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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CURSO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA DE BIOQUIMICA TEMA: FIBROSE CÍSTICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CURSO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA DE BIOQUIMICA

TEMA: FIBROSE CÍSTICA

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Acadêmicos:

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INTRODUÇÃO

A Fibrose cística (FC), também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética autossômica recessiva, crônica, com manifestações sistêmicas, comprometendo os sistemas respiratório, digestivo e

reprodutor. Figura1:Radiografia do tórax http://www.brasilescola.com/upl

oad/e/pulmao.jpg

ANTUNES, E. T. Epidemiologia. In: LUDWIG NETO, N. (Coord.). Fibrose Cística: enfoque multidisciplinar. Florianópolis:Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2008. p. 24.

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Figura 2 – Cromossomo humano 7

ALTERAÇÃO CROMOSSÔMICA

LUCA , G. R.; MENEZES, M. E.; OCAMPOS, M. Genética e diagnóstico molecular. In: LUDWIG NETO, N. (Coord.). Fibrose Cística: enfoque multidisciplinar. Florianópolis:Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2008. p. 79.

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Figura 3 – Heterozigotos (Aa) e possível progênie do casal heterozigoto:Aa, AA e aa.

DOENÇA GENÉTICA HEREDITÁRIA

LUCA , G. R.; MENEZES, M. E.; OCAMPOS, M. Genética e diagnóstico molecular. In: LUDWIG NETO, N. (Coord.). Fibrose Cística: enfoque multidisciplinar. Florianópolis:Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2008. p. 78.

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Síntese protéica

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Qual mecanismo regula distribuição das proteínas?

Algumas sequências sinais típicas:Importa para o núcleo: -Pro-Pro-Lys-Lys-Lys-Arg-Lys-Val-

Importa para mitocôndrias: +H3N-Met-Leu-Ser-Leu-Arg-Gln-Ser-Ile-

Arg-Phe-Phe-Lys-Pro-Ala-Thr-Arg-Thr-Leu-Cys-Ser-Ser-Arg-Tyr-Leu-

Leu-

Importa para os peroxissomos: -Ser-Lys-Leu-COO-

Importa para o RE: +H3N-Met -Met-Ser-Phe-Val-Ser-Leu-Leu-Leu-Val-

Gly-Ile-Leu-Phe-Try-Ala-Thr-Glu-Ala-Glu-Gln-Leu-Thr-Lys-Cys-Glu-Val-

Phe-Gln-

Sequência sinal

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Retículo endoplasmático

Síntese das proteínas Síntese de lipídiosArmazena CálcioDetoxificaçãoEsteroidogênese

RE rugoso RE liso

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lisossom

o

Destino das proteínas sintetizadas no RE rugoso?

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No RE as proteínas são modificadas:

- Glicosilação (glicoproteínas)- Adição de pontes dissulfeto

(estabilidade)- Dobramento (controle de qualidade)

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No RE ocorre glicosilação de proteínas

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Formação das pontes dissulfeto

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No RE ocorre o Controle de Qualidade das proteínas pelas chaperonas

Correlação em saúde: fibrose cística

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O Complexo de Golgi• sacos membranos

achatados e empilhados;• É uma organela polarizada

• Face cis: receptora de vesículas

• Face medial: modifica proteínas

• Face trans: produtora de vesículas

• É a sede das modificações protéicas(glicosilações, acetilações,

sulfatações, fosfatações)

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Ionóforos

• São pequenas moléculas hidrofóbicas que se dissolvem na bicamada lipídica que aumentam a permeabilidade a pequenos íons.

• Muitos microorganismos produzem ionóforos.

• Tipos: carreadores de íons móveis e formadores de canal.

• Transportam íons a favor do gradiente eletroquímico. 21/05/13

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Exemplos de ionóforos

• Valinomicina – transporta K+ (carregador móvel)

• FCCP - H +

• A23187 – íons divalentes como Ca + +

• Gramidicina- formadores de canal iônico – íons monovalentes.

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Gera : *Permeabilidade da membrana diminuída para o cloro*Mucoviscosidade - defeito no transporte de cloro pelas mucosas, devido mutaçao na proteína CFTR

Causa : Bronquite crônica, dificuldade respiratória; infecção pancreática;

O CFTR é um ionóforo

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FISIOPATOLOGIA DA FIBROSE CÍSTICA• Distúrbio do transporte de íons através da membrana.

• Redução da excreção de cloreto, resultando maior fluxo de Na+ para preservar o equilíbrio eletroquímico.

THE BASIC DEFECTIN CYSTIC FIBROSIS; Thick sticky mucus. ,2011. Disponível em: <http://The Basic Defect in Cystic Fibrosis Part 1; Thick Sticky Mucus>. Acesso em: 02 mar.

2013.

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FISIOPATOLOGIA DA FIBROSE CÍSTICA

• Aumento da viscosidade das secreções glândulas mucosas.30 a 60X +

THE BASIC DEFECTIN CYSTIC FIBROSIS; Thick sticky mucus. ,2011. Disponível em: <http://The Basic Defect in Cystic Fibrosis Part 2; Thick Sticky Mucus>. Acesso em: 02 mar.

2013.

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A CASCATA DE PATOGÊNESE DA FC

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Sintomas• Ausência de mecônio nos dois primeiros

dias de vida;

• Infecções respiratórias persistentes como a pneumonia e sinusite;

• Respiração difícil;

• Insuficiência respiratória;

• Insuficiência cardíaca;

• Expectoração excessiva com muco;

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Sintomas

Tosse; Sibilâncias; Progressiva diminuição

de resistência física; Perda de peso; Pele azulada; Pele salgada; Barriga em forma de barril; Diminuição da capacidade reprodutora

(azoospermia) ;

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EPIDEMIOLOGIA DA FIBROSE CÍSTICA

•Mais comum na raça branca•Rara na raça negra•EUA – 1:8000 nascidos vivos•Europa – 1:2000 nascidos vivos

ANO INCIDÊNCIA

•1969 •8.000

•1991 •18.926

•2004 •22.714

Tabela I - Incidência da FC nos Estados Unidos

ANTUNES, E. T. Epidemiologia. In: LUDWIG NETO, N. (Coord.). Fibrose Cística: enfoque multidisciplinar. Florianópolis:Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2008. p. 23.

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•A realidade e que não dispomos de dados epidemiológicos precisos sobre FC no brasil.•A incidência, segundo o Ministério da saúde, é de um caso para cada 2.500 nascidos vivos.

Tabela II - Incidência da FC no Sul e Sudeste do Brasil

EPIDEMIOLOGIA NO BRASIL

ANTUNES, E. T. Epidemiologia. In: LUDWIG NETO, N. (Coord.). Fibrose Cística: enfoque multidisciplinar. Florianópolis:Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2008. p. 24-27.

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DIAGNÓSTICO DA FIBROSE CÍSTICA

Teste do suor: policarpina

Figura 5:Aparelho de Iontoforese

Figura 5a: Aparelho de Análise

Figura 5b:Estimulação Figura 5c: Coleta Macroduct

THIESEM, A. L.; ALBERTON, L. C.;Teste do suor. In: LUDWIG NETO, N. (Coord.). Fibrose Cística: enfoque multidisciplinar. Florianópolis:Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2008. p.62

Com fibrose>60mmol\l adolecente>80mmol\l

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Triagem neonatal:A Triagem Neonatal para Fibrose Cística, embora

ainda existam opiniões contrárias, está tornando-se uma importante ferramenta para diagnóstico da

doença nos países e regiões implantadas.

:quantitativa da tripsina imunoreativa (TIR)

Pâncreas

Figura 6:Local ideal para coleta

Figura6A: Assepsia Figura 6 B:Punção Figura 6 C: Cartão de coleta

ROSA, F. M. Et all Triagem neonatal In: LUDWIG NETO, N. (Coord.). Fibrose Cística: enfoque multidisciplinar. Florianópolis:Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, 2008. p.91-99

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Eliminação das secreções;

Controlar as infecções pulmonares;

Garantir uma nutrição adequada;

Evitar a obstrução intestinal.

Objetivos principais do tratamento da FC

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Suplementação de enzimas pancreáticas para auxiliar a digestão;

Reposição das vitaminas lipossolúveis A, D, E, K;

Fisioterapia respiratória para facilitar a higiene dos pulmões e evitar infecções;

TRATAMENTO DA FIBROSE CÍSTICA

http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/fibrose-cistica/

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FATORES PSICOSSOCIAIS NA FIBROSE CÍSTICA

A FC impõe enorme ônus aos pacientes. O seguro de saúde, opções profissionais, o planejamento familiar e a expectativa de vida tornam-se questões cruciais.

BOUCHER, R. C. Fibrose cística. In: KASPER, D. L.. Medicina interna. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 2006. p. 1618-1621.

Figura7: Paciente de FC em fila de espera para transplante(http://www.onoticiasdatrofa.pt/nt/index.php?option=com_

content&task=view&id=4944&Itemid=200001)

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OBRIGADO !!!

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