FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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Governança e Gestão A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS Leandro Fonseca | 2014 seminário dos hospitais de atendimento público no Brasil GOVERNANÇA E GESTÃO

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Leandro Fonseca - A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS. Confira as fotos do evento e mais informações no site do FGV/IBRE: http://bit.ly/1raMkfp

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Governança e Gestão

A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

Leandro Fonseca | 2014

seminário

dos hospitais de atendimento público no BrasilGOVERNANÇA E GESTÃO

Page 2: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

A relação entre a Saúde

Suplementar e o SUS

Leandro Fonseca

Gerente Geral de Acompanhamento de Mercado e

Operadoras da Diretoria de Normas e Habilitação de Operadoras – GGAME/DIOPE

Page 3: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

2

Gastos com saúde/PIB: 3 sistemas

Fonte: Valor Setorial

Saúde – outubro/2012.

Despesas com saúde

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3

Setor em Números:

• 71,0 milhões de vínculos a planos de saúde em dez/13

- Cobertura de cerca de ¼ da população brasileira

- 50,3 milhões de vínculos PMH (+5%)

- 20,7 milhões de vínculos a Odontológicas (+9,5%)

• Número de operadoras em dez/13: 1.268 (c/ benef.)

- 922 PMH

- 346 OD

• Receita (preços de dez/2013, com base no IPCA)

- R$ 92,6 bilhões em 2011: +6,4%

- R$ 98,6 bilhões em 2012: +6,5%

- R$ 108,0 bilhões em 2013: +9,5%

Saúde Suplementar

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4

71,478,5 81,5

87,192,6

98,6

108,0

57,563,1

67,7 70,676,3

83,890,5

13,4 13,6 13,8 14,0 14,1 14,2 14,0

80,6% 80,4%83,0% 81,2% 82,4% 84,9% 83,7%

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

R$

bilh

õe

s)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0% Receita decontraprestaçõesajustadaDespesas ass is tencia isajustada

Despesasadministrativas e decomercia l izaçãoTaxa de s inis tra l idade(%)

Fontes: DIOPS/ANS/MS -

07/05/2014 e FIP - 12/2006

Notas: 1. Valores a preços de

dez/2013 com base no IPCA.

2. Dados preliminares, sujeitos à

revisão.

Sinistralidade em patamar elevado

Desempenho econômico-

financeiro das OPS

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5

ROE: em trajetória de

queda desde 2011, tendo

alcançado seu pior

resultado em 2013

Desempenho econômico-

financeiro das OPS

12,09%

13,79%

11,20%

8,88%

7,10%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

16,0%

2009 2010 2011 2012 2013

Fonte: DIOPS/ANS/MS -

15/05/2014

Nota: Os valores

referem-se a

operadoras ativas na

data de extração dos

dados.

Margem líquida:

decrescente, tendo alcançado

o pior resultado em 2013.

Margem líquida fica positiva

devido ao resultado financeiro

4,17%

5,18%

3,92%

3,01%

2,22%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

2009 2010 2011 2012 2013

Fonte: DIOPS/ANS/MS -

15/05/2014

Nota: Os valores

referem-se a

operadoras ativas na

data de extração dos

dados.

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6

Desempenho econômico-

financeiro das OPS

2,0% 1,9%

1,2%

0,6%

2,0%1,8%

2,4%2,0%

2,4%1,9%

5,8%

6,6% 6,7%

5,9%

8,1% 8,2% 8,2%

8,9%

5,9%

8,9%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

10,0%

4º tri 2012 1º tri 2013 2º tri 2013 3º tri 2013 4º tri 2013

Índice geral IPCA - trimestral

Serviços de saúde - trimestral

Índice geral IPCA - 12 meses

Serviços de saúde - 12 meses

Fonte: Elaboração própria, a

partir dos dados do IBGE

Variação trimestral e

acumulada em 12

meses do IPCA e do

subgrupo Serviços de

Saúde: inflação em

saúde é maior que a

inflação média da

economia

Variação trimestral e

acumulada em 12

meses de subitens do

subgrupo Serviços de

Saúde: maior variação

em médicos e hopitais

refletem descasamento

entre demanda e oferta

desses serviços

Page 8: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH): mediana da VCMH das

operadoras capta também a variação de frequência de utilização

6,53%

10,26%

12,48%

10,53%

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

2010 2011 2012 2013

Fonte: DIOPS/ANS/MS -

15/05/2014

Desempenho econômico-

financeiro das OPS

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8

Evolução do mercado: demanda e oferta

Page 10: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

Distribuição de beneficiários por planos contratados

9

Evolução do mercado - demanda

72,1%9,0%

17,9%

Individual

Coletivo empresarial

Coletivo por adesão

Coletivo não

identificado

Não Informado

Planos exclusivamente odontológicos

Fonte: SIB/ANS/MS - 12/2013

65,8%

13,2%

19,9%

Planos de assistência médica

Page 11: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

Pirâmide etária do percentual de beneficiários de planos de assistência

médica por tipo de contratação do plano e sexo

10

Evolução do mercado - demanda

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1,6 1,2 0,8 0,4 0,0 0,4 0,8 1,2 1,6

Individual

ColetivoHomens Mulheres

(%) (%)

Fontes: SIB/ANS/MS -

02/2014 e População -

Censo

Demográfico/IBGE/2010

Page 12: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

Demanda crescente

11

Evolução do mercado - demanda

Taxa de crescimento de planos coletivos e individuais

48,150,3

19,220,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13

(milh

ões)

Beneficiários deplanos de assistênciamédica

Beneficiários deplanosexclusivamenteodontológicos

Fonte: SIB/ANS/MS -

12/2013

7,3%7,6%

6,4%

4,4% 4,3%

3,4%

4,2%4,8%

5,3%5,0% 4,8%

5,7% 5,7%

4,0%4,2% 4,4%

2,2%1,9%

1,3%0,9%

2,2%1,9% 1,9%

1,6%1,2%

1,6%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13

Coletivo

Individual oufamiliar

Fonte: SIB/ANS/MS -

12/2013

Page 13: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

Crescimento da classe média contribuiu para o crescimento

do mercado

• O somatório das classes A+B+C no Brasil (147.5 milhões) é equivalente à

população da França e da Alemanha

12

Evolução do mercado - demanda

Page 14: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

Bônus demográfico nos próximos 15 anos traz uma perspectiva de

continuidade na expansão da base de beneficiários

13

2010 2030 2010 2030

Evolução do mercado - demanda

Page 15: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

• Quantidade de OPS com beneficiários

14

Evolução do mercado - oferta

• Curva ABC da oferta

1.4561.381 1.345 1.302

1.242 1.197 1.1681.118 1.086 1.043 1.005 963 922

505 481 469 449 415 413 408 403 390 366 363 360 346

0

400

800

1.200

1.600

dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13

Médico-hospitalarescom beneficiários

Exclusivamenteodontológicas combeneficiários

Fontes: CADOP/ANS/MS -

12/2013 e SIB/ANS/MS - 12/2013

2

4

7

13

25

48

92

164

302

922

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1.000

14,9%

21,7%

29,8%

39,5%

49,8%

59,9%

70,1%

80,0%

90,0%

100,0%

7.483.802

10.901.29

14.991.87

19.835.03

30.093.32

35.233.38

40.206.13

50.270.39

25.010.04

Número de operadoras

Perc

entu

al de

bene

ficiá

rios 45.247.38

Fontes: SIB/ANS/MS -

12/2013 e CADOP/ANS/MS -

12/2013

Nota: Operadoras com mais

de 1 milhão de beneficiários

em planos de assistência

médica: Amil, Bradesco,

Hapvida, Sul América,

Intermédica, Central

Nacional Unimed, Amico,

Page 16: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

• Mercado conquistado por modalidade de planos de assistência médica

15

Evolução do mercado - oferta

18,6

18,1

7,0

5,21,5

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13

(milh

ões)

Cooperativa médica

Medicina de grupo

Seguradoraespecializada emsaúdeAutogestão

Filantropia

Fonte: SIB/ANS/MS - 12/2013

Page 17: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

16

A Regulação

Page 18: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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Prestadores (hospitais/clínicas)

Consumidor/Beneficiário

Produtores de equipamentos e medicamentos

Oferta/provimento dos serviços de saúde

Operadoras e seguradoras

ANS

Ambiente regulatório

Anvisa

Requerimentos

de segurança

Cobertura,

acesso,

precificação,

solvência

Ofe

rta

de

pro

du

tos e

m

ed

ica

me

nto

s p

ara

o

cu

ida

do

à s

de

Susep ?

Previc ?

Page 19: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

18

• Semelhanças:

– Captação de recursos das famílias e empresas e administração destes

recursos em regime mutualista

– Necessidade de provisões e gestão de risco para honrar coberturas

contratadas de sinistros

• Diferenças:

– Probabilidade maior de sinistros (incerteza relativa)

– Sem limite financeiro (mensuração do risco comprometida)

– Cobertura variável e incorporação de novas tecnologias em saúde (incerteza

quanto ao risco a ser coberto)

Peculiaridades do produto plano de saúde em relação aos seguros

tradicionais

Principais parâmetros da

regulação

Page 20: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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• Regras de cobertura (rol de coberturas assistenciais), segmentação

(ambulatorial, hospitalar c/ ou s/ obstetrícia, referência) e abrangência

geográfica (nacional, estadual, municipal e agrupamentos)

• Normas limitam as possibilidades da precificação perfeitamente

ajustada ao risco, visando garantir o acesso/cobertura de pessoas de

alto risco (e mitigar o cream skimming)

- Rescisão unilateral

• Mutualismo com solidariedade intergeracional

– Prêmio varia apenas por faixa etária

– Dentro do grupo etário → saudáveis subsidiam menos saudáveis

– Entre grupos etários → jovens subsidiam idosos

Parâmetros para definição do produto plano de saúde

Principais parâmetros da

regulação

Page 21: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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Competências em diferentes dimensões

Subscrição

Determinação de riscos e prêmios

aceitáveis

Comercialização

Força de vendas (própria ou

terceirizada)

Serviços de saúde

Prestados direta ou indiretamente (rede

própria, credenciada ou referenciada)

Gestão

(de risco;

financeira;

comercial;

operacional;

assistencial; da

rede; de custos;

de acesso; de

comunicação; da

saúde dos

beneficiários)

Competências requeridas das

OPS

Page 22: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

21

• Presença de falhas de mercado relevantes (seleção adversa vs

risk skimming; risco moral; custos de troca elevados)

• Intermediação do corretor

• Tendências de mercado sinalizam ambiente ainda mais complexo

(concentração horizontal e vertical)

• Conflitos de interesse entre os agentes econômicos

• Crescimento da demanda (“novo consumidor”) associado às

restrições de oferta de planos individuais

• Bônus vs ônus demográfico

• Não-ajustamento ao risco na precificação vs envelhecimento

• Custos crescentes (OPME, novos procedimentos e tecnologias) e

baixa rentabilidade

• Regulação econômica mais adequada ao produto plano de saúde

• Iniciativas do Congresso

Desafios regulatórios

Page 23: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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A Relação com o SUS

Page 24: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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• Lei 8080

• Arts 20 a 26

• Contratação de serviços privados de saúde, vedação ao K

estrangeiro, preferência a entidades filantrópicas e sem fins

lucrativos

• Lei 9656

• Art 32

• Ressarcimento ao SUS

• CONSU 13

• Remoção para hospitais públicos sob responsabilidade da OPS

nos planos ambulatoriais

Parâmetros

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• Garantia de Acesso e Qualidade Assistencial

• Sustentabilidade do Setor

• Relacionamento entre Operadoras e Prestadores

• Incentivo à Concorrência

• Garantia de Acesso à Informação

• Governança Regulatória

• Integração da Saúde Suplementar com o SUS

• Desenvolver o RES

• Aperfeiçoar o ressarcimento ao SUS

• Divulgar informações

• Construir mapa de utilização do SUS pelos beneficiários

Agenda Regulatória 2013/2014

Eixos temáticos prioritários tratados pelo Regulador:

Page 26: FGV / IBRE – A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

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Obrigado!

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