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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA – PDE/2012

Título: No Universo dos Contos Maravilhosos: A Arte de contar Histórias

Autora Sirlei Zanotto

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual Ludovica Safraider – Casa

Familiar Rural – BR 158

Município da escola Rio Bonito do Iguaçu

Núcleo Regional de

Educação

Laranjeiras do Sul

Professora orientadora Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira

Instituição de Ensino

Superior

Universidade Estadual do Centro-oeste –

UNICENTRO/ Guarapuava - PR

Relação interdisciplinar Arte

Resumo A leitura dos contos maravilhosos é uma ótima opção para se fazer o letramento literário, ampliando a visão crítica, aprimorando a oralidade, a criatividade e o imaginário, o irreal se confundindo com o real, para a vida do dia a dia se tornar um pouco mais sugestiva. Alguns autores como: Regina Zilberman, Ezequiel Theodoro da Silva, Rildo Cosson colocam que a leitura é primordial nas escolas e que os contos reforçam a autoimagem do leitor, colaborando para o seu crescimento interior e autonomia. E que as histórias abrem espaços para outros pensamentos e se tornam fieis parceiras nos processos de transformação, tornando as pessoas mais comunicativas e cheias de inspirações. Por esse motivo nas escolas deve-se ter mais humildade pedagógica, mais diálogo, mais liberdade para os alunos se expressarem, mais escuta e partilha dos significados atribuídos aos textos, mais ligação entre aquilo que se lê e aquilo que se vive, assim, o aluno refletirá tanto a partir da

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sua fala quanto da fala do outro, sobre: o conteúdo temático do texto; elementos composicionais, formais e estruturais do gênero usado em diferentes esferas sociais; os argumentos utilizados e o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade, levando os mesmos a compreenderem que ler e contar histórias são de fundamental importância para o desenvolvimento intelectual e cultural dos mesmos.

Palavras-chave Gêneros; Contos; Letramento; Contação de histórias.

Formato Caderno Pedagógico

Público alvo Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental

1- APRESENTAÇÃO

Sou professora da Rede Estadual de Educação do Núcleo Regional de

Laranjeiras do Sul, trabalho no Colégio Estadual Ludovica Safraider, Casa

Familiar Rural em Rio Bonito do Iguaçu.

Implementarei esta produção didático-pedagógica junto aos alunos do 9º

ano do Ensino Fundamental – Casa Familiar Rural, período manhã e tarde, com o

tema: Gêneros Literários: Contos Maravilhosos, sob o título: No universo dos

contos maravilhosos: a arte de contar histórias, sob a orientação da Professora

Dr. Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira, da Universidade Estadual do Centro-

Oeste (UNICENTRO), objetivando difundir a leitura, estimulando o prazer de ler e

de criar, promovendo assim o debate crítico e proporcionar momentos de

integração e lazer por meio dos contos maravilhosos. Assim: instigando o talento

dos adolescentes para contar e ouvir histórias; explorando os textos - contos,

interpretando-os sob os mais variados aspectos e construindo o hábito de contar

e ouvir histórias, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação,

pausas, expressão facial e outros. Dessa forma as histórias abrirão espaços para

outros pensamentos e se tornarão fieis parceiras nos processos de

transformação, desenvolvendo a oralidade, tornando os educandos mais

comunicativos e cheios de imaginação.

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As atividades propostas a partir de gênero literário – Contos Maravilhosos

constituem-se basicamente no letramento literário, fazendo uma inter-relação com

os contos que os alunos conhecem; apresentação dos contos e autores;

exercícios de leitura individual e coletiva; debates e socialização; contação de

histórias; escrita e reescrita de histórias; bem como outras que se inter-

relacionem.

Segundo Cosson (2007, p.27) “[...] letramento literário só se faz via textos

literários.” Então, trabalharei três contos maravilhosos que lidam com uma

temática social: o herói (ou anti-herói), que é uma pessoa de origem humilde ou

que passa por grandes privações, triunfa ao conquistar riqueza e poder: “O

quadro de pano”, “João e Maria” e “Ali Babá e os quarenta ladrões” que, são

curtos e despertam o interesse das crianças. Cosson afirma que não devemos

somente ler, mas sim interpretar e ir além da leitura relacionando com o que já

sabemos, compartilhando este saber com as pessoas.

Assim, a metodologia que adotarei é a sequência básica proposta por

Cosson (2009,p.51-69) onde tem as quatro etapas: a motivação, que consiste na

preparação do aluno para que ele “entre” no texto. Normalmente, essa etapa se

dá de forma lúdica e tem como objetivo principal incitar a leitura proposta. Já na

introdução é feita a apresentação do autor e da obra. A terceira etapa é a leitura

do texto em si, que deve ter um acompanhamento do professor. O autor chama

esse acompanhamento de “intervalos”, no qual há a possibilidade de aferição da

leitura, assim como solução de algumas dificuldades relacionadas à compreensão

de vocabulário ou mesmo de partes do texto. A última etapa é a interpretação e

para o autor ela se dá em dois momentos, um interior e outro exterior. O

momento interior compreende a decifração, é chamado de “encontro do leitor

com a obra”. Já o momento exterior é a “materialização da interpretação como

ato de construção de sentido em uma determinada comunidade”.

Assim, viso que os alunos desenvolvam tanto a leitura e interpretação

quanto a escrita, através da expressão de ideias e opiniões, e que a literatura

para eles, não seja uma disciplina isolada, mas sim um diálogo com outras formas

de reprodução artística e cultural, objetivando a ampliação do contato do aluno

com o texto literário.

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Para incentivar a leitura, também na família, os alunos levarão para casa

os textos e os livros de contos, e eles (pais e filhos) terão que ler responde

questões sócioafetivas e culturais, que serão propostas pelo professor, e que

serão registradas por seus familiares após a leitura do livro.

Na utilização do material didático construídos, no formato de Caderno

Pedagógico, terei como meta a efetivação da relação entre o cotidiano e o saber

sistematizado, procurando relacionar os conteúdos a partir do dia a dia do

educando na busca da valorização de seu conhecimento, propiciando a partir

dele, a construção de um novo saber com bases estabelecidas na significação

desses conteúdos.

A avaliação das atividades ocorrerá de forma contínua, ou seja, em todas

as etapas e em todos os momentos durante a implementação, pela produção de

história em quadrinhos, contação de histórias, representação teatral e de

anotações pessoais de acompanhamento de acordo com os critérios

estabelecidos com ênfase na aquisição de conhecimentos em consonância com

as Diretrizes Curriculares Estaduais.

Optei pelo tema: Gênero Literário – Contos Maravilhosos, para dar um

sentido diferente quanto à interpretação da leitura e da vida, que eles (os contos)

atuem nas crianças como afirma Bettelheim apud Zilberman (2005): “os contos de

fadas acabam por reforçar a autoimagem do leitor, colaborando para seu

crescimento interior e autonomia”, que os alunos possam acrescentar e

incrementar essa vivência com os textos que serão estudados. Campedelli e

Souza (2000, p.69) assim definem o conto: “uma narrativa curta, condensada, de

episódio único e poucas personagens, um só espaço, em curto lapso temporal”.

Na mesma discussão, Bonaventure coloca como se deve ler os textos

literários: “Primeiramente devemos fazer uma leitura de reconhecimento da obra

para depois fazermos uma leitura mais profunda e compreensiva onde podemos

nos encantar pelos textos”. É o que farei com meus alunos, primeiro faremos a

leitura silenciosa e depois a leitura oral com a interpretação.

Pensando nisso, e na adolescência que é um período em que os indivíduos

encontram muitas dificuldades, seja para compreender o que se passa a sua

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volta, seja para entender qual é o seu papel no mundo é que elaborei os

questionamentos do problema da minha proposta de pesquisa: Como trabalhar

com “gênero literário – contos”, para envolver os alunos com a leitura,

aprimorando assim a oralidade, a criatividade e o imaginário, o irreal se

confundindo com o real, para a vida do dia a dia se tornar um pouco mais

sugestiva para esses adolescentes com pouco acesso à cultura letrada?

E assim preparei este material didático que segue. Não é um material

fechado, pois sabemos que podem ser apresentadas diversas formas de

trabalhos, a partir deste. Então mãos à obra.

Professora Sirlei

2- MATERIAL DIDÁTICO

UNIDADE I

1 – Sentimentos

Professor: - Escrever palavras, uma em cada cartão, que designem sentimentos, emoções, qualidades, como: amor, saudade, confiança... - Sugiro que esta atividade seja feita escrita, depois que todos responderem no caderno os alunos devem ler o que escreveram

Vou distribuir a vocês estas palavras, com as quais cada um deve

responder as perguntas que escreverei no quadro:

amor – saudade – confiança - sonho – esperança – medo – solidão – tristeza –

alegria – bondade – sabedoria – desconfiança – paz – felicidade – partilha.

a) Que significado esta palavra tem para você?

b) Que cor ela representa?

c) Com quem dividiria?

d) Por quê?

2 - Oralidade

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- Quem gosta de ler e por quê?

- Quem gosta de contar histórias?

- Para que serve a leitura?

- Em que lugar você gosta de ler?

- Quem se lembra do primeiro livro que leu?

- Alguém de sua família lê em casa?

- Você já assistiu algum filme sobre um livro que você leu?

- Que gênero você gosta de ler? História em quadrinhos, romance, revista,

jornal, fábula.

Muito bem! Vocês irão ler várias histórias durante este semestre, isso faz

parte de um projeto que venho estudando há bastante tempo. Ele é sobre o

gênero – contos maravilhosos. Esses contos tem origem oriental, que tratam de

uma problemática social, são narrativas curtas, com poucos personagens.

- Vocês conhecem algum conto?

Professor: escrever no quadro os contos que os alunos conhecem. Depois pedir quem quiser que conte um.

- Como geralmente começam e terminam os contos?

- O que significa “autor de uma obra”?

- Alguém sabe quem escreveu o conto João e Maria?

3 – Leitura complementar

Foram os irmãos Grimm, chamavam-se Jacob e Wilhelm Grimm, nasceram

na Alemanha, em 1785 e 1786, respectivamente. Publicaram, em 1812, um

volume de contos que se tornou o livro mais lido depois da Bíblia.

Vocês sabem como eles arranjaram esses contos?

Entrevistaram camponeses e pastores, pessoas do campo já idosas que se

lembravam das histórias que ouviam contar e tinham passado de geração em

geração.

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Entre essas histórias figuravam Branca de Neve e os Sete Anões, Hansel e

Gretel (João e Maria), Rapunzel, O Pequeno Polegar e O Capuchinho Vermelho

(Chapeuzinho Vermelho).

O conto João e Maria relata a aventura dos irmãos João e Maria, filhos de

um pobre lenhador, que em acordo com a esposa, decide largá-los na floresta

porque a família não tem condições de manter.

4 - Hora da leitura

Vamos ler o conto silenciosamente e depois faremos a leitura em voz alta.

Professor: Sugiro entregar uma cópia para cada aluno, ou a cada dois alunos do texto integral.

Joãozinho e Mariazinha

Às margens de uma floresta existia, há muito tempo, uma cabana

pobre feita de tábuas, onde moravam e viviam um lenhador com seu

filhinho e sua filhinha, nascidos do primeiro casamento, além de sua

segunda esposa. O garoto chamava-se Joãozinho, e a menina,

Mariazinha.

Na casa desse lenhador trabalhador, a vida sempre fora difícil,

mas, naqueles dias as coisas pioraram: não havia pão e comida

suficiente para todos eles. A carestia era grande e a recessão apertava.

- Mulher, o que será de nós? Acabaremos morrendo de fome. E as

crianças serão as primeiras, pois a boquinha delas é como uma matraca

e não para de abrir e fechar de tanto que comem, disse o pai.

— Há uma solução... – retorquiu a madrasta, que era muito

malvada – amanhã daremos a eles um pedaço de pão, depois os

levaremos à floresta e lá os abandonaremos.

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[...]

E assim saíram os quatro, rumo à floresta. O lenhador e a mulher

na frente, as crianças atrás. A cada dez passos, sem que ninguém

percebesse, Joãozinho deixava cair no chão uma pedrinha branca.

[...]

— Crianças, fiquem aqui e descansem enquanto eu e seu pai

vamos rachar lenha para a lareira. Mais tarde passaremos aqui para

pegar vocês.

Após longa espera os dois irmãos comeram o pão e, de tão

cansados e fracos, adormeceram. Acordaram à noite, e nem sinal dos

adultos.

[..]

Mas desta vez não conseguiram encontrar o caminho de volta

porque os passarinhos haviam comido todas as migalhas de pão que

Joãozinho espalhara pelo caminho. Assim, andaram a esmo a noite toda

e o dia seguinte inteirinho, sem conseguir sair daquela floresta, e de

tanto andarem ficaram com muita fome.

Famintos e com medo, no meio da floresta viram uma pombinha

branca e, distraídos, começaram a segui-la.

De repente viram-se diante de uma casinha muito mimosa e

bonita.

[...]

E correu para morder uma parte do telhado, enquanto Joãozinho

enchia a boca de bolo, rindo. Ouviu-se então uma vozinha aguda,

gritando no interior da casinha: “Quem come a minha casinha gostosa?

Só pode ser uma criança gulosa...“.

[...]

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Na manhã seguinte, enquanto ainda estavam dormindo, a bruxa

agarrou Joãozinho e o prendeu em uma gaiola de ferro; depois, com

uma sacudidela, acordou Mariazinha: — De pé, sua preguiçosa! Vá tirar

água do poço, acenda o fogo e apronte uma boa refeição para seu

irmão. Ele está fechado na gaiola e tem de engordar bastante. Quando

chegar no ponto vou assá-lo e comê-lo.

[...]

Encheram os bolsos de pérolas. Maria fez uma trouxinha com seu

aventalzinho, e a encheu com diamantes, rubis e esmeraldas. João

encheu os bolsos com ouro e diamante. Deixaram a casa da feiticeira e

avançaram pela mata. Andaram muito e depois de algum tempo,

chegaram a uma clareira, e um grande lago.

[...]

João esvaziou os bolsos, retirando os diamantes e ouro que havia

guardado; Maria desamarrou o aventalzinho e deixou cair ao chão a

chuva de pedras preciosas. Agora, já não precisariam temer nem

miséria, nem fome, nem carestia.

E assim, desde aquele dia o lenhador e seus filhos viveram na

fartura, felizes para sempre, sem mais nenhuma preocupação.

Professor: O conto completo pode ser encontrado no site: http://www.fabulasecontos.com.br/index.php?pg=descricao&id=326

5 – Complete as frases abaixo com as seguintes palavras extraídas do texto,

e dê um sinônimo para cada uma.

Professor: - Pode ser feito palavra cruzada com estas palavras.

- Usar o dicionário para ver os sinônimos.

Desatou – lareira – íntimo – esfarelou – trilha – mordiscando – armadilha –

portinhola – reluzem – quitutes – docilmente – clareira – carestia.

a) A criança chegou, _________________ uma bolacha.

b) Como fazia frio, saíram a procura de lenha para a _________________ .

c) No seu ___________________ o pai não queria livrar-se das crianças.

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d) A menina estava tão assustada, que __________________ a chorar.

e) Aquela casa tão mimosa era uma ______________ para atrair crianças.

f) As crianças afastaram-se da casa e chegaram a uma _______________

na floresta.

g) Joãozinho fez uma __________________ com pedrinhas brancas.

h) _________________ é uma pequena porta.

i) O marreco aproximou-se ____________________ das crianças.

j) Maria era obrigada pela bruxa a preparar _________________ para que

seu irmão engordasse.

6 - Atividade com a família

A tarefa de vocês, esta semana, será contar a história de João e Maria

para a família e pedir a ajuda deles para responder as questões e escrever o

texto.

Hoje os pais ainda abandonam os filhos?

Quem você acha que era o passarinho da história?

O que seria a casinha de doces?

Quem seria a bruxa?

O que seria as joias?

Reescreva o texto colocando-o nos dias de hoje.

7 - Oralidade

O que a família achou da história?

Quem da família participou da atividade?

Que conclusão vocês chegaram quanto às perguntas?

Cada um de vocês vai ler a história modificada, vamos lá.

Vamos assistir ao filme baseado no conto João e Maria para depois fazer

um comparativo entre o livro e o filme.

Professor: O filme João e Maria pode ser baixado do site: http://www.youtube.com/watch?v=Kroeuq9TnL8 - (em 24/10/2012).

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Gostaram mais do filme ou do livro?

8 - Vamos listar o que tem de diferente entre o filme o a história do livro:

Professor: Sugiro que se vai lendo a história e respondendo as questões oralmente. Pode-se escrever no quadro as respostas, dividindo-o em duas colunas.

Texto Filme

9 - Usar a imaginação - escrevendo e desenhando

Venham até aqui para escolher um desenho que será o inicio de seu conto.

Depois vocês farão mais alguns desenhos para ilustrar as outras partes do conto.

Imagem domínio público – imagem-de-Santarem

http://jesocarneiro.blogspot.com.br/2006/08/imagens-de-santarm_10.html (acesso em 14 nov. 2012)

Professor: - Escolher figuras que tenham paisagem- urbana, marítima ou rural, com algumas personagens, que sejam bem sugestivas para que o aluno possa escrever o seu conto.

- Sugiro que todos leiam os textos que foram produzidos.

Usem a imaginação e crie um “conto maravilhoso”, vocês sabem o que é

um conto maravilhoso? É aquele que narra “maravilhas”, isto é, acontecimentos

fabulosos, prodígios e milagres: o herói se distancia de sua casa; uma proibição é

imposta ao herói; o herói é submetido a provas; o herói realiza as tarefas que são

impostas; meios mágicos são fornecidos ao herói; há uma luta entre o herói e o

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vilão; o vilão é vencido; o herói regressa a sua casa ou ao seu país; o herói é

reconhecido; o vilão é desmascarado e punido; o herói se casa.

Esse tipo de conto tem poucas personagens, fala de uma problemática

social, é uma narrativa curta, tem uma personagem de origem humilde,

geralmente fala de bens materiais.

10 - O que vocês acham de modernizar esta história:

- Você escolheria outro nome para as personagens centrais?

- Para onde a madrasta mandaria as crianças?

- Quem ajudaria as crianças?

- O que aconteceria no final?

Prontas as histórias vamos ver o que vocês escreveram, quem quiser pode

vir aqui na frente para ler e mostrar os desenhos, ou podem ler aí da carteira

mesmo.

Professor: Sugiro que sejam expostos os textos no mural da escola.

Unidade II

1 - Leitura

A fazenda

Evanildo Bechara

Era uma vez... uma fazenda imensa.

[...]

E o vento que vento doce! – balançava os grandes milharais que cada vez

se tornavam mais cor de fogo.

No lago, os peixinhos vermelhos [...]

Tudo era lindo, muito lindo, na fazenda.

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O texto integral “Infância” está no livro “hora de aprender Comunicação e Expressão” de Evanildo Bechara.

2 – Oralidade

Vocês conhecem algum lugar como este?

Gostariam de ter um lugar assim?

No próximo texto veremos que é possível.

3 – Leitura complementar

Vocês já sabem que os contos nasceram há muitos e muitos anos atrás,

eram passados de geração em geração oralmente e que eram contados por

pessoas humildes, essas pessoas não costumavam escrever, por isso este conto

que iremos ler é de autor tibetano desconhecido, só se sabe que vem de um

mundo longínquo, dos Dalai Lama, monges budistas, no Centro da Ásia,

localizado no topo das montanhas mais altas do mundo que formam o Tibet.

O conto “O quadro de pano” narra uma história de uma família formada

pela mãe e seus três filhos, muito pobres, mas a mãe e o caçula têm sonhos...

Vamos ver o que acontece então.

Faremos primeiro uma leitura silenciosa e depois leremos em voz alta.

Professor: Sugiro que seja feita a leitura integral do conto que está no livro “O que conta o conto?” de Jette Bonaventure.

4 – hora da leitura

O QUADRO DE PANO

Autor desconhecido

Imagem domínio público – Quadro de pano

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HTTP://3bp.blogspor.com/_TN8JTmqxJQQ/TNiDTWLn15I/AAAAAAAAF8M/cHfXUr36xpU/s16000/ (Acesso em 15 nov. 2012)

Havia uma vez, numa região árida ao pé das montanhas, uma pobre viúva

que tinha três filhos.

[...]

Não temam meus filhos, que eu vá prejudicá-los ela falou, para acalmá-los.

Vou tecer à noite e de manhãzinha para meu prazer, e o resto do dia, para

alimentá-los. Até agora alimentei vocês e vou continuar a fazê-lo.

[...]

A mãe passou um longo ano sentada tecendo. De noite, acendia uma

tocha, cuja fumaça provocava lágrimas em seus olhos. Uma a uma, as gotas

cristalinas caíam sobre o pano que estava tecendo e ela as ia incorporando ao

quadro. Foi assim que teceu o lago e o riacho, com suas lágrimas.

No segundo ano, os pobres olhos da mãe estavam tão irritados, que até

sangravam. E eram lágrimas vermelhas que caíam sobre o brocado que ela tecia.

A mãe as ia incorporando ao quadro, tecendo flores vermelhas e o sol que

iluminava o céu.

No terceiro ano, o quadro estava terminado.

[...]

De repente, ela sentiu no rosto a carícia de uma brisa leve, o pano de seda

balançou, um vento mais forte o sacudiu como um tapete do qual se tira o pó e,

por fim, ele foi arrancado da porta onde estava pendurado. Num instante, o

quadro saiu voando pelos ares.

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[...]

- Filho, se você quer que eu viva vá procurar o meu quadro de pano e o

traga de volta. Sem ele, é como se eu tivesse perdido uma parte de minha vida.

[...]

O filho caçula calçou suas sandálias e partiu. Chegou ao desfiladeiro em

frente da casinha de pedra e do cavalo de pedra com o pescoço esticado para os

morangos. Na porta da casa se encontrava a velha, que parecia esperar por ele.

Ela o recebeu dizendo:

A velha explicou ao caçula o caminho que atravessava as chamas e o gelo.

Também lhe disse que poderia reanimar o cavalo se arrancasse os próprios

dentes e os implantasse na boca do cavalo. Mal acabara de lhe dar esta

explicação, o rapaz já tinha pego uma pedra, quebrado seus dentes e implantado

na boca do cavalo.

[...]

O caçula, ao lado da mulher fada e da mãe, viveu feliz por muito tempo,

numa região rica e ensolarada.

5 – Conversando sobre o texto

O que vocês acharam da história? Gostaram ou não? Por quê?

Agora vocês vão responder algumas questões que se referem à história,

respondam com calma e bastante atenção.

Professor, entregar aos alunos as questões para serem respondidas, assim você poderá verificar se eles entenderam a história ou não.

6 - Responda

a) Conte o texto em poucas palavras.

b) De acordo com o texto, quais as características da viúva e dos filhos?

c) O que a mãe fazia para sustentar os filhos?

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d) Como eram os filhos da viúva?

e) Por que a mãe ficou doente?

f) Qual dos filhos da viúva foi o mais corajoso?

g) O que o filho mais moço tirou de si para por no cavalo?

h) Quais os obstáculos que o filho deveria passar para conseguir o quadro da

mãe?

i) O que aconteceu de maravilhoso no final da história com a casa e com o

filho da viúva?

7 - Oralidade

Vamos agora ler e analisar o texto parágrafo por parágrafo, oralmente

juntos.

Professor, para não tomar muito tempo pode ser feito esta atividade reunindo os parágrafos, conforme o que acontece em cada parte.

- No primeiro e segundo parágrafos o que nós podemos observar sobre

esta família?

- E no terceiro e quarto parágrafos o que acontece?

- No Quinto parágrafo...

8 - Passatempo

Encontre as seguintes palavras no quadro abaixo. Use lápis de cor para

pintar as palavras.

ÁRIDO BROCADO CABANA ACOLÁ LADEIRA IDÍLICA PASMA

HESITAR CENTILAR RIDÍCULO BOCEJAR TOCHA COLUNA

PENUMBRA SACUDIR VAGAR DESFILADEIRO ESTARECIDO CORDIAL

IMPLANTAR VULCÃO GELEIRA INCRÉDULO ENCRUZILHADA EXTRAIR

CAÇULA OFEGANTE ROCHEDO ENTRANHA INCITAR ASFIXIAR

SOMBRIO ESTRONDOSO SOPETÃO MARINHA ICEBERGS MOVEDIÇO

CICATRIZAR ENCANTAR EMPREENDER NÉCTAR AMBROSIA

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CREPÚSCULO TEAR REINPLANTAR CERVO FADA MENDIGO

ESTUPEFATO ROGAR

c e a m p o s d c a c u l a e s t u p e f a t o e m j c l

a x h o a r i d o d o u r b o c e j a r a d g e l e i r a

m t o m a n s a r d a s d e o v a g a r v e l s h s a e s

b r o c a d o n d u v e n s d e r p i n t i n t h t o p s

r a a a m i m a i n c i t a r r e l o a c o l a * r s u p

o i c b o n b r a d e s f i l a d e i r o r e r n a d s e

s r o a p c r o l r t o d o l a d o n o m e i e o n d c n

i e p n a r i c e b e r g s t l a d e i r a i c n h h u u

a o s a u e o m b e i m p l a n t a r l o j a i r a d l m

e d i n m d a t f a d a r a v e s s a d o p o d c r u o b

n m r e r u i o a c i h o e a s p a s m a m m o e a i s r

c l o c i l n f d a l s f l o r e s e m p r e e n d e r a

r c g t a o s e i n i h a s h e s i t a r p n r t a n t a

u e a a a d a g e n c a n t a r s p e r t o d d i o c l s

z a r r g o e a s m a r i n h a t s a c u d i r l a r u f

i v a a f a d n i o n h a m r i u d i n h a g d e v e s i

l t i d o v e t r v m e l c o l u n a h o a o l r h z e x

h s o r r i r e c e r v o o c i c a t r i z a r c a i c i

a u l a a o l a d d o d a m h u l h e t o c h a r f a d a

d a e d a m r i d i c u l o e s t r o n d o s o a e v i r

a v v u l c a o e c u f e l d i z r e i m p l a n t a r a

n u m a r e g i s o p e t a o a o e n s o l a r a d a * *

9 - Escrevendo um livro

As letras que sobrarem no caça-palavras, formará um texto, vocês irão,

com elas, escrever e ilustrar um livro.

Em grupo de três alunos vocês dividirão este texto em várias frases, cada

frase será uma página do livro. Em papel sulfite, dobrado ao meio, escreva as

frases. Depois de escritas é só ilustrá-las com quiserem, pode ser com recorte e

colagem de figuras, desenho, colagem de material sucata e outros.

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Professor pedir ajuda ao professor de arte para ilustrar o livro.

Quando pronto este livro pode ser exposto no varal da sala e depois irá para a biblioteca da escola.

Frase que será encontrada: Campos de milho dourado, manadas de

ovelhas, nuvens de pintinhos amarelos correndo por todo lado no meio de

patinhos; um belo jardim, atravessado por um riacho, e as mais lindas

flores, casinhas prateadas. Perto do lago estava a fadinha miudinha de

vestido vermelho a lhe sorrir. O caçula ao lado da mulher fada e da mãe,

viveu feliz, numa região ensolarada.

10 - Toda ajuda é bem vinda

Em casa os alunos lerão a história “O quadro de pano” para os pais e

juntos responderão as questões e farão um texto.

a) Vocês acham que o que aconteceu na história, pode acontecer conosco

hoje?

b) Como são os filhos de hoje?

c) O que os pais fazem pelos filhos? O que os filhos fazem pelos pais?

d) Vocês fazem as coisas por obrigação ou por simples prazer?

e) O que é sonhar para vocês? Já realizaram algum sonho? Conte-nos.

f) Após responder as questões fazer um texto com essas perguntas e

respostas.

11 - Para descontrair

Em circulo, ouvindo uma música, de preferência que seja calma, passar um

objeto qualquer, quando a música parar esse aluno que está com o objeto deverá

ler a história que foi feita em casa com os pais.

12 - Produção

Agora vocês vão responder estas questões e depois, no caderno de arte,

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irão fazer uma história em quadrinhos com a situação que está no cartão, com

capricho e dedicação. Depois de prontas essas histórias vocês mostrarão para os

colegas para que eles possam lê-las. Combinado!

Professor: Entregar aleatoriamente um cartão para cada aluno, esse cartão pode ser feito com qualquer tipo de papel.

A – Você é um mago poderoso e tem uma grande missão.

- Qual?

- Conseguiu executar? Como?

B – Você é um gnomo que mora na raiz de uma árvore.

- Como você vive?

- Quais são seus planos?

- Quais são suas dificuldades?

C – Você é um dos anões de Branca de Neve.

- Qual deles?

- O que você faz?

- Como se sente sendo um personagem tão conhecido no mundo inteiro?

- O que acha do mundo da fantasia?

D – Você tem um cavalo alado.

- Como ele é?

- Quem é você?

- Como o cavalo entrou na sua vida?

E – Você descobriu uma caverna abandonada.

- Como? Onde?

- O que havia nela?

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- Alguém mais sabe da existência dela? Quem?

F – Caminhando pela fazenda, você encontrou um saci, numa noite de chuva.

- Como se deu o encontro?

- Você contou a fato a alguém?

- Acreditaram em você?

G – Você encontrou uma lâmpada mágica.

- O que aconteceu quando você a pegou?

- Que desejos o gênio lhe satisfez?

H – Você foi a uma fazenda. Era noite de lia cheia. Saiu para dar um passeio e viveu uma grande aventura.

- Qual? Como?

- Com quem?

I – Você assistia à televisão quando, por um passe de mágica, foi atraído para dentro do aparelho.

- Como foi isso?

- O que aconteceu?

- Que aventuras viveu?

J – Você é um coelho de uma história infantil.

- Qual? Como é o seu nome?

-Onde mora? Com quem?

- Como vive? O que pretende?

K – Você foi assistir um show de rock. De repente, aconteceu algo estranho.

- O quê? Como?

- Com quem?

Como tudo terminou?

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L – Você encontrou um gigante malvado.

- Como é o nome dele?

- O que ele quer?

- O que você fez?

M – Você foi tomar banho em uma cachoeira e encontrou um ogro.

- Como ele é?

- O que ele estava fazendo? - O que você conversou com ele?

UNIDADE III

1 - Quem conta um conto aumenta um ponto.

Professor: sugiro que esta atividade seja feita oralmente, mas pode ser escrita e assim gerando outras narrativas.

Vamos ler a história “infância” de Carlos Drummond de Andrade. Prestem

bastante atenção, pois vou parar de ler no meio da frase e vocês terão que

continuar a história oralmente.

Parar a leitura no exato momento em que alguém (personagem do texto) faz alguma coisa e perguntar aos alunos.

- Ia para onde? Onde/o que? – Fazia o quê? E assim por diante, conforme

o texto vai se fazendo as perguntas.

Infância

Carlos Drummond de Andrade

Meu pai montava a cavalo, ia...

Minha mãe ficava sentada...

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Meu irmão pequeno...

O texto integral “Infância” está no livro “hora de aprender Comunicação e Expressão” de Evanildo Bechara.

Gostaram dessa atividade?

2 - Observem esta imagem.

Professor: mostrar essa imagem antes de contar qual história vai ser lida, instigando os alunos para que eles tentem lembrar qual é a história.

O que as pessoas tem na cabeça?

São pessoas ricas ou pobres? Porquê?

Quem usa turbante?

Hoje as pessoas ainda usam turbantes?

Essa imagem lembra qual história?

Imagem: domínio público

http://sotaodaines.chrome.pt/sotao/histor74_2.html (acesso em 14 nov. 2012)

3 – Leitura complementar

Ali Babá (em árabe: اباب يلع) é uma personagem fictícia baseada na

Arábia pré-islâmica. O conto está descrito nas aventuras de Ali Babá e os

Quarenta Ladrões, que faz parte do Livro das Mil e Uma Noites ou (Noites na

Arábia). Alguns críticos acreditam que esta história tenha sido adicionada ao Livro

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das Mil e Uma Noites por um dos seus transcritores europeus, Antoine Galland,

que foi um orientalista francês do século XVIII que talvez a tenha ouvido, de um

contador de histórias árabe de Aleppo.

Agora que vocês já conhecem quem escreveu e de onde vem, vamos ler o

conto “Ali Baba e os quarenta ladrões”, silenciosamente, em seguida faremos a

leitura oral.

4 – Hora da leitura

Ali Babá e os quarenta ladrões

Antoine Galland

Numa cidade da antiga Pérsia [atualmente, Irã] viviam os irmãos

Cássim e Ali Babá. Cássim era um dos comerciantes de tecidos mais ricos da

cidade, mas Ali Babá vivia na pobreza e tinha de cortar lenha numa floresta

para sustentar a família.

Um dia Ali Babá estava cortando lenha quando viu uma nuvem de

poeira. "— Que será isso?" — pensou. Percebeu que se tratava de homens a

cavalo que se aproximavam e vinham em sua direção; com medo que fossem

bandidos, subiu numa árvore, junto a um grande rochedo, e se escondeu em

meio à folhagem.

[...]

Os homens apearam dos cavalos e puseram no chão sacos pesados que

continham ouro e prata. O mais forte dos ladrões, que parecia ser o chefe,

aproximou-se da rocha e disse:

— Abre-te, Sésamo!

Assim que essas palavras foram pronunciadas, abriu-se uma porta na

caverna. Todos passaram por ela e entraram na caverna, e a porta se fechou

novamente. Depois de muito tempo, a passagem da caverna voltou a se abrir, e

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por ela saíram os quarenta ladrões. Quando todos estavam fora, o chefe disse:

— Fecha-te, Sésamo!

Os bandidos colocaram os sacos em suas montarias e voltaram pelo

mesmo caminho pelo qual tinham vindo. Ali Babá os seguiu com os olhos até

desaparecerem. Quando se viu em segurança, e ninguém por perto, desceu da

árvore, dirigiu-se à rocha e disse:

— Abre-te, Sésamo!

A porta se abriu e Ali Babá ficou sem palavras diante do que seus olhos

viram: uma grande caverna cheia dos tecidos mais finos, tapetes da Pérsia,

belíssimos, e uma enorme quantidade de moedas de ouro e prata dentro de

sacos.

[...]

Um dos ladrões se dispôs a ir à cidade, encarregando-se da missão de

descobrir quem era a pessoa que sabia do segredo. Se falhasse, seria morto por

seus colegas bandidos, que, despedindo-se dele, elogiaram muito sua bravura.

[...]

Contente com aquela informação, o ladrão deu duas moedas de ouro na

mão do sapateiro, rogando-lhe que dissesse onde ficava a casa em que ele

costurara o morto. Depois de olhar para aquelas moedas brilhantes, Mustafá

acabou por concordar e levou o ladrão até a frente da casa de Cássim, que

agora pertencia a Ali Babá. O ladrão pegou um pedaço de giz e fez uma cruz na

porta. Depois, foi-se embora em direção à floresta.

A esposa de Cássim tinha uma empregada muito bonita e esperteza,

chamada Morjana. A moça, ao sair da casa, notou o sinal e desconfiou de

alguma tramoia.

[...]

Aquilo já era uma afronta! Um dos ladrões se dispôs espontaneamente a

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retornar à cidade e descobrir onde morava o homem que descobrira o segredo

da caverna. Chegou, como o primeiro, ao raiar do dia, e topou com Mustafá. A

história se repetiu: o sapateiro acabou por conduzir o ladrão até a casa de Ali

Babá. Para não se confundir como o primeiro, o ladrão marcou a casa com tinta

vermelha e voltou para junto dos seus comparsas. Como da outra vez, Morjana

notou o sinal e marcou várias outras portas das proximidades também com tinta

vermelha.

[...]

Os ladrões agora eram trinta e oito. Depois daquele segundo fracasso, o

chefe resolveu ele mesmo se encarregar da missão. Foi pessoalmente à cidade,

encontrou Mustafá sapateiro e, diante da casa de Ali Babá, em vez de deixar

algum sinal, limitou-se a observá-la cuidadosamente, examinando cada detalhe

que a distinguia das outras. Depois, voltou para a floresta e pôs em execução o

seu plano.

[...]

Com os trinta e sete tambores que serviam de esconderijo aos ladrões e

mais um barril cheio de azeite, carregaram-se dezenove mulas, e lá se foi o

chefe à cidade. Localizou facilmente a casa de Ali Babá, que estava na frente

tomando sol. Disse-lhe:

— Venho de muito longe e vim à cidade para vender meu azeite. Mas

cheguei cedo demais. A noite está caindo e eu preciso dar algum descanso para

as minhas mulas. O senhor não poderia me abrigar em sua casa só por esta

noite?

[...]

Assustada, Morjana ficou um tempo sem saber o que responder.

Percebeu que em vez de azeite aqueles tambores escondiam bandidos

perigosos. Rapidamente, pensou num meio de enfrentar aquela situação

delicada. Criou coragem e, imitando a voz do chefe dos bandidos, disse:

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— Ainda não é hora. Tenha paciência.

Morjana foi de tambor em tambor, dando sempre a mesma resposta aos

ladrões que lhe perguntavam se tinha chegado a hora. O último tambor continha

azeite de verdade. Morjana encheu um jarro, acendeu uma lamparina e pôs em

prática seu plano.

Numa grande panela ferveu azeite. Depois, indo de tamor em tambor,

derramou o líquido fervente sobre cada bandido, matando-os todos.

À meia-noite, o chefe se levantou da cama, foi até a garagem e chamou

seus homens. Não houve resposta. Sentindo cheiro de carne queimada,

assustou-se. Abriu o primeiro tambor, depois o segundo e os demais — e só

encontrou cadáveres. Temendo pela sua própria vida, fugiu correndo.

[...]

Morjana vestiu-se de dançarina, colocou um punhal no cinto e cobriu o

rosto com um véu. Chamou um músico para tocar violão e os dois entraram na

sala do banquete, pedindo permissão para se apresentarem.

[...]

Ali Babá deu-lhe uma moeda de ouro, e o mesmo fez seu filho. Quando

chegou a vez de Codja Hussan, no momento em que ele pôs a mão em sua

bolsa para pegar uma moeda, Morjana mais do que depressa cravou o punhal

em seu coração, matando-o, pois era um monstro, não era uma pessoa de

verdade.

[...]

Morjana, então, contou ao patrão o que descobrira. Fez com que ele

olhasse atentamente o rosto do falso mercador e reconhecesse o chefe dos

ladrões. Mais uma vez, fora salvo pela empregada. Agradecido, disse:

— Você me salvou por duas vezes; agora eu lhe darei muito ouro. Mais:

em recompensa por sua lealdade, você será minha nora.

[...]

Com o passar do tempo, Ali Babá contou o segredo a seu filho e depois a

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seus netos. Ali Babá e sua família viveram o resto de sua vida na riqueza,

naquela cidade onde um dia ele fora muito pobre.

Graças àquele tesouro, Ali Babá se tornou um homem respeitado e

honrado.

Professor: O texto completo está no site: http://www.fabulasecontos.com.br/?pg=descricao&id=455

5 - Oralidade

Vocês já conheciam esta história?

Vocês acham que existem tesouros guardados em cavernas?

Assim como Cassim e sua esposa tinham inveja de Ali Babá, vocês

acham que existem pessoas invejosas?

O que vocês acharam da Morjana? Hoje tem pessoas assim com ela?

6 - Vamos procurar no dicionário o significado das palavras.

(1) rochedo ( ) atrever-se

(2) montaria ( ) aplicar gordura

(3) untar ( ) intriga; trama

(4) apoderar ( ) de livre vontade

(5) ousar ( ) rocha alta

(6) decência ( ) cúmplice

(7) tramoia ( ) cavalgadura

(8) comparsa ( ) revolta; ira

(9) afronta ( ) apossar-se

(10) arquitetar ( ) honestidade

(11) indignação ( ) ataque de frente

(12) espontâneo ( ) urdir; tramar

7 - Grande construção

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Histórias em cubinhos

Betinho e Esther.

Certa vez houve um castelo

feito com cubos de cores.

Suas torres eram cones pintadinhos de

amarelo

balançando bandeirinhas de retângulos

dourados

Todo azul era o castelo, as janelas eram

verdes

e triângulos formavam com vidraças em

losangos.

[...]

Professor este texto completo está no livro “Hora de aprender Comunicação e Expressão” de Evanildo Bechara.

8 - Mãos a obra

Vamos construir um castelo com cores e formas, na parede da sala, bem

grande, cada um de vocês faz uma forma geométrica, conforme fala o texto,

então montaremos o castelo.

Professor: Sugiro que tenham ajuda da professora de arte. Pode ser usando papel dupla face colorido.

9 - Atividade para casa

Vocês levarão estes livros para casa, vão ler com a família. Depois que

vocês lerem todo o livro, converse com os pais e irmãos sobre as histórias. Eles

podem contar outras histórias para vocês, se quiserem. Então, na próxima

semana vocês irão contar para os colegas uma história que aprenderam.

Professor: Distribuir para cada aluno(a) um livro de contos.

Leram os livros junto com a família? Quem leu? – o pai, a mãe, os irmãos,

a avó, o avô? Quem mais leu?

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Hoje vamos contar as histórias que foram lidas em casa.

Quem quer contar primeiro?

Professor: sugiro que todos os alunos contem uma ou mais histórias.

10 - Responder as questões

a - Com base no texto “Ali Babá e os quarenta ladrões” determine qual das

frases abaixo expressa o que o conto narra.

( ) São fatos realmente acontecidos.

( ) São fatos imaginados, mas que poderiam ter acontecido.

( ) São fatos criados pela imaginação, sem relação com a realidade.

b - Para você, o que é a imaginação?

c - Em sua opinião, a realidade é ainda maior do que o fato criado pela

imaginação?

d - Como a Morjana foi esperta e usou a imaginação. Usar a imaginação pode

ser útil para as pessoas?

e - Dê exemplos de como a imaginação pode melhorar a vida.

f - Como seria o mundo sem a imaginação?

g - Você tem muita imaginação?

Agora que vocês terminaram de responder estas questões cada um vai ler

e responder, em voz alta, uma das questões. Vamos lá.

11 - Hora de representar

Já lemos e estudamos vários contos, já usaram bastante a imaginação,

então para finalizar, o que vocês acham de representar um conto? Vamos fazer

grupos de três ou quatro pessoas, cada grupo escolherá um conto, que será

adaptando para o teatro, pode ser um que vocês produziram ou outro que vocês

conhecem. Vamos ensaiar bastante para representá-lo às outras turmas.

Professor: Esta atividade pode ser feita junto com a disciplina de arte, pois necessitará de bastante ensaio.

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3- REFÊRENCIAS

ANTUNES, Irandé, - Aula de português, encontro e interação / Maria Irandé Antunes, -

São Paulo: Parábola Editorial, 2003 – (Série aula: 1)

ANTUNES, Irandé, 1937 – Língua, texto e ensino outra escola possível / Irandé

Antunes – São Paulo: Parábola Editorial, 2009. (Estratégias de ensino, 10)

BECHARA, Evanildo, Hora de aprender: comunicação e expressão, 4ª série do 1º

grau/ Evanildo Bechara ‘et.al.’; ilustrações de Mario J. de Lima. – 3ª Ed. – Rio de Janeiro:

Bloch,1986.

BONAVENTURE, Jette, - O que conta o conto? / Jette Bonavanture. – São Paulo, 1992.

– (Amor e psique)

CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa, - Literaturas brasileira e

portuguesa – Teoria e texto – São Paulo: Editora Saraiva, 2000, 1ª edição.

COSSON, Rildo, Letramento literário: teoria e prática / Rildo Cosson. – 1. Ed. 1ª

reimpressão, São Paulo: 2007.

JOUVE, Vicent, - A leitura / Vicent Jouve; tradução Brigitte Hervot. – São Paulo: Editora

UNESP, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. - Produção da leitura na escola – Pesquisas x

propostas, 2005, 2ª edição, 5ª impressão. Editora Ática

ZILBERMAN, Regina, - Como e por que ler a literatura infantil brasileira / Regina

Zilberman – Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

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Sites consultados

http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_maravilhosos (acesso em 18 out. 2012)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ali_Bab%C3%A1 (acesso em 24 out. 2012)

http://www.youtube.com/watch?v=Kroeuq9TnL8 (acesso em 24 out. 2012)

http://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A4nsel_und_Gretel (acesso em 24 out. 2012)

http://www.fabulasecontos.com.br/?pg=descricao&id=455 (acesso em 24 out. 2012)

Imagem domínio público – Quadro de pano - fonte

HTTP://3bp.blogspor.com/TN8JTmqxJQQ/TNiDTWLn15I/AAAAAAAAF8M/cHfXUr36xpU/s16000/

(acesso em 15 out. 2012)

http://www.fabulasecontos.com.br/index.php?pg=descricao&id=326 (acesso em 15 out. 2012)

Imagem domínio público – imagem-de-Santarem fonte -

http://jesocarneiro.blogspot.com.br/2006/08/imagens-de-santarm_10.html (acesso em 14 nov. 20120)

Imagem: domínio público - fonte

http://sotaodaines.chrome.pt/sotao/histor74_2.html (acesso em 14 nov. 2012)