Festa Folclórica de Parintins

45

description

Trabalho Acadêmico

Transcript of Festa Folclórica de Parintins

Page 1: Festa Folclórica de Parintins
Page 2: Festa Folclórica de Parintins
Page 3: Festa Folclórica de Parintins

Festa folclórica de Parintins

Page 4: Festa Folclórica de Parintins
Page 5: Festa Folclórica de Parintins

Barbara Soares

Festa folclórica de Parintins

Trabalho acadêmico 7º ciclo

Page 6: Festa Folclórica de Parintins

Copyright C 2012 by Barbara SoaresTitulo original: Festa folclórica de ParintinsCapa: Projeto gráfico de Barbara SoaresEditoração Eletrônica: Barbara Soares

CIP-Brasil. Catalogação-na-fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

Soares, Barbara 2012 Festa folclórica de Parintins / Barbara Soares Rio de Janeiro 2012 XXX p.

ISBN 85-209-1767-4

1. Trabalho Acadêmico. 2. Pesquisa Folclórica. I. Título

CDD 891.596 CDU 821.222.34(581)-3

Não é permitida a reprodução total ou parcialdesta obra, por quaisquer meios, sem a préviaautorização por escrito da autora.

Todos os direitos reservados a:BARBARA IVAN SOARESAluna do Instituto InfnetTrabalho acadêmico do 7º ciclo

H821c

Page 7: Festa Folclórica de Parintins

“Viva a cultura popular !Viva o boi de parintins !Viva o folclore brasileiro !Caprichoso é raizÉ boi-bumbá o ano inteiro”

- Toada 2012 do Boi Caprichoso

Page 8: Festa Folclórica de Parintins

Copyright C 2012 by Barbara SoaresTitulo original: Festa folclórica de ParintinsCapa: Projeto gráfico de Barbara SoaresEditoração Eletrônica: Barbara Soares

CIP-Brasil. Catalogação-na-fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

Soares, Barbara 2012 Festa folclórica de Parintins / Barbara Soares Rio de Janeiro 2012 XXX p.

ISBN 85-209-1767-4

1. Trabalho Acadêmico. 2. Pesquisa Folclórica. I. Título

CDD 891.596 CDU 821.222.34(581)-3

Não é permitida a reprodução total ou parcialdesta obra, por quaisquer meios, sem a préviaautorização por escrito da autora.

Todos os direitos reservados a:BARBARA IVAN SOARESAluna do Instituto InfnetTrabalho acadêmico do 7º ciclo

Page 9: Festa Folclórica de Parintins

Durante as três noites de apresen-tação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local.

Introdução

O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas associações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada.

Page 10: Festa Folclórica de Parintins
Page 11: Festa Folclórica de Parintins

Sumário

Introdução

A festaBoi GarantidoBoi CaprichosoParintins

Bibliografia

11273135

41

Page 12: Festa Folclórica de Parintins
Page 13: Festa Folclórica de Parintins

1A festa

Page 14: Festa Folclórica de Parintins
Page 15: Festa Folclórica de Parintins

Festa folclórica de Parintins

Lenda folclórica

O ritual dos Bumbás mostra a lenda de Pai Francisco e Mãe Catirina que conseguem com a ajuda do Pajé, fazer renascer o boi do patrão. Conta à lenda que Mãe Catirina estava grávida e desejava comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Para satisfazer o desejo da mulher, Pai Francisco manda matar o boi de estimação do patrão. Pai Francisco é descoberto, tenta fugir, mas é preso. Para salvar o boi, um padre e o pajé foram chamados para ressuscitar o boi.

Pai Francisco e Mãe Catirina são perdoados e há uma festa.

A festa folclórica incluindo o Caprichoso e o Garantido, existem desde 1913, mas a brincadeira foi evoluindo e em 1965 aconteceu o primeiro Festival Folclórico de Parintins, criado por Raimundo Muniz, mas não houve participação dos bumbás. A primeira disputa veio no segundo Festival quando o Garantido enfrentou o Caprichoso (o contrário) e o primeiro empate aconteceu no ano de 2000.

13

Page 16: Festa Folclórica de Parintins

A festa

14

Page 17: Festa Folclórica de Parintins

Festa folclórica de Parintins

Os Bois

Os bois só começaram a batalhar no segundo ano do festival. Existem algumas explicações sobre como nasceu a rivalidade e os nomes dos bois. A mais aceita refere-se ao Poeta Emídio Vieira e seu amor proibido pela mulher do repentista Lindolfo Monteverde.

Ambos apresentavam seus bois todos os anos. Como não podia ter a mulher de Lindolfo Monteverde, Emídio Vieira lançou o seguinte desafio a Lindolfo: "Se cuide que este ano eu vou caprichar no meu boi".

Lindolfo não deixou barato e respondeu: "Pois capriche no seu que eu garanto o meu". Assim nasceu essa batalha folclórica que vem crescendo a cada ano. Existiam outros grupos de apresen-tação de Bois que foram desa-parecendo e apenas o Garantido e o Caprichoso se mantiveram.

15

Boi da elite (de cor preta), Caprichoso x Garantido (de cor branca), o boi do povão.

Page 18: Festa Folclórica de Parintins

A festa

16

O Boi Caprichoso

Page 19: Festa Folclórica de Parintins

O Boi Garantido

Festa folclórica de Parintins

17

Page 20: Festa Folclórica de Parintins

A festa

18

As apresentações

A festa se transformou no maior espetáculo folclórico do Brasil e a segunda maior festa popular do mundo.

Até 2005 era realizado sempre nos dias 28, 29 e 30 de junho. Uma lei municipal mudou a data para o último fim de semana desse mesmo mês.O Festival Folclórico de Parintins, ocorre anualmente.

A ordem de apresentação das Associações é decidida através de sorteio prévio, e cada uma dispõe de no mínimo 02h e no máximo 02:30h para sua apresentação.

Para avaliação e escolha do vencedor, forma-se uma comissão julgadora. Todos os jurados são sorteados na véspera do Festival e escolhidos fora da Região Norte do País para não influenciar no resultado e no referido trabalho.

O requisito é ser estudioso da arte, da cultura e do folclore brasileiro.

Ao todo são julgados 21 quesitos no Festival de Parintins, sendo eles de ordem individual ou coletiva.

Todos os detalhes dos itens julgados se encontram no edital que sai todo ano. São eles:

1 – ApresentadorMarca o centro do espetáculo. Sua voz conduz o tema. Precisa ter afinação, dicção, timbre e técnica de canto. Em Parintins, a figura do apresentador é rapidamente remetida à imagem de Paulinho Faria, que foi apresentador do Boi-Garantido por 26 anos.

2 - Levantador de ToadasTodas as músicas que fazem a trilha sonora das apresentações são interpretadas pelo levantador de toadas. Trata-se de uma figura importante, já que a técnica, a força e a beleza de sua

Page 21: Festa Folclórica de Parintins

Sebastião Júnior - levantador oficial de toadas do Garantido

Festa folclórica de Parintins

19

interpretação não só valem pontos como ajudam a trazer à tona a emoção dos brincantes. David Assayag e o mais reconhecido levantador do festival, que partic-ipou do Boi Garantido do ano de 1994 até o ano de 2009, passando no ano de 2010 para o Boi Capri-choso, sendo substituído por Sebastião Júnior, de apenas 23 anos que foi considerado a maior revelação do Festival de Parintins, por sua belíssima voz e empatia imediata com a galera vermelha.

3 - Ritual IndígenaNo apogeu da apresentação, acontece o Ritual, uma dramati-zação teatral comovente, culmi-nando sempre com a mágica e misteriosa intervenção do Pajé, o poderoso curandeiro e temido feiticeiro, que faz a dança da pajelança. É a grande apoteose da noite.

4 - Porta-EstandarteRepresenta o símbolo do Boi em movimento. Ela deverá ter garra, desenvoltura, elegância, alegria, sincronia de movimentos entre o bailado e o estandarte. Jeane Benoliel defende o item no Capri-choso e Raíssa Barros no Garan-tido.

5 - Amo do BoiO Amo do Boi, com seu jeito caboclo, exalta a originalidade e a tradição do nosso folclore, fazendo soar o berrante e tirando o verso

Page 22: Festa Folclórica de Parintins

Tony Medeiros - Amo do Boi

A festa

20

em grande estilo. É a chamada do Boi, que vem para bailar. No Garantido o Amo é Tony Medeiros e no Caprichoso Edílson Santana.

6 - Sinhazinha da FazendaÉ a filha do dono da fazenda. Precisa ter graça, desenvoltura, simplicidade, alegria, saudando o boi e do público.

7 - Rainha do FolcloreRepresenta a expressão do poder, pela manifestação popular. Deve possuir graça, movimentos com desenvoltura, incorporação, indumentária. Defendem este item Patrícia de Góes no Garantido e Brenna Dianná no Caprichoso.

8 - Cunhã-PorangaRepresenta a moça bonita, uma sacerdotisa, guerreira e guardiã. Expressa a força através da beleza. Deve possuir desenvoltura

e incorporar a personagem. No Garantido a moça mais bela é Tatiane Barros e no Caprichoso Maria Azedo.

9 - Boi-Bumbá EvoluçãoÉ o símbolo da manifestação popular. Motivo e razão de ser do festival. Deve ter geometria idên-tica, leveza, alegria, evolução, encenação, coreografia e movi-mentos de um boi real. O ser que comanda estes movimentos é chamado de tripa do boi, e é o mesmo que confecciona o mesmo, sendo Denildo Piçanã no Garantido e Markinho Azevedo no Capri-choso.

10 - Toada, Letra e MúsicaA música, que acompanha durante todo o tempo das apresentações, é a toada, acompanhada por um grupo de mais de 400 ritmistas.As letras das canções resgatam o passado de mitos e lendas da

Page 23: Festa Folclórica de Parintins

Maria Azedo Cunhã-Poranga do Caprichoso

Festa folclórica de Parintins

21

floresta amazônica.Muitas das toadas incluem também sons da floresta, como exemplo o canto dos pássaros.

11 - TuxauasSão os chefes das tribos, que encarnam a representação alegórica. O Garantido começou a apresentar os capacetes nessq quesito e o Caprichoso entrou nessa, assim surgiram os mega-capacetes. Hoje eles são levados sobre rodas, porque o brincante não consegue suportar o peso da imensa estrutura alegórica. Deve manter a fidelidade ao tema e ser rico em detalhes nas confecções.

12 - Batucada/MarujadaBatucada é o conjunto de ritmistas do boi Garantido e Marujada é a do Caprichoso. Fazem parte do bloco musical, dão a sustentação rítmica à apresentação que deve ter cadência e harmonia.

13 – GaleraA galera (torcida) dá um show à parte. Enquanto um Boi se apre-senta, sua galera participa com todo entusiasmo. Seu desempenho também é julgado. Do outro lado, a galera do contrário (adversário) não se manifesta, ficando no mais absoluto silêncio, num exemplo de cordialidade, respeito e civilidade.As torcidas jamais se misturam e,

durante a apresentação de um grupo, a torcida do outro boi não pode se manifestar.

14 - Tribos IndígenasApresentação de um agrupamento nativo da Amazônia. Considera-se: sincronia de movimentos, fidelidade às raízes, cores, expressões cênicas, formas de dançar e movimentos originais.

Page 24: Festa Folclórica de Parintins

Waldir Santana Pajé do Caprichoso

Luiz GonzagaFigura Típica Regional

15 - PajéÉ o curandeiro, o sacerdote da tribo. Precisa apresentar expressão corporal e facial, movimentos harmônicos, segurança e domínio do espaço cênico. André Nasci-mento é o pajé do Garantido desde 1999 e tem uma disputa ferrenha com Valdir Santana, do Capri-choso, que esta desde 1989.

16 - Figura Típica RegionalSímbolos da cultura amazônica, que homenageiam as raízes da terra. A figura típica regional do pescador, como Lindolfo Mon-teverde, Luiz Gonzaga, Chico Mendes, e o mítico Valdir Viana nomes recorrentes nesse quesito.

17 - AlegoriaÉ a estrutura artística que serve como cenário para a apresentação. Elas são criadas em módulos que se agrupam na arena para formar um estrutura monumental. Considera-se acabamento, execução, funcionalidade, porte e estética.

18 - VaqueiradaGrupo que interpreta os guardiões do boi. Fazem coreografias em círculos e evoluem na arena. Devem apresentar tradição, sintonia e coreografia. Os tradicion-ais “escudeiros” dos bumbás, que no início da brincadeira utilizavam varas de madeira colhida nas

A festa

22

Page 25: Festa Folclórica de Parintins

Início da apresentaçãodo Garantido

Festa folclórica de Parintins

23

matas próximas a Parintins, hoje têm material levíssimo nas lanças. Eles estão lá como parte da tradição que resiste nos bumbás.

19 - Lenda AmazônicaImaginação, envolvimento e encenação são fundamentais neste item. Ficção que retrata e ilustra a cultura e o folclore de um povo. A cobra-grande é o mito que mais inspira os artistas dos bumbás.

20 – CoreografiaÉ muito difícil criar uma coreografia com 4 mil brincantes na arena. Até porque o espaço não comporta tanta gente, com suas fantasias e adereços. Os bumbás preferem disputar esse item com os tuxauas e as tribos, em coreografias que a cada ano vão se tornando mais complexas e dão um colorido especial ao Bumbódromo.

21 – Organização do Conjunto Avaliação da reunião de itens individuais, artísticos e coletivos, embasados no conteúdo da noite, dispostos organizadamente na arena. Considera-se harmonia, velocidade de apresentação, liberdade de movimentos na arena e tempo compatível. Esse item é julgado com o cronômetro. Se o bumbá não passar do tempo predeterminado, mínimo de duas horas e máximo de duas horas e meia, ganha a nota máxima.

Page 26: Festa Folclórica de Parintins

Bumbódromo - Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes

O Bumbódromo

A festa

24

O duelo entre os bois, já teve vários locais de disputa como a quadra da catedral de Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio Tupy Cantanhede. Até que em 1987, o governador da Amazônia foi assistir o festival, no mesmo local onde hoje é o Bumbódromo, mas era um tablado. Ele gostou tanto da festa que prometeu construir um local do tamanho que o festival merecia e, no ano seguinte foi inaugurado em

24 de junho e aberto para o 22º Festival Folclórico, em 1988 o bumbódromo. O Bumbódromo foi construído com a capacidade total de 35 mil lugares.

Os lugares são dívidas em duas partes rigorosamente iguais para as torcidas dos bois. Um dos lados da arquibancada é pintado com a cor vermelho e o outro lado é pintando com a cor azul.

Page 27: Festa Folclórica de Parintins

Parintins e o Bumbódromo

Festa folclórica de Parintins

25

O Bumbódromo

Page 28: Festa Folclórica de Parintins
Page 29: Festa Folclórica de Parintins

2Boi Garantido

Page 30: Festa Folclórica de Parintins
Page 31: Festa Folclórica de Parintins

O vermelho

A história do Garantido começa em 24 de junho de 1913, quando o filho de pescador Lindolfo resolveu por em prática uma das histórias que ouvia de seu avô.

Dentre as inúmeras histórias, Lindolfo Monteverde ouviu a história de um boi que dançava visitando famílias e alegrando as pessoas. O que mais chamava a sua atenção era sobre o roubo da língua do boi e os versos cantados

Festa folclórica de Parintins

29

O Boi Garantido

durante o ritual do boi, que envolvia Pai Francisco, Mãe Catirina, o Amo do Boi, o Pajé, Rituais indígenas e outras figuras.

Mais tarde, ao servir o exército, Lindolfo Monteverde adoeceu e a gravidade de sua doença o levou a fazer promessa ao Santo São João Batista, prometendo que, se ficasse curado e enquanto tivesse vida, seu bumba jamais deixaria de sair nas ruas. Foi então que o boi

Page 32: Festa Folclórica de Parintins

Garantido passou a ser chamado de “Boi da Promessa”.

A partir de então, todos os anos os torcedores do Boi se reúnem na noite de 24 de junho e saem pelas ruas da cidade, dançando em frente às casas que tiverem foguei-ras acesas.

Até hoje, Lindolfo é considerado o melhor compositor de toadas que a cidade de Parintins registrou.Desde a sua criação, o Garantido se apresenta com um coração na testa e as cores Vermelha e branca foram adotadas pela torcida. A cor Vermelha, do coração e a branca, do boi.

Boi Garantido

30

Tema do Garantido 2012 Tema do Garantido 2011

Em sua história, lhe foram atribuí-dos vários slogans carinhosos, como: “Boi da Promessa”, “Boi do Coração”, “Brinquedo de São João”, “Boi do Povão” e outros. O mais popular é “Brinquedo de São João”, de autoria de Lindolfo para homenagear o santo a quem se apegou para curar a doença que o ameaçava quando servia o exército.

Os dirigentes preservam até os dias atuais este slogan como forma de reconhecimento a Lindolfo, o poeta maior da Nação Vermelha e Branca.

Page 33: Festa Folclórica de Parintins

3Boi Caprichoso

Page 34: Festa Folclórica de Parintins
Page 35: Festa Folclórica de Parintins

O Azul

A gênese do Boi-Bumbá Capri-choso começa no início do século XX com a vinda de um nordestino chamado Roque Cid, natural do estado do Ceará.

Ele migrou, como muitos que vieram para o norte do país. Ao chegar, foi em Parintins que ele decidiu ficar e fundar, em 1913, uma brincadeira onde a figura principal era um boi de pano chamado Caprichoso.

Festa folclórica de Parintins

33

O Boi Caprichoso

Roque Cid construiu com suas próprias mãos, mãos de pescador, um boizinho simples, mas todo feito com capricho e esmero, envolto em pano de cetim preto.

Além do boi-bumbá, Roque Cid organizava o Cordão dos Marujos, manifestação de cunho religioso, trazido do nordeste, que deu origem ao nome da percurssão do boi Caprichoso, famosa Marujada de Guerra.

Page 36: Festa Folclórica de Parintins

Boi Caprichoso

34

O nordestino, também, era conhe-cido como Mestre Roque, por ter como ofício a profissão de pedreiro. Relatos descrevem que muitas construções do bairro São Benedito foram por ele executadas.

Em sua residência ocorriam os ensaios para o dia da grande festa em homenagem aos santos juninos, em especial São João, tendo o seu filho Feliz Cid como o principal Amo do Boi.

Tema do Caprichoso 2012 Tema do Caprichoso 2011

Esses festejos uniam toda a população local, trazendo ofertas de comidas e finalizavam com a morte simbólica do Boi, que prometia voltar no próximo ano, com a seguinte ressalva: “Se Deus quiser”.

Outra figura muito expressiva na história do boi Caprichoso foi Luiz Gonzaga, cuja residência serviu de curral no qual por muito tempo ensaiou o boi Caprichoso.

Page 37: Festa Folclórica de Parintins

4Parintins

Page 38: Festa Folclórica de Parintins
Page 39: Festa Folclórica de Parintins

Chegada a Amazônia

Festa folclórica de Parintins

37

Portal da entrada de Parintins

A festa do boi tem sua origem no Nordeste do Brasil, onde derivou de outra Dança típica de lá. Em conseqüência do ciclo da borracha, constantes imigrações de Nordesti-nos para tentar a sorte na cultura extrativista do látex, na Região

Norte do Brasil, em especial para o Estado do Amazonas, houve também a imigração de manifes-tações culturais como a lenda do Bumba -meu- Boi que logo foi assimilado pela população e ganhou aspecto local.

Page 40: Festa Folclórica de Parintins

Parintins

38

Praça em Parintins com oRio Amazonas ao fundo

A cidade

Hoje a festa popular é realizada anualmente, na cidade de Parintins que fica no norte do Brasil.Com mais de cem mil habitantes, durante o Festival de Parintins, a cidade é chamada de “ilha Tupi-nambarana”. É nessa época do ano que a população da cidade praticamente dobra.

Ela está localizada no Baixo Amazonas, Parintins esta a 370 km em linha reta ou, 420 km por rio, na direção leste de Manaus, próximo à divisa com o estado do Pará.

Pode-se chegar à cidade por vias aérea e fluvial. Os vôos saem de Manaus ou de Santarém, no Estado do Pará, e têm duração de aproximadamente 1 hora. De barco, a viagem dura, em média, de 20 horas.

O trecho Manaus-Parintins, que desce o rio, é normalmente feito em 18 horas. O retorno leva cerca de 24 horas, pois navega-se contra as águas do rio. A maioria desses barcos funciona como hotéis, pois eles permanecem ancorados em Parintins. A melhor locomoção em terra firme é mototaxi.

Parintins é uma cidade simples, hospitaleira, alegre e religiosa. Bicicletas pelas ruas, cadeiras na calçada, missa aos domingos na Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade. Seus primeiros habitantes foram os índios Maués, Sapupés, e Parintins (daí a origem do nome).

Page 41: Festa Folclórica de Parintins

Prato típico regional:Tacacá.

Festa folclórica de Parintins

39

Culinária

Curimatã, jaraqui, pirarucu, matrinchã, pescada, tambaqui, tucunaré, pacu, sardinha, bodó e tamuatá. Esses são alguns dos peixes que compõem a maioria dos pratos típicos da região da Amazônia, cidade de Parintins.

O maior xodó dos turistas, no entanto, é o tacacá. A iguaria é preparada a partir de um caldo fino de cor amarelada chamada tucupi, feito da raiz da mandioca brava. O prato completa-se com camarão e jambu (também conhecido como agrião-do-pará). Ele é servido em uma espécie de cone, bem quente e temperado com sal e pimenta.

Uma informação curiosa sobre o tacacá é que ele não se come, nem se bebe. Na região, as pessoas dizem que se “toma”.

Os mais ousados ainda podem experimentar as carnes de tartaruga ou de búfala, que também fazem parte da gastronomia local.

Quem passar a noite em meio às festividades dos bois, o encerra-mento em grande estilo é o café da manhã no Mercado Municipal. As energias podem ser renovadas com a tapioca com tucumã, queijo de coalho e mingau de banana.

Page 42: Festa Folclórica de Parintins

Expressões locais

1 - AluáBebida fermentada, feita a partir do arroz ou do milho

2 - ArraialComércio de comidas típicas e atividades sócio-culturais

3- Asa-duraAvião Banzeiro - ondas de rio muitos altas

4- BordunaCassetete

5 - BrincanteFolião do Boi-Bumbá

6 - CaqueadoEstilo Carapanã - Muriçoca Contrário - Denominação dada ao torcedor do outro boi, em época de festival a rivalidade é tão grande que se recusam a pronunciar o nome do boi "contrário".

7 - TacanhobaTanguinha

Parintins

40

8 - Cunhã-porangaMulher bonita

9 - FiguraPersonagem do boi, exemplo: Bicho folharal, Dona Aurora, Neguinho do Campo Grande etc...

10 - GaleraTorcida Marujada de Guerra, nome dado a batucada do Caprichoso

11 - PalminhaDois pedaços de madeira retangu-lar (itaúba ou sucupira) usado para marcar o ritmo das toadas

12 - PanuveiroConfusão

13 - QGLocal onde são feita as fantasias

14 - QuiririTristeza

15 - TripaPessoa que dança vestido de boi

Page 43: Festa Folclórica de Parintins

Bibliografia

ARTIGO. Wikipedia. Festival Folclórico de ParintinsDisponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_Folcl%C3%B3rico_de_Parintins>. Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

PORTAL São FranciscoDisponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/brasil/festas-populares-do-brasil.php>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

PORTAL BandDisponível em: <http://www.band.uol.com.br/parintins/>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

PORTAL BandDisponível em: <http://entretenimento.band.uol.com.br/galeria/?ID=3189>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

PORTAL ParintinsDisponível em: <http://www.parintins.com/>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

PORTAL Parintins.govDisponível em: <http://www.parintins.am.gov.br/>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

PRODUTO Natura EkosDisponível em: <http://www.naturaekos.com.br/operaamazonica/>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

BOI GarantidoDisponível em: <http://www.boigarantido.com.br/>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

BOI CaprichosoDisponível em: <http://www.boicaprichoso.com.br/>.Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

Page 44: Festa Folclórica de Parintins

1ª Edição Dezembro de 2012

PAPEL DE MIOLOA4 Oficio 75g

PAPEL DA CAPA Papel Paraná natural n. 80

TIPOGRAFIA Arial

Lithos Pro

Page 45: Festa Folclórica de Parintins