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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: A LEITURA ATRAVÉS DOS CONTOS DE FADAS

Autor LENI DIAS MENDONÇA DE PAULA

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL ULYSSES GUIMARÃES

Município da escola Foz do Iguaçu

N R E Foz do Iguaçu

Orientador Profª MS. DEISE DA SILVA GUTTIERREZ

I E S UNIOESTE

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica

UNIDADE DIDÁTICA

Relação Interdisciplinar ARTES

Público Alvo

5ª Série do Ensino Fundamental

Localização COLÉGIO ESTADUAL ULYSSES GUIMARÃES

Apresentação:

Palavras-chave

Este Projeto de Intervenção terá como público alvo alunos de 5ª série (6º ano) do Ensino Fundamental. Neste grupo de alunos, que estão na faixa etária entre 10 e 11 anos, pretende-se aplicar algumas estratégias de incentivo à leitura, justamente neste período em que a criança traz o lúdico dentro de si, priorizar-se-á o trabalho com o gênero Contos de Fadas. Com o objetivo de desenvolver o gosto pela prática contínua da leitura por meio dos Contos de Fadas;

Para entender melhor a necessidade da aplicação deste Projeto de Intervenção se faz necessário conhecer o grupo de alunos e sua realidade. A maioria da turma provém dos bairros que circundam a escola. Sendo esta região de população com situação financeira precária, com grande parte vivendo na informalidade e, com pouco acesso a livros, revistas e jornais. Por essa razão o incentivo à leitura não é prioridade da família, ficando para a escola toda função de ensinar e incentivar à leitura. Embasados nessa realidade temos por objetivo na aplicação deste Projeto de Intervenção ofertar leituras, no caso Contos de Fadas, que associam o lúdico e a fantasia e instiguem a busca por novas leituras.

Leitura. Gênero. Conto de Fadas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU

LENI DIAS MENDONÇA DE PAULA

UNIDADE DIDÁTICA:

A LEITURA ATRAVÉS DOS CONTOS DE FADAS

Produção didático-pedagógica constituída na forma de uma

unidade didática, apresentada como um dos requisitos do PDE

- Programa de Desenvolvimento Educacional 2010/2011,

segundo período do Plano Integrado de Formação Continuada.

Orientadora: Profa.MS. Deise da Silva Guttierres

(UNIOESTE – Foz do Iguaçu/PR)

FOZ DO IGUAÇU, AGOSTO DE 2011

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SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................04

2 TEMA.......................................................................................................................04

3 JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO ............................................................04

4 OBJETIVOS...........................................................................................................06

5 UNIDADE DIDÁTICA...............................................................................................07

ATIVIDADE I – APRESENTAÇÃO DO PROJETO..........................................08

ATIVIDADE 2 – PESQUISA SOBRE O GÊNERO..........................................09

ATIVIDADE 3 – LEITURA DE DIVERSOS CONTOS.....................................12

ATIVIDADE 4 – UMA HISTÓRIA, VÁRIAS VERSÕES...................................13

ATIVIDADE 5 – CONTO E BIOGRAFIA DE RICARDO AZEVEDO................14

ATIVIDADE 6 – RELEITURA DOS CONTOS A PARTIR DO FILME SHREK.15

6 AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO................................................................ 17

7 REFERÊNCIAS.......................................................................................................18

8 ANEXOS..................................................................................................................20

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Leni Dias Mendonça de Paula

Área: Língua Portuguesa

NRE: Foz do Iguaçu

Professora Orientadora IES: Profa. MS. Deise da Silva Guttierres

IES vinculada: UNIOESTE – Foz do Iguaçu

Escola de Implementação: Colégio Estadual Ulysses Guimarães

Público objeto da intervenção: 5ª Série – Ensino Fundamental

2 TEMA

Ensino e Aprendizagem de leitura: a leitura através dos contos de fadas.

3 JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO

Sabendo que a leitura vai além da simples decodificação mecânica que não

é só transformar o símbolo escrito em outro sonoro, busca-se trabalhar o texto de

forma que este seja uma aventura. Deixando assim de ser algo mecânico,

sincronizado, executado da mesma maneira de ano pra ano.

Essa teoria interacionista está refletida nos PCNs quando diz que:

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de

compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu

conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que se sabe sobre

linguagem, etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por

letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias

de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é

possível proficiência (PCN – Língua Portuguesa, 1998, p.69.)

Dessa maneira esse leitor não deve ser passivo, mas capaz de ler as

entrelinhas do que está escrito. Ele precisa de estratégias para compreender o que

lê, pois, o interesse pode ser suscitado no aluno quando o professor mostra a leitura

de forma animada, interessante e o instiga a explorá-la.

Por que os Contos de Fadas? Porque é nos Contos de Fadas que se encontra

a magia, a fantasia que a criança ainda tem dentro de si. Esses contos Incentivam a

criança a desenvolver a imaginação e a organizar a sua realidade por meio da

fantasia. Pois, “através da vivência de situações mágicas, a criança resolve seus

conflitos e adapta-se melhor ao mundo em que vive”. (AGUIAR, 1988, p. 98)

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O interesse dos alunos deve ser alimentado para que seja estimulada a leitura

extensiva e frequente sempre oferecendo títulos novos, pois para Filipouski (1988,

p.119) “... a frequência com trabalhos em torno de leituras feitas deve ser bastante

grande, uma vez que dedicar horário de aula para trabalhos com leitura é uma forte

evidência de que ler é importante.” Sendo assim, a motivação deve ser permanente

e as estratégias de trabalho bem elaboradas. Ela também desenvolve ainda uma

estratégia que propõe o trabalho com o Conto de Fadas em três etapas: Sendo a

primeira: o elemento maravilhoso nos contos de fadas; a segunda etapa:

personagens e sequência da narrativa nos contos de fadas; e na terceira etapa

ampliação da experiência de leitura que compreende em o professor apresentar

outros textos que constituam em contos modernos e lança estímulos para sua

leitura.

Entendendo que no cotidiano de cada criança está a fantasia e que a

imaginação é uma forma de recriar a realidade.

Segundo Abramovich:

... é só estarmos atentos ao nosso processo pessoal, as nossas relações

com os outros e com o mundo, à nossa memória e aos nossos projetos,

para compreender que a fantasia é uma das formas de ler, de perceber, de

detalhar, de relacionar, de sentir... o quanto a realidade é um impulsionador

(e dos bons!!!) para desencadear nossas fantasias. (1997, p.138).

O público alvo em que será implementado este Projeto de Intervenção é a 5ª

série do Ensino Fundamental. Alunos, que estão na faixa etária entre 10 e 11 anos.

Neste período em que a criança ainda traz o lúdico dentro de si ofertar leituras, no

caso, Conto de Fadas, que associam o lúdico e a fantasia e instiguem a busca por

novas leituras.

Baseando-se em Aguiar (1988, p.97) esta é a terceira fase da leitura que

compreende “O estágio da leitura interpretativa, dos oito aos onze anos é aquele em

que a criança adquire fluência no ato de ler e evolui da simples compreensão

imediata à interpretação das ideias do texto”. A leitura indicada nesta fase é aquela

com textos curtos como os contos de fadas. Neste gênero o heroi passa por todos

os obstáculos, enfrenta problemas, busca soluções, brinca e luta com a fantasia.

Essa mensagem que a vida tem dificuldades, problemas e lutas assemelham-se

muito a realidade dessas crianças, que muitas vezes, buscam no conto de fadas a

própria história identificando-se com esse tipo de leitura.

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Neste contexto Gagliardi & Amaral (2001, p.18.) acrescentam que "os contos

de fadas trazem a magia que alimentam a imaginação, ajuda a encarar os

problemas da vida, a enfrentar desafios e, por inúmeras vezes até nos trazem

esperanças de dias melhores.”. Esta faixa etária também tem um perfil para leituras

de textos de aventura, mais uma razão para a aplicação deste Projeto de

Intervenção.

As Diretrizes Curriculares também apontam para a necessidade de escolhas de

leituras de acordo com a faixa etária e interesse dos alunos. Desta forma, cabe aos

professores, buscarem estratégias de atuação de ofertas de leituras que brinquem

com o imaginário, que explorem a fantasia. O educador pode percorrer os contos

tradicionais, fazendo uma mescla entre os contos modernos, propondo releituras,

introduzindo assim a criança no universo da Literatura de modo lúdico e gradual,

desmitificando a ideia de que a leitura é chata e cansativa.

Sabemos que o ato de ler, na criança, inicialmente se desenvolve a partir do

prazer, pelo gosto por aquilo que se lê. Entretanto, o saber ler implica muito mais

que o decodificar de letras e frases. É necessário mostrar que a leitura vai além do

que aparece escrito no texto. Há mensagens nos contos de fadas que podem ser

contextualizadas com problemas e situações presentes no cotidiano. Como diz Solé

(1998, p.36.) “é preciso fomentar estratégias de compreensão – ativar o

conhecimento prévio relevante, estabelecer objetivos de leitura, esclarecer dúvidas,

prever, estabelecer inferências, autoquestionar, resumir, sintetizar etc.”

Este trabalho pretende buscar alternativas para desenvolver a leitura através

de estratégias que vão além da decodificação que resulta em uma atividade pouca

motivadora, pois se faz necessário motivar e manter o interesse na leitura.

4 OBJETIVOS

Desenvolver o gosto pela prática contínua da leitura por meio dos Contos de

Fadas.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Instigar no aluno, por meio do gênero: conto de fadas, o prazer de ler

criando condições para que ele desenvolva autonomia enquanto leitor;

Envolver o aluno na prática de leitura e interpretação de diferentes

textos deste gênero;

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Desenvolver a prática de leitura de contos variados, trabalhando a

oralidade;

Desenvolver o espírito de observação, de crítica com os contos

contemporâneos que questionam a ordem estabelecida, procurando

assim novas soluções.

5 UNIDADE DIDÁTICA

Caro professor, as atividades a seguir fazem parte de uma Unidade Didática

sobre o gênero textual Conto de Fadas que será utilizada na implementação do

Projeto de Intervenção: “O incentivo da Leitura através dos Contos de Fadas”

que terá como público alvo a turma de 5ª série (6ºano) do Ensino fundamental do

Colégio Estadual Ulysses Guimarães.

Estas atividades poderão ser utilizadas em outras situações, nas quais você

poderá fazer suas adaptações.

Nesta Unidade Didática apresentaremos várias sugestões de atividades,

entretanto, não se tem a pretensão de trabalhar a fundo o gênero como estrutura,

mas utilizá-lo com a finalidade de incentivo à Leitura.

As atividades são disponibilizadas com um TEMPO previsto que pode variar

de acordo com a turma e sua história de leitura. Além dos RECURSOS que você

precisará para elaborar a aula e também a AVALIAÇÃO, que é passível de

adaptação.

Em anexo, encontram-se os seguintes materiais:

Textos propostos para leitura do professor;

Textos para atividades complementares dos alunos.

UNIDADE DIDÁTICA

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: “A LEITURA ATRAVÉS DOS CONTOS

DE FADA”

Para começarmos este trabalho é importante que você, professor, reavive sua

a memória sobre a origem, as características e a estrutura dos contos de fadas. Em

anexo temos um resumo deste conteúdo. Caso queira aprofundar-se, visite os sites

abaixo:

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SITES:

CONTO DE FADAS:

www.graudez.com.br/litinf/textos.htm#Fadas.wikipedia.org/wiki/Categoria:Co

ntos_de_fada –

CHARLES PERRAULT:

: http://www.graudez.com.br/litinf/autores/perrault/perrault.htm

IRMÃOS GRIMM:

http://www.graudez.com.br/litinf/autores/grimm/grimm.htm

ANDERSEN:

http://www.graudez.com.br/litinf/autores/andersen/andersen.htm

ATIVIDADE I: APRESENTAÇÃO DO PROJETO

TEMPO: 3 AULAS

RECURSOS: TV pendrive, filme, quadro negro, recortes, lápis de cor, cola, livros

AVALIAÇÃO: Participação dos alunos e produção de texto

Estas primeiras aulas serão de apresentação do projeto. O professor deverá

ressaltar a importância da leitura. Mostrando o quanto o livro pode despertar a

imaginação e construir significados. Convide-os a participar ativamente das

atividades propostas, desafiando-os a ler mais e a dar sentido à leitura.

Para incentivá-los a fazer uma leitura mais significativa sugiro a você, professor, que:

Neste filme “Mo” é um língua encantada: é capaz de trazer os personagens à

vida quando lê em voz alta.

Assista com os alunos ao filme “Coração de Tinta – O

Livro Mágico”.

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Depois de assistir ao filme e conversar a respeito da importância da leitura,

oriente os alunos para que reescrevam e ilustrem (com colagem ou outros recursos)

a cena que consideraram mais emocionante.

A seguir, apresente a seus alunos os contos de fadas mais conhecidos. Traga

também outros contos, além dos tradicionalmente apresentados. (Ver sugestões em

anexo)

Ao fim desta atividade, proponha aos seus alunos que conversem com os

pais a respeito das histórias de fada que ouviam de seus avôs. Caso os pais não

souberem de nenhuma história, recorra a outras pessoas e por fim a uma pesquisa.

Peça que reescrevam a história contada:

ATIVIDADE 2: PESQUISA SOBRE O GÊNERO

TEMPO: 2 AULAS

RECURSOS: TV pendrive, laboratório de informática, biblioteca

AVALIAÇÃO: Participação nas atividades, apresentação do trabalho de pesquisa

PESQUISA SOBRE O GÊNERO

Reconhecimento do gênero e de seus autores:

Propomos ao professor que apresente oralmente um conto de fadas para a

turma, com a finalidade implícita de resgatar o fato de que os mesmos pertencem

originalmente à oralidade.

Em seguida, incentive os alunos a comentar sobre as histórias contadas/ lidas

na atividade anterior. Liste no quadro os títulos das histórias (possivelmente

aparecerão vários dos contos de fadas mais conhecidos).

Proponha à turma uma pesquisa sobre o gênero: Conto de Fadas e seus

principais autores (a pesquisa poderá ser feita na biblioteca ou no laboratório de

informática, previamente preparada pelo professor).

Frise que o alvo da pesquisa será:

O que é conto de fada?

Quem são os três principais autores dos Contos de Fadas?

Solicite que façam leitura da biografia dos autores.

Depois da pesquisa, faça atividade seguinte:

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VVAAMMOOSS RREELLEEMMBBRRAARR AASS VVEELLHHAASS HHIISSTTÓÓRRIIAASS::

a) Quem dormia no borralho?

b) Quem desobedeceu à mãe e conversou com estranho na floresta?

c) Quem conviveu com os sete anões?

d) Quem foi salva pelo príncipe depois de permanecer 100 anos presa numa

torre?

COM BASE EM SUA PESQUISA, RESPONDA:

a) Que tipo de personagens sempre aparece nos contos de fadas?

b) Como se iniciam e como terminam os contos de fadas?

c) Como eram repassadas as histórias dos contos de fadas antigamente?

d) Cite o nome de alguns escritores de contos de fadas:

LEIA OS TEXTOS SEGUINTES E ASSINALE O TRECHO QUE

CORRESPONDE A UM CONTO DE FADAS.

A) ( )

“Um dia, depois da aula, a gente se trancou no quartinho dos fundos lá de casa.

Eu já tinha arranjado um montão de papel e uma máquina de escrever.

- Eu já tenho o título! – eu disse para o Pedro. – Bai-bai!

- que título é esse?

- Ué – eu disse -, não tem aquele livro que se chama Tchau?

- por isso mesmo é que não é legal! Você me desculpe, mas pra escrever um livro

que já existe é melhor comprar um pronto.”

(Rocha, Ruth. O mistério do caderninho preto. 9ª edição, Ática, São Paulo, 1988.P. 10)

B) ( )

“Era uma vez uma pobre viúva que tinha apenas um filho chamado João, e uma

vaca chamada Branca Leitosa... Uma manhã, porém, Branca Leitosa não deu leite

nenhum, e os dois não sabiam o que fazer... João mostrou à mãe a harpa dourada

e assim, exibindo a harpa e vendendo ovos de ouro, ele e sua mãe ficaram muito

ricos, tanto que ele se casou com uma magnífica princesa, e todos viveram felizes

para sempre.”

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C) ( )

“Um Cão levava na boca um pedaço de carne, passava com ela um rio, e vendo

no fundo da água a sombra da carne maior, soltou a que levava nos dentes, por

tomar a que via dentro na água. Porém como o rio levou para baixo com sua

corrente a verdadeira, levou também a sombra e ficou o Cão sem uma e sem

outra.”

Moral: Quem muito quer nada tem.

AGORA QUE VOCÊ JÁ PESQUISOU SOBRE OS CONTOS DE FADAS,

RESPONDA O QUE VEM A SER UM CONTO DE FADAS? PARA ISSO,

CONSTRUA UM TEXTO COM BASE NAS QUESTÕES A SEGUIR:

Como eram contadas as histórias de fadas?

Quem eram os principais personagens?

Como se iniciavam e terminavam os contos de fadas?

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LEITURAS DE DIVERSOS CONTOS

Agora que os alunos já sabem um pouco mais sobre o gênero é hora de levar

vários contos para que eles façam a leitura. Seria interessante que cada aluno

estivesse com um livro ou com a cópia de um conto para a leitura e que fosse

incentivada a leitura silenciosa.

Professor, aproveite para observar a concentração de seus alunos e quando

todos já estiverem lendo, você também deve ler, mostrando que o momento é de

leitura para todos.

Depois da leitura, trabalhar com os alunos:

1) O contexto de produção, valorizando a autoria dos textos:

Quem é o autor do conto de fadas que você acabou de ler?

O que você já sabe sobre esse autor?

Onde e quando ele foi publicado?

2) Decodificação e interpretação:

Quais são os personagens deste Conto de Fadas?

Em que lugar se desenvolve a história?

Quais são as principais características de cada personagem?

3) Eleja alguns contos para confeccionar um mural na sala de aula. Aproveite

restos de revistas, jornais, papéis coloridos, etc.

Professor, esta atividade poderá ser feita em parceria com o professor de

Artes.

ATIVIDADE 3:LEITURA DE DIVERSOS CONTOS

TEMPO: 2 AULAS

RECURSOS: Livros, quadro negro

AVALIAÇÃO: Leitura, participação nas atividades, confecção do mural.

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ATIVIDADE 4: UMA HISTÓRIA, VÁRIAS VERSÕES

TEMPO: 3 AULAS

RECURSOS: Livros

AVALIAÇÃO: Participação dos alunos nas atividades.

UMA HISTÓRIA, VÁRIAS VERSÕES

Trazer para sala de aula duas versões diferentes de Chapeuzinho Vermelho

(ver anexo). Com certeza, os alunos já conhecem a história da Chapeuzinho

Vermelho. Faça a leitura das duas versões dessa mesma história. Solicite aos

alunos que prestem atenção e anotem as diferenças e semelhanças desse conto.

Professor inicie a aula fazendo a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho

de Charles Perrault, em seguida, realize alguns questionamentos:

Vocês já conheciam essa versão da história?

Como ela começa? Como termina?

Quais são os personagens?

À medida que, as crianças forem respondendo, o professor registra no

quadro essas respostas para que sejam retomadas após a leitura da segunda

versão da história.

Depois de feito esse trabalho, faça também, a leitura da versão de

Chapeuzinho Vermelho dos irmãos Grimm.

AGORA QUE VOCÊ JÁ LEU AS DUAS VERSÕES DE CHAPEUZINHO

VERMELHO, RESPONDA:

Mostre uma diferença entre elas.

As recomendações da mãe no início da história são diferentes nas duas

versões?

O que acontece no primeiro encontro entre a menina e o lobo numa versão e

em outra? Como é o diálogo entre eles em cada uma das versões?

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Vamos comparar as diferentes descrições sobre a localização da casa da

vovó na primeira e na segunda versão?

Qual seria a intenção do lobo quando ele chama à atenção de Chapeuzinho

dizendo “Chapeuzinho, notou que há lindas flores por toda parte? Por que

não para e olha um pouco para elas?”?

O lobo engana Chapeuzinho Vermelho e chega antes dela à casa da vovó.

O que diz a ela para enganá-la em cada versão?

O que fez Chapeuzinho perceber que a avó estava diferente?

Com quem poderíamos relacionar a Chapeuzinho hoje?

E o lobo, quem seria?

ATIVIDADE 5: CONTO E BIOGRAFIA DE RICARDO AZEVEDO

TEMPO: 2 AULAS

RECURSOS: Xerox do conto; Pesquisa laboratório de informática; livros de

Ricardo Azevedo

AVALIAÇÃO: Participação nas atividades, produção de texto, confecção do mural

Professor, nesta atividade propõe-se a leitura de “O príncipe encantado

no reino da escuridão”, uma história popular da tradição oral que foi recontada

por Ricardo Azevedo em seu livro “No meio da noite escura tem um pé de

maravilha!”.

Faça a leitura, com seus alunos, da Biografia de Ricardo Azevedo.

(Fragmento do conto e Biografia do autor, em anexo)

Fale para os alunos que o conto “O príncipe encantado no reino da

escuridão”, é um texto de Ricardo Azevedo, que se trata de uma história popular

que atravessou séculos, que foi recontada pelo escritor o qual já publicou vários

livros, resgatando as mais belas histórias de nosso folclore.

Recorte o conto em sete partes e embaralhe.

Trabalhe em duplas de alunos.

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Solicite que leiam e montem numa ordem compreensível.

Dê um tempo aos seus alunos e peça a um aluno para que leia para a

turma a sua montagem do conto.

Por fim, faça a do conto original, se for necessária.

. Após a leitura, questione-os oralmente:

Já ouviram essa história?

Como começa e como termina a história?

Essa história lembra qual conto de fadas? Por quê?

Ilustrem a parte da história que achou mais emocionante.

Professor, esta atividade permite ao aluno perceber que temos muitas

histórias em que as situações se repetem com algumas alterações. Explique que a

leitura dos contos de fadas não se esgota, pois ainda hoje as histórias são

resgatadas e reescritas, como fez Ricardo Azevedo e também outros autores.

Também são recontadas em filmes e em musica is. Sugira a leitura de outras

obras e contos de encantamento.

ATIVIDADE 6: RELEITURA DOS CONTOS A PARTIR DO FILME SHREK

TEMPO: 3 AULAS

RECURSOS: Filme Shrek, para sempre.

AVALIAÇÃO: Participação nas atividades

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Professor, nesta atividade propõe-se uma releitura dos contos a partir do

filme. Antes de assistir ao filme converse com seus alunos sobre algumas

características. Peça a eles que:

Observem a situação inicial: uma situação de tranquilidade, que é

interrompida por um problema, que vai desencadear o resto da história.

Veja que o tempo e o local nos contos/filme são vagos, indefinidos: ”Tão,

Tão distante” fica onde? Em que época se passa a história?

Há herois e vilões: os herois, protagonista, com boas qualidades e os vilões,

antagonistas, com más qualidades. Todo heroi/heroína deve enfrentar um vilão

e vencê-lo.

O elemento mágico está sempre presente: quando o heroi/heroína está em

perigo, não suportando mais seus problemas, aparece um ser ou um objeto

mágico para resolver tudo.

Há um final feliz: quando a paz e a tranquilidade inicial é restabelecida e

tudo termina bem.

Depois de assistir ao filme, peça que identifiquem os contos de fadas

citados no filme e sua opinião a respeito da história.

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AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO NA CONCEPÇÃO DO

PROFESSOR QUE FEZ USO DO MESMO:

Avalie o material didático utilizado nesta implementação, utilizando os códigos

abaixo:

1- NECESSITA COMPLEMENTAÇÃO

2- REGULAR

3- SATISFATÓRIO

4- ÓTIMO

a) Quanto a sua relevância no incentivo à leitura. ( )

b) Quanto à fundamentação teórica.( )

c) Quanto à aceitação dos alunos. ( )

d) Quanto ao entendimento das instruções para o professor. ( )

e) Quanto às atividades propostas. ( )

Contribua com sugestões ou críticas para a complementação deste material:

........................................................................................................................................

....................................................................................................................................

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7 REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e bobices. Editora Scipione

5ª edição, São Paulo, 2009

AGUIAR, Vera Teixeira de. Leituras para o 1º grau: critérios de seleção e

sugestões, – in: Leitura em Crise na Escola: As Alternativas do Professor –

Mercado Aberto, Porto Alegre, 1988.

AZEVEDO, Ricardo. No meio da noite escura tem um pé de maravilha!.1ª edição,

Ática, São Paulo, 2002.

BAMBERGER, Richard. Como Incentivar o Hábito de Leitura. 7ª edição, Ática,

São Paulo, 2000.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do Ensino

Fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

FILIPOUSKI, Ana Mariza. Atividades com textos em sala de aula – in: Leitura em

Crise na Escola: As Alternativas do Professor. Mercado Aberto, Porto Alegre,

1988.

GAGLIARDI, Eliana. Heloisa Amaral. Trabalhando com os gêneros do discurso:

Conto de fadas. FTD, São Paulo 2001.

LAJOLO, Marisa. Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. 6ª edição, Ática,

São Paulo, 2006.

ROCHA, Ruth.O mistério do caderninho preto. 9ª edição, Ática, São Paulo, 1988

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Trad.Claudia Schilling – 6ª edição, Artmed,.

Porto Alegre; 1988.

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ZILBERMAN, Regina. Leitura Perspectivas Interdisciplinares. (org.) Ezequiel

Theodoro da Silva, 5ª edição, Ática, São Paulo 2005.

_______. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 9ª edição.

[por] Vera Teixeira de Aguiar [e outros]. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1988.

Sites pesquisados:

http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/infantil/esopo2.htm#cao2

http://www.graudez.com.br/litinf/textos.htm#Fadas

http://www.graudez.com.br/litinf/autores/

www.wikipedia.org/wiki/Categoria:Contosdefadas

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8 ANEXOS

ANEXO 1 – CONTOS DE FADAS: DEFINIÇÃO, ESTRUTURA E ORIGEM

CONTOS DE FADAS

DEFINIÇÃO

Contos de fadas são histórias muito antigas que eram transmitidas oralmente

onde o heroi enfrenta obstáculos e, por algum tipo de magia triunfa contra seus

inimigos, vencendo todos os obstáculos.

Os contos de fadas são narrativas que apresentam uma situação inicial tranquila

que se desenvolve para um conflito, onde aparece diversas situações perigosas,

cheias de obstáculos e que o elemento magia consegue trazer a ordem e a

tranquilidade inicial com o bem vencendo o mal e a promessa de um “feliz para

sempre”.

Estrutura básica dos Contos de Fadas

Início - nele aparece o heroi (ou heroína) e sua dificuldade ou restrição.

Problemas vinculados à realidade, como estados de carência, penúria, conflitos,

etc., que desequilibram a tranqüilidade inicial;

Ruptura - é quando o heroi se desliga de sua vida concreta, sai da proteção e

mergulha no completo desconhecido;

Confronto e superação de obstáculos e perigos - busca de soluções no plano da

fantasia com a introdução de elementos imaginários;

Restauração - início do processo de descobrir o novo, possibilidades,

potencialidades e polaridades opostas;

Desfecho - volta à realidade. União dos opostos, germinação, florescimento,

colheita e transcendência.

Origem dos Contos de Fadas

Os contos de fadas, inicialmente, não foram escritos para crianças. Em sua forma

original, esses textos, eram contados para adultos e não transmitiam ensinamentos

morais. Esses contos estavam repletos de incesto, de adultério, de canibalismo e de

mortes hediondas. As versões infantis, devidamente suavizadas, teriam nascido na

França do século XVII, pelas mãos de Charles Perrault. Os folcloristas Jacob e Wilhelm

Grimm, mais de 100 anos após Perrault ter publicado as histórias da Mãe Gansa,

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efetuaram um trabalho de coleta de antigas narrativas. Na tradição oral, as histórias

compiladas eram destinadas aos adultos. Foi os Irmãos Grimm que as adaptaram às

crianças por sua temática mágica e maravilhosa. O título escolhido para a coletânea

"Histórias das crianças e do lar" já evidencia uma proposta educativa. Alguns temas

considerados mais cruéis ou imorais foram excluídos.

No Brasil e em Portugal, os contos de fadas como são conhecidos hoje surgiram

no final do século XIX sob o nome de Contos da Carochinha.

De acordo com Coelho (2000.p.175), os primeiros registros dos contos de fadas

teriam surgido entre os celtas.

A essa origem céltica, é atribuído o fundo de maravilhoso, de estranha fantasia,

imaginação e encantamento que caracteriza as novelas de cavalaria do ciclo

bretão (ciclo do Rei Artur e seus cavaleiros da Távola Redonda e sua Dama

Ginevra). Foi, pois, nas novelas de cavalaria que as fadas teriam surgido como

personagens, representando forças psíquicas ou metafísicas.

As fadas com o tempo deixaram de representar forças psíquicas ou metafísicas

e só mantiveram seu poder de magia. O termo fada vem do latim “fatum” que é destino.

A fada é uma personagem que atravessa o tempo exercendo seu fascínio sobre

homens e crianças. A mais antiga menção sobre fadas é creditada a Pomponius Mela

(geógrafo que viveu no século I de nossa era). Este afirmou:

...que existia na Ilha do Sena, nove virgens dotadas de poder sobrenatural,

meio ondinas (gênios da água) e meio profetisas, que com suas invocações e

cantos imperavam sobre o vento e o oceano Atlântico. Assumiam diversas

encarnações, curavam os enfermos e protegiam os navegantes. (COELHO,

2000, P. 173. apud Mantovani, 1974).

As fadas são seres imaginários, com características positivas e com poder sobre

o destino dos homens e assim poderiam ajudá-los em situações difíceis. Elas são

retratos da beleza, do carinho, da singeleza e da bondade. Nas histórias infantis sua

missão é ajudar, resolver num passe de mágica o conflito existente. Como por

exemplo, transformar abóbora em carruagem, camundongos em cavalos, lagartos em

lacaios, trapo, em um maravilhoso vestido de baile e tudo isso com apenas um toque

da varinha de condão

Lembrando que o prazer de ler/reler os contos de fadas renova-se sempre e o

fascínio continua, embora conhecendo e sabendo os acontecimentos há sempre uma

expectativa, uma torcida para que os herois vençam os vilões.

Fonte: http://www.graudez.com.br/litinf/textos.htm#Fadas

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Anexo 2

Conto: Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho Vermelho é uma das narrativas de referência entre os clássicos

infantis. Sua primeira publicação data 1697, pelo escritor francês Charles Perrault.

Desde então, o conto é apresentado em diferentes versões, traduções e adaptações.

Uma das versões mais conhecidas e traduzidas, inclusive para o português, foi escrita

em 1812, pelos Irmãos Grimm.

Texto I – ADAPTAÇÃO: DE CHARLES PERRAULT

CHAPEUZINHO VERMELHO

Havia, numa cidadezinha, uma menina que todos achavam muito meiga e

bonita. Sua avó era doida por ela e lhe mandou fazer um pequeno capuz vermelho

que a menina gostou muito. Por causa dele, ela ficou sendo chamada, em toda parte,

de Chapeuzinho Vermelho.

Um dia em que sua mãe tinha preparado uns doces e pães, disse para ela:

– Vai ver como está passando tua avó, pois eu soube que ela anda doente.

Leva esses pães e um potezinho de manteiga.

Chapeuzinho Vermelho saiu em seguida para ir visitar sua avó que morava em

outra cidadezinha.

Quando atravessava o bosque, ela encontrou o Lobo que logo teve vontade de

comer a menina. Mas não teve coragem por causa de uns lenhadores que estavam na

floresta.

O Lobo perguntou aonde ela ia. A ingênua, que não sabia como é arriscado

parar para escutar um Lobo, disse para ele:

– Eu vou ver minha avó e levar para ela essa cesta de quitutes que minha mãe

está mandando.

– Ela mora muito longe? – perguntou o Lobo.

– Oh! Sim, – respondeu Chapeuzinho Vermelho. – É além daquele moinho que

você está vendo bem lá embaixo. É a primeira casa da cidadezinha.

– Pois bem, – disse o Lobo, – eu também quero ir ver sua avó. Eu vou por este

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caminho daqui e você vai por aquele de lá. Vamos ver quem chega primeiro.

O Lobo pôs-se a correr o mais que podia pelo caminho mais curto. A menina foi

pelo caminho mais longo, distraindo-se, correndo atrás das borboletas e fazendo

ramalhetes com as florzinhas que encontrava.

O Lobo não levou muito tempo para chegar à casa da avó. Bateu na porta: toc,

toc.

– Quem está aí?

– É sua neta, Chapeuzinho Vermelho – disse o Lobo, mudando a voz. Eu lhe

trago uns pães e um potezinho de manteiga que mamãe mandou.

A bondosa avó, que estava na cama porque não passava muito bem, gritou:

– Puxe a tranca que o ferrolho cairá.

O Lobo puxou a tranca e a porta se abriu. Ele pulou sobre a pobre mulher e

devorou-a num instante, pois estava faminto. Em seguida, fechou a porta e foi se

deitar na cama da avó. Ficou esperando Chapeuzinho Vermelho que, um pouco

depois, bateu na porta: toc, toc.

– Quem está aí?

Chapeuzinho Vermelho, ao escutar a voz grossa do Lobo, teve medo, mas

pensando que a voz de sua avó estava diferente por causa do resfriado, respondeu:

– É sua neta, Chapeuzinho Vermelho, que traz uns pães e um potezinho de

manteiga que mamãe mandou.

O Lobo gritou para ela, suavizando um pouco a voz:

– Puxe a tranca que o ferrolho cairá.

Chapeuzinho Vermelho puxou a tranca e a porta se abriu.

O Lobo, vendo que ela tinha entrado, escondeu-se na cama, debaixo da

coberta, e falou:

– Ponha o pão e o potezinho de manteiga sobre a caixa e venha se deitar

comigo.

Chapeuzinho Vermelho tirou o vestido e foi para a cama, ficando espantada de

ver a figura de sua avó de camisola. Disse para ela:

– Minha avó, como você tem braços grandes!

– É pra te abraçar melhor, minha filha.

– Minha avó, como você tem pernas grandes!

– É pra correr melhor, minha menina.

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– Minha avó, como você tem orelhas grandes!

– É pra escutar melhor, minha menina.

– Minha avó, como você tem olhos grandes!

– É pra ver melhor minha menina.

– Minha avó, como você tem dentes grandes!

– É pra te comer.

E dizendo estas palavras, o Lobo saltou pra cima de Chapeuzinho Vermelho e

a devorou.

MORAL

Vimos que a meninas,

Principalmente as mocinhas,

Belas, jeitosas e finas,

Não devem a qualquer um escutar

Qualquer tipo de gente,

Assim, não será de estranhar

Que, por isso, o lobo as devore.

Eu digo o lobo porque todos os lobos

Não são do mesmo tipo.

Existe um que é manhoso

Simpático, sem fel, sem furor.

Fazendo-se de doce, prestativo e bajulador,

Acompanha as jovens moças

Até em suas casas

Mais ai! Esses lobos gentis e simpáticos

De todos eles, são os mais perigosos.

Ana Luiza de Paula - adaptação de Charles Perrault

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Texto I I - ADAPTAÇÃO: IRMÃOS GRIMM

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez, uma menininha muito meiga, que todos gostavam, entre esses

sua avó, que tinha muito apego a neta, em certa ocasião deu para ela um capuz

vermelho. A menina gostou tanto e usava o capuz todo o tempo e passou a ser

chamada por Chapeuzinho Vermelho

Certo dia quando estava brincando, sua mãe pediu que fosse até a casa da

avó, que estava doente e muito fraca, para lhe entregar alguns doces e biscoitos que

sua avó amava. A mãe também deu um aviso à filha para que ela não falasse com

estranhos e que tomasse cuidado com o caminho que era muito perigoso.

Chapeuzinho pegou rapidamente a cesta com doces e foi cantarolando e

rodopiando pelo caminho da casa da vovó, que ficava no meio de uma floresta.

No meio do caminho encontrou um lobo, como era muito ingênua, não ficou

com nem um pouco de medo, o cumprimentou e respondeu as perguntas que o lobo

lhe fez. Chapeuzinho contou que ia até a casa de sua avó, que estava doente,

entregar alguns doces.

O lobo mais que depressa pensou que Chapeuzinho seria um ótimo aperitivo, e

depois se desse sorte comeria também a vovó.

O lobo mostrou a Chapeuzinho algumas flores pelo caminho e deu a ideia a ela,

que levasse algumas para sua avó. Ela olhou pelos lados e se encantou com as flores

e com o sol brilhando, pensou um pouco e viu que mesmo se parasse para apanhar

as flores ainda daria tempo de levar os doces.

O lobo viu que seu plano de atrasar um pouco a menina deu certo, e correu

para a casa da vovó. Lá, imitou a voz de Chapeuzinho e a vovó pediu que entrasse,

pois não conseguia se levantar e ir até a porta para abri-la. O lobo entrou e devorou a

vovó inteira.

Enquanto isso Chapeuzinho viu que se não parasse de apanhar as flores não

conseguiria entregar os quitutes para sua avó. Arrumou-as em um ramalhete e correu

em direção da casa da vovó. Chegando lá a garota, entrou e foi direto ao quarto,

anunciando a vovó sua presença.

Quando chegou à cama, percebeu algo de diferente na avó, e começou a

perguntar:

- Que olhos grandes você tem, vovó!

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- É para melhor te enxergar, meu bem!

- Que orelhas grandes você tem, vovó!

- É para melhor te escutar, meu bem!

- Que boca grande você tem!

- É para melhor te devorar, meu bem!

Assim que ouviu essas palavras a menina, deu um passo grande e assustado

para trás, o lobo saltou da cama e devorou a garota.

Um caçador, que passava em frente a casa da vovó, ouviu um ronco alto, e

achou estranho, resolveu verificar como a vovó estava. Abriu a porta da casa e viu o

lobo deitado na cama, tirou a espingarda, mas percebeu que o lobo havia comido a

vovó, então ele pegou uma tesoura e abriu a barriga do lobo. Chapeuzinho saiu de

dentro da barriga do lobo, reclamando da escuridão, a vovó saiu em seguida, meio

devagar, mas saiu.

Chapeuzinho pegou rápido algumas pedras e colocou na barriga do lobo. O

caçador costurou de novo a barriga do malvado. Quando o lobo acordou tentou

perseguir a vovó, chapeuzinho e o caçador, mas não conseguiu correr, porque estava

muito pesado, logo caiu morto no chão. O caçador aproveitou a oportunidade e tirou a

pele do lobo para levar de recordação. A vovó comeu os quitutes e ficou boa, levou a

neta para casa que durante o caminho lembrou-se do conselho da mãe: “Não fale com

estranhos porque o caminho é perigoso ’’

Ana Luiza de Paula - Adaptação Irmãos Grimm

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Anexo 3 – BIOGRAFIAS: AUTORES DOS CONTOS DE FADAS

Charles Perrault

(1628-1703)

Contemporâneo do fabulista gaulês La Fontaine, Charles Perrault sempre viveu

em Paris e morreu aos 75 anos.

Membro da alta burguesia, Perrault foi imortalizado por criar uma literatura de

cunho popular que caiu no gosto infantil e contou também com a aprovação dos

adultos. Com pouco mais de 50 anos, trocou o serviço ativo pela educação dos filhos.

Movido por esse desejo, começou a registrar as histórias da tradição oral contadas,

principalmente, pela mãe ao pé da lareira.

Com quase 70 anos, publicou um livro de contos conhecido, na época, como

"contos da mamãe gansa". A primeira edição, de onze de janeiro de 1697, recebeu o

nome de "Histórias ou contos do tempo passado com moralidades", que remete à

famosa moral da história presente ao final de cada texto.

Os "Contos da mamãe gansa" se constituem de uma coletânea de oito histórias,

posteriormente acrescidas de mais três títulos. Os contos que falam de princesas,

bruxas e fadas trazem histórias que habitam até hoje o imaginário infantil como "A Bela

Adormecida", "Chapeuzinho Vermelho", "Cinderela", dentre outros.

Irmãos Grimm

Os irmãos Grimm: Jacob (1785 – 1863)

Wilhelm(1786 – 1859)

Os alemães Jacob e Wilhelm se dedicaram ao registro de

várias histórias infantis, ganhando assim grande prestígio. Criadores de encantadores

clássicos da literatura infantil universal como João e Maria, Branca de Neve e os sete

anões e Os músicos de Bremen, que fizeram emocionar leitores de todas as idades e

época. Notabilizaram-se como pesquisadores e filólogos. Influenciados pelo

romantismo, reuniram cerca de 200 contos e lendas populares que publicaram sob o

título de Kinder-und Hausmärchen (1812-1815), o Contos de fadas para crianças, uma

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obra que alcançou sucesso mundial.

O primeiro manuscrito da compilação de histórias apresentava 51 narrativas.

Em sua primeira edição, a compilação foi intitulada "Histórias das crianças e do lar" e

já contava com mais algumas histórias. A quinquagésima edição, última com os

autores vivos, já totalizava 181 narrativas. Algumas dessas estórias são de fundo

europeu comum, tendo sido também recolhidas por Perrault, no séc. XVII, na França

Na tradição oral, as histórias compiladas não eram destinadas ao público infantil

e sim aos adultos. Foram os Irmãos Grimm que dedicaram-nas às crianças por sua

temática mágica e maravilhosa. Fundiram, assim, esses dois universos: o popular e o

infantil. Alguns temas considerados mais cruéis ou imorais foram descartados.

O Romantismo trouxe ao mundo um sentido mais humanitário. Assim, a

violência (presente nos Contos de Perrault) cede lugar a um humanismo, onde se

destaca o sentido do maravilhoso da vida. Duas temáticas em especial são

evidenciadas nas histórias: a solidariedade e o amor ao próximo. Mesmo com os

aspectos negativos que continuam presentes nessas estórias, o que predomina,

sempre, é a esperança e a confiança na vida.

Ex: Confrontando os finais da estória do "Chapeuzinho Vermelho";

em Perrault (que termina com o lobo devorando a menina e a avó) e em Grimm (onde

o caçador chega, abre a barriga do lobo, deixando que as duas vivam vivas e felizes;

enquanto o lobo morria com a barriga cheia de pedras que o caçador ali colocou...).

Hans Christian Andersen

(1805-1875)

Nascido em 2 de abril de 1805. Era pobre, meio desajeitado e alto demais para

sua idade quando criança. Há a hipótese que, ao escrever "O patinho feio", o autor

tenha se inspirado em sua própria infância.

Andersen nasce no mesmo ano em que Napoleão Bonaparte obtinha suas

primeiras vitórias decisivas. Assim, desde menino, vai respirar a atmosfera de

exaltação nacionalista. A Dinamarca também se entrega à descoberta dos valores

ancestrais, não com o espírito de auto-afirmação política, mas no sentido étnico, de

revelar o caráter da raça. Tal como fizeram os Irmãos Grimm. Andersen foi um escritor

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que se preocupou, essencialmente, com a sensibilidade exaltada pelo Romantismo.

Entre os títulos mais divulgados de sua obra estão: "O patinho feio"; "O

soldadinho de chumbo"; "A roupa nova do Imperador", "A sereiazinha" e "João e

Maria".

Embora entre suas estórias haja muitas que se desenrolam no mundo fantástico

da imaginação, a maioria está presa ao cotidiano.

Foi, assim, a primeira voz autenticamente romântica a contar estórias para as

crianças e a sugerir-lhes padrões de comportamento a serem adotados pela nova

sociedade que se organizava. Na ternura que ele demonstra, em suas estórias, pelos

pequenos e desvalidos, encontramos a generosidade humanista e o espírito de

caridade próprios do Romantismo. No confronto constante que Andersen estabelece

entre o poderoso e o desprotegido, o forte e o fraco, mostrando não só a injustiça do

poder explorador, como, também, a superioridade humana do explorado, vê a funda

consciência de que todos os homens devem ter direitos iguais. É considerado o

precursor da literatura infantil mundial. Em função da data de seu nascimento,

comemora-se em 2 de abril o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. O prêmio

internacional mais importante na literatura infanto-juvenil é conferido pela International

Board on Books fou Young People - IBBY. Esta premiação é representada pela

medalha Hans Christian Andersen. Em 1982, Lygia Bojunga foi a primeira

representante brasileira a ser contemplada com esta medalha.

Fonte: http://www.graudez.com.br/litinf/autores.htm

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Anexo 4 – FRAGMENTO DO CONTO:

O PRÍNCIPE ENCANTADO NO REINO DA ESCURIDÃO

Era uma vez um negociante muito rico e poderoso. Vivia feliz com a mulher e

uma filha pequena.

Um dia, sua mulher começou a tossir. Médicos foram chamados. Tratamentos

foram experimentados. Infelizmente, a doença era grave e a pobre mulher acabou

morrendo.

Com uma filha pequena para cuidar, o negociante resolveu casar-se de novo.

Sua nova mulher também era viúva, mãe de duas filhas.

Logo a filha do homem rico e poderoso passou a sofrer nas mãos da madrasta

e suas filhas. (...)

Quando fez quinze anos, a moça chamou o pai e disse que pretendia morar

sozinha. (...)

Um dia, um mendigo bateu na porta da casa da filha do negociante. Pediu

ajuda (...). O homem era horrível. (...) mesmo assim a moça pediu que ele entrasse

que descansasse. (...)

Naquela noite, quando já estava quase dormindo, a menina escutou uma voz

no quarto: “Cuidado! Se precisar de mim basta chamar o Príncipe Encantado no

Castelo de Ferro do Reino da Escuridão.”. (...)

Depois de muito procurar, acabou dando com a menina desmaiada debaixo de

uma árvore.

Desesperado, o rapaz mandou chamar um médico (...)

Logo a filha do negociante recuperou as forças. (...)

O rapaz contou que estivera encantado por muito tempo. Contou que era ele o

mendigo que tempos atrás havia estado na casa dela pedindo ajuda.

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- Desde aquele tempo fiquei apaixonado – confessou ele beijando as mãos da

moça. – Desde então sigo você por toda a parte. Acho que foi isso que me salvou!

(...)

Uma linda festa foi realizada.

Os dois jovens viveram felizes por muitos e muitos anos.

......................................................................................................................................................................

BIOGRAFIA

Ricardo Azevedo

Escritor, ilustrador e pesquisador brasileiro. Autor de várias obras. Estreou sua

carreira literária em 1980, com O peixe que podia cantar.

Nascido em 1949, Formado em comunicação visual pela Faculdade de Artes

Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), é mestre em Letras e

doutor em Teoria Literária (USP). Trabalhou como publicitário até 1983, atividade que

o ajudou a desenvolver seu texto e, ao mesmo tempo, compreender a linguagem

visual. Depois disso decidiu dedicar-se exclusivamente a escrever livros e a ilustrá-los.

Ele á autor da maioria das ilustrações dos seus livros. Publicou mais de cem livros

infantis. Ainda adolescente escreveu seu primeiro livro – tinha 17 anos – Um homem

no sótão. Suas obras receberam diversos prêmios e foram publicadas em países

como Portugal, México, Alemanha e Holanda.

Seu interesse também está voltado para a cultura popular, da qual é

pesquisador. Vários de seus livros abordam formas literárias sobre as raízes dos

contos populares, mais especificamente dos contos maravilhosos e de encantamento,

quadras, adivinhas: No meio da noite escura tem um pé de maravilha!,Contos de

enganar a morte e Armazém do folclore, são alguns exemplos das influências da

cultura popular na literatura infantil.

Outras obras:

Um homem no sótão (Ática)

No meio da noite escura tem um pé de maravilha! (Ática Editora, 2002)

Lúcio vira bicho (Cia. das Letras)

Aula de carnaval e outros poemas (Ática),

A hora do cachorro louco (Ática)

Livro dos pontos de vista (Ática)

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Armazém do Folclore (Ática

O sábio ao contrário (Ed. Brasil)

Contos de enganar a morte

Fonte:

www.divertudo.com.br/entrevista3.htm

www.ricardoazevedo.com.br/biografia.htm