FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO - Operação de migração para ... · período de 1944 a 1945, atingiu...

61

Transcript of FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO - Operação de migração para ... · período de 1944 a 1945, atingiu...

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: Memórias sobre o nazismo no Paraná: o caso de Josef Mengele

Autor Marta Lino Duminelli

Disciplina/Área (ingresso no PDE)

História

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Vicente Leorace Ensino Fundamental, Médio e Normal.

Município da escola Boa Esperança

Núcleo Regional de Educação

Goioerê

Professor Orientador Prof. Dr. Fábio André Hahn

Instituição de Ensino Superior

UNESPAR/Campo Mourão

Relação Interdisciplinar

Este material poderá ter relação interdisciplinar com as disciplinas de Sociologia: diferentes comportamentos sociais; Artes: Estudos das Imagens; Biologia:

eutanásia nazista utilizada por Josef Mengele e Geografia: O processo imigratório.

Resumo

O presente Caderno Pedagógico tem por objetivo apresentar um estudo sobre o contexto da Segunda Guerra Mundial e a fuga de nazista para o Brasil. Nesse contexto, compreender como foram construídas as memórias sobre os nazistas no Paraná, como é exemplar o caso de Josef Mengele na cidade de Mamborê, é o propósito principal. A presença de Mengele no Brasil despertou grande curiosidade, levando a construção de discursos fantasiosos sobre a presença dos nazistas em muitos lugares do interior do Brasil, mas não comprovadas. Portanto, a escolha de investigar as memórias sobre os nazistas no Paraná, em especial a construção das memórias sobre Josef Mengele na cidade de Mamborê, possibilitará ampliar o conhecimento dos alunos sobre o determinado contexto histórico, sobre os discursos e subjetividades nos documentos. Espera-se, com o esta produção, que o aluno seja capaz de entender as diferentes visões de mundo e temporalidades em diversos contextos sociais,

culturais e políticos no domínio do conhecimento histórico. Para desenvolver o estudo proposto, será investigado uma grande malha de fontes documentais, como: depoimentos, jornais, livros, fotografias, documentos oficiais e outros registros que venham viabilizar a aplicabilidade do Caderno Pedagógico.

Palavras-chave Segunda Guerra Mundial. Nazistas no Paraná. Memórias sobre Josef Mengele.

Formato do Material Didático

Caderno Pedagógico

Público Alvo

Esse material didático foi produzido especialmente para alunos(as) do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná. No entanto, também poderá ser utilizado como recurso pedagógico para professores da disciplina de História, tendo em vista que o tema é de difícil acesso nos livros Didáticos.

MARTA LINO DUMINELLI

MEMÓRIAS SOBRE O NAZISMO NO PARANÁ:

O CASO DE JOSEF MENGELE

C

A

D

E

R

N

O

P

E

D

A

G

Ó

G

I

C

O

Fonte: O filme “A queda”

Os últimos dias de Hitler ematejoca-ematejoca.blogspot.com Fonte: O filme “A queda”

Os últimos dias de Hitler equipee4tml.blogspot.com

Fonte: monteolimpoblog.blogspot.com Fonte: humorzilla.blogspot.com

GOVERNO DO PARANA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

MARTA LINO DUMINELLI

MEMÓRIAS SOBRE O NAZISMO NO PARANÁ: O CASO DE JOSEF

MENGELE

IES: Universidade Estadual do Paraná-

UNESPAR

Orientador: Prof. Dr. Fábio André Hahn

Área Curricular: História

CAMPO MOURÃO

2012/2013

AO PROFESSOR(A)

Pensando na disciplina de História como condutora da construção do

conhecimento e suas relações sociais junto aos sujeitos, em qualquer período

e local do processo histórico. Assim, com o propósito de instigar

questionamentos, formular hipóteses e permitir posicionamentos é que esse

material Didático se apresenta.

A produção desta pesquisa ocorreu no decorrer do Programa de

Desenvolvimento Educacional, ofertado pelo governo do Estado do Paraná. O

objetivo é apresentar um recurso didático como uma possibilidade a mais de

entender as memórias sobre os nazistas no Paraná, em especial o caso de

Josef Mengele, acusado de experimentos científicos com seres humanos no

regime nazista na Alemanha.

Para compreender o estudo proposto é necessário recorrer aos

entendimentos históricos sobre as conjunturas políticas e econômicas que

levaram os países europeus a entrar em conflito, resultando no que

conhecemos como a Segunda Guerra Mundial. A história está marcada pelo

genocídio anti-semita, campos de extermínio, bombas atômicas em Nagazaki e

Hiroshima, além dos experimentos científicos e atrocidades cometidas.

A proposta deste material está embasada na pesquisa realizada com

relatos de memórias, fotografias, jornais e livros sobre as memórias referentes

ao nazismo no Paraná e o contexto da Segunda Guerra Mundial. O material em

pauta procurará despertar o interesse dos alunos em relação à disciplina de

História, mais especificamente sobre o tema, tendo em vista a aproximação

com a realidade em que vivem. Desse modo, colaborando com o processo de

aprendizagem e sistematização do conteúdo explorado.

O Caderno Pedagógico foi dividido em unidades, apresentando fontes

e atividades voltadas ao Ensino Médio. As fontes aqui apresentadas servirão

de auxílio na compreensão dos conteúdos propostos, acompanhado de

atividades que despertem o senso investigativo dos alunos, motivados pelos

desafios do tema. Com isso, superando ideias de História “verdadeira” e

“absoluta”, por meio da investigação dos sujeitos e suas memórias na

percepção dos fatos históricos.

AO ALUNO(A)

Este material didático foi produzido especialmente para alunos(as) do

Ensino Médio da Rede Pública do Estado do Paraná. O propósito é ampliar o

conhecimento sobre o contexto da Segunda Guerra Mundial e as memórias

sobre o Nazismo no Paraná. Com isso, procurando aproximar os alunos do

contexto histórico em que vivem.

O estudo procura abrir espaço para discussões construídas

historicamente sobre a Segunda Guerra Mundial e o Nazismo, mais

especificamente as memórias sobre os nazistas no Paraná, como é o caso de

Josef Mengele. Portanto, espera-se que a partir dos relatos de memórias,

notícias de jornais, fotografias e depoimentos, os alunos possam ser capazes

de desenvolver consciência histórica sobre esse contexto.

O Caderno Pedagógico esta dividido em unidades que compreendem:

Unidade I – Segunda Guerra Mundial

Unidade II – Josef Mengele em Auschwitz

Unidade III – Fugas de Nazistas

Unidade IV – Nazismo no Paraná

Unidade V – Memórias de Josef Mengele

Unidade VI – Agora vocês são os Historiadores

Venha, conto com você nesta caminhada!

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que

me insere na busca, não aprendo nem ensino”

Paulo Freire

SUMÁRIO

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ....................................................................... 8

Um pouco mais de História ................................................................................ 8

Curiosidade da História .................................................................................... 14

Vamos ver se você é esperto na cruzadinha!................................................... 15

Ampliando conhecimento ................................................................................. 16

JOSEF MENGELE EM AUSCHWITZ .............................................................. 18

A História de quem sabe fazer a diferença ...................................................... 21

Colocando em prática ...................................................................................... 22

Ainda tem mais................................................................................................. 23

Fugas de Nazistas ............................................................................................ 24

Brasil lugar de refúgio ...................................................................................... 26

Estou de Olho na História ................................................................................ 28

Conhecendo a História ..................................................................................... 31

NAZISMO NO PARANÁ .................................................................................. 35

Aqui tem História .............................................................................................. 35

A História de nossa gente ................................................................................ 39

MEMÓRIAS SOBRE JOSEF MENGELE ........................................................ 40

Aprendendo mais sobre história e memória ..................................................... 44

AGORA VOCÊS SÃO OS HISTORIADORES……………………..……….……48

ROTEIRO DE TRABALHO: ............................................................................. 48

APRESENTAÇÃO FINAL ................................................................................ 58

AVALIAÇÃO FINAL ........................................................................................ 58

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59

Segunda Guerra Mundial

Um pouco mais de História

A Segunda Guerra Mundial pode ser entendida a partir de uma série de

importantes fatores, no qual podemos destacar as relações internacionais, o

imperialismo, o crescimento do nacionalismo, o desenvolvimento da indústria

UNIDADE I

Tudo o que o homem produz em sua existência, torna-se fonte histórica, inclusive as suas recordações e os seus esquecimentos.

Jacques Le Goff

Os gritos

dos

Inocentes!

9

bélica e crise mundial de 1929. Dentre esses fatores parece inegável que a crise

econômica de 1929 é uma das principais, desempenhando como protagonista

deste cenário internacional. No entanto, o enorme rastro de destruição e danos

econômicos veio a despertar o ressentimento de luta pelo poder. Assim as

relações políticas passaram a desejar governos fortes, autoritários, capazes de

superar tais distúrbios, principalmente para a Alemanha. É fato que nos países

mais ricos a crise provocou maiores consequências, porque estes acabaram por

influenciar as demais nações a buscar soluções e criaram grandes comoções

internacionais.

Portanto, a Alemanha inconformada com o resultado da Primeira Guerra

Mundial e pelo ódio que grande parte da sociedade alemã sentia pelas

imposições do Tratado de Versalhes, em conseqüência da Primeira Guerra

Mundial. Nesse contexto, austríaco Adolfo Hitler, ex-combatente do exército

alemão, cria o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores (Nazis), tendo por

estratégia de tomada de poder, o golpe de estado. Em janeiro de 1933, Hitler

tornou-se chanceler da Alemanha. Nesse mesmo ano “O partido tornou-se

Estado” e toda a soberania política fora transferida para o partido. O plano,

conforme alguns historiadores, estaria todo fundamentado no livro de Hitler

intitulado Mein Kampf (Minha Luta). Nessa obra, o propósito idealizado era

construir a “Grande Alemanha” e formar a hegemonia em torno do III Reich, sob

a justificativa da superioridade da raça ariana.

Segundo Gonçalves, nunca ficou esclarecido o que Hitler e os teóricos

nazistas pretendiam construir, a propaganda nazista consistia em formar um

Grande Estado, o plano de funcionamento e as estruturas econômicas desse

Grande Estado nunca fora devidamente explicitado. As estruturas sócio-

econômicas para os nazistas não passavam de uma improvisada exploração do

trabalho de homens e mulheres aprisionados em campos de concentração.

Os alemães organizaram 20 grandes campos de concentração e 165

campos auxiliares. Em 1942, havia cerca de 100 mil pessoas internadas e, no

período de 1944 a 1945, atingiu a 500 mil pessoas de diferentes nacionalidades.

No interior do Reich, em 1944, havia cerca de 8 milhões de estrangeiros

trabalhando (GONÇALVES, 2008, p.182).

Na sequência do entendimento de Gonçalves, existiam tratamentos

diferenciados aos estrangeiros nos campos de concentração, pela classificação

10

racial. Por exemplo: os trabalhadores do leste deveriam trabalhar até completar

a exaustão, já quanto os judeus, estes eram deportados em massa e muitas

vezes submetidos aos procedimentos de experiências “científicas” perversas.

O desejo de Hitler era tornar a Alemanha a mais poderosa de todas as

nações, para tanto na madrugada de verão em 1º de setembro de 1939, quando

as tropas nazistas invadiram a Polônia, utilizando das ofensivas-relâmpago com

aviões e tanques blindados, derrotando em menos de um mês as forças

polonesas. Portanto, já no fim de setembro a Europa horrorizada, passou a

conhecer o novo contexto: havia começado a Segunda Guerra Mundial. Os

países se organizaram em duas alianças militares opostas: de um lado os

Aliados, formados pela Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos e do outro o

Eixo, constituído pela Alemanha, Itália e Japão. De 1939 a 1941 as vitórias

foram lideradas pelas forças alemãs, que conquistou o norte da França,

Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão

anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da

Líbia.

Em meados de 1941, dois acontecimentos dramáticos transformaram a

guerra européia em guerra mundial. Para Gonçalves, o primeiro foi quando

Hitler lançou 3,5 milhões de homens, 3.550 tanques e 5 mil aviões sobre URSS.

Com essa ação, Hitler pretendia alcançar as cidades de Leningrado, Moscou e

tomar Ucrânia. A estratégia de Hitler era a apropriação de grandes centros

produtores de trigo, carvão e petróleo, os quais estas regiões eram produtoras.

A guerra contra os soviéticos seria mais uma estratégia ideológica nazista com

objetivo geopolítico central. Com isso, a Alemanha se tornaria uma potência

incompatível. Outro grande acontecimento foi o ataque japonês em dezembro

de 1941, na base militar norte americana em Pearl Harbor, nas Ilhas Hawai,

sem prévia de declaração de guerra. Chegaram em Pearl Harbor 353 aviões,

em duas horas destruíram 350 aeroplanos, 5 encouraçados e atingiram 3,7 mil

homens (GONÇALVES, 2000, p.178).

O ataque dos japoneses em Peral Harbor foi resultado do processo de

desgaste de relações entre ambos os países que já havia iniciado na Primeira

Guerra Mundial. Os Estados Unidos e Grã-Bretanha procuraram controlar as

ambições japonesas no Pacífico, limitando o controle naval. O Japão estava no

dilema de crescimento econômico e carência de matéria prima, como: carvão,

11

petróleo e ferro. Com a crise de 1929, o governo japonês tomou a radical

decisão em tomar espaço econômico para suprir tais dificuldades que o país

encontrava.

Na Europa, após o ataque de Pearl Harbor, Hitler declarou guerra aos

Estados Unidos. Desde então, a guerra principal dos norte-americanos era

ajudar a Inglaterra, sem a participação direta do conflito, mas abastecendo a

Inglaterra com aviões, navios, máquinas e matérias-primas, além de

manufaturados de todo tipo e alimentos em troca de promessa de pagamento

depois da guerra.

A entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial foi estratégica, pois

demonstrava a força que tinham no cenário político e econômico. Os aliados

tinham apoio de vários países, entre eles o Brasil. Em 1942, na Terceira

Reunião de Consulta de Chanceleres Americanos, foram fechados os acordos

de rompimentos aos países do Eixo, em represália aos torpedos lançados

contra cincos navios brasileiros por submarinos supostamente alemães.

Historiadores crêem que ocorreu uma pressão dos EUA para que o Brasil

parasse de flertar com o Eixo, implicitamente ameaçando a tomar o Nordeste

brasileiro militarmente caso Getúlio ficasse ao lado do Eixo, com o qual tinha

mais simpatia.

Para Bandeira, os Estados Unidos estavam preparados para invadir o

Nordeste, caso Vargas insistisse em manter a neutralidade do Brasil. Para não

perder a Região, então o governo brasileiro barganhou o alinhamento do Brasil

aos aliados. Os acordos selaram em princípio um empréstimo de 100 milhões

de dólares para a modernização e implantação do projeto siderúrgico. Além da

aquisição de material bélico no valor de 200 milhões de dólares. Esses acordos

foram decisivos para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da

Companhia Vale do Rio Doce. Com isso, o Brasil assumiu o compromisso de

fornecer minérios importantes aos Estados Unidos e em contra partida foi

impulsionada a dar apoio aos aliados na Segunda Guerra Mundial.

12

http:// http://brasilnasegundaguerra.webnode.com.br/montese/ Imgem da FEB em Montese na Itália, grande conquista do exército brasileiros perante as forças nazista na Segunda Guerra Mundial.

O Brasil foi o único país Latino Americano a participar diretamente do

conflito, enviando para a Itália os pracinhas da FEB, Força Expedicionária

Brasileira. A FEB entrou no combate em solo italiano no dia 16 de Julho de

1944, tendo conquistado as primeiras vitórias em setembro do mesmo ano

contra as forças do exército alemão de Hitler, momento em que assinavam a

rendição. O Exército brasileiro participou de grandes batalhas como a de

Massarosa, Camaiore, Monte Prano, sendo as principais de Monte Castelo e

Montese.

Portanto em 1943, aconteceu a virada do Eixo, vitória e conquista de

espaço pelos soldados soviéticos, elevando-se a categoria de superpotência.

Desde então partiu contra ofensiva em direção a Berlim, finalizando o projeto de

Hitler de submeter a totalidade da Europa a ordem da Alemanha nazista.

Em junho de 1944 quando as forças norte americana e inglesa

desembarcaram na Normandia, considerada a maior operação militar conhecida

como o dia “D”. No norte da França era o espaço para as entradas, tendo 3,5

milhões de soldados aliados, 1,2 mil navios de guerra, 1,6 mil navios norte

13

americanos, 13 mil aviões, 4 mil veículos de assalto, sob o comando do general

americano (GONÇALVES, 2000, p.189).

A grande invasão dos aliados na Normandia, deu o inicio à libertação da

França e abriu uma nova frente de guerra contra os alemães. Pressionadas nas

duas frentes: Estados Unidos e Grã-Bretanha, na ocidental, e União Soviética,

na oriental, as tropas alemãs recuaram.

Para tratar das condições da Alemanha, os aliados se encontraram na

Conferência de Yalta, em fevereiro de 1945. Nessa conferência, as três

grandes potências aliadas: Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética,

decidiram que a Alemanha, depois de derrotada, seria dividida em áreas de

ocupação. Enquanto acontecia a conferência a Alemanha era bombardeada

sem interrupção.

Os alemães sabiam que a guerra estava perdida, com o avanço forças

aliadas em várias frentes. Assim a Alemanha perdeu a iniciativa e passou a

sofrer violentos contra-ataques e os soviéticos combateram os alemães dentro

de Berlim. Hitler percebeu que não havia mais solução para o III Reich e nem

para ele próprio, os soviéticos já se encontravam próximo de seu abrigo secreto

na Chancelaria do Reich.

Segundo Gonçalves, Hitler tomou a seguinte decisão, casou com Eva

Braun em seguida a decisão de suicidarem-se, um duplo homicídio, conforme as

orientações que deixara para seu subordinado. Teve o corpo incinerado, o que

dificultou a identificação feita pelos soviéticos, permanecendo as dúvidas sobre

a sua existência e sobrevivência.

Os seis anos de impiedoso conflito provocaram rastro de destruição,

divisão da Alemanha em capitalista e socialista, grande índice de mortos relativo

a população da época. Inúmeras cidades foram arruinadas e prejuízos

incalculáveis, resultado deste conflito armado. O conflito terminou somente no

ano de 1945, com a rendição da Alemanha e do Japão.

O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, sofreu forte

ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades

de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação que demonstrava o poder de uma das

nações que apareciam no cenário internacional, causando milhares de mortes

de cidadãos japoneses inocentes, por muitos anos sentiram as consequências

da destruição e radiatividade causada pelas bombas atômicas.

14

A segunda Guerra Mundial deixou um rastro de destruição, sendo que

os problemas decorrentes do conflito não desapareceram com a Guerra.

Entretanto, o conflito possibilitou visualizar o aparecimento no cenário de duas

grandes potências, dividindo grande parcela do globo em dois grandes blocos

antagônicos: capitalistas e socialistas, liderados de um lado pelos EUA e por

outro dos URSS.

Curiosidade da História

Segue o relato de Raul Kodama, ex-cabo do exército brasileiro durante

a Segunda Guerra Mundial:

“Enquanto esperava os outros soldados, passava um jipe com um de nossos oficiais e o motorista. Justo nesse instante, uma bomba nos atingiu. O oficial foi degolado e seu corpo ficou ali sentado, sem a cabeça. O motorista desapareceu. E Eu? Eu estava com a perna ferida e sai rastejando. „Que se danem as pernas‟, eu pensava, „se ficar com a cabeça e o corpo, estou vivo‟!”.

Revista História da BBC, p.13 V11

Sou brasileiro, com

muito orgulho,

com muito amor...

15

Vamos ver se você é esperto na cruzadinha!

Across (Horizontal)

3. Outros povos que foram perseguidos e mortos pelos nazistas.

5. Hitler não gostava de Deus pela frase.

7. Governo que defendia a tese da raça superior.

8. A principal batalha da FEB na Itália.

9. A primeira indústria siderúrgica implantada no Brasil.

Down (Vertical)

1. O nome da figura composto por dois triângulos usados pelos Judeus.

2. Local de confinamento de judeus na Alemanha Nazista.

4. Governo brasileiro que governou durante a Segunda Guerra Mundial.

6. Físico alemão que escreveu a carta ao Presidente Norte Americano sobre o

risco universal do uso da bomba atômica.

Pensa bem!

16

Ampliando conhecimento

Através das imagens a baixo apresentadas descreva as estratégias de

leituras necessárias a sua compreensão histórica. Observe a expressão

nas imagens e tente identificar o significado dos fatos no contexto

histórico e em seguida produza um texto dissertativo abordando sua

compreensão sobre o mesmo.

Você é um ser pensante. Então utilize as frases dos balões a seguir e

forme o título do seu texto.

Sugestão de filme: www.youtube.com: Armas secretas Nazis (1/ 5)

10h01min m.

Sugestão de filme: www.youtube.com: I misteri del Nazismo dois

01h45min; 16 m.

17

Fonte: http://www.google.com.br

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

São eles os

culpados!

Que Deus

nos

proteja!

18

Josef Mengele em Auschwitz

Quem foi Josef Mengele

Fonte: http://www.google.com.br

O campo de concentração de Auschwitz era o maior de todos aqueles

criados pelo regime nazista. Nele havia três campos principais de onde os

prisioneiros eram distribuídos para trabalho forçado por um longo período,

sendo que um deles também funcionou como campo de extermínio.

Em Auschwitz, os médicos das SS, sigla que vem de Schutzstaffel, que

quer dizer "Tropa de Proteção". Estes eram super selecionados antes de entrar

para o exército nazista, realizavam experiências “médicas” no hospital

UNIDADE II

19

localizado no Bloco 10. Eram pesquisas pseudocientíficas em bebês, gêmeos,

anões, além de fazerem esterilizações forçadas e experiências de hipotermia

em adultos. O médico mais conhecido dentre eles era o Capitão das SS, Dr.

Josef Mengele.

Josef Mengele nasceu na cidade de Gunsburg, em 16 de março de

1911, descendente de família rica e tradicional proprietária de fábrica de

máquina agrícola, em Baviera. Nos estudos, foi aluno de destaque no ensino

básico, dando sequência ao ensino superior nas Universidades de Munchen e

Frankfurt. Em 1935, recebeu o título de Doutor em Filosofia pela Universidade

de München e de Doutor em Medicina pela Universidade de Frankfurt.

Entre 24 de maio de 1943 a 18 de janeiro de 1945, foi o período que

Mengele permaneceu no Campo de Concentração de Auschwitz. Neste período

de serviço militar nazista Mengele foi promovido várias vezes, de tenente a

capitão e também foram concedidas condecorações e medalhas.

Ainda tem mais história sobre Mengele

Fonte: http://www.google.com.br

Durante a Segunda Guerra Mundial, vários médicos alemães

realizaram “experiências” mortais em milhares de prisioneiros dos campos de

concentração. Estas “experiências médicas” realizadas durante o Terceiro

Reich podem ser divididas em três categorias. A primeira consiste em

experiências que tinham por finalidade facilitar a sobrevivência dos militares do

Eixo. A segunda categoria de experiências tinha por objetivo desenvolver e

testar medicamentos, bem como métodos de tratamento para ferimentos e

Ufa!

Isso é

demais!

20

enfermidades que os militares e a equipe de ocupação alemã encontravam no

campo. A terceira categoria de experiências “médicas” buscava aprofundar os

princípios raciais e ideológicos da visão nazista.

Outras experiências tinham por meta facilitar os objetivos raciais

nazistas, com uma série de experiências de esterilização, realizadas

principalmente em Auschwitz e Ravensbrueck. Os cientistas testaram diversos

métodos, com o objetivo de desenvolver um procedimento eficaz e barato de

esterilização em massa de judeus, ciganos, e outros grupos considerados

pelos nazistas como racial ou geneticamente indesejáveis.

Mengele utilizava como cobaias para seus experimentos crianças,

judeus, homossexuais, ciganos, doentes, inválidos, mulheres grávidas, mães

que não queriam separar dos seus filhos quando eram envidadas para câmaras

de gás, pessoas com síndrome de Down e anões.

Era injetado cimento líquido nos úteros das mulheres e os testículos dos

homens eram expostos aos raios radiativos para avaliar o efeito da esterilização

em massa.

Experiências científicas com gêmeos em campos de concentração

foram realizadas para mostrar as semelhanças e diferenças na genética e na

eugenia, bem como para verificar as possibilidades de manipulação do corpo

humano. O líder dos experimentos era Josef Mengele, que realizava

experiências com mais de 1.500 presos gêmeos conjuntamente, dos quais

menos de 200 pessoas sobreviveram aos estudos.

Constantemente injetavam nas crianças corantes azuis na câmara

ocular, especialmente vitimas que tinham olhos de cores diferentes e com um

procedimento que não utilizava anestesia. Mengele tinha interesse no genótipo

humano de olhos azuis, tendo em vista que nem ele e muitos dos seus

superiores não apresentavam tais características físicas, tendo em vista que

consideravam esta uma das características físicas marcantes nos arianos. Além

desses procedimentos, Mengele fazia transfusão de sangue entre gêmeos,

injetavam nas veias extrato de doentes e alguns germes letais ou clorofórmio,

inseticidas e outros produtos químicos. As cirurgias eram feitas sem anestesia e

com pessoas conscientes, injetavam clorofórmio no coração para apressarem

sua morte. Rapidamente realizavam autopsia para avaliar os efeitos das drogas

21

sobre os órgãos. De 3.000 gêmeos que passaram por Auschwitz e Birkenau

somente 200 sobreviveram (ABRAHAM, 1994).

As cobaias quando não podiam mais ser aproveitadas eram mortas por

meio de uma injeção letal na veia ou diretamente no coração. Esta atrocidade

chegava ao fim quando Mengele recebeu ordens de seus superiores para

suspender a execução, devido o avanço do exército vermelho da URSS em

território alemão e fragilidade da resistência do exército nazista. Em pouco

tempo a Alemanha foi levada à rendição, dando início ao fim da Segunda

Guerra Mundial.

Resultante desse contexto, Mengele foge por uma rota que segue via

Áustria e Itália, em 1949. Usava um passaporte da Cruz Vermelha em nome de

Helmut Gregor. Mengele teria desembarcado em Montevidéu e seguido para

Buenos Aires. Em junho, teria sido acolhido pelo governo de Juan Domingo

Perón, que mantinha, sabidamente, fortes laços com os seguidores de Adolf

Hitler.

A História de quem sabe fazer a diferença

Oscar

Oscar Schindler (1908-1974) – Industrial alemão salvou vidas de numerosos judeus durante o

nazismo. Conseguiu, mediante suborno, que seus trabalhadores não fossem para o campo de

concentração de Auschwitz. Em 1961, foi convidado a ir para Israel, onde recebeu a Cruz do

Mérito.

Revista Escala

Valeu!

22

Colocando em prática

A partir do texto trabalhado, pesquise na biblioteca, na internet ou em

outros locais: Por que Josef Mengele realizava estes experimentos

científicos? Qual era o propósito? Qual a triste memória deixada pelos

fatos ocorridos no campo de concentração de Austchwitz?

No seu imaginário, quem foi Josef Mengele?

Qual a relação dos fatos ocorridos nos campos de concentração com a

política nazista daquele contexto?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

23

Ainda tem mais

Acesse site www.yotube.com: Viaggio della memória – Auschwits

Berkenou, per non dimenticare. Este recorte é apresentado por Marcello

Pezzoti, Derittore del museio della shoah di Roma. Duração de 34h41min

m.

Acesse site: www.yotube.com: Un Amor em Auschwits, documentário em

espanhol com duração de 08h36min m.

Acesse site: www.yotube.com: Girl in Red, 2: 23m

Após ter assistido o recorte Girl in Red, faça uma analogia com a citação

da Revista Escala.

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Sobre os dois primeiros recortes, produza comentários identificando as

memórias dos grupos étnicos neles representados.

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

24

Fonte: http://cartorioruibarbosa.com.br//imigracao-alema-jpg

Fugas de Nazistas

O perigo mora ao lado

Os soviéticos avançavam na conquista de territórios, dominando a

resitência alemã e levando ao julgamento os nazistas envolvidos na matança

de judeus. Quando o Exército Vermelho se aproximava de Berlim, os chefes da

SS inventavam histórias de vida falsos, atestados com funções fictícias, até

mesmo parentescos que não existiam, tudo para fugirem da prisão e

consequente julgamento no Tribunal de Nuremberg. Nazistas e alguns

colaboradores, quando perceberam que a derrota seria inevitável, ainda antes

do fim da Guerra, começaram a atravessar as fronteiras de países neutros

como: Espanha, Portugal e Suíça. Na conexão Áustria e Itália que facilitava a

fuga para países distantes no qual poderiam se esconder. A Igreja Católica,

UNIDADE III

Los Hermanos

25

mais especificamente através da corporação do vaticano, emitiam documentos

de identidade para legitimar refugiados em outros países. O Papa Pio XII,

considerado um apoiador do regime, entendia que a Argentina era o único país

em que os refugiados poderiam viver satisfatoriamente, principalmente pela

posição de Perón em relação ao anti-semitismo e a ligação com nazistas. Ele

próprio tinha a intenção de livrar o maior número possível de nazista dos

tribunais de guerra da Europa. Documentos do centro CEGES em Bruxelas

tratam sobre muitos elementos importantes da Segunda Guerra Mundial, em

especial sobre a proximidade de Perón com o regime e à dedicação ao

salvamento de Nazistas (Cf. GONI, 2004, p 145).

Desse modo, vários criminosos nazistas eram conduzidos em segredo

para o território argentino, pois segundo o historiador Goni, os criminosos de

guerra que vieram para Argentina, foram: Carlos Fulder, o principal agente

secreto nazista de salvamento; Jacques de Mahieu, recrutado entre voluntários

franceses, pouco antes de morrer fez campanha para o candidato peronista a

presidência Carlos Menem em 1989; Gino Monti de Valsassina, ex-espião da

inteligência militar nazista; Branko Benson, embaixador croata em Berlim e

amigo de Hitler, amigo íntimo de Evita, acompanhou Perón no exílo depois do

golpe militar que derrubou o general em 1955; Georges Guibaud, criminoso de

guerra francês, na Argentina ficou amigo íntimo do casal escrevendo um livro

em homenagem a família Perón; Pierre Daye, criminoso de guerra belga,

conferenciava com Perón na Casa Rosada; Leonard de Roover, criminoso de

guerra belga, caiu em desgraça quando descobriram que vendia autorizações

de desembarque para judeus na Argentina; René Lagrou, fundador e

conhecido líder das Algemene SS, entrou na Argentina com nome falso de

Reinaldo van Groede, tornando-se membro da equipe nazista de Perón;

Heebert Helfrich, nazista alemão na Suíça, passando a ser agente de Perón;

Jan Durcanky, chegou junto com seu irmão Ferdinando Durccanky, também

criminoso de guerra na Tchecoslováquia central, responsável pela morte de

1300 pessoas aproximadamente entre novembro de 1944 a começo de 1945,

incluindo de franceses e norte americanos; Czeslaw Smolinki, polonês,

principal agente de Perón no resgate de nazistas; Radu Ghenea amigo íntimo

de Daye e Fuldner, encontrou-se com Perón na Casa Rosada; Victor de La

Sernan, espanhol, importante jornalista que lutou do lado de nazista na Divisão

26

Azul de Franco; Adolf Eichmann, organizador da deportação e morte de

milhões de judeus para o campo de concentração de Hitler. Em 1960 foi

sequestrado pelos agentes israelenses na Argentina. Em Jerusalém foi

considerado culpado e condenado a morte na forca, executado em 1962. Suas

últimas palavras foram “Viva Alemanha, viva Argentina, viva a Áustria. Nunca

hei de esquecê-las” (GONI, 2004, p. 329).

De todos os criminosos de guerra que fizeram conexão na Argentina, a

mais bizarra foi sem dúvida Josef Mengele. Mengele chegou à Argentina em

1949, logo apresentado a socielits da comunidade nazista na Argentina. Em

1958 Mengele recebeu na Argentina sua cunhada, viúva de seu irmão, sendo

que casaram estrategicamente neste mesmo ano no Uruguai, um arranjo para

transferir fundos a Mengele. Escondido mas protegido na Argentina, depois de

alguns anos comprou casa no subúrbio de Buenos Aires. Associou-se a

empresa farmacêutica Fadro-Farm e passou a viajar pela América do Sul,

vendendo máquinas agrícolas e encontrando com fugitivos nazistas (GONI,

2004, p. 303).

Mengele não contava com o golpe Militar na Argentina, que derrubou o

governo de Perón. Rápidamente teve que vender sua parte da Fadro-Farm,

desfazendo casamento, mudou-se para o Paraguai, vivendo no anonimato até

seguir para o Brasil.

Brasil lugar de refúgio

Mengele estava no topo da lista de criminosos de guerra dos agentes

de Mossad, que investigavam nos três países: Argentina, Paraguai e Brasil. No

ano de 1962 foram encontrados vestígios de que Mengele já morava no interior

de São Paulo.

Segundo Astor, a procura aos refugiados nazistas pelos agentes

israelenses na América do Sul era severa. Muitos deles tiveram que abandonar

Coração de

mãe,

sempre cabe

mais um...

27

seus esconderijos, sendo crimes misteriosos notificados pelos agentes

israelenses, um deles no Rio Paraná.

Mengele viveu por muito tempo com nomes falsos, no anonimato e

com apoio de alemães no Brasil. Ameaças de entregar Mengele à polícia

brasileira eram comuns entre os filhos de alemães. Entretanto, eram

repreendidos pelos pais, com orientações de que “qualquer traição a Mengele”

podia provocar uma irritação perigosa na numerosa população alemã com

quem tinha simpatia no Brasil. A suposição de que criminosos de guerra

transitavam pelo Brasil sem serem denunciados às autoridades brasileiras,

ocorria devido ao índice de alemães adeptos ao Nazismo (ASTOR, 2008)

Aproximadamente 20 mil documentos nos arquivos da antiga Delegacia

de Ordem Política e Social (Deops), como cartas trocadas entre as

representações brasileiras em Roma e Berlim, que mostram como a diplomacia

brasileira fechou os olhos para o passado nazista. Entre eles, empresários,

engenheiros e ex-militares, declaravam nomes e profissões falsas, trabalhando

livremente no Brasil.

Para Marionilde Brephol Magalhães, além da simpatia que setores do

governo e do meio militar tinham pelos nazistas, ao governo de Gaspar Dutra

acreditava que técnicos e cientistas alemães poderiam ajudar na

industrialização do país. A tolerância do governo logo ficou conhecida.

Portanto, vários estudiosos apontam que em 1951, segundo os

registros da Deops, desembarcou no Brasil, Franz Stangl, comandante dos

campos de extermínio na Polônia, que não teve nem o trabalho de trocar seu

nome. Pouco tempo depois de chegar no Brasil foi trabalhar na Fábrica da

Volkswagen em São Paulo, e só foi preso em 1967, após denuncia realizada,

sendo deportado para Alemanha Ocidental e condenado a prisão perpétua.

Outro caso conhecido foi do fugitivo Gustav Wagner que ostentou seu

próprio nome, responsável pelo campo de extermínio de Sobibor. Chegou a

São Paulo com o passaporte suíço em 1950, foi morar em Atibaia no interior de

São Paulo, construiu um chalé no estilo da Bavária. Era conhecido pelos

vizinhos como “seu Gustavo”, foi detido pela Deops para desmentir a acusação

em participar de festa em homenagem a Hitler em 1978. Seu pedido de

extradição foi negado pelas autoridades brasileiras, tanto para Israel quanto

para a Alemanha Ocidental, morreu no Brasil em 1980.

28

Mais ousado foi Herbert Cukurs, capitão-aviador acusado por mortes

de judeus na Letônia, veio para o Brasil em 1946, trabalhou na Fábrica

Brasileira de Aviões no Rio de Janeiro. Em 1948 foi reconhecido na praia de

Icaraí em Niterói, onde montou um negócio de aluguel de pedalinhos. Seu

nome saiu nos jornais mais nunca foi prezo. Em 1950 mudou-se para Santos e

depois para São Paulo. Cukurs tentou naturalizar-se, mas não obteve sucesso,

portanto com a naturalização negada, Cukurs foi para Montevidéu no Uruguai.

Dois dias depois de sua chegada foi assassinado. Muitos outros criminosos de

guerras, tanto na América quanto na Europa ficaram impunes. Grande número

de documentos relatam a flexibilidade das autoridades em relação aos

criminosos de guerras. Nestas levas de imigrantes do pós–guerra, com os

acordos feitos pelos governos, facilitou a imigração tanto de deslocados de

guerras quanto aos criminosos em fuga. Desse modo, a complexidade em

compreender as situações dos imigrantes tanto no Brasil e, em especial, no

estado do Paraná perdura.

Estou de Olho na História

Veja, está meio confusa essa frase anterior. Está faltando algo. Conferir.

O Presidente Wenceslau Braz mantinha relações diplomáticas satisfatórias

com o governo alemão, e somente em 1917, em virtude rompimento oficial com

aquele país, e que a lista Negra, elaborada pelos aliados, passou a ser aplicada no

Brasil. Esta consistia na proibição de se realizarem acordos comerciais com

determinadas firmas alemãs.

Marionilde Brepohl de Magalhães

Fica

Esperto!

29

Getulio Vargas apoiou abertamente as potencias do Eixo, alterando o discurso somente

quando os submarinos alemães afundaram navios brasileiros matando cidadãos no

Atlântico.

Gerald Astor

(...) a retomada da imigração pelo governo brasileiro após a Segunda Guerra

Mundial se deu a partir de 18 de setembro de 1945, quando o governo de Getúlio

Vargas sancionou o Decreto lei n.º 7967. A partir disso, o Brasil assinou vários

acordos com países afetados pelo conflito, a fim de possibilitar a vinda de

deslocados de guerra, sendo os mais importantes firmados com a Itália, Espanha,

Portugal, Japão, Holanda e a ONU.

Marcos Nestor Stein

30

Ao final da guerra, a maioria dos integrantes do grupo foi conduzida por

órgãos como Auxílio Suíço à Europa e a Organização das Nações Unidas para

diferentes regiões da Europa e América. Uma parte dos refugiados, constituída

por 500 famílias, em torno de 2.500 pessoas, as quais, na sua maioria, eram

descritas como “apátridas” foram, após contatos com autoridades, trazidas

para o Brasil. No país, depois de receberem convites para se fixar nos Estados

de Goiás e Paraná, optaram pelo último, onde fundaram a Colônia Entre Rios,

em 1951.

Marcos Nestor Stein

31

Conhecendo a História

Fonte: Prof.ª Marta Lino

Observe, reflita e interprete as charges a seguir, extraia delas o contexto

histórico e a mensagem que esta além da representação da imagem.

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

O navio

esta

saindo...

Destino...

América do

Sul...

Ai! Ai!

Espera-

me!

Que

sufoco!

32

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

Faça uma analogia entre os documentários nas caixas de texto.

Explique às relações das autoridades brasileiras com os imigrantes

alemães, deslocados de guerra ou fugitivos. Justifique a

intencionalidade governamental tanto do Brasil quanto da Argentina.

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

_________________________________________________________

33

Responda com atenção:

Quais foram os principais nazistas refugiados que vieram para a

América Latina, especificamente para o Brasil?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Quais os governos dos países latinos que os ajudaram?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Qual a posição do governo brasileiro quanto à entrada de nazistas no

país?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

34

Descreva as semelhanças entre os nazistas e demais fugitivos de

Guerra?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Quais foram os crimes cometidos pelos nazistas? Justifique sua

resposta:

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

35

Nazismo no Paraná

Aqui tem História

Os primeiros alemães chegaram ao Estado no Paraná quando ainda

era Província de São Paulo, por volta de 1829, constituídos por grupo de cinco

famílias. Em 1855 a 1866, atraídos pela elevação da comarca de Curitiba, 50

famílias vindas de Santa Catarina instalaram-se na Capital paranaense,

dedicando-se a plantações de cereais em pequenas áreas de terras. Segundo

as informações do Arquivo Público do Paraná (1991), o censo geral do Império

em 1872, acusou a existência de 1.652 estrangeiros no Município de Curitiba,

sendo 1.406 alemães.

UNIDADE IV

Meu Paraná

36

Fonte: http://www.aepan.blogspot.com Imigrantes alemães chegaram no Brasil - Brasil 500 Anos - Imagem divulgada pelo IBGE.

No século XX o número de imigrantes europeus foi significativo,

principalmente egressos da Alemanha derrotada pelas Guerras Mundiais,

despertando duplo sentimento de perda. Entre eles vieram os adeptos ao

movimento do partido nacional socialista, os quais dariam continuidade às

militâncias no Brasil.

Em 1940 haviam 900 mil alemães no Brasil, entre os nascidos na

Alemanha ou descendentes diretos. Os imigrantes criavam suas próprias

comunidades, resistindo à assimilação, preservando suas culturas de origens

que prevalecia sobre o idioma oficial do país. Antes de deflagrar a Segunda

Guerra Mundial, os alemães tentavam propagar ativamente os valores do III

Reich. No Brasil poucos anos que antecederam a guerra, mais precisamente

em 1936, havia centenas de escolas alemãs e mais de 50 mil alunos

matriculados em 1260 escolas (ASTOR, 2008, p.217).

Com a ascensão do movimento nacional socialista na Alemanha,

inúmeros grupos organizados interessaram-se na preservação e propagação

37

do partido em outros países. Então, influência da ideologia nazista nas colônias

germânicas no sul do Brasil já estava presente desde o início da década de

1920, assim como em uma parcela de novos imigrantes que deslocaram-se

para o Brasil nesta mesma década. Para Magalhães (1998), à medida que o

movimento nacional socialista se fortalecia, ganhava importância dos coligados

e simpatizantes, e passavam a contar com novos apoios e com as mais

fortalecidas organizações, como o Instituto Alemão para o Exterior (DAI).

Em 1931 foi criado no Brasil o Grupo do Exterior, despertando a

iniciativa de criação de grupos locais e a divulgação de materiais de

propaganda sobre o partido no sul do país e principalmente nas colônias

alemãs, com especificidade em formar associações, tais como Juventude

Hitlerista (MAGALHÃES, 1998, p.138).

No Paraná o líder nazista era funcionário do Consulado da Alemanha

em Curitiba, fazendo a propagação dos ideários entre os imigrantes alemães. A

ideia seria trabalhar para anexar seus respectivos Estados ao III Reich. Por

volta de 1937, por meio da Organização do Partido Nazista para o Exterior,

órgão do Ministério das Relações Exterior do III Reich, chegou a possuir grupos

em 17 Estados Brasileiros, Paraná classificava-se em 5º lugar (ATHAIDES,

2011).

Portanto, eram notórios os registros de atividades partidárias no Brasil

desde 1928, sendo somente em 1934 oficialmente espalhado pelo país. O foco

de divulgação eram clubes germânicos, entidades alemãs, comunidade

organizada e Consulado Alemão, como os principais. Em 1937, o número de

filiados já era grande.

Segundo Athaide, os grupos paranaenses do Partido Nazista ficavam

em sua maioria sediados em Curitiba, mas também tinham nove filiais no

interior do Paraná. No entanto, os militantes eram jovens de 25 a 30 anos,

pertenciam à classe média ou média alta, trabalhavam em empresas alemãs e

mantinham constantes ligações com pátria-mãe.

Até esse momento Getúlio Vargas apoiava abertamente as potências

do Eixo. No entanto o seu discurso foi alterado quando os submarinos alemães

afundaram navios brasileiros, matando cidadãos nacionais no Atlântico.

Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas decretou em abril de 1938 a proibição

de atividades político-partidárias aos estrangeiros. No entanto, somente com os

38

acordos realizados na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados, os

nazistas passaram a ser presos (ASTOR, 2008, p. 217).

Fonte: http://www.rootsweb.ancestry.com/~brawgw/alemanha/windhuk.jpg Navio Windhuk No inicio da Segunda Guerra Mundial, aportou em Santos-SP, Com o rompimento das relações do Brasil com a Alemanha o governo brasileiro transferiu a tripulação alemã para as fazendas-prisões do Vale do Paraíba. Quando terminou a Guerra, vários alemães permaneceram no Brasil.

Com isso, o Estado brasileiro iniciou a perseguição aos nazistas.

Qualquer alemão era suspeito, considerado inimigo. Este estigma é refletido no

imaginário popular de que ser “alemão” era o mesmo que ser “nazista” para

muitos brasileiros no pós-guerra.

39

A História de nossa gente

Caça palavras:

1. O Estado do Paraná pertencia ao Estado de.

2. Grupos étnicos que vieram para o Paraná com a propagação de

sua cultura.

3. No Paraná o lider nazista era o funcionário do.

4. A maioria dos grupos do Partido Nazista estavam sediados em.

5. Governo brasileiro que era gaúcho e também simpatizante do

nazismo.

6. Grande parte dos militantes nazistas no Paraná eram.

7. Hoje ainda existem grupos neonazista com o nome de.

8. O nazismo foi criado por.

9. Período político em que ficou proibida as atividades político-

partidárias.

G J T S T H M I S D Y L I S D

F E F Z X N O E Y Q W N I O E

T G T Z H J Z Q I R Y I R M H

Z O L U A P O Ã S W V Q D E X

W K X K L B L Q L B V T O H G

H L H H E I I J Q N G J V P A

V L E E M Q O T O O B J O I R

W Q T V Ã V F V I P E V N U F

P Y I J E E P Q A R P Z O V D

W Z N N S I S L H R U U D M F

H G S X T N C Z X F G C A X B

J R E L T I H F L O D A T P I

E B V I S D A E H N I K S O A

B N L E E T J Z G B E P E O V

V Y X D E H X K A C S H K Z E

40

Fonte: http://www.uvalies.org/images/mengchild.jpg

Memórias sobre Josef Mengele

A partir de 1956, quando Mamborê ainda pertencia ao município de

Campo Mourão, um médico estrangeiro de nome Josef Kanat, que

UNIDADE V

“A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma que a memória coletiva sirva para libertação e não para a servidão dos homens”.

Jacques Le Goff

41

correspondia as características de Josef Mengele, conhecido como o “Anjo da

Morte”, trabalhou como médico por dois anos em Mamborê.

Josef Kanat era uma pessoa extremamente reservada, sistemática, de

aparência culta e sempre andava armado. Enfatizava que durante a Segunda

Guerra Mundial havia atuado no atendimento dos soldados nazistas feridos na

guerra. No entanto, pelas semelhanças físicas, muitos moradores passaram a

acreditar que Kanat era apenas um disfarce, sendo ele Josef Mengele.

Este assunto ganhou repercussão a nível nacional em redes de

televisão e jornais locais e regionais. No entanto é fato consumado de que

Josef Mengele não esteve em Mamborê, mas um suposto médico de nome

Josef Kanat. Este por muitos anos foi considerado como Josef Mengele. Na

atuação como médico, Karnat revelou procedimentos nada confiáveis

cientificamente na cidade de Mamborê, - distante da qualificação médica

mínima de Mengele - os procedimentos eram uma forma da população

comparar a atuação imprópria de Kanat com a atuação desumana de Mengele

nos campos de concentração em território alemão durante a Segunda Guerra

Mundial. Além desse aspecto imaginário criado na mentalidade coletiva da

população e que certamente muito precária em se tratando de procedimentos

simples para um grande especialista em medicina, algumas semelhanças

físicas e do próprio idioma levaram parte da comunidade local a acreditar na

presença do fugitivo nazista.

A extinta Dops do Estado do Paraná contém documentos que enfatiza

a presença de Mengele no Oeste do Estado, precisamente na cidade de

Marechal Cândido Rondon. Outro fato também apontado pela Dops, diz

respeito a presença de Kanat em Campo Mourão. Visto no aeroporto, andando

de um lado para outro, com aparência preocupada, assim que teria chegado o

avião, rapidamente embarcou. As pessoas da comunidade afirmavam que este

homem seria Megele, pelas semelhanças físicas e algumas descrições de

hábitos de caminhar batendo os calcanhares, entre outros aspectos (Arquivo

Público do Paraná, 1991, p.86).

É notório o equivoco nos documentos do Arquivo Público do Estado do

Paraná que reforçam a tese de que Josef Kanat seria o próprio Josef Mengele.

Apenas suposições, nada de fato confirmado, indícios que contribuíram para

reforçar memórias sobre este personagem procurado por autoridades

42

israelenses no Brasil. Os israelenses investigavam os fugitivos de guerra,

principalmente os nazistas pelos crimes cometidos contra o povo judeu e

outros grupos étnicos.

Portanto, Josef Kanat, tido como suposto Mengele, realizou várias

cirurgias sem anestesia e partos desastrosos com sequelas. O caso que

ganhou repercussão a nível nacional e regional foi de Íris Fantin em 1956,

quando o suposto médico Josef Kanat realizou o parto, por imperícia médica

cortou um 1/3 da orelha esquerda da criança. Ainda mais grave foi o caso em

que o procedimento médico impreciso levou uma jovem a óbito. Conforme a

informação do Cartório de Registro Civil de Mamborê, esta jovem com o nome

de Sieglind Érica Pierburg de 19 anos de idade, solteira, natural de Estado de

São Paulo, filha de Ernesto e Magdalena Pierburg. Sieglind faleceu no dia

06/02/1957, no Hospital São Pedro na cidade de Mamborê. Foi declarante da

causa da morte, “Câncer de Útero” em consequência de hemorragia interna. O

mais assustador que Josef Kanat foi declarante da causa da morte e ao mesmo

tempo emitiu a declaração de óbito, o qual consta sua assinatura no Registro

Civil. Após este fato ocorrido, Kanat teria se ausentado da cidade seguindo

para uma cidade no Paraguai.

43

Fonte: Arquivo da família Santone Cedido por Geny L Santone 2012-12-06 Foto de Josef Kanat na Festa de casamento em Mamborê-Pr.

Para compreender associação de nomes Kanat a Mengele,

representado na memória da população de Mamborê, podemos recorrer a

explicação de Thompson. Segundo esse autor, a memória depende não só da

capacidade de compreensão do indivíduo, mas também de seu interesse. É

muito provável que a lembrança seja precisa quando corresponde a um

interesse e as necessidades sociais. Porém, a memória como propriedade de

conservar certas informações individuais ou coletivas, conserva algumas

lembranças que, quando recuperados libertam sentimentos poderosos, como

44

traumas de guerras e perseguições. Neste sentido, pode-se relacionar o

contexto das práticas nazistas que ainda é um assunto pertinente na memória

local, com as notícias que circulavam de que o médico nazista Josef Mengele

residia em uma cidade do interior do estado do Paraná.

Mengele despertou grande curiosidade tanto aos historiadores quando

para população em geral. Foram criados discursos e histórias não

comprovadas sobre seu percurso pelo Brasil, que de fato foram fatores que

contribuíram para as construções de memórias em torno de nazistas no Brasil.

Tanto de Mengele, quanto de outros imigrantes que apresentavam

comportamentos diferentes e em geral pertenciam as comunidades de

imigrantes alemães.

O que se sabe sobre Josef Kanat, além ter sido confundido pela

população com Mengele, é que havia sido enfermeiro na Segunda Guerra

Mundial ao lado dos nazistas. Sua atividade estava diretamente ligada no

socorro dos feridos, realizando os primeiros cuidados médicos. É provável que

veio ao Brasil nas levas de deslocados e refugiados da Segunda Guerra

Mundial.

Aprendendo mais sobre história e memória

Responda com atenção:

Por que Josef Kanat e Josef Mengele foram confundidos?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

45

O que eles tinham em comum?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Por que a população local criou uma memória em torno destes

personagens?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Por que a prática inadequada nos procedimentos médicos chamava a

atenção da população?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Quem foi Josef Kanat?

46

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

Fonte: Profª Marta Lino

Que mensagem é possível extrair das imagens ao analisá-las

enquanto memória e história?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Ai se eu te

pego! Passo

o bisturi...

Solta o menino.

Aquele médico

não faz anestesia!

Meu filho você

tem que ir ao

médico.

Ai!

não

vou..

.

47

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Agora você é o historiador. Releia o texto “Memória sobre Josef

Mengele” e explique: Por que foi criado em torno de Josef Kanat a ideia

de que ele pudesse ser Josef Mengele? Qual a sua opinião sobre este

contexto histórico?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

48

ROTEIRO DE TRABALHO:

EQUIPE A

NOME DA EQUIPE:_______________________________________________

INTEGRANTES:__________________________________________________

_______________________________________________________________

1. Pesquisa

Tema: Trabalhando com imagens

A imagem assume cada vez mais um papel preponderante nas relações e

nas atividades dos indivíduos. De fato, é importante o trabalho com

fotografias, principalmente pela originalidade na apresentação de aspectos

de uma dada época histórica, no que tange as questões políticas, sociais,

econômicas e culturais. No entanto, requer cuidados ao trabalhar com essa

UNIDADE VI

Agora vocês são os Historiadores

49

fonte (fotografia), tanto metodológicos, quanto no que trata dos direitos

autorais.

ATIVIDADE PROPOSTA:

Imagens a serem utilizadas:

Segunda Guerra Mundial;

Holocausto;

Vítimas do Nazismo;

Arquitetura das construções de imigrantes alemães no Paraná;

Imigrantes alemães no Paraná;

Experiências de Mengele em Auschwits;

Josef Mengele;

s alunos deverão organizar as imagens, verificar o contexto histórico que

cada uma dela representa e em seguida organizar as imagens em

slides, para serem apresentadas ao público escolar.

Com estas mesmas imagens, os alunos deverão construir um mural com

informações sobre a imagem em rodapé para serrem expostas ao

público.

EQUIPE B

NOME DA EQUIPE:_______________________________________________

INTEGRANTES:__________________________________________________

_______________________________________________________________

2. Pesquisa

Tema: Trabalhando com jornais

No momento histórico que estamos vivendo, o hábito de ler jornais e

revistas é necessário. Estes são veículos fundamentais para o exercício da

cidadania. Os jornais compõem uma fonte riquíssima para o ensino da

história, desde que sejam tomados alguns cuidados. Como toda fonte

primária, o texto extraído do jornal não pode ser entendido como registro fiel

de seu tempo, não é a reprodução do real, mas um recorte, um olhar, uma

50

interpretação do real. Entretanto, o texto jornalístico traz várias vantagens,

conforme a escolha e a utilização, permitindo visualizar aspectos do

cotidiano como um registro contemporâneo. Nesse sentido, é preciso cuidar

com dois aspectos: Qual o Jornal? Qual o ano da publicação? Qual a linha

editorial do jornal? Já, por outro lado, é preciso estar atento ao contexto

histórico da época, de modo a permitir fazer uma interpretação melhor

fundamentada. Neste seguimento estudaremos os textos dos jornais em

circulação ou extintos sobre a história e memória de Mamborê.

Jornais para estudos:

O preço das mãos nazistas – Tribuna de Campo Mourão

Josef médico de mamborê em 50: Kanat ou Mengele - Folha de

Londrina.

Médico matou e fugiu da cidade - Jornal Liberal.

O anjo da morte passou por aqui - Correio de notícias.

Um carrasco em Mamborê - Revista Tribuna do Interior.

Atividades Propostas:

a) Qual o fato noticiado?

b) O que aconteceu, como, quando, onde e qual a importância da notícia

para a população local?

c) Quais são os personagens envolvidos no contexto histórico?

d) Os personagens contribuíram para a construção da memória da história

local?

e) As imagens utilizadas pelos jornais são reconhecidas em outros

documentos?

f) Quais informações estão faltando para que as notícias sejam

compreendidas pelo leitor?

g) Em sua opinião, os escritores dos jornais confrontaram as informações

locais com outros documentos informativos em relação ao contexto

histórico.

51

EQUIPE C

NOME DA EQUIPE:_______________________________________________

INTEGRANTES:__________________________________________________

_______________________________________________________________

3. Pesquisa

Tema: Trabalhando com Depoimentos

O trabalho com depoimento oral apresenta algumas problemáticas como à

fidedignidade das informações. Isso ocorre pelo fato de rememorarmos a

história de vida, sendo a memória seletiva. Nesse sentido, a entrevista

precisa ser analisada também com base em outros documentos de época.

a) DEPOIMENTO: NILVADO VIEIRA (VADICO)

Josef Kanat tinha aproximadamente 1,70 de altura, cabelos

castanhos, com olhos claros e aparentava ter 40 anos. Era uma

pessoa de pouca amizade, tinha boa aparência e andava bem

vestido. Antonio Chiminacio era o Presidente do hospital que o trouxe

de Pitanga. Kanat também era muito amigo de Daniel Miranda.

Na festa de Ordenação de setembro de 1956, veio de Pitanga o

Padre e ficou hospedado na casa Paroquial. Entre uma conversa e

outra, nos alertou que em Pitanga Kanat tinha a intenção de

casamento com uma moça, mas não pode realizar porque não havia

apresentado os documentos e que também não era médico.

Além do Shr. Antonio Lino houve outra cidadã de Mamborê no qual

Kanat realizou cirurgia sem anestesia. O caso mais sério foi um

procedimento desastroso de uma moça que foi a óbito. Quando eu

entrei no hospital, tinha uma senhora tirando o esmalte das unhas da

vítima, ela estava muito pálida, parecia que havia perdido todo o

sangue, neste caso causado pela hemorragia. O suposto médico

Josef Kanat emitiu o atestado de óbito como sendo a causa da morte

um “câncer”. Depois deste fato, foi embora de Mamborê.

52

Mamborê, 05 de novembro de 2012.

b) DEPOIMENTO: ANTONIO LINO (Alexandrino)

Vim para Mamborê em 1937, tinha posses de terra que hoje pertence

Sr. Anísio Moreira. Eu era amigo do delegado Atílio Martins, que me

levou ao suposto médico Josef Kanat, porque sentia dores fortes do

lado direito. Daí eu fiz a cirurgia que custou 1 (um) mil Cruzeiro.

Meu amigo Atílio Martins me colocou em seu carro de delegado e me

levou até o hospital. Lá o médico me amarrou as pernas e pulso na

mesa e me cortou sem anestesia. Eu gemia de dor e falava ai, ele

ficava bravo dizendo: - Antonio Prreto, morreno, chamava atenção

bravo. Falava português com dificuldade, pois tinha sotaque de

alemão, sempre dobrando o R. Após a cirurgia fui liberado em

seguida, me receitou remédio que foi bom. Meu amigo delegado me

levou para casa no mesmo dia que fui operado.

Este médico era branco, cabelo ruivo, alto de olhos azuis, estrutura

física mais ao menos. Ele era alemão, andava sempre armado. Ele

fez a cirurgia com revolver na cintura.

Não foi só comigo que ele fez cirurgia sem anestesia, em outras

pessoas também, do mesmo jeito que fez em mim. Era o único

médico que tinha na cidade. Depois que ele fez um aborto em sua

namorada e que acabou falecendo, logo depois disso ele fugiu...

Mamborê, 10 de março de 2012

c) DEPOIMENTO: NOLI BARZOTTO

Hoje eu tenho 84 anos, moro aqui em Campo Mourão. Mas eu morei

em Mamborê muitos anos, ainda tenho minhas terrinhas lá. Eu me

lembro quando levei o médico na casa do Fantin para fazer o parto,

ele rapidamente foi abrindo a maleta, já trabalhando no parto. Nesta

53

maleta tinham todas as ferramentas de médico. Ele era amigo do Dr.

Ricardo e a conversa entre eles era de médico, isso eu lembro bem.

Josef Kanat tinha a intenção de ficar em Mamborê por poucos dias,

como era amigo do Dr. Ricardo acabou ficando mais, para ajudar no

hospital. Durante o tempo que morou em Mamborê nunca recebeu

visita, era desconfiado, conversava pouco, mas falava alto, com

sotaque em alemão. Tinha cabelos castanhos e olhos claros. Eu me

lembro muito bem que ele fez a cirurgia no Antonio sem anestesia,

nós chamavamos de Antonio de Alexandrino.

Campo Mourão, 05 de maio de 2012

d) DEPOIMENTO: VILMA FERRARI CASAGRANDE

Relato aqui um fato ocorrido em 10/11/1956 em Mamborê-Pr, na

época Distrito de Campo Mourão. A Senhora Íris Fantin moradora do

interior do distrito, grávida da primeira filha, à hora de ter a criança

chamou a parteira Sra. Sofia Marangoni para fazer o parto tão

esperado. Passou-se uma noite em claro esperando entrar em

trabalho de parto. No outro dia a parteira Sofia com 30 anos de

experiência resolveu chamar um médico, alegando que faria bem a

visita, para se cercar de maiores cuidados, uma vez que a gestante

estava com dores de tempo em tempo. O médico chegou e examinou

a gestante junto com a parteira Sofia, de uma forma esquisita,

colocando a mão até a metade do braço dentro da vagina, alegando

que o bebê estava sentado. Depois fez uso dos aparelhos chamados

“fórceps” para retirar a criança. A criança foi retirada de uma forma

brutal a ponto de cortar um pedaço significativo (1/3) da orelha da

criança. Presentes no parto estavam Roberto e Santina Fantin

(cunhados) e também o marido Maximino Fantin. Eu, Vilma Ferrari

Casagrande como vizinha, estava fazendo companhia aos demais

presenciando a hora da retirada da criança de forma que vi jorrar

sangue nas paredes.

Sra. Sofia, a parteira, pediu para interromper os trabalhos, dada tanta

brutalidade por parte do médico, pedindo que a gestante fosse

54

levada a Campo Mourão para dar continuidade ao parto. “Tarde de

Mais...” disse o médico, já nasceu!

A parteira Sofia desabafou: “Com 30 anos de profissão como

parteira, nunca vi uma atrocidade desta”.

Como o médico havia sido buscado em Mamborê (cidade), o levaram

de volta. Quando chegou para a consulta, estava vestido todo de

branco, mas na volta ao embarcar na condução que o levaria, estava

todo ensanguentado.

A gestante, do dia do parto até 15 dias depois ficou sem mexer-se na

cama, constatando-se no primeiro banho que a situação era mais

grave.

A criança veio ao mundo e foi batizada com o nome de Zilda Fantin,

hoje com 55 anos. Quanto ao médico, pouco sabíamos sobre sua

procedência e muito menos sobre seu próximo paradeiro. Era

conhecido como Dr. Mengele.

Cascavel/Paraná/Brasil, 16 de novembro de 2011.

Depoimento realizado por Nereu Valentin Casagrande

Que redigiu na mesma data.

d) DEPOIMENTO: ZILDA FANTIM

Meu nome é Zilda G. Fantin Ribeiro, nasci no dia 11 de novembro de

1956, em Mamborê, sendo filha de Maximino Francisco Fantin e Íris

Burlin Fantin. No dia do meu nascimento, meu pai buscou a parteira

com o nome de Sofia Marron, ela chegou na casa e foi tentar fazer o

parto, como estava difícil, Sofia pediu que buscasse o médico. Com o

início dos trabalhos do médico, minha mãe estava entrando em

desespero. Meu pai vendo que o médico estava fazendo, ele disse

ao médico que se acontecesse alguma coisa com minha mãe e o

bebê, ele o mataria. O médico simplesmente levantou o jaleco e

mostrou que estava armado. Minha mãe não tinha mais forças e

pediu ajuda para duas pessoas que estavam ali presente, daí ele

55

conseguiu fazer o parto e eu nasci. Dona Vilma Casagrande assistiu

todo o parto, ficou toda horrorizada com que viu e quantidade de

sangue que minha mãe havia perdido. Nasci com um buraco acima

do pescoço e faltando um pedaço de minha orelha esquerda, com

isso tive tétano. Minha mãe por 10 dias não pode sair da cama, de

tanto que ela ficou machucada. Quando eu tinha 4 anos de idade,

meu pai levou minha mãe para consultar com o Dr. José Carlos

Ferreira em Campo Mourão. Ele disse que teria que levá-la para

Curitiba. Com toda dificuldade meu pai a levou de avião teco-teco.

Em Curitiba, o diretor do hospital fez reunião com 9 médicos e

fizeram a cirurgia, reconstituiram algumas partes com tripa de

carneiro. Deu tudo certo e ela ficou boa.

Eu cresci e fui estudar na escola rural, só que eu não deixava cortar

meus cabelos, porque tinha vergonha, tive que conviver com esta

situação. O tempo passou, no ano de 1985, um senhor daqui de

Mamborê, foi para Maringá, eu não lembro para quem ele contou

esta história, mas veio a TV Cultura de Maringá, com a reporter

Maria Valente, que levou fotos do arquivo familiar que tinha o médico

numa moto muito grande, diziam que esta moto era alemã. Assim

que saiu o noticiário, todos queriam ver minha orelha. Estou

convivendo com esta situação até hoje, sempre aparecem repórteres

para saber do assunto. O maior problema é que eles não pesquisam

direito, acabam publicando assunto incompleto. Moro até hoje em

Mamborê, guardo todos os recortes destas notícias que sai sobre

este assunto. Neste depoimento espero poder contribuir alguma

coisa para desmistificar esta história imaginária que Josef Kanat

seria Josef Mengele.

Mamborê 08 de novembro de 2012

56

ATIVIDADES PROPOSTA:

Leia os depoimentos com muita atenção e responda:

a) Quais as semelhanças dos procedimentos médicos encontrados nos

depoimentos, com o texto de Mengele em Auschwits?

b) Quais são as semelhanças e diferenças apresentada entre Kanat e

Mengele?

c) Os depoimentos apresentados estão relacionados à história local.

Como podemos relacionar os fatos ocorridos em Mamborê com

contexto da história geral?

d) Por que foi construída uma memória sobre Josef Mengele em

Mamborê?

e) Agora reuna todas as resposta e produza um texto.

EQUIPE E

NOME DA EQUIPE:_______________________________________________

INTEGRANTES:__________________________________________________

_______________________________________________________________

4. Pesquisa

Tema: Trabalhando com recortes de filmes.

O filme deve ser interpretado como uma forma de manifestação das

percepções humanas, inserido no âmbito de práticas e representações

culturais, políticas e ideológicas de seu tempo. A análise de um filme exige

alguns conhecimentos indispensáveis para a interpretação de sua

constituição visual, de seu enredo e teor crítico que apresenta o contexto

histórico estudado.

ATIVIDADE PROPOSTA:

Os alunos deverão utilizar recortes de filmes para o assunto

proposto:

57

Organizar os recortes com: Título, duração e breve apresentação

do assunto;

Organizar uma sala de aula com data show;

Organizar as cadeiras e escurecer a sala de modo a criar

ambiente adequado para projeção do filme;

Esta sala deverá ser identificada com o nome “Cinema na

escola”;

Organizar de forma que todas as turmas de cada turno possam

assistir;

Os recortes deverão ser curtos e focar somente as partes

relevantes para o projeto;

Sugestões de filmes:

Lista de Schindler-Steven Spielberg, 1993.

O Menino de Pijama Listrado-Mark Herman, 2008.

A Queda- Últimas horasde Hitler:- Oliver Hirschbirgel, 2005.

Auschwitz: A Fábrica da Morte do Império Nazista, 2007.

5. Visita a Casa de Gaza em Marechal Cândido Rondon, com intuito de

observar a arquitetura e as memórias construídas por imigrantes

alemães no Paraná:

Todos os alunos do 3º Ano do Ensino Médio deverão participar da visita:

Deverão registrar as observações realizadas referentes a: arquitetura,

objetos, móveis, imagens se tiver disponível, registros caso tiverem

acesso, fotografias se for permitido, entrevista se for possível e outros

que possam ajudar a construir a memórias de imigrantes alemães no

Paraná.

Em seguida deverão realizar relatório como complemento das atividades

anteriormente realizadas.

Na sala de aula haverá espaço para discussão entre os alunos, de modo

que possam relatar as fontes observadas e trocar informações.

58

6. APRESENTAÇÃO FINAL

Em consonância com a Direção do Colégio será agendado data para a

exposição e apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos.

Esta exposição terá como público: aluno:

AVALIAÇÃO FINAL

Cada equipe deverá produzir um parecer final, em conformidade o tema

explorado. Em seguida apresentar na sala para os colegas e avaliar o

conhecimento adquirido.

59

REFERÊNCIAS

BURKE, Peter. A Revolução Francesa da historiografia: a escola dos Annales (1929-1989). Trad. Nilo Odalia. São Paulo: UNESP, 1991.

ABRAHAM, Ben. Mengele a verdade veio à tona. São Paulo: Sherit Hapleita,

1994. ASTOR, Gerald. Mengele o último nazista. São Paulo: Planeta, 2008. ATHAIDES, Rafael. O Partido Nazista no Paraná 1933-1942. Maringá: UEM, 2011. COLEGIO ESTADUAL VICENTE LEPORACERACE. Projeto Político Pedagógico. Boa Esperança: Coordenação Pedagógica, 2011. CHIARETTI, Marcos. A Segunda Guerra Mundial. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1997. BANDEIRA, Luiz Alberto de Vianna Moniz. A Presença dos Estados Unidos no Brasil. Dois Séculos de História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, São Paulo, 1983. BURNES, Edward Mcnall. História da Civilização Ocidental. V2. Rio de

Janeiro: Globo, 1989. GONÇALVES, Williams da Silva. A segunda Guerra Mundial. In: AARÃO REIS, Danieel; FERREIRA, Jorge: ZENHA. Celeste (orgs). O século XX – O tempo

das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, pp. 167-193. GONI, Uki. A verdadeira odessa. São Paulo: Record, 2002. HALBWAGHS, M. Memória coletiva. In: LE GOFF, Jacques (org). A nova Historia. Trad. Maria Helena Arinto Rosa Esteves. Coimbra: Almedina, 1990.

LE GOFF, Jacques. História e memória. 2 ed. Trad. Suzana Ferreira Borges.

Campinas, SP: Unicamp, 1992. LIMA, Mauricio Cavalcanti de; COSTA, Adolplho Mariano da. Espaço nobre da cidadania. Curitiba: Arquivo Público do Paraná, 1991.

MAGALHAES, Marionilde Brepohl de. Pangermanismo e nazismo. Campinas,

SP: Fapesp, 1998. RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história - fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

60

STEIN, Marcos Nestor. O oitavo Dia: Produção de Sentidos identitarios na

Colônia Entre Rios-PR (segunda metade do século XX). Tese de Doutorado em Historia. Florianópolis: UFSC, 2008. SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas,

Sp: Autores Associados, 2011. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANA. Diretrizes curriculares da educação básica. Curitiba: Departamento de Educação

Básica-história, 2008. THOMPSON, Edward Paul. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. ___. A voz do passado: História Oral. 3ª ed. Tradução: Lolio Lourenço de

Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. VAINFAS, Ronaldo. História das mentalidades e História Cultural. In: CARDOSO, Ciro F; VAINFAS, Ronaldo (Org). Domínios da História. Rio de

Janeiro: Campus, 1997. ZANIRATO, Silvia Helena. Introdução ao Estudo de História: A Teoria e a Metodologia na Escrita Histórica: Maringá: UEM, 2005.