa do pecado.

O grande Mestre abençoou, Ele mesmo, a obra de cultivo do solo.”

Mensagens Escolhidas - Volume 2, p.355

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“No cultivo do solo o obreiro

ponderado descobrirá que se

apresentam diante dele tesouros de

que pouco suspeitava. Ninguém

poderá ser bem-sucedido

na agricultura ou na jardinagem,

sem a devida atenção às leis

envolvidas nestes trabalhos. Devem

ser estudadas as necessidades

especiais de cada variedade de

planta...

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... Variedades diferentes requerem solo e cultura diferentes; e conformidade com

as leis que regem cada uma dessas variedades é a condição para o êxito. A

atenção exigida na transplantação, para que nem mesmo uma raiz fique

comprimida ou mal colocada; o cuidado das plantinhas, a poda e a rega, o abrigo

da geada à noite, e do sol ao dia; a remoção das plantas daninhas, das doenças, e

pragas de insetos; a disposição geral - todo esse trabalho não somente ensina

lições importantes relativas ao desenvolvimento do caráter, mas é em si mesmo

um meio para aquele desenvolvimento.” Educação 111-112

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“Ellen G. White Instruída Sobre a Plantação de Árvores Frutíferas: 

Enquanto estávamos na Austrália, adotamos o... sistema... de cavar valas bem

fundas e enchê-las com estrume que produzisse bom solo. Fizemos isto

no cultivo de tomates, laranjas, limões, pêssegos e uvas. O homem do qual

adquiri os nossos pessegueiros me disse que gostaria que eu observasse a

maneira como eles eram plantados. Pedi então que ele me permitisse

mostrar-lhe como deviam ser plantados,

segundo me fora revelado durante a

noite. Ordenei que meu empregado

fizesse uma profunda cavidade no

solo, e então pusesse nela fértil lixo,

depois pedras, e mais lixo. ...

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... Depois disso ele pôs camadas de terra e estrume, até encher o

buraco. Eu disse ao viveirista que havia plantado dessa maneira no solo

rochoso dos Estados Unidos. Convidei-o a visitar-me quando os frutos

estivessem maduros. Ele disse-me: "A senhora não precisa que eu lhe

ensine como plantar as árvores."

Nossa plantação foi muito bem-sucedida. Os pêssegos eram os de

colorido mais belo e de sabor mais delicioso que já provei. Cultivamos

os grandes pêssegos amarelos Crawford e outras variedades, uvas,

damascos, nectarinas e ameixas.

Carta 350, 1907.”

 Mensagens Escolhidas - Volume 3, 328

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“Mostrai as oportunidades de uma vida tal. Diz o sábio:

"Até o rei se serve do campo." Ecl. 5:9. A Bíblia declara acerca daquele

que cultiva o solo: "O seu Deus o ensina e o instrui acerca do que há de

fazer." Isa. 28:26. Diz mais: "O que guarda a figueira comerá do seu

fruto." Prov. 27:18. Aquele que ganha a sua vida pela agricultura escapa

de muitas tentações e desfruta inúmeros privilégios e bênçãos negados

àqueles cujo trabalho é nas grandes cidades. E nestes dias dos colossais

monopólios e rivalidade comercial, poucos há que desfrutem de uma

independência tão real e de tão grande certeza de bons rendimentos de

seu labor, como o cultivador do solo.” Educação p. 219

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O SOLOO SOLO

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O SOLOO SOLOFunção

Sustentação e fornecimento de nutrientes para as plantas

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HIDROPONIAHIDROPONIA

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HIDROPONIAHIDROPONIA

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LABORATÓRIO – LABORATÓRIO – TUBO DE ENSAIOTUBO DE ENSAIO OU PLACA DE PETRI OU PLACA DE PETRI – CULTURA DE TECIDOS

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EPÍFITASEPÍFITAS

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Principal substrato utilizado pela plantas para o seu crescimento

SoloSolo

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DE QUE A PLANTA PRECISA PARA VIVER?DE QUE A PLANTA PRECISA PARA VIVER?

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A PLANTAA PLANTA

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COMPOSIÇÃO DO SOLOCOMPOSIÇÃO DO SOLO

Água

Minerais

Matéria Orgânica

Ar

Organismos vivos

Rochas em decomposição

O solo é uma mistura de vários minerais, matéria orgânica e água

capaz de manter a vida das plantas na superfície terrestre.

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TEXTURA OU GRANULOMETRIA DO SOLO

Proporção de areia, silte e argila do solo

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Solo de textura arenosa (solos leves) –

possuem teores de areia superior a 70% e de argila inferior a

15%;

permeáveis;

leves;

susceptíveis a erosão;

baixa capacidade de retenção de água – C.C. 3% apenas

alta taxa de infiltração de água no solo e

conseqüentemente elevadas perdas por percolação,

causando a lixiviação dos nutrientes;

baixo teor de matéria orgânica

necessita de reposição de m.o.

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Solo de textura média (solos médios) –

apresentam certo equilíbrio entre as partículas de areia, silte e

argila;

boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e índice médio

de erodibilidade. 

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Solo de textura argilosa (solos pesados)-

solos com teores de argila superiores a 35%;

baixa permeabilidade;

alta capacidade de retenção de água – C.C. torno de 40%;

mais resistentes à erosão;

mais susceptíveis à compactação

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INFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃOINFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃO

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INFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃOINFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃO

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INFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃOINFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃO

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INFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃOINFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃO

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INFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃOINFILTRAÇÃO E PERCOLAÇÃO

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PERFIL DO SOLO - HORIZONTESPERFIL DO SOLO - HORIZONTES

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PERFIL DO SOLO – HORIZONTESPERFIL DO SOLO – HORIZONTES

Horizonte O

orgânico,

resíduos orgânicos decomposição ou decompostos ( plantas e animais).

Horizonte A

+ escuro e rico em matéria orgânica,

+ raízes ([]s a 20 cm prof.),

+ microrganismos,

+ vida.

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Horizonte B

+ argiloso

< nº raízes que o horizonte A, mas essas

poucas raízes são as únicas capazes de absorver

água e nutrientes quando o horizonte superficial

seca.

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Horizonte C

menos argila,

mais silte.

pode fornecer água e nutrientes quando

os outros horizontes estão secos.

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Horizonte R

rocha fresca, ainda não intemperizada.

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Terra Roxa estruturada

Cambissolo Podzólico

LitossoloAreia quartzosa

Latossolo Vermelho-amarelo

ALGUMAS CLASSES DE SOLOSALGUMAS CLASSES DE SOLOS

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PREPARO E MANEJO DO SOLOPREPARO E MANEJO DO SOLO

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A - Escolha do local

solos com profundidade adequada para a cultura;

bem drenados;

aeração (estrutura do solo);

luminosidade – X horas de luz para florescer, planta

de sombra, planta de sol.

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Evitar:

baixadas úmidas, alagamento;

solos com problemas de compactação;

solos rasos;

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B - Limpeza da área

roçada;

retiradas de restos vegetais, pedras e destocamento se

necessário;

evitar as queimadas

- empobrecimento do solo – perda de N K ;

- autorização dos órgãos ambientais.

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C - Coleta de amostras do solo para análise

teores de P, K, Mg, Ca;

acidez (Al e H + Al);

teor de matéria orgânica;

micronutrientes, ...

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PASSOS DA COLETA DE SOLO PARA ANÁLISE

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1º) Subdividir a área em glebas ou talhões homogêneos

quanto a:

cor do solo;

textura (maior ou menor presença de areia);

grau de drenagem;

tipo de vegetação ou cultura anterior;

declividade;

histórico de uso e manejo;

culturas perenes - tipo cultura, idade e produtividade.

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2º) Coletar as amostras simples em 20 pontos em cada gleba

(caminhando em zigue-zague)

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Como coletar:

retirar a vegetação superficial;

retirar a terra com enxadão, trado ou tubo de pvc a uma

profundidade de: 0 a 20 cm ou

20 a 40 cm

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1

2 3 4

5

1 e 2 - retirada do solo

3 – homogeneização das amostras

4 – retirada de uma amostra ~ 300 g

(cx. de papelão apropriada ou

sacola plástica)

5 – identificação, levar para o laboratório.

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Identificação

(lápis)

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D - Envio da amostra para análise

(Orgão no ES)

Incaper

Análise química rotina: R$ 11,35rotina + micronutrientes: R$ 30,50

http://www.incaper.es.gov.br Produto/serviço

Análise laboratorial

E - Recomendação de calagem e adubação

Engº Agrônomo

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F - Calagem

Solos brasileiros geralmente ácidos [H e Al]

- Chuvas: nutrientes lixiviados, mas o H e Al menos – fortemente retidos no solo;

- adubos nitrogenados.

O que é a calagem?

- adição de calcário como corretivo de acidez;

- fonte de cálcio e magnésio.

Objetivo:

- corrigir a acidez do solo;

- fornecer Ca e Mg.

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Quantidade, época, modo de aplicação e periodicidade

- de acordo com o resultado da análise de solo;

- 60 a 90 dias antes do plantio;

- período das chuvas ou irrigação;

- anualmente, geralmente julho/agosto.

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BENEFÍCIOS DA CALAGEMBENEFÍCIOS DA CALAGEM

o pH (ideal – 6,0 a 6,5);

ou elimina os efeitos tóxicos do Al,Fe e Mn;

a fixação do P;

a disponibilidade de Ca, Mg e Mo;

a eficiência dos adubos *;

a atividade microbiana e a liberação de nutrientes contidos na matéria orgânica;

melhora as propriedades físicas do solo:

- a aeração e a movimentação de água favorecendo o desenvolvimento das raízes.

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CALCÁRIO APLICADO AO SOLO – REAÇÕES QUÍMICASCALCÁRIO APLICADO AO SOLO – REAÇÕES QUÍMICAS

(1) Os carbonatos do corretivo reagem com o H+ do solo, formando H2O e CO2:

CaCO3 + H2O Ca 2+ + HCO3 3- + OH –

HCO3 3- + H+ CO2 + H2O

(2) Os carbonatos do corretivo reagem co o Al do solo, formando hidróxido de alumínio [Al (OH)3 ], que é precipitado e CO2:

CaCO3 + H2O Ca 2+ + HCO3 3- + OH –

HCO3 3- + Al 3+ Al (OH)3 + 3CO2

precipita

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Capacidade de assimilação de nutrientes pelas plantas em função do Capacidade de assimilação de nutrientes pelas plantas em função do pH do solopH do solo

Nutrientes pH solo

----------- Nitrogênio ---------------------- Fósforo ------------------------- Potássio ----------------------- Cálcio --------------- ------------ Magnésio ---------- ------------ Enxofre -------------

4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0

----------------------% de assimilação----------------------

203030202040

503235404080

7540701005050

10050906770100

1001001008380

100

100100100100100100

Média 26,7 46,2 64,2 79,5 93,8 100ALCARDE et al. (1989)

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FOSFOGESSOFOSFOGESSO ( (GESSO AGRÍCOLAGESSO AGRÍCOLA ) )

correção da acidez do solo em maiores profundidades;

diminui as [ ]s tóxicas de Al nas camadas subsuperficiais;

aumenta a quantidade de Ca melhorando o ambiente para o

crescimento radicular;

em excesso pode causar o arrastamento do K;

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ELEMENTOS QUÍMICOSELEMENTOS QUÍMICOS

Essenciais

...

Benéficos

...

Tóxicos

Cd, Ni, Pb

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ELEMENTOS ESSENCIAISELEMENTOS ESSENCIAIS

MACRONUTRIENTES

– elementos químicos exigidos em maior quantidade

(g/Kg)

MICRONUTRIENTES

– elementos químicos exigidos em pequena quantidade

(mg/Kg)

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MINERAIS ESSENCIAIS ÀS PLANTA

· C (CO2)

· H (H2O)

· O (H2O)

Solo ou via adubação foliar Macronutrientes Micronutrientes

· N · Ca · B · Fe · Se

· P · Mg · Cl · Mo · Si *

· K · S · Co · Mn · Zn

·Na* (g/Kg) · Cu · Ni (mg/Kg)

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MACRONUTRIENTESMACRONUTRIENTES

Nitrogênio (N) – fundamental tanto para a formação de proteínas, pelo fato de ser um componente essencial dos aminoácidos, quanto para síntese da clorofila, estando envolvido nos processos de fotossíntese.

É um dos nutrientes mais absorvidos pela plantas.

O N nos adubos minerais encontra-se na forma amídica (uréia), amoniacal (sulfato de amônio) e nítrica (nitrato de cálcio).

Apesar de as plantas absorverem N na forma amoniacal (NH4+) e

nítrica (NO3-), no solo, todas as formas transformam-se em algumas

semanas em nitrato, que é pouco retido nas cargas elétricas do solo e, portanto, muito sujeito a perdas por lixiviação.

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Para minimizar as perdas por lixiviação e reduzir os efeitos nocivos do índice salino, os adubos nitrogenados devem ser parcelados.

Quanto maior o teor de areia, mais parcelada deverá ser a adubação nitrogenada.

Outra forma de perda é através da volatilização, principalmente quando aplicada na forma de uréia na superfície do solo, está sujeita à perda da amônia (NH4

+) – enterrio a 5 cm de profund.

Ex. Sulfato de Amônio------ 20% N

Uréia-------------------- 44% N

Salitre do Chile--------- 15% N

Matéria Orgânica------- XX% N

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Fósforo (P) – principal função nos processos que acarreta consumo de energia pelas plantas, tais como respiração, divisão celular e crescimento das células. Elemento responsável pelo crescimento radicular, pela melhoria da qualidade dos frutos e é vital para a formação das sementes.

O P é praticamente imóvel no solo. Somente 5 a 20% do P do adubo é aproveitado no solo.

A aplicação do P a lanço favorece a fixação do elemento às partículas do solo, tornando-o indisponível. Porém a parte disponível fica distribuída no solo proporcionando um crescimento homogêneo das raízes.

A aplicação em covas, sulco ou faixas proporciona o máximo de retorno do investimento em P, porém as raízes se concentram perto do local que recebeu a adubação.

A adubação fosfatada deve ser realizada numa única aplicação, no plantio. Quando em adubação de cobertura em culturas perenes pode ser colocada a dose total do P no primeiro parcelamento dos demais adubos.

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Exs. Fosfato Natural* ----------------- 24% de P 4% solúv.

Fosfato Natural

parcialmente acidulado--- 25% de P 18% "

Fosfato Natural Reativo--------- 28% de P2O5 10% "

Superfostato Simples --------- 18% de P2O 5 16% "

Superfosfato Tripo-------------- 41% de P2O5 37% "

Matéria Orgânica---------------- XX % de P2O5

* devem se moído, incorporados ao solo na aração e gradagem, antes da calagem (60 dias)

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Potássio (K) – é juntamente com o nitrogênio o nutriente absorvido e exportado em maiores quantidade pela planta, superando o P.

O K não forma compostos, permanece livre na planta para regular muitos processos essenciais, incluindo ativação de enzimas, fotossíntese, formação de amido, síntese de proteínas e controle do mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos, responsável pela transpiração e por parte do processo de absorção de água pelas plantas.

Plantas bem nutridas em K são mais eficientes em absorção de água.

Nos solos arenosos, a [K+] na solução do solo decresce rapidamente (lixiviação) necessitando de aplicações frequentes – parcelamento.

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Exs.: Cloreto de Potássio------- 58 % de K2O

Nitrato de Potássio------- 44 % de K2O

Sulfato de Potássio------- 48 % de K2O

Matéria Orgânica-----------XX% de K2O

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Cálcio (Ca) - uma das principais funções do cálcio é a na estrutura da planta, como integrante da parede celular, sendo também indispensável para a germinação do grão de pólen e crescimento do tubo polínico. Deve-se ao Ca a movimentação das graxas nas plantas.

Magnésio (Mg) - entre as principais funções do magnésio nas plantas destaca-se a sua participação molécula na clorofila, na qual o Mg corresponde a 2,7 % do peso molecular; o Mg é também ativador de um grande número de enzimas.

Exs.: Fosfato Natural-------------- 23 a 27% de Ca

Superfosfato Simples------ 18 a 20% de Ca

Superfosfato Triplo--------- 12 a 14% de Ca

Calcário Calcítico --------- 38 % CaO + MgO --- < 5% MgO

Calcário Magnesiano----- 38 % CaO + MgO --- 5 a 12% MgO

Calcário Dolomítico------- 38 % CaO + MgO --- > 5% MgO

Gesso Agrícola------------ 26 a 28% de CaO

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Enxofre (S) – fazem parte de todas as proteínas vegetais.

Apesar de ser classificado um elemento secundário, ao lado do cálcio e do magnésio, juntamente com o N, o P e o K, é um dos nutrientes de que a planta necessita em maior quantidade.

Exs.: Sulfado de Amônio-------------- 22 a 24% de S

Sulfato de Cálcio (gesso)--------------13 % de S

Sulfato de Potássio---------------15 a 17% de S

Superfosfato Simples------------- 10 a 12% de S

Matéria Orgânica------------------------XX% de S

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MICRONUTRIENTESMICRONUTRIENTES

Boro (B) - metabolismo de carboidratos e transporte de açúcares através das membranas; síntese de ácidos nucléicos (DNA e RNA) e de fitohormônios; formação de paredes celulares; divisão celular.

Cloro (Cl) – participa no desdobramento da molécula da água na fotossíntese II. A ATPase localizada no tonoplasto é estimulada especificamente pelo Cl-.

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Cobre (Cu) - ocorre em compostos com funções não tão bem conhecidas como as das enzimas, mas de vital importância no metabolismo das plantas; participa de muitos processos fisiológicos como: fotossíntese, respiração, distribuição de carboidratos, redução e fixação de nitrogênio, metabolismo de proteínas e da parede celular; influência na permeabilidade dos vasos do xilema à água; controla a produção de DNA e de RNA e sua deficiência severa inibe a reprodução das plantas (reduz a produção de sementes e o pólen é estéril); está envolvido em mecanismos de resistência a doenças. A resistência de plantas à doenças fúngicas está relacionada com suprimento adequado de cobre. O Cu influe na uniformidade da florada e da frutificação e regula a umidade natural da planta, aumenta resistência à seca, é importante na formação de nós.

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Ferro (Fe) - ocorre em proteínas dos grupos heme e não-heme e encontra-se principalmente nos cloroplastos; complexos orgânicos de ferro estão envolvidos no mecanismo de transferência de elétrons; Fe-proteínas do grupo não-heme estão envolvidas na redução de nitratos e de sulfatos; a formação de clorofila parece ser influenciada por esse elemento; está diretamente implicado no metabolismo de ácidos nucléicos; exerce funções catalíticas e estruturais.

Manganês (Mn) - sua função mais importante está relacionada com os processos de oxi-redução. A função mais estudada do manganês em plantas refere-se à sua participação no desdobramento da molécula de água e na evolução do O2 no sistema fotossintético (equação de Hill), na fase luminosa, de forma que tem-se a transferência de elétrons para o fotossistema II. As plantas possuem uma proteína contendo manganês, a manganina. O Mn acelera a germinação e aumenta a resistência das plantas à seca, beneficiando o sistema radicular.

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Molibdênio (Mo) - a função mais importante do Mo nas plantas está associada com o metabolismo do nitrogênio. Esta função está relacionada à ativação enzimática, principalmente com as enzimas nitrogenases e redução do nitrato. Este elemento é necessário para Azotobacter na fixação do N2 atmosférico e para a fixação simbiótica do N2 pelas leguminosas.

Zinco (Zn) - a participação mais importante do zinco nos processos metabólicos das plantas é como componente de várias enzimas, tais como: desidrogenases, proteinases, peptidases e fosfohidrogenase. Uma função básica do Zn está relacionada ao metabolismo de carboidratos e proteínas, de fosfatos e também na formação de auxinas, RNA e ribossomas. Existem evidências de que o Zn tem influência na permeabilidade de membranas e é estabilizador de componentes celulares.

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Níquel (Ni) – metaloproteína da enzima urease.

Cobalto (Co) - é um elemento essencial aos microorganismos fixadores de N2, mediante a participação na composição da vitamina B12 e da coezima cobamida, também conhecida como Dacobalamina. A cobamida funciona como ativadora de enzimas importantes que catalizam reações bioquímicas em culturas de bactérias fixadoras de N2, entre as quais o Bradyrhizobium japonicum e seus bacteróides presentes nos nódulos das leguminosas.

Selênio (Se) – Evita o excesso de fosfato e aumenta a resistência da planta contra ataque de insetos. Pode substituir o enxofre.

Silício (Si) -É essencial para a cavalinha ou junco de polimento(Pteridófita), para as outras plantas o Si aumenta a resistênciamecânica da parede celular e a resposta contra patógenos.

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Page 76: Fertilidade-do-solo-adubacao

Exs.: Ácido Bórico

Bórax

Cloreto de Cobalto

Sulfato de Cobre

Sulfato Ferroso

Sulfato Manganoso

Molibdato de Sódio

Sulfato de Zinco

Quelatos – combinação de um agente quelante + íon – “segura”

a molécula para não ocorrer reações de insolubilização

FTE’s – fonte liberam gradualmente: < perda e < risco de

toxidade

Page 77: Fertilidade-do-solo-adubacao

PRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTESPRINCIPAIS MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES

Tratamento de sementes e imersão de raízes

-sementes: muito limitada; imersão: bons resultados

Aplicação no solo

- maior reação das partículas do solo e menor eficiência.

Page 78: Fertilidade-do-solo-adubacao

Adubação foliar

- evita perdas por volatilização, decomposição, fixação e lixiviação;

- Aplicação: pulverização nas folhas preferencialmente nas 1as.

horas do dia.

Page 79: Fertilidade-do-solo-adubacao

ADUBAÇÃO QUÍMICAADUBAÇÃO QUÍMICA

CUIDADOS

Meio ambiente

- salinização do solo;

- incremento de nitrato e nitrito

nas águas subterrâneas;

- energia gasta na produção

dos adubos .

Planta

- Toxidez , “queima”;

- Murcha e seca.

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O crescimento das plantas é controlado pelo recurso mais escasso (fator limitante) e não pela quantidade total de recursos disponíveis.

LEI DO MÍNIMOLEI DO MÍNIMO

Page 81: Fertilidade-do-solo-adubacao

ADUBAÇÃO ORGÂNICAADUBAÇÃO ORGÂNICA

Page 82: Fertilidade-do-solo-adubacao

MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLOMATÉRIA ORGÂNICA NO SOLO

O QUE É?

São resíduos de plantas e animais emvários estágios de decomposição;

Organismos vivos.

IMPORTÂNCIA:

É um grande reservatório de nutrientes;

Afeta diretamente as características físicas, químicas e biológicas do solo.

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A ADIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICAA ADIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA

OS MAIORES BENEFÍCIOS CONSTATADOS SÃO:

  redução do processo erosivo; 

maior disponibilidade de nutrientes às plantas;

maior retenção de água;

menor diferença de temperatura do solo durante o dia e a noite;

estimulação da atividade biológica;

aumento da taxa de infiltração;

maior agregação de partículas do solo.

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SOLO CONVENCIONAL X SOLO ORGÂNICO

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ADUBOS ORGÂNICOSADUBOS ORGÂNICOS

Resíduos de animais e vegetais decompostos

- Estercos

- torta de mamona

- Cama de aviário

- Compostagem

(“curtidos”)

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ASPECTOS FAVORÁVEIS DA ADUBAÇÃO ORGÂNICAASPECTOS FAVORÁVEIS DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA

Utiliza resíduos cujo descarte causaria impactos ambientais;

Tempo de duração:

- o processo de absorção dos nutrientes orgânicos envolve

decomposição e mineralização;

- assim, a adubação orgânica é uma fonte de nutrientes lenta e

duradoura.

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FonteM.O(%)

C/N pH

Macronutrientes (%) Micronutrientes (ppm) Metais pesados Umidade

(%)N P K Ca Mg S Cu Zn Fe Mn B Cd Ni Pb

Esterco de galinha 77 19/1 7,0 2,3 1,3 1,71 2,12 0,47 0,2 36 199 2.152 255 21 - - - 23

Esterco bovino58 32/1 - 1,1 0,1 0,9 0,70 0,30 0,2 25 70 - 620 - - - - -

Palha de café79 29/1 - 1,6 0,1 2,15 0,39 0,12 0,2 10 15 1.375 126 19 - - - 25

Palha de arroz82 79/1 - 0,6 0,04 1,30 0,35 0,16 - 1 17 475 643 3 - - - 25

Capim meloso seco 90 75/1 - 0,7 0,2 0,65 0,83 0,19 - 8 34 2.723 211 1 - - - -

Palha de feijão95 32/1 - 1,6 0,3 1,94 - - - - - - - - - - - -

Palha de milho98 56/1 - 1,0 0,02 0,05 0,06 0,11 - 1 13 170 30 9 - - - -

Composto de lixo urbano - 27/1 - 0,6 0,2 0,30 1,10 0,10 0,2 107 255 - - - 2 25 111 41

Lodo de esgoto- 11/1 - 1,6 0,8 0,20 1,6 0,60 0,2 435 900 - - - 11 362 360 50

Composição química média de várias fontes de matéria orgânica

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RELAÇÃO C/NRELAÇÃO C/N

composição de carbono contida no material em relação ao nitrogênio;

a facilidade de decomposição

depende da relação C/N;

quanto menor a relação C/N,

mais fácil será a sua

decomposição;

Faixa ótima: relação

C/N =20 a 25

Tabela 1. Relações C:N de diferentes resíduos viáveis para compostagem ou

cobertura do solo (valores médios).

Fonte: Parte dos dados desta tabela foram extraídos de Kiehl (1985).

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MILHO

Necessidade da cultura:

Plantio

N 10 Kg/ha

P2O5 70 Kg/ha

K2O 40 Kg/ha

Exemplo de cálculo - Nitrogênio

Quantidade de adubo:

NPK 04 - 14 - 08

4% N – 14% P – 8% K

100 Kg de 04 -14 -08 ----- 4 Kg de N

X -----10 Kg de N

4 X = 1000

X = 1000/4

X = 250 Kg/ha de 04 -14 -08

----------------------------------------------

Esterco de galinha 2,3 % de N

100 Kg de esterco ----- 2,3 Kg de N X -----10 Kg de N

2,3 X = 1000 X = 1000/2,3

X = 435 Kg/ha de esterco de galinha

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Necessidade da cultura:

Cobertura

N 60 Kg/ha

P2O5 00

K 2º 20 Kg/ha

Exemplo de cálculo

Quantidade de adubo:

NPK 20 - 00 - 10

20% N – 00% P2O5 – 10% K2O

100 Kg de 20-00-10 ----- 20 Kg de N

X ----- 60 Kg de N

20 X = 6000

X = 6000/20

X = 300 Kg/ha de 20-00-10

----------------------------------------------

Esterco de galinha

100 Kg de esterco ----- 2,3 Kg de N X -----60 Kg de N

1,6 X = 6000 X = 6000/2,3

X = 2.609 Kg/ha de esterco de galinha

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Custo

04 – 14 – 08

250 Kg 5 sacos

x

R$ 60,00

R$ 300,00

10 – 10 – 10

300 Kg 6 sacos x R$ 65,00 R$ 390,00

300 + 390 = R$ 690,00

Peso total: 850 Kg

Esterco de frango

435 Kg (plantio)

+

2.609 Kg (cobertura)

3.044 Kg (total)

x

R$ 0,14

~ R$ 427,00

Peso total: 3 T

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COMPOSTAGEMCOMPOSTAGEM

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Como funciona a compostagem? 

A compostagem é um processo biológico em que os

microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume,

folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo,

a que se chama composto, e que pode ser utilizado como adubo.

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COMPOSTAGEMCOMPOSTAGEM

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“Tem sido dado falso testemunho ao condenar a terra, a qual, se fosse

devidamente trabalhada, produziria abundante lucro. Os planos acanhados,

o pouco vigor empregado e o reduzido estudo quanto aos melhores

métodos clamam fortemente por reforma. O povo tem de aprender que o

trabalho paciente operará maravilhas. Há muitas queixas acerca da

improdutividade do solo; entretanto, se os homens lessem as Escrituras do

Antigo Testamento, veriam que o Senhor conhece muito melhor do que

eles o que se refere ao apropriado cultivo da terra.”

Fundamentos da Educação Cristã, p.323

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“... o Senhor deseja que tratemos a terra como um tesouro precioso que

nos foi emprestado em confiança.”

Testemunhos Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 245

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“O cultivo do solo - o emprego designado por Deus ao homem no Éden -

abre um campo que oferece a multidões oportunidade para ganhar a

subsistência. 

     Confia no Senhor e faze o bem; 

    Habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado.

Sal. 37:3.” 

A Ciência do Bom Viver p.189

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“Deve-se fazer com que a Terra manifeste sua força; mas, sem a bênção de

Deus, ela nada pode fazer. ... Mas nas profundezas da Terra há bênçãos

ocultas para os que têm coragem, disposição e perseverança para ajuntar

seus tesouros. Pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar

confortável são reis e rainhas.”

Fundamentos da Educação Cristã, p.326-327