FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ... · É função da escola contribuir para...
Transcript of FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ... · É função da escola contribuir para...
FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
Título: A LEITURA E A PRODUÇÃO ESCRITA DO GÊNERO DISCURSIVO
CONTO DE MISTÉRIO: uma proposta alternativa
Autora Marilisa Aparecida Vidal de Andrade Hamad
Escola de Atuação Colégio Estadual João de Mattos Pessôa -
Ensino Fundamental e Médio.
Município da escola Irati - Paraná
Núcleo Regional de Educação Irati
Orientador Prof. Ms. Cristiane Malinoski Pianaro Angelo
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO
Disciplina/Área Língua Portuguesa
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Arte, Literatura
Público Alvo Alunos do 2º ano do Ensino Médio
Localização
Colégio Est. João de Mattos Pessôa. Ensino
Fundamental e Médio
Rua Leonardo Bora nº 140, Bairro Rio Bonito
Apresentação:
É função da escola contribuir para o
desenvolvimento do aluno enquanto leitor e
produtor de textos ativo e crítico, capaz de
interagir com os diferentes textos,
interpretando-os e produzindo-os, para
responder às demandas sociais no mundo
contemporâneo.
Assim, com esta Unidade Didática,
pretendemos estimular os professores a fazer
uma reflexão e revisão de suas práticas
pedagógicas, levando-os a repensar a aula de
leitura para além do uso do texto como
pretexto para a gramática. Espera-se,
também, ampliar o debate em torno do ensino
de Língua Portuguesa nas escolas.
Portanto, este trabalho, ancorado na
visão sociointeracionista de linguagem, tem
como objetivo contribuir para mudanças no
processo de ensino e aprendizagem nas
escolas públicas paranaenses, fornecendo aos
professores subsídios para uma atuação mais
efetiva em sala de aula.
Além de abordar conceitos relativos ao ensino
de estratégias de leitura e produção textual a
partir dos gêneros discursivos, apresentamos
exemplos de atividades que
podem ser desenvolvidas em sala de
aula, promovendo a interação social entre
professor, alunos e texto.
Acreditamos que essa forma de trabalhar
torne possível integrar atividades de leitura,
escrita e análise linguística, passando do
ensino tradicional a práticas de natureza mais
discursivas.
Palavras-chave Gêneros discursivos, estratégias, leitura,
escrita, análise linguística
5
APRESENTAÇÃO
Professor, com grande satisfação e carinho, após muitas horas de leituras,
pesquisas, escritas e reescritas, apresentamos-lhe esta Unidade Didática, intitulada “A
leitura e a produção escrita do gênero discursivo Conto de Mistério: uma proposta
alternativa”. O trabalho faz parte das atividades desenvolvidas no PDE - Programa de
Desenvolvimento Educacional - uma política pública de formação continuada que tem o
compromisso de valorizar os Profissionais da Educação Básica e auxiliá-los no
enfrentamento dos problemas de ensino e aprendizagem, aliando sua experiência
pedagógica ao conhecimento educacional das Instituições de Ensino Superior.
Na primeira fase do Programa, foi elaborado um Projeto de Intervenção
Pedagógica na Escola, buscando refletir sobre a problemática: “Como a escola pode
cumprir com sua função de formar cidadãos capazes de agir neste mundo em
permanente mudança e cada vez mais exigente quanto à qualidade da leitura e da
produção escrita?”
Assim, surgiu este trabalho, com o qual pretendemos estimular os professores a
fazer uma reflexão e revisão de suas práticas pedagógicas, levando-os a repensar a aula
de leitura, para além do uso do texto como pretexto para a gramática.
Dessa forma, este material didático, ancorado na visão sociointeracionista
linguagem (cf. os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s- 1998 e as Diretrizes
Curriculares de Língua Portuguesa – DCE’s- do Estado do Paraná, 2008), aborda
conceitos relativos ao ensino de estratégias de leitura e produção textual a partir das
noções bakhtinianas de gêneros discursivos (BAKHTIN, 1997,) e Vygotsky (1984) para
quem educar significa intervir na capacidade de ser e de agir das pessoas, possibilitando
assim, o desenvolvimento da aprendizagem de professores e alunos. Além disso,
apresentamos exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula,
promovendo a interação social entre você, professor, seus alunos e o texto.
Nosso objetivo maior é contribuir para mudanças no processo de ensino e
aprendizagem nas escolas públicas paranaenses, fornecendo a você, professor, subsídios
para uma atuação mais efetiva em sala de aula. Não pretendemos, com esse trabalho,
ditar normas de como você, professor, deve agir em sala de aula. Nosso intuito é de
podermos auxiliá-lo a repensar suas aulas e replanejá-las, sob o enfoque interacionista da
linguagem.
6
OS GÊNEROS DISCURSIVOS NA SALA DE AULA: leitura, produção escrita e análise
linguística
Professor, certamente você deve ter ouvido falar em gêneros textuais ou
discursivos e que os gêneros devem orientar as aulas de Língua Portuguesa... Mas o que
são gêneros? De onde surgiu a proposta de se trabalhar leitura e produção escrita a partir
dos gêneros? Como essa noção pode orientar as práticas de leitura, produção escrita e
análise linguística?
Respondendo a esses questionamentos, para Bakhtin (1997), nas diferentes
circunstâncias sociais, a utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais/
escritos) concretos e únicos. Em cada enunciado é possível, segundo o autor, perceber a
intenção discursiva do falante que determina todo o enunciado.
Ainda na visão bakhtiniana, texto é uma unidade de manifestação do pensamento,
da emoção, do sentido, do significado. Quando o texto se insere em uma relação
dialógica, ele torna-se um enunciado de comunicação, um todo de sentido, mas quando
fora desse contexto, é apenas uma entidade lingüística, pois “cada esfera de utilização da
língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que
denominamos gêneros do discurso.” (Bakhtin 1997, p.280). Em conformidade com essa
concepção, para Silva (1997, p.105),
Os gêneros são formas de funcionamento da língua que construímos e atualizamos na forma de texto, nas situações discursivas de que participamos. São fenômenos contextualmente situados, (re) conhecidos por nós empiricamente. Ou seja, sabemos o que é uma carta, um bilhete, uma piada etc – na medida em que convivemos com essas formas de interlocução em nossa sociedade.
O aluno precisa conhecer e ter um bom domínio dos gêneros discursivos para,
conforme Hila (2009), desenvolver as capacidades de leitura e de escrita necessárias
para a participação efetiva num mundo multissemiótico, no qual há necessidade de
leitores não apenas do texto verbal, mas de textos que trazem múltiplos sistemas de
linguagem (verbal, visual, audiovisual, gestual).
Ainda para Hila (2009), é tarefa nossa, professores, dar oportunidade aos alunos
de se apropriarem das características discursivas e linguísticas dos mais variados
7
gêneros discursivos, inseridos em práticas reais e contextualizadas, de modo a fazê-los
letrados.
Diante do exposto, nesta Unidade Didática, a opção pelo gênero discursivo conto
de mistério justifica-se pela observação do grande interesse que esse gênero desperta
nos alunos, aguçando sua curiosidade e criatividade. Ao tomar esse gênero como objeto
de ensino, busca-se associar, sem artificialismo, as práticas de leitura, análise linguística
e produção de texto, no intuito de possibilitar o aluno sua interação social no contexto
intra e extraescolar.
Em conformidade com as exposições anteriores, é indispensável considerar
especificidade do gênero discursivo com o qual se pretende trabalhar, nesse caso, o
conto de mistério. Rosa Amanda Strausz, ao fazer a apresentação do livro Histórias de
Mistério, de Lygia Fagundes Telles (2004, p.7) nos diz:
Quando falamos em histórias de mistério, é comum que as pessoas pensem logo em histórias de terror. Mas nem sempre mistério e terror caminham juntos. Uma coisa é usar a arte -no caso, a literatura- como meio para mergulhar no desconhecido; outra é usar o desconhecido com a única finalidade de provocar medo. (...) Embora algumas histórias sejam de arrepiar, na frente do susto vem sempre um belo exercício de compreensão da vida da morte, do nascimento, do amor, do tempo e da arte.
Na proposta de Scheneuwly e Dolz (2004), o gênero conto pertence ao
agrupamento do narrar que se relaciona com a cultura literária ficcional. O conto, como as
demais narrativas ficcionais, apresenta uma sequência narrativa de ações imaginárias
como se fossem reais, envolvendo personagens em um determinado tempo e espaço.
São narrativas breves, concisas, buscando apresentar apenas os melhores momentos.
De acordo com a visão bakhtiniana, considerado em sua dimensão linguístico-
textual e social, o conto constitui-se em uma atividade de leitura e de escrita concreta e
histórica; com características relativamente estáveis, vinculada a uma situação típica da
comunicação social. Portanto, ao apresentarmos esta proposta de trabalho didático a
partir do conto, esperamos poder auxiliar você, professor, a levar o aluno a participar
efetivamente do processo de ensino e aprendizagem da língua materna.
A partir destas explanações, a perspectiva dos gêneros do discurso exigirá sempre
uma análise em detalhe dos aspectos sócio-históricos da situação enunciativa, sua
finalidade, seu(s) interlocutor(es) e tema(s) discursivo(s) , as marcas lingüísticas (formas
8
do texto/enunciado e da língua- composição e estilo) que refletem, no enunciado/texto,
esses aspectos da situação.
É importante que você, professor, compreenda como o processo de leitura sob o
enfoque sociointeracionista da linguagem se efetiva na sala de aula. Para isso,
apresentamos-lhe várias concepções de leitura. Compreendendo-as, você poderá
desenvolver em suas aulas uma prática de leitura eficaz e mais próxima da realidade
necessária à sociedade atual, pois em consonância com o conceito de leitura na Prova
Brasil:
Ler é uma atividade complexa que faz amplas solicitações ao intelecto e às habilidades cognitivas superiores da mente: reconhecer, identificar, agrupar, associar, relacionar, generalizar, abstrair, comparar, deduzir, inferir, hierarquizar. Não está em pauta apenas a simples decodificação, mas a apreensão de informações explícitas e implícitas e de sentidos subjacentes, e a construção de sentidos que dependem de conhecimentos prévios a respeito da língua, dos gêneros, das práticas sociais de interações, dos estilos, das formas de organização textual.
(http://www.inep.gov.br/basica/saeb/matrizes/tópicos_descritores_pot.htm. Acesso em: 11/07/2011)
Também na concepção de linguagem assumida pelas Diretrizes Curriculares
Estaduais do Paraná - Língua Portuguesa (PARANÁ, 2008), a leitura é vista como um ato
dialógico, interlocutivo. Desse modo, o leitor tem um papel ativo no processo da leitura e
se efetiva como co-produtor: procura pistas, formula e reformula hipóteses, aceita ou
rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas
experiências e na sua vivência sócio-cultural.
A partir dessas considerações, para Menegassi (2010), pode-se trabalhar a leitura
a partir de quatro perspectivas diferentes, a saber:
a. A leitura com foco no autor (KLEIMAN, 1993; MENEGASSI; ANGELO, 2005)
Nessa concepção, o leitor age apenas como “receptor”. Numa atitude passiva,
apenas reproduz as informações do texto. Portanto, deixa de existir a interação autor-
texto-leitor, tão necessária à formação efetiva do leitor.
São exemplos de perguntas nesta concepção de leitura:
-O que o autor quis dizer com...?
-Segundo o autor...
-Para o autor do texto,...
9
b. A leitura com foco no texto (KLEIMAN, 1993,KOCH;ELIAS,2006; MENEGASSI,
ANGELO,2005)
Também nessa concepção, a leitura torna-se uma atividade passiva e não
para o desenvolvimento do leitor. Basta que este conheça o código utilizado e o
“decodifique”, sem necessidade de interagir com o texto.
São exemplos de perguntas nesta concepção:
-Retire do texto a frase que expressa a idéia se...
-Em qual parte do texto pode-se encontrar...
- Procure no texto as palavras que se referem a...
c. A leitura com foco no leitor (KLEIMAN, 1993, KOCH; ELIAS, 2006;
MENEGASSI; ANGELO, 2005 )
O leitor, a partir dessa concepção, é o foco central da leitura. A partir de seus
conhecimentos prévios, atribui significados ao texto, muitas vezes desconsiderando as
pistas � ingüístico- discursivas . Assim, não se propicia ao aluno seu desenvolvimento
como leitor crítico e competente.
São exemplos de pergunta nesta concepção de leitura;
- Na sua opinião....
- Explique em poucas palavras o que é...
- O final do texto é feliz ou triste? Justifique...
d. A leitura com foco na interação autor- texto-leitor (BAKHTIN, 1997;
GERALDI;1993, KOCH; ELIAS, 2006).
Nessa concepção, a leitura torna-se uma atividade interativa, completa. Autor
sujeito e leitor “dialogam” sobre os sentidos do texto, lugar em que a interação se
constitui.
Sob esse enfoque, o qual exige a interação do leitor com o autor para compreender
10
os implícitos do texto, há possibilidade de o professor elaborar um número bem maior de
perguntas de leitura:
a) Perguntas de resposta textual: são perguntas cujas respostas estão
literalmente no texto, mas exigem que o aluno as busque, interagindo,
assim, com o texto.
b)Perguntas de resposta inferencial: são perguntas cujas respostas não
estão no texto. Para produzi-las, é necessário que o leitor realize inferências,
relacionando elementos do texto lido.
c) Perguntas de resposta interpretativa: o leitor precisa unir as
informações do texto aos seus conhecimentos pessoais e, ao seu modo
particular , produzir as repostas a estas perguntas.
Após essas considerações sobre as diversas formas de se trabalhar com a leitura,
cabe a você, professor, aprofundar-se na leitura com foco na interação autor- texto- leitor
para poder conduzir seus alunos a uma prática eficiente de leitura, tornando-os aptos a
enfrentar este mundo tão exigente quanto às práticas comunicativas.
Professor, em relação à prática de produção textual, é importante levar em
consideração que saber produzir bons textos não é um dom que nasce junto com o ser
humano. O domínio da escrita exige um árduo trabalho, tanto da parte de quem ensina
como de quem aprende.
Na concepção das DCEs (2008), o texto representa uma forma de atuar, de agir no
mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, negar, instruir, etc.
Assim, a forma de propor a atividade de produção textual interfere
significativamente nos resultados obtidos. É necessário que atividades de escrita se
realizem de modo interlocutivo, relacionando o texto escrito às circunstâncias de
produção. Para Geraldi (1990) ”o produtor de texto precisa assumir-se como locutor e,
dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer; como dizer; interlocutores para quem
dizer”.
11
Portanto, é tarefa do professor, mostrar aos estudantes o funcionamento de um
texto escrito, que se faz a partir de elementos como organização, unidade temática,
coerência,coesão , intenção, interlocutor (es),linguagem não – verbal, dentre outros.
Vale ressaltar que, aliada às atividades de leitura, oralidade e escrita, deve ocorrer
a prática de análise linguística, haja vista que esta possibilita “a reflexão consciente
sobre fenômenos gramaticais e textual – discursivos que perpassam os usos lingüísticos,
seja no momento de ler/escutar , de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos
usos da língua.(MENDONÇA,2006, p.204, apud DCEs, 2008, p. 77 ).
No trabalho com análise lingüística, os conteúdos gramaticais são estudados a
partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados.
Por meio das práticas de oralidade, leitura e escrita,
o texto não serve apenas para o aluno identificar, por exemplo, os adjetivos e classificálos; considera-se que o texto tem o que dizer, há ideologias vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita...compreender os recursos que o texto usa e o sentido que ele expressa é refletir sobre a língua, numa dimensão dialógica da linguagem (DCE,2008, P. 79 )
Com base nessas explanações, apresentamos nossa proposta pedagógica:
“A leitura e a produção escrita do gênero discursivo Conto de Mistério”
Professor: as atividades apresentadas neste material didático levarão em conta os
pressupostos anteriores e dialogarão com as propostas apresentadas pelos autores:
Menegassi (2010), Menegassi; Angelo (2005), Solé (1998), Scheneuwly e Dolz (2004),
Baumgärtner; Costa-Hubes ( 2009) , Lopes Rossi( 2002 ), Hila (2009), Geraldi ( 1990 ).
Iniciaremos este trabalho descrevendo as estratégias de leitura a serem observadas,
com o objetivo de fazer do nosso aluno um leitor competente, independente, capaz de ler
e compreender qualquer texto que lhe seja apresentado , ampliando seu conhecimento e
condições de participação social.
12
PRÉ-LEITURA
(Preparação para o encontro com o texto) (cf. HILA, C. D., 2009).
As questões de pré-leitura buscam motivar os alunos para a leitura e
acionar o conhecimento prévio das crianças (por meio de atividades como utilização
de figuras/slides, perguntas e respostas, questionamento recíproco, etc. Consiste em
um recurso pelo qual o conhecimento prévio é trazido à tona para um choque com
as novas informações, a fim de aprimorar e organizar o conhecimento para que a
leitura a ser realizada não se torne uma atividade estática, de mera decodificação,
mas sim um processo que se inicia na decodificação e que perpassa as outras
etapas do processo de leitura. Tem como objetivos:
� Ativar conhecimentos prévios;
� Fornecer conhecimentos prévios necessários;
� Dar (formular um objetivo para a leitura); - o objetivo define como você se
posiciona diante do texto.
� Motivar, despertar a curiosidade;
� Formular hipóteses.
13
Para tanto, sugerimos mostrar aos alunos a seguinte imagem:
Perguntar aos alunos:
� O que vocês estão vendo?
� O que esta imagem desperta em vocês?
� Se vocês fossem escrever um conto a partir dessa imagem, que tipo de
história seria?
14
Com esses questionamentos anteriores ao texto, inicia-se o processo de leitura
com as estratégias de seleção, antecipação e inferência (PCN’s, 1998). A seleção
acontece quando o leitor seleciona, entre os conhecimentos que possui sobre o pôr- do
sol, o que esta imagem lhe sugere. Aqui também se inicia o processo de acionamento dos
conhecimentos prévios, que tornarão possíveis as demais estratégias. A estratégia de
antecipação permite ao aluno levantar a hipótese que a história trata de romance, amor,
por exemplo. Ao ler o título ”Venha ver o pôr-do -sol”, o aluno pode ter a ideia que sua
hipótese inicial estava correta (o que poderá ser comprovada ou não no decorrer da
leitura).
Para reforçar o assunto, sugerimos mostrar outra imagem (referente a outro conto)
aos alunos e repetir as estratégias especificadas anteriormente.
15
Perguntar aos alunos:
� O que vocês estão vendo?
� O que esta imagem desperta em vocês?
� Se vocês fossem escrever um conto a partir dessa imagem, que tipo de
história seria?
É importante instigar o aluno a levantar a hipóteses sobre o tema da história
as quais poderão ser comprovadas ou não durante a leitura.
LEITURA
Professor, esta é a fase de encontro com o texto, momento em que são
realizadasatividades de compreensão e de interpretação.
� Questões de compreensão e específicas do gênero: envolvem o
reconhecimento das principais informações do texto, de seu tema, de sua
organização composicional, de seus elementos linguísticos (estilo) importantes
para a caracterização do gênero (HILA, 2009).
� Questões de interpretação: envolvem o julgamento, a reflexão e a avaliação do
leitor sobre o que foi lido. São de extrema importância, visto que:
a interpretação é a etapa de utilização da capacidade crítica do leitor, o momento em que analisa, reflete e julga as informações que lê. Assim, para que a interpretação ocorra, é necessário que a compreensão a preceda, caso contrário, não há possibilidade de sua manifestação” (MENEGASSI, 2010)
16
Também devem ser realizadas questões iniciais de contexto de produção, as
quais envolvem alguns dos aspectos do contexto de produção sobre o gênero no geral e
não sobre o texto em específico que será lido. Sugestões:
- Quem escreve (em geral) esse gênero discursivo? De que lugar social escreve?
- Onde circula esse gênero? Em que esfera? Em que suporte?
- Com que propósito foi escrito?
- Para quem?
- Quando? Em que momento histórico?
- Que importância as pessoas dão para esse gênero?
O gênero discursivo conto
O conto é uma narrativa de ficção que contém apenas um núcleo dramático; a ação
se desenvolve a partir de um só conflito; o tempo é restrito e há poucos personagens. Por
ser sintetizado, esse gênero vem conquistando cada vez mais o gosto dos leitores, uma
vez que ele concentra, num texto não muito longo, a tensão, a ação, os personagens, o
espaço.
Acredita-se que a origem do conto está em narrativas orais, pelos relatos de
caçadores, viajantes e aventureiros. Mesmo antes da escrita, tais fatos eram enriquecidos
pelo narrador, que dava uma contribuição ficcional à história. (LOPES, 2001).
Para Nádia Battella Gotlib, (1998), conto é a designação que damos à forma
narrativa de menor extensão e que se diferencia do romance e da novela não só pelo seu
tamanho, mas também por possuir características estruturais próprias.
17
Possui os mesmos componentes do romance, mas evita análises, complicações do
enredo, e o tempo e o espaço são muito bem delimitados. O conto é um só drama, um só
conflito, uma única ação. Tudo gira em torno do conflito dramático. A montagem do conto
está em volta de uma só idéia, uma imagem ou vida, desprezando-se os acessórios.
Assim,
no conto breve, o autor é capaz de realizar a plenitude de sua intenção, seja ela qual for. Durante a hora da leitura atenta, a alma do leitor está sob o controle do escritor. Não há nenhuma influência externa ou extrínseca que resulte de cansaço ou interrupção (POE, 1981, apud GOTLIB, 1998, p. 23)
Momento da leitura dos contos de Lygia Fagundes Telles:
1. Venha ver o pôr- do - sol
2. As formigas
Professor: É interessante mostrar o suporte de onde os contos foram retirados,
para despertar o interesse dos alunos pela leitura.
Estes contos estão disponíveis em: TELLES, L. F. Venha ver o pôr-do-sol &
outros contos. 20. ed. São Paulo: Ática, 2007a. (Coleção Lygia Fagundes
Telles).
Além dessa obra, você pode sugerir a leitura de outros livros da autora, entre
eles:
• Seminário dos Ratos. Ed. Rocco, 1998.
• Histórias de Mistério. Ed. Rocco, 2004.
� Num primeiro momento, sugere-se que seja feita a leitura de cada conto na
TV Multimídia e sejam apresentados slides com trechos do conto. Após a
leitura de cada slide, deve haver uma pausa para que alunos e professor
dialoguem sobre a história, façam inferências que poderão ser confirmadas
ou não no desenvolvimento da leitura.
18
� Na sequência, os alunos receberão cópias, primeiro de um conto, depois do
outro. Será feita a leitura dos contos na íntegra.
� Após a leitura, os alunos realizarão as atividades propostas:
ANÁLISE DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO E DAS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO
a) Quem é a autora desses contos?
b) Você conhece outros contos e outras obras dessa autora?
c) Quando e onde estes contos foram publicados?
d) Para quem (interlocutores) em especial, estes contos foram produzidos?
e) Em que veículo (jornal, revista, livro) os contos geralmente circulam?
f) Você já havia lido contos desse gênero? Quando? Onde?
Professor: esse é o momento para mostrar aos alunos informações sobre a autora
Lygia Fagundes Telles, sua vida e suas obras, exaltando a importância do trabalho de
autoria.
Informações disponíveis em:
http://revistalusofonia.files.wordpress.com/2009/04/lft1.jpg (acesso em 25/07/2011),
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTYY-hSLOB5Sxrc-SWwjle-rIV4Jn0C-
K5cfCeODg28tZg0tpFIHQ (acesso em 25/07/2011).
javascript:popUP('enviar.asp?url=http://www.releituras.com/lftelles_bio.asp','470','440')
( acesso em 25/07/2011).
19
Professor, também serão realizadas questões de compreensão e específicas do
gênero, as quais envolvem o reconhecimento das principais informações do texto, de
seu tema, de sua organização composicional, de seus elementos linguísticos (estilo)
importantes para a caracterização do gênero.
Questões sobre estrutura composicional
Leia atentamente os dois contos e preencha o quadro:
Conto 1 Conto 2
Título
Número de parágrafos
Narrador ( ) participa da história
( ) conta os fatos sem
participar da história
( ) participa da história
( ) conta os fatos sem
participar da história
Personagens
Discurso ( )direto ( )indireto ( )direto ( )indireto
Local dos fatos
Tempo aproximado da
história
20
Tipologia predominante
( )narrativa
( ) descritiva
( ) argumentativa
( )narrativa
( ) descritiva
( ) argumentativa
Tema do conto
Momento de maior
suspense
Final do conto ( ) esperado
( ) inesperado
( ) esperado
( ) inesperado
Dê outro final para conto
Releia o conto VENHA VER O PÔR- DO –SOL e responda as questões de
compreensão e interpretação:
a. O que o título lhe sugere?
b. Qual a relação que há entre os personagens? Justifique com uma frase do
conto.
c. Faça um levantamento de palavras do conto que caracterizam:
Raquel:
Ricardo:
d. Onde se passou a história e quanto tempo durou?Justifique com elementos do
texto.
e. Copie do texto dez palavras que remetem à ideia de morte.
f. No início do texto, qual parecia ser a intenção de Ricardo? Após ler o final do
conto, essa hipótese se confirmou? Justifique.
21
g. Por que Raquel não percebeu logo a verdadeira intenção de Ricardo?
h. Durante a conversa, Ricardo fez alguns comentários que poderiam ser
facilmente desmentidos, caso Raquel estivesse atenta. Cite alguns e explique
porque não faziam sentido.
i. Ricardo agiu premeditadamente? Há alguma passagem do conto que comprove
isso? Copie-a.
j. Para você, o que levou Ricardo a tomar essa atitude?
k. Você concorda com a atitude de Ricardo? No lugar dele, como agiria?
l. Como você interpreta a última frase do conto?
Questões referentes ao estilo (ou seja, a seleção dos recursos linguísticos feita pela autora):
a) No título VENHA VER O PÔR-DO-SOL, em que modo está o verbo “venha”? O
que esse modo sugere no texto?
b) A autora, para indicar a fala dos personagens, usou qual recurso gráfico?
Comprove com uma frase do texto.
- Que outro recurso a autora poderia ter usado?
- Reescreva a frase da sua resposta anterior utilizando este recurso.
- A mudança do recurso causaria alguma diferenciação no texto? Justifique.
c) Na frase: Vamos até o Oriente, meu caro. Que sentido essa palavra expressa no
texto?
d) Observe:
...Deteve-se para ler a inscrição em uma laje despedaçada: - À minha querida
esposa, eternas saudades. – Pois sim. Durou pouco esta eternidade.
Explique o efeito de sentido da última frase.
e) No conto VENHA VER O PÔR- DO- SOL, a maioria dos verbos está no pretérito
(passado). Por quê?
22
Para responder, vamos relembrar como se classificam os verbos neste tempo:
a) Pretérito perfeito:indica uma ação completamente concluída, acabada.
Ex: Ela subiu sem pressa a tortuosa ladeira.
b) Pretérito imperfeito: indica uma ação habitual ou contínua. Também indica uma
ação que vinha acontecendo, mas foi interrompida por outra ação. É o tempo em
que normalmente são narradas as histórias.
Ex: Algumas crianças brincavam de roda.
Ele a esperava encostado a uma árvore.
c) Pretérito mais- que- perfeito: indica um fato passado que foi concluído antes de
outro fato também passado.
Ex: Quando Raquel percebeu, Ricardo já saíra.
Obs: Na linguagem atual, usa-se com mais frequência o pretérito mais- que
perfeito composto, (com os verbos auxiliares ter/ haver.)
Ex: Quando Raquel percebeu , Ricardo já tinha saído.( ou havia saído)
Fonte: Minigramática. Ernani Terra, José Nicola – São Paulo: Scipione, 2002
Com base nas explicações anteriores, resolva a questão a seguir sobre o trecho:
O mato rasteiro dominava tudo...subira pela sepultura, infiltrara-se ávido
pelos rachões dos mármores, invadira as alamedas de pedregulhos...Ela se
deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava curiosidade... –Nunca vi
um cemitério tão miserável, - exclamou ela... Ele beijou-lhe a mão... Uma aranha
tecera dois triângulos de teia... pendendo como farrapos de um manto que alguém
colocara sobre os ombros de Cristo... Ela sacudia a portinhola. Ele chegara até a
porta. Os olhos rodavam pesadamente...
23
Discuta com seu professor:
- Quais verbos estão no pretérito imperfeito? Por que eles foram usados dessa
forma no conto?
- Quais verbos estão no pretérito perfeito? Por que eles foram usados dessa
forma?
- Quais verbos estão no pretérito mais que perfeito? Por que eles foram usados
dessa forma?
- Que palavras no texto sugerem um tom de suspense e mistério?
- Em várias ocasiões, a autora utiliza reticências. Esse recurso tornou-se relevante
no conto? Por quê?
- Os períodos que compõem o conto são em sua maioria curtos ou extensos? Isso
é importante na caracterização do gênero? Por quê?
Antes de partir para a produção dos contos de mistério e para enriquecimento das
atividades, sugerimos trabalhar com os alunos:
1) Música de Haroldo Teixeira feita a partir do conto VENHA VER O PÔR- DO-SOL.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=2J4GyiDImt4 (acesso em
25/07/2011).
2) Vídeo produzido a partir do conto VENHA VER O PÔR- DO- SOL.Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=igISfKYbVHE&feature=related (acesso em
25/07/2011
Professor, essas são sugestões de atividades que podem ser modificadas,
acrescidas e adequadas às turmas nas quais serão utilizadas.
24
PRODUÇÃO E REESCRITA DE TEXTO
Professor , após a realização das atividades propostas, espera-se que os alunos
tenham adquirido um bom conhecimento sobre o gênero discursivo CONTO DE
MISTÉRIO. Dessa forma, é o momento de solicitar-lhes a produção de um conto de
mistério Para esta fase do trabalho, seguem-se os pressupostos teóricos sobre escrita e
reescrita dos autores: Bakhtin (1997); Antunes ( 2003); Geraldi(1990); Marcushi (2005),
dentre outros autores.
Primeiro é importante que você, professor e seus alunos definam um projeto de
produção escrita: o que será produzido, a finalidade, o público alvo e o lugar de
circulação.
Sugestões:
� Recontar o conto estudado, mudando algumas partes, principalmente o final.
� A partir do final do conto trabalhado, recomeçar a história, alterando o destino
dos personagens e acrescentando outros.
� A partir do conto estudado, criar um novo conto de mistério.
� Outra ideia que se tenha a partir do que estudou sobre o gênero conto de
mistério.
Enquanto os alunos produzem os textos, recomenda-se que o professor
acompanhe essa atividade andando pelas carteiras, auxiliando,fazendo sugestões. É
importante também reforçar a questão do público a quem se destinam os textos e onde
serão publicados.
Ao término das atividades de produção textual, em duplas, os alunos deverão
trocar entre si os textos e proceder à análise dos mesmos, circulando (a lápis) os
problemas observados no texto do colega fazendo sugestões. Entre os itens a serem
observados, estão:
� O texto apresenta a estrutura de um conto? È adequado ao público alvo
definido? Atende a finalidade proposta?
25
� Narrou o fato, quando aconteceu, com quem aconteceu e o que aconteceu?
� Usou adjetivos nas descrições, verbos e advérbios adequados, conseguindo
causar emoção, suspense?
� Apresenta problemas de repetição desnecessária, ortografia, uso da norma
culta e/ou pontuação?
Então, cada aluno deverá receber novamente seu texto e com o auxílio de um
dicionário e da professora, procederá à reestruturação do conto. Além disso, a professora
selecionará um conto produzido por algum aluno e conduzirá a reestruturação coletiva.
Primeiramente, os alunos receberão uma cópia do conto para que identifiquem os
“problemas” a serem sanados. Depois, no quadro de giz, o professor coordenará a
refacção coletiva do conto, desempenhando também a função de leitor e não apenas de
um corretor. É importante partir de aspectos gramaticais, ortográficos e de pontuação já
trabalhados com a classe, além de fazer observações a respeito do contexto de produção
dos contos.
Quanto à avaliação, esta deve acontecer em cada etapa do processo de criação
dos contos. O professor precisa acompanhar os alunos nas atividades diárias reforçando
a importância de se respeitar as características do gênero. Ademais, observar o
desenvolvimento da capacidade de leitura, de perceber inadequações no seu texto e
também nos de seus colegas em relação à coerência e clareza. O desempenho e os
progressos dos alunos nas atividades propostas deve ser compartilhada com eles.
CIRCULAÇÃO DO GÊNERO
Após a produção e reescrita dos contos, os mesmos serão postados na pasta de
compartilhamento público do laboratório de informática do Colégio. Os alunos farão
cartazes sobre os contos, convidando a comunidade escolar para a leitura dos mesmos.
Além disso, os contos serão copiados no pendrive e mostrados na TV multimídia da sala
de aula.
Os alunos também serão estimulados a “trocar” os contos com os colegas através
de e-mail.
26
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Professor, a atualidade exige que nós, docentes, sejamos atentos e críticos,
buscando adaptar o conteúdo de nossa disciplina às questões da realidade, levando o
aluno a se relacionar com as diversas linguagens e tornar-se autor de seu processo de
aprendizagem.
Dessa maneira, esta Unidade Didática intitulada “A leitura e a produção textual do
gênero discursivo conto de mistério: uma proposta alternativa”, ancorando-se na
concepção sociointeracionista da linguagem, buscou oferecer a você, professor de Língua
Portuguesa, subsídios teóricos e práticos para uma prática docente em consonância com
concepções atuais de ensino.
Escolhemos trabalhar com o gênero discursivo conto de mistério por acreditarmos
que essa modalidade discursiva desperta grande interesse no adolescente, pois faz
pensar, querer descobrir os mistérios da vida e principalmente de nós, seres humanos.
Apresentamos, nesse material didático, atividades de leitura, interpretação e
compreensão textual, além de análise lingüística, produção, reescrita e circulação dos
textos produzidos. Esperamos, dessa forma, ter contribuído para o esclarecimento de
como planejar uma aula a partir dos gêneros discursivos.
Ressaltamos, entretanto, que o trabalho com gêneros discursivos exige do
professor uma atitude menos tradicional e mais conectada às novas concepções de
ensino e aprendizagem, que conduzem a aulas mais dinâmicas e interativas. Contudo,
não bastará trabalhar dessa forma com apenas um gênero, pois os alunos só se
apropriarão dos conhecimentos necessários a uma competência lingüística e discursiva
se lhes for propiciado o acesso e domínio de uma diversidade de gêneros que circulam
dentro e fora da escola.
Agora é com você, professor. Bom trabalho.
27
REFERÊNCIAS
AMOP Associação dos Municípios do Oeste do Paraná. Sequência Didática: uma proposta de ensino da Língua Portuguesa para as séries iniciais. Organizadoras: Carmem Terezinha Baumgärtner e Terezinha da Conceição Costa-Hubes. Cascavel: Assoeste, 2009. Caderno pedagógico 03.
ANTUNES,I .Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editora, 2007.
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2. edição, 1997
DOLZ, J: SCHEUWLY, B.e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2004.
GERALDI, J. W. Concepções de Linguagem e o ensino de Português. In: GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. 5. ed. Cascavel: Assoeste, 1990
GOTLIB, Nádia Batella. Teoria do Conto. São Paulo, Ática, 1998.
http://www.inep.gov.br/basica/saeb/matrizes/tópicos_descritores_pot.htm. (acesso em: 11/07/2011)
http://revistalusofonia.files.wordpress.com/2009/04/lft1.jpg (acesso em 25/07/2011)
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTYY-hSLOB5Sxrc-SWwjle-rIV4Jn0C-K5cfCeODg28tZg0tpFIHQ (acesso em 25/07/2011)
javascript:popUP('enviar.asp?url=http://www.releituras.com/lftelles_bio.asp','470','440')
( acesso em 25/07/2011).
http://www.youtube.com/watch?v=2J4GyiDImt4 (acesso em 25/07/2011).
http://www.youtube.com/watch?v=igISfKYbVHE&feature=related (acesso em 25/07/2011)
28
HILA, Cláudia Valéria Doná. Ressignificando a aula de leitura a partir dos gêneros textuais. IN: NASCIMENTO, E.L (Org). Gêneros textuais: das didáticas das línguas aos objetivos do ensino. São Carlos: Editora Claraluz, 2009, p. 151-194.
LOPES, Carlos Herculano. Coração aos pulos. Rio de Janeiro: Record, 2001.
DOLZ, J: SCHEUWLY, B.e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e organização de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2004.
MENEGASSI, R.J. Compreensão e interpretação no processo de leitura: noções básicas ao professor. Revista Unimar, Maringá, v. 17, n. 1, p. 85-94, 1995.
MENEGASSI, R.J. (Org.).Leitura e ensino. Maringá: EDUEM, 2005. (Formação de professores EAD; nº 19).
MENEGASSI, R. J. O leitor e o processo de leitura. In: GRECO, Eliana Alves; GUIMARÃES, Tânia Braga (Orgs.). Leitura: compreensão e interpretação de textos em Língua Portuguesa. Maringá: Eduem, 2010, no prelo.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
TERRA, Ernani, José Nicola. Minigramática.– São Paulo: Scipione, 2002
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.