FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · em deixar o quadro negro, o giz e um livro...

22

Transcript of FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · em deixar o quadro negro, o giz e um livro...

FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Animação: uma possibilidade de uso da tecnologia para a produção de material di-

dático-pedagógico

Autor Manoel Bueno

Escola de Atuação Colégio Estadual Barão do Rio Branco

Município da escola Foz do Iguaçu

Núcleo Regional de Educa-

ção

Foz do Iguaçu

Orientador Maria Elena Pires

Instituição de Ensino Superi-

or

Unioeste

Disciplina/Área (entrada no

PDE)

Português

Produção Didático-

pedagógica

Produção de material que utiliza programas de código

aberto como: Ofcce/Linux, servindo como recurso didático,

tanto na preparação de aulas como no auxilio aos alunos

em suas atividades escolares.

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as dife-

rentes disciplinas compreen-

didas no trabalho)

História, Artes e Português

Público Alvo (indicar o grupo

com o qual o professor PDE

desenvolveu o trabalho: pro-

fessores, alunos, comunida-

de...)

Professores do ensino fundamental nas áreas de Artes,

História e Português

Localização

(identificar nome e endereço

da escola de implementação)

Colégio Estadual Barão do Rio Branco – Ensino Funda-

mental, Médio e Profissionalizante

Rua Silvino Dal‟Bó, 85 – Jardim Polo Centro – Foz do Igu-

açu - Pr

Apresentação:

(descrever a justificativa, ob-

jetivos e metodologia utiliza-

da. A informação deverá con-

ter no máximo 1300 caracte-

res, ou 200 palavras, fonte

Arial ou Times New Roman,

tamanho 12 e espaçamento

simples)

- Justificativa: Diante a nova geração „digital‟ a escola pre-

cisa rever sua função e adotar uma postura pedagógica

mais rica e adequada. Hoje, no seu dia a dia dos educan-

dos estão as novas tecnologias, portanto precisamos, en-

quanto docentes, proporcionar o melhor aproveitamento

desses equipamentos digitais, transformando-os em fer-

ramentas aliadas.

- Objetivos: Oferecer subsídios para a elaboração de ati-

vidades pedagógicas integradas, a partir de equipamentos

digitais.

- Metodologia: Produzir, junto aos professores, material

didático pedagógico a partir de animação explicando, pas-

so a passo, como é possível, num trabalho multidisciplinar,

agregar conhecimentos e tornar os conteúdos mais recep-

tivos. O material será produzido a partir de softwares es-

pecíficos, que são os apresentadores de slides e editores

de filmes e os equipamentos são a máquina fotográfica

digital, os celulares e outros recursos do próprio computa-

dor.

Palavras-chave ( 3 a 5 pala-

vras)

Digital, tecnologias, produção, material, animação

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

ANIMAÇÃO: UMA POSSIBILIDADE DE USO DA TECNOLOGIA PARA A PRODUÇÃO

DE MATERIAL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

PROFESSOR PDE: MANOEL BUENO

ORIENTADORA: PROFª.DRª. MARIA ELENA PIRES DOS SANTOS

FOZ DO IGUAÇU-PR

2011

PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

2

A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Professor PDE: Manoel Bueno

Área PDE: Português

NRE: Foz do Iguaçu

Professor Orientador IES: Maria Elena Pires

IES vinculada: Unioeste – Universidade do Oeste do Paraná

Escola de Implementação: Colégio Estadual Barão do Rio Branco

Público objeto da intervenção: Professores de História, Artes e Língua Portuguesa

B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE:

A dificuldade encontrada no dia a dia da escola em relação ao uso dos dispositivos

digitais, tão presentes nas mãos dos alunos. É preciso entendê-los, aproveitá-los, e fazer

destes, material de sala de aula.

C) TÍTULO:

Animação: uma possibilidade de uso da tecnologia para a produção de material di-

dático-pedagógico.

D) PÚBLICO ALVO:

Professores das disciplinas de Artes, História e Português do ensino fundamental

3

E) OBJETIVO:

OBJETIVO GERAL:

Oferecer subsídios para a elaboração de atividades pedagógicas integradas, como

produção de animação a partir de equipamentos digitais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Produzir, junto aos professores das áreas de Português, Artes e História, material

didático pedagógico a partir de animação explicando, passo a passo, no laboratório de

informática, como é possível, num trabalho multidisciplinar, agregar conhecimentos e tor-

nar mais receptivos os conteúdos;

Mediar, em sala de aula, os trabalhos de produção das animações, tendo, como

apoio, os dispositivos trazidos pelos próprios alunos;

Encaminhar a iniciativa para a equipe pedagógica da escola envolvida a fim de que

se discuta a possibilidade do uso da hora atividade dos professores envolvidos no projeto

e, por fim, divulgar os trabalhos junto à comunidade escolar, na perspectiva de que possa

expandir a iniciativa para outras disciplinas.

F) JUSTIFICATIVA:

Os últimos avanços científicos nos trouxeram facilidade e rapidez na comunicação

e informação. Por sua vez, inserida nesse contexto, a escola deve entender e repensar a

educação sob esse novo paradigma, pois a tradicional forma de educar se torna, assim,

se não obsoleta, ao menos desconfigurada em relação às novas tecnologias. As Diretri-

zes Curriculares da Educação Básica quando tratam das dimensões do conhecimento

propõem que ofereçamos ao estudante “a formação necessária para o enfrentamento

com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo”

(DCE-PR. 2008,p.20). Assim é que nesse novo tempo informático, nossos educandos

têm diferentes e novos estímulos. Portanto devemos enfrentar o desafio. Isso não implica

4

em deixar o quadro negro, o giz e um livro didático, mas, na práxis, é preciso integrar

novas formas de desenvolvimento. Muitos autores estão preocupados com as rápidas

transformações em relação aos novos mecanismos de comunicação, de informação. Pa-

ra Silva,

O mundo moderno exige pessoas preparadas para enfrentar e absorver as

novas formas de mensagens que chegam até elas. A leitura de vários tipos

de texto é essencial na sociedade em que vivemos. Saber ver ou produzir

uma imagem, um filme é tão necessário quanto aprender a ler e escrever

nos moldes convencionais, pois os códigos e os processos de produção

da comunicação se alteram e, nessas mudanças, buscam receptores ap-

tos para entendê-los. Se o modo de produção se altera, fazendo surgir no-

vos códigos, ele irá exigir uma nova posição receptiva; o mesmo valendo

para a alteração da percepção e da recepção, que exigirá novos códigos

no processo de produção. (SILVA, 1991, p.81)

Percebemos a preocupação com o entendimento e o diálogo com as novas lingua-

gens, deixando claro que estas, com os novos códigos, têm uma formatação mais ágil,

provocam novos estímulos. Desta forma, procede a preocupação, pois a sociedade mo-

derna desenvolveu formas diferentes de aprender e ensinar e a escola, por sua vez, se

não se alfabetizar para a utilização das novas tecnologias da comunicação estará limita-

da, alienada e até mesmo marginalizada. Segundo Frigotto,

Trata-se de reafirmar, no espaço da educação escolar, o direito social, in-

dividual e coletivo de uma formação escolar omnilateral – dirigida para o

desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano: intelectuais,

biopsíquicas, lúdicas, afetivas etc. – e não apenas para a visão unidimen-

sional do mercado e garantir a todo cidadão o acesso aos conhecimentos,

valores e bens culturais do seu tempo histórico. (Frigotto, 2001, p.131)

É nesse contexto que, enquanto professores, e por exigência da atividade, como

produtores de material didático, é importante repensar a forma, a técnica, os recursos

5

para os encaminhamentos dos conteúdos, levando em consideração o uso exatamente

destes novos conhecimentos, desses novos equipamentos digitais. Uma das possibilida-

des é a produção de animações - via softwares apropriados - a partir da produção por

parte dos próprios professores, no chão da escola. Assim é que será importante viabilizar

uma parceria alunos/professores em relação a essa produção digital, o que pode ser

concretizado em ações conjuntas, uma vez que para parte dos alunos não há dificuldade

quanto ao manuseio dos recursos digitais, embora de forma ainda básica, ou seja, explo-

rando somente o que os encanta, com cores e sons, como simples fotografias e sons.

G) PROCEDIMENTOS/METODOLOGIAS: Nosso trabalho será dividido basicamente

em atividades, ou seja:

1. Leituras: É importante fazermos primeiramente as leituras pertinentes, bem como

os devidos debates a respeito das ações da escola nos tempos modernos, cujos

educandos tem tantas informações e facilidade para o uso dos aparatos digitais. –

é o que os textos tratarão, de certa forma;

2. Vivendo o tema: Vamos assistir a alguns filmes de animação, cujos assuntos

abordados têm relação com nossos discursos em sala de aula, portanto muito nos

diz respeito, filminhos cujas técnicas de animação são facilmente perceptíveis, o

que nos ajudará no próximo passo para nossa própria produção. Logo após vamos

conhecer as partes da uma filmagem;

3. Oficinas: As oficinas, se dividirão em duas etapas, uma preocupada mais com a

produção intelectual, ou seja, a redação mesmo e que será „formatada‟ de forma

diferente do que estamos acostumados, ou seja, o texto tomará corpo e se apre-

sentará em forma de animação, que é nossa segunda parte de oficinas.

6

INTRODUÇÃO:

A linguagem na animação é uma forma de inovar e aproximar os alunos do conte-

údo, uma vez que é uma forma nada tradicional de se trabalhar em sala de aula. A produ-

ção de curtas possui características especificas para a transmissão de mensagens: a

imagem, o som, o movimento, a cor e outros elementos que provocam nos autores e/ou

nos expectadores novas reflexões. Os benefícios pedagógicos trazidos pelos produtos

audiovisuais, por meio dos vídeos, são muitos, além de fazer com que se trabalhe em

grupo, desenvolvendo o sentido estético. Mas um audiovisual é muito mais do que uma

câmera na mão e uma ideia na cabeça, pois implica em muito trabalho e é preciso seguir

todos os passos de realização.

O projeto quer, ainda, contribuir para a formação dos professores envolvidos, so-

bretudo na incrementação do repertório de leituras teóricas e literárias, numa medida em

que o professor se sinta autor. Destaca-se o interesse na ampliação do conceito de leitura

dos alunos, expandindo-o também para o domínio do não verbal.

Atividade UM – Leitura e debate com apoio nos seguintes Textos:

1 – LER E COMPREENDER OS SENTIDOS DO TEXTO - Capítulo UM

Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias –– Contexto

2 - A DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DOCENTE

Texto de Maiza M. Althaus. Disponível em: < http://www.uepg.br/uepg>.

3 - A FORMAÇÃO DE EDUCADORES: UMA PERSPECTIVA MULTIDIMENSIONAL

Texto de Vera Maria Candau. Publicado em: “A formação do educador: desafios e

perspectivas”. Série Estudos PUC/RJ, 1981. In: CANDAU, Vera Maria. (Org.) Rumo

a uma nova Didática. 14ª. ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002.

7

4 - MULTIDISCIPLINARIDADE, INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSDISCI PLI NA-

RIDADE NO ENSINO

Texto de Marília Freitas de Campos Pires, Professora do Departamento de Educa-

ção do Instituto de Biociências da UNESP - Botucatu e doutoranda em Educação na

UNICAMP

5 - DIDÁTICA E TECNOLOGIA: AMIGAS OU INIMIGAS - Sobre a Importância

dos Recursos Tecnológicos na Educação - POSSIDONIO, Laudiméia da Silva.

DIDÁTICA E TECNOLOGIA: AMIGAS OU INIMIGAS? Disponível em:

<www.vezdomestre.com.br>.

6 - AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: CON-

TINGÊNCIA DE UMA ÉPOCA OU MODISMO? A LINGUAGEM DA TELEVISÃO E

DO CINEMA e OUTRAS LINGUAGENS NÃO-ESCOLARES - Carlos Alves Rocha,

Mestre em Tecnologia – Área: Educação Tecnológica. Licenciado em Ciências e Bio-

logia. Especialista em Informática na Educação, professor no ensino fundamental,

médio e superior (Ciências e TICE)

7 – TECNOLOGIAS, TRABALHO E EDUCAÇÃO - UM DEBATE MULTIDISCI-

PLINAR

Capítulos UM (Modernização tecnológica e relações de trabalho) e DOIS, Capacita-

ção tecnológica, revalorização do trabalho e educação - Lucia Mathilde E. Orth, Vo-

zes 1994

Os dois livros a seguir nos acompanharão durante todo o trabalho, pois são fun-

damentais para nos fundamentarmos e são ainda esclarecedores em relação à

parte técnica:

1 – CINEMA E EDUCAÇÃO, Rosália Duarte, autêntica, 2009, Belo Horizonte

8 2 - SILÊNCIO: FILMANDO! Um guia para documentários com qualquer orçamento, qualquer câmera e a qualquer hora - Artis, anthony Q. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011

Atividade DOIS: Assistindo a algumas animações

Veremos nessa atividade alguns curtas metragem que parecem feitos para ser

mostrados em sala de aula, para aproveitarmos de certa forma como ensinarmos nossos

conteúdos e são muitos, pois há um acervo riquíssimo de animações e curta metragem

na rede. Um exemplo é o site www.portacurtas.com.br que é um site que possui quase

sete mil filmes produzidos no Brasil ou em outros países. Alguns merecem destaque, co-

mo por exemplo, os filmes:

Blue

http://www.filmesdecinema.com.br/filmes-de-blue

Blue, a arara-azul,

cujo roteiro nos mostra, os

pontos turísticos da cidade

maravilhosa como cená-

rio. É possível fazermos

algo parecido mostrando

Foz do Iguaçu. Basta cri-

armos algo como em Blue,

focalizando um contra-

bando de animais via pon-

te da amizade podemos

mostrar toda a beleza de

Foz do Iguaçu.

9

A fuga das Galinhas

8

http://www.adorocinema.com

A noiva Cadáver

Ilha das Flores

http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?cod=647&Exib=1

Neste curta de humor sarcástico

temos o dia a dia triste da realidade das pesso-

as que sobrevivem comendo as sobras dos por-

cos, fazendo uma reflexão sobre a sociedade

capitalista, a função da escola, entre outros.

Trabalhando a questão de "o que define um ser

humano", "o que é ser livre" entre outros.

Neste curta de hu-

mor sarcástico. Trabalham-se

questões como “o que define um

ser humano”, “o que é ser livre”.

Tecnicamente o aproveitaremos

para entender, com ele, como

trabalhar as cores.

A análise do filme leva-nos à reflexão

de que os nossos sonhos e almejos devem

ser sempre colocados em primeiro plano.

Gerar mudanças depende da ação. A única

forma de gerar resultados é tomando deci-

sões. Tenhamos certeza de que um trabalho,

ainda que escolar, se bem feito, pode dar

resultado explêndido na apresentação final,

como nesta, de tantos recursos.

http://www.portacurtas.com.br/pop_1 60.asp?1

10

Histórias das coisas

http://www.filmesdecinema.com.br/histoiadascoisas

Atividade TRÊS: As etapas para a produção da animação:

Por mais que o trabalho com um curta metragem possa, a princípio, assustar um

professor, uma vez que parece requerer uma série de conhecimentos prévios e técnicos,

os programas de computadores nos facilitam, pois um programa para isso já vem instala-

do no sistema operacional livre Linux, que usamos nos laboratórios das escolas. Esses

softwares têm uma quantidade relativamente grande de recursos que vão desde a inser-

ção de fotos, som, legenda, entre outros. O importante para se trabalhar com curtas me-

tragem é um bom planejamento do trabalho. Desta forma, vamos dividi-los em etapas.

1 - Introdução à linguagem de animação: Nossos jovens hoje em dia estão acos-

tumados com vídeos curtos, especialmente após o youtube e todos os seus similares.

Apesar de acostumados com esse tipo de vídeo isso não significa que terão domínio da

Uma crítica ao seu pró-

prio país onde é produzido, os

Estados Unidos da América, à

economia capitalista, ao consu-

mismo. Vamos observar a „apa-

rência‟, o cenário desse curta

que entenderemos que é uma

das técnicas para a produção de

uma animação. Nela os dese-

nhos se movimentam num se-

gundo plano, enquanto uma

apresentadora se fixa em primei-

ro plano e vai apresentando o

tema.

11

linguagem dos curtas-metragens. O ideal é colocá-los em contato com esse material na

prática.

2 – Definição de tema e do teor: É importante discutir com os alunos o tema e o

tipo de vídeo que se quer produzir. Nunca podemos nos esquecer de que todos nós, de

todas as áreas do conhecimento temos nossos conteúdos programáticos para desenvol-

ver juntos aos alunos. Se o objetivo é documentar algo, como a história da escola, então

a sátira não seria mais adequada seria melhor dar um tom de reportagem ao curta, enfim,

o que queremos é que se defina muito bem o teor, para ser mostrado para toda a comu-

nidade escolar.

3 - Pesquisa Inicial: É necessário que os alunos pesquisem informações sobre o

tema. Sendo assim, todos poderão contribuir com ideias pontuais e não somente "achis-

mos" na fase seguinte. Todos devem pensar juntos. Até mesmo as grandes empresas, há

algum tempo, adotam esta técnica, ou seja, várias pessoas juntas lançando ideias iniciais

sobre um tema, que serão posteriormente selecionadas e desenvolvidas.

4 - Elaboração de um roteiro: Não é necessário que se crie um roteiro fixo, com

falas fixas, mas um esboço de roteiro é fundamental, um conjunto de ideias básicas que

irá guiar a „fala‟ dos personagens, a escolha das músicas, arranjos, cenários, etc.

6 – Filmagens: Nossa sugestão é no sentido de evitar fazer somente na escola.

Vamos deixar os alunos se divertirem e darem risadas em grupos ao criar isso, pois o tra-

balho pode ser mais divertido. Para a produção de um vídeo escolar pode-se utilizar uma

máquina digital que filme, ou dependendo do telefone celular, a resolução pode ser acei-

tável, nunca nos esquecendo dos conteúdos programáticos, pois estes têm que estar

contemplados.

7 – Edição: Esta pode ser feita de diversas formas. É interessante que seja feita

coletivamente, se possível, ou ao menos iniciada coletivamente, até que o grupo de edi-

ção assuma o trabalho depois. Os encarregados desta parte devem levar em conta as

idéias de quem produziu o texto, a história, por isso mesmo deve esse participante, ter

acompanhado todo o processo. A edição é a conclusão, ou seja, é quando juntamos as

12

peças e as dispomos para serem mostradas, por isso na inserção das músicas, dos sons

de efeito, legendas, entre outros, toda a equipe deve acompanhar.

8 – Divulgação: A divulgação ajuda tanto o professor quanto a escola a divulgar

seus nomes profissionais e institucionais, como também dá ânimo aos alunos, uma vez

que poderão ver que o trabalho deles foi valorizado.

Atividade QUATRO: Conhecendo as técnicas de animação:

A tabela a seguir mostra algumas técnicas de animação. É muito importante conhecê-las:

Técnica: Características:

A

Animação tra-

dicional

É uma técnica trabalhosa, requer criatividade, planejamento, paci-

ência e dedicação, como a maioria das técnicas manuais. Os de-

senhos são feitos à mão. Definem-se as ações do personagem

quadro a quadro, desenhando cada parte da sequência dos movi-

mentos.

B

Animação digi-

tal

Para essa técnica usam-se equipamentos digitais, como o compu-

tador. Uma imagem é apresentada no monitor do computador e em

seguida é rapidamente substituída por uma nova imagem, seme-

lhante à imagem anterior, mas ligeiramente modificada. É fácil para

quem tem conhecimento em programação, no entanto não envolve

outros elementos senão o próprio computador, o que resume o tra-

balho somente para aqueles que o dominam.

Atividade CINCO: Oficinas de produção de uma animação stop motion.

Atividades técnicas:

Optamos, nesse primeiro momento, por uma produção usando a técnica stop motion

(animação quadro a quadro) e com personagens produzidos a partir de massa de mode-

lar, pois essas são duas perfeitas combinações para um início de trabalho.

Como podemos ter a “ideia” primeira? Confrontando os conteúdos logo deve surgir

uma boa ideia. Para tal é importante que os professores envolvidos tenham em mãos os

conteúdos programáticos para serem apresentados e confrontados com os demais.

C

Animação por

stop-motion

Nesta técnica são utilizados elementos moldáveis para fazer as

animações, os personagens e cenários podem ser feitos de vários

materiais, como papeis, plásticos, madeiras, etc. Geralmente o

mais usado é a „massinha‟, a massa de modelar.

D

Animação com

fantoches

Técnica na qual se filma normalmente os movimentos dos fanto-

ches. Ou seja, os fantoches são os personagens. É muito parecido

com o teatro de fantoche, porém acrescentam-se elementos pró-

prios de filme, como efeitos, músicas de fundo, etc.

E

Animação de-

senhada em

filme

Nessa técnica os personagens de animação interagem com huma-

nos. É um filme em live action, apresenta a combinação de atores

reais e elementos criados por meio de animação, interagindo nor-

malmente. Exige muito trabalho, pois requer muitos recursos e co-

nhecimento de computação gráfica. Não indicamos essa técnica,

pois se resumiria a alguns poucos alunos mais conhecedores de

computação gráfica, o que não é nossa intenção.

13

14

Oficina 1: Pré-produção:

Pré-produção é a produção inicial de um filme, é o gênesis de uma produção. Após

termos o assunto propriamente dito, ou a ideia do que será o filme, devidamente aprova-

da pelos envolvidos, é só indicar um produtor e um roteirista para gerenciar o projeto.

Oficina 2: Argumento e roteiro literário:

É muito importante essa fase, pois aqui se escreve o texto mesmo, que é a base para

o início. Pode ser entendida como um resumo do filme. Nessa etapa a idéia é desenvol-

vida mostrando os personagens, o local e ainda como a trama se desenrola. É como ler

um texto curto, ágil e ainda sem detalhes de linguagem cinematográfica. Já no roteiro lite-

rário vem o argumento. Agora temos que dividi-lo em cenas, cujos diálogos já aparecem,

bem como toda a ação. Ainda aqui os cenários e conflitos devem ser descritos e caracte-

rizados pensando-se num filme, isto é, nessa etapa a história começa a ser adaptada pa-

ra o fim a que se destina: um monitor ou uma tela maior, como de uma sala de projeção.

O roteiro tem uma sintaxe e uma padronização específica e dela vamos tomar conta

passo a passo. Para nós professores, é uma etapa de muito aprendizado, pois aqui é

como que „brincar‟ de trocar de gênero.

Oficina 3: Produção dos ‘bonecos’ e do cenário

Definimos, aqui, o material para a produção, como papéis, plásticos, tintas, madeiras,

etc., para a produção do cenário e ainda „criamos‟ os personagens. Nessa oficina usare-

mos um local um tanto silencioso e afastado, pois

estaremos concentrados nos detalhes.

Essa foto mostra uma cena toda preparada com

massa de modelar, a „massinha‟ que tanto vai ser útil

para nossos trabalhos...

15

... E esta um personagem em plena ação.

Vamos notar que o artista usou, além de massinha, papeis ou panos.

Estes são alguns „artistas‟ criados com massinha.

http://conversamineira.blogspot.com/2010/05/marcelo-xavier-e-os-sonhos-em-massa-de.html

Oficina 4: Técnicas de controle de imagem e iluminação

É um estudo diferente do que estamos acostumados e nos trará aprendizado que

poderemos utilizar em outros momentos, até mesmo em casa, pois quem não gosta de

fazer uma boa fotografia da própria família? Vamos conhecer os equipamentos que preci-

samos para a boa iluminação dos personagens e de nossos cenários, como:

Temperatura de cor, filtros de

correção e polarização, con-

tra-luzes e efeitos e ilumina-

ção em vários pontos,

Balanceamento de cor e gra-

vação externa e em estúdio.

As cores da luz, a mistura adi-

tiva e subtrativa,

Refletores e acessórios, filtros

para câmera e gelatinas para

correção,

Efeitos e iluminação interna e

externa.

16

Nesse exemplo vemos como a imagem pode parecer melhor com uma boa iluminação.

Oficina 5: Gravação de áudio

Com essa oficina aprenderemos sobre a gravação tanto

das „falas‟, dos efeitos e da música de fundo. O áudio terá um

papel importante no momento de criar um curta metragem ou

somente uma pequena animação.

Vamos aprender a gravar as „falas‟ dos personagens jun-

to às cenas, vamos entender sobre distância de „quem fala‟ e o

aparelho eletrônico que „capta‟ o som. Segundo os técnicos

mais experientes, é aconselhável não haver um intervalo de 2 a 3 metros de distância do

sujeito, mas isso veremos na prática. Vamos entender como funcionam os microfones

incorporados nas câmeras de vídeo, que são normalmente de baixa qualidade, e final-

mente vamos saber o porquê de gravar em local bem protegido de ruídos de fundo.

Oficina 6: Usando o software de computador.

É no software do computador que fazemos a decupagem, o último estágio do pla-

nejamento do filme, em que todas as indicações

técnicas, como o tempo de cada cena, dos sons,

ou seja, tudo que for relevante para a melhoria da

animação, até mesmo a posição e movimento de

câmara, dos personagens, enfim a divisão de uma

cena em planos e a previsão de como estes pla-

nos vão se ligar uns aos outros através de cortes.

17

O software se chama kdenlive e está disponível para ser instalado em seu compu-

tador. Basta acessar o site http://www.kdenlive.org/ fazer a cópia, (download) e seguir

as instruções.

Aliás, ele foi escolhido porque pode ser instalado também no sistema Windows,

da Microsoft, o que é importante, pois nossos alunos usam esse sistema, assim, podem

trabalhar no colégio, com o software instalado no Linux e em casa, com ele instalado no

seu próprio computador, que usa o sistema Windows da Microsoft.

Atualmente muitos alunos fazem esse tipo de atividade em um programa que se

chama Movie Maker, também da Microsoft , mas não é indicado para nós, professores,

pois não é livre, como o Linux e o Kdenlive, que „roda‟ (funciona) facilmente em qualquer

máquina que tenha o sistema Linux, que está instalado nas nossas máquinas dos labora-

tórios todos das escolas da rede.

Este programa não oferecerá dificuldade, nem mesmo para quem não tem nenhu-

ma experiência com qualquer editor de animação.

Agora temos que mudar o foco, ou seja, se estávamos escrevendo e produzindo a

animação éramos sujeitos, agora temos que também nos imaginar sentados, simples-

mente assistindo ao filme acabado, o que é um outro anglo, outro foco.

Avaliação:

Este é um trabalho que necessariamente é feito em equipe, assim a avaliação de-

verá, como em qualquer atividade, ser realizada a partir de apontamentos sobre a efetiva

participação de cada participante no seu grupo específico em todo o processo, desde a

montagem de turma, nas divisões de tarefas, no trabalho, seja ele intelectual ou mesmo

prático, na contribuição individual no momento da produção, na divulgação e finalmente

nas apresentações. Sempre lembrando que os alunos que não participam com algum re-

curso técnico não podem ser prejudicados nas avaliações. Em qualquer tipo de atividade

sempre corremos o risco de cometer alguma injustiça em relação às avaliações e esta é

uma delas, pois sabemos que alguns são tímidos, mas não menos capazes; outros já

gostam mais atividades desta natureza, ou conhecem o programa usado e tomam mais

iniciativa.

18

Orientações:

Acreditamos na facilidade para realizar essas atividades, pois estamos indo

ao encontro do que querem nossos educandos. É esta uma atividade um tanto diferente

daquelas com as quais estamos mais acostumados no nosso dia a dia, e estamos, ao

mesmo tempo, mostrando todo nosso conteúdo programático com a riqueza de estarmos,

junto a um outro colega professor de uma outra disciplina, ou seja, interagindo. Vamos

mostrar que a comunicação não se esgota no verbal, e que a cada dia temos os nossos

sentidos estimulados para captar novos códigos e novas mensagens. Assim estaremos

considerando a riqueza receptiva por parte de nossos alunos.

Esta deve ser nossa postura ao difundirmos para nossos alunos essa iniciativa.

Com certeza eles serão atraídos e disputarão as „posições‟ para fazerem parte do „time‟,

se sentindo verdadeiros artistas e trazendo muita contribuição, pois são criativos. Basta

para nós mediarmos junto às equipes, fazendo parte de todas elas, em cada etapa do

trabalho, incentivando a participação do aluno, fazendo com que ele se expresse. Nossos

alunos estão sempre prontos para o trabalho em equipe e, para essa nossa atividade,

devemos ajudá-los na divisão. Para tal, é importante deixar claras as atividades/tarefas

específicas para cada participante, que são as seguintes:

Função Atividades

1 Diretor geral

Tem uma visão geral, pois conhece os detalhes. Faz também a função de diretor de produção, coordenando as filmagens, esta-belecendo cronogramas. Esta tarefa pode ser dividida por mais de um aluno, pois requer alguma experiência.

2 Redator Escreve o texto, a narração propriamente dita, acompanhando toda a equipe para as adaptações necessárias. Pode ser mais de um aluno.

3 Diretor de Foto-grafia

Responsável pela fotografia do filme. É o que faz a colocação de refletores e tudo o que for necessário para a iluminação ideal para cada cena, como uma vela acesa ou ainda algo para „bloquear‟ a claridade, etc.

4 Operador de Câmera

Opera a câmera conforme orientações do diretor geral e diretor de fotografia.

5 Assistente de Câmera

É o que faz a manutenção da câmera, seja ela de filmar ou a fo-tográfica, põe o aparelho em dia, com as baterias ou „pilhas‟ car-regadas, cuida ainda dos cabos elétricos e verifica a energia elé-trica do local.

6 Técnico de Som É o que operadora o gravador das „falas‟ dos personagens, cui-dando dos detalhes como as interferências, ruídos locais, etc.

7 Cenógrafo Prepara o local das cenas e constrói e transforma os atores para cada cena fazendo todo o acabamento necessário para cada quadro. É um trabalho para vários alunos.

8 Figurinista Faz o figurino, cuida e desenvolve o vestuário dos atores. Intera-ge muito como os cenógrafos.

9 Editor É o que opera o software, fazendo a montagem final sempre acompanhado pelos diretores. É este aluno que tomará conta da projeção do filme.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Artis, anthony Q. Silêncio: filmando! Um guia para documentários com qualquer or-çamento, qualquer câmera e a qualquer hora - Rio de Janeiro: Elsevier, 2011 CHIAPPINI, Lígia. Aprender e Ensinar com Textos não Escolares. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. DUARTE, Rosália. Cinema e Educação – 3ª Edição: Autêntica editora. FISCHER, Ernst. A necessidade da arte – 9ª edição: Rio de Janeiro. FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA, M. Teoria e Educação no Labirinto do Capital. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. FRIGOTO, Gaudêncio. Tecnologia, relações sociais e educação. Revista Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1991. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná, 2008. KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. 3ª ed. São Paulo: Contexto. NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2005. SILVA, Ezequiel Theodoro da. A Produção da Leitura na Escola. 2ª ed. São Paulo Editora Ática. 2005.

VÁRIOS AUTORES. Novas Tecnologias. Trabalho e Educação: Um debate multidis-

ciplinar: Vozes

19