Ficha nº 92 - repositorium.sdum.uminho.pt · As paredes são constituídas pelos muros M4 e M5,...

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Ficha nº 92 1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 36-40 e n.º 42-56. 1.1 Localização A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona situava-se na malha urbana romana cerca de dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas No miolo dos quarteirões correspondentes aos nºs 42-56 da rua Afonso Henriques realizaram-se duas intervenções arqueológicas cuja direção pertenceu ao Dr. Armandino Cunha do Gabinete de Arqueologia da C.M. de Braga. A primeira ocorreu entre junho de 1998 e abril de 1999 e a segunda fase de janeiro de 2002 até junho de 2002. 1.3 Identificação das estruturas Exumaram-se algumas estruturas associadas a um balneário público (Ribeiro, 2005 Anexo I: 11; Ribeiro, 2010: 67), sendo de destacar salas quentes, piscinas e várias salas frias, os frigidaria, pavimentos, pisos e algumas infraestruturas como por exemplo, as canalizações. 1.4 Cronologias e fases Embora a zona arqueológica se encontre ainda em estudo é possível considerar pelo menos 4 fases de ocupação desta zona arqueológica. A primeira fase corresponderá a uma domus que existiu no local, datada do século I. A segunda fase, datada entre inícios/meados do século II, corresponde à transformação do espaço do quarteirão em termas públicas, tendo sido arrasados algumas estruturas da fase anterior e conservados alguns muros que passaram a ter uma outra funcionalidade. A esta fase podem ser atribuídos um caldarium, com quatro pequenas piscinas, um espaço frio com uma piscina e dois compartimentos anexos, um disposto a norte daquele espaço frio e outro a este. A piscina era abastecida por uma canalização com origem no decumano sul que cruzava a zona de serviços onde se instalou o préfurnio que aquecia o caldarium. A terceira fase, corresponde a uma remodelação do espaço de banhos, realizada nos finais do século III/inícios do IV, com entulhamento do anterior caldarium e zona de serviços e construção de vários pavimentos de opus signinum sobrepostos por pisos em opus tesselatum. A quarta fase, deverá datar de meados do século IV, correspondendo ao abandono da piscina do frigidarium, substituída por uma mais pequena que assentou no solo de opus da anterior. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação RAH93 UE0459 e UE460 [Quadro 31]. 2.2 Tipo Canalização em caixa. 2.3 Descrição Canalização em caixa, em bom estado de conservação. Apresenta um lastro em tijoleira e os muros M5 e M7 fazem de parede a esta canalização. Detém 2.10 m de comprimento, 1.20 m de largura e 0.50 m de altura registada nos muros M5 e M7.

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Ficha nº 92

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 36-40 e n.º 42-56. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona situava-se na malha urbana romana cerca de dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

No miolo dos quarteirões correspondentes aos nºs 42-56 da rua Afonso Henriques realizaram-se duas intervenções arqueológicas cuja direção pertenceu ao Dr. Armandino Cunha do Gabinete de Arqueologia da C.M. de Braga. A primeira ocorreu entre junho de 1998 e abril de 1999 e a segunda fase de janeiro de 2002 até junho de 2002.

1.3 Identificação das estruturas

Exumaram-se algumas estruturas associadas a um balneário público (Ribeiro, 2005 Anexo I: 11; Ribeiro, 2010: 67), sendo de destacar salas quentes, piscinas e várias salas frias, os frigidaria, pavimentos, pisos e algumas infraestruturas como por exemplo, as canalizações. 1.4 Cronologias e fases

Embora a zona arqueológica se encontre ainda em estudo é possível considerar pelo menos 4 fases de ocupação desta zona arqueológica. A primeira fase corresponderá a uma domus que existiu no local, datada do século I. A segunda fase, datada entre inícios/meados do século II, corresponde à transformação do espaço do quarteirão em termas públicas, tendo sido arrasados algumas estruturas da fase anterior e conservados alguns muros que passaram a ter uma outra funcionalidade. A esta fase podem ser atribuídos um caldarium, com quatro pequenas piscinas, um espaço frio com uma piscina e dois compartimentos anexos, um disposto a norte daquele espaço frio e outro a este. A piscina era abastecida por uma canalização com origem no decumano sul que cruzava a zona de serviços onde se instalou o préfurnio que aquecia o caldarium. A terceira fase, corresponde a uma remodelação do espaço de banhos, realizada nos finais do século III/inícios do IV, com entulhamento do anterior caldarium e zona de serviços e construção de vários pavimentos de opus signinum sobrepostos por pisos em opus tesselatum. A quarta fase, deverá datar de meados do século IV, correspondendo ao abandono da piscina do frigidarium, substituída por uma mais pequena que assentou no solo de opus da anterior. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH93 UE0459 e UE460 [Quadro 31]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em bom estado de conservação. Apresenta um lastro em tijoleira e os muros M5 e M7 fazem de parede a esta canalização. Detém 2.10 m de comprimento, 1.20 m de largura e 0.50 m de altura registada nos muros M5 e M7.

Ficha nº 92

2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro Os elementos do lastro (UE459) estão dispostos paralelamente, com elementos junto ao

muro M4 que têm 0.48 m por 0.20 m de comprimento e largura, respetivamente. Os elementos junto ao muro M5 têm cerca de 0.24 m de comprimento por 0.30 m de largura. A espessura é de cerca de 0.06 m. A largura interna é de cerca de 0.78 m.

2.4.2 Paredes As paredes são constituídas pelos muros M4 e M5, que apresentam três fiadas de pedra

com 0.30/0.20 m de comprimento, por 0.22 m de largura e 0.30 m de altura. 2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Não foi possível determinar o pendor. 2.6 Orientação

E/O. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Fase II. Drenagem de água oriunda da piscina fria. 2.9 Cronologia

Séculos II-IV. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Martins, M e Ribeiro, Mª (2012). Gestão e uso da água em Bracara Augusta. Uma abordagem preliminar, In Martins, M., Freitas, I e Valivieso, I. (coord.), Caminhos da água, Ed. CITCEM, Braga, pp. 9- 52.

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícias, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ribeiro, M.C. (2008). Braga entre a época romana e a Idade Moderna. Uma metodologia de análise para a leitura da evolução da paisagem urbana, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho.

Ficha nº 92

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

Figura 517 Localização da canalização UE459 (lastro) e UE460 (paredes) na planta da zona

arqueológica (GACMB).

3.2 Os desenhos

Plano

Figura 518 Plano da canalização UE459 (lastro) e

460 (paredes) (GACMB).

Secção

Figura 519 Secção da canalização UE459 (lastro) e 460 (paredes) (GACMB).

Perfil

Figura 520 Perfil da canalização UE459 (lastro) e 460 (paredes) (GACMB).

Croqui

Figura 521 Croqui da canalização UE459 (lastro) e

460 (paredes).

Ficha nº 93

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 36-40 e n.º 42-56. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona situava-se na malha urbana romana cerca de dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

No miolo dos quarteirões correspondentes aos nºs 42-56 da rua Afonso Henriques realizaram-se duas intervenções arqueológicas cuja direção pertenceu ao Dr. Armandino Cunha do Gabinete de Arqueologia da C.M. de Braga. A primeira ocorreu entre junho de 1998 e abril de 1999 e a segunda fase de janeiro de 2002 até junho de 2002.

1.3 Identificação das estruturas

Exumaram-se algumas estruturas associadas a um balneário público (Ribeiro, 2005 Anexo I: 11; Ribeiro, 2010: 67), sendo de destacar salas quentes, piscinas e várias salas frias, os frigidaria, pavimentos, pisos e algumas infraestruturas como por exemplo, as canalizações.

1.4 Cronologias e fases

Embora a zona arqueológica se encontre ainda em estudo é possível considerar pelo menos 4 fases de ocupação desta zona arqueológica. A primeira fase corresponderá a uma domus que existiu no local, datada do século I. A segunda fase, datada entre inícios/meados do século II, corresponde à transformação do espaço do quarteirão em termas públicas, tendo sido arrasados algumas estruturas da fase anterior e conservados alguns muros que passaram a ter uma outra funcionalidade. A esta fase podem ser atribuídos um caldarium, com quatro pequenas piscinas, um espaço frio com uma piscina e dois compartimentos anexos, um disposto a norte daquele espaço frio e outro a este. A piscina era abastecida por uma canalização com origem no decumano sul que cruzava a zona de serviços onde se instalou o préfurnio que aquecia o caldarium. A terceira fase, corresponde a uma remodelação do espaço de banhos, realizada nos finais do século III/inícios do IV, com entulhamento do anterior caldarium e zona de serviços e construção de vários pavimentos de opus signinum sobrepostos por pisos em opus tesselatum. A quarta fase, deverá datar de meados do século IV, correspondendo ao abandono da piscina do frigidarium, substituída por uma mais pequena que assentou no solo de opus da anterior. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH UE0188 UE0184; UE0185 [521; 618; 619; 620; 621]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, bem conservada. Apresenta um lastro em material laterício (UE0187), paredes em pedra (UE0186 e UE139) e cobertura em lajes de granito (UE0195). Preserva uma extensão de cerca de 8,80 m, largura de 0.80 m e cerca de 0.44 m de altura.

Ficha nº 93

2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é construído em tijoleiras, cujas dimensões aproximadas são de cerca de 0.20

m de comprimento por 0.16 m de largura. 2.4.2 Paredes As paredes são realizadas em aparelho de granito, cujos elementos apresentam-se muito

faceados do lado interno, estando dispostos numa única fiada. Os mesmos estão justapostos ao lastro e detêm cerca de 0.28 m por 0.16 m de comprimento e largura respetivamente.

2.4.3 Cobertura A cobertura foi realizada em blocos toscos, com cerca de 0.60 m de comprimento por

0.40 m de largura. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Há um pendor para noroeste de cerca de 0.08 m. 2.6 Orientação

SE/NO. 2.7 Funcionalidade

Abastecimento. 2.8 Contexto

A estrutura foi implantada na segunda fase, correspondente à construção das termas, cuja datação deve ser antonina, servindo para abastecer de água a grande piscina do frigidarium e deverá ter sido utilizada até ao século IV. 2.9 Cronologia

Séc II a IV. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícias, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 93

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 522 Localização da canalização UEs0186,0187,0139 na planta da zona arqueológica (UAUM/GACMB/Alberto Sousa).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 523 Plano da canalização com o lastro

UE0186 e a parede UE0187 (GACMB).

Figura 524 Plano da canalização com a respetiva cobertura UE0195 (GACMB).

Secção

Figura 525 Secção da canalização, paredes UE0186, lastro UE0187.

Croqui

Figura 526 Croqui da canalização, lastro (UE0187); paredes (UE0186); cobertura (UE0195).

186

139

187

Ficha nº 93

3.4 Fotografias

Figura 527 Fotografia da canalização UEs 0186 (paredes); UE0187 (lastro) e UE0195 (cobertura) (GACMB).

Figura 528 Fotografia da canalização UE0186

(paredes); UE0187 (lastro) e UE0195 (cobertura) (GACMB).

Ficha nº 94

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 36-40 e n.º 42-56. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona situava-se na malha urbana romana cerca de dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

No miolo dos quarteirões correspondentes aos nºs 42-56 da rua Afonso Henriques realizaram-se duas intervenções arqueológicas cuja direção pertenceu ao Dr. Armandino Cunha do Gabinete de Arqueologia da C.M. de Braga. A primeira ocorreu entre junho de 1998 e abril de 1999 e a segunda fase de janeiro de 2002 até junho de 2002.

1.3 Identificação das estruturas

Exumaram-se algumas estruturas associadas a um balneário público (Ribeiro, 2005 Anexo I: 11; Ribeiro, 2010: 67), sendo de destacar salas quentes, piscinas e várias salas frias, os frigidaria, pavimentos, pisos e algumas infraestruturas como por exemplo, as canalizações.

1.4 Cronologias e fases

Embora a zona arqueológica se encontre ainda em estudo é possível considerar pelo menos 4 fases de ocupação desta zona arqueológica. A primeira fase corresponderá a uma domus que existiu no local, datada do século I. A segunda fase, datada entre inícios/meados do século II, corresponde à transformação do espaço do quarteirão em termas públicas, tendo sido arrasados algumas estruturas da fase anterior e conservados alguns muros que passaram a ter uma outra funcionalidade. A esta fase podem ser atribuídos um caldarium, com quatro pequenas piscinas, um espaço frio com uma piscina e dois compartimentos anexos, um disposto a norte daquele espaço frio e outro a este. A piscina era abastecida por uma canalização com origem no decumano sul que cruzava a zona de serviços onde se instalou o préfurnio que aquecia o caldarium. A terceira fase, corresponde a uma remodelação do espaço de banhos, realizada nos finais do século III/inícios do IV, com entulhamento do anterior caldarium e zona de serviços e construção de vários pavimentos de opus signinum sobrepostos por pisos em opus tesselatum. A quarta fase, deverá datar de meados do século IV, correspondendo ao abandono da piscina do frigidarium, substituída por uma mais pequena que assentou no solo de opus da anterior. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH UE0342; UE0392; UE0393 [521; 421]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em razoável estado de conservação. Apresenta um lastro em material laterício (UE0342), paredes em pedra (UE0392) e cobertura em lajes de granito e tijoleira (UE0393). Preserva uma extensão de cerca de 2.40 m e largura de 0.50 m.

Ficha nº 94

2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é construído por elementos em tijoleira, muito fragmentadas, cujos

componentes melhor preservados têm dimensões de cerca de 0.42 m por 0.28 m de comprimento e largura respetivamente.

2.4.2 Paredes As paredes são construídas em pedra, cujos elementos estão melhor trabalhados no

lado interno, possuindo cerca de 0.30 m por 0.14 m de comprimento e largura e cerca de 0.14 m de altura

2.4.3 Cobertura Para além da cobertura realizada em pedra pouco afeiçoada, a mesma detinha cerca de

0.50 m por 0.40 m de comprimento e largura. Por outro lado, existiam alguns elementos em tijolo muito destruído tendo cerca de 0.30 m por 0.20 m de comprimento e largura, respetivamente e uma espessura de cerca de 0.04 m.

2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Pende cerca de 0.09 m para sul. 2.6 Orientação

S/N. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Fase I. A canalização deveria assegurar a drenagem de águas de um possível impluvium da domus, situado na parte norte da área escavada. 2.9 Cronologia

Séc I. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícia, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 94

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 529 Localização da canalização UE0342; UE0392; UE0393 na planta da zona arqueológica (UAUM/GACMB/Alberto Sousa).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 530 Plano da canalização UE0342; UE0392; UE0393 (GACMB).

Secção

Figura 531 Secção da canalização UE0342; UE0392;

UE0393.

Croqui

Figura 532 Croqui da canalização UE0342; UE0392;

UE0393.

342

393

392

Ficha nº 94

3.4 Fotografias

Figura 533 Fotografia da canalização UE0342; UE0392; UE0393 (GACMB).

Figura 534 Fotografia da canalização UE0342; UE0392; UE0393 (GACMB).

Ficha nº 95

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 36-40 e n.º 42-56. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona situava-se na malha urbana romana cerca de dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

No miolo dos quarteirões correspondentes aos nºs 42-56 da rua Afonso Henriques realizaram-se duas intervenções arqueológicas cuja direção pertenceu ao Dr. Armandino Cunha do Gabinete de Arqueologia da C.M. de Braga. A primeira ocorreu entre junho de 1998 e abril de 1999 e a segunda fase de janeiro de 2002 até junho de 2002.

1.3 Identificação das estruturas

Exumaram-se algumas estruturas associadas a um balneário público (Ribeiro, 2005 Anexo I: 11; Ribeiro, 2010: 67), sendo de destacar salas quentes, piscinas e várias salas frias, os frigidaria, pavimentos, pisos e algumas infraestruturas como por exemplo, as canalizações.

1.4 Cronologias e fases

Embora a zona arqueológica se encontre ainda em estudo é possível considerar pelo menos 4 fases de ocupação desta zona arqueológica. A primeira fase corresponderá a uma domus que existiu no local, datada do século I. A segunda fase, datada entre inícios/meados do século II, corresponde à transformação do espaço do quarteirão em termas públicas, tendo sido arrasados algumas estruturas da fase anterior e conservados alguns muros que passaram a ter uma outra funcionalidade. A esta fase podem ser atribuídos um caldarium, com quatro pequenas piscinas, um espaço frio com uma piscina e dois compartimentos anexos, um disposto a norte daquele espaço frio e outro a este. A piscina era abastecida por uma canalização com origem no decumano sul que cruzava a zona de serviços onde se instalou o préfurnio que aquecia o caldarium. A terceira fase, corresponde a uma remodelação do espaço de banhos, realizada nos finais do século III/inícios do IV, com entulhamento do anterior caldarium e zona de serviços e construção de vários pavimentos de opus signinum sobrepostos por pisos em opus tesselatum. A quarta fase, deverá datar de meados do século IV, correspondendo ao abandono da piscina do frigidarium, substituída por uma mais pequena que assentou no solo de opus da anterior. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH UE0111 UE0112 UE0116 [318]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em razoável estado de conservação. Apresenta um lastro realizado em material laterício (UE0112), paredes em tijolo (UE0111) e cobertura em tijoleira (UE0116). Aduz cerca de 2.40 m de extensão, 0.40 m de largura.

Ficha nº 95

2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro (UE0112) é realizado em tijoleira, com elementos que têm 0.50 m de

comprimento por 0.20 m de largura. 2.4.2 Paredes As paredes (UE0111) são construídas em tijolos, que assentam diretamente no lastro.

Apresentam duas fiadas, tendo a cobertura assente nos elementos da primeira fiada. Os elementos possuem dimensões de cerca de 0.24 m por 0.16 m de comprimento e largura e cerca de 0.10 m de altura.

2.4.3 Cobertura Só se preservou um elemento da cobertura em tijoleira (UE0116) que se encontra no

limite do setor. Detém cerca de 0.20 m de largura e uma altura de cerca de 0.07 m. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Este setor insere-se no extremo sudeste e a canalização detetada segue para duas zonas desta zona arqueológica que ainda não foram escavadas, ou seja, para sudeste e para noroeste. No entanto, no presente setor foi possível verificar que a canalização tem um pendor em direção a noroeste, embora ligeiro, de cerca de 0.04 m. 2.6 Orientação

SE/NO. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Fase I. Trata-se de uma canalização que drenava para a rua sul, com origem desconhecida, mas que deveria situar-se na parte dos compartimentos que se encontravam a oeste da UE322 que delimitava a parede poente do caldarium. 2.9 Cronologia

Séculos II-IV. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícias, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 95

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 535 Localização da canalização UEs 0111; UE112; UE116 na planta da zona arqueológica

(UAUM/GACMB/Alberto Sousa).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 536 Plano da canalização UEs 0111 (parede); UE112 (lastro); UE116 (cobertura) (GACMB).

Secção

Figura 537 Secção da canalização UEs 0111 (parede); UE112 (lastro); UE116 (cobertura).

Perfil

Figura 538 Canalização vista no perfil sul do setor 318 (GACMB).

111

116

112

Ficha nº 95

Croqui

Figura 539 Croqui da canalização UEs 0111 (parede);

UE112 (lastro); UE116 (cobertura).

3.4 Fotografia

Figura 540 Fotografia da canalização UEs 0111

(parede); UE112 (lastro); UE116 (cobertura) (GACMB).

Ficha nº 96

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 36-40 e n.º 42-56. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona situava-se na malha urbana romana cerca de dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

No miolo dos quarteirões correspondentes aos nºs 42-56 da rua Afonso Henriques realizaram-se duas intervenções arqueológicas cuja direção pertenceu ao Dr. Armandino Cunha do Gabinete de Arqueologia da C.M. de Braga. A primeira ocorreu entre junho de 1998 e abril de 1999 e a segunda fase de janeiro de 2002 até junho de 2002.

1.3 Identificação das estruturas

Exumaram-se algumas estruturas associadas a um balneário público (Ribeiro, 2005 Anexo I: 11; Ribeiro, 2010: 67), sendo de destacar salas quentes, piscinas e várias salas frias, os frigidaria, pavimentos, pisos e algumas infraestruturas como por exemplo, as canalizações.

1.4 Cronologias e fases

Embora a zona arqueológica se encontre ainda em estudo é possível considerar pelo menos 4 fases de ocupação desta zona arqueológica. A primeira fase corresponderá a uma domus que existiu no local, datada do século I. A segunda fase, datada entre inícios/meados do século II, corresponde à transformação do espaço do quarteirão em termas públicas, tendo sido arrasados algumas estruturas da fase anterior e conservados alguns muros que passaram a ter uma outra funcionalidade. A esta fase podem ser atribuídos um caldarium, com quatro pequenas piscinas, um espaço frio com uma piscina e dois compartimentos anexos, um disposto a norte daquele espaço frio e outro a este. A piscina era abastecida por uma canalização com origem no decumano sul que cruzava a zona de serviços onde se instalou o préfurnio que aquecia o caldarium. A terceira fase, corresponde a uma remodelação do espaço de banhos, realizada nos finais do século III/inícios do IV, com entulhamento do anterior caldarium e zona de serviços e construção de vários pavimentos de opus signinum sobrepostos por pisos em opus tesselatum. A quarta fase, deverá datar de meados do século IV, correspondendo ao abandono da piscina do frigidarium, substituída por uma mais pequena que assentou no solo de opus da anterior. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH UE0036 e UE0037 [716; 816]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em mau estado de conservação. Apresenta um lastro com um nível de preparação UE0038 em cascalho ao qual é sobreposto elementos de pedra UE0037. As paredes são edificadas em pedra UE0036. A canalização aduz cerca de 8 m de comprimento, 0.70 m de largura e cerca de 0.40 m de altura. A mesma canalização corre paralela ao muro

Ficha nº 96

(UE0023) e depois faz um ângulo de 90º e corre sobreposta e perpendicular ao muro (UE0023) chegando a sobrepor-se sobre a largura do muro (UE0023).

2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro O lastro é construído com um nível de preparação em cascalho sub-arredondados e

cujos elementos possuem cerca de 0.08 de diâmetro, ao qual assentam as pedras do lastro. No entanto, só se preservaram duas pedras do lastro, apresentando cerca de 0.40 m por 0.26 m de comprimento e largura respetivamente. O comprimento dos elementos está justaposto à parede.

2.4.2 Paredes As paredes são edificadas em pedra, cujos elementos aparentam serem reaproveitados

de outras construções. Apresentam dimensões que vão desde os 0.80 m por 0.20 m de comprimento e largura respetivamente e os 0.40 m por 0.30 m de comprimento e largura respetivamente.

2.4.3 Cobertura 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Apresenta um ligeiro pendor na sondagem 716 no sentido norte/ sul, faz angulo de 90º e depois segue o sentido oeste/este. 2.6 Orientação

Orienta-se de norte/ sul faz angulo de 90 º e depois segue no sentido oeste para este. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Provavelmente da fase II. Provavelmente de drenagem de águas vindas do edifício. 2.9 Cronologia

?? 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícia,s Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 96

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 541 Localização da canalização UE0036 na planta da zona arqueológica (UAUM/GACMB/Alberto Sousa).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 542 Plano da canalização UEs 0036 e UE0037 (GACMB).

Figura 543 Plano da canalização UEs 0036 e UE0037

(GACMB).

Secção

Figura 544 Secção da canalização UEs 0036 (parede)

e UE0037 (lastro) (UAUM).

Croqui

Figura 545 Croqui da canalização UE’s.0036

(parede), UE0037 (lastro) e nível de preparação em

pedra (UE0038).

0037

0038

0036

Ficha nº 97

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 36-40 e n.º 42-56. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona situava-se na malha urbana romana cerca de dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

No miolo dos quarteirões correspondentes aos nºs 42-56 da rua Afonso Henriques realizaram-se duas intervenções arqueológicas cuja direção pertenceu ao Dr. Armandino Cunha do Gabinete de Arqueologia da C.M. de Braga. A primeira ocorreu entre junho de 1998 e abril de 1999 e a segunda fase de janeiro de 2002 até junho de 2002.

1.3 Identificação das estruturas

Exumaram-se algumas estruturas associadas a um balneário público (Ribeiro, 2005 Anexo I: 11; Ribeiro, 2010: 67), sendo de destacar salas quentes, piscinas e várias salas frias, os frigidaria, pavimentos, pisos e algumas infraestruturas como por exemplo, as canalizações.

1.4 Cronologias e fases

Embora a zona arqueológica se encontre ainda em estudo é possível considerar pelo menos 4 fases de ocupação desta zona arqueológica. A primeira fase corresponderá a uma domus que existiu no local, datada do século I. A segunda fase, datada entre inícios/meados do século II, corresponde à transformação do espaço do quarteirão em termas públicas, tendo sido arrasados algumas estruturas da fase anterior e conservados alguns muros que passaram a ter uma outra funcionalidade. A esta fase podem ser atribuídos um caldarium, com quatro pequenas piscinas, um espaço frio com uma piscina e dois compartimentos anexos, um disposto a norte daquele espaço frio e outro a este. A piscina era abastecida por uma canalização com origem no decumano sul que cruzava a zona de serviços onde se instalou o préfurnio que aquecia o caldarium. A terceira fase, corresponde a uma remodelação do espaço de banhos, realizada nos finais do século III/inícios do IV, com entulhamento do anterior caldarium e zona de serviços e construção de vários pavimentos de opus signinum sobrepostos por pisos em opus tesselatum. A quarta fase, deverá datar de meados do século IV, correspondendo ao abandono da piscina do frigidarium, substituída por uma mais pequena que assentou no solo de opus da anterior. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH UE0411, UE0412 [423]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em bom estado de conservação. Apresenta lastro e parede em material laterício. Possui cerca de 3.30 m conservados, 0.90 m de largura e cerca de 0.36 m de altura.

Ficha nº 97

2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é construído com elementos em tijolo lydion (0.40 por 0.30 m de comprimento

e largura respetivamente) e 0.09 m de espessura. 2.4.2 Paredes As paredes são edificadas em tijolo lydion com cerca de 0.40 m por 0.30 de

comprimento e largura respetivamente e cerca de 0.09 m de espessura. As paredes apresentam-se melhor conservadas no lado sul, conservando duas fiadas de tijolos na parede norte e três fiadas na parede sul.

2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Tem um pendor de cerca de 0.01 m em direção a oeste. 2.6 Orientação

E/O. 2.7 Funcionalidade

Abastecimento? 2.8 Contexto

Fase I. Poderá corresponder ao que resta de uma canalização de abastecimento à domus. 2.9 Cronologia

Século I. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícia, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 97

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 546 Localização da canalização na planta da zona

arqueológica (UAUM/GACMB/Alberto Sousa).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 547 Plano da canalização UEs 412 (lastro) e UE411

(paredes) (GACMB).

Secção

Figura 548 Secção da canalização UEs

412 (lastro) e UE411 (paredes).

Croqui

Figura 549 Croqui da canalização UEs 412 (lastro) e

UE411 (paredes).

3.4 Fotografia

Figura 550 Fotografia da canalização UEs 412 (lastro)

e UE411 (paredes) (GACMB).

411

412

Ficha nº 98

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 20-28. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona arqueológica corresponde na malha urbana romana a dois quarteirões a norte do forum.

1.2 Diretores de escavação e campanhas

Realizou-se entre os nºs 20-28 da rua Afonso Henriques três fases de trabalho, asseguradas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, cuja direção coube ao Dr. José Leite, Doutor Luís Fontes e Doutora Manuela Martins. Uma primeira fase foi iniciada a 15 de outubro de 2008 tendo consistido na demolição parcial de algumas paredes e no levantamento fotográfico e implantação das quadrículas. A segunda fase decorreu de 20 de outubro a 27 de novembro, durante a qual se procedeu à escavação integral de algumas sondagens e à escavação parcial de outras. Na última fase, decorrida entre 5 de Janeiro e 3 de Março, procedeu-se à escavação integral da área da futura cave do atual imóvel.

1.3 Identificação das estruturas

Da época romana identificaram-se alguns muros que provavelmente poderiam pertencer a um edifício público (Leite et al. 2010: 27), assim como restos de uma conduta (UE72) e um poço (UE39).

1.4 Cronologias e fases

Reconhecem-se para esta zona arqueológica uma primeira fase, datável do século I até ao III (Leite et al., 2011: 29), que corresponde à construção de alguns muros que podem corresponder aos limites duma insula (Ribeiro, 2010: 59), à edificação de uma conduta (UE72) e de um poço (UE39) (Leite et al-, 2010: 32). Mais tarde, há uma remodelação do projeto inicial, durante os séculos III e IV (Leite et al., 2011: 30) que desativou alguns sistemas de drenagem e levou à construção de alguns muros (Ribeiro, 2010: 59). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH09 UE0072 [Sondagem 5]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em estado de conservação mediano, preservando apenas uma parede e o lastro. A presente canalização foi implantada na rocha, sendo composta por um lastro em tijoleira e paredes em pedra. Apresenta cerca de 0.80 m de comprimento, 0.65 m de largura e altura de cerca de 0.34 m. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro O lastro foi construído em tijoleiras do tipo lydion, com 0.45 por 0.30 m de comprimento

e largura respetivamente e cerca de 0.04 m de altura. Os elementos estão com o lado mais

Ficha nº 98

largo perpendicular às paredes em alvenaria, recaindo sobre uma parte dos elementos do lastro o peso da edificação das paredes. Só se conservaram três tijoleiras.

2.4.2 Paredes As paredes são edificadas em alvenaria que assenta numa pequena parte dos elementos

do lastro. Os elementos têm cerca de 0.20 m por 0.20 m de comprimento e largura e cerca de 0.25 m de altura.

2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Numa extensão conservada de 0.85 m de comprimento foi detetado um pendor de cerca de 0.02 m 2.6 Orientação

E/O. 2.7 Funcionalidade

Abastecimento (?). 2.8 Contexto

Reporta-se à primeira fase (Leite, 2011: 30). A presente canalização surge, citando Jorge Ribeiro, no “centro do espaço que corresponderia à rua norte da domus” (Ribeiro, 2010: 425). Esta canalização poderia eventualmente receber e conduzir a água proveniente do poço (UE039) (Leite et al., 2011: 18). 2.9 Cronologia

Século I, II ou III. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Leite, J.M.; Fontes, L. ; Martins, M.; Tomé, J. e Mendes, D. (2011) Salvamento de Bracara Augusta. Edifício nº 20-28 da Rua Afonso Henriques e 1-3 da Rua de Santo António das Travessas. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado).

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícias, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 98

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 551 Localização da canalização UE072 na planta da zona arqueológica da Rua D. Afonso Henriques nº20-28

(UAUM).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 552 Plano da canalização UE0072 (UAUM).

Secção

Figura 553 Secção da canalização UE0072 (UAUM).

Croqui

Figura 554 Croqui da canalização UE072

3.4 Fotografia

Figura 555 Fotografia da canalização UE072 (UAUM).

100

198

072

Ficha nº 99

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 20-28. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona arqueológica corresponde na malha urbana romana a dois quarteirões a norte do forum.

1.2 Diretores de escavação e campanhas

Realizou-se entre os nºs 20-28 da rua Afonso Henriques três fases de trabalho, asseguradas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, cuja direção coube ao Dr. José Leite, Doutor Luís Fontes e Doutora Manuela Martins. Uma primeira fase foi iniciada a 15 de outubro de 2008 tendo consistido na demolição parcial de algumas paredes e no levantamento fotográfico e implantação das quadrículas. A segunda fase decorreu de 20 de outubro a 27 de novembro, durante a qual se procedeu à escavação integral de algumas sondagens e à escavação parcial de outras. Na última fase, decorrida entre 5 de Janeiro e 3 de Março, procedeu-se à escavação integral da área da futura cave do atual imóvel.

1.3 Identificação das estruturas

Da época romana identificaram-se alguns muros que provavelmente poderiam pertencer a um edifício público (Leite et al., 2010: 27), assim como restos de uma conduta (UE72) e um poço (UE39).

1.4 Cronologias e fases

Reconhecem-se para esta zona arqueológica uma primeira fase, datável do século I até ao III (Leite et al., 2011: 29), que corresponde à construção de alguns muros que podem corresponder aos limites de uma insula (Ribeiro, 2010: 59), à edificação de uma conduta (UE72) e de um poço (UE39) (Leite et al., 2010: 32). Mais tarde, há uma remodelação do projeto inicial, durante os séculos III e IV (Leite et al., 2011: 30) que desativou alguns sistemas de drenagem e levou à construção de alguns muros (Ribeiro, 2010: 59). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH09 UE0141 [Sondagem 7]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em estado de conservação mediano, preservando apenas alguns elementos da parede em pedra e o respetivo lastro em tijoleira, ao todo cinco elementos em tijoleira. Apresenta cerca de 1.50 m de comprimento, 0.75 m de largura e altura de cerca de 0.44 m. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro O lastro foi construído em tijoleiras do tipo lydion, com 0.45 por 0.30 m de comprimento

e largura respetivamente e 0.04 m de espessura., onde o lado mais largo dos elementos está paralelo às paredes.

Ficha nº 99

2.4.2 Paredes As paredes foram edificadas em alvenaria que assentam numa pequena parte dos

elementos do lastro. Os elementos têm cerca de 0.30 m por 0.25 m de comprimento e largura, respetivamente, apresentando-se muito bem faceados do lado interno. Para colmatar as brechas foi empregue argamassa de argila.

2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Na extensão conservada pende cerca de 0.06 m para noroeste. 2.6 Orientação

SE/NO. 2.7 Funcionalidade

Abastecimento. 2.8 Contexto

Reporta-se à segunda fase. Foi usada para o abastecimento de água potável (Leite et al., 2011:20). 2.9 Cronologia

Século III a IV. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Leite, J.M.; Fontes, L. ; Martins, M.; Tomé, J. e Mendes, D. (2011) Salvamento de Bracara Augusta. Edifício nº 20-28 da Rua Afonso Henriques e 1-3 da Rua de Santo António das Travessas. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado).

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícias, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 99

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 556 Localização da canalização UE141 na planta da zona arqueológica da Rua D. Afonso Henriques nº 20-28

(UAUM).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 557 Plano da canalização UE141 (UAUM).

Secção

Figura 558 Secção da canalização UE141 (UAUM).

Croqui

Figura 559 Croqui da canalização UE141.

3.4 Fotografia

Figura 560 Fotografia da canalização (UAUM).

142

141

150

Ficha nº 100

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 20-28. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona arqueológica corresponde na malha urbana romana a dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

Realizou-se entre os nºs 20-28 da rua Afonso Henriques três fases de trabalho, asseguradas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, cuja direção coube ao Dr. José Leite, Doutor Luís Fontes e Doutora Manuela Martins. Uma primeira fase foi iniciada a 15 de outubro de 2008 tendo consistido na demolição parcial de algumas paredes e no levantamento fotográfico e implantação das quadrículas. A segunda fase decorreu de 20 de outubro a 27 de novembro, durante a qual se procedeu à escavação integral de algumas sondagens e à escavação parcial de outras. Na última fase, decorrida entre 5 de Janeiro e 3 de Março, procedeu-se à escavação integral da área da futura cave do atual imóvel.

1.3 Identificação das estruturas

Da época romana identificaram-se alguns muros que provavelmente poderiam pertencer a um edifício público (Leite et al., 2010: 27), assim como restos de uma conduta (UE72) e um poço (UE39).

1.4 Cronologias e fases

Reconhecem-se para esta zona arqueológica uma primeira fase, datável do século I até ao III (Leite et al., 2011: 29), que corresponde à construção de alguns muros que podem corresponder aos limites de uma insula (Ribeiro, 2010: 59), à edificação de uma conduta (UE72) e de um poço (UE39) (Leite et al.,, 2010: 32). Mais tarde, há uma remodelação do projeto inicial, durante os séculos III e IV (Leite et al.,, 2011: 30) que desativou alguns sistemas de drenagem e levou à construção de alguns muros (Ribeiro, 2010: 59). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH09 UE0150 [Sondagem 7]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em estado de conservação mediano, preservando apenas alguns elementos da parede em pedra e o respetivo lastro em tijoleira. Apresenta cerca de 6.75 m de comprimento, 0.65 m de largura e cerca de 0.45 m de altura. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro O lastro foi construído em tijoleiras do tipo lydion, com 0.45 por 0.30 m de comprimento

e largura respetivamente.

Ficha nº 100

2.4.2 Paredes As paredes são edificadas em alvenaria que assenta numa pequena parte dos elementos

do lastro. As pedras são retangulares, apresentando várias dimensões desde 0.20 m por 0.15 m, 0.25 m por 0.15 m e 0.20 m por 0.15 m de comprimento e largura, respectivamente, e cerca de 0.27 m.

2.4.3 Cobertura Só se conservou um elemento da cobertura que detinha cerca de 0.45 m por 0.30 m de

comprimento e largura, respetivamente. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Para noroeste cerca de 0.06 m. 2.6 Orientação

SE/NO. 2.7 Funcionalidade

Drenagem 2.8 Contexto

Esta canalização pertencia, provavelmente, à primeira fase construtiva do edifício identificado nos terrenos da Rua Afonso Henriques nº 20-28 (Ribeiro, 2010: 414) e seria usada para a drenagem do complexo termal localizado a sudeste (Leite et al., 2011: 30). 2.9 Cronologia

Século I /III. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Leite, J.M.; Fontes, L. ; Martins, M.; Tomé, J. e Mendes, D. (2011) Salvamento de Bracara Augusta. Edifício nº 20-28 da Rua Afonso Henriques e 1-3 da Rua de Santo António das Travessas. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado).

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícias, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 100

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 561 Localização da canalização UE150 na planta da zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques nº 20-28 (UAUM).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 562 Plano da canalização UE150 (UAUM).

Secção

Figura 563 Secção da canalização UE150 (UAUM).

Croqui

Figura 564 Croqui da canalização UE150.

3.4 Fotografia

Figura 565 Fotografia da canalização UE150 (UAUM).

137

150

198

Ficha nº 101

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 20-28. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona arqueológica corresponde na malha urbana romana a dois quarteirões a norte do forum. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

Realizou-se entre os nºs 20-28 da rua Afonso Henriques três fases de trabalho, asseguradas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, cuja direção coube ao Dr. José Leite, Doutor Luís Fontes e Doutora Manuela Martins. Uma primeira fase foi iniciada a 15 de outubro de 2008 tendo consistido na demolição parcial de algumas paredes e no levantamento fotográfico e implantação das quadrículas. A segunda fase decorreu de 20 de outubro a 27 de novembro, durante a qual se procedeu à escavação integral de algumas sondagens e à escavação parcial de outras. Na última fase, decorrida entre 5 de Janeiro e 3 de Março, procedeu-se à escavação integral da área da futura cave do atual imóvel. 1.3 Identificação das estruturas

Da época romana identificaram-se alguns muros que provavelmente poderiam pertencer a um edifício público (Leite et alli 2010: 27), assim como restos de uma conduta (UE72) e um poço (UE39). 1.4 Cronologias e fases

Reconhecem-se para esta zona arqueológica uma primeira fase, datável do século I até ao III (Leite et alli, 2011: 29), que corresponde à construção de alguns muros que podem corresponder aos limites de uma insula (Ribeiro, 2010: 59), à edificação de uma conduta (UE72) e de um poço (UE39) (Leite et alli, 2010: 32). Mais tarde, há uma remodelação do projeto inicial, durante os séculos III e IV (Leite et alli, 2011: 30) que desativou alguns sistemas de drenagem e levou à construção de alguns muros (Ribeiro, 2010: 59). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH09 UE0156.[Sondagem 7]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em razoável estado de conservação, presenciando-se dois pequenos tramos apenas com o lado este preservado. Um que detém cerca de 1.20 m de comprimento ladeado de duas tijoleiras do lastro e o outro cerca de 1 m de comprimento por 0.34 m de altura.

Ficha nº 101

2.4 Elementos constitutivos 2.4.1 Lastro O lastro é realizado em tijoleira quadrangular do tipo sesquipedale 0.45 m por 0.45 m

de comprimento e largura respetivamente. O lastro desta canalização segue um modelo construtivo diferente das restantes canalizações, pois encontra-se justaposto às paredes em vez de as paredes assentarem em parte do lastro.

2.4.2 Paredes Só se conservou o lado a este da parede da canalização, tendo os elementos cerca de

0.30 m por 0.20 m de comprimento e largura respetivamente e cerca de 0.20 m de altura. Apresenta-se muito bem faceada no lado interno da parede.

2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Pendor de 0.01 m para norte. 2.6 Orientação

S/N. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Encontra-se associada à primeira fase do edificado, estando alinhada e encostada à fachada este da habitação, devendo drenar as águas dos telhados ou do próprio interior da habitação (Ribeiro, 2010: 426). 2.9 Cronologia

Século I/II a III. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Leite, J.M.; Fontes, L. ; Martins, M.; Tomé, J. e Mendes, D. (2011) Salvamento de Bracara Augusta. Edifício nº 20-28 da Rua Afonso Henriques e 1-3 da Rua de Santo António das Travessas. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado).

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícia, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 101

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 566 Localização da canalização UE156 na planta da zona arqueológica (UAUM).

3.3 Os desenhos

Perfil

Figura 567 Alçado oeste da sondagem 7 onde se pode ver representada a canalização UE0156 (UAUM).

Plano

Figura 568 Plano da canalização UE156 (UAUM).

Secção

Figura 569 Secção da canalização UE (UAUM).

157

156

198

Ficha nº 101

Croqui

Figura 570 Croqui da canalização UE156.

3.4 Fotografia

Figura 571 Fotografia da canalização (UAUM).

Ficha nº 102

1 Zona Arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nºs 20-28. 1.1 Localização

A zona arqueológica da rua D. Afonso Henriques localiza-se na freguesia da Sé. Atualmente está delimitada a norte pela rua D. Afonso Henriques, a leste pela rua Santiago, a sul pela rua de S. Paulo e a oeste pela rua de Santo António das Travessas. Esta zona arqueológica corresponde na malha urbana romana a dois quarteirões a norte do forum.

1.2 Diretores de escavação e campanhas

Realizou-se entre os nºs 20-28 da rua Afonso Henriques três fases de trabalho, asseguradas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, cuja direção coube ao Dr. José Leite, Doutor Luís Fontes e Doutora Manuela Martins. Uma primeira fase foi iniciada a 15 de outubro de 2008 tendo consistido na demolição parcial de algumas paredes e no levantamento fotográfico e implantação das quadrículas. A segunda fase decorreu de 20 de outubro a 27 de novembro, durante a qual se procedeu à escavação integral de algumas sondagens e à escavação parcial de outras. Na última fase, decorrida entre 5 de Janeiro e 3 de Março, procedeu-se à escavação integral da área da futura cave do atual imóvel.

1.3 Identificação das estruturas

Da época romana identificaram-se alguns muros que provavelmente poderiam pertencer a um edifício público (Leite et al., 2010: 27), assim como restos de uma conduta (UE72) e um poço (UE39).

1.4 Cronologias e fases

Reconhecem-se para esta zona arqueológica uma primeira fase, datável do século I até ao III (Leite et al., 2011: 29), que corresponde à construção de alguns muros que podem corresponder aos limites de uma insula (Ribeiro, 2010: 59), à edificação de uma conduta (UE72) e de um poço (UE39) (Leite et al., 2010: 32). Mais tarde, há uma remodelação do projeto inicial, durante os séculos III e IV (Leite et al., 2011: 30) que desativou alguns sistemas de drenagem e levou à construção de alguns muros (Ribeiro, 2010: 59). 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RAH09 UE0137 [Sondagem 7] 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em razoável estado de conservação, conservando somente as paredes em pedra, que assenta diretamente no substrato rochoso. Apresenta cerca de 2.50 m de comprimento por 2 m de largura e 1.10 m de altura. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro O lastro não se preservou, no entanto pode-se adiantar duas possibilidades avançadas

por Jorge Ribeiro: uma primeira em que o lastro original deveria ter desaparecido e uma segunda de que o próprio substrato rochoso deveria ter assumido a função de lastro, tendo apenas sido nivelado para o efeito (Ribeiro, 2010: 425).

Ficha nº 102

2.4.2 Paredes As paredes desta canalização foram edificadas em pedra e restos de tijolos que

provavelmente deveriam ter sido reaproveitados de outros tipos de construções. Os elementos em pedra apresentam forma sub-retangular, com a face melhor faceada voltada para o interior, cujos elementos detêm cerca de 0.30 m por 0.25 m. Os elementos em material laterício possuem dimensões mais ligeiras, sendo empregues, na grande parte dos casos, no fecho de brechas existentes entre os elementos graníticos.

2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Pende cerca de 0.06 m em direção ao noroeste. 2.6 Orientação

SE/NO. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Pertence à segunda fase construtiva. A construção desta canalização e da sapata em pedra UE147 veio inutilizar a canalização correspondente à UE150 e deveria servir para o escoamento de águas pluviais ou residuais (Leite et al., 2010: 20). 2.9 Cronologia

Século III/IV. 2.10 Bibliografia Leite, J. M., Fontes, L e Martins, M. (2009). Salvamento de Bracara Augusta. Gaveto do edifício

nº 20/28 da rua Afonso Henriques e 1/3 da rua de Santo António das Travessas. Relatório preliminar dos trabalhos arqueológicos, UAUM, Braga.

Leite, J.M.; Fontes, L. ; Martins, M.; Tomé, J. e Mendes, D. (2011) Salvamento de Bracara Augusta. Edifício nº 20-28 da Rua Afonso Henriques e 1-3 da Rua de Santo António das Travessas. Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado).

Ribeiro, J. (2010). A Arquitectura romana de Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edilícia, Tese de Doutoramento (policopiada), Instituto de Ciências Socais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 102

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

Figura 572 Localização da canalização UE137 na planta da zona

arqueológica da Rua D. Afonso Henriques, nº 20-28 (UAUM).

3.2 Diagrama estratigráfico

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 573 Plano da canalização UE137 (UAUM).

Secção

Figura 574 Secção da canalização UE137 (UAUM).

Croqui

Figura 575 Croqui da canalização UE137.

3.4 Fotografia

Figura 576 Fotografia da canalização (UAUM).

143

137

198

Ficha nº 103

1 Zona Arqueológica da Misericórdia. 1.1 Localização

A zona arqueológica da Misericórdia localiza-se na freguesia de São João do Souto, nas traseiras do antigo hospital de S. Marcos. Atualmente esta zona arqueológica está delimitada a norte pelo largo de S. Tiago, a oeste pela rua de S. Geraldo e a este pela rua de S. Miranda. Na época romana tal espaço estava localizado a este da referida malha urbana de Bracara Augusta.

1.2 Diretores de escavação e campanhas

Nesta zona arqueológica foram realizadas cinco sondagens em 1978, as quais permitiram avaliar a potência estratigráfica do local. Mais tarde, entre os dias 15 de Janeiro e 30 de Junho de 2001, a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, realizou algumas sondagens dirigidas pelo Dr. José Manuel Leite e pelo Doutor Francisco Sande Lemos que visavam apurar as cotas das ruínas arqueológicas para a futura construção de equipamentos sociais da Santa Casa da Misericórdia. 1.3 Identificação das estruturas

Apesar de se terem realizado sondagens em zonas intercaladas, o que dificulta a interpretação global das ruínas, foi possível exumar diversos muros, pavimentos em opus signinum e infraestruturas.

1.4 Cronologias e fases

Reconheceram-se três fases de ocupação. Uma primeira fase, do século I, está associada aos embasamentos e aos entalhes no substrato rochoso, seguindo-se uma segunda fase, dos séculos III e IV que está associada aos muros melhor conservados, que aproveitaram para alicerce o que restava dos da época precedente. Por último, uma terceira fase poderá estar ligada a uma possível estrutura agrícola tardo-romana ou mesmo alto-medieval (Leite e Lemos, 1999:8). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação

MIS B01 UE0011. [Sondagem B20] 2.2 Tipo

Canalização em caixa.

2.3 Descrição Apesar da canalização não estar totalmente escavada, devido, quer ao facto de se

encontrar no limite sul da sondagem, quer à circunstância desta ser uma sondagem isolada das restantes, não tendo continuidade para as zonas imediatamente a seguir, foi possível verificar que se encontra em razoável estado de conservação, preservando paredes em pedra e lastro em tegulae. Apresenta cerca de 2.00 m de comprimento por 0.50 m de largura e 0.16 m de altura. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro Os elementos do lastro apresentam-se fragmentados, possuindo cerca de 0.64 m por

cerca de 0.38 m de comprimento e largura, respetivamente.

Ficha nº 103

2.4.2 Paredes As paredes desta canalização foram edificadas com pedras retangulares e só se

preservou a parede sul (M3), cujos elementos têm cerca de 0.30 m de comprimento e uma largura que não podemos constatar porque a mesma se prolonga para além dos limites da sondagem, possuindo cerca de 0.10 m de altura.

2.4.3 Cobertura A cobertura não se preservou. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Pende cerca de 0.04 m em direção a oeste.

2.6 Orientação E/O.

2.7 Funcionalidade Inconclusiva.

2.8 Contexto Provavelmente reporta-se à primeira fase. Não é possível estabelecer um contexto

seguro porque a canalização está numa sondagem que está isolada.

2.9 Cronologia Provavelmente do século I.

2.10 Bibliografia Leite, J. M. e Lemos, F.S. (1999). Relatório dos trabalhos arqueológicos realizados na plataforma

superior norte dos terrenos da Santa Casa da Misericórdia, Relatório preliminar, Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, Braga (policopiado).

Leite, J. M.; Lemos, F.S. e Queijo, F. (2004) Relatórios dos trabalhos arqueológicos realizados na plataforma superior norte dos terrenos da Santa Casa da Misericórdia a oeste do Hospital de Braga – BMIS, Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, Braga (policopiado).

Ficha nº 103

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

Figura 577 Localização da canalização UE011 na planta da zona

arqueológica da Rua da Misericórdia (UAUM).

3.2 Diagrama estratigráfico

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 578 Plano da canalização UE011 (UAUM).

Secção

Figura 579 Secção da canalização UE011.

Perfil

Figura 580 Canalização UE0011, vista no perfil sul do setor B20 (UAUM).

010

011

024

Ficha nº 103

Croqui

Figura 581 Croqui da canalização UE011.

3.4 Fotografia

Figura 582 Fotografia da canalização UE0011

(UAUM).

Ficha nº 104

1 Zona Arqueológica dos antigos CTT. 1.1 Localização

A zona arqueológica dos CTT localiza-se atualmente na freguesia de São José de São Lázaro, no antigo quarteirão dos CTT, tendo como limite norte a rua Gonçalo Sampaio, a sul a rua do Raio, a oeste a rua de S. Lázaro e a este a avenida da Liberdade. Na época romana este espaço encontrava-se fora da malha urbana, precisamente a este da mesma.

1.2 Diretores de escavação e campanhas

A direção científica dos trabalhos coube à Doutora Manuela Martins e ao Doutor Luís Fontes, tendo a direção técnica pertencido a Cristina Braga, José Braga, Fernanda Magalhães e José Sendas. A escavação foi desenvolvida em três fases de trabalho. Uma primeira decorreu entre 26 de Dezembro de 2007 a 21 de Março de 2008, a segunda, de 11 de abril a 10 de outubro de 2008 e a terceira e última de 13 de outubro a 6 de maio de 2009 (Martins et alli 2009:8).

1.3 Identificação das estruturas

No decurso desta escavação exumou-se um sector da necrópole romana da via XVII, com sepulturas de incineração, sepulturas de inumação, construções que podiam ser classificadas como mausoléus (Braga, 2010:65) e covas votivas (Braga, 2010:68). Foi ainda identificado um troço da Via XVII, datada do século I, com uma longa sequência de reparações e uma oficina de vidro (Cruz, 2009:217; Braga, 2010:31; Martins et alli, 2009: 193 e Ribeiro, 2010:138). No local foram também identificados vestígios associados à utilização do espaço na Idade Média, Moderna e Contemporânea, entre os quais cabe destacar várias infraestruturas hidráulicas.

1.4 Cronologias e fases

Entre a Idade do Bronze e a tardo antiguidade foram identificadas nove fases de ocupação no local. A fase I, atribuível ao Bronze final, está associada à primeira ocupação do espaço onde nos surgem vasos de forma troncocónica (Martins et alli, 2009:171). A fase II, atribuível ao período anterior à transição da era, está representada por um conjunto de estruturas abertas no saibro e nos depósitos primários (Martins et alli, 2009: 175; Braga, 2010:26). A fase III é balizada entre a transição da Era e a 1ª metade do século I, pertencendo a esta fase a primeira preparação da Via XVII com a presença do statumen no eixo da via sobre o qual assentava o rudus (Martins et alli 2009: 175). A construção desta via foi determinante para a fixação da necrópole romana existindo consideráveis sepulturas deste período (Braga, 2010: 27). A fase IV datável dos meados do século I, corresponde à repavimentação da via, intensificação de enterramentos e o início da monumentalização da necrópole (Martins et alli, 2009: 179), tendo sido construído a sul da via um complexo recinto funerário e um pequeno mausoléu a norte da via. A fase V, datável da segunda metade do século I, corresponde à segunda repavimentação da via que também se caracterizou pela construção do primeiro conjunto de drenos transversais, reportam-se a esta fase a construção de uma estrutura funerária com a presença de um conjunto de caixas/ tanques revestidos no interior a opus signinum (Martins, 2009: 183; Braga, 2010: 28). A fase VI datável do século II, corresponde à terceira repavimentação da via em que se implantam um conjunto de condutas de drenagem de águas (Martins et alli, 2009: 187) e corresponde à continuidade do processo de monumentalização da necrópole, ampliando e reformando o complexo funerário da fase V (Braga, 2010:29). A fase VII está balizada entre os fins do século II e a 1ª metade do século III, assinalando a quarta repavimentação e deslocação da via cerca de 2 m para norte (Martins et

Ficha nº 104

alli, 2009:190; Braga, 2010: 30) e o fim da monumentalização da necrópole. A fase VIII está balizada entre a 2ª metade do século III e inícios do século IV e corresponde à quinta repavimentação da via, desativação dos recintos funerários e abandono definitivo do grande recinto funerário situado a sul da via (Martins et alli, 2009:192). A fase IX, datável do século IV, corresponde à sexta repavimentação da via, à construção da oficina de vidro (Martins, 2009:193; Braga, 2010:31) e à mudança de ritual funerário com a presença de estruturas de inumação em caixas compostas por tijolos. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

CTT08 UE1888, UE1889 e UE1800 [Sondagem 9]; CTT UE1692; UE1693; UE1696 e UE1682 [sondagem 8]. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em razoável estado de conservação, que preserva cerca de 7,60 m de comprimento, sendo 4.40 m na sondagem 9 e 3.20 m na sondagem 8, com cerca de 1.40 m de largura, 0.65 m de altura. Nos registos de campo a presente canalização recebeu diferentes unidades estratigráficas nas duas sondagens onde foi identificada. Apresenta paredes em blocos graníticos identificados pelas UEs1692 e 1693, correspondentes às paredes oeste e este da canalização, na sondagem 8, e UE1888 e UE1889, na sondagem 9. Ostenta uma cobertura em grandes lajes de granito UE1682. A presente canalização não tinha lastro, pelo que a mesma assentava num nível de circulação designado com a UE1697, na Sondagem 8 (Martins et alli, 2010: 60) e UE1800, na Sondagem 9 (Martins et alli, 2010:80). 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro A canalização não tinha qualquer tipo de leito estruturado pelo que as águas circulariam

sobre uma placa de saibro (Martins et alli, 2010: 81), que corresponde a um nível de circulação, tendo recebido a UE1697 (sondagem 8) e UE1800 (Sondagem 9).

2.4.2 Paredes As paredes foram edificadas com blocos graníticos de dimensões variáveis, com cerca

de 0.80 m de comprimento, por 0.40 m de largura e outros com cerca de 0.50 m por 0.40 m. A altura média dos elementos é cerca de 0.30 m. Refira-se a título de exemplo que esta estrutura reaproveita alguns materiais pétreos, sendo de destaque aquele que se encontra a rematar a parede este da conduta, identificado como uma estela funerária (ach 0474 nº inv 2008.0965- E.E. 0004) (Martins et alli, 2009: 60-65).

2.4.3 Cobertura A cobertura da conduta foi realizada com grandes blocos graníticos de diferentes

tamanhos, desde os maiores com 1.80 m de comprimento por 0.50 m de largura e cerca de 0.30 m de altura.

2.4.4 Módulos

Ficha nº 104

2.5 Pendor Sendo o leito da canalização (UEs1697 e 1800) uma placa de saibro é difícil determinar

o pendor, pois o saibro sofre um desgaste enorme comparado com os outros materiais, nomeadamente a pedra ou o material laterício. No entanto, a interpretação da estrutura como elemento de drenagem de águas da parte norte da via para sul permite considerar um pendor de NE/SO. 2.6 Orientação

NE/SO. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Reporta-se à fase IV e está associada à primeira remodelação da via (Martins et alli, 2009: 80), drenando águas das chuvas. 2.9 Cronologia

Meados do século I (Martins et alli, 2009:65). 2.10 Bibliografia Braga, Cristina (2010). Rituais funerários em Bracara Augusta: o novo núcleo de necrópole da

Via XVII, Tese de Mestrado, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga Cruz, Mário (2009). O vidro romano no Noroeste Peninsular. Um olhar a partir de Bracara

Augusta. Tese de Doutoramento (policopiada). Instituto de Ciências Sociais. Universidade do Minho, Braga.

Martins, Maria Manuela, Fontes, Luís, Braga, Cristina Vilas Boas, Braga, José, Magalhães, Fernanda, Sendas, José (2009). Relatório final dos trabalhos arqueológicos realizados no Quarteirão dos CTT – Avenida da Liberdade, UAUM, Braga

Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicias. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 104

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 583 Localização da canalização na

planta da zona arqueológica dos CTT (UAUM).

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 584 Plano com a cobertura da canalização [sondagem 8], UE1682 (cobertura da canalização)

(UAUM).

Figura 585 Plano com as paredes da canalização na

sondagem 8, UE1692 (parede oeste) e UE1693, onde a seta a vermelho sobre o elemento da parede este

identifica uma estela funerária. (UAUM).

Secção

Figura 586 Secção da canalização UE01692;

UE1687; UE1693.

Croqui

Figura 587 Croqui da canalização UE1888, UE1889 e UE1800 [Sondagem 9]; CTT UE1692; UE1693;

UE1696 e UE1682 [sondagem 8].

1682

1694

1692

1684

Ficha nº 104

3.4 Fotografias

Figura 588 Pormenor da cobertura da canalização

UE1682 (UAUM).

Figura 589 Fotografia da canalização UE1800

(UAUM).

Figura 590 Fotografia da secção da canalização UE1692 (parede oeste); UE1693 (parede este) UE1696

(argamassa do aparelho), UE1682 (cobertura) e a UE1697 (nível de circulação da água).

Ficha nº 105

1 Zona Arqueológica dos antigos CTT. 1.1 Localização

A zona arqueológica dos CTT localiza-se atualmente na freguesia de São José de São Lázaro, no antigo quarteirão dos CTT, tendo como limite norte a rua Gonçalo Sampaio, a sul a rua do Raio, a oeste a rua de S. Lázaro e a este a avenida da Liberdade. Na época romana este espaço encontrava-se fora da malha urbana, precisamente a este da mesma. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

A direção científica dos trabalhos coube à Doutora Manuela Martins e ao Doutor Luís Fontes, tendo a direção técnica pertencido a Cristina Braga, José Braga, Fernanda Magalhães e José Sendas. A escavação foi desenvolvida em três fases de trabalho. Uma primeira decorreu entre 26 de Dezembro de 2007 a 21 de Março de 2008, a segunda, de 11 de abril a 10 de outubro de 2008 e a terceira e última de 13 de outubro a 6 de maio de 2009 (Martins et alli 2009:8).

1.3 Identificação das estruturas

No decurso desta escavação exumou-se um sector da necrópole romana da via XVII, com sepulturas de incineração, sepulturas de inumação, construções que podiam ser classificadas como mausoléus (Braga, 2010:65) e covas votivas (Braga, 2010:68). Foi ainda identificado um troço da Via XVII, datada do século I, com uma longa sequência de reparações e uma oficina de vidro (Cruz, 2009:217; Braga, 2010:31; Martins et alli, 2009: 193 e Ribeiro, 2010:138). No local foram também identificados vestígios associados à utilização do espaço na Idade Média, Moderna e Contemporânea, entre os quais cabe destacar várias infraestruturas hidráulicas.

1.4 Cronologias e fases

Entre a Idade do Bronze e a tardo antiguidade foram identificadas nove fases de ocupação no local. A fase I, atribuível ao Bronze final, está associada à primeira ocupação do espaço onde nos surgem vasos de forma troncocónica (Martins et alli, 2009:171). A fase II, atribuível ao período anterior à transição da era, está representada por um conjunto de estruturas abertas no saibro e nos depósitos primários (Martins et alli, 2009: 175; Braga, 2010:26). A fase III é balizada entre a transição da Era e a 1ª metade do século I, pertencendo a esta fase a primeira preparação da Via XVII com a presença do statumen no eixo da via sobre o qual assentava o rudus (Martins et alli 2009: 175). A construção desta via foi determinante para a fixação da necrópole romana existindo consideráveis sepulturas deste período (Braga, 2010: 27). A fase IV datável dos meados do século I, corresponde à repavimentação da via, intensificação de enterramentos e o início da monumentalização da necrópole (Martins et alli, 2009: 179), tendo sido construído a sul da via um complexo recinto funerário e um pequeno mausoléu a norte da via. A fase V, datável da segunda metade do século I, corresponde à segunda repavimentação da via que também se caracterizou pela construção do primeiro conjunto de drenos transversais, reportam-se a esta fase a construção de uma estrutura funerária com a presença de um conjunto de caixas/ tanques revestidos no interior a opus signinum (Martins, 2009: 183; Braga, 2010: 28). A fase VI datável do século II, corresponde à terceira repavimentação da via em que se implantam um conjunto de condutas de drenagem de águas (Martins et alli, 2009: 187) e corresponde à continuidade do processo de monumentalização da necrópole, ampliando e reformando o complexo funerário da fase V (Braga, 2010:29). A fase VII está balizada entre os fins do século II e a 1ª metade do século III, assinalando a quarta repavimentação e deslocação da via cerca de 2 m para norte (Martins et

Ficha nº 105

alli, 2009:190; Braga, 2010: 30) e o fim da monumentalização da necrópole. A fase VIII está balizada entre a 2ª metade do século III e inícios do século IV e corresponde à quinta repavimentação da via, desativação dos recintos funerários e abandono definitivo do grande recinto funerário situado a sul da via (Martins et alli, 2009:192). A fase IX, datável do século IV, corresponde à sexta repavimentação da via, à construção da oficina de vidro (Martins, 2009:193; Braga, 2010:31) e à mudança de ritual funerário com a presença de estruturas de inumação em caixas compostas por tijolos. 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação

CTT08 UE3832; UE3833; UE3834; UE3831 (Sondagem 10 = sector 88/132 e 88/128) 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em razoável estado de conservação, preservando alguns elementos da cobertura realizados em blocos de granito, paredes edificadas com duas fiadas de elementos em pedra e sem qualquer tipo de lastro construído, fazendo-se o escoamento de água sobre o aterro UE3793. Apresenta uma extensão cerca de 6.40 m de comprimento, cerca de 0.98 m de largura e cerca de 0.79 m de altura. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro Não foi construído qualquer tipo de lastro. Tendo as águas circulado sobre um nível de

aterro UE3793. 2.4.2 Paredes As paredes foram edificadas em alvenaria, com elementos que apresentam dimensões

diferentes, encontrando-se dispostos ora com a largura e comprimento dos mesmos a fazer de face interna à canalização. Os elementos apresentam, em média, cerca de 0.30 m por 0.24 m de comprimento e largura, respetivamente. A sua espessura é muito variável, oscilando entre os 0.11 m e os 0.50 m de espessura. A canalização apresenta-se muito bem faceada do lado interno.

2.4.3 Cobertura A cobertura preservada resume-se a cerca de seis elementos toscos em granito, com um

formato retangular, com cerca de 0.90 m por 0.60 m de comprimento e largura, respetivamente e uma espessura de cerca de 0.15 m.

2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Provavelmente no sentido norte/sul. 2.6 Orientação

N/S.

Ficha nº 105

2.7 Funcionalidade Drenagem.

2.8 Contexto

Fase VI (Martins, 2009: 89). 2.9 Cronologia

Século II. Está associada à terceira repavimentação da via (Martins, 2009: 89) 2.10 Bibliografia

Braga, Cristina (2010). Rituais funerários em Bracara Augusta: o novo núcleo de necrópole da Via XVII, Tese de Mestrado, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Cruz, Mário (2009). O vidro romano no Noroeste Peninsular. Um olhar a partir de Bracara Augusta. Tese de Doutoramento (policopiada). Instituto de Ciências Sociais. Universidade do Minho, Braga.

Martins, Maria Manuela, Fontes, Luís, Braga, Cristina Vilas Boas, Braga, José, Magalhães, Fernanda, Sendas, José (2009). Relatório final dos trabalhos arqueológicos realizados no Quarteirão dos CTT – Avenida da Liberdade, UAUM, Braga Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicas.

Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

3 Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

3.2 Diagrama estratigráfico

Figura 591 Localização da canalização UE3832 na

planta da zona arqueológica dos CTT (UAUM).

3831

3832

3834

3862

3833

3835

Ficha nº 105

3.3 Os desenhos

Plano

Figura 592 Plano com a cobertura da canalização

(UAUM).

Figura 593 Plano sem a

cobertura da canalização

(UAUM).

Secção

Figura 594 Secção da canalização UE011

Croqui

Figura 595 Croqui da canalização

3.4 Fotografia

Figura 596 Cobertura da canalização UE3833 (UAUM).

Figura 597 Pormenor das paredes da canalização UE3833 (UAUM)

Ficha nº 106

1 Zona arqueológica a sul da domus do largo de S. Paulo. 1.1 Localização

A zona arqueológica a sul da domus do largo de S. Paulo localiza-se atualmente na freguesia da Cividade. Apresenta como limite sul a rua do Alcaide, limite norte o largo de S. Paulo e a este o largo de S. Tiago. Na época romana este espaço encontrava-se dentro da malha urbana, localizado a nordeste. Tomando como referência o forum romano, esta zona arqueológica estava a duas insulae do forum e a sul situava-se o decumanus maximus.

1.2 Diretores de escavação e campanhas

Os trabalhos arqueológicos neste local realizaram-se entre finais de 1966 e inícios de 1967 e tiveram como responsáveis o Dr. Rigaud de Sousa e o Cónego Luciano dos Santos e foram um prolongamento das escavações realizadas no Seminário de S. Tiago.

1.3 Identificação das estruturas

No decurso das escavações realizadas nos anos de 1966 e 1967 a sul da domus do largo de S. Tiago foi possível identificar materiais e estruturas de época romana. Por outro lado, na zona contígua a esta, ou seja, no Seminário de Santiago exumaram-se diversos muros pertencentes ao peristilo de uma domus (Delgado et alli 1989: 29; Magalhães, 2010: 86; Ribeiro, 2010: 64), com a presença de um tanque central revestido com mosaicos, com figurações de fauna marinha (Magalhães, 2010: 86), um pórtico que rodeava o peristilo e indícios de um balneário privado da casa (Delgado et alli 1985: 4; Magalhães, 2010: 86; Ribeiro, 2010: 64)

1.4 Cronologias e fases

Apesar de ser difícil atribuir cronologias precisas para as estruturas identificadas, devido ao desconhecimento dos materiais encontrados nas escavações de 1966/1967 é possível dizer que há materiais e estruturas de época romana. 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação

SST69 Sem UE. 2.2 Tipo

Canalização em forma de U. 2.3 Descrição

À falta de informação gráfica esclarecedora, ficamos sem saber se a presente canalização seria, de facto, um único módulo em forma de U, ou se seria uma canalização de paredes em tijolo que assentariam no lastro em tijolo. A presente canalização apresentava-se, segundo Rigaud de Sousa, interrompida por paredes e assentaria sobre tijolos (Sousa, 1969:4). Contudo, não é possível aferir as suas medidas porque não foi realizado nenhum desenho com escala. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes

Ficha nº 106

2.4.3 Cobertura Não conservada. 2.4.4 Módulos Fica-se na dúvida se eram ou não módulos por não existir informação gráfica

esclarecedora. 2.5 Pendor

Provavelmente no sentido norte/sul ou sul/norte 2.6 Orientação

N/S ou S/N. 2.7 Funcionalidade

Inconclusiva. 2.8 Contexto

Poderá, eventualmente, estar relacionado com a segunda fase de remodelação da domus existente na zona arqueológica do Seminário de Santiago. 2.9 Cronologia

Provavelmente, finais do século III/inícios do IV. 2.10 Bibliografia Delgado, M; Santos, Cónego Luciano e Gaspar, Alexandra (1985). Intervenção no claustro do

seminário de Santiago, Relatório de escavação, UAUM, Braga (Relatório policopiado). Delgado, M.; Martins, M.; e Lemos, F.S. (1989). Dossier: Salvamento de Bracara Augusta (1976-

1989), Forum, Nº.6, Outubro, Braga, pp-3-41. Magalhães, F. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado

(policopiada). Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicas.

Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Sousa, J.J. Rigaud de (1969). Relatório das escavações realizadas na zona urbana de Braga em 1968, in Prospecções Arqueológicas no ano de 1968, Câmara Municipal do Concelho de Braga, Braga.

Ficha nº 106

3 Parte gráfica 3.1 Os desenhos

Plano

Figura 598 Esquema em plano e sem escala da canalização, realizado por J. J. Rigaud de Sousa, a

quem agradecemos os dados fornecidos.

Secção

Figura 599 Secção da canalização.

Croqui

Figura 600 Croqui da canalização.

Ficha nº 107

1 Zona Arqueológica do Seminário de Santiago. 1.1 Localização

A zona arqueológica a sul da domus do largo de S. Paulo localiza-se atualmente na freguesia da Cividade. Apresenta como limite sul a rua do Alcaide, limite norte o largo de S. Paulo e a este o largo de S. Tiago. Na época romana este espaço encontrava-se dentro da malha urbana, localizado a nordeste. Tomando como referência o forum romano, esta zona arqueológica estava a duas insulae do forum e a sul situava-se o decumanus maximus. 1.2 Diretores de escavação e campanhas

Os trabalhos arqueológicos neste local realizaram-se entre finais de 1966 e inícios de 1967 e tiveram como responsáveis o Dr. Rigaud de Sousa e o Cónego Luciano dos Santos e foram um prolongamento das escavações realizadas no Seminário de S. Tiago.

1.3 Identificação das estruturas

No decurso das escavações realizadas nos anos de 1966 e 1967 a sul da domus do largo de S. Tiago foi possível identificar materiais e estruturas de época romana. Por outro lado, na zona contígua a esta, ou seja, no Seminário de Santiago exumaram-se diversos muros pertencentes ao peristilo de uma domus (Delgado et alli 1989: 29; Magalhães, 2010: 86; Ribeiro, 2010: 64), com a presença de um tanque central revestido com mosaicos, com figurações de fauna marinha (Magalhães, 2010: 86), um pórtico que rodeava o peristilo e indícios de um balneário privado da casa (Delgado et alli 1985: 4; Magalhães, 2010: 86; Ribeiro, 2010: 64)

1.4 Cronologias e fases

Apesar de ser difícil atribuir cronologias precisas para as estruturas identificadas, devido ao desconhecimento dos materiais encontrados nas escavações de 1966/1967 é possível dizer que há materiais e estruturas de época romana. 2. Descrição da estrutura 2.1 Identificação

SST69 Sem UE. 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa, em mau estado de conservação. Preserva lastro em tijolo, paredes em pedra e cobertura em tijolo. Devido à falta de um registo gráfico à escala, não nos é possível descrever medidas. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro O lastro era realizado em tijolo, com elementos retangulares e estavam justapostos aos

elementos da parede.

Ficha nº 107

2.4.2 Paredes As paredes foram edificadas em pedra, com elementos retangulares, bem faceados do

lado interno, com cerca de 0.10/0,20 m/0,30 m de comprimento, 0.10 m/ 0.20 m de largura e 0.20 m de altura.

2.4.3 Cobertura A cobertura foi realizada em tijoleiras retangulares, com cerca de 0.42 m por 0.30 m de

comprimento e largura respetivamente e cerca de 0.04 m de espessura. 2.4.4 Módulos

2.5 Pendor

Provavelmente no sentido norte/sul ou sul/norte 2.6 Orientação

Orienta-se no sentido norte/sul ou sul/norte. 2.7 Funcionalidade

Drenagem (?) 2.8 Contexto

Poderá, eventualmente, estar relacionado com a segunda fase de remodelação da domus do Seminário de S Tiago. 2.9 Cronologia

Provavelmente, finais do século III/inícios do IV. 2.10 Bibliografia

Delgado, M; Santos, Cónego Luciano e Gaspar, Alexandra (1985). Intervenção no claustro do seminário de Santiago, Relatório de escavação, UAUM, Braga (Relatório policopiado).

Magalhães, F. (2010). Arquitectura doméstica em Bracara Augusta. Tese de Mestrado (policopiada). Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicas.

Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Sousa, J.J. Rigaud de (1969). Relatório das escavações realizadas na zona urbana de Braga em 1968, in Prospecções Arqueológicas no ano de 1968, Câmara Municipal do Concelho de Braga, Braga.

Ficha nº 107

3. Parte gráfica 3.1 Os desenhos

Plano

Figura 601 Esquema em plano e sem escala da

canalização, realizado pelo J. J. Rigaud de Sousa, a quem agradecemos os dados fornecidos.

Figura 602 Plano da canalização, realizado pelo J. J. Rigaud de Sousa, a quem agradecemos os dados

fornecidos. (UAUM).

Figura 603 Pormenor do plano da canalização, onde à esquerda da figura vemos representado a cobertura da canalização e no lado direito o lastro e as paredes da canalização, o referido desenho foi realizado pelo J. J. Rigaud de Sousa, a quem agradecemos os dados

fornecidos.

Secção

Figura 604 Secção da canalização.

Croqui

Figura 605 Croqui.

Ficha nº 108

1 Zona Arqueológica Rua D. Diogo de Sousa. 1.1 Localização

A zona arqueológica da Rua D. Diogo de Sousa localiza-se atualmente na freguesia da Sé. Estando limitada a norte pela Rua D. Diogo de Sousa e a oeste pela Rua do Cabido. Na época romana este espaço localizava-se no limite nordeste da malha urbana.

1.2 Diretores de escavação e campanhas

A primeira intervenção arqueológica, dirigida pelo Dr. José Manuel Leite, Doutor Francisco Sande Lemos, Doutor Luís Fontes e Pedro Silva, realizou-se de 2 de junho de 2003 até 12 de março de 2004 (Leite, 2006:2) e constou na abertura de sondagens arqueológicas para determinar o valor patrimonial do subsolo No período compreendido entre 22 de setembro de 2004 até 23 de novembro de 2004 realizou-se um acompanhamento arqueológico programado para o arranque das terraplanagens da obra.

1.3 Identificação das estruturas

No decurso destas intervenções arqueológicas exumaram-se pavimentos em opus signinum, um troço da muralha com um torreão e uma estrutura de drenagem de água

1.4 Cronologias e fases

A maioria dos vestígios detetados está associada à muralha romana, datada dos finais do século III/inícios do IV. No entanto, é possível que existam estruturas anteriores conforme é sugerido por Francisco Sande Lemos, que afirma que “o elemento localizado mais a leste, encosta e chega mesmo a entrar sob a fiada de embasamento do pano de muralha”, devendo apontar para uma fase anterior à construção da muralha, talvez século I (Lemos et alli., 2006:60). 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação

RDS04 Sem UE [Fase de acompanhamento e terraplanagens] 2.2 Tipo

Canalização em forma de U. 2.3 Descrição

Canalização em forma de U, em pedra, em bom estado de conservação. Apresenta cerca de 17, 20 m de comprimento, entre 0.34 e 0.48 m de largura e entre 0.20 e 0.26 m de espessura. 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro 2.4.2 Paredes 2.4.3 Cobertura A cobertura não se conservou.

Ficha nº 108

2.4.4 Módulos Os módulos são realizados em granito e detêm comprimentos que variam entre os 0.78

m/1.40 m de comprimento por cerca de 0.34 m/0.48 m de largura e cerca de 0.20 m/0.26 m de espessura. A largura interna é de cerca de 0.16 m e a altura da parede desde a base interna até acima, baliza-se entre os 0.05 m e os 0.09 m. 2.5 Pendor

Pende no sentido este/oeste. 2.6 Orientação

E/O. 2.7 Funcionalidade

Abastecimento. 2.8 Contexto

A presente canalização poderá ser de abastecimento. Porém, Sande Lemos afirma que “o facto de atravessar subjacentemente o torreão, exclui, à partida, a hipótese de ter funcionado como drenagem da muralha, já que para esse efeito, o mais lógico seria contorná-la” (Lemos et alli, 2006:60). A presente canalização poderá, eventualmente estar relacionada com uma fase anterior à construção da muralha. Pela sua orientação, Sande Lemos afirma que “não será ousado admitir, que pudesse canalizar água da mesma nascente que abastecia a fonte de S. Geraldo, localizada algures a leste da igreja da Misericórdia” (Lemos et alli, 2006: 60) 2.9 Cronologia

Provavelmente, século I. A presente canalização sugere uma data anterior à construção da muralha e deverá ser datada do século I. 2.10 Bibliografia Lemos, F. S., Leite, J.M., Silva, P. (2006). Intervenção arqueológica (demolições, sondagens e

acompanhamento) realizada na área dos edifícios nºs 102/118 da Rua D. Diogo de Sousa (2003-2004), Relatório Final, UAUM, Braga (Relatório policopiado).

Ribeiro, J. (2010). Arquitectura romana em Bracara Augusta. Uma análise das técnicas edílicas. Tese de Doutoramento (policopiada) Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga.

Ficha nº 108

3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

Figura 606 Localização da canalização na planta da zona arqueológica da Rua D. Diogo de Sousa (UAUM).

Ficha nº 108

3.2 Os desenhos

Plano

Figura 607 Plano com a cobertura da canalização (UAUM).

Figura 608 Plano (UAUM).

Secção

Figura 609 Secção da canalização.

Perfil

Figura 610 Perfil da canalização.

Croqui

Figura 611 Croqui.

Ficha nº 109

1 Zona Arqueológica da Rua N. Sra. do Leite. 1.1 Localização

A zona arqueológica da Rua da Nossa Sra. do Leite situa-se na freguesia da Sé, tendo como limite o largo D. João Peculiar e rua do Souto, a sul, a rua do Forno, a nascente a Rua de S. João, a oeste a rua de S. João. Na época romana esta zona arqueológica estava num dos limites norte da malha urbana da cidade de Bracara Augusta. (Gaspar, 1985:53).

1.2 Diretores de escavação e campanhas

Realizaram-se, trabalhos arqueológicos, neste local, sob a responsabilidade da Dr.ª Alexandra Gaspar entre fevereiro de 1983 e fevereiro de 1984.

1.3 Identificação das estruturas

No decurso destas escavações exumaram-se muros romanos, alguns dos quais poderiam pertencer a um grande edifício romano, uma canalização e pavimentos (Delgado e Gaspar, 1983: 27; Gaspar, 1985: 77).

1.4 Cronologias e fases

Durante as escavações arqueológicas de 1983/1984, identificaram-se as seguintes fases para a época romana: a fase I, atribuída ao século I e II, corresponde a um nivelamento do solo natural por um aterro e à construção do muro G (Gaspar, 1985:84). A fase II, que poderá, eventualmente datar do século III / IV, corresponde ao entulhamento da canalização, identificada como estrutura H. 2 Descrição da estrutura 2.1 Identificação

NSL83 Estrutura H (sector A - Zona4) 2.2 Tipo

Canalização em caixa. 2.3 Descrição

Canalização em caixa em razoável estado de conservação. Preserva lastro em tijoleiras, reaproveitando a face leste do muro B, tendo a parede oeste sido construída para o efeito. Possui cerca de 2 m de extensão, 0.60 m de largura desde o limite exterior da parede oeste até ao limite que liga o lastro à parede do muro B. A altura da estrutura é de cerca de 0, 58 m (Gaspar, 1985:60). 2.4 Elementos constitutivos

2.4.1 Lastro O lastro foi construído em tijoleiras com dimensões que variam entre 0.40 m por 0.30 m

e cerca de 0.20 m por 0.15 m de comprimento e largura, respetivamente. 2.4.2 Paredes As paredes foram edificadas em pedra, cujos elementos perfazem três fiadas, com

componentes com cerca de 0.25 m por 0.15 m de comprimento, por cerca de 0.15 m por 0.20 m de largura, na primeira fiada e cerca de 0.50 m por 0.18 m na segunda. Na terceira fiada só existiam duas pedras. Para preencher os interstícios do muro foi empregue argamassa vermelha misturada com pequenos fragmentos de tijoleira (Gaspar, 1985:61).

Ficha nº 109

2.4.3 Cobertura A cobertura não se conservou.

2.5 Pendor

Pendor sul/norte (Gaspar, 1985:60). 2.6 Orientação

S/N. 2.7 Funcionalidade

Drenagem. 2.8 Contexto

Reporta-se à fase I e asseguraria a drenagem da água do telhado, podendo igualmente recolher águas sujas do interior do edifício. 2.9 Cronologia

Século I/II. 2.10 Bibliografia Gaspar, Alexandra e Delgado, Maria Manuela (1983). Relatório das escavações realizadas na rua

da senhora do Leite, Braga. Gaspar, Alexandra (1985). Escavações arqueológicas na rua de N.ª S.ª do Leite, em Braga,

Cadernos de Arqueologia, Série II, volume 2, Braga, pp 53-126. 3. Parte gráfica 3.1 Localização da canalização

Figura 612 Localização da estrutura H [Sector A Zona 4] (UAUM).

Ficha nº 109

3.2 Os desenhos

Plano

Figura 613 Plano da estrutura H [Sector A Zona 4]

(UAUM).

3.3 Fotografia

Figura 616 Fotografia da canalização (Estrutura H).

Secção

Figura 614 Secção da canalização.

Croqui

Figura 615 Croqui da canalização (Estrutura H).

Apêndice II

Mapa com os sítios arqueológicos estudados

Apêndice II

Sistemas de abastecimento e drenagem de água a Bracara Augusta: aquedutos, canalizações e cloacas.

Mapa com os sítios arqueológicos estudados no presente relatório. 2 Arqueossítios estudados UAUM (Eng. Natália Botica)

Apêndice III

Elementos arquitetónicos hidráulicos exumados em diversas

escavações arqueológicas

Apêndice III

Elemento nº 1

Silhar de sifão proveniente das escavações do Ex Albergue distrital (pormenor de encaixe)

Foto do orifício do silhar de sifão (UAUM)

Pequeno orifício do silhar de sifão

Desenho de uma secção do silhar de sifão

Desenho em secção do silhar de sifão, com o

pormenor do orifício.

Elemento nº 2

Desenho em plano do elemento.

Fotografia em plano do elemento

Desenho de uma das secções do elemento

Desenho de uma das secções do elemento, com a

representação dos dois orifícios

Vista de Perfil a)

Vista de perfil do elemento n.º2.

Vista de perfil b)

Vista de perfil do elemento n.º2, com a hipotética reconstituição.

Elemento nº 3

Fotografia em plano do elemento n.º 3

Vista em plano do elemento n.º 3

Vista em perfil do elemento n.º3, lado A Fotografia em perfil do elemento n.º3, lado A.

Vista em perfil do elemento n.º 3 (lado B)

Vista em secção do elemento n.º 3.

Vista em secção do elemento n.º 3, com o pormenor

dos orifícios

Elemento nº 4

Desenho de perfil do elemento n.º 4 (lado A)

Desenho de perfil do elemento n.º 4 (lado B)

Fotografia do elemento n.º 4.

Secção do elemento nº4

Secção do elemento nº 4

Apêndice IV

Marcas nominais e sinais identificados em Braga.

Apêndice IV Marcas nominais e sinais identificados em Braga (Morais, 2005: Estampa XL)

Desta tabela sinóptica elaborada pelo Doutor Rui Morais foi possível exumar as seguintes

marcas nas estruturas hidráulicas de Bracara Augusta:

Ficha nº15 Alb UE759 Quadro III marca nº 46a

Ficha nº 21 Sat UE670 Quadro II, marca nº 114 (6) Quadro I, marca nº 40 (2) Quadro Ib, marca nº 18 (2)

Ficha nº 52 T98 Canalização I Quadro I, marca nº 7 (1) Quadro II, marca nº 129 (1)

Ficha nº 69 UM05 UE003 Quadro III, marca nº 19 (77) Quadro III, marca, nº 106 (14) Quadro Ib, marca nº 1 (18)

Ficha nº 81 CVL88 UE133 Quadro II, marca nº 59 (1)

Apêndice V

Carta Militar de Portugal 1/25 mil, folhas 56 e70, com a

localização do possível traçado do aqueduto até à cidade.

Apêndice V

Sistemas de abastecimento e drenagem de água a Bracara Augusta: aquedutos, canalizações e cloacas.

Carta Militar de Portugal 1/25 mil, folhas 56 e70, com a localização do

possível traçado do aqueduto até à cidade. 5

Provável percurso Provável zona de captação

UAUM