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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Caminhos de leitura pelos contos infanto-juvenis.

Autor Marta Aparecida Batini

Escola de Atuação Colégio Estadual João Sampaio

Município da escola Londrina – PR.

Núcleo Regional de Educação Londrina

Orientador Prof. Dr. Núbio Delanne Ferraz Mafra

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua Portuguesa - Ensino e Aprendizagem de Leitura

Produção Didático-pedagógica Caderno Pedagógico

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes

disciplinas compreendidas no

trabalho)

Não há

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o

professor PDE desenvolveu o

trabalho: professores, alunos,

comunidade...)

Alunos de 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental

Localização

(identificar nome e endereço da

escola de implementação)

Colégio Estadual João Sampaio Rua Flamengo, 162 – Vila Yara – Londrina – Pr. CEP: 86027-060 E-mail: [email protected]

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos

e metodologia utilizada. A

informação deverá conter no

máximo 1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou Times

New Roman, tamanho 12 e

espaçamento simples)

As sequências didáticas constituem uma metodologia eficaz para a geração de um material didático promissor para ensinar leitura. Elas possibilitam que o exercício da leitura se faça por meio de atividades compartilhadas estabelecendo um contato mais significativo entre alunos e textos através da interação (leitura pessoal) e da colaboração entre leitores (socialização de interpretações diferentes para a construção de sentido de um mesmo texto). As atividades compartilhadas ajudam o educando a descobrir o sentido e o prazer de

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ler, desenvolvem a imaginação e a apreciação da qualidade literária do texto e motivam comportamentos leitores (seguimento de determinado gênero, tema ou autor). A presente produção didático-pedagógica constitui a elaboração de um caderno pedagógico que contém quatro oficinas com sequências didáticas. Ele busca oferecer oportunidades para os alunos melhorem seu nível de letramento, através do estudo e análise de contos contemporâneos infanto-juvenis que representam um gênero textual de apoio para o ensino, aprendizagem e aplicação de estratégias de leitura e compreensão leitora; a realização de atividades de análise lingüística e a- produção de narrativas curtas.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Estratégias de leitura, letramento, literatura infanto-

juvenil.

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Sumário

I) Produção didático-pedagógica ............................................................................. 4

1) Apresentação ................................................................................................... 4

2) Procedimentos ............................................................................................... 16

a) Caderno pedagógico................................................................................ 17

Oficina 1 .................................................................................................... 19

Oficina 2 .................................................................................................... 44

Oficina 3 .................................................................................................... 67

Oficina 4 .................................................................................................... 86

b) Ações com a comunidade interna e externa da escola ...................... 103

c) Elaboração de blogue para divulgações. ............................................. 103

II)Orientações - Recomendações ......................................................................... 104

III) Proposta de avaliação da produção didático-pedagógica ........................... 105

IV) Referências ...................................................................................................... 107

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I) PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

1. APRESENTAÇÃO

A) TEMA DE ESTUDO

Ensino e Aprendizagem de Leitura

B) PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO:

Alunos da 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental

C) JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO

Durante o ano letivo, em nossa prática pedagógica na sala de aula,

detectamos lacunas referentes à qualidade de aprendizagem de nossos alunos.

Muitos deles, além de mostrarem pouca maturidade para o desenvolvimento da

criticidade, possuem acentuadas dificuldades para se adaptarem da 4ª série/5º ano

para a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental, bem como para acompanhar a forma

diferenciada de trabalho dos professores das diferentes disciplinas referentes a esta

série. Observamos, também, que estes obstáculos estão relacionados com a falta de

habilidade para a leitura, compreensão e interpretação de textos e com a produção

de pequenos textos escritos que não apresentam estruturação adequada.

Diante deste quadro, levantamos alguns questionamentos:

Como levar o aluno a adquirir maior proficiência em leitura, compreensão e

interpretação de textos?

Como levar o aluno a ampliar seu vocabulário para melhorar a leitura,

interpretação e compreensão de textos?

Como levar o aluno a desenvolver o hábito pela leitura?

Por que os alunos não conseguem produzir narrativas curtas satisfatórias?

Diante do presente quadro, estamos buscando por ações que tragam uma

melhoria no processo de ensino-aprendizagem de nossos alunos. Acreditamos que a

intensificação do ensino e da prática da leitura em sala de aula e a oferta de

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atividades de produção de textos mais significativas sejam propostas estimulantes e

comprometidas com a qualidade de letramento que desejamos para eles.

Segundo Soares (2001), ao compreendermos o conceito de letramento,

significa que também compreendemos que ensinar somente a ler e escrever não é

suficiente para a formação de nossos estudantes. É necessário que eles tenham

condições de se envolver e fazer o uso social da leitura e da escrita. Para isso, é

imprescindível que ―haja uma escolarização real e efetiva da população‖ (p. 58) e

que esta escolarização esteja mergulhada em um ambiente repleto de livros,

revistas e jornais, possua alunos que frequentem bibliotecas e livrarias e que todos

estes materiais sejam a eles economicamente acessíveis.

Hoje, com a ampliação do número de pessoas que têm acesso à

escolaridade, a compreensão da necessidade de letramento se faz muito mais

necessária, visto que, cada vez mais, as realidades sócio-culturais e econômicas

exigem mais qualificação dos indivíduos. Portanto, proporcionar condições para isto,

quer sejam intelectuais, quer sejam materiais; consiste em uma grande

responsabilidade para todos nós.

Considerando-se o ensino de leitura; observemos o que Bakhtin nos diz:

Por palavra do outro (enunciado, produção de discurso) eu entendo qualquer palavra de qualquer outra pessoa, dita ou escrita na minha própria língua ou em qualquer outra língua, ou seja, é qualquer outra palavra não minha. Nesse sentido, todas as palavras (enunciados, palavras e produções de discurso e literárias), além das minhas próprias, são palavras do outro. (BAKHTIN, 2003, p. 379)

Por conta desta interação, temos, pois, a certeza da importância da boa

formação do pequeno (adolescente) leitor que se faz necessária. Este deve ler,

compreender e aprender com a interação entre autor-texto-leitor para apropriar-se

―da cultura humana para aprofundar os traços culturais e psicológicos de sua

espécie‖ (ARENA, 2010, p. 19). É, pois, dentro de uma concepção interacionista da

língua, que os sujeitos são vistos como ―atores/construtores sociais, sujeitos ativos

que – dialogicamente – se constroem e são construídos no texto‖ (KOCH; ELIAS,

2010, p. 10). Por isso, é indispensável incentivar o aluno a adquirir maior letramento.

Devemos então considerar a leitura e compreensão de textos, nos mais diferentes

gêneros textuais, como ferramenta essencial para a formação de estudante crítico e

autônomo.

Segundo Solé (1998, p. 32) ―um dos múltiplos desafios a ser enfrentado na

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escola é o de fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente‖, pois é, através

da aquisição da leitura, que o aluno se transformará em um ser autônomo nas

sociedades letradas. Caso isto não ocorra, só terão desvantagens e sofrerão

consequências lamentáveis em seu processo de formação cultural e pessoal,

deixando-se pertencer à massa do analfabetismo funcional. O ensino e

aprendizagem das estratégias de leitura tornam-se, portanto, fundamentais para a

formação de leitores competentes, uma vez que ler não é tão somente decodificar o

texto, mas sim posicionar-se ativamente perante ele e ir verificando constantemente,

as hipóteses que vão se formulando ao decorrer da leitura, ter controle sobre elas e,

finalmente, poder comprová-las para certificar-se se a compreensão do texto

realmente acontece.

Kleiman (2005) defende que o processo de letramento da criança se inicia

ainda em tenra idade, pois envolve a imersão desta no mundo da escrita fazendo-a

participar de práticas sociais e buscar sentido seja para uma situação, seja para um

texto ou qualquer outro produto cultural escrito. Em contato com tantos textos de

gêneros diferenciados, a leitura se faz necessária, mas uma leitura que interpreta,

compreende, analisa o texto. Deste modo, também se fazem necessários o ensino,

o estudo e a aplicação das estratégias de leitura no momento em que se quer

realmente ler um texto.

Os Parâmetros Curriculares da Língua Portuguesa possui um trecho que diz:

A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, e de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem, etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas. (BRASIL, 1998, p. 69-70).

Neste trecho, presenciamos, portanto, a necessidade de formação de um

leitor que sai da pura e simples decodificação e desenvolve os estágios mais

avançados da leitura até chegar à completa compreensão. Logo, percebemos

também a grande necessidade do educando em adquirir proficiência na leitura,

porque esta irá lhe proporcionar e garantir sucesso em sua vida acadêmica, e,

consequentemente, em sua vida pessoal e profissional, além de desenvolver maior

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facilidade de produzir textos. Terá, sem dúvida, um nível de letramento mais

adequado e evoluído para as situações sociais que irá vivenciar durante a vida.

D) OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

GERAIS

Propiciar aos educandos condições para melhorarem seu nível de

letramento, através do estudo e análise de contos contemporâneos

infanto-juvenis e escrita de narrativas curtas;

Facilitar-lhes a leitura, interpretação e compreensão de contos

contemporâneos infanto-juvenis, através do ensino, aprendizagem e

aplicação de estratégias de leitura.

ESPECÍFICOS

Desenvolver, junto aos alunos da 5ª série/6º ano do ensino fundamental,

por meio de oficinas de leitura em sala de aula, atividades que serão feitas

individualmente ou em grupos, utilizando textos do gênero contos

contemporâneos de literatura infanto-juvenil;

Levar o aluno a reconhecer os elementos da narrativa presentes nos

textos;

Ensinar as características da descrição;

Explorar marcas linguísticas presentes no texto;

Estimular o aluno a produzir textos narrativos curtos, explorando sua

criatividade e originalidade.

Esperamos que, ao logo do tempo, a conquista destes objetivos seja

significativa e que, realmente, possa contribuir para melhorar o processo de ensino-

aprendizagem de leitura e escrita para os alunos.

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E) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1) Estratégias de leitura e compreensão leitora: uma metodologia para o

ensino-aprendizagem da leitura significativa.

Existe um abismo entre a prática escolar e a prática social da leitura.

Segundo Lerner (2002, p. 73), a leitura permite entrar em outros mundos

possíveis e levar o indivíduo ao exercício da cidadania no mundo da cultura escrita,

uma vez que o estimula a indagar a realidade para compreendê-la melhor e assumir

uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer.

Para a autora, a escola considera o conceito de leitura como ―algo desgarrado

dos propósitos que lhe dão sentido social‖ (p. 76) porque não enfatiza a construção

de sentido como condição necessária para a aprendizagem, possuindo um conceito

de leitura ainda cristalizado na decodificação e na busca pelo domínio do código. O

ensino de leitura ainda é entendido como um ato mecânico, simplificado,

sistematizado na didatização de textos e conteúdos, em função de um tempo

didático e controle da aprendizagem.

Neste contexto, encontra-se preso, sufocado e sem condições para executar

um trabalho de qualidade, o professor de língua portuguesa com a missão de

ensinar leitura. Ele não vislumbra seu real papel como figura profissional diretora e

mediadora de um processo de ensino-aprendizagem que envolve a formação de

leitores competentes. Por isso, é tão necessário investir na formação do professor

que ensine leitura de forma consciente, que utilize um saber didático construtivista

elevando o nível de aprendizagem dos alunos, que domine um saber docente

dotado de conhecimentos metodológicos e atitudes que promovam mudanças

qualitativas diante dos desafios que se impõem diuturnamente, dentro do espaço

escolar.

Entender que ler é um processo complexo, prescinde a compreensão de

outros conceitos: o próprio conceito da leitura, o conceito da compreensão leitora, a

decodificação e a aprendizagem significativa. Tudo isso, ainda, inserido em um

conjunto maior – o letramento – que põe o cidadão em contato com uma grande

variedade de gêneros textuais e demanda que ―saber ler‖ seja uma necessidade

para caminhar acompanhando os inúmeros níveis de letramento presentes nos

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âmbitos da interação social e da comunicação.

Segundo Kleiman (2005, p.10), ensinar e aprender a ler com compreensão

consiste em realizar uma prática interativa entre alunos e professor na qual as ações

pedagógicas devem construir um contexto de aprendizagem. Nele, paulatinamente,

o professor dever estar concentrado em ir ensinando o aluno a ler; ir lhe dizendo,

devagar e continuamente, as vantagens que terá com o aprendizado da leitura;

disfarçadamente, ir lhe demonstrando a sua complexidade (FOUCAMBERT, 1994) e

ir lhe orientando para que entenda que ler não é apenas decodificar. Este contexto,

além de ser interativo, também deve propor atividades compartilhadas para que

todos os alunos possam participar do momento agradável, prazeroso e significativo

da aprendizagem.

O ensino, a aprendizagem e a prática das estratégias de leitura mostram um

caminho adequado para seguir. Segundo Solé (1998), estas estratégias não nascem

sozinhas, por isso formam um procedimento que deve ser ensinado para auxiliar o

aluno a ler textos com mais proficiência e a estabelecer um elo entre a prática

escolar e a pratica social da leitura, buscando aprimorar suas condições de

letramento. Neste procedimento, os alunos atuam como protagonistas e o professor

como um coadjuvante que oferece uma ajuda para o leitor construir seus

aprendizados. Temos, então, a construção da significação do texto lido como um ato

solitário, de caráter individual e o processo de ensino e aprendizagem das

estratégias como um ato de caráter construtivo, conjunto e compartilhado.

Além de oferecer ajuda aos alunos, é papel do professor atuar como um guia

que estabelece diretrizes entre a compreensão que o aluno quer realizar e a

compreensão socialmente estabelecida pelo texto. É esta participação guiada do

professor que, em uma ação educativa, ajuda seu aluno a estabelecer as relações

entre o texto a ser lido; seus objetivos para esta leitura e o seu conhecimento prévio;

dando-lhe condições e estrutura para executar a leitura e começar a assumir as

responsabilidades sobre suas evoluções e aprimoramentos, até mostrarem-se

competentes para aprender a partir da leitura do texto. O professor de leitura deve

desempenhar, além de ensinar as estratégias de leitura – o papel de motivador – e

estimular os alunos a deixar de serem passivos e a ter atitude participativa. O

professor deve lançar mão de outras metodologias além da instrução direta, deve

verificar os conteúdos, os métodos de ensino, a organização do ambiente da sala e

ainda acreditar em uma participação conjunta (com responsabilidades diversas)

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entre alunos e professor para haver uma formação competente de alunos leitores.

Em todo este processo, também devemos considerar os tipos de textos a

serem utilizados. Devemos considerar que há vários tipos de textos tais como:

narrativo, descritivo, expositivo, instrutivo, indutivo, conversacional, semiótico, entre

outros e que, cada tipo textual se manifesta em diferentes gêneros textuais. Pois

bem, o papel da escola e do professor de leitura é mediar o conhecimento ou

reconhecimento destes tipos e gêneros textuais e os alunos. Deve existir a

preocupação de se colocar os alunos perante o maior número possível de diferentes

textos e orientá-los quanto as suas estruturas, formatos, intenções e objetivos. Pois,

quando se conhece esses elementos, há uma maior facilidade para a interpretação

do texto e para a verificação de quais estratégias de leitura devemos utilizar tanto

para ensinar a ler, quanto para ler e compreender e, ainda, também definir quais

estratégias de escrita podem ser utilizadas para produzir textos decorrentes como

resultado desta leitura efetuada.

É uma questão de ―realismo pedagógico‖ (Solé, 1998, p. 87) levar o aluno a

ter contato com diferentes tipos e gêneros textuais. Mas de que maneira? Com que

recursos?

Solé (1998) afirma que a aprendizagem da leitura e da escrita se constrói no

seio de atividades compartilhadas e Lerner (2002) nos mostra um caminho

metodológico, sugerindo as sequências de atividades com a leitura.

As sequências de atividades estão direcionadas para se ler com as crianças diferentes exemplares de um mesmo gênero ou subgênero (poema, contos de aventura, contos fantásticos...), diferentes obras de um determinado autor ou diferentes textos de um mesmo tema. [...] têm duração de algumas semanas de aula, o que permite realizar-se várias delas no curso do ano letivo e, se ter, assim, acesso a diferentes gêneros. Contribuem para cumprir diversos objetivos didáticos: comunicar o sentido e o prazer de ler para conhecer outros mundos possíveis, desenvolver outras possibilidades dos alunos de apreciar a qualidade literária (ou detectar sua ausência), formar critérios de seleção do material a ser lido, gerar comportamentos leitores como o seguimento de determinado gênero, tema ou autor. (LERNER, 2002, p. 89).

Verificamos, portanto, que através das sequências de atividades com leitura,

sejam elas coletivas ou grupais ou individuais, haverá um contato mais significativo

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entre os alunos e o ato de ler, pois ―não se pode esperar que a criança se mostre

competente em algo que não foi instruída‖ (SOLÉ, 1998, p. 63). Esta prática

propiciará duas conquistas: uma livre interação entre alunos e textos por meio da

leitura pessoal (na qual terão liberdade de reler trechos de que mais gostaram ou

retomar trechos que não compreenderam) e, uma colaboração entre leitores, por

meio de socialização de interpretações diferentes para a construção de sentido de

um mesmo texto. Portanto, bem planejadas e conduzidas, estas sequências de

atividades configuraram como um material didático bastante interessante e

promissor para ensinar leitura, em sala de aula.

Nesta produção didático-pedagógica faremos, por questão de organização,

um recorte. Utilizaremos contos contemporâneos infanto-juvenis para servir de

objeto de estudo para o ensino de estratégias de compreensão leitora e o gênero de

narrativas curtas para produção de textos. Tanto o tipo textual narrativo, quanto o

gênero conto serão utilizados como uma plataforma de incentivo à leitura para

alunos de 10 a 12 anos que apresentam dificuldades de compreensão leitora e de

escrita. Alunos que se situam entre leitores em construção e leitores fluentes; porém,

muitos, ainda, em estágio de decodificação. A intenção é explorar, por meio do

ensino-aprendizagem das estratégias de leitura e compreensão leitora, a leitura do

texto buscando por uma interpretação e compreensão mais significativas.

2) Literatura infanto-juvenil: uma modalidade literária que incentiva e constrói

a consciência cultural na formação do pequeno leitor.

Ao ler as constatações de Coelho (1982), percebemos que a literatura infanto-

juvenil se revela como uma modalidade literária imprescindível para a formação do

leitor porque é feita e direcionada para as crianças e para os adolescentes, que

vivem no presente e que não têm ainda, uma consciência temporal (passado,

futuro), nem cultural de suas atuações no mundo.

Por estarem em processo de formação, precisam de que lhe sejam

apresentados, os valores, como uma forma de construção da consciência cultural,

que, paulatinamente, vai se constituindo em suas vidas. Segundo a autora, é a

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Literatura, enquanto manifestação artística, aquela que, realmente, pode ser a forma

de subsidiar o encontro entre a criança em formação e a construção desta

consciência cultural, pois cumpre a tarefa de, ludicamente e veladamente, atuar de

maneira profunda e duradoura na formação e divulgação de valores culturais que

dinamizam uma sociedade ou uma civilização: alegrando, divertindo, emocionando o

espírito das crianças e dos adolescentes; levando-os a interrogar a si mesmos e ao

mundo que os cerca; orientando seus interesses, suas necessidade de auto-

afirmação, propondo-lhes objetivos, pensamentos e formas possíveis e ou

desejáveis de atuação como agentes transformadores do social. Para a autora:

[...] é ainda ao livro, à palavra escrita, que atribuímos a maior responsabilidade na formação da consciência-de-mundo das crianças e jovens. Apesar de todos os prognósticos pessimistas, e até apocalípticos, acerca do futuro do livro (ou melhor, da literatura), nesta nossa era da imagem e da comunicação instantânea, a verdade é que a palavra literária está mais viva do que nunca. E parece já fora de qualquer dúvida, que nenhuma outra forma de ler o mundo dos homens é tão eficaz e rica quanto a que ela permite. (COELHO, 1982, p. 3, grifos da autora).

Portanto, são imprescindíveis: tanto o papel da Literatura na vida humana,

como a necessidade inegável e a extrema importância da leitura enquanto forma de

crescimento pessoal, cultural e social do indivíduo.

A autora ainda coloca em seus textos que, historicamente, por direcionar-se,

desde a sua origem, à diversão e ao aprendizado da criança, a literatura infantil tem

sido vista pelo adulto como algo pueril, mas útil porque ensina enquanto mantém a

criança quieta e distraída. É minimizada enquanto criação literária, tratada como

gênero menor. Porém, considerando seus estudos, Coelho (1982) informa que,

apesar da redescoberta da literatura infantil como valor significativo (dentro de

perspectivas contraproducentes da realidade contemporânea) ser algo recente

(fenômeno em nosso século), muitos escritores e professores de leitura já

vislumbram a natureza desta literatura tão específica e sua provável função em

nossa época; ou seja, apresentar-se como uma comunicação histórica (mensagem

localizada no tempo e no espaço) entre um locutor e escritor adulto (emissor) e um

receptor (criança), que possui pouca experiência do real e/ou de várias outras

estruturas (as linguísticas, as intelectuais e as afetivas). Esta comunicação, que

necessita ser considerada, simultaneamente, como forma de entretenimento e

atividade de cunho pedagógico também deve possuir, a seu cargo, a incumbência

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de levar o pequeno leitor a descobrir ricas experiências de ―Vida, Inteligência e

Emoções‖. (COELHO, 1982, p. 19).

Dentro deste contexto, a literatura infantil assume dois papéis: primeiro,

apresentar-se como uma modalidade literária de extrema importância (talvez a mais

importante) para a criança, porque instaura e permite não só o incentivo, mas

também o nascimento do hábito da leitura; e em segundo lugar, consequentemente,

mostrar-se como um instrumento imprescindível para dar início ao processo de

formação da consciência cultural no pequeno leitor, fato que, futuramente, poderá

gerar leitores competentes que se reconheçam como cidadãos conscientes de sua

participação na sociedade.

Apesar da literatura infanto-juvenil se encontrar em desconfortável situação

conceitual (Mafra, 2003) por ser compreendida como literatura de massa ou

literatura de iniciação, tem condições de se firmar como a forma de leitura que está

bem mais próxima de seu leitor adolescente do que a literatura clássica, tão e

somente vista como aquela única ―de qualidade‖, que forma seus leitores. Hoje,

além de conquistar e abarcar grandes escritores que, com riqueza estética,

prestigiam esta modalidade de literatura; sempre aborda temas que denotam muitas

realidades vivenciadas pelos nossos jovens estudantes, os quais com elas se

identificam e são convidados a fazer uma reflexão sobre os mais variados temas;

provoca-os a um posicionamento cultural e político, a uma apreensão e revisão de

conceitos e valores; enfim, segue incentivando-os, muitas vezes, para uma atitude

ética e exercício da cidadania.

Segundo FARIA (1999, p. 115), há necessidade de se trabalhar com a

literatura infanto-juvenil nos quatro ciclos do ensino fundamental, pois a

especificidade do texto literário não está em sua linguagem e estruturas próprias,

mas, na sua leitura, que traz no seu bojo: o afetivo e a identificação do leitor com

situações, temas e personagens. É a ficção oferecendo experiência de vida. Para a

autora, a leitura literária deve ser aberta para todas as modalidades: a literatura de

massa, a literatura infanto-juvenil e a literatura erudita. O que não se pode perder de

vista é o compromisso de se proporcionar ao aluno, uma trajetória em busca do

desenvolvimento do ato de ler, que se inicia com textos mais próximos de sua

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realidade e que se estenderá à leitura de textos mais elaborados, complexos e

emancipatórios.

3) As múltiplas faces, características e funções das narrativas curtas em

prosa:

As narrativas encantam a todos porque relatam ou explicam o que acontece

ou aconteceu em um determinado lugar, com determinadas personagens que vivem

ou viveram em determinada época. É um encadeamento de ações no tempo e no

espaço que mostram cenas que constituem um ―recriar‖ de valores e de essências

humanas e que, conseqüentemente, promovem uma identificação imediata do leitor

ou ouvinte com os mais variados temas e aspectos presentes no texto narrado.

Estudos mostram que as narrativas podem fazer parte da história humana

desde o período das cavernas, cujos desenhos rupestres demonstram ações do

homem, relato de suas caçadas e de seus feitos, evidenciando que o gosto pelas

histórias narradas é anterior à escrita. Também, no passado, o gosto pelas histórias

narradas foi incentivado por modalidades de narrativas que utilizavam a oralidade

para sua divulgação. Mais tarde, elas foram escritas e, muitas delas, chegaram aos

dias atuais.

As narrativas possuem várias facetas, porém todas contam histórias que

encantam a humanidade desde as mais remotas épocas, até os mais longínquos

lugares e os mais diferentes povos. Sendo assim, tanto a narrativa literária quanto a

não-literária, é senão – a reinvenção dos fatos da vida – e tem um papel importante

no quotidiano do indivíduo, pois contém o universo imaginário como um portal aberto

para o sonho e a fantasia, tão essenciais à nossa existência. Segundo Lajolo (2005),

as histórias têm uma longa história na cultura humana e por isso fazem parte do

currículo escolar junto a outros gêneros textuais.

Para promover a capacidade leitora dos alunos nas atividades de leitura,

notamos que as narrativas curtas em prosa (no caso, nesta produção didático-

pedagógica, os contos contemporâneos infanto-juvenis) são perfeitas porque

possuem elementos estruturais como ação, personagem, espaço, tempo e narrador

manifestando-se de formas muito variadas (LAJOLO, 2005) e que, ao mesmo

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tempo, são delimitados de tal maneira que aparecerem em número e intensidade

reduzidos, ou seja, possuem uma estrutura narrativa mais simplificada do que outras

narrativas como a novela ou o romance (COELHO, 1982). Isto acontece porque na

estrutura do conto tudo é condensado: existe um motivo central (conflito, situação,

drama, acontecimento, etc.) relacionado ao desencadeamento de outras situações

(mais breves) que resultam num ponto culminante e seu conseqüente desfecho; e,

tanto personagens como o tempo e o espaço possuem uma caracterização sintética,

perfazendo, portanto, um texto de curta extensão. Isto contribui muito para que o

estudo do texto seja efetivo, dinâmico e atenda às especificidades que a realidade

de sala de aula de 5ª série/6º ano demanda.

Para as atividades de escrita, as narrativas curtas em prosa também serão

perfeitas porque poderão ser exploradas de variadas formas, pois, uma vez munidos

das leituras feitas em sala de aula, os alunos poderão criar narrativas à vontade,

modificando o final da história, recontando fatos, recriando personagens, enfim

buscando usar a criatividade a serviço da produção textual.

4) Edublogues: ferramentas de interação e divulgação de trabalhos escolares

Por ser uma ferramenta que possibilita interatividade; muitos professores vêm

utilizando o blogue com o objetivo de promover a divulgação de seus trabalhos e,

também, de trabalhos efetuados pelos seus alunos, fomentando a construção de

blogues educacionais, construindo-se, portanto, a “edublogosfera‖. Neste contexto,

tanto blogues, quanto ―edublogues” possuem características de interação e

aprendizagem colaborativa que propiciam condições favoráveis a alunos e

professores que queiram trocar experiências, desenvolver ou aplicar o uso das TICs

e também despertar o interesse e convidar aqueles que queiram compartilhar desta

forma de ensino-apredizagem (GUARILHA, 2009).

Segundo Guarilha (2009), dentro de uma perspectiva de letramento digital, o

uso do blogue, na esfera educacional, consiste também em uma atitude pedagógica

que não permite à escola ficar à margem das inovações tecnológicas, já que a

sociedade da informação constrói um novo modelo de conhecimento trazido pelas

TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação).

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O uso do blogue pode possibilitar aos alunos uma melhora no

desenvolvimento digital, proporcionar-lhes uma forma mais moderna de interação e

aprendizagem, como já descrevemos e, promover-lhes o desenvolvimento de muitas

habilidades tais como: possibilidade de demonstração de seu pensamento através

de discussão de idéias, debates escritos, opiniões pessoais; desenvolvimento de

conhecimento prévio através da pesquisa de assuntos educacionais; condensação

na produção escrita por meio de síntese e produção de textos curtos; prática de

diferentes níveis de linguagem – ora no texto informal (com a presença de marcas

da oralidade) ora no texto formal (com a presença de marcas da língua padrão).

Para isto ocorrer, além de aprender como se usa equipamento de informática,

cabe ao professor apropriar-se da cultura digital bem como de uma nova linguagem

constituída pelo uso das TICs e aventurar-se a utilizá-la para provocar um maior

engajamento de seus alunos, estimulando-os num processo ensino-aprendizagem

mais dinâmico e condizente com as realidades sócio-culturais da atualidade.

Considerando estas perspectivas, neste projeto, iremos criar um blogue onde

as produções dos alunos serão postadas e, dentro das possibilidades que se

apresentarem, proporcionaremos espaço para que outros textos de cunho

pedagógico e referentes ao ensino aprendizagem da leitura possam ser divulgados

aos internautas que se interessam por este tema e queiram deixar algum

comentário.

2. PRODEDIMENTOS

A Produção didático-pedagógica a ser implementada durante a execução do

projeto: Estratégias de leitura aplicadas a contos contemporâneos infanto-juvenis:

um incentivo, um ensinamento consiste em um caderno pedagógico que contém

quatro oficinas, as quais serão ministradas em sala de aula para os alunos da 5ª

série/6º ano.

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A) Caderno Pedagógico

Caminhos de leitura pelos contos infanto-juvenis

Fazer a apresentação da situação – o gênero contos contemporâneos

APRESENTAÇÃO

Olá, você, meu (minha) aluno (a), que aprende todo dia,

Saber ler consiste em dominar um processo imprescindível para todas as

pessoas. Muitos pensam que saber ler é apenas ir lendo silenciosamente, ou

dizendo em voz alta, o que está escrito no texto, mas não é bem assim.

Além de saber decodificar o que está escrito, o mais importante é

compreender o que o texto diz. Entender o que significa a mensagem que o texto

traz para você. Relacionar o significado desta mensagem com os conhecimentos

que você já possui e mais, ajudá-lo a construir uma forma mais consciente, crítica e

inteligente de ver, perceber e observar as coisas que vão se mostrando para você

durante a sua vida, tornando você mais capaz de expressar as suas ideias e de agir

com mais sabedoria.

Para isso, temos uma maneira interessante de aprender. Vamos explorar os

gêneros textuais.

Como você já está na 5ª série/6º ano, acredito que já tenha visto vários deles.

Por exemplo: uma receita de bolo, uma bula de remédio, uma história em

quadrinhos, uma piada escrita, uma notícia de jornal, uma entrevista, uma

propaganda, um romance, um conto de fadas, um relatório de experiência científica,

um poema, uma charge, um hipertexto na internet e outros tantos.

Para trabalharmos, neste projeto, pensei em muitos gêneros e escolhi um que

é muito interessante e que agrada a muita gente – os contos contemporâneos.

Escolhi os ―contos‖ porque são textos que pertencem ao grupo dos gêneros

do narrar. As narrativas são histórias que são muito antigas. Existem estudiosos que

dizem que algumas delas datam da pré-história, ainda quando os homens primitivos

contavam seus feitos para a tribo em volta da fogueira e depois registravam suas

ações por meio das pinturas rupestres nas paredes das cavernas.

18

Há narrativas de todos os tipos. Todas contam histórias que encantam a

humanidade desde as mais remotas épocas, até os mais longínquos lugares e os

mais diferentes povos. São histórias que buscaram esclarecer algo incompreensível;

ditas em prosa ou verso; longas; curtas; com diálogos; sem diálogos; que narram

grandes feitos, ou mostram eventos corriqueiros do dia a dia; que falam de fatos

verdadeiros ou que dão asas à imaginação. Enfim, todas, histórias recriadas da vida

humana.

As narrativas encantam a todos porque relatam ou explicam o que acontece

ou aconteceu em um determinado lugar, com determinadas personagens que vivem

ou viveram em determinada época. É um encadeamento de ações no tempo e no

espaço que mostram cenas que constituem um ―recriar‖ de valores e de essências

humanas e que, conseqüentemente, promovem uma identificação imediata do leitor

ou ouvinte com os mais variados temas e aspectos presentes no texto narrado.

Os contos, como já disse, pertencem ao gênero do narrar. São histórias muito

estimulantes de se ler e que possuem algumas características. Por exemplo: na

estrutura do conto tudo é condensado: existe um motivo central (conflito, situação,

drama, acontecimento, etc.) relacionado ao desencadeamento de outras situações

(mais breves) que resultam num ponto culminante e seu conseqüente desfecho; e,

tanto personagens como o tempo e o espaço possuem uma caracterização sintética,

perfazendo, portanto, um texto de curta extensão.

O conto é um texto curto que possui uma história intensa e que prende a

atenção do leitor. No passado, foi amplamente divulgado em jornais dos mais

variados tipos. Hoje, podemos encontrá-los em coletâneas, em livros, em folhetos,

em revistas, em encartes de jornais, em sites da internet.

Os contos mostram histórias dos mais variados tipos: antigas, atuais, de

encantamento, de terror, de humor, de aventuras, de amor, de mistério, histórias

populares, de suspense, de ficção científica, etc..

Os contos contemporâneos escolhidos para este projeto fazem parte da

literatura infanto-juvenil e contam histórias interessantes, curiosas, engraçadas e

que estão próximas do dia a dia de crianças e adolescentes. Convidam para uma

leitura agradável, instigante e prazerosa e também muito reflexiva.

Espero que vocês apreciem os contos contemporâneos deste caderno

pedagógico e que aproveitem ao máximo tudo o que eles puderem proporcionar

enquanto objeto de estudo e aprendizagem, mas, sobretudo como textos que trazem

mensagens significativas para seu crescimento pessoal.

A autora

19

OFICINA 1

OBJETIVOS

Apresentar um conto do final do século XIX para que o aluno compreenda

melhor o conceito de ―contemporaneidade‖ na literatura infanto-juvenil ao

compará-lo com outros contos que estarão presentes nas outras oficinas

deste caderno pedagógico;

Ensinar, aprender e aplicar as estratégias de compreensão leitora na pré-

leitura, durante a leitura e depois da leitura do conto presente na oficina;

Levar o aluno a aprender o conceito de ―Tema‖;

Realizar a interpretação escrita do texto, enfatizando as inferências enquanto

estratégias de leitura;

Apresentar os elementos da narrativa;

Mostrar a importância do dicionário para a pesquisa, ampliação do

conhecimento e melhoria de vocabulário;

Apresentar as características do texto com discurso direto;

Revisar a pontuação; o reconhecimento dos tipos de frase e o uso do

vocativo;

Estruturar e produzir uma narrativa curta considerando-se os temas e os

elementos da narrativa estudados.

Professor, para realizar os módulos das sequências didáticas (SD) da Oficina 1:

Solicitar para os alunos se sentarem em pares para a realização das atividades.

Propor uma leitura compartilhada professor-aluno. Pode ser parte silenciosa e parte em voz alta.

Fazer momentos de interrupção quando necessário para recapitulações, fazer previsões, etc.

Providenciar o texto original e dividi-lo em partes conforme as orientações dadas nas oficinas no

tópico ―Durante a leitura‖ do módulo 1.

Entregar os textos para os alunos com as linhas numeradas para facilitar a localização de

informações durante a leitura e execução das atividades.

Professor, é interessante apresentar o(a) autor (a) do texto e fazer alguns comentários sobre

ele(a), principalmente, abordando a sua importância no cenário da literatura infanto-juvenil. Sugestão:

Mostrar foto do(a) autor(a), contar sobre sua vida (biografia), levar uma entrevista que ele (a) tenha

oferecido para revistas, televisão ou sites da internet.

20

Módulo 1: Lendo o texto

TEXTO DE:

AZEVEDO, Artur. Plebiscito. In: MACHADO, Ana Maria (org). Em família. Rio de Janeiro:

Nova Fronteira, 2002. Coleção Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p.8-12

Pré-leitura:

Professor, neste módulo da SD, a maior parte destas questões é oral. Portanto, durante este

exercício, vá escrevendo no quadro, todas as informações mencionadas pelos alunos.

Se quiser, monte cartazes com as informações e afixe-os na sala, para consultas posteriores.

Motivar a turma para fazer a leitura do texto e explicar o que será lido e

porque será feita esta leitura.

“Vamos ler o texto da Oficina 1 do nosso caderno pedagógico. Vocês terão

a oportunidade de aprender muitas coisas interessantes, entender o que

acontece com as personagens, onde acontece a história, quando

acontece, porque acontece. E vamos também aproveitar o texto para

mergulhar no tempo, pois este texto é de uma época bem distante do

momento em que vivemos e nos mostra como era o relacionamento entre

pais e filhos naquela época”.

Abordar o conhecimento prévio dos alunos e formular algumas perguntas,

partindo do título do texto.

“A primeira coisa que faremos será ler o título do texto. O título pode nos

dar muitas pistas a respeito do texto e, então, poderemos compreender

melhor a história.”

Qual é o título do texto?

Você já ouviu esta palavra alguma vez?

Se ouviram, quando, onde, em que circunstâncias?

Será que as personagens da história sabem o que é um ―plebiscito‖? O

que acham?

21

Solicitar para que escrevam uma hipótese sobre esta abordagem.

Vocês sabem o que é um ―plebiscito‖? (Não digam, escrevam.)

Solicitar para que os alunos escrevam o conceito da palavra ―plebiscito‖ em

seus cadernos, segundo o entendimento que possuem da palavra (sem olhar

no dicionário).

(Caso ninguém saiba, simule um exemplo em sala de aula, sem revelar o significado da palavra,

apenas o contexto. Sugestão: Vamos fazer um plebiscito aqui em sala de aula para decidir se

iremos ler o texto silenciosamente ou em voz alta)

Depois de alguns minutos, solicitar para que uma ou duas duplas leiam suas

respostas.

Será que as respostas de seus colegas estão corretas?

Será que o que eles escreveram está de acordo com o texto que iremos

ler?

Início da leitura:

Fazer uma breve recapitulação das informações obtidas (recorrer ao que foi

escrito no quadro) para motivá-los a comprovar suas hipóteses.

“Por que será que o autor do texto escolheu este título? O que vocês acham?

Será que este título realmente nos dá uma pista sobre o texto? Será que o

autor não está utilizando isto para nos instigar a curiosidade? Às vezes, os

autores fazem isto para chamar a atenção dos leitores... Então, vamos

começar a leitura. Eu vou iniciar o texto junto com vocês e vou ler um trecho

em voz alta, e quando eu parar; vocês continuarão a leitura silenciosamente.

Se não entenderem alguma palavra, leiam a frase novamente ou sublinhem a

palavra para verificarmos mais tarde”.

22

Durante a leitura

Professor, se os alunos apresentarem alguma dúvida sobre o vocabulário existente nestes

trechos, estimule-os a pensar sobre os conceitos destas palavras. Só recorra ao dicionário

em último caso. Sugestão: Pode-se utilizar a paráfrase para sanar as dúvidas. Permitir e/ou

criar condições para que os alunos façam perguntas sobre trechos que não compreenderam.

Iniciar a leitura da linha 1 [A cena...] até a linha 10. [... Silêncio.]

Recapitular este trecho e dirigir uma discussão sobre a interpretação do que

foi lido e incentivar novas previsões:

Então, dissemos que o texto é de uma época distante do nosso tempo.

Que época é essa?

Onde esta cena acontece?

Em que momento do dia, esta cena acontece?

Quantos personagens aparecem na cena?

O que cada personagem está fazendo?

Por que será que estão todos em silêncio? O que vocês acham?

Solicitar para que continuem uma leitura silenciosa da linha 11 [...De

repente..] até a linha 34 [...plebiscito?]

Bem, agora dá para saber por que todos estavam em silêncio? Expliquem.

O filho pergunta ao pai sobre o significado da palavra ―plebiscito‖. Qual foi

a primeira reação do pai diante da pergunta?

Explique o que fez Dona Bernardina, diante da atitude do esposo. Por que

será que ela teve esta atitude?

O filho repete a sua dúvida e o pai lhe responde fazendo outra pergunta.

Qual foi a intenção do pai ao responder-lhe fazendo esta outra pergunta?

Então, o senhor Rodrigues se dirige a dona Bernardina, dizendo que o

filho não sabia o significado da palavra ―plebiscito‖. Qual foi a atitude de

dona Bernardina, neste momento?

Então, as personagens da história sabiam o significado da palavra

―plebiscito‖?

O que vocês acreditam que vai acontecer?

Qual será o comportamento das personagens: senhor Rodrigues e dona

Bernardina?

23

“Agora, vamos ler o terceiro trecho que começa na linha 35

[...Ninguém, alto lá...] e vai até a linha 76 [... violentamente a porta.].

Neste trecho, senhor Rodrigues assume uma reação de nervosismo e

indignação. Qual foi a frase que ele disse e que demonstra seu estado

psicológico, os seus sentimentos?

E qual foi a reação de dona Bernardina diante do comportamento irritado

de seu marido?

Os dois começam uma discussão em que senhor Rodrigues afirma que

dona Bernardina quer deixá-lo zangado. E dona Bernardina conta uma

―fraqueza‖, um ―receio‖ do senhor Rodrigues. Qual é esse receio?

Dona Bernardina faz, então, um desafio ao senhor Rodrigues. Qual é?

O senhor Rodrigues acusa dona Bernardina de fazê-lo ridículo perante as

crianças. Mas, qual foi o argumento que dona Bernardina usou diante da

acusação de seu esposo?

Diante do desafio de dona Bernardina, senhor Rodrigues afirma que sabe

o significado da palavra ―plebiscito‖, mas que não irá dizer para não se

humilhar diante dos filhos. Não daria o braço a torcer para conservar a

força moral que deveria ter perante a família. Esta atitude do senhor

Rodrigues pode ser descrita em uma palavra ou expressão. Qual é?

Depois de mostrar seu modo de pensar e agir para toda a família, o que

você acredita que senhor Rodrigues irá fazer?

E como os filhos irão se portar diante da discussão dos pais?

Qual será o desfecho desta história?

“Continuando a leitura do texto, agora vamos ler da linha 77 [No quarto

havia...] até o final, linha 114 [...estrangeirismos!...]

Qual foi a reação dos filhos do casal diante da discussão dos pais? Como

eles se sentiram?

Qual foi a sugestão dos meninos diante do problema que aconteceu?

Dona Bernardina dá um beijo na filha depois que ela apresenta uma

conclusão dos fatos que havia presenciado e vai bater na porta do quarto

em que estava o senhor Rodrigues. Por que será que dona Bernardina

tomou estas duas atitudes? Qual é o papel que ela está desempenhando

diante da família?

O senhor Rodrigues sai do quarto e senta-se na cadeira de balanço e

finalmente responde a pergunta de Manduca. Diz o significado da palavra

―plebiscito‖. De que maneira ele comunicou o significado da palavra

―plebiscito‖?

Vocês conseguem descrever esta cena? Então, vamos descrevê-la.

24

Como se sentiram os outros membros da família diante da resposta do

senhor Rodrigues?

Afinal, segundo o texto, o que é ―plebiscito‖?

Este significado está de acordo com o significado que vocês escreveram

em seus cadernos, antes da leitura do texto?

O desfecho da história está próximo do desfecho que vocês imaginaram?

Comentem.

Depois da leitura

“Vamos, então, agora recapitular toda a história que o texto nos

mostrou.”

Quem são os personagens da história?

Como eles são? Quais são as características principais de cada

um?

Existe algum personagem que se destaca por suas atitudes?

Quem? Por quê?

Onde ocorrem os fatos? Como é esse lugar? Alguém pode

descrevê-lo?

Quando se passa esta história? Em que época? Quais eram os

costumes das famílias daquela época, que vocês notaram no texto?

Narrador é quem conta a história. Alguém sabe quem é o narrador

da história?

Qual é o foco narrativo presente na história? Em 1ª ou 3ª pessoa?

Como vocês podem justificar esta resposta?

Quais são os fatos mais importantes que ocorrem na história?

Qual é o tipo de discurso predominante no texto? Discurso direto ou

indireto? Justifiquem.

Existe alguma passagem do texto que vocês não compreenderam?

Alguém quer perguntar alguma coisa sobre o texto?

Vamos fazer uma discussão ou debate sobre o tema deste texto. Alguém

pode dizer o que é tema?

Tema: É a ideia ou conjunto de ideias que estão implícitas no texto. Isto é, estão

―escondidas‖, ―camufladas‖ nas entrelinhas do texto. São as ideias que o autor quer

revelar, mas de modo sutil, velado, insinuante, instigando a capacidade crítica do

leitor.

25

Explícito: Tudo aquilo que

está claro no texto.

Implícito: Tudo aquilo que

está velado, isto é,

“escondido” no texto. Está

nas entrelinhas.

Contexto: o mesmo que

situação ou realidade que

é demonstrada no texto

Solicitar para que façam um levantamento sobre possíveis temas abordados no texto.

1) Quais são os temas presentes no texto? Escrevam em seus cadernos.

Solicitar para que as duplas socializem os temas encontrados.

Promover um pequeno debate sobre estes temas estimulando os alunos a expressar

suas ideias.

Módulo 2: Interpretando o texto por escrito:

Entregar as questões escritas para os alunos responderem em folhas separadas. Fazer

o exercício em duplas.

1) O texto inicia apresentando a família do senhor Rodrigues. Eles estavam

realizando certas ações em um determinado lugar e em uma determinada

época.

a) Qual é o tipo de texto que possui estas características?

b) Quantas pessoas formam a família do senhor Rodrigues?

c) O que cada um deles está fazendo?

d) Em que lugar eles estão reunidos?

e) Quando acontecem as cenas desta história?

2) Manduca pergunta a seu pai o que significa a palavra ―plebiscito‖ e inicia-se,

então, um conflito:

a) Diante da pergunta do filho, o pai não lhe dá muita atenção. Retire a

frase do texto que demonstra isso.

b) O menino insiste na pergunta e o senhor Rodrigues só abre os olhos

diante da intervenção de dona Bernardina. Qual foi esta intervenção?

Retire a frase do texto que demonstra isto.

3) Você deve ter notado que o senhor Rodrigues

chama a esposa de ―senhora‖ e que dona

Bernardina chama o marido de ―seu‖ Rodrigues.

a) Para o casal, o que representa este tipo de

tratamento?

b) Qual é a significação implícita nesta forma

de tratamento entre eles?

26

4) O senhor Rodrigues instiga o filho dizendo-lhe que, aos doze aos, ele deveria

saber o que é ―plebiscito‖ e, ainda, comenta com dona Bernardina que o

garoto não sabe o significado da palavra. Qual é o tema que podemos extrair

desta situação?

5) Dona Bernardina inicia uma série de desafios ao senhor Rodrigues, dizendo

que, em casa, ninguém sabe o significado da palavra ―plebiscito‖. Ele

responde: ― Ninguém, alto lá. Creio que não tenho dado provas de não ser

nenhum ignorante!‖. Diante deste contexto, que tema que podemos extrair?

6) A discussão continua. Ela fica insistindo que não é vergonhoso desconhecer

o significado de uma palavra. Ele, negando-se a reconhecer que não sabe o

que é ―plebiscito‖.

a) Qual é o sentido podemos atribuir a esta disputa?

b) O que o casal quer demonstrar com estas atitudes?

7) Ele acusa dona Bernardina de torná-lo ridículo perante as crianças. Ela diz

que ele mesmo se faz ridículo porque não recorre ao dicionário para

pesquisar a palavra ―plebiscito‖.

a) Qual é o significado da palavra ―ridículo” nesta situação?

b) Ambos entendem a palavra ―ridículo‖ da mesma maneira? Explique.

8) No final da discussão, o senhor Rodrigues afirma que quer conservar a sua

força moral na família e manda a esposa para o diabo. Qual é o tema que

podemos extrair deste contexto?

9) O texto diz que o senhor Rodrigues vai para o quarto e lá encontra o que mais

precisava naquele momento: algumas gotas de água de flor de laranja e um

dicionário. Faça uma pesquisa e descubra para que serve:

a) Água de flor de laranja:

b) Dicionário:

10) Enquanto o senhor Rodrigues estava no quarto; na sala de jantar, os filhos

ficam chateados com tudo o que presenciaram, conversam com dona

Bernardina e argumentam de tal forma que ela resolve fazer as pazes com o

senhor Rodrigues. Então, ela vai até o quarto e diz que não valia a pena ele

se zangar e discutirem por coisa tão pequena. Qual é o tema que podemos

extrair destes fatos?

11) O senhor Rodrigues entra novamente na sala e diz: ―... É muito boa! Eu! Eu

ignorar a significação da palavra plebiscito! Eu...‖ e diz o significado da

palavra para todos, em tom solene. E todos ficam aliviados. Diga, então, qual

é o significado implícito na palavra ―eu‖ na frase do senhor Rodrigues.

27

12) E, no final, ele diz que a lei, por ser romana, é mais um ―estrangeirismo‖.

a) O que quer dizer a palavra ―estrangeirismo‖?

b) O que é uma lei romana?

13) Também é possível perceber alguma coisa especial ao analisarmos a frase

final do senhor Rodrigues em que ele admite que o ato de introduzir uma lei

romana no Brasil seria um estrangeirismo. O que pode ser?

a) ( ) Que ele desconhece as leis.

b) ( ) Que ele não compreende a origem do Direito e das leis.

c) ( ) Que ele não sabe o que é a palavra ―estrangeirismo‖.

d) ( ) Que ele fez, novamente, uma confusão de significados ao

considerar uma lei romana como um estrangeirismo.

e) ( ) Que ele não compreendeu o verbete ―plebiscito‖ quando leu no

dicionário, mas tem que demonstrar aos filhos e à esposa que ele

sabe, para poder conservar a sua autoridade perante a família.

Professor, antes de trabalhar os próximos módulos, fazer a correção da interpretação escrita e

oferecer espaço para os alunos se expressarem oralmente sobre os temas apresentados pelo texto

estudado.

Em seguida, recolher as interpretações para conferir a correção.

Esta atividade deverá ser avaliada e fará parte do portfólio do aluno.

Módulo 3: Analisando a estrutura do texto:

A NARRATIVA

Toda narrativa conta uma história que pode ser real ou fictícia, ou então, pode mesclar dados reais e imaginários. Nesta história, há personagens que praticam

ações que acontecem em um determinado lugar e em um determinado tempo.

Solicitar para que os alunos respondam estas questões por escrito.

28

ELEMENTOS DA NARRATIVA

1) No texto há quatro personagens. Complete o quadro a seguir com

informações sobre eles:

O que faz O que pensa O que sente Como é fisicamente

Como é interiormente

Senhor Rodrigues Dona Bernardina Manduca A irmã de Manduca

2) Conforme as informações que você escreveu no exercício anterior, faça uma

descrição completa de cada personagem do texto, relatando suas ações,

comunicando seus pensamentos e sentimentos, dizendo suas características

físicas e psicológicas.

PERSONAGENS DESCRIÇÃO

Senhor Rodrigues

Dona Bernardina

Manduca

A irmã de manduca

Personagens: São aqueles que participam das ações da história. Há personagens

principais (que são mais importantes no desenvolvimento da ação) e os

personagens secundários.

3) A família está toda reunida na sala de jantar. Portanto, a sala de jantar é um

ambiente (cenário) onde acontecem estas cenas. Descreva este ambiente.

4) Além da sala de jantar, as ações do texto acontecem em mais algum outro

ambiente? Qual?

5) Então, qual é o espaço (lugar) onde acontece a história?

Espaço: É onde acontecem os fatos da história. Em que lugar.

Exemplo: na escola

Ambiente: É um lugar mais delimitado dentro do espaço. Exemplo: Espaço= escola, ambiente= sala de aula

29

6) No texto ―Plebiscito‖, as cenas ocorrem em 1890. A que século este ano

pertence? Faz quanto tempo que estas cenas aconteceram? Calcule.

Tempo: E quando acontecem os fatos da história. Em que época, em que momento.

7) Que tipo de narrador está presente no texto:

Narrador: O narrador é aquele que conta a história. Ele pode estar presente e fazer

parte da história, ou então, estar ausente e observar o que acontece nela ou, ainda,

estar totalmente fora dela.

8) Qual é o tipo de foco narrativo presente no texto?

9) O que devo observar para justificar esta resposta?

Foco Narrativo: Pode ser de duas formas:

1ª pessoa: quando uma personagem que participa da história narra os fatos.

3ª pessoa: quando alguém que observa a história narra os fatos. Pode ser uma

personagem participante da história ou alguém que está totalmente fora dela.

10) Seguindo a sequência das ações que ocorrem no texto, enumere as ações

mais importantes que acontecem:

a) ______________________________________________

b) ______________________________________________

c) ______________________________________________

d) ______________________________________________

e) ______________________________________________

f) _____________________________________________

11) Agora escreva o enredo do texto:

Enredo: É uma sequência ordenada de acontecimentos que ocorrem com

personagens, em um determinado lugar, numa determinada época. O

encadeamento destes fatos gera um conflito na história.

30

12) Qual é o tipo de discurso que predomina no texto?

13) Quais são as características deste tipo de discurso?

Discurso: É a fala das personagens.

a) Discurso Direto: é quando o narrador introduz as personagens e mostra

representação exata das palavras ditas ou pensadas por elas.

b) Discurso Indireto: é quando o narrador conta para o leitor o que as personagens

falaram ou estão falando.

* Observação: Os conceitos teóricos referentes a Elementos da Narrativa foram adaptados e tiveram por fonte de pesquisa:

GRANATIC, Branca. Técnicas Básicas de Redação. 2. Ed. São Paulo: Scipione, 1995.

Módulo 4: Analisando o vocabulário:

Neste texto, o menino Manduca quer saber o significado da palavra “plebiscito” e

pergunta para seu pai. Todas as ações são decorrentes desta situação porque o pai, a

princípio, desconhece o significado da palavra e não quer deixar transparecer a sua

ignorância sobre o significado deste vocábulo para a família. Veladamente, sem que

percebam, o pai entra em seu quarto e utiliza um dicionário para aprender o significado

da palavra “plebiscito”; depois, quando volta para a sala, por solicitação de dona

Bernardina e dos filhos, esclarece o significado da palavra “plebiscito” para Manduca e

todos ficam aliviados.

Como vimos no texto, antigamente, muitas pessoas pensavam que buscar uma

palavra no dicionário era motivo de vergonha porque assumir o desconhecimento do

significado de alguma palavra demonstrava ignorância perante os outros. E, infelizmente,

esta ideia ainda se propaga por aí. Muitos chamam o dicionário de “pai dos burros”, o

que é um contra censo, pois se estudarmos a origem e as funções dos diversos tipos de

dicionários existentes, nós veremos o quanto eles são úteis e necessários para o

esclarecimento e evolução do conhecimento das pessoas, principalmente dos

estudantes.

Então, percebemos que o dicionário é um grande auxiliar na aprendizagem dos

vocábulos de um idioma, seja ele a nossa língua mãe ou outra língua estrangeira que

decidimos aprender. Consultar um dicionário é sempre necessário, pois, por mais que

nos esforcemos, é impossível guardar na memória todas as palavras de um idioma. São

milhares de palavras. E quando lemos, sempre estamos nos deparando com palavras e

expressões novas. Portanto, devemos transformar o dicionário em um grande parceiro,

um aliado para a nossa aprendizagem na escola, no trabalho, em qualquer lugar.

Devemos sempre ter um deles por perto para utilizá-lo de maneira espontânea e

autônoma. O que não dá, é bancar o senhor Rodrigues, não é?!

Texto da autora

31

Através do dicionário, também podemos estudar a POLISSEMIA, isto é, os vários

sentidos que uma palavra pode ter diante de contextos diferentes. Por essa razão, é

importante buscar o contexto em que a palavra se apresenta:

Exemplo:

manga. s.f.(a) 1. Parte do vestuário em que se enfia o braço. 2. Tubo ou borracha

para a condução de água, mangueira. 3. Fruto comestível da mangueira (árvore

originária da Índia)

SACCONI, Luiz Antonio. Minidicionário Sacconi da Língua Portuguesa. São Paulo: Atual, 1996

Professor, leve exemplares de dicionários para a sala, para efetuar as próximas atividades.

Para tornar a atividade mais dinâmica, distribua as frases do exercício entre as duplas. Cada

dupla pode responsabilizar-se por pesquisar duas palavras. No momento da correção da

atividade, disponibilize as respostas no quadro para que todos possam anotá-las e conferi-las. Se

for preciso, explique que utilizamos a ordem alfabética para procurar as palavras no dicionário.

1) Bem, agora que vimos a importância do uso do dicionário para a

aprendizagem e esclarecimento dos significados das palavras, vamos utilizá-

lo para pesquisar os significados de algumas palavras que aparecem no

texto. Lembre-se de adequá-las ao contexto em que aparecem:

a) ―...repimpando numa cadeira de balanço.‖

b) ―...Acabou de comer como um abade”

c) ―...está muito entretida a limpar a gaiola de um canário belga.‖

d) ―...Você é muito prosa‖.

e) ―Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer palavra.‖

f) ―... se me disser o que é plebiscito sem se arredar desta cadeira.‖

g) ―... ergue-se de um ímpeto e brada:‖

h) ―... exasperadíssimo, nervoso, deixa a sala de jantar...‖

i) ―... acode Manduca, muito pesaroso por ter sido o causador involuntário de

toda aquela discussão...‖

j) ―... duas pessoas que se estimam tanto zangarem-se por causa do

plebiscito!‖

k) ―O homem continua num tom profundamente dogmático‖.

l) ―Plebiscito é uma lei decretada pelo povo romano, estabelecida em

comícios.‖

m) ―... É mais um estrangeirismo.‖

32

2) Também aparecem no texto, algumas expressões daquela época. Algumas

não são tão usadas atualmente, porém, outras, ainda continuam sendo ditas.

Vamos conhecê-las. Pesquise novamente.

a) ―... lê com muita atenção uma das nossas folhas diárias.‖

b) ―O senhor Rodrigues não tem remédio senão abrir os olhos.‖

c) ― Ninguém, alto lá. Creio que tenho dado provas de não ser nenhum

ignorante!‖

d) ― O que a senhora quer é enfezar-me!‖

e) ―...Não dou o braço a torcer!...‖

f) ― Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa‖

g) ―O negociante esperava a deixa.‖

Professor, execute a próxima atividade no laboratório de informática. Acesse os links: FERNANDES, Millôr. Dicionário etimoLÓGICO I. Millôr Online. 1955a.

http://www2.uol.com.br/millor/dicionario/001.htm.

FERNANDES, Millôr. Dicionário etimoLÓGICO II. Millôr Online. 1955b.

http://www2.uol.com.br/millor/dicionario/002.htm.

3) Leia o texto no site indicado pelo seu professor e responda em seu caderno:

a) Segundo o texto do site, porque o título do dicionário está escrito desta forma

―etimoLÓGICO?‖

b) O que você pode observar nas definições das palavras?

O que é Etimologia?

Etimologia é a ciência que estuda as origens das palavras e, através dela, podemos analisar o que cada palavra quer dizer e saber qual é a sua origem histórica e como se deu a sua evolução até os dias atuais.

Exemplo:

A palavra "Etimologia" tem origem grega, e se formou a partir do adjetivo étumos (que significa real, verdadeiro) e do radical logos (que representa estudo, ciência). Etimologia é, portanto, o estudo da verdadeira origem das palavras. Aliás, o que acabamos de fazer foi exatamente analisar etimologicamente a palavra etimologia.

Fonte: O QUE SIGNIFICA Etimologia? JurisWay. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6660. Acesso em: 13 jul. 2011

33

Você já estudou a etimologia de várias palavras: Veja:

Biologia bios (grego) = vida + logos (grego)= estudo

Geografia geo (grego) = terra + graphia (grego) = escrita

Hidrofobia hydor (grego) = água + phobien (grego) = medo

Ovíparo ovu (latim) = ovo + paro (latim)= que produz

Triticultura triticu (latim)= trigo + cultura (latim) que cultiva

Professor, providencie tabela com radicais gregos e latinos ou, então, leve dicionários etimológicos

para a sala de aula e disponibilize para os alunos. Entregue uma folha em branco para cada dupla.

1) Veja as definições abaixo e responda em seu caderno:

Hominadade, s. f. – Lat. Humanitatem. O conjunto dos homens; natureza

humana; benevolência; complacência; clemência; compaixão. S. f. pl. Estudo das

letras clássicas.

D’OLIVEIRA, H. Maia. Dicionário Brasileiro Ilustrado. Tomo V. Londrina. Projeto Brasil, 1978. P. 1459.

Dinheiro

Vem do latim vulgar dinarius que deriva do latim clássico denarius, nome de uma

moeda de prata da Roma antiga que tinha o valor de dez asses. E denarius se

baseia em deni [cada dez] que por sua vez deriva de decem [dez].

(Destaques em negrito meus)

BUENO, Marcio. A origem curiosa das palavras. 4ª Ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003

a) Qual é a origem etimológica destas palavras?

b) Considerando a definição apresentada, explique com as suas palavras

a evolução da palavra ―dinheiro‖

2) Em duplas, utilizando o material disponibilizado, pesquise e explique a

origem de duas palavras da língua portuguesa. Depois, escreva as

definições em folhas soltas de papel. Procure ilustrar as palavras que

vocês definiram.

3) Entregar as folhas para o professor avaliar e arquivar no portfólio.

Professor, se for possível, levar os alunos para o laboratório de informática e navegar com eles nos

sites indicados a seguir.

34

DICAS: Para aprender mais sobre Etimologia, veja o site: ETIMOLOGIA o que é isso? Origem da Palavra. Disponível em:

http://origemdapalavra.com.br.

Módulo 5: Analisando as características do texto com discurso direto:

Professor,

Divida a sala em seis grupos, ofereça uma cartolina para cada grupo e peça para que eles façam

cartazes exemplificando as características específicas do texto narrativo em que predomina o

discurso direto (veja quadro a seguir).

Cada grupo deverá se encarregar de fazer um cartaz e de exemplificar uma característica.

Incentive-os e acompanhe-os, esclarecendo suas dúvidas durante a execução da atividade.

Depois que os cartazes estivem prontos, peça para socializarem suas descobertas.

1) Releia o texto ―Plebiscito‖ e forme um grupo, conforme as orientações dadas

pelo seu (a) professor (a). Confeccione um cartaz exemplificando uma das

informações do quadro que se segue. Cada grupo irá confeccionar um cartaz

exemplificando uma característica diferente. Depois que todos terminarem,

sua equipe deve apresentar o cartaz para os colegas e explicar o que

aprendeu.

O texto narrativo em que predomina o discurso direto possui ainda, algumas

características específicas, pois registra a fala das personagens com maior

frequência e intensidade. São elas:

Predominância de frases curtas;

Uso do travessão para marcar o início da fala da personagem;

O narrador introduz a personagem que vai falar, utilizando verbos que

indicam esta fala, tais como: disse, falou, pergunta, respondeu e em

seguida, colocam-se os dois pontos;

Estes verbos podem estar em frases intercaladas, isto é, no meio das

falas da personagem, separadas por travessões, ou, então, podem

aparecer depois da fala da personagem.

E há textos, em que o discurso é direto mesmo, sem muita presença do

narrador. As personagens vão dialogando umas com as outras e,

conforme o contexto e o diálogo que se desenvolve, sabemos quem fala

e quem responde.

Há a presença dos tempos verbais do presente e do pretérito perfeito do

indicativo, principalmente, na voz do narrador.

35

2) Agora, escreva as seguintes informações em seu caderno:

a) No texto que você estudou, indique quais destas características mais se

destacaram.

b) Retire do texto e faça uma lista dos verbos que o narrador utilizou para

introduzir a fala das personagens durante os diálogos.

c) Em que tempo verbal estes verbos foram empregados? Por quê?

Justifique.

Módulo 6: Estudando a língua:

SINAIS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Apesar de não conseguirem substituir a riqueza de recursos existentes na oralidade, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entoações da linguagem oral.

Os sinais de pontuação possuem algumas funções. Veja:

Indicar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura;

Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;

Eliminar ambiguidades, esclarecer o sentido da frase.

Vamos agora, estudar alguns casos em que são empregados sinais de pontuação mais comuns. São eles que buscam dar maior clareza e simplicidade para a escrita.

1) Veja este trecho que pertence a um texto de Artur Azevedo, autor de ―Plebiscito‖. Leia-o com atenção e tente colocar a pontuação correta. Você pode fazer a atividade junto com um colega, para trocar idéias:

36

A melhor vingança O Vieirinha namorou durante dois anos a Xandoca mas o pai dele quando soube do

namoro fez intervir a sua autoridade paterna

A rapariga não tem eira nem beira meu rapaz o pai é um simples empregado

público que mal ganha para sustentar a família Foge dela antes que as coisas assumam

proporções maiores porque se te casares com essa moça não contes absolutamente

comigo faze de conta que morri e morri sem te deixar vintém Tu és bonito inteligente e

tens a ventura de ser meu filho podes fazer um bom casamento

Não sei se o Vieirinha gostava deveras da Xandoca só sei que depois dessa

observação do Comendador Vieira nunca mais passou pela Rua Francisco Eugênio onde

a rapariga todas as tardes o esperava com um sorriso nos lábios e o coração a palpitar de

esperança e de amor

[...]

AZEVEDO, Artur. A melhor vingança. Domínio Público. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000048.pdf. Acesso em: 15 jun. 2011.

Vírgula ( , )

A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período. Geralmente é usada:

- após o uso das palavras "sim" ou "não" (advérbios), usados como resposta, no início da frase.

– ―Sim, agora sabe porque foi ao dicionário...‖ – Não, no final de semana.

- indicar uma enumeração.

―Ele entra, atravessa a casa, e vai sentar-se na cadeira de balanço‖.

- isolar um vocativo.

“ Papai, o que é plebiscito?‖ ― Não sei, Manduca, não sei o que é plebiscito ...‖

- isolar um aposto.

―Dona Bernardina, sua esposa, está muito entretida a limpar a gaiola de um

canário belga‖.

37

-isolar uma frase intercalada.

―Ele, encostado à mesa, os pés cruzados, lê com muita atenção uma das nossas folhas‖.

Travessão ( – )

O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:

- no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

―Que é? Que desejam vocês?‖ “ Papai, o que é plebiscito?‖

- para isolar o narrador da fala das personagens.

Proletário – acudiu o senhor Rodrigues – é o cidadão pobre que vive do trabalho mal remunerado.

―Sim! Sim! Façam as pazes – disse a menina em tom meigo e suplicante. –Que tolice!...‖

Ponto Final ( . )

O ponto final representa a pausa máxima da voz. A entoação ocorre de forma descendente.

- para fechar o período de frases declarativas e imperativas.

A cena passa-se em 1890. ― ... chame papai e façam as pazes.‖

- nas abreviaturas.

Sr. (Senhor) Cia. (Companhia)

38

Ponto de Interrogação ( ? )

O ponto de interrogação é usado ao final de qualquer pergunta direta, ainda que a pergunta não exija resposta. A entoação ocorre de forma ascendente. Nas perguntas indiretas, ele não aparece.

― Papai, que é plebiscito?‖ (interrogação direta) ― Eu queria que papai me dissesse o que é plebiscito.‖ (interrogação indireta)

Também pode aparecer juntamente com o ponto de exclamação.

― Que me diz?!‖

Ponto de Exclamação ( ! )

O ponto de exclamação é empregado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc. Possui entoação descendente.

― Ah! – suspiraram todos aliviados.

Obs.: O ponto de exclamação substitui o uso da vírgula de um vocativo enfático. Exemplo: Ana! Venha até aqui!

Observação: Obs. : Conteúdos referentes a Sinais de Pontuação foram adaptados e tiveram por fonte de pesquisa:

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios. Ed. Renovada. São Paulo: FTD, 2008.

2) Agora que você estudou um pouco sobre pontuação, leia o texto que se

segue e responda as questões:

Um apólogo (Machado de Assis)

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que

vale alguma coisa neste mundo?

— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar

insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

39

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem

cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a

sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os

cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose

sou eu, e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou

feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você,

que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante;

vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo,

ajunto...

[...] ASSIS, Machado de. Um apólogo. NEAD – Núcleo de Educação a Distância. Belém: UNAMA – Universidade da

Amazônia. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000231.pdf. Acesso em: 15 jun. 2011.

Professor, se quiser, leve o texto Um apólogo (Machado de Assis) completo, para lê-lo para os alunos, após a realização da próxima atividade.

a) Justifique o uso dos travessões no texto:__________________________

b) Copie uma frase, em que o uso da vírgula:

Isole um vocativo:_________________________________________

Acompanhe a palavra sim ou não, usados como resposta:______

Indica uma enumeração:___________________________________

3) Você deve saber que uma ―fábula‖ é uma narrativa cujas personagens são

animais e que sempre apresenta um ensinamento como ―moral da história‖.

Como, por exemplo: A cigarra e a formiga, A lebre e a tartaruga e outros.

Agora, você sabe como se chama a narrativa que se parece com a fábula,

mas que, ao invés de possuir animais como personagens, apresentam

objetos? Bem, um exemplo deste gênero de texto, nós vimos no exercício

anterior. Veja se você descobre o nome desta modalidade de narrativa e

escreva aqui __________________________.

Professor, para ampliar o conhecimento sobre apólogos, sugerir a leitura de algumas obras do autor Orígenes Lessa: Memórias de um cabo de vassoura; Aventuras e Desventuras de um Cavalo de Pau; Napoleão Ataca Outra Vez; Napoleão em Parada de Lucas; As Letras Falantes, É Conversando que as Coisas se Entendem; As Alegres Desventuras de um Relógio de Pulso; A Greve das Bolas.

40

VOCATIVO

Vocativo: É o termo que serve para chamar, invocar, nomear ou interpelar um ouvinte ou

interlocutor para quem se está dirigindo a palavra. Este interlocutor pode ser real ou fictício.

Por exemplo: ― Papai, que é plebiscito?‖

Obs.: antes do vocativo podem aparecer interjeições de apelo como ―ó‖, ―olá‖, ―eh!‖, e outras: Por exemplo: ― Ó seu Rodrigues, Manduca está lhe chamando.‖

1) Sublinhe os vocativos das frases do texto que se seguem:

a) ― Ó senhora, o pequeno não sabe o que é plebiscito!‖

b) ―... pois bem, mamãe; chame papai e façam as pazes.‖

c) ― Seu Rodrigues, venha sentar-se;...‖

TIPOS DE FRASES..

1) Leia o texto abaixo, e utilizando lápis de cores diferentes, reconheça e

sublinhe o que se pede:

“O homem continua num tom profundamente dogmático:

Plebiscito...

E olha para todos os lados a ver se há ali mais alguém que possa aproveitar a lição.

Plebiscito é uma lei decretada pelo povo romano, estabelecida em comícios.

Ah! - suspiram todos, aliviados.

Uma lei romana, percebem? E querem introduzi-la no Brasil! É mais um

estrangeirismo!...”

AZEVEDO, Artur. Plebiscito. In: MACHADO, Ana Maria (org). Em família. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. Coleção

Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p.8-12

a) Pinte de vermelho – frases interrogativas

b) Pinte de verde – frases exclamativas

c) Pinte de laranja – frases declarativas.

41

Quando falamos, utilizamos um recurso da fala chamado entoação. Graças a ela, podemos ter uma possibilidade muito ampla de expressar o que queremos e as frases que pronunciamos podem representar contextos diferentes. Quando escrevemos, não podemos usar este recurso. Para tentar substituí-lo utilizamos os sinais de pontuação. São eles que nos fornecem, na língua escrita, o sentido das frases. Conforme a entoação utilizada, podemos prever alguns tipos de frases:

a) Frases Interrogativas: São empregadas quando o emissor faz uma pergunta

para seu interlocutor com o objetivo de obter alguma informação: A interrogação pode ser direta ou indireta.

― Papai, que é plebiscito?‖ (interrogação direta) ― Eu queria que papai me dissesse o que é plebiscito.‖ (interrogação direta)

b) Frases Imperativas: São empregadas quando o emissor dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, para o seu interlocutor, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas.

― ... diga o que é plebiscito?‖ (Afirmativa) ― ... Não durma depois do jantar, que lhe faz mal.‖ (Negativa)

c) Frases Exclamativas: São empregadas quando o emissor expressa suas emoções e sentimentos. Apresentam entoação ligeiramente prolongada.

Por Exemplo: ― Ora essa, rapaz!‖ ― ... Eu! Eu ignorar a significação da palavra plebiscito! Eu!...‖

d) Frases Declarativas: São empregadas quando o emissor confirma um fato, informando ou declarando alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.

― ...Ridículo é você mesmo quem se faz.(Afirmativa) ― Não me admira que ele não saiba, porque eu também não sei‖. (Negativa)

Só Português, Acesso em: 06 jun. 2011. (Adaptado) Fonte: TIPOS DE FRASES. Só Português. Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint2.php

42

2) Agora, leia o texto a seguir e responda às atividades:

O sapo e o boi Há muito, muito tempo existiu um boi imponente. Um dia o boi estava dando seu passeio

da tarde quando um pobre sapo todo mal vestido olhou para ele e ficou maravilhado. Cheio de inveja daquele boi que parecia o dono do mundo, o sapo chamou os amigos.

– Olhem só o tamanho do sujeito! Até que ele é elegante, mas grande coisa; se eu quisesse também era.

Dizendo isso o sapo começou a estufar a barriga e em pouco tempo já estava com o dobro do seu tamanho normal.

– Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros sapos. – Não, ainda está longe! responderam os amigos. [...]

ESOPO. O sapo e o boi, 2004. Disponível em: http://www.metaforas.com.br/infantis/osapoeoboi.htm .

Acesso em: 15 jun. 2011.

Retire do texto:

a) Uma frase exclamativa:_____________________________________________

b) Uma frase interrogativa:_____________________________________________

c) Uma frase declarativa:______________________________________________

Módulo 7: Produzindo o texto

Ao estudarmos o texto ―Plebiscito‖ verificamos alguns elementos:

O texto possui predominância do discurso direto entre as personagens porque

aparece os diálogos entre eles;

Há a presença de um narrador de 3ª pessoa porque alguém conta a história;

As ações acontecem em um determinado lugar (a casa do senhor Rodrigues)

e uma determinada época (1890 – século XIX);

O texto apresenta um conflito (a postura autoritária do senhor Rodrigues,

perante a família, que não lhe permite reconhecer a necessidade de usar

dicionário para aprender significados de palavras);

O texto mostra modos de pensar e agir pertinentes à sociedade daquela

época. Traz costumes e valores presentes naquele tempo e que caíram em

desuso na atualidade.

43

Agora, vamos produzir uma narrativa com estas características. Vocês devem

pesquisar em livros, jornais, internet, conversar com pessoas mais velhas e

experientes (pais, avós, vizinhos, professores), interar-se de ideias e costumes mais

antigos e criar uma história que apresente um conflito.

É importante que vocês:

Mencionem em que época e em que lugar estas cenas vão acontecer;

Criem diálogos entre as personagens usando o discurso direto;

Expressem características das personagens (descrições físicas e psicológicas);

Mostrem claramente os fatos que irão gerar um conflito.

Coloquem um narrador para contar a história, pois, será ele quem irá introduzir a

fala das personagens.

Façam um rascunho para elaborar uma história com qualidade.

Para montar o rascunho, sigam estas instruções:

1) Reflitam e respondam às seguintes perguntas:

a) Quantas e quem serão as personagens do meu texto? Como serão elas?

b) Em que lugar os fatos irão acontecer?

c) Quando, em que época, estes fatos irão acontecer?

d) Quais serão as ideias e costumes antigos que irei mostrar no meu texto?

e) Quais são os fatos que irão gerar um conflito?

f) Qual será o conflito? Explique.

g) Quem irá contar a história?

2) Em seguida, com base em suas respostas, use sua criatividade, bom humor,

perspicácia e dê vida à sua história.

Professor, depois que os alunos terminarem o texto, solicitar para que socializem seus textos com os colegas e

peçam para corrigir possíveis erros. Depois, faça uma revisão individual desta correção e solicite para que os

alunos reescrevam o texto e façam uma ilustração sobre o que escreveram. Se possível, explique quais foram as

maiores dificuldades que apresentaram na escrita do texto e organize uma revisão, expondo no quadro, estas

dificuldades. Este texto irá para o portfólio e servirá como avaliação de produção textual no projeto.

44

OFICINA 2

OBJETIVOS

Apresentar um conto contemporâneo infanto-juvenil;

Ensinar, aprender e aplicar as estratégias de compreensão leitora na pré-

leitura, durante a leitura e depois da leitura do conto presente na oficina;

Reconhecer e discutir os temas propostos pelo texto;

Realizar a interpretação escrita do texto, enfatizando as inferências enquanto

estratégias de leitura;

Ampliar os conhecimentos sobre os seguintes elementos da narrativa:

personagem, narrador em 3ª pessoa, enredo;

Mostrar o conceito e as diferenças entre: linguagem, tipos de linguagem e

língua;

Revisar as classes de palavras destacando-se o substantivo;

Apresentar o processo de formação de palavras por meio da sufixação;

Apresentar o conceito de ―neologismo‖ e mostrar exemplificações;

Recapitular e fixar os conteúdos da oficina anterior com exercícios extras;

Estruturar e produzir uma narrativa curta considerando-se os temas e os

elementos da narrativa estudados, destacando-se o discurso direto e uso de

desfecho segundo a criatividade do aluno.

Comparar as características de um conto do século XIX com as

características de um conto contemporâneo;

Levar o aluno a compreender o conceito de ―contemporaneidade‖ na literatura

infanto-juvenil.

Professor, providenciar o texto original e entregá-lo dividido em quatro partes conforme as

orientações do tópico ―Durante a leitura‖ do módulo 1 para os alunos que deverão estar sentados em

duplas.

Módulo 1: Lendo o texto:

Professor, é interessante apresentar o(a) autor (a) do texto e fazer alguns comentários sobre ele(a),

principalmente, abordando a sua importância no cenário da literatura infanto-juvenil. Sugestão:

Mostrar foto do(a) autor(a), contar sobre sua vida (biografia), levar uma entrevista que ele (a) tenha

oferecido para revistas, televisão ou sites da internet.

45

TEXTO DE:

ROCHA, Ruth. Marcelo, marmelo, martelo. In: PRIETO, Heloisa (org). Contos para

rir e sonhar/ Ruth Rocha e Sylvia Orthof. São Paulo: Salamandra, 2003. Coleção

Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p.8-15.

Pré-leitura:

Professor, neste módulo da SD, a maior parte destas questões é oral. Portanto, durante este

exercício, vá escrevendo no quadro, todas as informações mencionadas pelos alunos. Se quiser,

monte cartazes com as informações e afixe-os na sala, para consultas posteriores.

Motivar a turma para fazer a leitura do texto e explicar o que será lido e

porque será feita esta leitura.

“Vamos ler o texto da Oficina 2 do nosso caderno pedagógico. Agora

estudaremos um conto contemporâneo. Iremos mergulhar no interior de

uma família que possui um garotinho muito esperto. Ele quer saber sobre

tudo. Tem muita disposição para questionar sobre as coisas e representa

uma imagem de criança que sempre deveria estar dentro de nós, pois

perguntar, questionar, demonstra curiosidade e que estamos atentos ao

que acontece em nossa volta.”

Abordar o conhecimento prévio dos alunos e formular algumas perguntas,

partindo do título do texto.

“A primeira coisa que faremos será ler o título do texto. O título pode nos

dar muitas pistas a respeito do texto e, então, poderemos compreender

melhor a história.”

Qual é o título do texto?

O título possui palavras que tem semelhanças e diferenças. Você percebe

as semelhanças destas palavras? E as diferenças?

Solicitar para que escrevam uma hipótese sobre esta abordagem.

Por que será que o texto possui este título? (Não digam, escrevam.)

46

Solicitar para que os alunos escrevam a resposta em seus cadernos.

Depois de alguns minutos, solicitar para que uma ou duas duplas leiam suas

respostas. Fazer uma pequena discussão sobre as hipóteses levantadas

pelos alunos. Colocá-las no quadro ou em um cartaz.

O que há de curioso no título do texto?

Início da leitura:

Fazer uma breve recapitulação das informações obtidas (recorrer ao que foi

escrito no quadro) para motivá-los a comprovar suas hipóteses.

“Por que será que este texto possui este título tão curioso? O que vocês

acham? Será que este título, realmente, nos dá uma pista sobre o texto?

Então, vamos começar a leitura. Desta vez, eu vou fazer a leitura do texto em

voz alta. Gostaria que vocês prestassem atenção na “entoação” que farei das

frases e orações. “Vocês devem acompanhar a leitura, com um lápis na mão

para destacar palavras desconhecidas para verificarmos mais tarde”.

Durante a leitura

Professor, se os alunos apresentarem alguma dúvida sobre o vocabulário existente nestes

trechos, estimule-os a pensar sobre os conceitos destas palavras. Só recorra ao dicionário

em último caso. Sugestão: Pode-se utilizar a paráfrase para sanar as dúvidas. Permitir e/ou

criar condições para que os alunos façam perguntas sobre trechos que não compreenderam.

Iniciar a leitura da linha um [Marcelo vivia....] até a linha 26 [... me deixa

louco].‖

Recapitular este trecho, fazer uma discussão sobre a interpretação do que foi

lido e incentivar novas previsões.

Quem são as personagens que dialogam neste trecho que foi lido?

Que tipo de discurso prevalece neste trecho, direto ou indireto? Por quê?

47

A personagem que mais se destaca se chama protagonista. Quem é a

personagem que mais se destaca? Por quê?

Segundo o texto, qual deve ser a idade provável de Marcelo?

Marcelo vivia fazendo perguntas. Que tipo de perguntas ele fazia?

Com o que Marcelo vivia cismado?

Marcelo sabia que existe diferença entre os significados das palavras

Marcelo, marmelo e martelo? O que vocês acham?

As palavras ―Marcelo‖, ―marmelo‖ e ―martelo‖ servem para dar nomes a

seres que existem? Que tipo de seres, elas podem nomear?

Então, seria justificável que Marcelo fizesse confusão entre as palavras

―Marcelo‖, ―marmelo‖ e ―martelo‖? Por que motivo?

O pai de Marcelo diz para ele que as palavras vêm do latim. Marcelo sabia

o que é ―latim‖? O que é latim?

Na opinião de Marcelo, o ―latim‖ não sabia ―colocar nome nas coisas‖. Por

que vocês acham que Marcelo pensava desta maneira?

Qual é a reação do pai de Marcelo diante das perguntas do filho?

Será que o pai de Marcelo vai sair desta enrascada e conseguir satisfazer

a curiosidade do filho sobre o nome das coisas? O que vocês acham?

Continuar a leitura da linha 27 [Daí, a alguns dias...] até a linha 68 [...muito o

que fazer...]

Marcelo está jogando futebol com o pai e, desta vez, quer saber por que

bola se chama ―bola‖. Qual foi a justificativa que o pai de Marcelo deu ao

menino, diante desta pergunta?

Então, de acordo com a resposta que recebeu de seu pai, Marcelo

associou à palavra ―bola‖ a palavra ―bolo‖. Por que será?

Marcelo concordava com as explicações que recebia do pai dele?

Na opinião de Marcelo, estava tudo errado. O que será que ele busca

compreender quando associa as palavras ―bola‖, ―bolo‖, ―bule‖, ―belo‖ e

―bala‖.

Tentando compreender o raciocínio de Marcelo, por que a ―cadeira‖

deveria se chamar ―sentador‖ e ―travesseiro‖ deveria se chamar

―cabeceiro‖?

Por que, na opinião de Marcelo, ―cadeira‖ não quer dizer nada?

Então, qual é a relação que Marcelo estabelece entre as palavras e os

objetos que são nomeados por elas? Tente explicar.

Explique porque Marcelo chamou:

Colherinha de ―mexedor/mexedorzinho‖:

Leite de ―suco de vaca‖:

Leiteira de ―suco-da-vaqueira‖:

48

Diante da conduta de Marcelo, seu pai resolveu conversar com ele. O que

o pai de Marcelo tentou explicar para ele?

Marcelo aceitou a explicação do pai? O que ele questionou desta vez?

Por que será que o pai de Marcelo, mandou o menino ir brincar?

O que vocês acham, as pessoas podem inventar os nomes das coisas

como bem entendem? Vocês já viram isso acontecer em algum lugar ou

em alguma situação?

Será que Marcelo vai parar com essa mania?

Continuar a leitura da linha 69 [Mas Marcelo...] até a linha 91 [... das visitas].

Quais foram as novas invenções de Marcelo que apareceram neste

trecho? Tente estabelecer as relações entre as palavras inventadas e as

palavras reais da língua portuguesa.

Marcelo continuava a falar à sua maneira, continuava inventando. Qual

era preocupação da mãe de Marcelo diante destes fatos?

Ouvindo as preocupações da esposa, o que o pai de Marcelo pensava a

respeito da situação?

O comportamento de Marcelo fazia com que os pais se sentissem

envergonhados perante as visitas. Imagine a situação deste trecho

acontecendo diante de você e tente explicar por quê.

Será que os pais de Marcelo irão saber superar estes conflitos? Você

acredita que Marcelo mudará seu comportamento?

Continuar a leitura da linha 92 [Até que um dia...] até o final, a linha final 129

[... as visitas pensam].

Neste trecho aparece outra personagem no texto. Quem é ele?

Qual foi o fato ocorrido com esta nova personagem?

Como aconteceu este fato?

Marcelo, afobado, entrou em casa dizendo: ― Papai, papai, embrasou a

moradeira do Latildo!‖. O que ele queria comunicar?

O pai entendeu o que ele estava dizendo?

Qual foi a consequência desta falta de compreensão na comunicação

entre pai e filho?

Marcelo ficou muito desapontado com isso tudo. Qual foi a frase que ele

usou para expressar este desapontamento?

Os pais se entreolharam e tomaram uma nova atitude. Qual foi? Quais são

as frases que justificam esta resposta?

49

Depois do incêndio ocorrido com a casinha do Godofredo, começou a

haver mais harmonia na família de Marcelo. Por que isto aconteceu?

E o problema com as visitas, ele foi resolvido? Por quê?

Os pais conseguiram superar os conflitos causados pela mania de Marcelo

querer dar nomes diferentes às coisas?

Afinal, quem mudou de comportamento na família?

Vocês acreditam que os pais de Marcelo agiram da melhor maneira? Por

quê?

Depois da leitura

“Vamos recapitular a história”.

Quem são as personagens da história?

Existe personagem protagonista? Quem?

Quais são as características deste protagonista?

Existem personagens secundárias? Quem?

Quais são as características destas personagens secundárias?

Existe alguma personagem que se destaca por suas atitudes? Quem?

Por quê?

Onde ocorrem os fatos? É possível descrever este lugar?

É possível saber quando se passa a história? Como?

Qual é o tipo de discurso predominante no texto? Discurso direto ou

indireto? Justifiquem.

Narrador é quem conta a história. Alguém sabe quem é o narrador da

história?

Qual é o foco narrativo presente na história? Em 1ª ou 3ª pessoa?

Como vocês podem justificar esta resposta?

Quais são os fatos mais importantes que ocorrem na história?

Toda história possui um conflito. Qual é o maior conflito que aparece

nesta história?

Toda família possui seus costumes. É possível identificar alguns

costumes na família de Marcelo? Quais?

Existe alguma passagem do texto que vocês não compreenderam?

Alguém quer perguntar alguma coisa sobre o texto?

Vamos fazer uma discussão ou debate sobre o tema deste texto. Alguém

pode relembrar o que é tema?

Solicitar para que façam um levantamento sobre possíveis temas abordados no texto.

50

1) Quais são os temas presentes no texto? Escrevam em seus cadernos.

Não permita que outras duplas vejam a resposta.

Entregar uma folha de papel para cada dupla e pedir para que eles reescrevam os temas encontrados sem se identificarem;

Recolher os papéis e distribuir para as duplas aleatoriamente;

Pedir para lerem os temas encontrados pelos colegas;

Enquanto eles vão lendo, escrever os temas no quadro ou em um cartaz.

Promover um debate sobre os temas dispostos no quadro, com a máxima participação dos alunos. Incentivar para que se expressem oralmente respeitando o turno de cada um.

2) De acordo com o debate feito em sala de aula, escrevam uma cartinha

para os pais abordando os temas discutidos. Após a escrita, procurem

corrigir o texto junto com os colegas e entreguem para a professora.

Ela irá rever os textos e irá marcar uma aula para vocês decorarem

uma papel de carta bem bonito e reescrevê-los. Este material irá ser

entregue à família no evento de encerramento do projeto.

Professor, o objetivo da atividade 2 é promover um diálogo destacando temas sobre o

relacionamento entre pais e filhos.

Módulo 2: Interpretando o texto por escrito:

Entregar as questões escritas para os alunos responderem em folhas

separadas. Fazer o exercício em duplas.

1) O texto inicia apresentando a personagem Marcelo que nos mostrou um

determinado tipo de comportamento.

a) Qual era esse comportamento?

b) Para quem ele costumava fazer perguntas?

c) Qual era a grande ―cisma‖ de Marcelo?

d) Qual era a reação da mãe de Marcelo, diante de suas perguntas?

e) E qual era a reação do pai de Marcelo?

f) Marcelo pensava muito na formação das palavras e tirava suas próprias

conclusões. Retire do texto, a maior conclusão a que Marcelo chegou, depois

de tanto pensar.

g) Ele também tomou uma decisão. Qual foi ela? Que tema nós podemos extrair

deste fato?

51

2) Numa manhã, Marcelo começou a falar a sua ―nova‖ língua e uma complicação

começou a aparecer na história. Qual foi ela?

3) O pai de Marcelo resolveu conversar com ele sobre o nome das coisas.

a) Por que ele resolveu conversar com o filho?

b) Qual foi a reação de Marcelo, diante das explicações do pai? Retire do texto a

frase que justifica esta reação.

c) O que Marcelo, realmente queria com sua atitude? Que tema nós podemos

retirar deste fato?

4) Marcelo continuava a falar à sua maneira, despertando a preocupação de sua

mãe.

a) Por que ela pensava que Marcelo poderia dar trabalho?

b) Como o pai de Marcelo analisou a preocupação da esposa?

5) Mas, Marcelo persistia em continuar falando à sua maneira. Que tipo de

sentimentos essa mania de Marcelo começou a despertar em seus pais?

6) A casa do Godofredo pegou fogo. Marcelo entra correndo em casa chamando

por seu pai.

a) Quais são as frases que demonstram a aflição de Marcelo?

b) Como ficou a casa do cachorro?

7) Vendo a situação em que ficou a casa de seu cachorrinho Godofredo, Marcelo

disse ao pai que ―gente grande não entende nada de nada, mesmo‖. Que tema

pode-se extrair desta situação?

8) Percebendo que Marcelo tinha ficado muito triste, os pais se entreolharam e

disseram que iriam construir uma ―moradeira‖ nova para o ―Latildo‖, que seria

toda marronzinha com ―entradeira‖ na frente e um ―cobridor‖ bem vermelhinho.

Que tema nós podemos extrair do modo de agir e de falar dos pais de Marcelo?

9) No final, o texto mostra que todos começaram a se entender porque os pais de

Marcelo se esforçavam para compreender o que Marcelo dizia e nem se

incomodavam mais com as visitas. Quais temas nós podemos extrair deste final

de texto?

Professor, antes de trabalhar as próximas sequências, fazer a correção da interpretação escrita e

oferecer espaço para os alunos se expressarem oralmente sobre os temas apresentados pelo texto

estudado.

Em seguida, recolher as interpretações para conferir a correção.

Esta atividade deverá se avaliada e fará parte do portfólio do aluno.

52

Módulo 3: Analisando a estrutura do texto

ELEMENTOS DA NARRATIVA II

Professor, solicitar para que os alunos respondam estas atividades em duplas.

1) No texto ―Marcelo, marmelo, martelo‖ há várias personagens:

a) Existem personagens que se destacam na história? Quais?

b) Existem personagens que aparecem na história, mas com atuação

menos expressiva? Quais?

Tipos de personagens

As personagens de uma história podem ser caracterizadas de duas maneiras:

A) Quanto à atuação no enredo

Principais – Sustentam os fatos essenciais à narrativa.

Protagonistas É o tipo de personagem principal que possui atitudes positivas, corajosas, pode ser um heroi.

Antagonista – É o tipo de personagem principal que se opõe ao protagonista, isto é, dificulta, atrapalha, atormenta as ações do protagonista, sendo seu rival, oponente, competidor.

Secundárias ou coadjuvantes - Colaboram no desenvolvimento da história. São personagens complementares, pois elas dão apoio à continuidade da história, intermediando as ações e atuando ao redor das personagens principais.

53

B) Quanto à sua caracterização psicológica Planas (lineares)

São personagens que possuem comportamentos repetitivos e previsíveis. Possuem personalidade pobre, sem profundidade. Suas ações jamais irão surpreender o leitor durante ou até o final da narrativa.

Redondas

São personagens complexas, dinâmicas, que possuem diferentes comportamentos durante a narrativa e suas ações causam surpresa ao leitor.

Algo Sobre Vestibular Concurso. Acesso em 15 jun. 2011. (Adaptado)

Fonte: TIPOS DE PERSONAGEM. Tipos de personagem. Algo Sobre Vestibular e Concurso. Disponível em:

http://www.algosobre.com.br/redacao/tipos-de-personagem.html

.

1) Agora, que você aprendeu como se classificam as personagens, complete

o quando que se segue:

PERSONAGENS ATUAÇÃO NO ENREDO CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA

Marcelo

Mãe de Marcelo

Pai de Marcelo

Godofredo

Tipos de narrador.

Já vimos que o narrador é aquele que conta a história e que ele pode ser de

duas formas: narrador em 1ª pessoa e narrador em 3ª pessoa.

Nesta unidade, vamos trabalhar, em detalhes, algumas informações sobre o

narrador de 3ª pessoa

O narrador em terceira pessoa pode ser chamado de:

Narrador onisciente: É aquele narrador que sabe de tudo, isto é, conhece todos os aspectos da história e de seus personagens, mas não aparece na história. Ele, ainda, pode ser:

Onisciente neutro: narra a história sem colocar opiniões sobre as personagens. Ele não influencia o leitor a tomar posicionamento.

54

Onisciente seletivo: narra a história, e coloca opiniões e pensamentos das personagens, influenciando o leitor a se posicionar contra ou a favor a elas.

Narrador Observador: Faz parte da história, mas apenas observa os fatos e os narra para o leitor sem fazer parte de nenhum deles. Ele apenas conta o que vê, conforme seu ponto de vista, por isso, não tem a visão completa do que acontece, não conhece os pensamentos, nem os sentimentos, nem as personalidade das personagens.

ARAÚJO, 2007. (Adaptado) Fonte: ARAÚJO. A. Ana Paula de. Tipos de narradores. InfoEscola. 14 ago. 2007. Disponível em:

http://www.infoescola.com/redacao/tipos-de-narrador/

2) No texto que estudamos, existe um narrador em 3ª pessoa que conta a

história. Conforme a classificação dos tipos de narrador que vimos, em qual classificação ele se enquadra melhor? Por quê.

3) Segundo o que você leu, o narrador deste texto narra os fatos

expressando emoções, sentimentos?

4) Qual é a posição (atitude) que ele assume perante a história? 5) Também vimos, na unidade anterior, que o narrador utiliza verbos no

presente ou no passado para contar as histórias. Neste texto, qual tempo verbal ele preferiu usar? Justifique com duas passagens do texto.

Partes do Enredo

Na oficina 1, vimos que ―enredo‖ é uma sequência ordenada de acontecimentos que ocorrem com personagens, em um determinado lugar, num determinada época. O encadeamento destes fatos gera um conflito na história.

Agora, vamos estudar o ―enredo‖ com mais cuidado, porque ele é um dos elementos

mais importantes da narrativa. É o enredo que prende a atenção do leitor para ler a

história.

Para começar, existem dois tipos de enredo:

Enredo linear: Quando segue uma ordem cronológica. Está claro o começo, o

meio e o fim na narrativa.

55

Enredo não linear: Quando não segue uma ordem cronológica. Os fatos

aparecem de forma descontínua, com saltos, antecipações, retrospectivas,

cortes, é comum aparecer imaginações das personagens, memórias de fatos

passados.

Vamos, nesta unidade 2, estudar o enredo linear.

O enredo linear possui as seguintes partes: 1 – Apresentação: Geralmente, é o início da história. É a parte que apresenta as personagens, o espaço e o momento que os fatos começam a acontecer. É uma situação inicial da história.

2 – Complicação: é a parte do enredo em que as ações das personagens e os conflitos aparecem e se desenvolvem, levando o enredo ao clímax.

3 – Clímax: é o ponto crítico da história, isto é, aquele em que as ações das personagens atingem o momento de maior tensão, buscando um desfecho. 4 – Desfecho: é a solução do conflito que foi produzido pelas ações das personagens. Se o texto não apresentar conflito, a narrativa se parece com um relato e as ações das personagens não irão gerar interesse no leitor. A narrativa fica sem graça. CABRAL, Acesso em 15 jun. 2011. (Adaptado) Fonte: CABRAL, Marina. A construção do enredo. Brasilescola.com. Disponível em: http://www.brasilescola.com/redacao/construcao-enredo.htm. Acesso em: 15 jun. 2011

6) Leia a história novamente e divida-a conforme as partes do enredo:

Começa na linha Termina na linha

Apresentação

Complicação

Clímax

Desfecho

7) Explique, com suas palavras, como aconteceu:

a) O clímax:______________________________________________

b) O desfecho:____________________________________________

56

Agora vamos aplicar tudo o que aprendemos:

Professor, providencie o texto indicado para as próximas atividades:

Texto:

ROCHA, Ruth. Uns perus pro seu juiz. In O velho, o menino e o burro & outras

histórias caipiras. São Paulo. FTD, 1991, p. 15-18;

Agora que você leu o texto:

a) Complete o quadro sobre as personagens:

PERSONAGENS ATUAÇÃO NO ENREDO CARACTERIZAÇÃO PSICOLÓGICA

Seu Porfírio

Seu Candinho

Dr. Alex

Dr. Honório

b) Complete o quadro sobre o enredo:

Começa na linha Termina na linha Apresentação

Complicação

Clímax

Desfecho

Módulo 4: Estudando a língua:

Professor, forme duplas ou grupos e solicite para os alunos:

Fazerem a pesquisa que se segue como uma tarefa extraclasse.

Trazerem recortes de jornais e revistas que possam ilustrar o conteúdo da pesquisa, isto é,

situações de comunicação utilizando a linguagem.

Todos nós fazemos uso de uma língua para nos comunicar e interagir uns com os

outros, isto é, temos um idioma para nos expressar tanto na oralidade como na

escrita.

57

1) Para estudarmos o que é uma ―Língua‖ é necessário obter, anteriormente,

algumas informações. Pesquise na biblioteca ou na internet:

a) O que é Linguagem?

b) O que é linguagem verbal?

c) O que é linguagem não verbal?

d) O que é interlocutor?

Professor, corrigir a pesquisa em sala de aula e tirar dúvidas sobre as informações. Sugestão:

Apresente o quadro informativo que se segue para esclarecimentos.

QUADRO INFORMATIVO

Linguagem Tipos de Linguagem Interlocutor Linguagem é um processo de comunicação pelo qual as pessoas podem se comunicar umas com as outras.

Linguagem verbal é aquela em que as pessoas se comunicam utilizando a palavra falada ou escrita. Por exemplo: Uma conversa ao telefone, a leitura de uma notícia de jornal. Linguagem não verbal é aquela, como a própria denominação esta dizendo, não utiliza a palavra para estabelecer uma comunicação entre pessoas, mas sim, outros sinais como: a cor, o som, a imagem, o gesto, uma nota musical, etc.

Exemplo: Um sinal verde no semáforo, a sirene acionada de uma ambulância, uma pintura, as linguagens utilizadas por surdos (Libras) ou por cegos (Braile), um aceno (tchauzinho), uma partitura musical. Linguagem mista é aquela que apresenta a linguagem verbal e a não verbal simultaneamente.

Por exemplo: Um cartaz fazendo propaganda de um produto, uma HQ, uma tirinha, um telejornal na TV, um desenho animado, um filme, um hipertexto na internet .

Os interlocutores são as pessoas que fazem parte do processo de comunicação que acontece por meio da linguagem, seja ela verbal ou não verbal.

Observação: Conteúdos referentes a Quadro Informativo foram adaptados e tiveram por fonte de pesquisa:

CEREJA, William Roberto; COCHAR MAGALHÃES, Thereza. Português Linguagens 6º ano. 5. ed.reform. São Paulo: Atual,

2009.

Professor, para exemplificar melhor os conceitos estudados. Confeccionar cartazes que ilustrem os

conceitos explicados.

2) Em grupo, façam cartazes que mostrem o que vocês aprenderam com a

pesquisa. Apresentem os cartazes para os colegas e depois colem todos

eles nas paredes da sala de aula.

58

Agora, cientes destas informações muito importantes, poderemos estudar o que é

uma Língua. Leia o texto que apresentamos especialmente para você compreender

melhor estes conceitos:

Professor, para explicar melhor o texto que se segue, é interessante levar um mapa mundi político

para a sala de aula e que os alunos tenham, em mãos, uma cópia deste mesmo mapa mundi

atualizado para fazer as atividades.

1) Durante a leitura do texto, você notou que Marcelo vivia intrigado com o nome

das coisas e a origem das palavras. O pai de Marcelo explicou para ele que

as palavras da língua portuguesa vêm do latim. Vamos, agora, aprender um

pouco mais sobre a língua portuguesa. Leia o texto a seguir:

Curiosidades sobre a língua portuguesa

Na antiguidade, o Império Romano conquistou um vasto território durante a

sua existência. Uma das regiões conquistadas pelos romanos se chamava Lusitânia e ficava na Península Ibérica, na Europa. Durante a ocupação da Lusitânia, os soldados romanos que foram para lá, falavam uma língua chamada latim vulgar (usada apenas na oralidade) e quase todos os povos daquela região começaram a falar o latim, menos o povo basco. Então, começou o processo que constituiu os idiomas: espanhol, português e o galego.

Durante o século XV, houve o período das grandes navegações. Portugal foi um país que se destacou como um grande colonizador juntamente com a Espanha e a Inglaterra e, além do Brasil, colonizou várias regiões no mundo. Hoje, a língua portuguesa é a quinta língua mais falada no mundo e a terceira língua mais falada no mundo ocidental. Ela é superada apenas pelo inglês e pelo castelhano. Cerca de 250 milhões de pessoas falam a língua portuguesa no mundo. O Brasil corresponde a 80% desta totalidade.

A língua portuguesa é oficial nos seguintes países: Portugal, Brasil, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Existem também alguns lugares em que ela é utilizada de forma não oficial por uma pequena parte da população: Macau, Goa (um estado da Índia) e Timor Leste (Oceania).

Portanto, depois destes esclarecimentos, falta dizer que uma das características da língua português é possuir vários dialetos e subdialetos. Ela se diferencia de outras línguas por possuir essa grande variedade de formas de ser utilizada como idioma, por isso, ela também é classificada como português brasileiro e português europeu.

FREITAS, acesso em 20 jun.2011 (Adaptado)

Fonte: FREITAS. Eduardo de. Países que falam Português. Mundo Educação. Disponível em:

http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/paises-que-falam-portugues.htm. Acesso em: 20 jun. 2011.

59

Professor, no site indicado a seguir, há um mapa mundi com as localidades em que se fala a língua

portuguesa. Este mapa pode ser demonstrado em imagem jpeg na TV pendrive ou ser acessado no

próprio laboratório de informática.

TV MULTIMÍDIA. Dia a dia educação. Disponível em:

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/singlelink.php?cid=14&lid=10017

Professor, estimule seus alunos a fazer mais pesquisas sobre os temas propostos. Sugestões: Usar o laboratório de informática acessando os sites indicados, levá-los a biblioteca para pesquisarem em livros e revistas; preparar materiais para pesquisa e trazê-los para a sala; se possível, convidar o professor de geografia para participar da atividade e solicitar sua contribuição

para aprendizagem.

Se você quiser ampliar ainda mais seus conhecimentos sobre a língua portuguesa

no mundo, você pode pesquisar na internet. Veja os sites que possuem várias

informações:

EXPOSIÇÃO HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA. Língua Portuguesa. Disponível em:

http://www.linguaportuguesa.net/principal.htm

PORTUGUÊS NO MUNDO. Só Português. Disponível em:

http://www.soportugues.com.br/secoes/portuguesMundo.php

I SIMPÓSIO MUNDIAL DE ESTUDOS DE LÍNGUA PORTUGUESA. Embaixada de Portugal no Brasil.

Disponível em: http://embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/2008/04/i-simpsio-mundial-de-estaduos-

de-lngua.html

CULTURA. Embaixada de Portugal no Brasil. Disponível em:

http://www.embaixadadeportugal.org.br/cultura.php

MEDEIROS. Adelardo A. D.. O Português no Mundo. A Língua Portuguesa. Disponível em:

http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.php

Importante:

Professor, providenciar cópia do mapa mundi político para cada aluno efetuar a próxima atividade.

1) Agora que você estudou a origem da língua portuguesa, sua expansão e na

sua utilização, reconheça os lugares em que ela é falada no mapa mundi e

pinte da cor que você quiser. Você pode também usar duas cores, uma para

classificar os países que a utilizam como língua oficial e outra, para classificar

os países que a utilizam como língua não oficial.

Sabemos, então, que falamos uma língua no Brasil e que em cada país também se

fala uma língua. Mas, o que é ―Língua‖?

60

Professor, leve para a sala de aula ou solicite para os alunos trazerem:

Recortes de revistas com imagens de rótulos de produtos em língua estrangeira.

Os próprios rótulos em língua estrangeira, se possível.

Manuais de instruções de produtos variados com informações em língua estrangeira.

Embalagens de produtos variados com inscrições ou instruções em língua estrangeira tais como:

espanhol, inglês, alemão, francês.

Etiquetas de roupas ou artefatos que tenham instruções em língua estrangeira.

Em seguida, coloque tudo a disposição dos alunos para que eles possam manusear e analisar os

materiais. Em seguida, promova um debate em sala de aula.

1) Debate em sala de aula:

a) Nos materiais que vocês observaram havia instruções em várias línguas.

Quais são as línguas que vocês puderam identificar?

b) Por que motivo rótulos, embalagens, manuais de instrução e etiquetas

possuem inscrições ou instruções em língua estrangeira?

c) Vocês acreditam que é importante possuir conhecimentos básicos de

línguas estrangeiras, além da nossa língua portuguesa? Por quê?

d) Quais são as vantagens de conhecer ou, pelo menos, possuir alguns

conhecimentos básicos de línguas estrangeiras?

e) Em que outras situações, podemos utilizar o conhecimento de línguas

estrangeiras?

f) E quanto a nossa língua, por que é importante dominar os conhecimento

sobre ela? Exemplifique sua resposta.

Então, o que é língua?

Língua: Uma língua consiste em um sistema de sinais (palavras) e de leis

combinatórias que permitem que as pessoas de uma comunidade possam se

comunicar e interagir umas com as outras.

Professor, pedir para os alunos fazerem este exercício em casa ou na biblioteca. Se possível, usar o

laboratório de informática da escola, para pesquisar.

61

2) Faça uma pesquisa e descubra quais são as línguas faladas nos seguintes países:

Você pode usar o site:

PAÍSES. Idiomas. Disponível em: http://www.idiomas.xpg.com.br/paises.htm. Acesso em: 20

jun. 2011.

a) Austrália:

b) Canadá:

c) Porto Rico:

d) África do sul:

e) Suíça:

f) Angola:

g) Áustria:

h) Polônia:

i) Chile:

j) Cuba:

k) China:

l) Coréia do Sul:

m) Croácia:

n) Argélia:

o) Inglaterra:

p) Japão:

q) Alemanha:

r) Estados Unidos:

s) Camarões:

t) Chipre:

u) Arábia Saudita:

v) Argentina:

w) França:

x) Itália:

y) Espanha:

z) Uruguai

Classes de palavras

Para conhecermos melhor a nossa língua portuguesa, precisamos classificar as

palavras em grupos. Estes grupos de palavras, nós chamamos de classe de

palavras. Na língua portuguesa, então, há dez classes de palavras. Ou classes

gramaticais.

Veja como isso acontece! Observe!

Marcelo é um menino muito curioso. Ah! Como ele gosta de inventar

palavras! Ele tem um cachorro, o Godofredo que vive em uma “moradeira”,

isto é, uma casinha.

Palavras variáveis Palavras invariáveis

1. Substantivo: Marcelo, menino, palavras, cachorro, Godofredo, ―moradeira‖, casinha.

2. Adjetivo: curioso 3. Artigo: um, o 4. Numeral: um (cachorro) 5. Pronome: ele, que 6. Verbo: é, gosta, inventar, tem,

vive,

7. Advérbio: muito 8. Preposição: de, em 9. Conjunção: isto é 10. Interjeição: Ah!

62

Dentre estas classes, nesta unidade, nós vamos estudar – o substantivo

Professor, propor esta questão para o aluno antes de iniciar as explicações sobre o substantivo: Você sabe o que é um substantivo? Tente escrever, em seu caderno, o que você

acredita que seja um substantivo e para que serve.

Substantivo - É a palavra que utilizamos para dar nome aos seres e às coisas.

Existem vários tipos de substantivos. Vamos ver alguns:

Tipos de Substantivos Exemplo Próprio Marcelo, Godofredo

Comum leite, bolo

Simples lua, sol

Composto guarda-roupa, pé-de-moleque

Concreto casa, telhado

Abstrato certeza, dor

Coletivo multidão, bando, matilha

Primitivo colher,

Derivado Colherinha

Para se formar os substantivos, existem algumas regras porque eles podem ser

formados de várias formas. Para você ter uma ideia de como se formam

substantivos, vamos trabalhar uma delas – a sufixação.

Sufixação – é formação de palavras por meio do acréscimo de sufixos. O sufixo é o

mesmo que uma terminação.

Exemplo: casa – casinha Sufixo= inha

correr – corredor Sufixo= dor

3) No texto, Marcelo inventou uma série de palavras acrescentando sufixos. Leia

o texto outra vez e reescreva corretamente as palavras que correspondem à

palavras inventadas por Marcelo.

a) Mexedor:

b) Suco-da-vaqueira;

c) Solário:

d) Lunário:

e) Puxador:

f) Carregadeira:

g) Puxadeiro:

h) Moradeira:

i) Latildo:

j) Branqueira:

k) Entradeira:

l) Cobridor:

63

Marcelo também inventou palavras que não existem na língua portuguesa. Ele criou

neologismos.

Neologismo – É uma palavra nova, que ainda não existe nos dicionários e que as

pessoas vão criando conforme situações pessoais, como, por exemplo, um bate-

papo na internet. Alguns neologismos são tão usados que acabam entrando no

dicionário, tais como: deletar, printar, escanear, etc.

VILARINHO (Adaptado) Disponível em: http://www.brasilescola.com/portugues/neologismo.htm

Acesso em 20/06/2011

1) No texto, Marcelo criou alguns neologismos. Veja-os a lista a seguir e

explique o sentido de cada um deles.

a) Sentador:

b) Cabeceiro:

c) Suco de vaca:

d) Suco-da-vaqueira:

e) Biriquitote:

f) Xefra:

g) Bom solário:

h) Bom lunário:

i) Latildo:

m) Branqueira:

n) Entradeira:

j) Cobridor

Professor, avalie a pesquisa nos cadernos dos alunos.

2) Faça uma pesquisa no seu caderno e escreva mais informações sobre

neologismo e apresente para a turma. Você pode utilizar os seguintes sites:

VILARINHO, Sabrina. Neologismo. BrasilEscola.com. Disponível em:

http://www.brasilescola.com/portugues/neologismo.htm. Acesso em: 04 jul. 2011

NEOLOGISMOS E GÍRIA. Só Português. Disponível em:

http://www.soportugues.com.br/secoes/girias/

Professor, corrigir a pesquisa em sala de aula e tirar dúvidas sobre as informações apresentadas.

64

Módulo 5: Recapitulando o que estudamos na oficina anterior:

1) Na oficina 1, você estudou alguns conteúdos da língua portuguesa. Neste

exercício, vamos recordá-los:

A) Vocativo: É o termo que serve para chamar, invocar, nomear ou interpelar

um ouvinte ou interlocutor para quem se está dirigindo a palavra. Este

interlocutor pode ser real ou fictício.

B) Tipos de frases:

Interrogativas Quando o emissor faz uma pergunta para seu interlocutor com o objetivo de obter alguma informação

Imperativas É quando o emissor dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, para o seu interlocutor, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas.

Exclamativas Quando o emissor expressa suas emoções e sentimento. Apresentam entoação ligeiramente prolongada.

Declarativas É quando o emissor confirma um fato informando ou declarando alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.

C) Pontuação:

Vírgula A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período.

Travessão O travessão é um traço maior que o hífen.

Ponto final O ponto final representa a pausa máxima da voz.

Ponto de interrogação O ponto de interrogação é usado ao final de qualquer pergunta direta, ainda que a pergunta não exija resposta.

Ponto de exclamação O ponto de exclamação é empregado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc.

65

2) Leia o texto Marcelo, marmelo, martelo e:

a) Localize e escreva frases que possuem vocativos:________________

b) Localize e escreva duas frases para:

Frases interrogativas:___________________________________

Frases imperativas:_____________________________________

Frases exclamativas:____________________________________

Frases declarativas:_____________________________________

3) Pontue corretamente o trecho a seguir:

[...]

Uma vez Marcelo cismou com o nome das coisas

Mamãe porque é que eu me chamo Marcelo

Ora Marcelo foi o nome que eu e seu pai escolhemos

E por que é que não escolherem martelo

Ah meu filho martelo não é nome de gente É nome de ferramenta

E por que é que não escolheram marmelo

Porque marmelo é nome de fruta menino

E a fruta não podia chamar Marcelo e eu chamar marmelo

[...]

ROCHA, Ruth. Marcelo, marmelo, martelo. In: PRIETO, Heloisa (org). Contos para rir e sonhar/ Ruth Rocha e

Sylvia Orthof. São Paulo: Salamandra, 2003. Coleção Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p.8-15.

4) Agora que você pontuou o texto acima, justifique por que você usou a seguinte pontuação:

a) Vírgula:__________________________________________________

b) Travessão:_______________________________________________

c) Ponto final:_______________________________________________

d) Ponto de interrogação:_____________________________________

e) Ponto de exclamação:______________________________________

f) Existe algum tipo de pontuação que você usou, mas ainda não

aprendeu a regra? Qual?_____________________________________

66

Módulo 6: Produzindo o texto

Professor, prepare estas atividades para seus alunos responderem em folha separada.

Agora é com você!

1) Faça de conta que você precisa conversar com o Marcelo só que do jeito

dele. Escreva um texto em forma de diálogo entre você e o Marcelo e invente

algumas palavras nesta conversa. Não se esqueça que usamos o discurso

direto para escrevermos diálogos. Você também pode usar vocativos,

escrever os vários tipos de frases que já estudamos e colocar em prática as

regrinhas de pontuação que vimos na oficina anterior.

2) No final do texto Marcelo, marmelo, martelo, os pais dele entenderam o modo

de agir do menino e nem se preocupavam mais com as visitas. Em atitude de

carinho e compreensão, a família toda começou a falar do jeito do Marcelo.

Continue a história e escreva um outro episódio em que Marcelo continua

demonstrando sua curiosidade com os nomes das coisas. Use sua

criatividade também.

3) Agora, gostaria que vocês fizessem uma comparação entre os dois textos que

trabalhamos nas oficinas 1 e 2. Complete o quadro abaixo, mostrando

informações sobre:

Textos O Plebiscito (unidade 1) Marcelo, marmelo, martelo (unidade 2)

Época em que acontece a história

Lugar onde acontecem os fatos

Tipo de narrador presente no texto

Tipo de discurso que predomina no

texto

Enredo que o texto traz

Temas abordados pelo texto

Costumes e comportamentos

sociais que aparecem no texto.

67

4) Nosso material pedagógico dá ênfase aos contos contemporâneos. Após as

comparações que vocês acabaram de fazer é possível dizer o que é um conto

contemporâneo. Tente formular esta explicação com as suas palavras.

Professor, depois que os alunos terminarem as atividades de produção de texto, solicitar para que

socializem seus textos com os colegas e peçam para corrigir possíveis erros. Depois, faça uma revisão

individual desta correção e solicite para que os alunos reescrevam o texto e façam uma ilustração sobre

o que escreveram. Se possível, explique quais foram as maiores dificuldades que apresentaram na

escrita do texto e organize uma revisão, expondo no quadro, estas dificuldades. Este texto irá para o

portfólio e servirá como avaliação de produção textual no projeto.

OFICINA 3

OBJETIVOS

Apresentar um conto contemporâneo infanto-juvenil;

Ensinar, aprender e aplicar as estratégias de compreensão leitora na pré-

leitura, durante a leitura e depois da leitura do conto presente na oficina;

Reconhecer e discutir os temas propostos pelo texto;

Realizar a interpretação escrita do texto, enfatizando as inferências enquanto

estratégias de leitura;

Ampliar os conhecimentos sobre os seguintes elementos da narrativa:

narrador em 1ª pessoa;

Levar o aluno a aprender a descrição objetiva e subjetiva de pessoas e

objetos;

Revisar o adjetivo;

Através de atividades escritas, estimular o aluno a refletir sobre as

brincadeiras do período da infância, o relacionamento entre amigos e

companheiros de folguedos e, relacionamento entre irmãos;

Estruturar e produzir uma narrativa curta em 1ª pessoa considerando-se os

temas e os elementos da narrativa estudados.

Professor, providenciar o texto original e entregá-lo dividido em quatro partes conforme as

orientações do tópico ―Durante a leitura‖ do módulo 1 para os alunos que deverão estar sentados em

duplas.

68

Módulo 1: Lendo o texto:

Professor, é interessante apresentar o(a) autor (a) do texto e fazer alguns comentários sobre ele(a),

principalmente, abordando a sua importância no cenário da literatura infanto-juvenil. Sugestão:

Mostrar foto do(a) autor(a), contar sobre sua vida (biografia), levar uma entrevista que ele (a) tenha

oferecido para revistas, televisão ou sites da internet.

TEXTO DE:

MACHADO, Ana Maria. A maravilhosa ponte do meu rimão. In: MACHADO, Ana Maria (org). Em família. Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 2002. Coleção Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p. 21-26

Pré-leitura:

Professor, neste módulo da SD, a maior parte destas questões é oral. Portanto, durante este

exercício, vá escrevendo no quadro, todas as informações mencionadas pelos alunos.

Se quiser, monte cartazes com as informações e afixe-os na sala, para consultas posteriores.

Motivar a turma para fazer a leitura do texto e explicar o que será lido e

porque será feita esta leitura.

“Vamos ler o texto da Oficina 3 do nosso caderno pedagógico. Neste outro

conto contemporâneo, iremos conhecer Bruno, um menino que admira

profundamente seu irmão mais velho, Henrique e, nos mostra como a

imaginação pode criar brincadeiras incríveis, que os adultos não

entendem nem percebem.”

Abordar o conhecimento prévio dos alunos e formular algumas perguntas,

partindo do título do texto.

“A primeira coisa que faremos será ler o título do texto. O título pode nos

dar muitas pistas a respeito do texto e, então, poderemos compreender

melhor a história.”

Qual é o título do texto?

O título possui alguma palavra escrita de maneira diferente da

convencional?

Por que esta palavra está escrita desta forma? O que vocês acham?

69

Solicitar para que escrevam uma hipótese sobre esta abordagem.

Por que será que o texto possui este título? (Não digam, escrevam.)

Solicitar para que os alunos escrevam a resposta em seus cadernos.

Depois de alguns minutos, solicitar para que uma ou duas duplas leiam suas

respostas. Fazer uma pequena discussão sobre as hipóteses levantadas

pelos alunos. Colocá-las no quadro ou em um cartaz.

O título do texto demonstra algum tipo de sentimento que podemos

perceber?

Que tipo de sentimento? Quais podem ser?

Início da leitura:

Fazer uma breve recapitulação das informações obtidas (recorrer ao que foi

escrito no quadro) para motivá-los a comprovar suas hipóteses.

“Por que será que este título nos leva a perceber formas de sentimentos? O

que vocês acham? Este título nos mostra alguma pista sobre o que o texto vai

contar? Quais pistas podem ser?

Então, vamos começar a leitura. Desta vez, eu vou fazer a leitura do texto em

voz alta e vou intercalando com a participação de alguns alunos que também

queiram ler o texto. Gostaria que vocês prestassem atenção na “entoação”

que farei das frases e orações. “Todos devem acompanhar a leitura, com um

lápis na mão para destacar palavras desconhecidas para verificarmos mais

tarde”.

Durante a leitura

Professor, se os alunos apresentarem alguma dúvida sobre o vocabulário existente nestes

trechos, estimule-os a pensar sobre os conceitos destas palavras. Só recorra ao dicionário

em último caso. Sugestão: Pode-se utilizar a paráfrase para sanar as dúvidas. Permitir e/ou

criar condições para que os alunos façam perguntas sobre trechos que não compreenderam.

70

Iniciar a leitura da linha um [Eu tenho...] até a linha 40 [... Fica tudo no lugar!]‖.

O professor inicia a leitura do primeiro trecho, depois passa a leitura dos

outros trechos para voluntários que queiram participar do momento de leitura.

Incentivá-los a fazer a entoação e respeitar os sinais de pontuação, pois eles

já aprenderam isto nas oficinas 1 e 2.

Recapitular este trecho, fazer uma discussão sobre a interpretação do que foi

lido e incentivar novas previsões.

Quem narra os fatos apresentados neste trecho?

Segundo o que percebemos com a leitura deste trecho, qual é a idade

provável do narrador?

Quem são as personagens que este trecho nos apresenta?

O que prevalece neste trecho: o discurso direto, o discurso indireto ou a

fala do narrador? Por quê?

Quem é mais velho, o narrador ou o irmão dele?

Como o irmão do narrador se chama?

O que o narrador pensa a respeito do seu irmão?

Por que o narrador se refere ao seu irmão, chamando-o de ―rimão‖?

Qual é a descrição que o narrador faz de seu irmão?

Quais são as ações que o irmão mais velho faz para o mais novo?

Enumere.

O irmão mais velho ajuda o narrador a fazer várias coisas. O quê?

Enumere.

O irmão mais velho também ensina o narrador a fazer várias coisas. O que

ele lhe ensinou? Enumere.

Qual é o tipo de sentimento que o narrador possui em relação ao seu

irmão mais velho? O que vocês acham?

Por que motivos o narrador admira tanto o irmão mais velho?

Vocês acreditam que os dois possuem um bom relacionamento entre

eles? Por quê?

Quais são os valores que podem existir na educação e no relacionamento

entre os entes desta família?

Continuar a leitura da linha 41 [Outro dia...] até a linha 82 [...E nem assim

lembrou.]. Sugerir para um aluno fazer a leitura em voz alta.

Neste trecho, aparecem outras personagens. Quem são elas?

O que a mãe do Felipe veio falar para a mãe do narrador?

71

O narrador disse que ela explicou onde seria a festa e fez um

comentário sobre um presente que o padrinho de Felipe queria dar

para ele. Qual foi este comentário?

O que o narrador pensou a respeito do menino Felipe, ao ouvir o

comentário feito pela mãe dele?

O narrador percebeu que sua mãe não havia entendido o que a mãe

do Felipe estava dizendo. Qual foi a conclusão que o narrador

demonstrou sobre sua própria mãe?

Qual era o presente que o Felipe queria?

A mãe de Felipe tentava descrever o presente que o menino queria.

Ela sabia exatamente como era este presente?

A mãe de Felipe tentava descrever o presente que o menino queria e

comparou a ―ponte maravilhosa‖ a outros brinquedos. Quais eram

estes outros brinquedos que poderiam ser a ―ponte maravilhosa‖,

segundo a interpretação da mãe de Felipe?

Por fim, a mãe de Felipe disse à mãe do narrador que a tal ponte não

se prestava apenas para carrinhos, que nela poderiam passar outros

animais e que os meninos também andavam sobre a ponte. Qual foi a

reação da mãe do narrador, diante desta última informação?

Então, o narrador se apresenta. Quem é, afinal, o narrador do texto?

Que tipo de narrador é este que aparece nesta história? Classifique.

Pois bem, Bruno faz uma constatação depois de ouvir toda a conversa

entre sua mãe e a mãe do Felipe. Qual foi esta constatação? Explique.

Diante do que estava acontecendo? O que vocês acham que o Bruno

vai fazer?

Como será que esta questão irá se solucionar? O que vocês acham?

Alguém tem alguma ideia de como a mãe do Bruno e do Henrique irá

se comportar diante das situações que esta ―ponte maravilhosa‖ estaria

provocando e envolvendo as crianças?

Continuar a leitura da linha 83 Pergunta pro meu rimão...] até a linha 113

[...dando um suspiro.]. Sugerir para um aluno fazer a leitura em voz alta.

Bruno, então deu uma sugestão para as mulheres que conversavam.

Qual foi esta sugestão?

Qual era a atitude da mãe de Bruno quando ele chamava Henrique de

―rimão‖? Por que ela agia assim? O que vocês acham?

Então, Henrique foi chamado. Qual foi a explicação que ele deu sobre

a ―ponte maravilhosa‖?

Além de explicar, o que Henrique fez, para que duas mulheres

entendessem como funcionava a ponte?

Para os meninos, conforme as explicações que Henrique apresentou,

para que a ponte servia?

72

Qual foi a reação da mãe de Felipe, ao ouvir as explicações de

Henrique? Por que ela teve esta reação? O que vocês acham?

Qual foi a conclusão que a mãe de Henrique e Bruno apresentou, após

ter ouvido também as explicações de Henrique?

Qual foi a reação de Bruno, diante das conclusões que sua mãe

apresentou? Ele concordou com ela?

É possível, uma ponte servir para todas aquelas ações descritas por

Henrique? O que vocês acham?

O que os meninos usavam, então, para brincar com a ponte, além da

tábua bem lixada que seu Manoel deixou com eles?

Finalizar a leitura da linha 114 [As duas mães voltara para a sala...] até a linha

final 125 [... qualquer irmão?]. Sugerir para um aluno fazer a leitura em voz

alta.

As mães voltaram para a sala conversando. A mãe de Henrique e

Bruno se desculpava com mãe do Felipe. Por que será que ela teve

esta atitude?

Qual foi, então, a conclusão que a mãe de Felipe apresentou para a

mãe de Henrique e Bruno?

Diante de tudo o que presenciou, Bruno ficou pensando. Qual foi a

conclusão que ele chegou a respeito de toda a situação ocorrida?

Ele disse que havia um segredo que elas não conseguiram ver? Qual

foi este segredo?

Afinal, qual era o sentimento que Bruno demonstrava por seu irmão

Henrique?

O relacionamento deles era ―bacana‖? Por quê?

Qual era a percepção que a mãe dos dois meninos tinha a respeito da

forma de relacionamento dos seus filhos?

Por que será que a mãe dos meninos não conseguia ver que a ―ponte

maravilhosa‖ era apenas um pedaço de tábua? O que faltava a ela

para poder enxergar como e com o que os meninos brincavam?

Depois da leitura

“Vamos recapitular a história, oralmente”.

Professor, para recapitular a história, solicite para que algumas duplas se posicionem em

frente aos colegas e recontem a história por partes, com as suas palavras.

73

Aproveite para exercitar com eles: como fazer uma apresentação em voz alta; como se

posicionar para falar em público e como deve ser o tom de voz que devem usar; como perder

a inibição perante os outros colegas.

Incentivar os alunos que ficarem sentados (platéia) a respeitar o trabalho oral que os colegas

estarão fazendo, propondo-lhes que participem da recapitulação, ajudando a recordar a

história, sempre mostrando que os alunos devem respeitar o turno de cada um, isto é, eles

devem falar um de cada vez.

Quem são as personagens da história?

Existe personagem protagonista? Quem?

Quais são as características desta personagem protagonista?

Existem personagens secundárias? Quem?

Quais são as características destas personagens secundárias?

Existe alguma personagem que se destaca por suas atitudes?

Quem? Por quê?

Onde ocorrem os fatos? O texto traz as descrições deste lugar?

É possível saber quando se passa a história? Como?

Narrador é quem conta a história. Quem é o narrador da história?

Qual é o foco narrativo presente na história? Em 1ª ou 3ª pessoa?

Como vocês podem justificar esta resposta?

Quais são os fatos mais importantes que ocorrem na história?

Toda história possui um conflito. Qual é o maior conflito que

aparece nesta história?

Toda família possui seus costumes. É possível identificar alguns

costumes na família de Henrique e Bruno? Quais?

Quais são as características mais marcantes do relacionamento

existente entre os dois irmãos Henrique e Bruno?

Como era o relacionamento dos dois irmãos com os outros meninos

do prédio em que moravam?

Existe alguma passagem do texto que vocês não compreenderam?

Alguém quer perguntar alguma coisa sobre o texto?

Vamos fazer uma discussão ou debate sobre o tema deste texto. Alguém

pode relembrar o que é tema?

74

Professor, solicitar para que os alunos façam as atividades 1 e 2 que se seguem por

escrito.

1) Durante a leitura e discussão do texto, levantamos algumas hipóteses

sobre os fatos ocorridos e as atitudes das personagens. Veja o quadro

abaixo e comprove as hipóteses que levantamos, fazendo

comentários. Vocês podem trabalhar em duplas.

O tipo de sentimento que o narrador possui em relação ao seu irmão mais velho é __________________________

Os motivos pelos quais o narrador admira tanto o irmão mais velho são _________________________________

Os dois irmãos possuem um bom relacionamento entre eles porque _____________________________________

Os valores que podem existir na educação e no relacionamento entre os entes desta família são demonstrados pelo _____________________________________

Diante da conversa que Bruno presenciou entre sua mãe e a mãe de Felipe, Bruno concluiu que ______________________________

As mães só compreenderam o que representava a ―ponte maravilhosa‖ quando __________________________________

A mãe do Bruno e Henrique não entendia o que poderia ser a ―ponte maravilhosa‖ porque ___________________________________

A possibilidade de uma ponte servir para todas aquelas ações que Henrique descreveu, se dá quando __________________________

A percepção que a mãe dos dois meninos tinha a respeito da forma de relacionamento dos seus filhos e da forma com que brincavam era _______________________________

75

O motivo pelo qual a mãe dos meninos não conseguia ver que a ―ponte maravilhosa‖ era apenas um pedaço de tábua acontecia porque faltava a ela ____________________________ para poder enxergar como e com o que os meninos brincavam.

2) Façam um levantamento sobre os possíveis temas abordados pelo

texto e escrevam em seus cadernos.

3) Uma tarefa para fazer em casa e trazer pronta para a próxima aula:

Utilizem uma folha de papel ou cartolina e façam ilustrações sobre

os temas discutidos na questão anterior. Vocês podem usar

desenhos, figuras, fotos de jornais e revistas.

4) Na próxima aula, iremos construir um grande cartaz utilizando estas

ilustrações para destacar os temas discutidos pelo texto, iremos

promover um debate sobre os temas apresentados e colar o cartaz na

sala de aula.

Professor, aproveitar a ocasião para avaliar aspectos de oralidade.

Módulo 2: Interpretando o texto por escrito:

Professor, entregue as questões escritas para os alunos responderem em folhas separadas. Fazer o

exercício em duplas.

1) O texto inicia apresentando uma afirmação do narrador a respeito do seu

irmão.

a) Qual foi esta afirmação?

b) Qual é a informação implícita nesta afirmação que o narrador faz

de seu irmão?

2) O narrador chama seu irmão de ―rimão‖ e a sua mãe o corrige a toda hora.

Porém, o narrador apresenta um argumento muito convincente sobre esta sua

maneira de falar do irmão. Qual foi este argumento?

76

3) Bruno vê muitas características positivas em Henrique, seu irmão mais velho

e fala do irmão com grande admiração e carinho:

a) Quais são as características positivas que o Bruno vê em seu irmão

mais velho?

b) Por que Bruno diz que o tamanho de Henrique é perfeito para

ajudá-lo? Qual é a informação implícita que podemos encontrar

neste comentário que ele faz?

c) Além de ajudá-lo, qual é a outra coisa maravilhosa que Bruno diz

que Henrique faz para ele?

d) Segundo o que lemos no texto, Bruno faz comentários detalhados

quando percebe que seu irmão Henrique lhe ensina coisas. Que

temas podemos retirar dessa informação?

4) Bruno utiliza uma palavra para caracterizar a maneira que Henrique lhe

ensinou a vestir casaco:

a) Qual é esta palavra?

b) Por que razão, ele utilizou esta palavra?

c) Quais são as informações que estão implícitas nela?

5) Certo dia, a mãe de Felipe veio conversar com a mãe de Henrique e Bruno.

a) A princípio, qual era o primeiro motivo da conversa das mães?

b) O segundo motivo da conversa era um desejo de Felipe. Qual era

esse desejo?

c) Qual era a intenção da mãe de Felipe ao perguntar para a mãe de

Henrique e Bruno sobre a ―ponte‖ que Henrique possuía?

6) Bruno diz que Felipe é um garoto esperto. Por que ele diz isto?

7) Qual foi o julgamento que Bruno fez de sua mãe, quando percebeu que ela

não estava entendendo o que a mãe do Felipe estava dizendo?

8) A mãe de Felipe tentou descrever o brinquedo para a mãe dos meninos, por

meio de várias maneiras. Ela utilizou observações e informações que vinha

recebendo de seu filho sobre o brinquedo dos meninos:

a) Quais eram estas informações que Felipe havia dado para a

mãe dele?

b) Elas ajudaram a fazer uma ideia precisa de como era o

brinquedo que ele queria?

c) A quais brinquedos, a mãe de Felipe comparou a ―ponte

maravilhosa‖?

9) A mãe de Henrique e Bruno não fazia ideia de que brinquedo era essa ―ponte

maravilhosa‖, porém, Bruno disse que ela via os meninos brincarem com ela

77

todo dia ―milhares de vezes‖. Quais são os temas que podemos retirar desta

situação apresentada no texto?

10) Para tentar resolver o problema que se criava, Bruno dá uma sugestão. Qual

foi a sugestão?

11) Henrique foi chamado para dar explicações sobre a ―ponte maravilhosa‖:

a) Por que a ponte era chamada de ―maravilhosa‖ pelos meninos?

b) Segundo Henrique, o que era possível fazer com a ―ponte

maravilhosa‖?

12) Na verdade, quando as crianças brincavam com a ponte, deviam fazer vários

exercícios físicos como: subir, descer, passar por cima, passar por baixo, etc.:

a) Qual é a outra forma importante de exercício (além dos exercícios

físicos) que as crianças faziam, ao brincar com a ponte?

b) Por que as mães ficaram espantadas, ao compreenderem o que

realmente era a ―ponte maravilhosa‖?

c) Afinal, no texto, fica claro que as mães entenderam o real

significado da brincadeira das crianças com a ponte? Justifique sua

resposta.

d) As mães valorizaram o brinquedo e a forma de brincar dos

meninos? Por quê?

13) No final do texto, Bruno comenta que mãe é mesmo muito distraída. Diante

da situação que se apresentou, qual outra palavra ele poderia utilizar no lugar

de ―distraída‖ sem perder o sentido de seu comentário?

14) Bruno também diz que havia um segredo que as mães não descobriram:

a) Qual era esse segredo?

b) Se relacionarmos a expressão ―mãe distraída‖ com a expressão

―segredo não descoberto‖, ambas utilizadas por Bruno para falar

das mães, qual é o tema principal que podemos retirar das

observações feitas pelo menino?

15) No final do texto, Bruno faz uma pergunta: ―ou será qualquer irmão?‖

Considerando o texto e esta pergunta, que tipo de reflexão podemos fazer,

diante do desfecho do conto? Pense, converse com seu parceiro e responda.

Professor, antes de trabalhar os próximos módulos, fazer a correção da interpretação escrita e

oferecer espaço para os alunos se expressarem oralmente sobre os temas apresentados pelo texto

estudado.

Em seguida, recolher as interpretações para conferir a correção.

Esta atividade deverá ser avaliada e fará parte do portfólio do aluno.

78

Módulo 3: Analisando a estrutura do texto:

ELEMENTOS DA NARRATIVA III

Tipos de narrador. Na oficina anterior, nós estudamos um texto cujo foco narrativo estava em 3ª pessoa. Nesta oficina, vimos o texto ―A maravilhosa ponte do meu rimão‖ na qual, Bruno é quem narra a história. Vamos, então conhecer melhor o narrador em 1ª pessoa.

O narrador em primeira pessoa pode ser chamado de:

Narrador personagem: Ele conta história em primeira pessoa e faz parte dela. Ele dá opiniões sobre o que acontece na história, conforme seu ponto de vista individual, colocando seus sentimentos à medida que vai contando os fatos, podendo criar um clima de suspense na narrativa.

Narrador protagonista: É quando o narrador é a personagem principal da história e todos os fatos giram em torno dele mesmo. A narrativa se dá conforme o ponto de vista pessoal desta personagem principal, o que dificulta uma visão geral da história. Ele faz um tipo de narração carregada de emoções. Geralmente, este tipo de narrador aparece em biografias.

Narrador testemunha: É uma personagem secundária que também faz parte da história e conta os fatos que presencia segundo um ponto de vista pessoal. Porém, como é uma personagem secundária, faz uma narração com menor carga de emoções.

ARAÚJO, 2007. (Adaptado) Fonte: ARAÚJO. A. Ana Paula de. Tipos de narradores. InfoEscola. 14 ago. 2007. Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/tipos-de-narrador/

1) No texto ―A maravilhosa ponte do meu rimão‖ Bruno se caracteriza como: ( ) narrador personagem ( ) narrador protagonista ( ) narrador testemunha

79

2) Explique o motivo da escolha da resposta da questão anterior.

3) Leia o trecho abaixo e responda:

―Afinal se confirmou: era leucemia mesmo a doença de Matias, e a mãe dele mandou me

chamar. Chorando, disse-me que o maior desejo de Matias sempre fora passear de Trem Fantasma;

ela queria satisfazê-lo agora, e contava comigo. Matias tinha nove anos. Eu, dez. Cocei a cabeça.

Não se poderia levá-lo ao parque onde funcionava o Trem Fantasma. Teríamos de fazer uma

improvisação na própria casa, um antigo palacete nos Moinhos de Vento, de móveis escuros e

cortinas de veludo cor de vinho. A mãe de Matias deu-me dinheiro; fui ao parque e andei de Trem

Fantasma. Várias vezes. E escrevi tudo num papel, tal como escrevo agora. Fiz também um

esquema. De posse destes dados, organizamos o Trem Fantasma.‖

SCLIAR, Moacyr. Trem fantasma. In: Histórias para (quase) todos os gostos. Porto Alegre: L&PM, 2002.

O narrador deste texto é :

a) narrador personagem b) narrador protagonista c) narrador testemunha

Porque______________________________________________________

A Descrição

No trecho a seguir, Bruno fez uma descrição do seu irmão Henrique:

[...]

―O nome do meu RIMÃO é Henrique.

É mais velho, mas não é gente grande. Só um pouco grande. Pouco maior do que eu.

Dá para brincar comigo direitinho.

E dá também para tomar conta de mim. Não deixar os maiores implicarem comigo nem me

cortarem das brincadeiras.

O tamanho do Henrique é perfeito para me ajudar.

A apertar botão do elevador.

A pegar biscoito na prateleira de cima.

A cavar buraco na areia e fazer barreira forte para proteger das ondas, enquanto eu vou

buscar água no mar com o baldinho.

A conversar coisa engraçada de noite na cama quando tem trovoada e a gente fica com um

pouquinho de medo.

Outra coisa maravilhosa que meu RIMÃO faz é me ensinar coisas.

É quando ele diz:

Assim, ó!

E mostra.‖

[...]

MACHADO, Ana Maria. A maravilhosa ponte do meu rimão. In: MACHADO, Ana Maria (org). Em família. Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 2002. Coleção Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p. 21-26

80

1) Bruno nos diz muitas qualidades de Henrique porque ele possui uma maneira

muito especial de julgar o irmão. No texto, Bruno aponta tanto as qualificações

objetivas quanto, as subjetivas de Henrique. Leia o box, ao lado, e complete o

quadro:

Qualificações objetivas de Henrique

Qualificações subjetivas de Henrique

Descrever é fazer um ―retrato verbal ou escrito‖ de pessoas, animais, objetos,

sentimentos, cenas, ambientes, lugares. É saber demonstrar os traços particulares

do elemento que está sendo descrito, destacando-o em relação a outros de sua

espécie.

Quando descrevemos alguma coisa, é necessário:

Denominar e/ou identificar = falar da existência do elemento que será descrito.

Situar e/ou localizar = mostrar o lugar que este elemento ocupa no tempo e no espaço. Dizer onde fica e quando está sendo observado.

Qualificar = mostrar as características deste elemento, mostrar um julgamento a respeito dele de forma objetiva ou subjetiva.

Qualificação objetiva: quando destacamos ou relatamos os dados, informações e características que estão presentes no elemento que está sendo descrito. Exemplo: O livro é grande, volumoso, tem capa vermelha.

Qualificação subjetiva: quando destacamos ou relatamos impressões pessoais, sentimentais a respeito do elemento descrito. Exemplo: O livro é interessante, desperta a curiosidade do leitor.

Quando o autor de um texto descritivo faz a fusão (união) da qualificação objetiva com a qualificação subjetiva do elemento a ser descrito, ele mostra algo muito além do que um simples ―retrato‖ deste elemento. Ele apresenta uma descrição perfeita que indica uma interpretação particular daquilo que ele está descrevendo.

Grau 10. Acesso em: 04 jul.2011 (Adaptado) Fonte: DESCRIÇÃO. Grau 10. Disponível em: http://www.graudez.com.br/redacao/ch04.html

Qualificações objetivas: São as características presentes no elemento a ser descrito pelo autor do texto. Qualificações subjetivas: São as impressões decorrentes do ponto de vista pessoal que o autor faz do objeto que quer descrever.

81

2) A mãe de Felipe tentou, de toda a maneira, descrever a ―ponte maravilhosa‖ para

a mãe de Henrique e Bruno, com a intenção de obter a informação a respeito do

lugar que, supostamente, teriam comprado o brinquedo que os meninos tanto

comentavam. Veja o trecho a seguir:

[...]

― O padrinho do Felipe queria dar a ele um presente especial, uma bicicleta,

ou um jogo, uma coisa assim... e ele não quer. Só quer uma ponte igual a do

Henrique. Foi o que ele escolheu. E não estamos achando para vender em

lugar nenhum...‖

― Que ponte? O Henrique não tem ponte nenhuma...

Bom... não sei se é mesmo uma ponte. Felipe chama de ponte

maravilhosa. Mas acho que é uma pista de carrinhos... Parece que é cheia de

passagens, tem uns viadutos e umas rampas... E muitas estradas, o Felipe

falou numa estrada.

Não pode ser... O Henrique não tem pista nenhuma. Nem rampa, nem

viaduto. Nem estrada.

Autorama?

Não.

Algum vídeo game? Jogo de computador? Essas coisas virtuais que

os meninos têm hoje em dia...

Também não.

A mãe do Felipe insistiu:

Bom, eu posso ter me enganado. Talvez não seja exatamente para

carrinhos. O Felipe disse que dá para brincar com os cavalos e os outros

bichos. E que eles também andam na ponte.

Eles? – repetiu minha mãe.

É... O Henrique, o Felipe, o Bruno... Todos eles. ‖

[...]

MACHADO, Ana Maria. A maravilhosa ponte do meu rimão. In: MACHADO, Ana Maria (org). Em família. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 2002. Coleção Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p. 21-26

a) Como Felipe descreveu a ―ponte maravilhosa‖ para sua mãe?

b) As informações que Felipe passou para sua mãe, a respeito da ponte,

foram qualificações objetivas ou subjetivas?

c) Estas informações foram suficientes para caracterizá-la?

d) A interpretação que a mãe de Felipe fez das informações recebidas pelo

filho, a respeito da ponte, foi objetiva ou subjetiva?

82

e) Diante do que foi discutido, qual é o seu julgamento a respeito da

qualidade da descrição que Felipe fez da ―ponte maravilhosa‖ para sua

mãe? Faça um comentário.

Descrição de objetos:

Vamos estudar como você pode descrever objetos. Você sabia que há dois tipos de objetos?

1. Aqueles que se constituem de uma única parte. Exemplos: uma pedra, o sol, um fio de cabelo, um pedaço de madeira, etc.;

2. Aqueles que se constituem da reunião de várias partes. Exemplos: uma lapiseira, um notebook, uma cama, um relógio, etc. Convém utilizar modos diferentes para descrever estes dois tipos de objetos.

Objetos constituídos por apenas um parte

Objetos constituídos por várias partes

a) De onde vem este objeto, qual a sua procedência, localização;

b) Formato, tamanho (altura, largura, espessura), matéria prima de que é feito, peso, cor, textura;

c) A utilidade do objeto.

a) De onde vem este objeto, qual a sua

procedência, localização; b) As partes que constituem o objeto, mostrando

como elas são e como se agrupam para formar o todo;

c) Formato, dimensões, material, peso, cor, brilho, textura;

d) A utilidade do objeto como um todo.

GRANATIC, 1995 (Adaptado) Fonte: GRANATIC, Branca. Técnicas Básicas de Redação. 2. Ed. São Paulo: Scipione, 1995.

Professor, entregar folhas de papel em branco para os alunos realizarem a próxima atividade. Após as correções, arquivar no portfólio.

1) Observe a sala de aula em que vocês estão estudando. Nela, há uma série

de objetos. Escolha dois objetos que vocês estão podendo visualizar e faça uma descrição deles. Vocês devem colocar qualificações objetivas e subjetivas. Se quiserem, podem desenhar os objetos para ilustrar a atividade:

83

Objeto constituído por apenas uma parte

Objeto constituído por várias partes

Módulo 4: Estudando a língua:

Professor, utilizar a Tv pendrive para a realização da próxima atividade.

1) Para iniciarmos o estudo da língua, nesta unidade, vamos ver o filme:

ADJETIVOS. Sua Língua. TV Escola. Vídeo. Disponível em:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/video/me003486.mp4.

2) Agora que você assistiu ao filme, explique:

a) O que são adjetivos?

b) Qual é a função dos adjetivos nas orações?

c) Por que, dentro da descrição de pessoas, objetos, lugares, nós

utilizamos os adjetivos?

3) Para aprimorar seu conhecimento, faça uma pesquisa sobre ―adjetivos‖.

Escreva em seu caderno. Você pode ir até a biblioteca e pesquisar em

gramáticas, ou, então, utilizar sites da internet, tais como:

ADJETIVOS. InfoEscola.15 nov. 2007. Disponível em:

http://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/

CABRAL., Marina. Adjetivo. Mundo Educação. Disponível em:

http://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/adjetivo.htm

Professor, avaliar a pesquisa nos cadernos dos alunos.

Após as correções, arquivar os textos do exercício seguinte (4) no portfólio.

84

4) Agora que você fez a pesquisa e já sabe mais sobre adjetivos, você

descobriu que eles ajudam a chamar atenção e a dar mais vida para o que

você escreve. Em folha separada, escreva um pequeno texto contando

como foi o seu último fim de semana. Depois que você escrever o texto,

circule e pinte os adjetivos que você usou.

Módulo 5: Produzindo o texto

1) No texto que lemos; Bruno, Henrique e os garotos do prédio em que moravam

se divertiam à beça com uma simples tábua de madeira bem lixada.

Inventaram a ―ponte maravilhosa‖. Vocês, quando menores, já inventaram

brincadeiras diferentes e criativas utilizando objetos comuns, como fizeram as

nossas personagens? Expliquem:

a) Quais eram e como eram estas brincadeiras.

b) Com quem e onde costumavam brincar desta maneira.

c) Que tipos de objetos vocês utilizavam para inventar brinquedos.

2) Então, agora, faça uma descrição de algum destes objetos que vocês

utilizavam para inventar brincadeiras. Para facilitar a visualização deste

objeto, ao lado da descrição, cole uma figura ou foto dele ou então, use seus

dons artísticos e faça uma desenho bem ―legal‖.

3) Brincar é muito divertido e saudável. Porém é preciso saber como brincar

para não se machucar, não criar tumultos, discussões, brigas. Converse com

seu colega e responda:

a) O que é necessário para a brincadeira ser divertida e agradável para

todos?

b) Como deve ser o comportamento das crianças que estão brincando

juntas?

c) O que não se deve fazer durantes as brincadeiras?

4) O texto também fala do relacionamento bonito e carinhoso dos dois irmãos

Henrique e Bruno.

a) Quais são os valores que servem de alicerce a esta amizade e bom

relacionamento entre os irmãos?

85

b) É comum encontrar este tipo de relacionamento entre irmãos? Por quê? O

que falta para que irmãos sejam mais amigos e companheiros e saibam

demonstrar carinho e admiração um pelo outro?

5) Agora, gostaria que vocês fizessem uma comparação entre os dois textos que

trabalhamos nas oficinas 2 e 3. Complete o quadro abaixo, mostrando

informações sobre:

Textos Marcelo, marmelo, martelo (unidade 2)

A maravilhosa ponte do meu rimão (unidade 3)

Época em que acontece a história

Ações e características das

personagens principais

Tipo de narrador presente no texto

Elementos que fazem parte do ambiente onde acontecem os

fatos

Enredo que o texto traz

Conflito existente no texto

Temas abordados pelo texto

Costumes e comportamentos

familiares e sociais que

aparecem no texto.

Elementos ou situações em comum que

aparecem nos textos

Elementos ou situações que

aparecem no texto de maneira

adversa (oposta).

6) O que os dois textos possuem de semelhante e de diferente. Comente.

86

7) Agora, que já conversamos bastante sobre o texto ―A maravilhosa ponte do

meu rimão‖, escreva uma narrativa em que apareça:

a) Irmãos ou irmãs:

b) Outras crianças que brincam com estes irmãos:

c) Um narrador personagem ou narrador protagonista

d) A descrição do ambiente em que brincam;

e) Um objeto interessante que eles irão transformar em brinquedo, utilizando

a imaginação e a criatividade.

f) Faça uma descrição deste objeto. Você pode fazer qualificações objetivas

e subjetivas.

g) Um conflito para dar graça e criar expectativa na história.

h) Um final interessante, curioso, ou inesperado.

i) Não se esqueçam de ilustrar o texto.

Professor, depois que os alunos terminarem o texto, solicitar para que socializem seus textos com os

colegas e peçam para corrigir possíveis erros. Depois, faça uma revisão individual desta correção e

solicite para que os alunos reescrevam o texto e façam uma ilustração sobre o que escreveram. Se

possível, explique quais foram as maiores dificuldades que apresentaram na escrita do texto e

organize uma revisão, expondo no quadro, estas dificuldades. Este texto irá para o portfólio e servirá

como avaliação de produção textual no projeto

OFICINA 4

OBJETIVOS

Apresentar um conto contemporâneo infanto-juvenil;

Ensinar, aprender e aplicar as estratégias de compreensão leitora na pré-

leitura, durante a leitura e depois da leitura do conto presente na oficina;

Reconhecer e discutir os temas propostos pelo texto;

87

Realizar a interpretação escrita do texto, enfatizando as inferências enquanto

estratégias de leitura;

Ampliar os conhecimentos sobre os seguintes elementos da narrativa: espaço

ou ambiente;

Levar o aluno a aprender a descrição objetiva e subjetiva do espaço ou

ambiente da narrativa;

Estruturar e produzir uma narrativa curta em 1ª pessoa considerando-se os

temas e os elementos da narrativa estudados, destacando-se a descrição de

espaço ou ambiente e as ações das personagens.

Professor, providenciar o texto original e entregá-lo dividido em nove partes conforme as orientações

do tópico ―Durante a leitura‖ do módulo 1 para os alunos que deverão estar sentados em duplas.

Módulo 1: Lendo o texto:

Professor, é interessante apresentar o(a) autor (a) do texto e fazer alguns comentários sobre ele(a),

principalmente, abordando a sua importância no cenário da literatura infanto-juvenil. Sugestão:

Mostrar foto do(a) autor(a), contar sobre sua vida (biografia), levar uma entrevista que ele (a) tenha

oferecido para revistas, televisão ou sites da internet.

TEXTO DE:

MARTINEZ, Marina. Casa de vó é sempre domingo. In: MACHADO, Ana Maria (org). Em família. Rio de Janeiro: Nova

Fronteira, 2002. Coleção Literatura em Minha Casa. v. 2. Conto. p.11-20

Pré-leitura:

Professor, neste módulo da SD, a maior parte destas questões é oral. Portanto, durante este

exercício, vá escrevendo no quadro, todas as informações mencionadas pelos alunos.

Se quiser, monte cartazes com as informações e afixe-os na sala, para consultas posteriores.

Motivar a turma para fazer a leitura do texto e explicar o que será lido e

porque será feita esta leitura.

88

“Vamos ler o texto da Oficina 4 do nosso caderno pedagógico. Agora,

vamos conhecer uma história muito gostosa. É uma história que valoriza

pessoas que estão muito perto de nós – os nossos avós. Vamos falar deles,

do prazer que é conviver com eles, da casa deles, do lugar mágico que

eles criam para seus netos – lugar que tem quintal, árvores, jardim, flores,

plantas – cheio de alegria, fantasia, brincadeiras, barulho de crianças,

conversa de adolescentes e – Hum!!! – guloseimas, bolos, docinhos,

pãezinhos, bolachinhas, suquinhos... Ah! Que delícia!!....”

Abordar o conhecimento prévio dos alunos e formular algumas perguntas,

partindo do título do texto.

“A primeira coisa que faremos será ler o título do texto. O título pode nos

dar muitas pistas a respeito do texto e, então, poderemos compreender

melhor a história.”

Qual é o título do texto?

O que o título do texto destaca?

Que tipo de frase é o título do texto?

Você concorda com o que o título do texto diz? Por quê?

Solicitar para que escrevam uma hipótese sobre esta abordagem.

Considerando o título do texto, sobre o que será que este texto vai falar?

(Não digam, escrevam.)

Solicitar para que os alunos escrevam a resposta em seus cadernos.

Depois de alguns minutos, solicitar para que uma ou duas duplas leiam suas

respostas. Fazer uma pequena discussão sobre as hipóteses levantadas

pelos alunos. Colocá-las no quadro ou em um cartaz.

O título do texto demonstra algum tipo de sentimento, de subjetividade?

Quais são os temas que podemos retirar do título? Comente.

89

Início da leitura:

Fazer uma breve recapitulação das informações obtidas (recorrer ao que foi

escrito no quadro) para motivá-los a comprovar suas hipóteses.

“Por que será que este título nos leva a perceber formas de sentimentos? O

que vocês acham? Este título nos mostra alguma pista sobre o que texto vai

contar? Quais pistas podem ser?

Professor, convide alguns alunos para fazer a leitura dos trechos deste texto. Deixe-os ler sozinhos.

Será uma oportunidade para mediar se eles estão se expressando corretamente ao fazer a leitura

oral. Sinalize que você irá observar o respeito à pontuação, o ritmo de leitura, a entoação, enquanto

eles estiverem lendo.

Então, vamos começar a leitura. Desta vez, eu não vou fazer a leitura do texto

em voz alta. Quem vai ler o texto são vocês. Prestem atenção na pontuação e

na “entoação”, pois já vimos na leitura dos textos das unidades anteriores.

“Todos devem acompanhar a leitura; destacando palavras desconhecidas

que verificaremos mais tarde”.

Durante a leitura

Professor, se os alunos apresentarem alguma dúvida sobre o vocabulário existente nestes

trechos, estimule-os a pensar sobre os conceitos destas palavras. Só recorra ao dicionário

em último caso. Sugestão: Pode-se utilizar a paráfrase para sanar as dúvidas. Permitir e/ou

criar condições para que os alunos façam perguntas sobre trechos que não compreenderam.

Iniciar a leitura da linha um [ Amanhã é domingo...] até a linha 12 [... Cai no buraco]. Explicar para os alunos que este texto é uma parlenda e está inserido dentro do outro texto Casa de vó é sempre domingo.

Vocês conhecem esta parlenda?

Quem já brincou com ela?

Quem sabe outras parlendas? Que tal recitar alguma?

90

Professor, explicar que parlendas são versinhos com temáticas infantis que possuem rima fácil de

aprender e são recitados em brincadeiras de crianças. As parlendas fazem parte do folclore brasileiro e representam uma tradição importante da nossa cultura. Muitas parlendas são antigas, algumas delas criadas há décadas. São muito utilizadas em jogos porque são divertidas e ajudam a criar um relacionamento agradável entre os participantes.

Dar exemplos de outras parlendas para a sala poder identificá-las. Exemplo: A velha a fiar, Um dois, feijão com arroz, Pombinha branca, O jacaré foi à feira, A barata diz que tem, etc.

Sugestões: a) Levar várias parlendas dispostas em cartazes ou arquivos em formato jpeg para usar na TV

pendrive. b) Se possível, utilizar o laboratório de informática e assistir ao vídeo:

PARLENDAS. Tv Multimídia. Dia a dia educação. 22 Fev. 2001. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=20360

c) Navegar na internet e pesquisar vídeos que possuam parlendas como: A velha a fiar, Pombinha branca, A barata diz que tem, e outras.

Continuar a leitura da linha 13 [É gostoso brincar...] até a linha 31 [...muito

bem para sentir.]

O que o narrador diz ser gostoso?

O que será esta ―cantoria‖ a que o narrador está se referindo?

Como essa ―cantoria‖ é ensinada e aprendida?

Quem é o narrador deste texto? Que tipo de narrador ele é?

Qual é a outra coisa que o narrador diz ser, verdadeiramente, gostosa

também?

Para o narrador, como é um avô e uma avó de verdade?

Para o narrador, importa que sejam os avós? Por quê?

O que o narrador diz que todo menino igual a ele conhece um avô de

verdade. Ele consegue explicar isto?

Então, através do que, ele percebeu como é um avô de verdade?

Será que o narrador possui avós? O que vocês acham?

Caso ele possua, como será que deve ser a convivência dele com os

avós?

Continuar a leitura da linha 32 [Quando chego na casa da vó...] até a linha 50

[... avó tem sempre que dizer.]

Quem são as personagens deste texto? Se for possível, com as

informações que você já obteve, caracterize que tipo de personagens

elas são.

91

Quando o narrador vai até a casa de sua avó, no caminho, o que ele costuma combinar com seu avô?

Como o narrador entra na casa da avó? Por que ele entra desta maneira? O que ele espera?

O que acontece, então? Qual é a atitude dos avós, nesta hora? Por que o narrador aparece com a cara mais lampeira do mundo? Por que este momento é um momento de alegria? Sobre o que as

personagens conversam? O que será que o narrador faz na casa dos avós? O que será que pode acontecer, quando o neto está na casa dos

avós?

Recapitular este trecho, fazer uma discussão sobre a interpretação do que foi

lido e incentivar novas previsões.

Continuar a leitura da linha 51 [aí, vou direto pro meu armário...] até a linha 69

[... muito ocupado, brincando.]

O que o narrador possui na casa da avó? Por que ele se dirige para lá?

O que tem lá? O narrador compara o seu armário a quê? Por quê? O que a avó do narrador coleciona? De que maneira? Por que será que a avó faz esta coleção? Por que será que a avó mantém um armário repleto de coisas para seu

neto? Por que será que a avó fica espiando o neto e sorrindo para ele? Como o neto (narrador) responde aos sorrisos da avó? Será que o neto se sente bem, feliz, em companhia dos avós? O que

vocês acham? Será que eles brigam, discutem entre si, desrespeitam um ao outro? Por quê?

Continuar a leitura da linha 70 [ Quando estou na casa do vô e da vó...] até a

linha 90 [... se não cobrar, não tem graça.]

O narrador diz que faz muitos ―passeios‖ e ―viagens‖ na casa dos avós, por isso ele não precisa sair para lugar algum, quando está lá. Que tipo de passeios são estes? O que ele usa para ―passear‖?

Além de ―passear‖, o narrador gosta de ―viajar‖ também. De que maneira, o narrador viaja? Com quem? A que lugares, eles vão?

Além de passear, viajar, o que mais o narrador faz na casa de seus avós, na companhia deles?

Então, como você definiria o relacionamento entre estes avós e seu neto? Por quê?

O que o narrador demonstra, quando narra todos estes fatos?

92

Continuar a leitura da linha 91 [Se a fome aperta...] até a linha 108 [... para

não perder nenhuma.]

O que acontece quando a fome aperta? Por que o narrador gosta que sua avó faça seu prato? Em que o avô do narrador é especialista? Por que o neto pensa isso? Por que avô e neto gostam de fazer pipoca? Será que é só porque eles

estão com fome? Explique. Qual é o comportamento deles ao preparar pipoca? Como você define

este tipo de comportamento? Que tipos de sentimentos podemos observar no relacionamento entre

o neto e os avós? Quais são as pistas que o texto mostra para chegarmos a esta conclusão?

Recapitular este trecho, fazer uma discussão sobre a interpretação do que foi

lido e incentivar novas previsões.

Continuar a leitura da linha 109 [Na hora de dormir...] até a linha 122 [... nos

meus sonhos.]

Onde o narrador gosta de dormir? Por quê? Por que o narrador escolhe uma pilha bem grande de livros antes de

dormir? O que acontece quando a avó diz ―Era uma vez...‖? Por que os livros ficam pela metade? O que acontece com as

histórias? O que vocês pensam a respeito de dormir ouvindo histórias?

Comentem. Vocês acham que ler histórias para os filhos e netos é importante? Por

quê? O que podemos construir ao ter esta atitude em nossas famílias?

Continuar a leitura da linha 123 [Bom mesmo foi no outro dia...] até a linha

146 [... mocinhos e bandidos, feras e monstros.]

A casa da avó estava em reforma. Descreva a casa da vó neste dia. Para o narrador, a casa da avó estava mesmo uma confusão? Diante daquela situação, não podiam usar mesa e cadeiras para

almoçar. Qual foi a estratégia da avó para servir o almoço? De que maneira eles almoçaram naquele dia? Descreva. Depois do almoço, com os móveis da casa fora do lugar por causa da

reforma. O que mais eles fizerem? Que tipo de brincadeiras eles inventaram? Os móveis amontoados serviram para quê? Por que será que todos se divertiram tanto neste dia? Por que este dia foi tão bom para eles?

93

Continuar a leitura da linha 147 [É hora de ir embora...] até a linha final 155

[... é sempre domingo.]

Neste dia, em que todos se divertiam muito, aproveitando que a casa está com os móveis fora do lugar por causa de uma reforma, apareceu mais uma personagem. Quem é?

Esta nova personagem teve uma idéia. Qual foi? Diante da ideia da nova personagem, qual foi o comentário que o

narrador fez? O avô corrige o comentário dos netos. Mas seu argumento foi aceito

por eles? Os netos chegaram a uma conclusão a respeito da casa dos avós?

Qual foi ela? Por que será que os netos pensaram isto? Então, por que ir embora da casa destes avós era uma pena?

Depois da leitura

“Vamos recapitular a história”.

Quem são as personagens da história?

Que tipo de personagens existe nesta história? Classifique-as.

Quais são as características desteas personagens?

Existe alguma personagem que se destaca por suas atitudes?

Quem? Por quê?

Considerando os elementos da narrativa que já estudamos, quais

deles mais se destacam neste texto? Por quê?

Onde ocorrem os fatos? É possível descrever este lugar? Faça uma

descrição subjetiva do ambiente (cenário) deste texto.

É possível saber quando se passa a história? Como?

Narrador é quem conta a história. Quem é o narrador da história?

Que tipo de narrador ele é?

O narrador apresenta um ponto de vista perante os fatos que

acontecem na história e o comportamento das personagens?

Então, de que maneira ele narra a história? Ele narra de forma

objetiva ou subjetiva. Por quê?

O foco narrativo presente na história é em 1ª ou 3ª pessoa? Como

vocês podem justificar esta resposta?

Toda história possui um conflito. Esta história possuí um conflito

também? O que vocês acham?

94

Qual é o parte da história que realmente prende a atenção do leitor?

Descreva-a.

Toda família possui seus costumes. É possível identificar alguns

costumes na família do narrador? Quais?

Descreva a forma de relacionamento familiar que está presente

neste texto.

Existe alguma passagem do texto que vocês não compreenderam?

Alguém quer perguntar alguma coisa sobre o texto?

Vamos fazer uma discussão ou debate sobre o tema deste texto. Alguém

pode relembrar o que é tema?

Solicitar para que façam um levantamento sobre possíveis temas abordados no texto.

Durante a socialização das respostas, utilizar uma cartolina para escrever as respostas dos

alunos, pois elas serão novamente utilizadas na aula seguinte.

Quais são os temas presentes neste texto? Escrevam em seus cadernos.

Agora, vamos socializar as respostas. Cada dupla vai escrever na

cartolina o que respondeu.

Explicar que, na aula seguinte, todos irão confeccionar um cartão para entregar para os avós.

Solicitar que tragam material para decorar o cartão.

Na aula seguinte:

Agora, escrevam um cartão bem bonito para seus avós. Nele, procurem

expressar palavras e frases que representem os temas discutidos neste texto.

Vocês também podem fazer desenhos e decorar o cartão.

Estes cartões serão entregues para a família de vocês no evento de

encerramento do projeto. Então, caprichem!!

Módulo 2: Interpretando o texto por escrito:

Entregar as questões escritas para os alunos responderem em folhas separadas. Fazer o

exercício em duplas.

1) O texto inicia falando de uma ―cantoria‖. O que representa esta ―cantoria‖ para

o narrador do texto?

95

2) O narrador diz que aprendeu a cantoria com seu avô, ―que aprendeu com o

avô dele, que aprendeu com o bisavô, com o trisavô, com o tataravô‖. Que

tema nós podemos retirar desta informação.

3) O narrador diz que o domingo é gostoso porque é o dia de visitar o vô e a vó

e quem tem vô e vó de verdade sabe disso.

a) Segundo o narrador, o que é um vô e uma vó de verdade?

b) Para o narrador, importa de quem sejam os avós? Por quê?

4) O narrador disse também que não consegue explicar direito o que é um vô e

uma vó de verdade, mas que dá para sentir muito bem. Que tema nós

podemos retirar dessa situação?

5) O narrador combina uma brincadeira com o avô antes de chegar a casa deles

e, quando chega, todos entram na brincadeira.

a) Qual é a intenção do narrador ao agir dessa maneira com os avós?

b) Ele diz que não consegue manter-se firme na brincadeira até o fim. Por

quê?

6) O encontro do narrador com os avós é sempre uma alegria. Eles se abraçam

e se beijam; reparam no dente dele que caiu; que ele cresceu e que não cabe

mais no colo da avó.

a) O que os avós querem demonstrar para o neto, agindo desta maneira?

b) Quais são os outros temas que podemos retirar deste trecho do texto?

7) O narrador diz que tem um armário na casa da avó que parece uma cartola

mágica.

a) Por que ele compara este armário a uma cartola mágica?

b) Com quais intenções ele usa as coisas que estão dentro do armário?

c) Por que motivo a avó mantém este armário para o neto?

8) A avó gosta de espiar o que o neto está fazendo e manda um sorriso para

ele. Ele lhe responde com uma piscadinha.

a) O que podemos deduzir deste momento de relacionamento entre avó e

neto?

b) Que tipo de sentimento eles demonstram um para o outro?

9) O narrador diz que não precisa sair para nenhum lugar quando está na casa

dos avós que, por lá mesmo, ela dá seus passeios e faz suas viagens:

a) Na verdade, o que o narrador chama de ―passeios‖?

b) O que ele usa, verdadeiramente, para passear?

96

10) Segundo o texto, ele também diz que gosta muito de viajar com o avô.

a) Como ele e o avô viajam?

b) Que lugares o avô mostra para o neto?

c) ―De vez em quando a gente cisma em ir ao circo.‖ O que podemos

compreender desta situação? Explique.

d) Considerando as repostas das questões A, B e C, quais são os temas

que podemos tirar destas cenas?

11) O narrador diz também que, quando a fome aperta, também se diverte:

a) Por que o narrador sente pena de comer as comidinhas que a avó lhe

prepara?

b) O que é divertido na hora de fazer pipoca com seu avô?

12) Na hora de dormir, o narrador gosta de ir para a cama da avó – um lugar que

parece o colo dela de tão quentinho e macio. Ela, que é contadeira de

histórias, começa dizendo ―Era uma vez‖

a) Quem aparece para o narrador, nesta hora?

b) Para onde vão eles com suas histórias, depois que o narrador dorme?

c) Podemos dizer que este momento é especial? Por quê?

13) Em uma quarta-feira, dia em que a casa dos avós estava em reforma, tudo

estava fora do lugar. Geralmente, esta situação causa algum tipo de

aborrecimento para as pessoas que gostam de organização.

a) O texto demonstra que este tipo de aborrecimento aconteceu para

estes avós? Por quê?

b) O que eles usaram pra superar o problema de não poder dispor da

mesa e das cadeiras para servir o almoço?

c) Tanto os avós quanto os netos se divertiram, até neste dia, com toda a

confusão e desordem causadas pela reforma. O que podemos deduzir

desta situação?

d) Segundo esta passagem do texto, o que realmente era importante para

os avós, naquele dia?

Professor, para a última questão, relembrar o conceito de: Explícito: Tudo aquilo que está claro no texto. Implícito: Tudo aquilo que está nas estrelinhas, velado, ―escondido‖ no texto.

14) No final deste dia especial, as crianças se divertiram tanto que não queriam ir

embora e o narrador até confundiu a quarta-feira com domingo.

a) Por que o avô disse ao neto que não era domingo? Explique.

b) Aninha termina a conversa dizendo que ―casa de vó é sempre

domingo‖. O que ela quis dizer ao fazer esse comentário?

c) Quais são as informações implícitas que podemos encontrar neste

comentário de Aninha?

97

Professor, antes de trabalhar os próximos módulos, fazer a correção da interpretação escrita e

oferecer espaço para os alunos se expressarem oralmente sobre os temas apresentados pelo texto

estudado.

Em seguida, recolher as interpretações para conferir a correção.

Esta atividade deverá se avaliada e fará parte do portfólio do aluno.

Módulo 3: Analisando a estrutura do texto:

ELEMENTOS DA NARRATIVA IV

Espaço ou Ambiente

1) Ler o texto que se segue:

Professor, se possível, realize esta atividade no laboratório de informática. Caso não seja possível,

providencie livro que possua este conto.

TEXTO DE:

ANDERSEN, Hans Christian. A pequena vendedora de fósforos. Virtualbooks. 2000.

Disponível em: http://www.virtualbooks.com.br/v2/ebooks/pdf/00817.pdf

Professor, realize, oralmente, a atividade que se segue:

a) Fazer a leitura do texto, utilizando o esquema de estratégias de leitura que já vimos

nesta oficina e nas oficinas anteriores, convidando os alunos a refletirem sobre o que

estão lendo no texto.

b) Fazer um debate sobre situações vividas pela personagem protagonista.

c) Solicitar para que os alunos façam uma descrição pessoal do ambiente em que acontece

a história.

d) Solicitar para que os alunos façam uma descrição pessoal dos ambientes que a menina

vê na luz dos fósforos que acende.

e) Solicitar para que façam ilustrações do texto, considerando o que foi dito no debate e no

que puderam interpretar da história.

f) Colar as ilustrações das histórias em um cartaz ou pregá-las na sala

98

Categorias da Narrativa – O Espaço

Para iniciarmos o nosso estudo sobre o Espaço ou Ambiente em um conto

(texto narrativo), precisamos entender que todas as ações das personagens das

histórias acontecem em um determinado local e de acordo com ele.

Como existem muitos tipos diferentes de narrativas, pode haver também,

diferentes tipos de espaços:

Para facilitar a compreensão deste elemento da narrativa, vamos sistematizar

em forma de um esquema, veja:

O espaço pode ser classificado das seguintes formas:

Espaço Físico ou Espaço Geográfico: Dizemos que um texto possui espaço físico

ou geográfico quando estamos falando dos lugares onde as ações das personagens

acontecem. Ele pode ser:

Interior

Sala de jantar – cozinha – sala de aula – loja Exterior

Praça – praia – lago – quintal – parque – playground

Fechado Apartamento – casa – restaurante – shopping

Aberto Sítio –estrada – jardim – parque de diversões

Privado Farmácia – supermercado – banco – clube

Público

Escola – hospital – rua – museu – posto de saúde

Amplo e definido geograficamente Cidade, país, ilha, oceano, arquipélago, deserto

Restrito e com características especiais Centro cirúrgico – laboratório – biblioteca

Espaço Psicológico: Assinala o modo como cada personagem experimenta,

vivencia um espaço físico específico e, também, define os sentimentos que cada

personagem apresenta em relação a este referido local.

INFOPÉDIA. Acesso em: 08 ago. 2011. (Adaptado) Fonte: TEXTO NARRATIVO. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-08-08]. Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$texto-narrativo>.

Muitos autores utilizaram o espaço para criar mundos muito diferentes. Dentre

eles, podemos citar:

Monteiro Lobato autor de Reinações de Narizinho e vasta obra infanto-juvenil

da literatura brasileira.

Lewis Carrol autor de Alice no país das maravilhas.

Clive Staples Lewis autor de As crônicas de Nárnia.

John Ronald Reuel Tolkien autor da trilogia O senhor dos anéis.

Joanne Kathleen Rowling autora dos livros com a personagem Harry Potter.

99

Estes mundos diferentes podem estar presentes em outras categorias de

contos, tais como: contos de terror, contos fantásticos, contos maravilhosos.

Também aparecem em narrativas como as de ficção científica, proporcionando-nos

o exercício da imaginação e o sabor da fantasia .

No conto Casa de vó é sempre domingo que estudamos, nesta oficina,

verificamos que o narrador valoriza muito tudo o que acontece na casa dos avós,

principalmente o comportamento carinhoso deles. Durante a história, ele também

destaca como é a casa em que moram. Vamos relembrar alguns trechos:

“A vó faz coleção dos meus desenhos. Põe nas paredes, prega nos quadros,

pendura nas portas. Parece até galeria de arte – das minhas artes.”

................................................................

―O sofá da sala é meu navio. Com as almofadas, faço a amurada. Com o

cinzeiro redondo, dirijo o barco. Tudo pronto, levantar âncora! E saio viajando pelos

mares sem fim.

“Às vezes o sofá vira avião, foguete, disco voador. “E lá vou eu, navegando

por céus e mares, planetas e galáxias.”

................................................................

“Na hora de dormir, gosto de ir para cama da vó. É um lugar quentinho e

macio – parece o colo dela.”

................................................................

“Bom mesmo foi no outro dia. Era uma quarta-feira, meio feriado. A casa da

vó estava em reforma. A sala grande vazia. O chão brilhante de verniz novo. Os

móveis da sala todos empilhados pelo resto da casa. Tinha até sofá no corredor.”

................................................................

“Vamos fazer piquenique na sala!

Toalha no chão, pratos e talheres em cima, a gente sentado em volta, feito

chinês.”

................................................................

“No resto da casa a brincadeira foi melhor ainda. Com mesas, cadeiras, sofás,

almofadas, tudo amontoado, inventamos uma porção de esconderijos. Cavernas

escuras, com passagem secreta para minas de ouro e diamantes.

“Florestas misteriosas, cheias de perigo, com sinais de pista e mapas

escondidos.” ................................................................

100

Temos, portanto, a descrição do espaço onde se desenvolvem a ação das

personagens.

1) Qual é este espaço descrito pelo narrador, no conto?

2) De acordo com o quadro (esquema) que nós estudamos, como podemos

classificar o espaço físico presente neste conto?

3) Podemos dizer, segundo o esquema estudado, que este espaço também é

psicológico? Explique?

Módulo 4: Estudando a língua

1) Leia o texto:

No fundo do lago, a cidade dos cavalos-marinhos vivia cercada de plantas. Imensas

plantações formavam um outro oceano ali embaixo. Eram mares verdes de plantas variadas: plantas

de verde amarelado, de verde azulado, de verde esbranquiçado, de verde avermelhado, de verde

esverdeado. Essas plantas produziam os únicos alimentos disponíveis na cidade, mas na verdade

nenhum dos habitantes sentia falta de qualquer outro tipo de comida. Era claro – eles nunca haviam

experimentado o sabor de qualquer outra coisa, da nada, absolutamente nada na vida que não fosse

o gosto daquelas plantinhas pálidas dos mais variados matizes ou de suas flores e raízes.

Para morar, os cavalos-marinhos construíram suas minúsculas casas entre as rochas ou

entre os corais. Caprichavam na decoração, porque todos tinham muito bom gosto. A imaginação

deles não se esgotava quando se punham a trabalhar com flores aquáticas, pedaços de madeira ou

pedrinhas coloridas. As construções, as ruas e as avenidas eram iluminadas por archotes de algas

fosforescentes.

Os cavalos-marinhos estavam muito bem protegidos ali, em sua pequena cidadezinha, tanto

que os homens podiam acabar com o mundo uma, duas ou quinze vezes e eles não se sentiriam

abalados.

[...]

YASBEK, Mustafá. O jardim dos cavalos-marinhos. São Paulo. Atual, 1986. p. 9 e 10.

2) Neste texto, há a descrição do lugar onde vivem os cavalos-marinhos. Analise

e responda:

a) Qual é o espaço descrito no texto?

b) A qual classe de palavras pertencem as palavras destacadas?

c) O espaço que o texto apresenta é:

( ) aberto ( ) fechado ( ) amplo ( ) restrito

101

Módulo 5: Produzindo o texto

Professor, para a 1ª atividade é necessário levar para a sala: revistas para recorte, cartolinas, cola e

tesoura. Os alunos devem estar reunidos em grupos.

1) Confecção de cartazes:

a) Para esta atividade, reúna-se em grupo conforme as orientações de seu

professor e recorte várias imagens com os seguintes tipos de espaço ou

ambiente:

Um espaço físico aberto:

Um espaço físico fechado:

Um espaço geográfico:

Um espaço restrito com características especiais:

b) Disponha e cole as imagens em uma cartolina, deixando espaço para

escrever um texto embaixo delas:

c) Prepare, junto com seus colegas, num rascunho, uma descrição detalhada

dos espaços que vocês colaram no cartaz.

d) Peçam para os colegas lerem o texto e verificar se não houve algum

errinho de escrita e transfiram o texto para a cartolina, embaixo das

imagens.

2) Agora, de olho nos cartazes que fizeram, escolha um espaço bem interessante e

de acordo com ele, crie uma narrativa curta, destacando este espaço. Faça em

folha separada e entregue para a professora corrigir.

3) No texto ―Casa de vó é sempre domingo‖, o narrador escreve como é a vida e a

convivência com seus avós, seus costumes, o ambiente em que vivem.Você,

naturalmente, passa os finais de semana ou algum feriado na presença dos seus

avós também. Faça como o narrador do texto e descreva em seu caderno:

Como é a casa de seus avós (espaço interior e exterior)

Quais brincadeiras vocês costumam fazer juntos

Quais as coisas que eles ensinam para vocês

Como é a convivência com eles

Quais são os costumes que eles possuem

Um momento interessante que você e seus avós tenham passado

juntos.

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4) Agora, escreva um texto, semelhante ao texto Casa de vó é sempre domingo,

porém, da seguinte maneira:

Você é o narrador-personagem que irá contar a história

O foco narrativo será em 1ª pessoa

Seus avós serão as personagens protagonistas.

Pode haver outros personagens secundários como: primos, amigos, tios,

seus pais.

Descreva as personagens. Você pode colocar as características físicas e

psicológicas deles.

Além da narração do que acontece, você deve colocar diálogos entre as

personagens usando o discurso direto.

Descrever o espaço (ou espaços) em que acontecem os fatos, usando a

sua criatividade, seus sentimentos, seu ponto de vista sobre este (s) lugar

(es)

Manter a coerência do texto. Relacionar os fatos corretamente, criando um

enredo interessante.

Finalizar o texto de maneira criativa.

Não se esqueça de colocar o título.

Faça uma revisão do texto, corrija o que for necessário e passe a limpo

em uma folha de papel.

Por último, faça uma ilustração sobre o tema apresentado.

Professor, depois que os alunos terminarem o texto, solicitar para que socializem seus textos com os colegas e peçam para corrigir possíveis erros. Depois, faça uma revisão individual desta correção e solicite para que os alunos reescrevam o texto e façam uma ilustração sobre o que escreveram. Se possível, explique quais foram as maiores dificuldades que apresentaram na escrita do texto e organize uma revisão, expondo no quadro, estas dificuldades. Este texto irá para o portfólio e servirá como avaliação de produção textual no projeto.

Finalizamos a apresentação do caderno pedagógico e, a seguir, indicamos mais dois procedimentos:

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B) Ações com a comunidade interna e externa da

escola:

Para iniciar a aplicação do projeto de intervenção pedagógica, convidar os

pais dos alunos envolvidos para uma palestra, apresentar o projeto e lhes

oferecer alguns esclarecimentos sobre:

a) o que é letramento;

b) a importância do papel da família no processo de ensino e prática da

leitura;

c) o que são as estratégias de leitura e para que são utilizadas;

d) quais as ações que pais e responsáveis podem realizar para melhor

incentivar os filhos a desenvolver o hábito da leitura.

Para finalizar a aplicação do projeto de intervenção pedagógica, promover um

evento na escola, com a participação dos alunos, pais, amigos e familiares e

colegas professores, com o objetivo de expor os textos produzidos pelos

alunos, buscando assim valorizar o empenho de todos.

C) Elaboração de blogue para divulgações:

Elaborar um blogue para a divulgação do tema de estudo, do projeto e de

seus resultados.

O objetivo desta ação é oferecer oportunidades ao aluno para contatar,

observar e interagir (se quiser) na “eduglobosfera‖.

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II) ORIENTAÇÕES – RECOMENDAÇÕES

Ao decorrer da apresentação das atividades nas oficinas que constituem este

caderno pedagógico, foram apresentadas as orientações direcionadas para os

professores, porém para a sua implementação se configurar com maior qualidade, é

importante destacar mais alguns cuidados.

Disponibilizar os textos originais divididos em partes conforme as

orientações das oficinas – isto é imprescindível para que as estratégias de

compreensão leitora sejam colocadas em prática. Se o texto estiver, na

íntegra, a disposição do aluno, pode-se perder a expectativa criada pelo

texto e o trabalho tornar-se cansativo;

Trabalhar os textos considerando-os como reais objetos de estudo

incentivando os alunos a pensar, analisar, discutir os temas expostos por

eles. Também estimular os alunos a prever as ações das personagens,

criar hipóteses a respeito dos fatos mostrados pelos textos, que mais tarde

serão ou não comprovadas com a leitura integral destes textos e

consequente compreensão;

Estimular os alunos a estudar os vocabulários presentes no texto por meio

de pesquisas com uso de dicionários, revistas, sites de internet (se

possível), paráfrases, construção de cartazes, ou outras técnicas criativas;

Buscar levar todo o material previamente preparado para a sala, para

poder aproveitar, ao máximo, todo o tempo disponível da aula;

Quando a aula estiver planejada para ser aplicada no ambiente do

laboratório de informática, deixar o material previamente selecionado e

preparado;

Se houver algum empecilho para o uso do laboratório de informática,

replanejar a atividade substituindo a internet por outros recursos tais

como: TV pendrive, imagens jpeg, recortes de jornais e revistas,

confecção de cartazes; e outros;

O letramento digital é uma necessidade cada vez mais premente nos dias

atuais e deve ser estimulado também. Formar grupos de alunos na sala de

aula e incentivá-los, na medida do possível, a navegar por sites da

internet, seja no laboratório de informática da escola, seja em casa (os

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que já possuem acesso a internet) através de atividades complementares

(tarefas) cujos resultados deverão ser apresentados pelo grupo para que

ninguém fique sem participar das mesmas;

Toda produção de texto apresenta maior qualidade quando seu autor sabe

que ela será destinada a alguma forma de divulgação para o meio social.

Portanto, ao final da implementação das oficinas, divulgue os resultados

dos trabalhos dos alunos para comunidade escolar interna e/ou externa. É

possível criar várias situações e sugerimos: promover exposição de

trabalhos, apresentação de murais, divulgar os trabalhos em feiras

culturais, criar blogs educativos com a exposição dos trabalhos; e outros

que o professor quiser realizar;

Não se esqueça de solicitar a autorização dos pais dos alunos para

divulgar materiais escritos por eles, bem como imagens inéditas e

fotografias.

III) PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Em nossa produção didático-pedagógica, escolhemos elaborar um caderno

pedagógico que pudesse contemplar quatro oficinas. Esta forma de trabalho

demanda uma atenção especial para o processo de ensino e aprendizagem em que

se dá todo o trabalho desenvolvido dentro de sala de aula, envolvendo alunos e

professores.

Portanto, a proposta de avaliação para este material didático é constituir, ao

longo das oficinas, um portfólio individual para cada aluno.

Desta maneira, poderemos avaliar o processo de aprendizagem em que o

aluno participou desde o seu início até o final e acompanhar, paulatinamente, seu

desempenho durante as oficinas, havendo possibilidade de se apontar tanto os

problemas que enfrenta, quanto esclarecer-lhe os sucessos que vai adquirindo.

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Para avaliar a participação dos alunos nas oficinas seguiremos os seguintes

critérios:

Compreensão, envolvimento e acolhida das finalidades pedagógicas

propostas pelas oficinas de leitura;

Interação do aluno em contexto escolar, considerando-se sua atuação

perante o material didático apresentado, sua cooperação com colegas

de sala e professora para a realização de atividades compartilhadas,

participação nos eventos realizados para divulgação dos trabalhos.

Atenção no desenvolver das leituras, dos estudos e das atividades;

Autonomia, interesse e participação na realização das atividades

propostas;

Disciplina para construir um comportamento e um posicionamento ativo

perante as atividades propostas no decorrer das oficinas;

Assimilação, desenvoltura e apropriação dos conteúdos apresentados.

Quanto à avaliação dos portfólios, consideraremos:

Qualidade da apresentação das atividades propostas;

Criatividade para a realização das atividades;

Assimilação, desenvoltura e apropriação dos conteúdos apresentados;

Organização na apresentação das atividades.

Durante a implementação do caderno pedagógico no formato de oficinas, não

faremos avaliações de produto e respeitaremos as condições e os diferentes níveis

de aprendizagem em que se encontram os alunos envolvidos.

Atendendo ao sistema de avaliação da escola, sintetizaremos a avaliação no

formato de notas: 60 pontos para a participação dos alunos nas oficinas e 40 pontos

para a avaliação do portfólio (conforme os critérios já assinalados), perfazendo 100

pontos bimestrais. A duração da implementação desta proposta didático-pedagógica

será de dois bimestres.

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IV) REFERÊNCIAS

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