Ficha Avaliação Lusíadas

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GRUPO I - LEITURA Lê, com muita atenção, o texto a seguir transcrito. PASSAGEM PARA A ÍNDIA No século XV, os Portugueses lideraram a corrida em busca de uma rota para o Oriente. O Infante D. Henrique, o Navegador, fundou uma escola de navegação e os primeiros marinheiros exploraram a costa ocidental de África em pequenos barcos chamados caravelas. De início, não seguiam longe da costa. Naquele tempo imaginava-se que monstros tenebrosos e águas fervilhantes os esperavam nas terras quentes do Sul. Em 1485, Diogo Cão dobrou o Cabo da Cruz (atual Cabo da Serra) onde ergueu um padrão (marco de pedra para assinalar a presença portuguesa). Dois anos mais tarde, Bartolomeu Dias ultrapassou o padrão de Diogo Cão, dobrou o Cabo das Tormentas, depois batizado de Boa Esperança, e navegou até ao oceano Índico. Mas a sua tripulação, receosa, implorou-lhe o regresso. Ficou assim aberto caminho para Vasco da Gama empreender outra expedição marítima que atingiria o porto de Calecut na Índia, em 1498. Vasco da Gama pretendeu estabelecer relações comerciais com os príncipes indianos, mas como eles não se impressionaram com os bens que ele lhes oferecia, os portugueses recorreram ao uso da força dos exércitos e das armas para estabelecer entrepostos comerciais em África e na Índia. Portugal em breve seria um poderoso império. ESPECIARIAS PARA VENDA No século XV, as especiarias eram um bem precioso. Não havia frigoríficos, por isso eram as especiarias que disfarçavam o sabor da carne velha. A pimenta era tão rara que foi utilizada em vez de dinheiro. Os exploradores portugueses descobriram que muitas das especiarias à venda na Índia vinham de outras terras. O cravinho e a noz-moscada, especiarias muito valiosas, eram cultivados nas ilhas Molucas, também conhecidas como as ilhas das Especiarias, mais a oriente. Enciclopédia à Descoberta, Grandes Exploradores, Anne Millard (consultora), Planeta DeAgostini, 2008 (adaptado) Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas. 1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto. Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez. Português Página 1 Nome: ____________________________________________________________________________________N.º:

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interpretação; texto expositivo e funcionamento da língua

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GRUPO I - LEITURALê, com muita atenção, o texto a seguir transcrito.

PASSAGEM PARA A ÍNDIANo século XV, os Portugueses lideraram a corrida em busca de uma rota para o Oriente. O

Infante D. Henrique, o Navegador, fundou uma escola de navegação e os primeiros marinheiros exploraram a costa ocidental de África em pequenos barcos chamados caravelas. De início, não seguiam longe da costa. Naquele tempo imaginava-se que monstros tenebrosos e águas fervilhantes os esperavam nas terras quentes do Sul.

Em 1485, Diogo Cão dobrou o Cabo da Cruz (atual Cabo da Serra) onde ergueu um padrão (marco de pedra para assinalar a presença portuguesa). Dois anos mais tarde, Bartolomeu Dias ultrapassou o padrão de Diogo Cão, dobrou o Cabo das Tormentas, depois batizado de Boa Esperança, e navegou até ao oceano Índico. Mas a sua tripulação, receosa, implorou-lhe o regresso.

Ficou assim aberto caminho para Vasco da Gama empreender outra expedição marítima que atingiria o porto de Calecut na Índia, em 1498. Vasco da Gama pretendeu estabelecer relações comerciais com os príncipes indianos, mas como eles não se impressionaram com os bens que ele lhes oferecia, os portugueses recorreram ao uso da força dos exércitos e das armas para estabelecer entrepostos comerciais em África e na Índia. Portugal em breve seria um poderoso império.

ESPECIARIAS PARA VENDANo século XV, as especiarias eram um bem precioso. Não havia frigoríficos, por isso eram as

especiarias que disfarçavam o sabor da carne velha. A pimenta era tão rara que foi utilizada em vez de dinheiro.

Os exploradores portugueses descobriram que muitas das especiarias à venda na Índia vinham de outras terras. O cravinho e a noz-moscada, especiarias muito valiosas, eram cultivados nas ilhas Molucas, também conhecidas como as ilhas das Especiarias, mais a oriente.

Enciclopédia à Descoberta, Grandes Exploradores, Anne Millard (consultora), Planeta DeAgostini, 2008 (adaptado)

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.1. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de

acordo com o sentido do texto. Escreve as letras e os números correspondentes. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.

2. Escolhe, em cada item (2.1. a 2.4.), a opção que está de acordo com o sentido do texto. Transcreve para a folha de prova

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Nome: ____________________________________________________________________________________N.º: ________T.ª: ______

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2.1. Os padrões

(A) assinalavam o local onde decorriam as trocas comerciais.(B) indicavam a presença portuguesa.(C) eram erigidos em momentos relevantes.(D) sinalizavam a existência de um cabo.

2.2.Os portugueses navegavam junto à costa(A) devido à fragilidade dos seus barcos.(B) pois ainda estavam a aprender a navegar.(C) porque temiam o desconhecido.(D) uma vez que não possuíam mapas detalhados.

2.3. As especiarias eram um bem precioso,(A) pois disfarçavam o sabor dos alimentos estragados.(B) porque só podiam ser cultivadas em poucos locais.(C) uma vez que permitiam conservar os alimentos.(D) visto que eram utilizadas na confeção da maioria dos pratos.

2.4. Para obter os produtos desejados da Índia, os portugueses(A) roubaram-nos.(B) recorreram às armas.(C) compraram sementes e cultivaram-nos.(D) estabeleceram relações comerciais.

GRUPO II – EDUCAÇÃO LITERÁRIA Lê as estâncias com muita atenção e responde às perguntas que te são colocadas.

Já no largo Oceano navegavam, As inquietas ondas apartando;Os ventos brandamente respiravam,Das naus as velas côncavas inchando;Da branca escuma os mares se mostravamCobertos, onde as proas vão cortandoAs marítimas águas consagradas,Que do gado de Próteu são cortadas

Quando os Deuses no OlimpoOnde o governo está da humana gente,Se ajuntam em consílio gloriosoSobre as cousas futuras do Oriente.Pisando o cristalino Céu formoso,Vêm pela Via Láctea juntamente,Convocados da parte do Tonante,Pelo neto gentil do velho Atlante.

Luís de Camões, Os Lusíadas, edição organizada por Emanuel Paulo Ramos, Porto, Porto Editora, 2011

3. Como se designa o processo de narração que Camões utiliza na primeira estância? Justifica.

4. Situa geograficamente a armada de Vasco da Gama no momento em que tem início o Consílio dos deuses, transcrevendo o verso que melhor o ilustre.4.1. Refere as condições climatéricas em que decorria a viagem. Justifica com expressões textuais.4.2. Faz o levantamento de todos os vocábulos que pertencem ao campo lexical de navegação.

5. Identifica os planos narrativos presentes na estância 19 e no episódio do «Consílio dos Deuses no Olimpo». Justifica.

6. Identifica na primeira estância:a) uma personificação;b) uma perífrase.7. Lê as estâncias 134 e 135 do Canto III de Os Lusíadas, a seguir transcritas, e responde, de

forma completa e bem estruturada. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

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Assi como a bonina1, que cortadaAntes do tempo foi, cândida2 e bela,Sendo das mãos lacivas3 maltratadaDa minina que a trouxe na capela4,O cheiro traz perdido e a cor murchada:Tal está, morta, a pálida donzela,Secas do rosto as rosas e perdidaA branca e viva cor, co a doce vida.

As filhas do Mondego a morte escuraLongo tempo chorando memoraram,E, por memória eterna, em fonte puraAs lágrimas choradas transformaram.O nome lhe puseram, que inda dura,Dos amores de Inês, que ali passaram.Vede que fresca fonte rega as flores,Que lágrimas são a água e o nome Amores!

Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa Pimpão,5.ª ed., Lisboa, MNE – IC, 2003

VOCABULÁRIO1 bonina – flor do campo. 2 cândida – branca; pura. 3 lacivas – lascivas; traquinas. 4 capela – coroa de flores; grinalda.

Escreve um texto expositivo, com um mínimo de 80 e um máximo de 140 palavras, no qual explicites o conteúdo das estrofes 134 e 135.

O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão.

Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos apresentados a seguir.

• Identificação do episódio a que pertencem as estâncias.• Identificação do narrador e do narratário do episódio. Explicitação dos dois elementos que são comparados na primeira estrofe e referência a duas características comuns a ambos.• Indicação da reação das «filhas do Mondego» (verso 9) à situação descrita.• Referência à origem da «fresca fonte» (verso 15).• Explicação do nome atribuído à fonte referida na segunda estrofe.

Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2011/).

GRUPO III - GRAMÁTICA

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8. Completa cada uma das frases seguintes com as formas adequadas dos verbos apresentados

entre parênteses, usando apenas tempos simples. Indica a alínea e a forma verbal na folha de resposta.

As expedições marítimas realizaram-se, embora o povo a)____________________(pensar) que b)_____________ (haver) monstros tenebrosos nos mares desconhecidos.

Os navegadores c)____________________(poder) alcançar terras longínquas, mas muitos morreram nessas viagens.

Todos d)_____________ (crer) que as viagens do tempo dos Descobrimentos foram um grande feito dos Portugueses.

9. Transforma as frases simples em frases complexas utilizando a conjunção da subclasse indicada entre parênteses. Efetua as transformações necessárias.

A turma é tão esforçada! O professor premiou o seu trabalho

(conjunção subordinativa consecutiva)

10. Lê a frase seguinte: Nós leremos essa obra no próximo ano.

Reescreve-a, substituindo a expressão sublinhada por um pronome adequado.

11. Identifica o conjunto em que está presente uma relação de hiperónimo – hipónimos.

a) formosa - linda- bonita- belab) asiáticos – chineses- japoneses- indianosc) pneus - automóvel – travões- volantec) proa – popa – mastro – navio

12. Indica a função sintática dos elementos sublinhados nas frases seguintes:a) Paulo da Gama, o irmão de Vasco da Gama, ficou doente.b) Vénus preocupava-se com os portugueses.

Escrita

Escreve um texto de opinião, de 180 a 240 palavras, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, no qual apresentes o teu ponto de vista sobre a influência da tecnologia na vida dos jovens.

O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma parte de conclusão.Observações relativas ao Grupo III:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2008/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras –, há que atender ao seguinte:– a um texto com extensão inferior a 60 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos;

– nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até dois pontos) do texto

RASCUNHO

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COTAÇÕESGrupo I...................................... 50 pontos1. ..................... 6pontos2. ..................... 4 pontos3. ..................... 5 pontos4. ..................... 5 pontos4.1.................... 5 pontos4.2.................... 5 pontos5. ..................... 5 pontos6. ..................... 5 pontos7. ..................... 10 pontos

Grupo II..................................... 20 pontos8. …………………… 4 pontos9. …………………… 4 pontos10…………………… 4 pontos11. …………………. 4 pontos12………..…………. 4 pontos

Grupo III..................................... 30 pontos

Total........................................ 100 pontos

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Bom trabalho,Os professores de Português