Fertirrigação em Hortaliças - Boletim Iac Bt 196 Final
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ISSN 1809-7936
FERTIRRIGAO EM HORTALIAS
Paulo Espndola TRANISebastio Wilson TIVELLI
Osmar Alves CARRIJO
2.a ediorevisada e atualizada
Srie Tecnologia APTABoletim Tcnico IAC, Campinas, n. 196, 2011
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Ficha elaborada pelo Ncleo de Informao e Documentao do Instituto Agronmico
A eventual citao de produtos e marcas comerciais, no expressa, necessariamente,recomendaes do seu uso pela Instituio.
permitida a reproduo, desde que citada a fonte. A reproduo total depende deanuncia expressa do Instituto Agronmico.
Comit Editorial do IACRafael Vasconcelos Ribeiro - Editor-chefeDirceu de Mattos Jnior - Editor-assistenteOliveiro Guerreiro Filho - Editor-assistente
Equipe Participante desta PublicaoReviso de vernculo: Maria Angela Manzi da Silva
Coordenao da Editorao: Marilza Ribeiro Alves de SouzaEditorao eletrnica e Capa: Cntia Rafaela Amaro
Instituto AgronmicoCentro de Comunicao e Transferncia do Conhecimento
Av. Baro de Itapura, 1.48113020-902 - Campinas (SP) BRASIL
Fone: (19) 2137-0600 Fax: (19) 2137-0706www.iac.sp.gov.br
T772f Trani, Paulo EspndolaFertirrigao em hortalias / Paulo Espndola Trani, SebastioWilson Tivelli, Osmar Alves Carrijo. 2. ed.rev.atual. Campinas:Instituto Agronmico, 2011.51p. (Srie Tecnologia APTA. Boletim Tcnico IAC, 196)
ISSN: 1809-7936Verso on-line
1. Fertirrigao - hortalias. I. Tivelli, Sebastio Wilson. II.Carrijo, Osmar Alves. III. Ttulo. IV. Srie.
CDD. 633.61
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SUMRIO
Pgina
RESUMO ................................................................................................... 1
ABSTRACT ................................................................................................ 2
1. INTRODUO ........................................................................................... 22. A GUA E A FERTIRRIGAO ................................................................. 3
2.1 Sistema de filtragem ........................................................................... 4
2.2 Injetores de fertilizantes ...................................................................... 42.2.1 Sistema diferencial de presso ou tanque de fertilizantes .............. 5
2.2.2 Injetores venturi ................................................................................ 52.2.3 Bombas injetoras ............................................................................. 72.3 Manejo da gua de irrigao ............................................................... 8
3. QUALIDADE DA GUA PARA IRRIGAO.............................................. 134 SALINIDADE E SALINIZAO DO SOLO E DOS SUBSTRATOS .......... 145. CARACTERSTICAS DOS FERTILIZANTES PARA A FERTIRRIGAO .. 166. RECOMENDAES DE FERTIRRIGAO PARA HORTALIAS .......... 20
6.1 Morango ............................................................................................... 21
6.2 Pimento ............................................................................................. 22
6.3 Pepino ................................................................................................. 25
6.4 Tomate ................................................................................................. 27
6.5 Alface ................................................................................................... 31
6.6 Melo ................................................................................................... 32
6.7 Fertirrigao para produo de mudas de hortalias ......................... 33
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7. RECOMENDAES PARA FERTIRRIGAO DE HORTALIAS EMOUTROS PASES ..................................................................................... 39
8. CLCULO DE FERTIRRIGAO COM A MISTURA DE FERTILIZANTESSIMPLES ................................................................................................... 45
9. CONCLUSES .......................................................................................... 46AGRADECIMENTOS ................................................................................. 48
REFERNCIAS ......................................................................................... 49
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FERTIRRIGAO EM HORTALIAS
Paulo Espndola TRANI (1)Sebastio Wilson TIVELLI (2)
Osmar Alves CARRIJO (3)
(1) Pesquisador Cientfico, Dr., Instituto Agronmico, Caixa Postal 28, 13001-970 Campinas(SP). [email protected](2) Pesquisador Cientfico, Dr., Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de So Roque, Av.Trs de Maio, 900, 18133-445 So Roque (SP). [email protected](3) Pesquisador Cientfico, PhD., Embrapa Hortalias, Caixa Postal 218, 70359-970 Braslia (DF)In memoriam
RESUMO
De uma rea estimada de 880.000 ha com hortalias cultivadas no Brasil, oEstado de So Paulo possui cerca de 139.000 ha, estimando-se 2% dessa rea sobcultivo protegido. A produo anual atingiu 4,8 milhes de toneladas em 2007. Autilizao da fertirrigao feita principalmente pelo sistema de gotejamento, comfertilizantes simples slidos solveis em gua, ou frmulas lquidas e slidas. Nestetrabalho so apresentadas as caractersticas dos equipamentos e os clculosnecessrios para o manejo correto da gua de irrigao, sendo tambm fornecidasas recomendaes de fertirrigao (fertilizantes, doses e freqncia de aplicao)para as culturas de pimento, tomate, pepino, melo e alface, cultivados sob estufaplstica e para morango no campo, em diversas regies do Estado. Soapresentadas, ainda, tabelas de fertirrigao para hortalias em outros Estados eoutros pases. So tambm mencionados os nveis crticos (valores mximos) deelementos e outros parmetros na gua de irrigao para hortalias.
Palavras-chave: manejo de fertirrigao, fertilizantes, hortalias.
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P.E. TRANI; S.W. TIVELLI e O.A. CARRIJO
2 Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
ABSTRACT
VEGETABLE CROPS FERTIGATION
From an estimated area of 880,000 ha with vegetables grown in Brazil, theState of Sao Paulo has about 139,000 ha. Two per cent of these areas areprotected by polyethylene covered. The annual production reached 4.8 millionstons in 2007. Vegetable crops fertigation is mainly applied through drip irrigation,with simple fertilizers or formulations. The equipments characteristics and thenecessary calculations to correct water irrigation are presented on this paper andfertigation recommendation (fertilizers source, number and frequency of application)to crops: bell pepper, tomato, cucumber, melon and lettuce grown under plasticcover and strawberries cultivated in the field at different regions in the Sao PauloState. Tables of vegetables fertigation requirements for other states and othercountries are also mentioned. The critical element rate (maximum values) andother irrigation water parameters for vegetables are also presented.
Key words: fertigation, fertilizers, vegetables.
1. INTRODUO
O cultivo de hortalias no Estado de So Paulo representa 23,4% daproduo brasileira da rea plantada, com aproximadamente 139.000 hacultivados anualmente. A produo anual atingiu 4,8 milhes de toneladas em2007 (CAMARGO et al., 2009). Estima-se ainda que a populao do Estado deSo Paulo consuma 40% do total nacional, importando ainda de outros Estadose Pases, parte das hortalias aqui consumidas.
A maior parte da produo feita no campo (a cu aberto), e a adubaorecebida provm dos fertilizantes slidos aplicados em adubaes de plantio ede cobertura, a exemplo de outras culturas.
Em anos recentes, com a utilizao da irrigao localizada, gotejamentoe microasperso, e o aumento da rea com cultivo protegido, principalmenteestufas plsticas, observou-se um crescimento substancial no uso dafertirrigao para hortalias. A maior facilidade de acesso aos pontos decomercializao de fertilizantes altamente solveis e a disponibilidade deassistncia tcnica especializada nas empresas privadas e instituiesgovernamentais, tambm contribuem para atender a crescente demanda pelasinformaes sobre fertirrigao, por parte dos produtores de hortalias.
O objetivo deste trabalho apresentar dados sobre a fertirrigao, quanto caractersticas dos equipamentos utilizados e o clculo para manejo da guade irrigao sendo tambm apresentadas as recomendaes de doses e perodos
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Fertirrigao em hortalias
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de aplicao de fertilizantes para diversas hortalias cultivadas sob estufaplstica e no campo, em diferentes regies do Estado de So Paulo.
Foram pesquisadas entre 1994 e 2011 informaes de produtores dehortalias e engenheiros agrnomos das principais regies produtoras do Estado,alm de observaes prprias em diferentes localidades. Os dados foram obtidosde produtores com, no mnimo, cinco anos de experincia em produo dehortalias.
So tambm apresentadas informaes sobre fertirrigao em outrosEstados brasileiros e outros pases.
2. A GUA E A FERTIRRIGAOO uso de gua pelas plantas e, portanto, todos os processos fisiolgicos
esto diretamente relacionados ao seu status no sistema solo-gua-planta-clima.Assim, o conhecimento das inter-relaes entre esses fatores fundamentalpara o planejamento e a operao de sistemas de irrigao para se obter mximaproduo e boa qualidade do produto. atravs do fluxo de gua no sistemasolo-planta-atmosfera que ocorre a absoro da maioria dos nutrientes pelasplantas, o resfriamento da superfcie foliar pela perda de calor, a troca gasosaentre a planta e atmosfera e a abertura dos estmatos para a absoro de luz noprocesso de fotossntese.
A fertirrigao a prtica de fertilizao das culturas atravs da gua deirrigao. o melhor e mais eficiente mtodo de adubao das culturas, poiscombina a gua e os nutrientes, que juntamente com a luz solar so os fatoresmais importantes para o desenvolvimento e a produo das culturas. Uma boacombinao desses dois fatores determina o rendimento e a qualidade dashortalias.
Para a correta prtica da fertirrigao deve-se utilizar um sistema deirrigao apropriado, dotado dos equipamentos e acessrios necessrios e autilizao de fontes de nutrientes solveis em gua.
Os sistemas de irrigao pressurizados so os mais eficientes para afertirrigao, sendo que a uniformidade de distribuio dos nutrientes estdiretamente relacionada com o coeficiente de uniformidade da gua de irrigao.
Foi com o advento da irrigao localizada, microasperso e gotejamento,que a prtica da fertirrigao se popularizou no mundo. caracterstica dessessistemas de irrigao a utilizao de um cabeal de controle completo, linhasde distribuio de gua e pequenos emissores de gua. O cabeal de controle constitudo, entre outros, por um sistema de filtragem, injetores de fertilizantes,registros e vlvulas reguladoras de presso e vazo que permitem tambm aautomao do sistema (Figura 1).
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2.1 Sistema de filtragem
O sistema de filtragem deve ser eficiente na retirada das impurezas dagua de irrigao. comum a utilizao de diferentes tipos de filtros paramelhorar a eficincia da filtragem. Para guas ricas em material orgnico e siltedeve-se usar um filtro de areia. O filtro de tela ou de disco usado aps osistema de injeo de fertilizantes para evitar que material slido no dissolvido,proveniente dos fertilizantes e areia do filtro sejam carreados com a gua deirrigao e obstrua os orifcios dos emissores. Quando se usa gua de boaqualidade, somente os filtros de tela ou disco so suficientes. Segundo BETTINI(1999), os filtros de tela so menos eficientes do que os de disco, maspossibilitam boa eficincia de lavagem. Para microasperso devem ser utilizadosfiltros de 80 a 120 mesh, e para gotejamento, de120 a 200 mesh.
2.2 Injetores de fertilizantes
Os sistemas de irrigao pressurizados (piv central, asperso emicroirrigao) podem ser dotados de equipamentos de injeo de fertilizantesna gua de irrigao. A injeo de fertilizantes pode ser quantitativa (ou noproporcional) e proporcional. A injeo quantitativa se caracteriza pela diluioda soluo de fertilizantes com o tempo de injeo e expressa em kg.ha-1por dia. Por outro lado, a injeo proporcional caracterizada pela no-variaoda concentrao da soluo de fertilizantes com o tempo e expressa emg.m-3 de gua (MONTAG, 1999).
Figura 1. Cabeal de controle automtico. Foto: OSMAR ALVES CARRIJO.
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2.2.1 Sistema diferencial de presso ou tanque de fertilizantes
Os primeiros injetores de fertilizantes utilizados no mundo eram tanquesmetlicos com uma abertura no topo para colocao do adubo e instalados emparalelo tubulao de irrigao. A tubulao de entrada da gua no tanque iaat ao seu fundo enquanto a de sada era instalada no topo do tanque (Figura2A). relatado na literatura que para fertilizantes j dissolvidos, um volumequatro vezes maior que o do tanque deve passar por ele para injetar 98% dasoluo. Por exemplo: se o volume do tanque de 100 litros e a vazo quepassa por ele de 10 L min-1 ento o tempo mnimo de injeo deve ser t =100*4/20 = 20 minutos. As principais vantagens do sistema diferencial de pressoso baixo custo e pequena perda de carga do sistema.
Apresenta como desvantagens a dificuldade de controle da vazo quepassa pelo interior do tanque, a variao da concentrao da soluo com otempo e a necessidade de um tempo relativamente longo para injeo de todoou quase todo o fertilizante dissolvido. Portanto, no o sistema de injeomais recomendvel para sistemas com baixa capacidade de reteno de guacomo os solos arenosos ou leves e a maioria dos substratos agrcolas. Nafigura 2B, pode ser visto um tanque de injeo, primeiramente instalado em umexperimento de fertirrigao de tomate em 1976, na antiga UEPAE de Braslia,hoje Embrapa Hortalias.
2.2.2 Injetores venturi
O sistema venturi foi o responsvel pela popularizao da fertirrigao,principalmente nos sistemas de irrigao localizados, devido ao baixo custo e simplicidade. O princpio de funcionamento do venturi muito simples econsiste de um tubo, geralmente de plstico, com uma grande constrio interna(Figura 3). O fluxo de gua antes da constrio est escoando com uma
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Figura 2. Esquema do tanque de injeo de fertilizante (A) e primeiro tanque utilizado naEmbrapa Hortalias (Ex.: UEPAE de Braslia) em 1976 (B). Foto: OSMAR ALVES CARRIJO.
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velocidade v, na constrio interna; para fluir a mesma quantidade de gua h umaumento da velocidade para V, que retorna velocidade normal aps a constrio.
A reduo brusca do dimetro da tubulao causa grande perda de carganeste ponto e provoca presso negativa (vcuo parcial) no local da constrio.Esse vcuo o responsvel pela suco da soluo de fertilizantes. As principaisvantagens do sistema venturi so: baixo custo, facilidade de uso, boafundamentao terica, e ter relativamente boa preciso. A desvantagem dosistema a grande perda de carga, que pode causar problemas na uniformidadede aplicao de gua e, consequentemente, reduzir tambm a uniformidade daaplicao dos nutrientes.
O sistema de injeo tipo venturi geralmente instalado em paralelo tubulao principal de gua (Figura 4A), e usa de 30% a 50% da presso deservio do sistema de irrigao. Na prtica, esse fato representa gasto extra deenergia, pois o sistema de irrigao tem que ser dimensionado com essa pressoadicional, utilizada somente quando da fertirrigao. Esse problema no tosrio em pequenas instalaes, sobretudo em cultivo protegido, pois geralmentese trabalha com excesso de presso e faz-se sua reduo com dispositivostipo reguladores de presso. No entanto, para instalaes maiores poderepresentar um gasto extra de energia bastante alto, alm de prejudicar adistribuio de gua e nutrientes. Para contornar esse problema, usualmente,usa-se uma bomba pequena (booster) para proporcionar a presso extranecessria ao funcionamento do venturi (Figura 4B).
Figura 3. Esquema do injetor tipo venturi.
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2.2.3 Bombas injetoras
As bombas injetoras aplicam a soluo de nutrientes de um tanque dearmazenamento diretamente na tubulao principal. Existe uma variabilidadeenorme de tipos de bombas injetoras, desde pequenas bombas de laboratrioat grandes bombas centrfugas. A energia para o funcionamento dessas bombaspode ser: hidrulica, eltrica e de combusto interna.
As principais vantagens dessas bombas so as seguintes: bastanteprecisas; prestam-se fertirrigao proporcional; no causam perdas de cargae so prprias para a automao do sistema de irrigao. A grande desvantagem que so caras e seu funcionamento, bastante complicado com grande nmerode peas, o que aumenta a probabilidade de quebras e defeitos. As bombashidrulicas (Figura 5) utilizam a prpria energia da gua de irrigao para o seufuncionamento e podem ser de diafragma e pisto.
A
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Figura 4. Injetor de fertilizantes tipo venturi, instalado em paralelo tubulao principal (A) ecom uma bomba booster para aumento de presso (B).
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Figura 5. Tipos de bombas injetoras hidrulicas (A e B) e bomba dosadora (C). Foto: OSMAR ALVES CARRIJO.
2.3 Manejo da gua de irrigao
A eficincia da fertirrigao determinada, em grande parte, pelo bomfuncionamento do sistema de irrigao. Alm de um sistema de irrigao bemdimensionado para boa uniformidade de aplicao de gua e fertilizantes, deve-se dar bastante ateno ao manejo da gua na cultura para que no ocorradeficincia ou lixiviao de nutrientes.
Para o bom manejo da irrigao, deve-se levar em considerao afrequncia de irrigao e o volume de gua a ser aplicado. Os mesmos parmetrospara determinar o volume de gua e a frequncia de irrigao podem ser usadospara o clculo do tempo de irrigao. O tempo de irrigao muito til para aautomao dos sistemas usando temporizadores e vlvulas solenides(CARRIJO et al. 1999). Portanto, ser descrito neste trabalho, mtodos demanejo que contemplem a determinao do tempo de irrigao.
O momento de irrigao e sua frequncia podem ser determinados comuso de tensimetros, com a evapotranspirao da cultura, ou ambos. Para se
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usar o tensimetro no manejo necessrio se conhecer a tenso crtica parareinicio das irrigaes, menores do que nos outros sistemas e devem estar aoredor da capacidade de campo (Tabela 1). Quando se usa o tanque classe A, afrequncia pode-se determinar com o tensimetro ou fixada.
Para as hortalias de modo geral, o turno de rega fixo deve ser pequeno.Por exemplo, no sistema de irrigao por gotejamento de 1 a 2 dias. Nestetrabalho ser prioritariamente descrito o manejo da irrigao com base naevapotranspirao da cultura (ETc).
Para se determinar o tempo e a quantidade de gua de irrigao, usandoa evapotranspirao da cultura h necessidade de se determinar aevapotranspirao de referncia (ET0). A evapotranspirao de referncia podeser estimada com o uso do tanque classe A ou com as equaes meteorolgicas.
Usando um tanque Classe A para estimar a ET0 deve-se multiplicarevaporao da gua do tanque classe A (EVA), no intervalo entre duas irrigaesconsecutivas, pelo Kp do tanque: ET0 = Kp*EVA
O Kp do tanque funo da cobertura de solo (bordadura) onde instaladoo tanque, da velocidade do vento e da umidade relativamdia do ar, variando de0,60 a 0,85, para tanques instalados a cu aberto (fora das estruturas deproteo). A tabela de Kp proposta pela FAO apresentada na tabela 2.
A evapotranspirao da cultura dada por: ETC = KC*ET0, onde: KC umcoeficiente que ajusta a estimativa do consumo de gua para a fase dedesenvolvimento de cada cultura. Os valores de coeficiente da cultura (Kc) paraalgumas hortalias so apresentados na tabela 3.
Tabela 1. Tenso crtica de gua no solo, para reinicio das irrigaes em algumashortalias
Hortalia Tenso (kPa) Hortalia Tenso (kPa)Alface 10-20 Pimento 10-30Melo 10-50 Tomate de mesa 10-30Pepino 15-50 Hortalias em geral 10-30
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Tabela 3. Coeficiente de cultura (Kc) para a estimativa do consumo de gua paraalgumas hortalias
Hortalia Fases de desenvolvimento da culturaI II III IV*
Abbora 0,50 0,70 1,00 0,80Alface 0,85 0,90 1,00 0,95
Batata 0,50 0,80 1,10 0,80
Berinjela 0,40 0,75 1,10 0,80Brssicas 0,40 0,80 1,10 0,90Cenoura 0,60 0,80 1,10 0,80Melancia 0,40 0,80 1,05 0,70
Melo 0,35 0,70 1,05 0,70Pepino 0,35 0,70 1,00 0,75Pimento 0,40 0,70 1,05 0,85Tomate 0,40 0,75 1,10 0,80
Vagem 0,40 0,75 1,05 0,90
I - Emergncia at 10% do desenvolvimento.II - De 10% at 75% do desenvolvimento (florao).III - Da florao at o incio de maturao.IV - Da maturao at a ltima colheita.Fonte: Adaptado de DOORENBOS e PRUITT (1977) e DOORENBOS e KASSAM (1979).
O tempo de irrigao pode ento ser calculado pela seguinte equao:
onde: Ti o tempo de irrigao (em minutos); ETc a evapotranspiraoentre duas irrigaes consecutivas (em mm); dg a distncia entre dois gotejadores(em m); dL o espaamento entre linhas de irrigao (em m); Efi a eficinciado sistema (cerca de 0,6 para asperso, 0,7-0,9 para microasperso e 0,90-0,95 para gotejamento) e Qg a vazo do gotejador (em L h-1).
Deve-se notar que a evapotranspirao da cultura na irrigao porgotejamento menor que em outros mtodos de irrigao, pois nem toda asuperfcie do solo molhada, o que significa que h uma perda menor de gua
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12 Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
por evaporao. Dessa maneira, a evapotranspirao da cultura (ETc) deve serajustada para compensar essa menor perda por evaporao, o que pode serfeito usando a relao:
onde: As a estimativa (em porcentagem) da rea sombreada pela cultura
ao meio dia, conforme relatado por Keller e Bliesner (1990) e as outras variveisconforme j descrito.
Exemplo: Um produtor deseja irrigar uma cultura de tomate j em plenaproduo (100 dias) com um sistema de irrigao por gotejamento. Foiestabelecido um turno de rega fixo de um dia. Observou-se que a culturasombreava 70% da rea ao meio-dia.
A evaporao do tanque classe A instalado na estao meteorolgica dacidade vizinha registrou uma evaporao de 5,5 mm no dia anterior, e foi-lheinformado que o Kp do tanque para essa poca era de 0,80. O Kc para a culturade tomate com essa idade de 1,1 (Tabela 3). Como se estava usandogotejadores com vazo de 1,70 L h-1, com espaamento entre gotejadores de0,30 m e entre linhas de 1,00 m, a eficincia de irrigao estimada em 90%.Calcula-se o tempo de irrigao para repor a quantidade de gua evapotranspiradano perodo da seguinte maneira:
1) Primeiro deve-se calcular a ET0 da cultura:ET0 = (EVA x Kp) = (5,5 x 0,80) = 4,4 mm2) Depois a evapotranspirao da cultura - ET
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ETc = KC x ET0 = 1,1 x 4,4 =~ 4,8 mm
3) Depois a evapotranspirao da cultura para a irrigao porgotejamento - ET
cg
ETcg = ETc x [0,1x(As)1/2] = 4,8 x [0,1x(70)1/2] =~ 4,0 mm
4) E finalmente o tempo de irrigao - TiTi = (ET
cg x 60)(dg x dL)/(Efi x Qg)Ti = (4,0 x 60)(0,3 x 1,0)/(0,9 x 1,7) =~ 47 minutosDeve-se, portanto, irrigar a cultura do exemplo por 47 minutos para repor
ao solo a gua evapotranspirada.
(((( ))))
====
2/11,0 sAECKKETc Apc
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3. QUALIDADE DA GUA PARA IRRIGAONo se observa de maneira geral, preocupao dos produtores de
hortalias, quanto s caractersticas da gua de irrigao, a no ser quando hocorrncia de problemas como queima das plantas, entupimento dos orifciosdos gotejadores ou microaspersores.
Na tabela 4 so apresentados parmetros para avaliao da qualidadeda gua de irrigao para hortalias, referentes aos nveis crticos acima dosquais podero ocorrer danos ao desenvolvimento das hortalias, ou possibilidadede formao de resduos causando problemas nos sistemas de irrigao, ouainda possibilidade de reaes qumicas, afetando a disponibilidade deelementos minerais, entre outras consequncias.
O pH da gua no deve ser inferior a 5,0-5,5. A condutividade eltrica dagua (C.E.) era expressa em mmhos cm-1, posteriormente em (Siemens) dS m-1 eatualmente em mS cm-1. Deve-se observar que 1 dS m-1 = 1 mS cm-1, correspondea aproximadamente 640 mg de sal por litro de gua. O termo RAS significa arelao de adsoro de sdio, sendo dado pela equao: RAS=Na/[(Ca+Mg)/2]1/2
A literatura internacional mostra que h comportamentos distintos dasdiferentes hortalias com relao tolerncia ao eventual excesso de elementoscomo o boro, sdio, cloro, tanto na gua de irrigao como no solo, conformecitado por LORENZ e MAYNARD (1988) e VIVANCOS (1993) entre outros autores. Abeterraba e a cebola, por exemplo, toleram at 4 mg L-1 de boro na gua deirrigao, enquanto quantidades em torno de 1 a 2 mg L-1 de boro prejudicam odesenvolvimento de outras hortalias como pimento, alcachofra e feijo vagem.
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Tabela 4. Faixas de valores mximos ou nveis crticos de diferentes parmetrosna gua de irrigao para hortalias
Parmetros* Valores mximos Parmetros* Valores mximospH 7,0 - 7,5 Si 5 - 10C.E. (mS cm-1) 0,5 - 1,2 Pb 0,1RAS 3 - 6 Co 0,05 - 0,10Bicarbonatos 60 - 120 Ni 0,2 - 0,5Slidos sol. totais (TDS) 480 - 832 Al 5Na 50 - 70 F 0,2 - 1,0Ca 80 - 110 Mo 0,01 - 0,1Mg 50 - 110 Se 0,01 - 0,02N total 5 - 20 V 0,1N03- 5 - 10 Li 0,07 - 2,50N H4+ 0,5 - 5 Cr 0,05 - 0,10N02- 1,0 Be 0,1 - 0,5S04- 100 - 250 As 0,05 - 0,10H2S 0,2 - 2,0 Ba 1,0K 5 - 100 Hg 0,002P 30 Cd 0,01Cl 70 - 100 CN - 0,2Fe 0,2 - 1,5 Sn 2,0Mn 0,2 - 2,0 Fenois 0,001Cu 0,2 - 1,0 Col. fecal ** 1.000Zn 1,0 - 5,0 Col. total ** 5.000B 0,5 - 1,0
*: Valores em mg.L-1 com exceo do pH, C.E. e RAS.**: coliformes em nmp (nmero mais provvel) em 100 mL de gua.Fonte: Adaptado de CABRAL e CUNHA (1985); LORENZ e MAYNARD (1988); ANNIMO (1992); GHEYIet ali (1999); So Paulo (2000); TAVEIRA (2000); BOVI (Comunicao pessoal, 1997).
4. SALINIDADE E SALINIZAO DO SOLO E DOS SUBSTRATOSA salinizao o processo de aumento de concentrao de sais na
superfcie do solo (ou dos substratos), trazendo prejuzos ao desenvolvimento e produo de hortalias e outras culturas.
A gua de irrigao, alguns fertilizantes de alto ndice salino, a evaporaoda gua de superfcie e a m drenagem de alguns solos e substratos so emparte responsveis pelo aumento na salinizao. Umas das maneiras de semedir a salinidade dos substratos e do solo consiste na determinao da
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condutividade eltrica (C. E.), em que se mede a concentrao de ons em umasoluo gua:solo, ou gua:substrato em geral na proporo 2:1.
A tabela 5, citada por TAVEIRA (2000), mostra os efeitos de diferentesfaixas de salinidade em substratos, utilizados para produo de mudas dediferentes plantas. A interpretao dessa tabela pode ser estendida para o efeitoda salinidade no solo sobre as culturas.
Algumas medidas para se evitar ou minimizar os efeitos da salinizaoso: incorporar fertilizantes orgnicos no solo; aplicar cobertura morta (mulching)para diminuir a evaporao da gua de superfcie; utilizar fertilizantes com baixondice salino; realizar periodicamente irrigao com gua pura visando lavagemdos sais em excesso, arao e gradeao do solo com diferentes profundidadesevitando-se a compactao e facilitando a drenagem.
Sempre que for possvel, importante alternar os perodos entre aplicaode fertilizantes e gua pura.
Tabela 5. Efeito de diferentes nveis de salinidade de substratos e do solo sobreo desenvolvimento das plantas (valores vlidos para uma soluo na propor-o gua: solo de 2:1)
Condutividade Eltrica mS cm-1 Interpretao
< 0,24 Baixa
0,25 - 0,75 Adequada para mudas pequenas e plantas sensveis salinidade
0,76 - 1,75 Adequada para plantas j estabelecidas ou adultas.Faixas superiores podem reduzir o crescimento deespcies e variedades mais sensveis.
1,76 - 2,25 Elevada, os limites superiores podem resultar em queimasde bordos das folhas. Nesses nveis no se recomendadeixar secar o substrato.
> 2,25 Alto potencial de queima das folhas, com danos aosistema radicular e paralizao do crescimento.Possveis sintomas de murchamento das plantas.
Fonte: TAVEIRA (2000).
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5. CARACTERSTICAS DOS FERTILIZANTES PARAFERTIRRIGAO
No clculo das quantidades de fertilizantes a serem aplicados s culturasem geral, deve-se conhecer sua composio e os teores de nutrientes. Almdisso, os adubos de alta solubilidade so os mais indicados para a fertirrigao,evitando-se problemas de entupimento dos equipamentos por sais nodissolvidos. A tabela 6 apresenta a composio, os teores de nutrientes e asolubilidade de alguns fertilizantes comerciais.
Os fertilizantes, em geral, contm sais que podem elevar a concentraosalina da gua de irrigao com conseqncias negativas para o desenvolvimentodas hortalias cultivadas no solo. Segundo PAPADOPOULOS (1999), a gua deirrigao com a condutividade eltrica (CE ou EC) superior a 1,44 e 2,88 mScm-1 apresenta riscos, respectivamente, de salinizao moderada e alta.
O efeito residual dos fertilizantes sobre o pH do solo e da gua de irrigao,pode ser estimado conhecendo-se os ndices de acidez e alcalinidade dessesprodutos.
O ndice salino, a condutividade eltrica e o ndice de acidez e alcalinidadede alguns fertilizantes so apresentados na tabela 7.
Deve-se tambm conhecer a compatibilidade dos adubos quando de suamistura para aplicao na gua de irrigao. Os adubos contendo fsforo eenxofre no devem ser misturados queles que contenham clcio, evitando-sea formao de fosfatos e sulfatos insolveis.
Uma maneira prtica de se evitar este problema consiste em aplic-losseparadamente, por exemplo, de manh e tarde. Sempre que possvel deve-se proceder as misturas de fertilizantes no fim da tarde, pois alguns resduosque no se dissolverem durante noite devero se depositar no fundo dostanques, diminuindo-se os riscos de entupimento do sistema de irrigao.
Tabela 6. Composio, teores de nutrientes e solubilidade de fertilizantes co-merciais
Fertilizante Frmula Teor do elemento (%)Solubilidade (g L-1)
20 oC 25 oCNitrogenados
Nitrato de Amnio NH4NO3 33(N) 1.950 -Nitrato de Clcio Ca(NO3)2 15(N) 20(Ca) 1.220 3410Nitrato de Sdio NaNO3 16(N) 730 920Sulfato de Amnio (NH4)2SO4 20(N) 24(S) 710 -Ureia CO(NH2)2 45(N) 1.030 1190
Continua
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Fertirrigao em hortalias
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Tabela 6. Continuao
Fertilizante Frmula Teor do elemento (%)Solubilidade (g L-1)
20 oC 25 oCFosfatados
Superfosfato Ca(H2PO4)2 . 2H20+CaSO4 18(P2O5) 20(Ca)12(S) 20 -SimplesSuperfosfato Triplo Ca(H2PO4)2 . 2H20 43(P2O5) 12(Ca)1(S) 40 -cido Fosfrico H3PO4 55(P2O5) 460 5480
Potssicos
Cloreto de Potssio KCl 60(K2O) 347 -Sulfato de Potssio K2SO4 50(K2O) 18(S) 110 -Sulfato duplo de K2SO4 . 2MgSO4 26(K2O) 10(Mg) 15(S) 250 -Potssio e Magnsio
Nitrogenados-Fosfatados
Fosfato Monoamnico (MAP) NH4H2PO4 10(N) 52(P2O5) 230 -MAP cristal (purificado) NH4H2PO4 11(N) 60(P2O5) 370 -Fosfato Diamnico (DAP) (NH4)2HPO4 17(N) 44(P2O5) 430 -Fosfato de Ureia CO(NH2)2H3PO4 18(N) 44(P2O5) 625 Alta
Nitrogenados-Potssicos
Nitrato de Potssio KNO3 13(N) 44(K2O) 320 -Salitre Potssico NaNO3 KNO3 15(N) 14(K2O) 623 -
Fosfo-Potssicos
Fosfito de potssio KH2PO3 58(P2O5) 38(K2O) alta altaFosfato Monopotssico KH2PO4 51(P2O5) 33(K2O) 230 330(MKP)Fosfato Bipotssico K2HPO4 40(P2O5) 53(K2O) 1.670 -
Clcicos
Cloreto de Clcio CaCl2 . 5H2O 20(Ca) 670 -penta-hidratadoCloreto de Clcio CaCl2 . 2H2O 27(Ca) 980 -bi-hidratadoSulfato de Clcio CaSO4 . 2H2O 18(Ca) 16(S) 2,4 -(gesso)
Magnesianos
Nitrato de magnsio Mg(NO3)2 . 6H2O 9(Mg) 11(N) 720 -Sulfato de magnsio Mg(SO4)2 . 7H2O 9,5(Mg) 12(S) 710 -
Continua
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Tabela 6. Concluso
Fertilizante Frmula Teor do elemento (%)Solubilidade (g L-1)
20 oC 25 oCMicronutrientes
Borax Na2B4O7 . 10H2O 11(B) 21(1) -Solubor Na2B8O13 . 4H2O 20(B) 220(1) -cido Brico H3BO3 17(B) 63(2) -Molibdato de sdio Na2MoO4 . 2H2O 39(Mo) 580 -Molibdato de (NH4)6Mo7O24 4H2O 54(Mo) 7(N) 430(1) -amnioSulfato de cobre CuSO4 . 5H2O 25(Cu) 12(S) 240 -Sulfato ferroso FeSO4 . 7H2O 19(Fe) 10(S) 330 -Sulfato de ferro Fe2(SO4)3 . 4H2O 23(Fe) 18(S) 240 -Cloreto frrico FeCl3 . 6H2O 20(Fe) 30(Cl) 92 -Sulfato de mangans MnSO4 . 4H2O 25(Mn) 14(S) 1.050(1) -Sulfato de zinco ZnSO4 . 7H2O 21(Zn) 11(S) 960 -hepta-hidratadoSulfato de zinco ZnSO4 . H2O 35(Zn) 17(S) 670 -mono-hidratadoSulfato de cobalto CoSO4 . 7H2O 22(Co) e o 11(S) 330 -
(1) Solubilidade a 0 OC. (2) Solubilidade a 30 OC.Fonte TRANI e TRANI, 2011 (adaptado)
Tabela 7. ndice salino, condutividade eltrica, ndice de acidez e alcalinidade epH de fertilizantes comerciais
Condutividade ndice de acidez pH emFertilizantes ndice salino(1)
eltrica(2) (mS.cm-1) e alcalinidade(3) gua(1:10)Nitrato de Amnio 105 1,5 + 62 5,6Ureia 75 - + 71 7,3Sulfato de Amnio 69 2,1 + 110 4,2Nitrato de Clcio 52 1,2 - 20 -Nitrato de Sdio 100 - - 29 9,6Uran - 1,1 + 57 -Fosfato Monoamnico 30 0,8 + 58 4,5(MAP)Fosfato Diamnico 34 - + 75 7,5(DAP)Fosfato de Ureia - 1,2 - 2,7
Continua
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Tabela 7. Concluso
Condutividade ndice de acidez pH emFertilizantes ndice salino(1)
eltrica(2) (mS.cm-1) e alcalinidade(3) gua(1:10)cido Fosfrico - 1,7 + 110 2,6(54% P2O5)Cloreto de Potssio 116 1,7 0 5,8
Sulfato de Potssio 46 1,4 0 5,7
Nitrato de Potssio 74 1,3 - 6,5
Sulfato de Potssio 43 - 0 5,3 e Magnsio
Salitre Potssico 92 - - 29 -
Fosfato Monopotssico 8 0,7 0 4,5(MKP)(1) ndice relativo ao nitrato de sdio (valor 100).(2) Determinada na concentrao de 1 g de fertilizante por litro de gua.(3) Sinal + (acidez): kg de CaCO3 necessrio para neutralizar 100 kg de fertilizanteSinal - (alcalinidade): kg de CaCO3 adicionados pela aplicao de 100 kg de fertilizante.
As tabelas 8 e 9, respectivamente, mostram a compatibilidade e solubilida-de de misturas de diferentes fertilizantes comerciais, segundo diversos autores.
Tabela 8. Compatibilidade de misturas de fertilizantes comerciais, para fertirrigaoFertiliz. NA Uria SA MAP DAP MKP KCI K2S04 KNO3 NC NMg
NA - Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Ureia Sim - Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
SA Sim Sim - Sim Sim No Sim* Sim* Sim** Sim* Sim
MAP Sim Sim Sim - Sim Sim Sim Sim Sim No No
DAP Sim Sim Sim Sim - Sim Sim Sim Sim No No
MKP Sim Sim No Sim Sim - Sim No Sim No*** No
KCI Sim Sim Sim* Sim Sim Sim - Sim Sim Sim Sim
K2SO4 Sim Sim Sim* Sim Sim No Sim - Sim** No Sim
KNO3 Sim Sim Sim** Sim Sim Sim Sim Sim** - Sim Sim
NC Sim Sim No* No No No*** Sim No Sim - Sim
NMg Sim Sim Sim No No No Sim Sim Sim Sim -
*: Solubilidade da mistura como solubilidade de SA. **: Solubilidade da mistura como solubi-lidade de K2SO4. ***: Solubilidade limitada dependendo das quantidades (concentraes)misturadas. NA = Nitrato de amnio; SA = Sulfato de amnio; NC = Nitrato de Clcio; NMg =Nitrato de Magnsio.Fonte: SHIGUEMORI (1999).
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Ureia
Nitrato de amnio C
Sulfato de amnio C C
Nitrato de clcio C C I
Nitrato de potssio C C C C
Cloreto de potssio C C C C C
Sulfato de potssio C C SR I C SR
Fosfato de amnio C C C I C C C
Fe, Zn, Cu e Mn sulfato C C C I C C SR I
Fe, Zn, Cu e Mn quelato C C C SR C C C SR C
Sulfato de magnsio C C C I C C SR I C C
cido fosfrico C C C C C C C C SR I Ccido sulfrico C C C I C C SR C C C C Ccido ntrico C C C C C C C C I C C C C
Tabela 9. Solubilidade de misturas de fertilizantes lquidos (algumas formula-es so incompativeis em altas concentraes na soluo-estoque, devendoser evitadas)
FertilizantesUr
eia
Nitra
to d
e am
nio
Sulfa
to d
e am
nio
Nitra
to d
e c
lcio
Nitra
to d
e po
tss
io
Clor
eto
de p
ots
sio
Sulfa
to d
e po
tss
io
Fosf
ato
de a
mn
io
Fe,Z
n,Cu
e M
n su
lfato
Fe,Z
n,Cu
e M
n q
uelat
o
Sulfa
to d
e m
agn
sio
cido
fosf
rico
cido
sulf
rico
cido
ntri
co
C = Compatvel.SR = Solubilidade Reduzida.I = Incompatvel.Fonte: LANDIS et al. (1989), citados por VILLAS BOAS et al. (1999).
6. RECOMENDAES DE FERTIRRIGAO PARA HORTALIASA seguir, so apresentadas as recomendaes de adubao pelo sistema
de fertirrigao com base, em geral, na mistura de fertilizantes simples, conten-do um ou mais nutrientes. Tais recomendaes foram baseadas em levantamen-to realizado com engenheiros agrnomos e produtores de hortalias sob cultivoprotegido, em diferentes regies do Estado de So Paulo, principalmente.
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6.1 Morango
De maneira geral, realiza-se a adubao com fertilizante slido aplicadoem pr-plantio no solo, com fsforo e potssio, em quantidades de acordo coma anlise de solo. Em cobertura, junto com a gua de irrigao, as doses e ostipos de fertilizantes empregados por alguns produtores de morango so descritasa seguir:
Produtor A: utiliza 2 gramas por m2 de canteiro de uma mistura contendo2/3 de nitrato de clcio e 1/3 de nitrato de potssio, a partir do florescimento,uma ou duas vezes por semana, conforme o vigor das plantas.
Produtor B: Aps o florescimento, utiliza uma mistura de 1,8 kg de nitratode clcio; 3,2 kg de nitrato de potssio e 0,3 litros de cido fosfrico, dissolvidosem 1.000 litros de gua. Essa mistura aplicada em 5.000 m2 de canteiro,uma vez por semana. PASSOS (1998) recomenda dividir essas quantidades emduas aplicaes por semana (4).
Produtor C: Aplicar aps o florescimento, 1,8 g de nitrato de potssiojuntamente com 3,3 g de nitrato de clcio por m, uma vez por semana.
Na Argentina, existe maior nmero de recomendaes para fertirrigaodo morangueiro, em relao ao Brasil, sendo apresentadas na Tabela 10.
Tabela 10. Recomendao de fertirrigao para morangueiro de outono, na Ar-gentina, cultivado no campo
Fase de desenvolvimento Nitrato de MAP cristal Nitrato deSulfato de
do morango Amnio (purificado) Potssio Magnsio(hepta-hidratado)kg.ha-1
Crescimento 200-265 70-90 90-120 -Florao 20-30 90-120 80-110 -Produo 110-150 70-90 240-320 110-220
Alm dessa indicao, existe a recomendao do INTA (1995), para asplantaes de morango na Provncia de Tucumn, citando os seguintes totaisde nutrientes para todo o ciclo da cultura: N: 200; P2O5: 120; K2O: 300; Ca: 57e Mg: 30, em kg ha-1.
(4) PASSOS, F. A. Instituto Agronmico, Campinas. (Comunicao pessoal, 1998)
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6.2 Pimento
As variaes observadas nas adubaes adotadas por produtores eagrnomos para o pimento decorrem, alm da diversidade de solos e climaonde produzido at as diferentes pocas do ano, espaamento adotado ecultivares utilizadas. Por esta razo, e devido existncia de poucas pesquisasa respeito, toda recomendao deve ser adotada com a devida cautela.
Produtor A - Regio de Monte Alegre do Sul-SP (1996):Utiliza-se 125 g de nitrato de clcio; 175 g de nitrato de potssio e 125 g
de MAP purificado por 1.000 plantas adultas. A aplicao diria no perodo deformao dos frutos de pimento. O MAP aplicado separadamente dos outrosfertilizantes.
Produtor B - regio de Elias Fausto/Campinas: Aplicar trs vezes por semana:1.a fase: do pegamento das mudas at 70 dias: 60 g de nitrato de clcio;
60 g de nitrato de potssio e 70 g de MAP purificado por 1.000 plantas.2.a fase: de 70 aos 120 dias: dobrar as doses utilizadas na 1.a fase.3.a fase: acima de 120 dias at o trmino da colheita: dobrar as doses da
2.a fase.
Produtor C - Regio de Tup (obs: solos arenosos):1.a fase: a partir de 15 dias aps o transplante: 280 g de nitrato de clcio
e 140 g de nitrato de potssio para cada 1000 m de canteiros. Aplicao diriaou em dias alternados.
2.a fase: do incio da frutificao ao trmino das colheitas: 240 g de nitratode clcio e 400 g de nitrato de potssio para cada 1000 m de canteiros.Aplicao diria ou em dias alternados.
Segundo MAKIMOTO (1999), a deciso da fertirrigao diria ou em diasalternados baseia-se entre outros fatores, na avaliao dos riscos de salinizaoe lixiviao de fertilizantes, maiores em solos arenosos, caractersticos dasregies de Tup e Marlia (SP) (5).
Produtor D - Regio de Santa Cruz do Rio Pardo (obs: solos argilosos)1.a fase: do incio do pegamento das mudas at 15 dias: 150 g de nitrato
de clcio; 100 g de fosfato monopotssico (MPK) por 1.000 m de canteiros.2.a fase: de 16 aos 30 dias de idade: 600 g de nitrato de clcio, com 250
g de nitrato de potssio e 150 g de MPK por 1.000 m de canteiros.
(5) MAKIMOTO, P. 1999. Casa da Agricultura, Tup. (Comunicao pessoal)
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3.a fase: de 31 aos 45 dias de idade: 800 g de nitrato de clcio com 400g de MPK por 1.000 m de canteiros.
4.a fase: de 46 aos 60 dias: 450 g de nitrato de clcio, com 650 g denitrato de potssio e 180 g de MPK para 1.000 m de canteiros.
5.a fase: de 61 dias at o fim do ciclo: 650 g de nitrato de clcio, com 900g de nitrato de potssio e 180 g de MKP por 1.000 m2 de canteiros.
A partir de 30 dias aps o transplante fertirrigar semanalmente com 2 a3 kg de sulfato de magnsio para 1.000 m2 de canteiros com pimento.Realizam-se, ainda, pulverizaes a cada 10 dias, com 100 mL de boroplus(11% B) por 100 L de gua.
Produtor E - Regio de Mogi das Cruzes, em 1999 (obs: solos dediferentes texturas)
1.a fase: do incio do pegamento das mudas at o florescimento: 0,5 g denitrato de clcio e 0,1 g de cido fosfrico por planta (cova), em dias alternadosou a cada dois a trs dias.
2.a fase: do florescimento at trmino da colheita do pimento: 1 a 1,2 gde nitrato de potssio e 0,2 g de sulfato de magnsio por planta (cova), em diasalternados ou a cada dois a trs dias.
As adubaes aplicadas em estufa, anteriormente citadas, sodestinadas aos pimentes coloridos, com tempo mdio de 5 a 6 meses dedesenvolvimento, cultivados em espaamento de 1 a 1,2 m entre linhas por0,50 a 0,70 m entre plantas, com produtividade de 6 a 8 kg por planta durante ociclo. Essa produtividade bastante varivel conforme a poca de plantio, ostratos culturais efetuados e a variedade (cultivar) utilizada.
BASSETO JUNIOR, em 2003, apresentou recomendaes de doses de nutrientespara a cultura do pimento, durante seu ciclo de desenvolvimento (Tabela 11).
Tabela 11. Recomendao de nutrientes para o pimento, conforme a fase dedesenvolvimento da cultura
Fase de desenvolvimento do Quantidade de nutrientes por diapimento dias aps plantio N P2O5 K2O Ca Mg
kg.ha-11 a 35 0,05 0,01 0,08 0,03 0,0436 a 55 0,35 0,06 0,78 0,23 0,1456 a 70 1,16 0,24 2,24 0,69 0,5071 a 85 1,32 0,22 2,60 0,67 0,7086 a 100 2,63 0,77 4,80 1,93 1,05101 a 120 2,73 0,60 5,50 0,80 0,75121 a 140 3,75 1,10 4,85 1,00 0,72141 a 180 2,00 0,90 3,60 1,20 0,90
Total de nutrientes por ha 295 90 514 139 103Fonte: BASSETO JUNIOR, 2003. (Comunicao pessoal)
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Obs.: acrescentar na fertirrigao o total de 1 kg ha-1 de boro, na formade cido brico e tambm aminocidos solveis, visando manter o equilbriomicrobiolgico do solo.
GOTO e ROSSI (1997) recomendam as seguintes solues nutritivas parao pimento, as quais podem ser fornecidas no somente no sistema dehidroponia, mas tambm no de fertirrigao por gotejamento sobre o solo (Ta-belas 12 e 13).
Tabela 12. Solues nutritivas para hidroponia ou fertirrigao em pimento sobcultivo protegido
Tabela 13. Soluo-estoque de micronutrientes para mistura na soluo nutritiva
Fertilizantes Quantidade para 1.000 L de soluo
Nitrato de clcio 650 gNitrato de potssio 500 gFosfato monopotssico (MKP) 170 gSulfato de magnsio (hepta-hidratado) 250 gNitrato de magnsio 50 gFerro - EDTA (40 mM)* 1 LMicronutrientes (tabela 13) 150 mL*: Diluir 11 g de cloreto de ferro (FeCl3) em 400 mL de gua; diluir 15 g de EDTA dissdico(Na2EDTA) em 400 mL de gua, misturando bem e completando 1 litro.Fonte: GOTO e ROSSI,1997.
Fertilizante Frmula Produto/Soluog.L-1
cido brico H3BO3 16,70Cloreto de Mangans MnCl2 . 4H2O 15,00Cloreto de Cobre CuCl2 . 2H2O 0,82xido de Molibdnio MoO3 0,33Sulfato de Zinco ZnSO4 . 7H2O 2,62
Fonte: GOTO e ROSSI, 1997.
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Fertirrigao em hortalias
25Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
(6) F.T.E. ( Fritted Trace Elements)(frmula BR-9 em p) contm(%): 6(Zn); 2(B); 0,8(Cu);6(Fe); 3(Mn) e 0,1 (Mo).
6.3 Pepino
Produtor A - Regio de Elias Fausto/CampinasAntes do plantio, so incorporados ao solo 1.500 kg de cama de frango
com 1.000 kg de hmus e 1 kg de F.T.E. BR9 para cada 1.000 m de canteiros (6).Aps o pegamento das mudas de pepino so aplicados, diariamente, 100 g denitrato de potssio com 60 g de MAP purificado para cada 1.000 plantas.
Periodicamente, tem-se aplicado 300 mL de cido fosfrico (60% P2O5)para cada 1.000 plantas, visando melhoria do desenvolvimento das razes.Esse produtor relata aplicaes de 0.25 a 0,50 mL de cido fosfrico por litro degua, utilizadas em outras regies do Pas, para fornecimento de fsforo edesentupimento de bicos de equipamentos utilizados na fertirrigao dehortalias em geral.
Produtor B - Regio de Tup (SP)Antes do plantio, conforme a anlise, aplica-se a frmula slida 4-14-8 e,
eventualmente, superfosfato simples ou termofosfato, incorporando- o ao solo.Aos 15 dias aps o transplante, aplicam-se 280 g de nitrato de clcio
com 140 g de nitrato de potssio para cada 1.000 m de canteiros, diariamenteou em dias alternados.
Na fase de frutificao do pepino, aplicam-se 240 g de nitrato de clciocom 400 g de nitrato de potssio para cada 1.000 m de canteiros, diariamenteou em dias alternados.
Produtor C - Regio de Santa Cruz do Rio Pardo (SP)1.a fase: do pegamento das mudas at 15 dias de idade aplicam-se 250
g de nitrato de clcio com 250 g de MAP purificado e 150 g de nitrato depotssio para cada 1.000 m de canteiros.
2.a fase: do 16o ao 30o dia, colocam-se 600 g de nitrato de clcio, com300 g de nitrato de potssio e 180 g de MAP purificado por 1.000 m de canteiros.
3.a fase: do 31o ao 60o dia aps o plantio do pepino, aplicam-se 1.200 gde nitrato de clcio, com 500 g de nitrato de potssio e 160 g de MAP purificadonesta rea (1.000 m).
4.a fase: do 61o dia at o trmino do ciclo aplicam-se 800 g de nitrato declcio com 1200 g de nitrato de potssio e 160 g de MAP purificado para 1000m de canteiros.
BASSETO JUNIOR, em 2003, apresentou na tabela 14 a fertirrigao do pepinoem nutrientes, em que o leitor poder converter as dosagens para os fertilizantessimples, conforme sua disponibilidade e custo.
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P.E. TRANI; S.W. TIVELLI e O.A. CARRIJO
26 Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
Tabela 14. Recomendao de nutrientes para o pepino sob cultivo protegido, con-forme a fase de desenvolvimento da cultura, para a regio de Santa Cruz doRio Pardo(SP)
Fase de desenvolvimento do Quantidade de nutrientes por diapepino (dias aps plantio) N P2O5 K2O Ca Mg
kg ha-1
1 a 21 0,75 0,80 1,10 0,80 0,2522 a 42 1,70 1,30 2,40 1,20 0,3543 a 63 3,00 1,20 4,00 1,60 0,4564 a 83 4,50 0,80 5,00 2,00 0,5084 a 120 4,80 0,50 6,50 1,80 0,50
Total de nutrientes por ha 382 104 497 182 51
Fonte: BASSETO JUNIOR, 2003. (Comunicao pessoal)
Obs: acrescentar na fertirrigao 0,9 kg ha-1 de boro, na forma de cidobrico e tambm aminocidos solveis, visando manter o equilbriomicrobiolgico do solo.
Produtor D - Regio de Mogi das CruzesNa regio de Mogi das Cruzes, devido ao longo tempo de cultivo com
hortalias e o manejo do solo, entre outros fatores, verificam-se problemas srioscom nematides em pepino. Existem alguns produtos que, alm de fontes denutrientes, colaboram para dificultar a proliferao de nematides. Assim,segundo FIGUEIREDO (1999), pode-se utilizar torta de mamona ou mistura de melaode cana e casca de arroz (3 kg de cada material em 100 litros de gua) fermentadoe aplicado em pr-plantio, misturado ao solo dos canteiros (7).
Outra prtica relatada por esse autor a aplicao via irrigao de 300mL de cido pirolenhoso (extrato liquefeito resultante da queima da madeira oucarvo vegetal) dissolvidos em 60 at 100 litros de gua.
A adubao pr-plantio, alm de orgnica, feita com produtos em quepredomina o fsforo. Em cobertura, so aplicados os seguintes produtos:
1.a fase: do pegamento das mudas at o florescimento: 0,5 g de nitratode clcio com 0,2 g de sulfato de magnsio e 0,1 g de cido fosfrico porplanta, em dias alternados ou a cada 2 a 3 dias.
2.a fase: do florescimento at o trmino da colheita do pepino: 1 a 1,2 gde nitrato de potssio, com 0,3 g de sulfato de magnsio e 0,1 g de cidofosfrico por planta, em dias alternados ou cada 2 a 3 dias.
(7) FIGUEIREDO, G.J.B ,1999. Casa da Agricultura, Mogi das Cruzes. (Comunicao pessoal)
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Fertirrigao em hortalias
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No vero, para que o fruto de pepino japons no fique defeituoso ouencurvado as dosagens do nitrato de potssio devem aumentar gradativamenteno perodo entre o florescimento e a frutificao de 0,5; 0,6; 0,7; 0,8 at 0,9 gpor planta com a mesma alternncia de aplicao. Deve-se reforar a aplicaode magnsio, utilizando-se produtos solveis em gua ou frmulas contendoesse elemento.
As adubaes anteriormente citadas foram utilizadas para pepino tipojapons ou holands, com cerca de 1.000 plantas por estufa e produtividadevariando de 2 a 4 kg por planta (pepino japons) e 4 a 8 kg por planta (pepinoholands), dependendo da poca de cultivo (3 a 4 meses de colheita no vero e2 a 3 meses no inverno).
Deve-se ter cautela com o excesso de potssio, s vezes aplicado porprodutores, inclusive em solos que contm teores mdios ou altos dessenutriente. A figura 6 mostra uma planta de pepino (enxertado) sob cultivo protegidocom sintomas de queimadura nos bordos das folhas, devido ao excesso depotssio aplicado na forma de KNO3, atravs de fertirrigao.
Figura 6. Queima dos bordos das folhas de pepino devido ao excesso de potssio. Foto:OLIVEIRO BASSETO JUNIOR.
6.4 Tomate
As adubaes em fertirrigao para o tomate de mesa so semelhantesquelas utilizadas para o pimento, reforando-se na fase final de colheita asquantidades de potssio. Cita-se como exemplo a fertirrigao recomendada paraprodutores de tomate sob cultivo protegido em Santa Cruz do Rio Pardo (SP):
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P.E. TRANI; S.W. TIVELLI e O.A. CARRIJO
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1.a fase: do incio do pegamento das mudas at os 15 dias: aplicam-se150 g de nitrato de clcio com 100 g de MKP, para 1.000 m de canteiros.
2.a fase: do 16.o at o 30.o dia: utilizar 400 g de nitrato de clcio com 150g de nitrato de potssio e 150 g de MKP, para 1.000 m de canteiros.
3.a fase: do 31.o at o 45.o dia aps plantio: utilizar 800 g de nitrato declcio e 400 g de MKP, para 1.000 m de canteiros.
4.a fase: do 46.o at o 60.o: utilizar 450 g de nitrato de clcio, com 750 gde nitrato de potssio e 180 g de MKP para 1.000 m2 de canteiros.
5.a fase: do 61.o dia at o fim do ciclo: aplicar 650 g de nitrato de clcio,com 1.200 g de nitrato de potssio e 180 g de MKP por 1.000 m2 de canteiros.
Aos 30 dias aps transplante, fertirrigar semanalmente, 2 a 3 kg de sulfatode magnsio por 1.000 m2 de canteiros com tomate. Pulverizar a cada 10 dias,100 mL de boroplus (11%B) dissolvidos em 100 L de gua.
As doses acima citadas so dirias, podendo eventualmente seremaplicadas em dias alternados, conforme o desenvolvimento da planta.
Recomenda-se aplicar separadamente o nitrato de potssio e o MKP emrelao ao nitrato de clcio, evitando-se reaes qumicas indesejveis.
Em 2003, BASSETO JUNIOR apresentou nova recomendao apresentadana tabela 15 onde so citadas doses de nutrientes para a cultura do tomate sobcultivo protegido.
Tabela 15. Recomendao de nutrientes para o tomate sob cultivo protegido, con-forme a fase de desenvolvimento da cultura, para a regio de Santa Cruz deRio Pardo (SP)
Fase de desenvolvimento Quantidade de nutrientes por diado tomate (dias aps plantio) N P2O5 K2O Ca Mg
kg ha-11 a 14 0,18 0,40 0,50 0,12 0,09
15 a 29 0,50 0,50 1,15 0,25 0,35
30 a 50 0,91 0,50 3,00 0,60 0,80
51 a 72 1,10 0,30 3,00 1,00 1,00
73 a 87 1,15 0,30 3,20 1,10 1,00
88 a 101 1,25 0,30 4,00 1,20 1,00
102 a 144 1,25 0,30 4,25 1,40 0,80
Total de nutrientes por ha 142 52 440 134 109Fonte: BASSETO JUNIOR, 2003. (Comunicao pessoal)
Obs: acrescentar na fertirrigao um total de 1 kg ha-1 de boro, na formade cido brico e tambm aminocidos solveis, visando manter o equilbriomicrobiolgico do solo.
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Fertirrigao em hortalias
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Na regio de Elias Fausto/Campinas, em 1996, adotava-se para tomateirotipo caqui em incio de produo, a fertirrigao diria com 900 g de nitrato declcio e 400 g de nitrato de potssio para cada 1.000 m de canteiros.
A produtividade mdia naquela regio de 6 a 8 kg de tomate por planta,em perodo de 2 a 4 meses de colheita, na densidade de 850 plantas paraestufas de 385 m.
CARRIJO et al. (1997) recomendam a seguinte adubao para tomate sobcultivo protegido:
a) Em pr-plantio, incorporar ao solo de fertilidade mdia, 4 kg de estercode gado curtido por m de canteiro.
b) Aplicam-se 2/3 da adubao fosfatada em pr-plantio, sendo 1/3 naforma de termofosfato.
c) O restante 1/3 do fsforo, dever ser aplicado com N e K, na fertirrigao.As quantidades de fsforo a serem aplicadas dependem da anlise de solo.
d) Em fertirrigao, esses autores recomendam as seguintes quantidadesdirias de nitrognio e potssio:
- 1,88 g de N e 1,88 g de K2O por planta, dos 15 aos 35 dias aps otransplante das mudas de tomate.
- 3,75 g de N e 3,75 g de K2O por planta, dos 35 aos 70 dias aps otransplante.
- 1,88 g de N e 7,5 g de K2O por planta, dos 70 aos 112 dias aps otransplante.
A figura 7 apresenta plantas de tomate cultivadas sob estufa plstica,onde o gotejamento feito na superfcie do solo. Acima da fita com gotejadoresobserva-se uma camada plstica na superfcie do solo, o que impede aevaporao da gua, proporciona melhoria na distribuio da umidade nasubsuperfcie e, consequentemente, do sistema radicular do tomateiro.
A figura 8 mostra um sistema de produo de tomate cultivado dentro devasos plsticos contendo substratos.
Os substratos utilizados so de diferentes composies, tomando-seporm o cuidado de sempre procurar utilizar materiais isentos de patgenoscomo fusarium, rizoctonia, verticilium, por vezes, presentes em solo ou substratosno esterilizados. A fertirrigao utilizada nesse sistema de produo feitaatravs de gotejador.
Importante: As aplicaes de quantidades concentradas de nitrato depotssio e fosfato monopotssico (MKP), separadamente do nitrato de clcio,visam prevenir reaes qumicas, que podem formar, dependendo do pH dasoluo, fosfatos de clcio, insolveis em gua.
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Figura 7. Fertirrigao em tomate atravs de fitas com gotejadores. Foto: OLIVEIRo BASSETTO JUNIOR.
Figura 8. Sistema de fertirrigao em tomateiros atravs de tubo-gotejadores. Foto: MARIO LUIZCAVALLARO JNIOR.
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Fertirrigao em hortalias
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6.5 Alface
Com o incremento da adoo do tnel baixo, de menor custo, parahortalias de pequeno porte, como alface, chicria, almeiro e salsa, j setorna econmico a utilizao de fertirrigao via equipamentos de gotejamento.
A seguir, cita-se a fertirrigao adotada pelo produtor BASSETO JUNIOR emSanta Cruz do Rio Pardo (SP), para alface lisa, crespa e americana, produzidasob tnel plstico baixo (8).
1.a fase: do incio at o 15.o dia: aplicam-se 600 g de nitrato de clcio,com 250 g de nitrato de potssio e 350 g de fosfato monopotssico para cada1.000 m2 de canteiro.
2.a fase: do 16.o at o 30.o dia: utilizam-se 1.400 g de nitrato de clcio,com 200 g de nitrato de potssio e 250 g de fosfato monopotssico, para 1.000m2 de canteiro.
3.a fase: do 31.o dia at o final do ciclo: aplicam-se 700 g de nitrato declcio com 400 g de nitrato de potssio e 500 g de fosfato monopotssico paracada 1.000 m2 de canteiro.
Em 2003, BASSETO JUNIOR indicou para alface as doses de nutrientesapresentadas na tabela 16, e os fertilizantes podem ser escolhidos com baseem solubilidade em gua e custos.
Tabela 16. Recomendao de nutrientes para a alface, conforme a fase de de-senvolvimento da cultura, para a regio de Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
Obs.: Acrescentar na fertirrigao para alface um total de 1 kg ha-1 deboro, na forma de cido brico e tambm aminocidos solveis, visando mantero equilbrio microbiolgico do solo.
Na figura 9, observa-se um sistema de cultivo de alface sob tnel baixo,onde os gotejadores que conduzem a gua e os nutrientes ficam abaixo dofilme plstico.
Fase de desenvolvimento Quantidade de nutrientes por diada alface (dias aps plantio) N P2O5 K2O Ca Mg
kg ha-11 a 15 2,0 2,3 2,0 0,5 0,2516 a 30 3,7 2,0 2,8 1,0 0,3531 a 45 2,2 2,5 4,0 2,0 0,5546 a 60 2,0 0,8 3,0 2,0 0,60Total de nutrientes por ha 149 114 177 83 26Fonte: BASSETO JUNIOR, 2003. (Comunicao pessoal)
(8) BASSETO JUNIOR, O. Santa Cruz do Rio Pardo, SP. (Comunicao pessoal, 1998)
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P.E. TRANI; S.W. TIVELLI e O.A. CARRIJO
32 Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
Figura 9. Alface sob tnel baixo, com fertirrigao por gotejamento. Foto: PAULO E. TRANI
6.6 Melo
Em 2003, BASSETO JUNIOR fez a seguinte recomendao de fertirrigaopara produo de melo do tipo rendilhado cultivado sob estufa plstica, naregio de Santa Cruz do Rio Pardo (Tabela 17).
Tabela 17. Recomendao de nutrientes para o melo sob cultivo protegido, con-forme a fase de desenvolvimento da cultura, na regio de Santa Cruz do RioPardo (SP)
Fase de desenvolvimento Quantidade de nutrientes por diado melo (dias aps plantio) N P2O5 K2O Ca Mg
kg ha-1
1 a 21 0,95 0,80 1,35 0,80 0,35
22 a 42 2,20 2,00 3,00 1,90 0,60
43 a 63 3,80 1,50 5,00 2,50 0,70
64 a 84 3,50 0,80 11,00 2,00 0,60
84 a 100 0,50 0,50 11,00 1,20 0,50
Total de nutrientes 227 115 583 170 55Fonte: BASSETO JUNIOR, 2003. (Comunicao pessoal)
Obs: acrescentar um total de 0,7 kg ha-1 de boro na forma de cido brico etambm aminocidos solveis, visando manter o equilbrio microbiolgico do solo.
SILVA et al. (2002) realizaram experimento de densidade de plantio com omelo do tipo valenciano (Grupo Inodorus), cv. Gold Pride, cultivado no campo(a cu aberto) em Tibau (RN) (7.000 a 25.000 plantas por ha). Os autores relatamo seguinte sistema de fertirrigao por gotejamento utilizado durante oexperimento (Tabela 18).
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Fertirrigao em hortalias
33Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
Tabela 18. Quantidades de fertilizantes para o melo tipo valenciano, cultivado nocampo, atravs da fertirrigao por gotejamento
Fase de desenvolvimento Quantidade de fertilizantes aplicados por diado melo (cido fosfrico em L ha-1 por dia)
(dias aps plantio) Uria Ca(NO3)2 KCl K2SO4 KNO3 MAP H3PO4kg ha-1
1 a 5 - 1,25 1,25 - - - 1,676 a 10 5,00 2,08 2,08 - - - 2,9211 a 20 7,08 4,58 4,58 5,42 - 4,58 5,0021 a 27 5,83 11,25 11,25 4,58 6,67 1,25 9,1728 a 37 4,58 7,50 7,50 6,67 4,58 9,17 6,6738 a 48 1,25 2,08 2,08 - - - 2,9249 a 62 - 0,83 8,03 13,33 - - -63 a 75 - 2,08 2,08 15,83 - - -
Fonte: SILVA et al ( 2002).
Os fertilizantes foram aplicados via irrigao conforme o procedimentousual, da Empresa Agrcola Cajazeira.
O experimento, da mesma maneira que o campo de produo de melo,foi irrigado por gotejamento, sendo a gua de irrigao aplicada durante 2 horasdo 1.o ao 5.o dia aps o plantio (DAP); 1 hora do 6.o ao 12.o DAP e do 14.o ao 16.oDAP; 1,5 hora no 18.o, 20.o e 22.o DAP; 2 horas no 25.o DAP; 2,5 horas do 26.oao 30.o DAP; 3,5 horas do 31.o ao 35.o DAP; 4 horas do 36.o ao 40.o DAP; 5horas do 41.o ao 56.o DAP e 3,5 horas do 57.o ao 63.o DAP. A quantidade degua aplicada por hora foi de 23 m3 por hectare.
6.7 Fertirrigao para produo de mudas de hortalias
A fertilizao na fase de formao de mudas depende principalmente dacomposio nutricional do substrato utilizado.
Na regio de So Jos do Rio Pardo (SP), conforme informaes deJUNQUEIRA FILHO e MESQUITA FILHO (1999) utiliza-se para produo de mudas depimento, tomate, berinjela, alface, repolho e jil o substrato PlantMax HT (9).Aps a germinao e pegamento das mudas no substrato, aplicam-se 1 ou 2regas com o produto comercial contendo 30% de P2O5; 1,2% de Mg e 5% de Nna dose de 20 mL em 10 litros de gua. Aps a aplicao desse produto deve-
(9) JUNQUEIRA FILHO, J.G.O e Mesquita Filho, J. A. So Jos do Rio Pardo. (Comunicao pessoal, 1999)
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34 Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
se regar com gua limpa. Outra prtica usual, segundo esses autores aplicar-se juntamente com esse produto comercial 10 g de nitrato de potssio, 25 g desulfato de magnsio e 30 mL de fertilizante com 5% de Ca; 2% de S; 0,05% deB e 0,01% de Mo, em 10 litros de gua, regando-se as mudas j estabelecidas.
Em Mogi das Cruzes, segundo FIGUEIREDO (1999), produtores de mudasde pepino, tomate, pimento, abobrinha (culturas de ciclo mais longo), misturamaos substratos, 300 g de termofosfato por saco de substrato, visando melhoraro enraizamento (10). No caso de brcolos e couve-flor acrescentam alm dotermofosfato 5 g de borax por saco de substrato.
No Instituto Agronmico (IAC), Campinas (SP), tem-se irrigado mudasde diferentes hortalias cerca de 5 a 7 dias aps a germinao com 15 a 30 mLde frmula lquida com N: 10%; P2O5: 4%; K2O: 7%; MgO: 0,2% e micronutrientespor 10 L de gua, repetindo-se aos 10, 15 e 20 dias aps a germinao namesma dosagem, alcanando-se bons resultados em termos de vigor das plantaspor ocasio do transplante.
FERREIRA et al. (1996) apresentam nas tabelas 19 e 20, as quantidades deN, P, K e fertilizantes, na gua de irrigao para produo de mudas de repolho.
Tabela 19. Recomendao de nutrientes e finalidade da aplicao, na produode mudas de repolho em bandejas de poliestireno
N K* Finalidade da aplicaomg L-1
200 160 Para produzir um rpido crescimento ou reativarplantas mantidas com baixos nveis de N
100 240 2 a 3 vezes por semana proporciona crescimentoacentuado
100 160 2 a 3 vezes por semana proporciona crescimentoacentuado
50 85 Aplicada em toda irrigao, a soluo nutritivaproporciona crescimento lento mas vigoroso. Casoaplicada uma vez por semana, retardar odesenvolvimento das mudas
* K X 1,2 = K2O.Fonte: FERREIRA et al. (1996).
(10) FIGUEIREDO, G.J.B. Casa da Agricultura, Mogi das Cruzes. (Comunicao pessoal, 1999)
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Fertirrigao em hortalias
35Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
Tabela 20. Preparo de solues nutritivas utilizadas na cultura do repolhoConcentrao (mg.L-1) Fertilizantes em gua (g.100 L-1)N P* K**
Nitrato Nitrato Nitrato MAP***de Potssio de Clcio de Amnio
200 0 160 43,8 102,1 - -100 25 160 43,8 - 9,5 9,6100 0 240 65,7 10,4 - -
* P x 2,23 = P2O5.** K x 1,2 = K2O.*** MAP cristal (purificado) com 60% P2O5 e 11% N.Fonte: FERREIRA et al. (1996).
FURLANI et al. (1999) recomendam diferentes concentraes de macro emicronutrientes conforme a espcie de hortalia. Esses autores relatam a im-portncia de se conhecer os teores foliares de macro e micronutrientes ade-quados para diferentes culturas. Recomendam, tambm, as formulaes cons-tantes nas tabelas 21 e 22 para o preparo e manejo da soluo nutritiva respec-tivamente.
Tabela 21. Quantidades de sais para o preparo de 1000L de soluo nutritivaproposta pelo Instituto Agronmico, Campinas (SP)
Sal/fertilizante g 1000 L -1
Nitrato de clcio 750Nitrato de potssio 500Fosfato monoamnico (MAP) 150Sulfato de magnsio 400Sulfato de cobre 0,15Sulfato de zinco 0,5Sulfato de mangans 1,5cido brico ou 1,5Brax 2,3Molibdato de sdio ou 0,15Molibdato de amnio 0,15(FeEDDHMA-6%Fe) ou 30(FeEDTA-13%Fe) ou 13,8(FeEDDHA-6%Fe) 30Obs.: Soluo nutritiva com condutividade eltrica (CE) de aproximadamente 2,0 mS cm-1Fonte: FURLANI et al. (1999).
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P.E. TRANI; S.W. TIVELLI e O.A. CARRIJO
36 Boletim tcnico, 196, IAC, 2011
Tabela 22. Composies das solues de ajuste para as culturas de hortaliasde folhas
Soluo Sal/fertilizante Quantidade
g 10 L-1
A Nitrato de potssio 1200Fosfato monoamnico cristal (purificado) 200Sulfato de magnsio 240
B Nitrato de clcio 600C Sulfato de cobre 1,0
Sulfato de zinco 2,0Sulfato de mangans 10,0cido brico ou 5,0Brax 7,75Molibdato de sdio ou 1,0Molibdato de amnio 1,0(FeEDDHMA-6%Fe) ou 20(FeEDTA-13%Fe) ou 10(FeEDDHA-6%Fe) 20
Fonte: FURLANI et al (1999).
CAVALLARO JUNIOR e ARAJO apresentam na tabela 23 o sistema deaplicao de fertilizantes em fertirrigao para produzir mudas de abobrinha,alface, berinjela, pepino, pimento, repolho e tomate, na regio de Cardeal,Distrito de Elias Fausto (SP) (11). A aplicao realizada em dias alternadospara cada uma das misturas de fertilizantes armazenadas separadamente emtanques denominados Tanque A e Tanque B.
(11) CAVALLARO JUNIOR, M.L. e ARAUJO, W.P., 2003 (Comunicao pessoal)
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Tabela 23. Fertilizantes utilizados para produzir mudas de hortalias, em Cardeal,Elias Fausto (SP), no sistema de fertirrigao por nebulizao
Tanque A Tanque B
Fertilizante* g L-1 gua Fertilizante* g L-1 guaNitrato de Clcio 118,0 MAP 6,5Tenso Ferro 1,8 MKP 20,0
Sulfato de Magnsio 48,0Sulfato de Potssio 75,0
Soluo de micronutrientes** 10 ml
* Os fertilizantes dos tanques A e B so aplicados em dias alternados, exceto aos domingos,quando se irriga com gua pura.** A soluo de micronutrientes estocada em separado, sendo composta em 1 (um) litro desoluo de: 30g de sulfato de mangans; 15g de cido brico; 11g de sulfato de zinco e 1,3 gde molibdato de sdio.Fonte: M.L. CAVALLARO JUNIOR e W.P. ARAJO (2003).
O controle da salinizao dos substratos feito com o condutivmetro(medidor de CE), admitindo-se para mudas em incio de formao (1.a semana)um CE de 0,7 a 0,8 mS cm-1 e na fase final da formao das mudas um CE de1,5 a 1,7 mS cm-1.
Na irrigao por nebulizao, esse produtor de mudas, utiliza cerca de100 litros de gua por minuto para estufas com 320 m2 de rea total.
Ressalta-se que, aps a fertirrigao, deve-se irrigar com gua pura por20 a 30 segundos, para lixiviar o excesso de fertilizantes, possivelmentepresentes na superfcie das folhas.
importante a utilizao de telas aluminizadas refletoras de calorcolocadas prximas ao teto das estufas, conforme mostra a Figura 10, visandoevitar-se o crestamento (queima) dos bordos das folhas das hortalias, nafase de formao de mudas ou adultas.
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Figura 10. Fertirrigao de mudas de alface por nebulizao. Foto: OLIVEIRO BASSETTO JNIOR.
A irrigao por nebulizao em hortalias (apresentada na figura 10)embora eficiente proporciona frequentemente condies propcias para odesenvolvimento de fungos de folhas. Esse fato pode ser minimizado utilizando-se um sistema de irrigao conhecido por inundao, em que as mudas dasplantas dentro de recipientes perfurados na base, ficam sobre tanques de guaconhecidos como piscina.
A figura 11 mostra um sistema prtico de fertirrigao mediante aplicaode gua e parte dos nutrientes na base dos recipientes, os quais so absorvidospelas razes das mudas de hortalias, evitando-se o uso de fertilizantes demdio ou alto ndice salino.
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Fertirrigao em hortalias
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Figura 11. Fertirrigao em mudas de pepino por inundao (sistema de piscinas).
7. RECOMENDAES PARA FERTIRRIGAO DE HORTALIASEM OUTROS PASES
Nas dcadas de 80 e 90, observaram-se considerveis avanos nosestudos de fertirrigao para hortalias, em pases como Estados Unidos daAmrica, Espanha e Israel, acompanhando o crescimento na quantidade equalidade da fabricao e utilizao dos diferentes sistemas de cultivo protegido.
Quando da interpretao das doses e frequncia de aplicao dosnutrientes, em outros pases, deve-se considerar fatores como diversidade do
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clima, tipos de solo, cultivares ou variabilidade das espcies de hortaliasinstaladas. Deve-se tambm considerar que as quantidades de nutrientesrecomendadas foram estabelecidas em solos de baixa fertilidade natural,justamente para se obter a curva de resposta nos experimentos.
Os autores e as instituies que divulgam essas tabelas em seus pasesalertam sempre que as quantidades de nutrientes a se aplicar em hortaliasdevem ser ajustadas conforme a anlise de solo realizada previamente sexigncias nutricionais das hortalias.
Recomenda-se tambm proceder durante o ciclo da cultura, no mnimo,a anlise foliar para conhecimento do estado nutricional das plantas, corrigindopossveis desequilbrios na adubao.
A seguir, so apresentadas as recomendaes de nutrientes parafertirrigao em hortalias utilizadas na Flrida (U.S.A.) (Tabela 24) e em Israel(Tabela 25), regies de clima quente ou ameno, em boa parte do ano, um poucomais semelhantes ao clima brasileiro.
Foram adaptadas e uniformizadas algumas informaes convertendo-seK para K2O e P para P2O5, visando facilitar o entendimento dessas tabelas.
Tabela 24. Doses de nutrientes em fertirrigao para hortalias cultivadas naFlrida (U.S.A.)
Total de Fase da N.o deCultura nutrientes cultura semanas* Taxa de aplicao
N K2O N K2Okg ha-1 kg ha-1 /dia
1 2 1,0 1,0Abobrinha 120 120 2 5 2,0 2,0(C. pepo) 3 4 1,5 1,5
1 3 1,0 1,0Abbora seca 2 3 1,5 1,5(C. mxima e 120 120 3 2 2,0 2,0C. moschata) 4 4 1,5 1,5
5 1 0,0 0,01 1 2,0 2,0
Alface 150 150 2 1 2,5 2,53 6 3,0 3,01 2 1,0 1,02 2 1,5 1,5
Berinjela 160 160 3 6 2,5 2,54 3 1,5 1,5
Continua
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Fertirrigao em hortalias
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Total de Fase da N.o deCultura nutrientes cultura semanas* Taxa de aplicao
N K2O N K2Okg ha-1 kg ha-1 /dia
Brcoli e 175 150 1 1 2,0 1,75Couve Flor 2 9 2,5 2,25
1 2 1,0 1,02 4 1,5 1,5
Cebola 150 150 3 4 2,0 2,04 4 1,5 1,55 1 1,0 1,06 1 0,0 0,01 3 1,5 1,5
Couve de folhas 150 150 2 6 2,5 2,53 2 1,5 1,51 2 1,0 1,02 2 1,5 1,5
Melancia 150 150 3 4 2,5 2,5
4 3 1,5 1,55 2 1,0 1,01 2 1,0 1,02 3 2,0 2,0
Melo 150 150 3 3 2,5 2,54 2 2,0 2,05 2 1,0 1,01 2 semanas 0,3 0,3
iniciaisMorango 150 150 2 2 meses 0,75 0,75
seguintes3 o restante 0,6 0,6
do ciclo1 1 1,0 1,02 2 2,0 1,5
Pepino 150 120 3 6 2,5 2,04 1 2,0 1,5
Tabela 24. Continuao
Continua
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Total de Fase da N.o deCultura nutrientes cultura semanas* Taxa de aplicao
N K2O N K2Okg ha-1 kg ha-1 /dia
1 2 1,0 1,02 2 1,5 1,0
Pimento 175 160 3 7 2,5 2,54 1 1,5 1,05 1 1,0 1,01 2 1,0 1,0
Quiabo 150 150 2 2 1,5 1,53 8 2,0 2,01 2 1,0 1,52 2 1,5 2,0
Tomate 175 225 3 7 2,5 3,04 1 1,5 2,05 1 1,0 1,5
* No caso da aplicao de 20% do N e K2O em pr plantio, a 1.a ou 2.a fertirrigaes pode-ro ser suspensas.Fonte: ANNIMO, 1998.
Tabela 24. Concluso
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Tabela 25. Aplicao diria de N; P2O5 e K2O atravs de irrigao por gotejamentopara algumas hortalias, em Israel
Fase de desen- Quantidades de N; P2O5 e K2O /diavolvimento da Tomate* Pimento** Melo***hortalia (dias (cv. Grenadier) (cv. 675) (cv. Galia)aps plantio) N P2O5 K2O N P2O5 K2O N P2O5 K2O
kg.ha-1
1-10 0,15 0,00 0,12 0,10 0,00 0,12 0,15 0,07 0,1211-20 0,35 0,16 0,18 0,50 0,23 1,08 0,20 0,07 0,3021-30 0,75 0,30 0,18 1,50 0,23 1,50 0,35 0,16 0,7231-40 1,25 0,35 0,36 1,60 0,46 1,50 0,90 0,41 1,7441-50 2,10 0,80 7,20 1,70 0,58 3,00 1,30 0,57 3,6051-60 2,50 1,10 7,20 1,60 0,81 5,40 2,50 0,57 7,2061-70 2,60 1,15 2,28 1,70 1,03 6,00 4,30 0,80 8,4071-80 2,85 1,22 3,00 2,60 0,80 5,40 2,40 1,03 9,6081-90 3,65 1,38 7,20 2,80 0,80 4,20 1,20 0,99 9,0091-100 6,15 2,21 15,0 2,50 0,80 6,00 1,00 0,62 4,20101-110 7,70 2,44 15,6 2,50 0,57 6,60 0,50 0,30 1,20111-120 6,35 2,94 9,84 1,50 0,57 3,60 0,30 0,16 0,06121-130 0,10 1,15 0,60 - 0,23 - - - -131-150 0,05 0,28 0,60 - - - - - -151-200 1,70 1,20 8,40 - - - - - -
Total dos 450 218 1132 205 71 444 151 57 462nutrientes (kg.ha-1)* Tomate: plantio: 17/10; colheita seletiva; 28.000 plantas/ha; solo arenoso; produo 153 t ha-1.** Pimento: plantio: 14/07; colheita seletiva; 100.000 plantas/ha; solo arenoso; produo 75 t ha-1.*** Melo: plantio: 14/01; colheita seletiva; 25.000 plantas/ha; solo arenoso; produo 56 t ha-1.Fonte: BAR-YOSEF, 1991.
Continua
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Tabela 25. ConclusoFase de desen- Quantidades de N; P2O5 e K2O /diavolvimento da Milho doce* Alface** Berinjela***hortalia (dias (cv. Jubilee) (cv. Iceberg) (cv. Black oval)aps plantio) N P2O5 K2O N P2O5 K2O N P2O5 K2O
kg.ha-1
1-10 0,50 0,23 1,20 0,15 0,00 0,24 0,05 0,00 0,0011-20 1,00 0,34 1,80 0,45 0,23 0,60 0,10 0,00 0,0021-30 1,50 0,46 5,40 3,00 1,15 6,12 0,20 0,00 0,3631-40 3,50 1,26 6,96 3,40 1,38 9,36 0,25 0,00 0,9641-50 4,50 1,95 8,64 2,20 1,26 9,84 3,20 0,05 5,8851-60 6,00 2,64 4,56 1,80 1,03 3,84 2,90 0,18 8,64
61-70 4,00 1,84 7,44 - - - 0,25 0,21 1,5671-80 3,00 0,46 2,40 - - - 0,25 0,11 0,6081-90 - - - - - - 0,25 0,11 0,6091-100 - - - - - - 0,25 0,11 0,60101-110 - - - - - - 0,25 0,21 2,40111-120 - - - - - - 1,20 0,35 3,60121-130 - - - - - - 2,40 0,62 3,60131-150 - - - - - - 2,60 0,71 3,60151-200 - - - - - - 2,30 0,87 1,92
Total dos 240 92 384 110 51 300 290 76 456nutrientes (kg.ha-1)* Milho doce: plantio: 15/04; colheita 05/07; 75.000 plantas/ha; solo barrento; produo 28 t ha-1.** Alface: plantio: 05/11; colheita 25/01; 100.000 plantas/ha; solo arenoso; produo 45 t ha-1.*** Berinjela: plantio: 10/09; colheita seletiva; 12.500 plantas/ha; solo arenoso; produo 51 t ha-1.Fonte: BAR-YOSEF, 1991.
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8. CLCULO DE FERTIRRIGAO COM A MISTURA DEFERTILIZANTES SIMPLES
A seguir ser apresentado o clculo de fertirrigao, considerando-se anecessidade do nutriente por rea plantada (kg ha-1 ou g m-2) independentementedo volume de gua aplicado.
Por exemplo, na tabela 25 em que so recomendados para o Pimento(cv. 675), no perodo de 41 a 50 dias aps plantio, as seguintes quantidades denutrientes: 1,70 kg ha-1 de N; 0,58 kg ha-1 de P2O5 e 3,00 kg ha-1 de K2O por dia.
Dispomos dos seguintes fertilizantes:MKP: fosfato monopotssico (52% de P2O5 e 34% de K2O)KNO3: nitrato de potssio (13% de N e 46% de K2O)NH4NO3: nitrato de amnio (33% N)a) Adubao fosfatada:A tabela indica necessidade de 0,58 kg ha-1 de P2O5 por dia100 kg MKP _ 52 kg P2O5 x _ 0,58 kg P2O5 necessriosx = 100 x 0,58 = 1,11 kg ha-1 de MKP por dia
52
b) Adubao potssica (fontes: MKP e KNO3)100 kg MKP _ 34 kg K2O1,11 kg MKP _ x kg K2Ox = 1,11 x 34 = 0,38 kg ha-1 de K2O por dia
100
A tabela indica necessidade de 3,00 kg ha-1 de K2O por diaK2O contido no MKP = 0,38 kgquantidade de K2O que falta = 3,00 - 0,38 = 2,62 kg ha-1 de K2O por dia100 kg KNO3 _ 46 kg K2O y _ 2,62 kg K2Oy = 100 x 2,62 = 5,69 kg ha-1 de KNO3 por dia
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c) Adubao nitrogenada (fontes: KNO3 e NH4NO3)A tabela indica necessidade de 1,70 kg ha-1 de N por diaN do KNO3:100 kg KNO3 _ 13 kg N5,69 kg KNO3 _ xx = 0,74 kg de Nquantidade de N que falta = 1,70 kg - 0,74 = 0,96 kg ha-1 de N por dia100 kg NH4NO3 _ 33 kg N
Z _ 0,96 kg Nz = 100 x 0,96 = 2,91 kg ha-1 de NH4NO3 por dia
33Concluso: so necessrios para atender as indicaes de 1,70 kg ha-1
de N; 0,58 kg ha-1 de P2O5 e 3,00 kg ha-1 de K2O por dia, os seguintes fertilizantes:1,11 kg ha-1 de MKP; 5,69 kg ha-1 de KNO3 e 2,91 kg ha-1 de NH4NO3 por dia.
Observao: no caso de se utilizar Ca(NO3)2 (nitrato de clcio), aplic-loseparadamente do MKP ou MAP, para evitar a formao de fosfatos de clcio,insolveis, que em quantidades elevadas podem causar problemas de entupimentosdos bicos de sada. Uma soluo prtica aplicar os produtos separadamente demanh e tarde. Ex: MKP + KNO3 de manh e Ca(NO3)2 tarde.
Outra opo a utilizao de cido fosfrico (H3PO4) (55 a 70% P2O5)com fonte de fsforo, por ser um produto de baixo custo unitrio quanto ao kgde P2O5. Deve-se tomar cuidado na manipulao do cido fosfrico devido aoperigo potencial sade humana e corroso de alguns equipamentosmetlicos.
9. CONCLUSES
As hortalias sob cultivo protegido, especialmente pimento, pepino,tomate, alface e morango no campo tm recebido a maior parte da adubaopr-plantio com adubos slidos orgnicos e minerais com predominncia dofsforo, incorporado ao solo, nos canteiros. Nas hortalias cultivadas sob estufaplstica, a adubao de cobertura feita principalmente com fertilizantes solveisna gua de irrigao, havendo utilizao tanto das misturas de fertilizantessimples, como formulaes lquidas ou slidas.
Devido aos custos elevados, e no-adaptao de inmeras formulaesestrangeiras s condies locais de solo, clima e cultivares de hortalias, ocorre
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na atualidade predomnio do emprego de mistura de fertilizantes simples, comonitrato de potssio, nitrato de clcio, fosfato monopotssico (MKP) emonoamnio fosfato (MAP) purificado. A frequncia de aplicao da fertirrigaoadotada pela maioria dos olericultores diria ou em dias alternados.
No caso de hortalias cultivadas no campo, a cu aberto, o emprego defertirrigao ainda incipiente, devido principalmente aos menores custos dosfertilizantes e das formulaes slidas de menor solubilidade em gua.
A anlise qumica foliar, como auxlio no diagnstico nutricional emhortalias, pouco adotada pelos olericultores em geral, apesar de existiremboas informaes da pesquisa cientfica agronmica.
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AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem as informaes tcnicas e sugestes fornecidaspor: Arlete Marchi Tavares de Melo (IAC-Campinas); Carlos Roberto de Oliveira(Casa da Agricultura de Fernandpolis); rik Augusto Barreto (Casa da Agriculturade Santa Cruz do Rio Pardo); Eurpedes Malavolta (CENA, Piracicaba); FlvioBussmeyer Arruda (IAC, Campinas); Francisco Antonio Passos (IAC-Campinas);Gilberto Job Borges de Figueiredo (Casa da Agricultura de Mogi das Cruzes);Joaquim do Amaral Mesquita Filho (Vivero, So Jos do Rio Pardo); Jos CarlosAlcarde (ESALQ, Piracicaba); Jos Eduardo Bovi (Casa da Agricultura dePiracicaba); Jos Geraldo Olintho Junqueira Filho (COOXUP, Guaxup); JosRicardo Giorgetti (Gioplanta, Monte Mor); Lus Carlos Lcio (Produtor de hortaliasem Elias Fausto); Luiz Antonio de Andrade (Petroisa do Brasil Ltda., Avar);Marcos Davi Ferreira (EMBRAPA); Mario Luiz Cavallaro Jnior (EngenheiroAgrnomo, Produtor de mudas, Elias Fausto); Oliveiro Bassetto Jr. (Hidroceres,Santa Cruz do Rio Pardo); Osvaldo Maziero (Produtor de hortalias em Atibaia);Paulo Makimoto (Casa da Agricultura de Tup); Roberto Faria (APTA - Plo Regionalde Monte Alegre do Sul); Roberto Lyra Villas Boas (UNESP, Faculdade de CinciasAgronmicas de Botucatu); Wanderlei Tavares Dias (Casa da Agricultura de Gara)e Wiliam Paulo Arajo (Engenheiro Agrnomo, MSc, Mogi Guau).
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