FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL...

19

Transcript of FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA · Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL...

FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: EDUCAÇÃO FÍSICA VALORES HUMANOS E O COMBATE À VIOLÊNCIA ESCOLAR

Autor JANE MARCIA VERCEZI

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL PAIÇANDU-ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

Município da escola PAIÇANDU

Núcleo Regional de Educação MARINGÁ

Orientador ROSÂNGELA APARECIDA MELLO

Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ-UEM

Disciplina/Área (entrada no PDE)

EDUCAÇÃO FÍSICA

Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁDICA

Relação Interdisciplinar

Público Alvo ALUNOS DE 8ª SÉRIE

Localização COLÉGIO ESTADUAL PAIÇANDU-ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

RUA SANTOS DUMONT, 521-CENTRO, PAIÇANDU-PR

Apresentação A violência na escola, especificamente o Bullying se torna uma grande preocupação entre educadores, pedagogos, psicólogos, entre outros profissionais que buscam explicar e encontrar soluções para este problema. Portanto, a construção deste material tem por objetivo oferecer subsídios para discussão, reflexão sobre a violência - Bullying e valores humanos contextualizados na disciplina de Educação Física. Participarão deste estudo professores e alunos da 8ª série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Paiçandu. A instrumentalização ocorrerá num período de 32 horas, que contemplará exposição oral, textos, pesquisas, exposição de filmes e documentários, debates, reflexões, contextualização sobre a Violência Escolar – Bullying, assim como os Valores Humanos, porém estes serão vivenciados também em aulas práticas junto ao conteúdo

estruturante esporte com a modalidade voleibol. Culminando na exposição de trabalhos por meio de apresentações de seminários, teatro, textos, organização de eventos, entre outros recursos para a verificação do alcance dos objetivos.

Palavras-chave Educação Física, Valores Humanos, Violência Escolar - Bullying

PARANÁGOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPEPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

JANE MARCIA VERCEZI

Produção Didático-Pedagógica: Unidade Didática

Educação Física: Valores Humanos e o Combate à Violência Escolar

Produção Didático-Pedagógica: Unidade Didática, elaborado para subsidiar estudos, direcionado a alunos de 8ª série, constituindo um espaço significativo à reflexão, ao debate, acerca da Violência Escolar, dos Valores Humanos e da Educação Física como etapa obrigatória na implementação do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE - no Colégio Estadual Paiçandu Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional, no segundo semestre de 2011.

Orientadora: Profª Dra Rosângela Aparecida Mello - UEM

Maringá

2011

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................04

Violência: O que é?.........................................................................................05

Bullying: novo nome para um fenômeno antigo..............................................07

O que é Bullying?............................................................................................07

Sua História.....................................................................................................08

Características do Bullying..............................................................................08

Prática do bullying e sua consequências.........................................................08

Bullying e as Leis.............................................................................................09

Sugestões de Atividades.................................................................................10

Valores Humanos: um tesouro quase esquecido?..........................................11

Educação Física Escolar e a prática dos Valores Humanos...........................13

O esporte voleibol no exercício dos Valores Humanos,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,15

Sugestões de Atividades.................................................................................15

CONCIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................16

REFERÊNCIAS...............................................................................................16

“A intolerância, a ausência de parâmetros que

orientem a convivência pacífica e a falta de

habilidade para resolver os conflitos são algumas

das principais dificuldades detectadas no

ambiente escolar. Atualmente, a matéria mais

difícil da escola não é a matemática ou a

biologia; a convivência, para muitos alunos e de

todas as séries, talvez seja a matéria mais difícil

de ser aprendida.”

CLEO FANTE (2005, p.91)

INTRODUÇÃO

Observar que o processo de ensino aprendizagem dos alunos sofre grande

interferência da indisciplina e violência é uma realidade hoje já muito estudada e

discutida por pedagogos, educadores, psicólogos, psiquiatras, entre outros, tanto

nacional como internacionalmente. É importante afirmar que a prática do ensinar,

como também a do aprender é norteada pela relação afetiva que o indivíduo

estabelece em seu meio social, inclui-se aqui a sala de aula. A forma com que o

aluno estabelece vínculo social com as demais pessoas no ambiente escolar reflete

no seu interesse e rendimento no decurso do processo de ensino aprendizagem.

Vale aqui destacar que se o aluno estabelece vínculos, quem o oferece é a figura do

professor.

Constata-se que no período da tarde, as manifestações de indisciplina e

violência são mais evidentes. São situações, geralmente, construídas devido a

fatores vivenciados no cotidiano das crianças, onde se evidenciam características

culturais, maiores transtornos afetivos, problemas socioeconômicos que muitas

vezes afetam seus relacionamentos, sejam eles de qualquer ordem. Há uma grande

dificuldade da equipe pedagógica junto aos professores em superar questões de

indisciplina, violência e, principalmente, questões de ensino aprendizagem devido o

descontrole de tais fatores. Vislumbra-se, portanto, uma escola que possui uma

realidade idêntica às demais instituições de ensino público no Brasil: o conhecimento

fica em segundo plano, dado ao grande número de conflitos existentes nas relações

sociais, já que se faz necessário sanar inconvenientes e, suscitar comportamentos

adequados ao processo de aprendizagem. Isso, somado a dificuldade de

implementar recursos que subsidiem o trabalho dos professores, torna o ambiente

ainda mais propício para que surjam dificuldades de progredir na assimilação dos

conteúdos por parte dos alunos e no ensinar por parte dos professores.

Proponho nesta produção didático pedagógica subsidiar a implementação do

projeto de Intervenção Pedagógica no Colégio Estadual Paiçandu com alunos de 8ª

série, com o objetivo de discutir sobre a violência escolar com enfoque no fenômeno

Bullying, os valores humanos e a relação destes com a Educação Física,

contextualizando e buscando conscientizar sobre a importância do exercício dos

Valores Humanos no cotidiano dos alunos seja na escola, em casa, enfim no seu

meio social.

As estratégias de ação, a serem realizadas com professores e alunos da 8ª

série do Colégio Estadual Paiçandu – Ensino Fundamental, Médio, Normal e

Profissionalizante, com a carga horária de 32 horas / aulas que contemplarão um

conjunto de ações que serão citadas a seguir:

Palestra para o corpo docente da instituição sobre violência e valores

humanos, com a utilização de uma hora aula;

Exploração do material didático junto aos alunos;

Utilização da exposição oral, textos, pesquisas, debates, exposição de vídeos

(filmes, documentários) sobre o tema proposto;

Desenvolvimento de atividades práticas, utilizando o esporte voleibol como

ponte para o exercício dos valores humanos, inserindo neste contexto a

desconstrução e construção de conceitos sobre esporte como manifestação da

cultura corporal, conteúdos estruturantes da Disciplina de Educação Física, onde se

deve “considerar os determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição

do esporte ao longo dos anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa

prática corporal.” (PARANÁ, 2008, p. 63).

Na avaliação se utilizarão diversos recursos, como as apresentações

trabalhos, teatro, seminários, vídeos, textos, entre outros que proporcionarão

verificar se os objetivos foram alcançados.

VIOLÊNCIA: O QUE É?

Quando pronunciamos a palavra violência em que pensamos, o que

sentimos? E quais imagens, cenas vem a nossa cabeça?

Violência é sf (lat violentia). 1 qualidade de violento. 2 Qualidade do que atua

com força ou com grande impulso. 3 Ação violenta. 4 Opressão, tirania. 5

Intensidade. 6 Veemência. 7 Irascibilidade. 8 Qualquer força empregada contra a

vontade, liberdade ou resistência de pessoa ou coisa. 9 Dir Constrangimento, físico

ou moral, exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a submeter-se à vontade

de outrem; coação.

http://michaelis.uol.com.br/

A violência atinge diretamente na participação do sujeito na sociedade. Acaba

por formular uma visão distorcida das relações sociais.

Violência é um ato de brutalidade, sevícia e abuso físico ou psíquico contra alguém e caracteriza relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão e intimidação, pelo medo e pelo terror. A violência se opõe à ética porque trata seres racionais e sensíveis, dotados de linguagem e liberdade, como se fossem coisas, isto é, irracionais, insensíveis, mudos, inertes ou passivos. CHAUÍ apud SCHILLING (2004, p.38)

Em nossa sociedade a violência é pesquisada e discutida por muitos

estudiosos, detentora do maior tempo no noticiário televisivo em todo o mundo. Ela

se apresenta de inúmeras formas, por exemplo, a violência no trânsito, agressões

físicas e morais, depredações do patrimônio público e privado, roubos, estupros,

discriminação, preconceito, entre outras.

Diariamente presenciamos à nossa volta ações, notícias divulgadas pela

mídia, comentários, na esquina, no trânsito, em bares, shoppings, casas, em

hospitais, escolas, enfim, estamos cercados por evidências de que há violação da

integridade física e moral dos seres humanos está ameaçada, negligenciada em

seus direitos, pela violência.

O número de casos de violência contra crianças e adolescentes, crianças

abandonadas, desaparecidas, encontradas mortas, muitas vezes mortes violentas,

crianças violentadas por estranhos, por pessoas da própria família ou de sua

convivência cresce nos noticiários diariamente.

Entre as muitas e variadas formas de violência há uma em que todos nós

devemos nos preocupar e combatê-la todos os dias incessantemente que é a

violência escolar a qual hoje é denominada de bullying. Você já ouviu, leu ou viu

este fenômeno acontecer? Você já praticou, presenciou ou sofreu bullying?

O mundo, nestes últimos anos, se impregnou com acontecimentos e por que

não dizer tragédias tendo o bullying como co-autor.

BULLYING: NOVO NOME PARA UM FENÔMENO ANTIGO.

No cotidiano escolar presenciamos a violência com formatos diferenciados,

como a depredação da estrutura física, de materiais didáticos, agressões físicas e

morais e o Bullying, sendo este muito discutido por diversos segmentos da

sociedade. Contudo, todas estas formas de violência denigrem o bem estar das

relações humanas, seja entre alunos, professores, equipe administrativa e

pedagógica como também as famílias. Permitir que este fenômeno prejudique a

dinâmica do processo de educar, desvie o objetivo maior da educação, a

emancipação humana, o conhecimento científico e as relações sociais ali

estabelecidas, é aceitar a degradação social.

O que é BULLYING?

Vejamos o que alguns estudiosos definem o fenômeno bullying.

Fante (2005, p.27) define bullying como: “palavra de origem inglesa, adotada

por muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma

outra pessoa e colocá-la sob tensão; termo que conceitua os comportamentos

agressivos e anti-sociais, utilizado pela literatura psicológica anglo-saxônica nos

estudos sobre o problema da violência escolar.”

Para SILVA (2010, p.21), bullying é “Um conjunto de atitudes de violência

física e/ou psicológica, de caráter intencional e repetitivo, praticado por bully

(agressor) contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se

defender.”

SUA HISTÓRIA

Bullying é um nome recente dado a uma prática antiga para violência entre

pares vivenciada nas escolas, porém a sociedade passou a se preocupar de forma

incisiva após ocorrerem diversas atentados em escolas do mundo todo inclusive no

Brasil. Casos de chacinas dentro de escolas alarmam autoridades, educadores,

famílias e outras instituições para o problema da violência escolar.

Um dos casos marcantes que tem o bullying como precursor de uma chacina

foi em Columbine, nos Estados Unidos, onde dois adolescentes armados entram na

instituição de ensino e matam a sangue frio dezenas de pessoas.

CARACTERÍTICAS DO BULLYING

O bullying tem como características insultos, ameaças, intimidações,

depreciação física ou moral da vítima, agressões física e/ou moral, agressão sexual,

difamar, caluniar, expor a vítima em situações vexatórias, constrangedoras quanto à

orientação sexual, situação econômica, familiar, condição de moradia, isolamento

social, entre outras, de forma sistemática.

Afirma Fante (2005, p. 30) que o bullying é “um conceito específico e muito

bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência.”

Possui características próprias e a principal dela é a propriedade de causar traumas

psicológicos em suas vítimas.

PRATICA DO BULLYING E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Difícil aceitar que um comportamento cruel venha do ser humano, porém o

bullying está intrínseco nas relações interpessoais e não só na escola como relata a

autora Fante (2005, p.30), pois é reconhecido em outros contextos como: “nas

famílias, nos condomínios residenciais, nos clubes, nos locais de trabalho, nos asilos

de idosos, nas Forças Armadas, nas prisões, enfim, onde existem relações

interpessoais.”

As conseqüências psíquicas e comportamentais que o bullying pode acarretar

às vítimas são sintomas psicossomáticos como: dor de cabeça, insônia, alergias

desmaios entre outros, contando que estes sintomas interferem de forma qualitativa

no rendimento escolar deste aluno, podendo a vítima desenvolver, ainda, alguma

psicopatologia grave, como: Transtorno do Pânico; Fobia Escolar; Fobia Social

(Transtorno de Ansiedade Social – TAS); Transtorno de Ansiedade Generalizada

(TAG); Depressão; Anorexia e Bulimia; Transtorno Obsessivo – Compulsivo (TOC);

Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT); e menos frequentes a

Esquizofrenia, Suicídio e Homicídio.

Traumas por bullying pode deixar seqüelas em suas vítimas que determinarão

o percurso de suas vidas, pois afetam sua auto-estima e desencadeiam desordens

neurológicas e no psiquismo que impedem o desenvolvimento sadio de uma pessoa,

afetando seu entendimento sobre valores para uma boa convivência social.

Contudo muitos superam, porém a relações interpessoais e valores

vivenciados no seio familiar e que dão subsídios para tais resultados.

Fante (2005, p. 90) diz que “ a única forma de obtenção de sucesso na

redução do bullying é a cooperação de todos envolvidos: alunos, professores,

gestores e pais.”

Vamos abraçar este movimento que vem com grande força e agir a favor da

vida e contra o bullying. Vamos juntos!!!

BULLYING E AS LEIS.

O Bullying se tornou caso de polícia e a sociedade representada por profissionais comprometidos discute soluções para inibir, frear, interromper a onda de violência nas escolas e em outros contextos. Leis estão em processo de formulação no poder legislativo, porém há leis que podem ser utilizadas para esse fim, que são:

• Artigo 146 - Código Penal Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe

haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, é crime de constrangimento ilegal.

• Artigo 147 - Código Penal Ameaçar alguém, por palavra, escrita ou gesto, ou qualquer outro meio

simbólico, também é crime e o autor deverá responder na justiça.

O Estatuto da Criança e Adolescente – ECA, também contribui no sentido de dar parâmetros aos comportamentos e exercício de valores, direitos e deveres, por nossa sociedade em relação as crianças e adolescentes.

• Artigo 5° - Lei 8.069/90 Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma de lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus diretos fundamentais.

• Artigo 17º – Lei 8.069/90O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica

e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• ASSISTIR, ANALISAR, DEBATER SOBRE UM FILME RELACIONADO AO TEMA BULLYING ( RESILIÊNCIA): UM SONHO POSSÍVEL.

• PRODUÇÃO DE UM TEXTO ONDE QUE OS ALUNOS RELATEM SUAS IMPRESSÕES, SENTIMENTOS E CONHECIMENTOS SOBRE O BULLYING.

• CRIAR UMA PEÇA TEATRAL QUE PROPONHA A SOLUÇÃO DE UM CASO DE BULLYING.

VALORES HUMANOS – UM TESOUROVALORES HUMANOS – UM TESOURO QUASE E ESQUECIDO??

O significado das palavras Valor Humano para a língua portuguesa é:

“Valor: sm (lat valore) 1 O preço atribuído a uma coisa; estimação,

valia. 2 Relação entre a coisa apreciável e a moeda corrente no país, em

determinada época e em determinado lugar. 3 Filos Caráter dos seres pelo qual

são mais ou menos desejados ou estimados por uma pessoa ou grupo. 4 Econ

polít Estimativa econômica da riqueza. 5 Econ polít Apreciação feita pelo indivíduo

da importância de um bem, com base na utilidade e limitação relativa da riqueza, e

levando em conta a possibilidade de sua troca por quantidade maior ou menor de

outros bens. 6 Mat Expressão numérica ou algébrica que determina uma incógnita

ou representa o estado de uma variável. 7 Dir Qualidade que tem o ato jurídico de

produzir determinado efeito. 8 Talento. 9 Coragem, esforço de ânimo, intrepidez,

valentia. 10 Paciência, resignação. 11Merecimento, préstimo, valia. 12 Qualidade

do que tem força.13 Papel representativo de dinheiro (nota de banco, título,

obrigação, ação, letra de câmbio). 14 Pint Intensidade relativa. 15 Significação

rigorosa de um termo. 16 MúsDuração das notas, representadas por diferentes

figuras e medidas pelo compasso. sm pl 1 Grau de aproveitamento escolar do

aluno. 2 Termo que, junto a um número, gradua a qualificação de um exame

escolar, ou de um direito de propriedade ou de crédito. Juízo de

valor: a) Psicol: apreciação subjetiva, que revela as preferências pessoais de cada

pessoa, segundo suas tendências e influências sociais a que está submetida; b)

em Filosofia, designa os julgamentos não diretamente procedentes da experiência,

ou de elaboração pessoal, em oposição aos julgamentos de realidade, próprios do

conhecimento objetivo, ou da ciência.

Humano: adj (lat humanu) 1 Que pertence ou se refere ao homem. 2Humanitário. 3 Bondoso, compassivo, caridoso. sm pl O gênero humano, os homens, os mortais.”

http://michaelis.uol.com.br/

Como será a estrutura do texto ao juntarmos os significados das palavras

Valor Humano? Qual conceito de valor que melhor se relaciona ao conceito da

palavra humano? Vamos construir?

Pensando na prática dos valores humanos no ambiente escolar é que

buscamos a relevância destes no contexto histórico de nossa sociedade.

“Os valores são produzidos pelos homens, de modo social, em momentos e locais diferentes da história do ser social. Em última instância, porém, e de modo diferente para cada um deles, todos têm como referência o processo de autoconstrução humana.”

TONET (2005, p.158):

A influência do sistema capitalista tem modificado valores essenciais à

convivência em sociedade, o fato é que este sistema permeia todas as relações

sociais e culmina na degeneração destes valores, causando o que chamamos de

estranhamento entre pessoas. Promove o individualismo que provoca no ser

humano a procura do imediato, a negação do outro e consequente animalização dos

atos, não importando o ser, mas sim o ter.

“Um sujeito é fruto do seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo do modo que o compreende e como dele é possível participar.”

PARANÁ (2008, p.14)

O sistema educacional reproduz o contexto socioeconômico, político e cultural

vigente, colaborando para que as relações sociais vividas dentro da comunidade

escolar sejam o reflexo do caos social que o capitalismo selvagem vem produzindo

através de séculos de aprimoramento do sistema de super valorização do capital.

“A unidade da espécie humana parece ser praticamente inexistente não em virtude das diferenças de cor da pele, da forma dos olhos ou de quaisquer outros traços exteriores, mas sim das enormes diferenças e condições de modo vida, da riqueza da atividade material e mental, do nível de desenvolvimento das formas e aptidões intelectuais. (...)Ela é produto da desigualdade econômica, da desigualdade de classes e da diversidade consecutiva das suas relações com as aquisições que encarnam todas as aptidões e faculdade da natureza humana, formadas no decurso de um processo sócio-histórico. (...) A divisão social do

trabalho tem igualmente como conseqüência que a atividade material e intelectual, o prazer e o trabalho, a produção e o consumo se separem e pertença a homens diferentes.”

LEONTIEV (2004, p. 293 - 4)

Contudo, ainda que hoje muitos pautem sua existência o acúmulo de riquezas

materiais pode-se reconhecer que muitos seres humanos são pessoas que

valorizam a boa conduta, a honestidade, a solidariedade entre outros valores para

seguirem em frente e educarem os seus filhos tornado um exemplo reconhecido na

sua comunidade.

Vejamos alguns valores que encontramos em nosso cotidiano.

• Cooperação;

• Solidariedade;

• Companheirismo;

• Respeito;

• Empatia;

• Responsabilidade;

• Compromisso;

• Amor próprio;

• Resiliencia;

• Autonomia, entre outros.

Na preparação de uma pessoa como ser social comprometido, livre e justo a

família, a escola possuem papeis insubstituíveis. Portanto, é necessário que pais,

professores e alunos estejam informados, atentos, vigilantes para combatermos a

violência na escola, contribuindo para com o desenvolvimento de seres humanos

mais justos e felizes.

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PRÁTICA DOS VALORES HUMANOS.

A Educação física tem como objeto de estudo a cultura corporal produzida

pela humanidade, sendo o trabalho o eixo norteador da evolução do homem nas

manifestações corporais e culturais.

As Diretrizes propõem a organização de conteúdos para a disciplina de

Educação Física que contemplam: os conteúdos estruturantes: jogos, esporte,

ginástica, dança e lutas que junto aos elementos articuladores: corpo, ludicidade,

saúde, mundo do trabalho, desportivização, técnica e tática, lazer, diversidade e

mídia, formam um acervo que subsidiam o trabalho pedagógico direcionando a

construção do conhecimento de forma reflexiva e contextualizada. Com isso nos

proporciona compreender que “a Educação Física é composta por interações que se

estabelecem nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.”

(PARANÁ, 2008, p.53).

A proposta curricular para o ensino da Educação física das Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Paraná constitui como objeto de estudo desta

disciplina a Cultura Corporal que se configuram na forma de conteúdos seus

encaminhamentos metodológicos são norteados pela Pedagogia Histórico-Crítica a

qual evidencia seu papel social e consolida “um novo entendimento em relação ao

movimento humano como expressão da identidade corporal, como prática social e

como forma do homem se relacionar com o mundo.

Valoriza a produção histórica e cultural dos povos. Assim, buscando contribuir

na formação de um sujeito crítico e reflexivo, que é produto, porém, também é

agente histórico, social, político e cultural.

“A expectativa da Educação Física escolar que tem como objeto a reflexão sobre a cultura corporal, contribui para a afirmação dos interesses de classe das camadas populares na medida em que desenvolve uma reflexão pedagógica sobre os valores como solidariedade substituindo o individualismo, cooperação confrontando com a disputa, distribuição confrontando com apropriação, sobretudo enfatizando a liberdade de expressão dos movimentos – a emancipação -, negando a dominação e submissão do homem pelo homem”

COLETIVO DE AUTORES (1992, p. 40)

O ESPORTE VOLEIBOL NO EXERCÍCIO DOS VALORES HUMANOS

O Esporte é um dos conteúdos estruturantes da Disciplina de Educação

Física nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná. E diante da

complexidade deste fenômeno, que possui sentido, significado e códigos que a

sociedade capitalista lhe propicia, atribuindo valor educativo para justificá-lo no

currículo escolar, se faz necessário que na escola promova o “resgate dos valores

que privilegiam o coletivo sobre o individual, defendem o compromisso da

solidariedade e respeito humano, a compreensão de que o jogo se faz “a dois”, e de

que é diferente jogar “com” o companheiro e jogar “contra” o adversário.”

COLETIVO DE AUTORES (1992, p. 71).

A proposição da prática dos valores humanos neste projeto de intervenção

pedagógica, por meio do conteúdo estruturante esporte / voleibol, ocorre por

entender que este esporte apresenta em sua essência características que podem

desenvolver a cooperação: solidariedade e companheirismo; respeito,

responsabilidade, autonomia: autoconfiança e auto-estima, entre outros e que sua

prática prima pela coletividade e valorização do outro, “convivência com as

diferenças na formação social crítica e autônoma.” (PARANÁ, 2008, P.63).

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• ASSISTIR, ANALISAR, DEBATER SOBRE UM FILME RELACIONADO AO TEMA VALORES: COACH

KARTER – TREINO PARA A VIDA.

• PRODUÇÃO DE TEXTO ONDE OS ALUNOS RELATEM SUAS IMPRESSÕES, SENTIMENTOS E

CONHECIMENTOS SOBRE OS VALORES.

• CRIAR UMA PEÇA TEATRAL SOBRE OS VALORES HUMANOS CONTEXTUALIZANDO A ESCOLA,

FAMÍLIA E OUTROS LUGARES.

• ORGANIZAR EVENTOS ONDE SE PROPONHA O EXERCÍCIO DOS VALORES. EX.: FESTIVAL DE

VOLEIBOL CONVIDANDO COLEGAS DA ESCOLA, FAMÍLIA, AMIGOS, ETC.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Violência Escolar é um fato assustador dentro dos estabelecimentos de

ensino de todo mundo.

O Bullying é preocupação de diversos segmentos da sociedade. E conter a

evolução deste fenômeno que se alastra causando estragos em muitas vidas é um

desafio.

Estudos mostram que indicadores sócio-econômicos, políticos e culturais

exercem influência para a crescente violência que hoje vem sufocar as escolas. A

mídia já expõe com frequência em seu noticiário acontecimentos aterradores, onde

alunos ou ex-alunos são protagonistas.

Como parar tudo isso? Como trazer a paz de volta ao ambiente escolar?

Trabalhar o oposto, exercitar valores humanos nas ações do cotidiano escolar

poderá sensibilizar e modificar a trajetória da história das relações interpessoais da

vida de alunos, professores e comunidade.

A escola representada por seu corpo administrativo, docente discente,

funcionários e pais devem trabalhar juntos no propósito de eliminar quaisquer

manifestação de violência no ambiente escolar, pois com certeza refletira na vida de

todos.

REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São

Paulo: Cortez, 1992.

Dicionário on line: Michaelis – Dicionário da língua Portuguesa. http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php? Acesso em 23/06/2011

CÓDIGO PENAL BRASILEIRO. Decreto – Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de

1940. http://www6.senado.gov.br. Acesso em 08/08/2011.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA.Lei nº 8.069, de 13 de

julho de 1990. http://www.planaltp.gov.br. Acesso em 08/08/2011.

FANTE. Cléo, Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e

educar para a paz. 2ª edição. Campinas, SP: Verus Editora, 2005.

LEONTIEV. Alexis, O Desenvolvimento do Psiquismo. 2ª edição. São Paulo:

Centouro, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Educação Física, 2008.

TONET. Ivo, Educação, Cidadania e Emancipação Humana. Ijuí: Unijuí, 2005.

SCHILLING. Flávia, A Sociedade da Insegurança e a Violência na Escola. São

Paulo: Moderna, 2004.

SILVA. Ana B. B., Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.