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Escola Secundária da Amadora Ano Lectivo 2009/2010 Curso: EFA Secundário Área de Competência Chave: Sociedade, Tecnologia e Ciência FICHA DE TRABALHO NG6-DR4 Nome: Luis Manuel Mendes Pereira Gonçalves Formadores: João Gonçalves Helena Fonseca Turma: EFA C

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Escola Secundária da Amadora

Ano Lectivo 2009/2010

Curso: EFA Secundário

Área de Competência Chave: Sociedade, Tecnologia e Ciência

FICHA DE TRABALHO NG6-DR4

Nome: Luis Manuel Mendes Pereira Gonçalves

Formadores: João Gonçalves Helena Fonseca Turma: EFA C

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Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 2

A migração ........................................................................................................................................ 3

As diversas formas da migração humana ...................................................................................... 5

As causas ou motivos das migrações humanas .............................................................................. 6

Os grandes fluxos migratórios internacionais ............................................................................... 7

A migração animal ......................................................................................................................... 10

Conclusão ........................................................................................................................................ 13

Pesquisa na web .............................................................................................................................. 14

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Introdução A mobilidade é uma característica nata de praticamente todos os seres vivos

que habitam à face da terra e, fundamentalmente, as migrações são movimentos

horizontais ou deslocamentos, que no fundo, acabam por dar origem a um equilíbrio

demográfico à superfície do globo.

O principal motivo das diversas formas de migração é o instinto de

sobrevivência e a busca por melhores condições de vida, e isto aplica-se tanto à

migração humana como à migração animal.

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A migração

Uma migração acontece quando um grupo ou população de seres vivos se move de um território para outro, normalmente em busca de melhores condições de vida, seja em termos de alimentação, de temperatura, para fugirem de espécies inimigas que se instalaram no seu território ou no caso específico dos seres humanos, em busca de trabalho.

Migração humana

As migrações de seres humanos sempre aconteceram ao longo dos tempos, e numa imensa variedade de circunstâncias podendo ser tribais, nacionais, de classes ou individuais e pelas mais diversas causas, políticas, económicas, religiosas, naturais, étnicas ou simplesmente pelo gosto de partir à aventura e assim, consideram-se fluxos migratórios, todos os grupos de pessoas que se deslocam do seu país ou lugar de origem, para outros locais em busca de melhores oportunidades e melhor nível de vida. A migração humana contempla dois actos, o acto de emigrar ou o acto de imigrar.

A emigração, é o acto ou fenómeno espontâneo, de deixar o seu local de residência para se estabelecer numa outra região ou nação. O emigrante é aquele que sai de um país com ânimo permanente ou temporário e com intenção de trabalho e/ou residência em outro país.

Relativamente à imigração, trata-se do mesmo fenómeno da emigração, mas visto da perspectiva do lugar de destino, ou seja, para nós cidadãos portugueses que residem em Portugal, qualquer estrangeiro que venha para o nosso país com intenção de se estabelecer para trabalhar e/ou residir, é considerado um imigrante. Por outro lado, os cidadãos portugueses que abandonem o nosso país, para se estabelecerem noutro país com intenção de trabalhar e/ou residir, são considerados emigrantes.

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Em relação à migração animal, esta acontece com mais frequência no reino das aves e também com algumas espécies de peixes, embora existam alguns mamíferos que também o façam, regra geral, aqueles que possuem maior facilidade para se deslocarem. A título de exemplo, o Caribu, uma espécie de veado que habita na tundra norte-americana, tem grande facilidade de locomoção por ser um mamífero ungulado, e migra para o sul durante o rigoroso inverno do extremo norte.

Outros mamíferos que habitam regiões temperadas, mas que não se conseguem deslocar com tanta facilidade, realizam a hibernação durante o inverno.

Independentemente de serem mamíferos, aves ou anfíbios, todas as espécies animais que migram, fazem-no praticamente pelos mesmos motivos, ou seja, em busca de alimento, de protecção, de melhores condições climáticas e de locais mais seguros para procriação.

Gnus em migração

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As diversas formas da migração humana As migrações acontecem de diversas formas e independentemente do seu motivo ou causa, podem assumir uma mistura das seguintes formas:

Espaço

Quanto ao espaço, as migrações podem ser internas ou externas. São internas quando a deslocação ocorre de uma região para outra, dentro do mesmo país e, neste caso, ainda podem ser subdivididas em êxodo rural, termo pelo qual é designado o abandono dos campos pelos seus habitantes que partem em busca de melhores condições de vida, e êxodo urbano que é exactamente o inverso, ou seja, é a deslocação dos habitantes dos centros urbanos para os meios rurais, podendo em alguns casos, ser o regresso à sua terra natal.

Nas externas, a migração é efectuada de um país para outro e, também neste caso, a migração externa se subdivide em intracontinentais, quando a migração é efectuada para outro país do mesmo continente, ou intercontinentais quando a migração é efectuada para um país de outro continente.

Duração

No que diz respeito à duração, as migrações poderão ser temporárias, quando esta é feita por um determinado período de tempo, que pode ir de uns poucos de dias até a alguns anos. A título de exemplo neste tipo de migração, estão por exemplo os casos de trabalhadores com contratos de trabalho temporários na indústria hoteleira ou na construção civil. Nas migrações temporárias estão também consideradas as migrações sazonais, que têm a ver com determinadas estações do ano, como por exemplo, a contratação de trabalhadores para as vindimas ou para a época balnear.

Existem depois as migrações definitivas, em que a migração é feita para um determinado local, para aí se estabelecerem definitivamente.

Forma

Em relação à forma, as migrações poderão ser voluntárias, quando a decisão de migrar parte da própria iniciativa do indivíduo.

Pode por outro lado ser migração forçada, quando o indivíduo se vê obrigado a migrar pelos mais diversos motivos, apesar de não o desejar fazer.

Controlo

Por último, em relação ao controlo, a migração pode ser legal, quando é feita com autorização do país de acolhimento, ou clandestina se a migração for feita sem conhecimento ou autorização do país de acolhimento.

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As causas ou motivos das migrações humanas As migrações poderão acontecer por uma das seguintes situações:

Económicas Esta deverá ser a principal causa que leva as pessoas a migrarem e resulta quase sempre da diferença de desenvolvimento socioeconómico entre países ou regiões, pelo que, nestes casos, as pessoas migram na tentativa de assegurar noutro local, um melhor nível de vida, onde os salários são mais elevados, as condições de trabalho menos pesadas e onde a assistência social é mais eficaz.

Em suma, as pessoas migram para onde pensam encontrar uma vida mais agradável, o problema, é que nem sempre isso acontece.

Naturais Normalmente esta causa leva a que as migrações sejam forçadas, pois devido a causas naturais, cheias, terramotos, secas, vulcões, entre outros, a vida e a sobrevivência das pessoas fica em risco, pelo que são obrigadas a abandonar os seus locais de residência.

Turísticas São as migrações que se efectuam, normalmente, em determinadas alturas do ano como por exemplo, os períodos de férias de Verão, Natal, Páscoa… Esta pode também ser considerada uma forma de migração sazonal.

Laborais São as migrações que se efectuam por motivos profissionais. Podem ser sazonais e, regra geral, são temporárias e dando o exemplo, a situação dos professores, que são colocados quase todos os anos lectivos em escolas diferentes e, por vezes, bastante longe das suas residências.

Políticas São geralmente migrações externas em que alguns habitantes são forçados a sair do país devido a mudanças no governo. A título de exemplo, quando se deu a independência de alguns países africanos, muitos dos seus habitantes foram obrigados a migrar para outros países. Aconteceu não só com os portugueses em Angola, Moçambique e Guiné, mas também com os franceses em Marrocos, Argélia e Indochina.

Étnicas Embora este termo seja muitas vezes confundido com racismo, terá mais a ver com as diferenças entre culturas e povos, podendo ou não ser da mesma raça. Tal como aconteceu na II

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Guerra Mundial, existiam muitos judeus na Alemanha e, para Hitler, estes constituíam um povo inferior, razão pela qual tentou exterminá-los, no entanto, eles eram ambos alemães e judeus de raça branca.

Religiosas Existem muitas migrações, grande parte delas externas, em que o único objectivo é a deslocação a um determinado centro de fé, de acordo com as crenças religiosas de cada indivíduo. Pode dar-se o exemplo das peregrinações a Fátima, Santiago de Compostela em Espanha, Lourdes em França, Meca na Arábia, entre muitos outros espalhados por todo o mundo. Só a título de curiosidade, a religião muçulmana obriga a cada um dos seus crentes que se desloque ao túmulo do profeta em Meca, pelo menos uma vez na vida.

Culturais Esta é, talvez, a causa que poucos consideram como motivo de migração, no entanto, existem pessoas que se deslocam, regra geral, temporariamente, para outros locais apenas com uma finalidade cultural ou de enriquecimento de conhecimentos, como por exemplo, ter que sair do local da sua residência para tirar um curso de pós graduação ou doutoramento, porque a Universidade onde o estudante conseguiu entrar se situa muito longe.

Os grandes fluxos migratórios internacionais Foi com era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI, que foram abertos novos horizontes geográficos e deram a conhecer grandes áreas praticamente despovoadas, e que permitiram a vontade e a oportunidade de emigrar para esses novos locais. Foi a partir dessa época que se abriu uma nova era na história das migrações, pois foi a partir daí que espanhóis e portugueses ocuparam países da América latina e África e Franceses e Britânicos ocuparam a América do Norte.

No entanto, de todos os movimentos migratórios, os mais significativos foram os dos finais do século XIX e princípios do século XX, pois desempenharam um papel fundamental na redistribuição e no equilíbrio da população mundial.

A grande parte dos países de origem eram europeus e a Europa, a partir da Revolução Industrial, conheceu um gigantesco crescimento populacional, chegando ao ponto em que a indústria e os serviços já não conseguiam garantir emprego a todos os que o necessitavam e por essa razão, a pressão demográfica europeia era enorme.

Em contrapartida, existiam territórios muito vastos, por explorar e escassamente povoados e assim, milhões de portugueses, espanhóis, irlandeses, britânicos, franceses, alemães, suecos e dinamarqueses emigraram para os territórios do Novo Mundo (EUA, Canadá, Brasil, Venezuela, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul…). Estes movimentos migratórios ajudaram a

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diminuir fortemente a pressão demográfica na Europa e ajudaram ao crescimento económico e populacional do Novo Mundo.

O período compreendido entre as duas guerras mundiais, foi uma época de abrandamento dos fluxos migratórios internacionais. Por um lado, foi devido aos conflitos bélicos que dificultavam a movimentação dos meios de transporte e impediam a saída de pessoas de grande parte dos países europeu, em parte porque nessa altura quem trabalhava era essencialmente o homem e, portanto, era quem emigrava, mas devido à guerra, todos os homens eram necessários para o conflito. Outra causa do abrandamento foi a crise económica dos anos 30 que teve início nos EUA e que se alastrou a todo o mundo. Foi a partir desta crise que muitos países adoptaram medidas de restrição às imigrações, adoptando políticas de controlo cada vez mais rigorosas, que passavam pelo estabelecimento de um limite do número e por vezes, do tipo de estrangeiros a entrar num território, e pela luta contra a imigração clandestina.

Fluxos migratórios após a II Guerra Mundial

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Com o fim da II Guerra Mundial, retomaram os fluxos migratórios, no entanto, noutra direcção. Os países europeus encontravam-se destruídos pelo conflito e procuravam agora a sua reconstrução e o tornar a dinamizar a sua economia. Contudo, existiam obstáculos, os fluxos migratórios anteriores tinham deixado a Europa sem jovens adultos e por outro lado, as duas guerras mundiais ceifaram milhares de vidas humanas, principalmente jovens e adultos, pelo que a população europeia, para além de reduzida, estava envelhecida. Assim, a falta de mão-de-obra era o maior obstáculo à reconstrução.

Nessa época, muitos países mediterrânicos ou que não entraram directamente nos conflitos, possuíam uma economia pouco desenvolvida e sobretudo agrícola, e portanto, incapaz de absorver toda essa mão-de-obra, originando nesses países, muito desemprego e salários reduzidos.

A possibilidade de poderem arranjar emprego, emigrando para os países que estavam destruídos, foi uma forma de melhorar o seu nível de vida, pelo que se desencadeou outro grande fluxo migratório, sendo que desta vez o destino não era o Novo Mundo, mas sim, os países da Europa Ocidental que em poucas décadas conseguiu recuperar o seu desenvolvimento económico.

Os principais países de acolhimento foram a França, a Alemanha, o Reino Unido, a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo e a Suíça. Dos países de origem destacam-se a Espanha, Portugal, Irlanda, ex-Jugoslávia, Turquia, Marrocos, Argélia e Tunísia.

Em 1973, outra nova crise económica provocada pela subida crescente e vertiginosa dos preços do petróleo, principalmente devido ao conflito entre o Irão e o Iraque, teve como consequência novas restrições à imigração.

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A migração animal A migração animal está geralmente associada a mudanças sazonais do clima, a padrões de alimentação ou padrões de acasalamento e procriação e para as diversas espécies animais, a migração pode ser um factor crucial para a sua sobrevivência.

A migração é o movimento em larga escala, de uma espécie animal de um local para outro e é talvez no reino das aves, onde este movimento se verifica com mais frequência.

Um dos factores relacionado com a migração das aves, é o da abundância ou escassez de alimento, e em muitas partes do globo, a sua alimentação escasseia durante certas alturas do ano, principalmente no Inverno, pelo que a maioria das aves pereceria se permanecesse nestes locais. Assim, durante esta época, as aves migram para regiões mais amenas e com maior abundância de alimentos, regressando de novo na Primavera quando o clima e os recursos alimentares lhes são de novo favoráveis.

Aves em migração

A migração é uma deslocação regular entre habitats e não deverá ser confundida com deslocações ocasionais e movimentos dispersivos. A migração é um fenómeno intencional e voluntário, uma viagem de certa envergadura e duração e tem um carácter periódico, uma vez que se trata de uma viagem de ida e volta, que se repete de forma sazonal e implica locais geográficos bem definidos.

O movimento migratório contempla toda a população de uma espécie e não apenas alguns indivíduos.

A vida de uma espécie que se desloca sazonalmente entre habitats está dividida em quatro períodos, dois sedentários e dois dinâmicos, que se sucedem alternadamente ou seja, durante a Primavera a espécie está ligada à área de criação onde estão reunidas as condições para a sua reprodução e no final do Verão, inicia a “migração pós-nupcial”, que a conduzirá ao local onde irá

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passar o Inverno. Aqui permanece até que se anuncie a Primavera para empreender a viagem de regresso. É a chamada “migração pré-nupcial”.

No processo de migração para outros territórios, as espécies de migração diurna orientam-se principalmente pelo sol, sendo que as de migração nocturna o fazem pelas estrelas, no entanto, ambas as espécies, podem também orientar-se pelo campo magnético terrestre ou seguirem marcas terrestres tais como costas, rios, cadeias de montanhas ou outras referências topográficas.

As aves migratórias desenvolveram algumas estratégias que lhes permitem efectuar grandes percursos quando transitam entre habitats. Existem espécies que fazem a migração durante a noite como por exemplo as insectívoras, que se alimentam durante o dia, utilizando a noite para viajar. Desta forma, a possibilidade de ter encontros com predadores é também muito menor.

Existem depois as espécies que acumulam reservas de gordura, o que lhes permite percorrer longas distâncias sem paragens, outras que percorrem pequenas distâncias diárias, parando com alguma frequência para se alimentarem e no caso das aves de rapina e outras espécies de grande envergadura, tal como as cegonhas, fazem a sua deslocação tirando proveito das correntes térmicas ascendentes que se formam sobre as massas continentais, quando o ar frio da atmosfera aquece em contacto com a superfície terrestre exposta ao sol, permitindo-lhes planar e efectuar a sua deslocação com o mínimo de esforço, poupando assim as suas energias. São as chamadas aves planadoras.

A dependência destas aves pela força impulsora criada pelo ar quente, varia consoante as espécies, estando directamente relacionada com a sua superfície alar. As aves que possuem uma maior superfície de asa, tal como os abutres ou as cegonhas, estão mais aptas a utilizar o voo planado, pelo que o fazem com maior regularidade do que as espécies que possuem asas de menor dimensão tal como os gaviões ou falcões.

Esta forma de deslocação permite que as aves percorram grandes distâncias com o mínimo de esforço, contudo, para algumas espécies apresenta alguns inconvenientes. Devido ao facto de a intensidade das correntes térmicas sobre o mar ser menor, as espécies planadoras que se deslocam da Europa para África, tendo que cruzar o Mediterrâneo têm aqui um entrave e a forma através da qual tentam ultrapassar essa dificuldade é convergirem em locais onde a distância entre os dois continentes é menor.

Na Europa, os locais de maior destaque para a migração de Outono das espécies planadoras são os estreitos de Gibraltar e do Bósforo, na Turquia, sendo que no primeiro caso, chegaram a ser contadas cerca de 189 mil aves, ao passo que no segundo, o número máximo estimado chegou às 76 mil aves.

O corredor do Mediterrâneo central, entre a Sicília e o cabo Bom, na Tunísia e a região de Sagres em Portugal, são consideradas rotas de migração secundárias.

Em 1990 foram feitos em Sagres, os primeiros estudos acerca das migrações de Outono das aves planadoras, e desde então, foram organizadas cinco campanhas de monitorização que, para além da contagem das aves, envolveram também a captura de alguns espécimes para serem

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marcados com anilhas para posterior identificação. Os dados recolhidos até à data, permitiram saber que todos os anos, migram através de Sagres entre 1000 e 2000 aves planadoras, de entre cerca de 29 espécies diferentes, sendo que uma grande percentagem será provavelmente de origem ibérica, no entanto, algumas provêm do Norte da Europa, tendo este facto sido comprovado em 1995 após a captura de um Peneireiro (Falco Tinnunculus) que tinha sido anilhado na Suécia.

As espécies de aves mais frequentes são a Águia-Calçada (Hieraaetus Pennatus), a Águia-Cobreira (Circaetus Gallicus), o Milhafre-Preto (Milvus Migrans) e o Gavião (Accipiter Nisus), e uma grande parte das aves observadas são constituídas por espécimes jovens, que efectuam a sua primeira migração.

Águia-Calçada (Hieraaetus Pennatus)

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Conclusão Posso concluir que os motivos que levam os seres humanos a migrar são os

mais variados, e tanto podem ser por razões económicas ou laborais, estando estes

dois muito ligados, pois, por vezes, as pessoas partem em busca de melhores

condições de trabalho e, consequentemente, melhores condições salariais, por

motivos étnicos, em situações em que varias culturas coabitam na mesma região, mas

que devido às diferenças culturais entre elas, a convivência não é pacífica. Por causas

naturais, nomeadamente os terramotos, as cheias, as secas, erupção de vulcões, entre

outros, mas que colocam a sobrevivência das pessoas em risco, obrigando-as a

deslocarem-se para outros locais, abandonando assim o seu local de origem.

Em relação à migração animal, os motivos que levam que os animais viajem

centenas, senão milhares de quilómetros todos os anos, prendem-se principalmente

com as mudanças sazonais do clima, com a alimentação e com a procriação.

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Pesquisa na web: http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223378081S4cET4df4Yh89IX7.pdf (23/02/2010) http://cidadaniaeprofissionalidade.blogs.sapo.pt/1248.html?page=2 (23/02/2010) http://imigrantes.no.sapo.pt/page6brasil.html (23/02/2010) http://pt.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%A3o_humana (24/02/2010) http://www.azibo.org/migracao.html (24/02/2010) http://ciencia.hsw.uol.com.br/migracao-animal.htm (09/03/2010) http://cantodasaves.site40.net/migracao.htm (10/03/2010)