Festas da Vila de Vagos

3
23 de maio 2012 22 Muita iluminação no centro da vila de Vagos, muito fogo-de- artifício em detrimento do fogo de cana, e sobretudo muita animação musical e convívio. São estas as promessas da comissão de festas da vila de Vagos que, este ano, foi “obrigada” a constituir-se formalmente em associação. Do programa, rejeitam críticas pela ausência de grupos vaguenses ou da região, desafiando a população a assistir aos arraiais e criticar apenas no final caso não tenha gostado. A edição deste ano das festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos fica marcada pela criação da Associação com o mesmo nome das festas da vila. Porquê a sua criação? No início do ano fomos obrigados a constituirmo-nos em associação formal- mente criada para podermos trabalhar, sobretudo por causa dos bares e publi- cidades/patrocínios. Foi uma imposição legal. Agora é uma associação que fica criada para futuras comissões de festas da vila de Vagos. Quais as vantagens que a comissão passou a ter com a criação da asso- ciação? Ou há mais inconvenientes? Há mais inconvenientes, porque se antes podíamos fugir ao pagamento de IVA, agora tem que se pagar tudo. Mas o que nos vale é que até quase 9 mil euros de lucros em termos de publicidades e exploração dos bares a associação está isenta de pagamento de IVA. Outro dos inconvenientes é termos sido nós os primeiros a criar a associação, porque tivemos que criar os estatutos e formali- zar a associação. Agora, com livro de atas, é muito mais fácil para quem vier a seguir. Os órgãos vão tomando posse sendo substituídos através das atas, a contabilidade é mais rigorosa e para a controlar existe um conselho fiscal. Os procedimentos serão, certamente, mais fáceis para a comissão do próximo ano. E o trabalho e as próprias contas apresentadas no final das festas serão ainda mais claras e transparentes. Como vai ser gerida a associação no futuro? Tendo em conta que os mem- bros da comissão de festas sempre foram nomeados ou apresentaram-se voluntariamente, agora passará a haver eleição? O processo será o mesmo. A comissão terá que ser constituída por um mínimo de nove elementos (três para a di- reção, três para a assembleia-geral e outros três para o conselho fiscal), que poderão ser nomeados ou voluntaria- rem-se, e de entre eles é escolhido o presidente. Tudo tem que constar em ata. O mandato é anual, caso alguma comissão pretenda manter-se por mais do que um ano apenas tem que determi- nar tal facto em ata, já que não haverá associados nem eleições. Qual será o futuro desta associa- ção? A comissão que a constituiu continuará a trabalhar durante um determinado período de tempo para a realização das festas ou promoverá mais iniciativas ao longo do ano? Poderá vir a ter outras iniciativas mas, para já, o pensamento está centrado apenas para as festas da vila de Vagos. Aliás, foi com essa finalidade que foi criada. Mas quem vier pode fazer muito mais: torneio de malha, passeios de BTT, torneio de sueca, entre outras ações. Ou seja, pode promover um conjunto de iniciativas que os estatutos assim preveem, desde que os lucros revertam para a associação e para as festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos. Iniciativas que, de modo geral, já tinham lugar. Por exemplo, nós, mesmo antes de criar a associação, promovemos dois torneios de malha e outro de sueca, mas não trouxe grandes rendimentos. Pensámos ainda em promover um passeio BTT, mas infelizmente não obtivemos ajudas que inicialmente estavam “prometidas”. Há alguma falta de bairrismo aqui na vila de Vagos. Mesmo com a criação da associação, o apoio financeiro da autarquia não estará em causa… Julgo que a câmara municipal de Vagos terá sempre que ser parceira. E sobre- tudo quando não se formar comissão, como já aconteceu. Este ano, o apoio municipal já foi determinado: até 25 mil euros. Essa verba colocou em causa o programa que esta comissão tinha inicialmente previsto? É óbvio que colocou mas, perante a situação por que atravessa o país, compreendemos. Realmente acolhemos a franqueza do presidente apesar de nós querermos sempre mais; percebe- mos que isso não seria possível, pelo menos este ano, e decidimos adequar a festa ao orçamento que a autarquia nos atribuiu. Em quanto está orçado o programa deste ano? Em cerca de 44 mil euros, acrescido de IVA. Falta-nos ainda uma boa parte, daí termos promovido os torneios, peditório na vila e venda de calendários. Neste último caso, fica desde já o nosso agradecimento à população da vila, mas sobretudo às pessoas que residem fora da vila; foram muitas as pessoas que à porta das igrejas ou nas feiras do concelho e da região nos adquiriram calendários e até nos procuraram. Era um calendário com a imagem da Nossa Senhora de Vagos e que teve bastante aceitação por parte das pessoas. Uma procura e adesão explicadas pelo facto do dia dedicado a Santa Maria de Vagos estar englobado nas festas da vila? Esta festa diz muito não só à comuni- dade local como às pessoas de todo o concelho e até da região, sobretudo do concelho de Cantanhede. A própria Senhora de Vagos permite uma maior abertura das pessoas fora da vila de Vagos e isso verifica-se na segunda- feira da festa, mas também já verificou aquando da venda do calendário. Como correu o peditório na vila de Vagos? 60% da população da vila merece todo o nosso respeito e carinho, e para eles um bem-haja e muito obrigado. Não podemos mandar no bolso das pessoas, mas muitos não quiseram apoiar por causa da crise ou simplesmente porque não nos querem apoiar. Merecíamos um pouco mais de respeito porque anda- mos a trabalhar graciosamente desde novembro do ano passado. E em termos empresariais? Aí queremos agradecer a todas as em- presas, firmas e casas comerciais que merecem todo o nosso obrigado. Foram extraordinários e não nos negaram um donativo. Tendo em conta que o valor máximo atribuído pela câmara cobre cerca de metade do orçamento, já conse- guiram a outra metade? Temos ainda que arranjar muito mais. Este ano vamos ceder espaço para co- mércio e vamos explorar os bares, mas seremos “obrigados” a ter pessoas com saquinho da comissão de festas a pedir uma “florzinha” para poder cobrir todas as despesas. O nosso maior problema é mesmo o IVA. Com que programa podem contar as pessoas este ano? Há quem nos critique por não trazermos conjuntos e bandas da terra, mas nos anos anteriores diziam que eram sem- pre os mesmos conjuntos que vinham às festas da vila. Em novembro, quando começámos a trabalhar, pensámos em mudar o “visual” à festa. Essa mudança está feita: vamos trazer orquestras que ninguém conhece. As pessoas que ven- ham ver a festa e só depois, no final, depois de assistirem aos espetáculos, é que podem dizer se realmente valeu ou não a pena. Os vaguenses vão ter uma coisa inédita na vila: uma das melhores ornamentações que a vila de Vagos teve até hoje. Vai ser um autêntico arraial minhoto, com a igreja e todo o centro da vila devidamente ornamentado. E teremos cá uma grande orquestra es- panhola, o Panorama, que já cá esteve duas vezes na década de 90, e que é um mundo de espetáculo: tem 26 metros de comprimento o palco, 12m de largura e 30 de altura, e mais de 30 músicos a atuar em palco. Depois no final é que as pessoas têm que dizer se gostaram ou criticar se não gostaram. Além do mais, não tínhamos dinheiro para trazer um artista de renome nacional. Era tudo para cima de 20 mil euros para tocar uma hora. Pelo que tivemos que refazer o programa consoante o dinheiro que a autarquia nos disponibilizou. Estava prevista a vinda de projeto nacional que não se veio a con- cretizar? Sim, o Projeto Gerações, com Mónica Sintra, Ana e Nucha. Também entrá- mos em contacto com outros artistas, mas tinham orçamentos muito altos. O Panorama encaixa-se dentro dos valores que prevíamos gastar. É o cabeça de cartaz. No domingo à noite iremos ter duas artistas da região (Gisela e Mariana Fardilha), da Palhaça, que irão atuar gratuitamente, para complementar o espetáculo do Repúblika. Também na procissão das velas haverá uma surpresa. Para além das ações religiosas, mantêm-se algumas tradições como o teatro, jogo de futebol entre solteiros e casados ou a festa no pinhal de S. João. São tradições que queremos manter. Mas a terça dedicada ao S. João, dá-nos impressão que terá os dias contados. Sempre estivemos com ideias de a realizar, mas já nos disseram que se devia acabar com ela porque já não existe aquele espírito que se via antiga- mente. Este ano vamos para um terreno particular que será vedado, junto ao antigo campo de futebol. É uma forma de fugir à confusão da EN109, como nos foi pedido pelo comandante da GNR. Acreditamos que a mudança de local não irá tirar visibilidade à festa mas, pelo contrário, trará mais segurança para as pessoas. Também foram reduzidos custos no fogo-de-artifício? O fogo de cana foi reduzido ao máximo, será menor durante o dia da semana em relação a anos anteriores. No sábado haverá os 21 tiros de manhã; durante o dia haverá fogo de cana na procissão de domingo e pouquíssimo nos restan- tes dias. Preferimos diminuir no fogo de cana para aumentar ainda mais o fogo-de-artifício no domingo à noite (que terá cerca de 10 a 15 minutos) e na segunda haverá apenas uma pequena descarga de fogo. Também na procissão de velas temos reservado uma surpresa, pelo que convidamos toda a população a estar presente na vila de Vagos. Acreditam que os tempos difíceis existentes podem afastar as pessoas da festa? Estamos convencidos que as pessoas virão, independentemente da crise, porque não vêm gastar dinheiro ne- nhum. Vêm assistir aos arraiais e, sobretudo, divertir-se. Esperemos é que S. Pedro também nos ajude, porque quanto ao cartaz e à equipa que está a trabalhar pensamos que é já um sucesso. Especial Festas da Vila de Vagos Festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos Vagos à moda do Minho 444 António Simões Freire (Presidente da Direção), Rui Mouro (Assembleia Geral) e Paulo Sérgio Almeida (vice-presidente)

description

Especial Festas da Vila de Vagos

Transcript of Festas da Vila de Vagos

Page 1: Festas da Vila de Vagos

23 de maio 201222

Muita iluminação no centro da vila de Vagos, muito fogo-de-artifício em detrimento do fogo de cana, e sobretudo muita animação musical e convívio. São estas as promessas da comissão de festas da vila de Vagos que, este ano, foi “obrigada” a constituir-se formalmente em associação. Do programa, rejeitam críticas pela ausência de grupos vaguenses ou da região, desafiando a população a assistir aos arraiais e criticar apenas no final caso não tenha gostado.

A edição deste ano das festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos fica marcada pela criação da Associação com o mesmo nome das festas da vila. Porquê a sua criação?

No início do ano fomos obrigados a constituirmo-nos em associação formal-mente criada para podermos trabalhar, sobretudo por causa dos bares e publi-cidades/patrocínios. Foi uma imposição legal. Agora é uma associação que fica criada para futuras comissões de festas da vila de Vagos.

Quais as vantagens que a comissão passou a ter com a criação da asso-ciação? Ou há mais inconvenientes?

Há mais inconvenientes, porque se antes podíamos fugir ao pagamento de IVA, agora tem que se pagar tudo. Mas o que nos vale é que até quase 9 mil euros de lucros em termos de publicidades e exploração dos bares a associação está isenta de pagamento de IVA. Outro dos inconvenientes é termos sido nós os primeiros a criar a associação, porque tivemos que criar os estatutos e formali-zar a associação. Agora, com livro de atas, é muito mais fácil para quem vier a seguir. Os órgãos vão tomando posse sendo substituídos através das atas, a contabilidade é mais rigorosa e para a controlar existe um conselho fiscal. Os procedimentos serão, certamente, mais fáceis para a comissão do próximo ano. E o trabalho e as próprias contas apresentadas no final das festas serão ainda mais claras e transparentes.

Como vai ser gerida a associação no futuro? Tendo em conta que os mem-bros da comissão de festas sempre foram nomeados ou apresentaram-se voluntariamente, agora passará a haver eleição?

O processo será o mesmo. A comissão terá que ser constituída por um mínimo de nove elementos (três para a di-reção, três para a assembleia-geral e outros três para o conselho fiscal), que poderão ser nomeados ou voluntaria-rem-se, e de entre eles é escolhido o presidente. Tudo tem que constar em ata. O mandato é anual, caso alguma comissão pretenda manter-se por mais do que um ano apenas tem que determi-nar tal facto em ata, já que não haverá associados nem eleições.

Qual será o futuro desta associa-ção? A comissão que a constituiu

continuará a trabalhar durante um determinado período de tempo para a realização das festas ou promoverá mais iniciativas ao longo do ano?

Poderá vir a ter outras iniciativas mas, para já, o pensamento está centrado apenas para as festas da vila de Vagos. Aliás, foi com essa finalidade que foi criada. Mas quem vier pode fazer muito mais: torneio de malha, passeios de BTT, torneio de sueca, entre outras ações. Ou seja, pode promover um conjunto de iniciativas que os estatutos assim preveem, desde que os lucros revertam para a associação e para as festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos. Iniciativas que, de modo geral, já tinham lugar. Por exemplo, nós, mesmo antes de criar a associação, promovemos dois torneios de malha e outro de sueca, mas não trouxe grandes rendimentos. Pensámos ainda em promover um passeio BTT, mas infelizmente não obtivemos ajudas que inicialmente estavam “prometidas”. Há alguma falta de bairrismo aqui na vila de Vagos.

Mesmo com a criação da associação, o apoio financeiro da autarquia não estará em causa…

Julgo que a câmara municipal de Vagos terá sempre que ser parceira. E sobre-tudo quando não se formar comissão, como já aconteceu.

Este ano, o apoio municipal já foi determinado: até 25 mil euros. Essa verba colocou em causa o programa que esta comissão tinha inicialmente previsto?

É óbvio que colocou mas, perante a situação por que atravessa o país, compreendemos. Realmente acolhemos a franqueza do presidente apesar de nós querermos sempre mais; percebe-mos que isso não seria possível, pelo

menos este ano, e decidimos adequar a festa ao orçamento que a autarquia nos atribuiu.

Em quanto está orçado o programa deste ano?

Em cerca de 44 mil euros, acrescido de IVA. Falta-nos ainda uma boa parte, daí termos promovido os torneios, peditório na vila e venda de calendários. Neste último caso, fica desde já o nosso agradecimento à população da vila, mas sobretudo às pessoas que residem fora da vila; foram muitas as pessoas que à porta das igrejas ou nas feiras do concelho e da região nos adquiriram calendários e até nos procuraram. Era um calendário com a imagem da Nossa Senhora de Vagos e que teve bastante aceitação por parte das pessoas.

Uma procura e adesão explicadas pelo facto do dia dedicado a Santa Maria de Vagos estar englobado nas festas da vila?

Esta festa diz muito não só à comuni-dade local como às pessoas de todo o concelho e até da região, sobretudo do concelho de Cantanhede. A própria Senhora de Vagos permite uma maior abertura das pessoas fora da vila de Vagos e isso verifica-se na segunda-feira da festa, mas também já verificou aquando da venda do calendário.

Como correu o peditório na vila de Vagos?

60% da população da vila merece todo o nosso respeito e carinho, e para eles um bem-haja e muito obrigado. Não podemos mandar no bolso das pessoas, mas muitos não quiseram apoiar por causa da crise ou simplesmente porque não nos querem apoiar. Merecíamos um pouco mais de respeito porque anda-mos a trabalhar graciosamente desde novembro do ano passado.

E em termos empresariais?Aí queremos agradecer a todas as em-presas, firmas e casas comerciais que merecem todo o nosso obrigado. Foram extraordinários e não nos negaram um donativo.

Tendo em conta que o valor máximo atribuído pela câmara cobre cerca de metade do orçamento, já conse-guiram a outra metade?

Temos ainda que arranjar muito mais. Este ano vamos ceder espaço para co-mércio e vamos explorar os bares, mas seremos “obrigados” a ter pessoas com saquinho da comissão de festas a pedir uma “florzinha” para poder cobrir todas as despesas. O nosso maior problema é mesmo o IVA.

Com que programa podem contar as pessoas este ano?

Há quem nos critique por não trazermos conjuntos e bandas da terra, mas nos anos anteriores diziam que eram sem-pre os mesmos conjuntos que vinham às festas da vila. Em novembro, quando começámos a trabalhar, pensámos em mudar o “visual” à festa. Essa mudança está feita: vamos trazer orquestras que ninguém conhece. As pessoas que ven-ham ver a festa e só depois, no final, depois de assistirem aos espetáculos, é que podem dizer se realmente valeu ou não a pena. Os vaguenses vão ter uma coisa inédita na vila: uma das melhores ornamentações que a vila de Vagos teve até hoje. Vai ser um autêntico arraial minhoto, com a igreja e todo o centro da vila devidamente ornamentado. E teremos cá uma grande orquestra es-panhola, o Panorama, que já cá esteve duas vezes na década de 90, e que é um mundo de espetáculo: tem 26 metros de comprimento o palco, 12m de largura e 30 de altura, e mais de 30 músicos a

atuar em palco. Depois no final é que as pessoas têm que dizer se gostaram ou criticar se não gostaram. Além do mais, não tínhamos dinheiro para trazer um artista de renome nacional. Era tudo para cima de 20 mil euros para tocar uma hora. Pelo que tivemos que refazer o programa consoante o dinheiro que a autarquia nos disponibilizou.

Estava prevista a vinda de projeto nacional que não se veio a con-cretizar?

Sim, o Projeto Gerações, com Mónica Sintra, Ana e Nucha. Também entrá-mos em contacto com outros artistas, mas tinham orçamentos muito altos. O Panorama encaixa-se dentro dos valores que prevíamos gastar. É o cabeça de cartaz. No domingo à noite iremos ter duas artistas da região (Gisela e Mariana Fardilha), da Palhaça, que irão atuar gratuitamente, para complementar o espetáculo do Repúblika. Também na procissão das velas haverá uma surpresa.

Para além das ações religiosas, mantêm-se algumas tradições como o teatro, jogo de futebol entre solteiros e casados ou a festa no pinhal de S. João.

São tradições que queremos manter. Mas a terça dedicada ao S. João, dá-nos impressão que terá os dias contados. Sempre estivemos com ideias de a realizar, mas já nos disseram que se devia acabar com ela porque já não existe aquele espírito que se via antiga-mente. Este ano vamos para um terreno particular que será vedado, junto ao antigo campo de futebol. É uma forma de fugir à confusão da EN109, como nos foi pedido pelo comandante da GNR. Acreditamos que a mudança de local não irá tirar visibilidade à festa mas, pelo contrário, trará mais segurança para as pessoas.

Também foram reduzidos custos no fogo-de-artifício?

O fogo de cana foi reduzido ao máximo, será menor durante o dia da semana em relação a anos anteriores. No sábado haverá os 21 tiros de manhã; durante o dia haverá fogo de cana na procissão de domingo e pouquíssimo nos restan-tes dias. Preferimos diminuir no fogo de cana para aumentar ainda mais o fogo-de-artifício no domingo à noite (que terá cerca de 10 a 15 minutos) e na segunda haverá apenas uma pequena descarga de fogo. Também na procissão de velas temos reservado uma surpresa, pelo que convidamos toda a população a estar presente na vila de Vagos.

Acreditam que os tempos difíceis existentes podem afastar as pessoas da festa?

Estamos convencidos que as pessoas virão, independentemente da crise, porque não vêm gastar dinheiro ne-nhum. Vêm assistir aos arraiais e, sobretudo, divertir-se. Esperemos é que S. Pedro também nos ajude, porque quanto ao cartaz e à equipa que está a trabalhar pensamos que é já um sucesso.

Especial Festas da Vila de Vagos

Festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos

Vagos à moda do Minho

444 António Simões Freire (Presidente da Direção), Rui Mouro (Assembleia Geral) e Paulo Sérgio Almeida (vice-presidente)

Page 2: Festas da Vila de Vagos

23 de maio 201223

Especial Festas da Vila de Vagos

Como já vem sendo tradição nos últimos anos, o Grupo de Teatro Fantástico, mordomia da Santa Casa da Misericórdia de Vagos, sobe ao palco no decorrer das festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos para estrear a sua mais recente peça: “Na sombra do desejo”.A espinha dorsal desta peça assenta no conflito interior constante de Blanche DuBois, uma senhora sulista madura e ainda atraente, que decide mudar-se para casa da sua irmã Stella, em Nova Orleães, com a esperança de recomeçar uma nova vida, após ter perdido o em-prego de professora e a reputação na sua terra natal, Laurel, no Mississipi.Cumulativamente perdeu também a sua mansão ancestral devido a erros de gestão de crédito. O seu cunhado, Stanley Kowalski, um trabalhador rude e grosseiro de origem polaca, é adepto da luta de classes e vê na cunhada o estereótipo dos ricos que o exploram e subjugam. A sua crueldade combinada com a fragilidade de Blanche, detentora de uma personalidade insegura, leva-a a desligar-se progressivamente da realidade nas cenas finais, acabando num auspício.Até ao final, o autor confronta-nos com

quadros de desavença familiar relacio-nada com heranças e intrigas sobre o passado dos personagens; mostra-nos uma mulher subjugada pela violência do marido, que mesmo grávida não escapa à cegueira potenciada pelo álcool, e mesmo assim não o abandona apesar do ódio crescente sobre o amor. No ambiente de penumbra e, de certa forma promiscuo de uma casa pobre, vemos como os amigos e vizinhos se preocupam mas pouco fazem face à gravidade dos momentos.Escrita em finais da década de 40 do século passado, é um retrato irónico, mas com um realismo simpático, da vida durante a crise do pós-guerra nos Estados Unidos da América, mas que pode ser observado em qualquer parte, com as crises de carácter económico a contribuírem para as crises da família e dos valores.O desejo que aparece no título original é apenas a linha do elétrico que conduz ao encontro das duas irmãs, e que bem podia chamar-se crise. Esta é uma adap-tação do original “A Streetcar Named Desire”, de Tennessee Williams, com tradução “ Uma Rua Chamada Pecado” ou “Um Elétrico Chamado Desejo”.

“Na sombra do desejo”

Fantástico cumpre tradição e estreia peça nas festas da vila

Faça-nos uma visita e fique a par das nossas promoções Tire

a ca

rta

em m

ês e

meio

(E

XA

ME

EM 7

DIA

S)

NOVIDADE!!!OFERTA DA PRIMEIRA REPROVAÇÃO TEÓRICA

NOVAS TECNOLOGIAS

NO ENSINOTEÓRICO E PRÁTICO

HORÁRIOSFLEXÍVEIS

TRANSPORTEDO FORMANDO

LIVRO DECÓDIGO

NO ACTO DE INSCRIÇÃO

FACILIDADESDE

PAGAMENTOTel: 234 791050R. São João r/c s/nº 3840-429 VAGOS

Aulas para encartados | Renovação e trocas de cartas de condução | Troca de livretes

RepúblikaA banda, que foi fundada pela viseense Companhia das Festas em 1997, é constituída por jovens e promissores músicos de Viseu que percorrem o país do norte ao sul do país com sucesso e evolução crescente. Uma banda que apresenta um espetáculo incomparável, onde se misturam instrumentos e sonoridades, influenciado por ritmos latinos, brasileiros, rock n’roll, pop, disco e oldies. Num palco móvel, com cenário cuidado, o espetáculo visual também impressiona a quem assiste.

Orquestra PanoramaÉ o cabeça de cartaz das festas em honra do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora de Vagos. A orquestra espanhola Panorama já esteve por duas vezes na vila de Vagos, na década de 90, para alegrar os vaguenses. Regressa agora a terras de Santa Maria de Vagos com um perfeito mundo de espetáculos. Só o palco tem 26metros de comprimento por 12 metros de largura e 30 de altura. São mais de 30 músicos a atuar em palco.

Belcanto ShowVocacionada para a realização de espetáculos ao vivo em festas populares e eventos com o objetivo de agradar ao público, os espetáculos promovidos da banda Belcanto Show são muito animados e com saber único, tendo um reportório que consegue abranger todos os tipos de público e alcançar o agrado geral.

DR

Page 3: Festas da Vila de Vagos

Quinta-Feira, dia 24 de Maio09:00 H - Música ambiente que se prolongará por todos os dias da festa.

20:00 H - Inauguração da Iluminação

Sexta-Feira , dia 25 de Maio09:00 H - Música ambiente

Zés Pereiras que percorrerão as ruas da Vila21:30 H - Apresentação de peça de teatro “Na Sombra de um Dese-jo”, a partir do texto de Tennessee Williams, da responsabilidade do

“Fantástico” - Grupo de Teatro da Santa Casa da Misericórdia de Vagos

Sábado, dia 26 de Maio09:00 H - Zés Pereiras que percorrerão as ruas da Vila

15:00 H - Futebol entre Solteiros e Casados na Quinta do Ega21:30 H - (Repetição) Teatro “Na Sombra de um Desejo”,

22:30 H - Arraial com o grupo BELCANTO SHOW

Domingo, dia 27 de Maio07:00 H - Salva de 21 tiros

09:00 H - Arruada com a Banda Vaguense e a Fanfarra Arco Ouca.11:00 - Missa Solene

17:00 H - Imponente Procissão18:30 - Concerto da Banda Vaguense

22:30 - Arraial com o grupo REPUBLIKA00:00 H - Grande espetáculo de Fogo de Artifício

Segunda-Feira, dia 28 de Maio09:00 H - Tradicional romaria à Nossa Senhora de Vagos

11:00 - Missa no Santuário14:00 - Distribuição do Bodo

21:00 H - Procissão das Velas22:30 H - Espetáculo com a orquestra espanhola PANORAMA

Terça-Feira, dia 29 de Maio15:00 H - Festa do S. João no pinhal com o grupo A. S.

22:30 H - Encerramento dos festejos com o grupo HI-FI