FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO - Operação de migração para ... · período de 1944 a 1945, atingiu...
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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012
Título: Memórias sobre o nazismo no Paraná: o caso de Josef Mengele
Autor Marta Lino Duminelli
Disciplina/Área (ingresso no PDE)
História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Vicente Leorace Ensino Fundamental, Médio e Normal.
Município da escola Boa Esperança
Núcleo Regional de Educação
Goioerê
Professor Orientador Prof. Dr. Fábio André Hahn
Instituição de Ensino Superior
UNESPAR/Campo Mourão
Relação Interdisciplinar
Este material poderá ter relação interdisciplinar com as disciplinas de Sociologia: diferentes comportamentos sociais; Artes: Estudos das Imagens; Biologia:
eutanásia nazista utilizada por Josef Mengele e Geografia: O processo imigratório.
Resumo
O presente Caderno Pedagógico tem por objetivo apresentar um estudo sobre o contexto da Segunda Guerra Mundial e a fuga de nazista para o Brasil. Nesse contexto, compreender como foram construídas as memórias sobre os nazistas no Paraná, como é exemplar o caso de Josef Mengele na cidade de Mamborê, é o propósito principal. A presença de Mengele no Brasil despertou grande curiosidade, levando a construção de discursos fantasiosos sobre a presença dos nazistas em muitos lugares do interior do Brasil, mas não comprovadas. Portanto, a escolha de investigar as memórias sobre os nazistas no Paraná, em especial a construção das memórias sobre Josef Mengele na cidade de Mamborê, possibilitará ampliar o conhecimento dos alunos sobre o determinado contexto histórico, sobre os discursos e subjetividades nos documentos. Espera-se, com o esta produção, que o aluno seja capaz de entender as diferentes visões de mundo e temporalidades em diversos contextos sociais,
culturais e políticos no domínio do conhecimento histórico. Para desenvolver o estudo proposto, será investigado uma grande malha de fontes documentais, como: depoimentos, jornais, livros, fotografias, documentos oficiais e outros registros que venham viabilizar a aplicabilidade do Caderno Pedagógico.
Palavras-chave Segunda Guerra Mundial. Nazistas no Paraná. Memórias sobre Josef Mengele.
Formato do Material Didático
Caderno Pedagógico
Público Alvo
Esse material didático foi produzido especialmente para alunos(as) do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná. No entanto, também poderá ser utilizado como recurso pedagógico para professores da disciplina de História, tendo em vista que o tema é de difícil acesso nos livros Didáticos.
MARTA LINO DUMINELLI
MEMÓRIAS SOBRE O NAZISMO NO PARANÁ:
O CASO DE JOSEF MENGELE
C
A
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E
R
N
O
P
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D
A
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G
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C
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Fonte: O filme “A queda”
Os últimos dias de Hitler ematejoca-ematejoca.blogspot.com Fonte: O filme “A queda”
Os últimos dias de Hitler equipee4tml.blogspot.com
Fonte: monteolimpoblog.blogspot.com Fonte: humorzilla.blogspot.com
GOVERNO DO PARANA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE
MARTA LINO DUMINELLI
MEMÓRIAS SOBRE O NAZISMO NO PARANÁ: O CASO DE JOSEF
MENGELE
IES: Universidade Estadual do Paraná-
UNESPAR
Orientador: Prof. Dr. Fábio André Hahn
Área Curricular: História
CAMPO MOURÃO
2012/2013
AO PROFESSOR(A)
Pensando na disciplina de História como condutora da construção do
conhecimento e suas relações sociais junto aos sujeitos, em qualquer período
e local do processo histórico. Assim, com o propósito de instigar
questionamentos, formular hipóteses e permitir posicionamentos é que esse
material Didático se apresenta.
A produção desta pesquisa ocorreu no decorrer do Programa de
Desenvolvimento Educacional, ofertado pelo governo do Estado do Paraná. O
objetivo é apresentar um recurso didático como uma possibilidade a mais de
entender as memórias sobre os nazistas no Paraná, em especial o caso de
Josef Mengele, acusado de experimentos científicos com seres humanos no
regime nazista na Alemanha.
Para compreender o estudo proposto é necessário recorrer aos
entendimentos históricos sobre as conjunturas políticas e econômicas que
levaram os países europeus a entrar em conflito, resultando no que
conhecemos como a Segunda Guerra Mundial. A história está marcada pelo
genocídio anti-semita, campos de extermínio, bombas atômicas em Nagazaki e
Hiroshima, além dos experimentos científicos e atrocidades cometidas.
A proposta deste material está embasada na pesquisa realizada com
relatos de memórias, fotografias, jornais e livros sobre as memórias referentes
ao nazismo no Paraná e o contexto da Segunda Guerra Mundial. O material em
pauta procurará despertar o interesse dos alunos em relação à disciplina de
História, mais especificamente sobre o tema, tendo em vista a aproximação
com a realidade em que vivem. Desse modo, colaborando com o processo de
aprendizagem e sistematização do conteúdo explorado.
O Caderno Pedagógico foi dividido em unidades, apresentando fontes
e atividades voltadas ao Ensino Médio. As fontes aqui apresentadas servirão
de auxílio na compreensão dos conteúdos propostos, acompanhado de
atividades que despertem o senso investigativo dos alunos, motivados pelos
desafios do tema. Com isso, superando ideias de História “verdadeira” e
“absoluta”, por meio da investigação dos sujeitos e suas memórias na
percepção dos fatos históricos.
AO ALUNO(A)
Este material didático foi produzido especialmente para alunos(as) do
Ensino Médio da Rede Pública do Estado do Paraná. O propósito é ampliar o
conhecimento sobre o contexto da Segunda Guerra Mundial e as memórias
sobre o Nazismo no Paraná. Com isso, procurando aproximar os alunos do
contexto histórico em que vivem.
O estudo procura abrir espaço para discussões construídas
historicamente sobre a Segunda Guerra Mundial e o Nazismo, mais
especificamente as memórias sobre os nazistas no Paraná, como é o caso de
Josef Mengele. Portanto, espera-se que a partir dos relatos de memórias,
notícias de jornais, fotografias e depoimentos, os alunos possam ser capazes
de desenvolver consciência histórica sobre esse contexto.
O Caderno Pedagógico esta dividido em unidades que compreendem:
Unidade I – Segunda Guerra Mundial
Unidade II – Josef Mengele em Auschwitz
Unidade III – Fugas de Nazistas
Unidade IV – Nazismo no Paraná
Unidade V – Memórias de Josef Mengele
Unidade VI – Agora vocês são os Historiadores
Venha, conto com você nesta caminhada!
“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que
me insere na busca, não aprendo nem ensino”
Paulo Freire
SUMÁRIO
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ....................................................................... 8
Um pouco mais de História ................................................................................ 8
Curiosidade da História .................................................................................... 14
Vamos ver se você é esperto na cruzadinha!................................................... 15
Ampliando conhecimento ................................................................................. 16
JOSEF MENGELE EM AUSCHWITZ .............................................................. 18
A História de quem sabe fazer a diferença ...................................................... 21
Colocando em prática ...................................................................................... 22
Ainda tem mais................................................................................................. 23
Fugas de Nazistas ............................................................................................ 24
Brasil lugar de refúgio ...................................................................................... 26
Estou de Olho na História ................................................................................ 28
Conhecendo a História ..................................................................................... 31
NAZISMO NO PARANÁ .................................................................................. 35
Aqui tem História .............................................................................................. 35
A História de nossa gente ................................................................................ 39
MEMÓRIAS SOBRE JOSEF MENGELE ........................................................ 40
Aprendendo mais sobre história e memória ..................................................... 44
AGORA VOCÊS SÃO OS HISTORIADORES……………………..……….……48
ROTEIRO DE TRABALHO: ............................................................................. 48
APRESENTAÇÃO FINAL ................................................................................ 58
AVALIAÇÃO FINAL ........................................................................................ 58
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59
Segunda Guerra Mundial
Um pouco mais de História
A Segunda Guerra Mundial pode ser entendida a partir de uma série de
importantes fatores, no qual podemos destacar as relações internacionais, o
imperialismo, o crescimento do nacionalismo, o desenvolvimento da indústria
UNIDADE I
Tudo o que o homem produz em sua existência, torna-se fonte histórica, inclusive as suas recordações e os seus esquecimentos.
Jacques Le Goff
Os gritos
dos
Inocentes!
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bélica e crise mundial de 1929. Dentre esses fatores parece inegável que a crise
econômica de 1929 é uma das principais, desempenhando como protagonista
deste cenário internacional. No entanto, o enorme rastro de destruição e danos
econômicos veio a despertar o ressentimento de luta pelo poder. Assim as
relações políticas passaram a desejar governos fortes, autoritários, capazes de
superar tais distúrbios, principalmente para a Alemanha. É fato que nos países
mais ricos a crise provocou maiores consequências, porque estes acabaram por
influenciar as demais nações a buscar soluções e criaram grandes comoções
internacionais.
Portanto, a Alemanha inconformada com o resultado da Primeira Guerra
Mundial e pelo ódio que grande parte da sociedade alemã sentia pelas
imposições do Tratado de Versalhes, em conseqüência da Primeira Guerra
Mundial. Nesse contexto, austríaco Adolfo Hitler, ex-combatente do exército
alemão, cria o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores (Nazis), tendo por
estratégia de tomada de poder, o golpe de estado. Em janeiro de 1933, Hitler
tornou-se chanceler da Alemanha. Nesse mesmo ano “O partido tornou-se
Estado” e toda a soberania política fora transferida para o partido. O plano,
conforme alguns historiadores, estaria todo fundamentado no livro de Hitler
intitulado Mein Kampf (Minha Luta). Nessa obra, o propósito idealizado era
construir a “Grande Alemanha” e formar a hegemonia em torno do III Reich, sob
a justificativa da superioridade da raça ariana.
Segundo Gonçalves, nunca ficou esclarecido o que Hitler e os teóricos
nazistas pretendiam construir, a propaganda nazista consistia em formar um
Grande Estado, o plano de funcionamento e as estruturas econômicas desse
Grande Estado nunca fora devidamente explicitado. As estruturas sócio-
econômicas para os nazistas não passavam de uma improvisada exploração do
trabalho de homens e mulheres aprisionados em campos de concentração.
Os alemães organizaram 20 grandes campos de concentração e 165
campos auxiliares. Em 1942, havia cerca de 100 mil pessoas internadas e, no
período de 1944 a 1945, atingiu a 500 mil pessoas de diferentes nacionalidades.
No interior do Reich, em 1944, havia cerca de 8 milhões de estrangeiros
trabalhando (GONÇALVES, 2008, p.182).
Na sequência do entendimento de Gonçalves, existiam tratamentos
diferenciados aos estrangeiros nos campos de concentração, pela classificação
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racial. Por exemplo: os trabalhadores do leste deveriam trabalhar até completar
a exaustão, já quanto os judeus, estes eram deportados em massa e muitas
vezes submetidos aos procedimentos de experiências “científicas” perversas.
O desejo de Hitler era tornar a Alemanha a mais poderosa de todas as
nações, para tanto na madrugada de verão em 1º de setembro de 1939, quando
as tropas nazistas invadiram a Polônia, utilizando das ofensivas-relâmpago com
aviões e tanques blindados, derrotando em menos de um mês as forças
polonesas. Portanto, já no fim de setembro a Europa horrorizada, passou a
conhecer o novo contexto: havia começado a Segunda Guerra Mundial. Os
países se organizaram em duas alianças militares opostas: de um lado os
Aliados, formados pela Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos e do outro o
Eixo, constituído pela Alemanha, Itália e Japão. De 1939 a 1941 as vitórias
foram lideradas pelas forças alemãs, que conquistou o norte da França,
Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão
anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da
Líbia.
Em meados de 1941, dois acontecimentos dramáticos transformaram a
guerra européia em guerra mundial. Para Gonçalves, o primeiro foi quando
Hitler lançou 3,5 milhões de homens, 3.550 tanques e 5 mil aviões sobre URSS.
Com essa ação, Hitler pretendia alcançar as cidades de Leningrado, Moscou e
tomar Ucrânia. A estratégia de Hitler era a apropriação de grandes centros
produtores de trigo, carvão e petróleo, os quais estas regiões eram produtoras.
A guerra contra os soviéticos seria mais uma estratégia ideológica nazista com
objetivo geopolítico central. Com isso, a Alemanha se tornaria uma potência
incompatível. Outro grande acontecimento foi o ataque japonês em dezembro
de 1941, na base militar norte americana em Pearl Harbor, nas Ilhas Hawai,
sem prévia de declaração de guerra. Chegaram em Pearl Harbor 353 aviões,
em duas horas destruíram 350 aeroplanos, 5 encouraçados e atingiram 3,7 mil
homens (GONÇALVES, 2000, p.178).
O ataque dos japoneses em Peral Harbor foi resultado do processo de
desgaste de relações entre ambos os países que já havia iniciado na Primeira
Guerra Mundial. Os Estados Unidos e Grã-Bretanha procuraram controlar as
ambições japonesas no Pacífico, limitando o controle naval. O Japão estava no
dilema de crescimento econômico e carência de matéria prima, como: carvão,
11
petróleo e ferro. Com a crise de 1929, o governo japonês tomou a radical
decisão em tomar espaço econômico para suprir tais dificuldades que o país
encontrava.
Na Europa, após o ataque de Pearl Harbor, Hitler declarou guerra aos
Estados Unidos. Desde então, a guerra principal dos norte-americanos era
ajudar a Inglaterra, sem a participação direta do conflito, mas abastecendo a
Inglaterra com aviões, navios, máquinas e matérias-primas, além de
manufaturados de todo tipo e alimentos em troca de promessa de pagamento
depois da guerra.
A entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial foi estratégica, pois
demonstrava a força que tinham no cenário político e econômico. Os aliados
tinham apoio de vários países, entre eles o Brasil. Em 1942, na Terceira
Reunião de Consulta de Chanceleres Americanos, foram fechados os acordos
de rompimentos aos países do Eixo, em represália aos torpedos lançados
contra cincos navios brasileiros por submarinos supostamente alemães.
Historiadores crêem que ocorreu uma pressão dos EUA para que o Brasil
parasse de flertar com o Eixo, implicitamente ameaçando a tomar o Nordeste
brasileiro militarmente caso Getúlio ficasse ao lado do Eixo, com o qual tinha
mais simpatia.
Para Bandeira, os Estados Unidos estavam preparados para invadir o
Nordeste, caso Vargas insistisse em manter a neutralidade do Brasil. Para não
perder a Região, então o governo brasileiro barganhou o alinhamento do Brasil
aos aliados. Os acordos selaram em princípio um empréstimo de 100 milhões
de dólares para a modernização e implantação do projeto siderúrgico. Além da
aquisição de material bélico no valor de 200 milhões de dólares. Esses acordos
foram decisivos para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da
Companhia Vale do Rio Doce. Com isso, o Brasil assumiu o compromisso de
fornecer minérios importantes aos Estados Unidos e em contra partida foi
impulsionada a dar apoio aos aliados na Segunda Guerra Mundial.
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http:// http://brasilnasegundaguerra.webnode.com.br/montese/ Imgem da FEB em Montese na Itália, grande conquista do exército brasileiros perante as forças nazista na Segunda Guerra Mundial.
O Brasil foi o único país Latino Americano a participar diretamente do
conflito, enviando para a Itália os pracinhas da FEB, Força Expedicionária
Brasileira. A FEB entrou no combate em solo italiano no dia 16 de Julho de
1944, tendo conquistado as primeiras vitórias em setembro do mesmo ano
contra as forças do exército alemão de Hitler, momento em que assinavam a
rendição. O Exército brasileiro participou de grandes batalhas como a de
Massarosa, Camaiore, Monte Prano, sendo as principais de Monte Castelo e
Montese.
Portanto em 1943, aconteceu a virada do Eixo, vitória e conquista de
espaço pelos soldados soviéticos, elevando-se a categoria de superpotência.
Desde então partiu contra ofensiva em direção a Berlim, finalizando o projeto de
Hitler de submeter a totalidade da Europa a ordem da Alemanha nazista.
Em junho de 1944 quando as forças norte americana e inglesa
desembarcaram na Normandia, considerada a maior operação militar conhecida
como o dia “D”. No norte da França era o espaço para as entradas, tendo 3,5
milhões de soldados aliados, 1,2 mil navios de guerra, 1,6 mil navios norte
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americanos, 13 mil aviões, 4 mil veículos de assalto, sob o comando do general
americano (GONÇALVES, 2000, p.189).
A grande invasão dos aliados na Normandia, deu o inicio à libertação da
França e abriu uma nova frente de guerra contra os alemães. Pressionadas nas
duas frentes: Estados Unidos e Grã-Bretanha, na ocidental, e União Soviética,
na oriental, as tropas alemãs recuaram.
Para tratar das condições da Alemanha, os aliados se encontraram na
Conferência de Yalta, em fevereiro de 1945. Nessa conferência, as três
grandes potências aliadas: Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética,
decidiram que a Alemanha, depois de derrotada, seria dividida em áreas de
ocupação. Enquanto acontecia a conferência a Alemanha era bombardeada
sem interrupção.
Os alemães sabiam que a guerra estava perdida, com o avanço forças
aliadas em várias frentes. Assim a Alemanha perdeu a iniciativa e passou a
sofrer violentos contra-ataques e os soviéticos combateram os alemães dentro
de Berlim. Hitler percebeu que não havia mais solução para o III Reich e nem
para ele próprio, os soviéticos já se encontravam próximo de seu abrigo secreto
na Chancelaria do Reich.
Segundo Gonçalves, Hitler tomou a seguinte decisão, casou com Eva
Braun em seguida a decisão de suicidarem-se, um duplo homicídio, conforme as
orientações que deixara para seu subordinado. Teve o corpo incinerado, o que
dificultou a identificação feita pelos soviéticos, permanecendo as dúvidas sobre
a sua existência e sobrevivência.
Os seis anos de impiedoso conflito provocaram rastro de destruição,
divisão da Alemanha em capitalista e socialista, grande índice de mortos relativo
a população da época. Inúmeras cidades foram arruinadas e prejuízos
incalculáveis, resultado deste conflito armado. O conflito terminou somente no
ano de 1945, com a rendição da Alemanha e do Japão.
O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, sofreu forte
ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades
de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação que demonstrava o poder de uma das
nações que apareciam no cenário internacional, causando milhares de mortes
de cidadãos japoneses inocentes, por muitos anos sentiram as consequências
da destruição e radiatividade causada pelas bombas atômicas.
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A segunda Guerra Mundial deixou um rastro de destruição, sendo que
os problemas decorrentes do conflito não desapareceram com a Guerra.
Entretanto, o conflito possibilitou visualizar o aparecimento no cenário de duas
grandes potências, dividindo grande parcela do globo em dois grandes blocos
antagônicos: capitalistas e socialistas, liderados de um lado pelos EUA e por
outro dos URSS.
Curiosidade da História
Segue o relato de Raul Kodama, ex-cabo do exército brasileiro durante
a Segunda Guerra Mundial:
“Enquanto esperava os outros soldados, passava um jipe com um de nossos oficiais e o motorista. Justo nesse instante, uma bomba nos atingiu. O oficial foi degolado e seu corpo ficou ali sentado, sem a cabeça. O motorista desapareceu. E Eu? Eu estava com a perna ferida e sai rastejando. „Que se danem as pernas‟, eu pensava, „se ficar com a cabeça e o corpo, estou vivo‟!”.
Revista História da BBC, p.13 V11
Sou brasileiro, com
muito orgulho,
com muito amor...
15
Vamos ver se você é esperto na cruzadinha!
Across (Horizontal)
3. Outros povos que foram perseguidos e mortos pelos nazistas.
5. Hitler não gostava de Deus pela frase.
7. Governo que defendia a tese da raça superior.
8. A principal batalha da FEB na Itália.
9. A primeira indústria siderúrgica implantada no Brasil.
Down (Vertical)
1. O nome da figura composto por dois triângulos usados pelos Judeus.
2. Local de confinamento de judeus na Alemanha Nazista.
4. Governo brasileiro que governou durante a Segunda Guerra Mundial.
6. Físico alemão que escreveu a carta ao Presidente Norte Americano sobre o
risco universal do uso da bomba atômica.
Pensa bem!
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Ampliando conhecimento
Através das imagens a baixo apresentadas descreva as estratégias de
leituras necessárias a sua compreensão histórica. Observe a expressão
nas imagens e tente identificar o significado dos fatos no contexto
histórico e em seguida produza um texto dissertativo abordando sua
compreensão sobre o mesmo.
Você é um ser pensante. Então utilize as frases dos balões a seguir e
forme o título do seu texto.
Sugestão de filme: www.youtube.com: Armas secretas Nazis (1/ 5)
10h01min m.
Sugestão de filme: www.youtube.com: I misteri del Nazismo dois
01h45min; 16 m.
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Fonte: http://www.google.com.br
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São eles os
culpados!
Que Deus
nos
proteja!
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Josef Mengele em Auschwitz
Quem foi Josef Mengele
Fonte: http://www.google.com.br
O campo de concentração de Auschwitz era o maior de todos aqueles
criados pelo regime nazista. Nele havia três campos principais de onde os
prisioneiros eram distribuídos para trabalho forçado por um longo período,
sendo que um deles também funcionou como campo de extermínio.
Em Auschwitz, os médicos das SS, sigla que vem de Schutzstaffel, que
quer dizer "Tropa de Proteção". Estes eram super selecionados antes de entrar
para o exército nazista, realizavam experiências “médicas” no hospital
UNIDADE II
19
localizado no Bloco 10. Eram pesquisas pseudocientíficas em bebês, gêmeos,
anões, além de fazerem esterilizações forçadas e experiências de hipotermia
em adultos. O médico mais conhecido dentre eles era o Capitão das SS, Dr.
Josef Mengele.
Josef Mengele nasceu na cidade de Gunsburg, em 16 de março de
1911, descendente de família rica e tradicional proprietária de fábrica de
máquina agrícola, em Baviera. Nos estudos, foi aluno de destaque no ensino
básico, dando sequência ao ensino superior nas Universidades de Munchen e
Frankfurt. Em 1935, recebeu o título de Doutor em Filosofia pela Universidade
de München e de Doutor em Medicina pela Universidade de Frankfurt.
Entre 24 de maio de 1943 a 18 de janeiro de 1945, foi o período que
Mengele permaneceu no Campo de Concentração de Auschwitz. Neste período
de serviço militar nazista Mengele foi promovido várias vezes, de tenente a
capitão e também foram concedidas condecorações e medalhas.
Ainda tem mais história sobre Mengele
Fonte: http://www.google.com.br
Durante a Segunda Guerra Mundial, vários médicos alemães
realizaram “experiências” mortais em milhares de prisioneiros dos campos de
concentração. Estas “experiências médicas” realizadas durante o Terceiro
Reich podem ser divididas em três categorias. A primeira consiste em
experiências que tinham por finalidade facilitar a sobrevivência dos militares do
Eixo. A segunda categoria de experiências tinha por objetivo desenvolver e
testar medicamentos, bem como métodos de tratamento para ferimentos e
Ufa!
Isso é
demais!
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enfermidades que os militares e a equipe de ocupação alemã encontravam no
campo. A terceira categoria de experiências “médicas” buscava aprofundar os
princípios raciais e ideológicos da visão nazista.
Outras experiências tinham por meta facilitar os objetivos raciais
nazistas, com uma série de experiências de esterilização, realizadas
principalmente em Auschwitz e Ravensbrueck. Os cientistas testaram diversos
métodos, com o objetivo de desenvolver um procedimento eficaz e barato de
esterilização em massa de judeus, ciganos, e outros grupos considerados
pelos nazistas como racial ou geneticamente indesejáveis.
Mengele utilizava como cobaias para seus experimentos crianças,
judeus, homossexuais, ciganos, doentes, inválidos, mulheres grávidas, mães
que não queriam separar dos seus filhos quando eram envidadas para câmaras
de gás, pessoas com síndrome de Down e anões.
Era injetado cimento líquido nos úteros das mulheres e os testículos dos
homens eram expostos aos raios radiativos para avaliar o efeito da esterilização
em massa.
Experiências científicas com gêmeos em campos de concentração
foram realizadas para mostrar as semelhanças e diferenças na genética e na
eugenia, bem como para verificar as possibilidades de manipulação do corpo
humano. O líder dos experimentos era Josef Mengele, que realizava
experiências com mais de 1.500 presos gêmeos conjuntamente, dos quais
menos de 200 pessoas sobreviveram aos estudos.
Constantemente injetavam nas crianças corantes azuis na câmara
ocular, especialmente vitimas que tinham olhos de cores diferentes e com um
procedimento que não utilizava anestesia. Mengele tinha interesse no genótipo
humano de olhos azuis, tendo em vista que nem ele e muitos dos seus
superiores não apresentavam tais características físicas, tendo em vista que
consideravam esta uma das características físicas marcantes nos arianos. Além
desses procedimentos, Mengele fazia transfusão de sangue entre gêmeos,
injetavam nas veias extrato de doentes e alguns germes letais ou clorofórmio,
inseticidas e outros produtos químicos. As cirurgias eram feitas sem anestesia e
com pessoas conscientes, injetavam clorofórmio no coração para apressarem
sua morte. Rapidamente realizavam autopsia para avaliar os efeitos das drogas
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sobre os órgãos. De 3.000 gêmeos que passaram por Auschwitz e Birkenau
somente 200 sobreviveram (ABRAHAM, 1994).
As cobaias quando não podiam mais ser aproveitadas eram mortas por
meio de uma injeção letal na veia ou diretamente no coração. Esta atrocidade
chegava ao fim quando Mengele recebeu ordens de seus superiores para
suspender a execução, devido o avanço do exército vermelho da URSS em
território alemão e fragilidade da resistência do exército nazista. Em pouco
tempo a Alemanha foi levada à rendição, dando início ao fim da Segunda
Guerra Mundial.
Resultante desse contexto, Mengele foge por uma rota que segue via
Áustria e Itália, em 1949. Usava um passaporte da Cruz Vermelha em nome de
Helmut Gregor. Mengele teria desembarcado em Montevidéu e seguido para
Buenos Aires. Em junho, teria sido acolhido pelo governo de Juan Domingo
Perón, que mantinha, sabidamente, fortes laços com os seguidores de Adolf
Hitler.
A História de quem sabe fazer a diferença
Oscar
Oscar Schindler (1908-1974) – Industrial alemão salvou vidas de numerosos judeus durante o
nazismo. Conseguiu, mediante suborno, que seus trabalhadores não fossem para o campo de
concentração de Auschwitz. Em 1961, foi convidado a ir para Israel, onde recebeu a Cruz do
Mérito.
Revista Escala
Valeu!
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Colocando em prática
A partir do texto trabalhado, pesquise na biblioteca, na internet ou em
outros locais: Por que Josef Mengele realizava estes experimentos
científicos? Qual era o propósito? Qual a triste memória deixada pelos
fatos ocorridos no campo de concentração de Austchwitz?
No seu imaginário, quem foi Josef Mengele?
Qual a relação dos fatos ocorridos nos campos de concentração com a
política nazista daquele contexto?
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Ainda tem mais
Acesse site www.yotube.com: Viaggio della memória – Auschwits
Berkenou, per non dimenticare. Este recorte é apresentado por Marcello
Pezzoti, Derittore del museio della shoah di Roma. Duração de 34h41min
m.
Acesse site: www.yotube.com: Un Amor em Auschwits, documentário em
espanhol com duração de 08h36min m.
Acesse site: www.yotube.com: Girl in Red, 2: 23m
Após ter assistido o recorte Girl in Red, faça uma analogia com a citação
da Revista Escala.
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Sobre os dois primeiros recortes, produza comentários identificando as
memórias dos grupos étnicos neles representados.
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Fonte: http://cartorioruibarbosa.com.br//imigracao-alema-jpg
Fugas de Nazistas
O perigo mora ao lado
Os soviéticos avançavam na conquista de territórios, dominando a
resitência alemã e levando ao julgamento os nazistas envolvidos na matança
de judeus. Quando o Exército Vermelho se aproximava de Berlim, os chefes da
SS inventavam histórias de vida falsos, atestados com funções fictícias, até
mesmo parentescos que não existiam, tudo para fugirem da prisão e
consequente julgamento no Tribunal de Nuremberg. Nazistas e alguns
colaboradores, quando perceberam que a derrota seria inevitável, ainda antes
do fim da Guerra, começaram a atravessar as fronteiras de países neutros
como: Espanha, Portugal e Suíça. Na conexão Áustria e Itália que facilitava a
fuga para países distantes no qual poderiam se esconder. A Igreja Católica,
UNIDADE III
Los Hermanos
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mais especificamente através da corporação do vaticano, emitiam documentos
de identidade para legitimar refugiados em outros países. O Papa Pio XII,
considerado um apoiador do regime, entendia que a Argentina era o único país
em que os refugiados poderiam viver satisfatoriamente, principalmente pela
posição de Perón em relação ao anti-semitismo e a ligação com nazistas. Ele
próprio tinha a intenção de livrar o maior número possível de nazista dos
tribunais de guerra da Europa. Documentos do centro CEGES em Bruxelas
tratam sobre muitos elementos importantes da Segunda Guerra Mundial, em
especial sobre a proximidade de Perón com o regime e à dedicação ao
salvamento de Nazistas (Cf. GONI, 2004, p 145).
Desse modo, vários criminosos nazistas eram conduzidos em segredo
para o território argentino, pois segundo o historiador Goni, os criminosos de
guerra que vieram para Argentina, foram: Carlos Fulder, o principal agente
secreto nazista de salvamento; Jacques de Mahieu, recrutado entre voluntários
franceses, pouco antes de morrer fez campanha para o candidato peronista a
presidência Carlos Menem em 1989; Gino Monti de Valsassina, ex-espião da
inteligência militar nazista; Branko Benson, embaixador croata em Berlim e
amigo de Hitler, amigo íntimo de Evita, acompanhou Perón no exílo depois do
golpe militar que derrubou o general em 1955; Georges Guibaud, criminoso de
guerra francês, na Argentina ficou amigo íntimo do casal escrevendo um livro
em homenagem a família Perón; Pierre Daye, criminoso de guerra belga,
conferenciava com Perón na Casa Rosada; Leonard de Roover, criminoso de
guerra belga, caiu em desgraça quando descobriram que vendia autorizações
de desembarque para judeus na Argentina; René Lagrou, fundador e
conhecido líder das Algemene SS, entrou na Argentina com nome falso de
Reinaldo van Groede, tornando-se membro da equipe nazista de Perón;
Heebert Helfrich, nazista alemão na Suíça, passando a ser agente de Perón;
Jan Durcanky, chegou junto com seu irmão Ferdinando Durccanky, também
criminoso de guerra na Tchecoslováquia central, responsável pela morte de
1300 pessoas aproximadamente entre novembro de 1944 a começo de 1945,
incluindo de franceses e norte americanos; Czeslaw Smolinki, polonês,
principal agente de Perón no resgate de nazistas; Radu Ghenea amigo íntimo
de Daye e Fuldner, encontrou-se com Perón na Casa Rosada; Victor de La
Sernan, espanhol, importante jornalista que lutou do lado de nazista na Divisão
26
Azul de Franco; Adolf Eichmann, organizador da deportação e morte de
milhões de judeus para o campo de concentração de Hitler. Em 1960 foi
sequestrado pelos agentes israelenses na Argentina. Em Jerusalém foi
considerado culpado e condenado a morte na forca, executado em 1962. Suas
últimas palavras foram “Viva Alemanha, viva Argentina, viva a Áustria. Nunca
hei de esquecê-las” (GONI, 2004, p. 329).
De todos os criminosos de guerra que fizeram conexão na Argentina, a
mais bizarra foi sem dúvida Josef Mengele. Mengele chegou à Argentina em
1949, logo apresentado a socielits da comunidade nazista na Argentina. Em
1958 Mengele recebeu na Argentina sua cunhada, viúva de seu irmão, sendo
que casaram estrategicamente neste mesmo ano no Uruguai, um arranjo para
transferir fundos a Mengele. Escondido mas protegido na Argentina, depois de
alguns anos comprou casa no subúrbio de Buenos Aires. Associou-se a
empresa farmacêutica Fadro-Farm e passou a viajar pela América do Sul,
vendendo máquinas agrícolas e encontrando com fugitivos nazistas (GONI,
2004, p. 303).
Mengele não contava com o golpe Militar na Argentina, que derrubou o
governo de Perón. Rápidamente teve que vender sua parte da Fadro-Farm,
desfazendo casamento, mudou-se para o Paraguai, vivendo no anonimato até
seguir para o Brasil.
Brasil lugar de refúgio
Mengele estava no topo da lista de criminosos de guerra dos agentes
de Mossad, que investigavam nos três países: Argentina, Paraguai e Brasil. No
ano de 1962 foram encontrados vestígios de que Mengele já morava no interior
de São Paulo.
Segundo Astor, a procura aos refugiados nazistas pelos agentes
israelenses na América do Sul era severa. Muitos deles tiveram que abandonar
Coração de
mãe,
sempre cabe
mais um...
27
seus esconderijos, sendo crimes misteriosos notificados pelos agentes
israelenses, um deles no Rio Paraná.
Mengele viveu por muito tempo com nomes falsos, no anonimato e
com apoio de alemães no Brasil. Ameaças de entregar Mengele à polícia
brasileira eram comuns entre os filhos de alemães. Entretanto, eram
repreendidos pelos pais, com orientações de que “qualquer traição a Mengele”
podia provocar uma irritação perigosa na numerosa população alemã com
quem tinha simpatia no Brasil. A suposição de que criminosos de guerra
transitavam pelo Brasil sem serem denunciados às autoridades brasileiras,
ocorria devido ao índice de alemães adeptos ao Nazismo (ASTOR, 2008)
Aproximadamente 20 mil documentos nos arquivos da antiga Delegacia
de Ordem Política e Social (Deops), como cartas trocadas entre as
representações brasileiras em Roma e Berlim, que mostram como a diplomacia
brasileira fechou os olhos para o passado nazista. Entre eles, empresários,
engenheiros e ex-militares, declaravam nomes e profissões falsas, trabalhando
livremente no Brasil.
Para Marionilde Brephol Magalhães, além da simpatia que setores do
governo e do meio militar tinham pelos nazistas, ao governo de Gaspar Dutra
acreditava que técnicos e cientistas alemães poderiam ajudar na
industrialização do país. A tolerância do governo logo ficou conhecida.
Portanto, vários estudiosos apontam que em 1951, segundo os
registros da Deops, desembarcou no Brasil, Franz Stangl, comandante dos
campos de extermínio na Polônia, que não teve nem o trabalho de trocar seu
nome. Pouco tempo depois de chegar no Brasil foi trabalhar na Fábrica da
Volkswagen em São Paulo, e só foi preso em 1967, após denuncia realizada,
sendo deportado para Alemanha Ocidental e condenado a prisão perpétua.
Outro caso conhecido foi do fugitivo Gustav Wagner que ostentou seu
próprio nome, responsável pelo campo de extermínio de Sobibor. Chegou a
São Paulo com o passaporte suíço em 1950, foi morar em Atibaia no interior de
São Paulo, construiu um chalé no estilo da Bavária. Era conhecido pelos
vizinhos como “seu Gustavo”, foi detido pela Deops para desmentir a acusação
em participar de festa em homenagem a Hitler em 1978. Seu pedido de
extradição foi negado pelas autoridades brasileiras, tanto para Israel quanto
para a Alemanha Ocidental, morreu no Brasil em 1980.
28
Mais ousado foi Herbert Cukurs, capitão-aviador acusado por mortes
de judeus na Letônia, veio para o Brasil em 1946, trabalhou na Fábrica
Brasileira de Aviões no Rio de Janeiro. Em 1948 foi reconhecido na praia de
Icaraí em Niterói, onde montou um negócio de aluguel de pedalinhos. Seu
nome saiu nos jornais mais nunca foi prezo. Em 1950 mudou-se para Santos e
depois para São Paulo. Cukurs tentou naturalizar-se, mas não obteve sucesso,
portanto com a naturalização negada, Cukurs foi para Montevidéu no Uruguai.
Dois dias depois de sua chegada foi assassinado. Muitos outros criminosos de
guerras, tanto na América quanto na Europa ficaram impunes. Grande número
de documentos relatam a flexibilidade das autoridades em relação aos
criminosos de guerras. Nestas levas de imigrantes do pós–guerra, com os
acordos feitos pelos governos, facilitou a imigração tanto de deslocados de
guerras quanto aos criminosos em fuga. Desse modo, a complexidade em
compreender as situações dos imigrantes tanto no Brasil e, em especial, no
estado do Paraná perdura.
Estou de Olho na História
Veja, está meio confusa essa frase anterior. Está faltando algo. Conferir.
O Presidente Wenceslau Braz mantinha relações diplomáticas satisfatórias
com o governo alemão, e somente em 1917, em virtude rompimento oficial com
aquele país, e que a lista Negra, elaborada pelos aliados, passou a ser aplicada no
Brasil. Esta consistia na proibição de se realizarem acordos comerciais com
determinadas firmas alemãs.
Marionilde Brepohl de Magalhães
Fica
Esperto!
29
Getulio Vargas apoiou abertamente as potencias do Eixo, alterando o discurso somente
quando os submarinos alemães afundaram navios brasileiros matando cidadãos no
Atlântico.
Gerald Astor
(...) a retomada da imigração pelo governo brasileiro após a Segunda Guerra
Mundial se deu a partir de 18 de setembro de 1945, quando o governo de Getúlio
Vargas sancionou o Decreto lei n.º 7967. A partir disso, o Brasil assinou vários
acordos com países afetados pelo conflito, a fim de possibilitar a vinda de
deslocados de guerra, sendo os mais importantes firmados com a Itália, Espanha,
Portugal, Japão, Holanda e a ONU.
Marcos Nestor Stein
30
Ao final da guerra, a maioria dos integrantes do grupo foi conduzida por
órgãos como Auxílio Suíço à Europa e a Organização das Nações Unidas para
diferentes regiões da Europa e América. Uma parte dos refugiados, constituída
por 500 famílias, em torno de 2.500 pessoas, as quais, na sua maioria, eram
descritas como “apátridas” foram, após contatos com autoridades, trazidas
para o Brasil. No país, depois de receberem convites para se fixar nos Estados
de Goiás e Paraná, optaram pelo último, onde fundaram a Colônia Entre Rios,
em 1951.
Marcos Nestor Stein
31
Conhecendo a História
Fonte: Prof.ª Marta Lino
Observe, reflita e interprete as charges a seguir, extraia delas o contexto
histórico e a mensagem que esta além da representação da imagem.
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O navio
esta
saindo...
Destino...
América do
Sul...
Ai! Ai!
Espera-
me!
Que
sufoco!
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Faça uma analogia entre os documentários nas caixas de texto.
Explique às relações das autoridades brasileiras com os imigrantes
alemães, deslocados de guerra ou fugitivos. Justifique a
intencionalidade governamental tanto do Brasil quanto da Argentina.
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Responda com atenção:
Quais foram os principais nazistas refugiados que vieram para a
América Latina, especificamente para o Brasil?
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Quais os governos dos países latinos que os ajudaram?
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Qual a posição do governo brasileiro quanto à entrada de nazistas no
país?
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Descreva as semelhanças entre os nazistas e demais fugitivos de
Guerra?
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Quais foram os crimes cometidos pelos nazistas? Justifique sua
resposta:
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Nazismo no Paraná
Aqui tem História
Os primeiros alemães chegaram ao Estado no Paraná quando ainda
era Província de São Paulo, por volta de 1829, constituídos por grupo de cinco
famílias. Em 1855 a 1866, atraídos pela elevação da comarca de Curitiba, 50
famílias vindas de Santa Catarina instalaram-se na Capital paranaense,
dedicando-se a plantações de cereais em pequenas áreas de terras. Segundo
as informações do Arquivo Público do Paraná (1991), o censo geral do Império
em 1872, acusou a existência de 1.652 estrangeiros no Município de Curitiba,
sendo 1.406 alemães.
UNIDADE IV
Meu Paraná
36
Fonte: http://www.aepan.blogspot.com Imigrantes alemães chegaram no Brasil - Brasil 500 Anos - Imagem divulgada pelo IBGE.
No século XX o número de imigrantes europeus foi significativo,
principalmente egressos da Alemanha derrotada pelas Guerras Mundiais,
despertando duplo sentimento de perda. Entre eles vieram os adeptos ao
movimento do partido nacional socialista, os quais dariam continuidade às
militâncias no Brasil.
Em 1940 haviam 900 mil alemães no Brasil, entre os nascidos na
Alemanha ou descendentes diretos. Os imigrantes criavam suas próprias
comunidades, resistindo à assimilação, preservando suas culturas de origens
que prevalecia sobre o idioma oficial do país. Antes de deflagrar a Segunda
Guerra Mundial, os alemães tentavam propagar ativamente os valores do III
Reich. No Brasil poucos anos que antecederam a guerra, mais precisamente
em 1936, havia centenas de escolas alemãs e mais de 50 mil alunos
matriculados em 1260 escolas (ASTOR, 2008, p.217).
Com a ascensão do movimento nacional socialista na Alemanha,
inúmeros grupos organizados interessaram-se na preservação e propagação
37
do partido em outros países. Então, influência da ideologia nazista nas colônias
germânicas no sul do Brasil já estava presente desde o início da década de
1920, assim como em uma parcela de novos imigrantes que deslocaram-se
para o Brasil nesta mesma década. Para Magalhães (1998), à medida que o
movimento nacional socialista se fortalecia, ganhava importância dos coligados
e simpatizantes, e passavam a contar com novos apoios e com as mais
fortalecidas organizações, como o Instituto Alemão para o Exterior (DAI).
Em 1931 foi criado no Brasil o Grupo do Exterior, despertando a
iniciativa de criação de grupos locais e a divulgação de materiais de
propaganda sobre o partido no sul do país e principalmente nas colônias
alemãs, com especificidade em formar associações, tais como Juventude
Hitlerista (MAGALHÃES, 1998, p.138).
No Paraná o líder nazista era funcionário do Consulado da Alemanha
em Curitiba, fazendo a propagação dos ideários entre os imigrantes alemães. A
ideia seria trabalhar para anexar seus respectivos Estados ao III Reich. Por
volta de 1937, por meio da Organização do Partido Nazista para o Exterior,
órgão do Ministério das Relações Exterior do III Reich, chegou a possuir grupos
em 17 Estados Brasileiros, Paraná classificava-se em 5º lugar (ATHAIDES,
2011).
Portanto, eram notórios os registros de atividades partidárias no Brasil
desde 1928, sendo somente em 1934 oficialmente espalhado pelo país. O foco
de divulgação eram clubes germânicos, entidades alemãs, comunidade
organizada e Consulado Alemão, como os principais. Em 1937, o número de
filiados já era grande.
Segundo Athaide, os grupos paranaenses do Partido Nazista ficavam
em sua maioria sediados em Curitiba, mas também tinham nove filiais no
interior do Paraná. No entanto, os militantes eram jovens de 25 a 30 anos,
pertenciam à classe média ou média alta, trabalhavam em empresas alemãs e
mantinham constantes ligações com pátria-mãe.
Até esse momento Getúlio Vargas apoiava abertamente as potências
do Eixo. No entanto o seu discurso foi alterado quando os submarinos alemães
afundaram navios brasileiros, matando cidadãos nacionais no Atlântico.
Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas decretou em abril de 1938 a proibição
de atividades político-partidárias aos estrangeiros. No entanto, somente com os
38
acordos realizados na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados, os
nazistas passaram a ser presos (ASTOR, 2008, p. 217).
Fonte: http://www.rootsweb.ancestry.com/~brawgw/alemanha/windhuk.jpg Navio Windhuk No inicio da Segunda Guerra Mundial, aportou em Santos-SP, Com o rompimento das relações do Brasil com a Alemanha o governo brasileiro transferiu a tripulação alemã para as fazendas-prisões do Vale do Paraíba. Quando terminou a Guerra, vários alemães permaneceram no Brasil.
Com isso, o Estado brasileiro iniciou a perseguição aos nazistas.
Qualquer alemão era suspeito, considerado inimigo. Este estigma é refletido no
imaginário popular de que ser “alemão” era o mesmo que ser “nazista” para
muitos brasileiros no pós-guerra.
39
A História de nossa gente
Caça palavras:
1. O Estado do Paraná pertencia ao Estado de.
2. Grupos étnicos que vieram para o Paraná com a propagação de
sua cultura.
3. No Paraná o lider nazista era o funcionário do.
4. A maioria dos grupos do Partido Nazista estavam sediados em.
5. Governo brasileiro que era gaúcho e também simpatizante do
nazismo.
6. Grande parte dos militantes nazistas no Paraná eram.
7. Hoje ainda existem grupos neonazista com o nome de.
8. O nazismo foi criado por.
9. Período político em que ficou proibida as atividades político-
partidárias.
G J T S T H M I S D Y L I S D
F E F Z X N O E Y Q W N I O E
T G T Z H J Z Q I R Y I R M H
Z O L U A P O Ã S W V Q D E X
W K X K L B L Q L B V T O H G
H L H H E I I J Q N G J V P A
V L E E M Q O T O O B J O I R
W Q T V Ã V F V I P E V N U F
P Y I J E E P Q A R P Z O V D
W Z N N S I S L H R U U D M F
H G S X T N C Z X F G C A X B
J R E L T I H F L O D A T P I
E B V I S D A E H N I K S O A
B N L E E T J Z G B E P E O V
V Y X D E H X K A C S H K Z E
40
Fonte: http://www.uvalies.org/images/mengchild.jpg
Memórias sobre Josef Mengele
A partir de 1956, quando Mamborê ainda pertencia ao município de
Campo Mourão, um médico estrangeiro de nome Josef Kanat, que
UNIDADE V
“A memória, onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente e o futuro. Devemos trabalhar de forma que a memória coletiva sirva para libertação e não para a servidão dos homens”.
Jacques Le Goff
41
correspondia as características de Josef Mengele, conhecido como o “Anjo da
Morte”, trabalhou como médico por dois anos em Mamborê.
Josef Kanat era uma pessoa extremamente reservada, sistemática, de
aparência culta e sempre andava armado. Enfatizava que durante a Segunda
Guerra Mundial havia atuado no atendimento dos soldados nazistas feridos na
guerra. No entanto, pelas semelhanças físicas, muitos moradores passaram a
acreditar que Kanat era apenas um disfarce, sendo ele Josef Mengele.
Este assunto ganhou repercussão a nível nacional em redes de
televisão e jornais locais e regionais. No entanto é fato consumado de que
Josef Mengele não esteve em Mamborê, mas um suposto médico de nome
Josef Kanat. Este por muitos anos foi considerado como Josef Mengele. Na
atuação como médico, Karnat revelou procedimentos nada confiáveis
cientificamente na cidade de Mamborê, - distante da qualificação médica
mínima de Mengele - os procedimentos eram uma forma da população
comparar a atuação imprópria de Kanat com a atuação desumana de Mengele
nos campos de concentração em território alemão durante a Segunda Guerra
Mundial. Além desse aspecto imaginário criado na mentalidade coletiva da
população e que certamente muito precária em se tratando de procedimentos
simples para um grande especialista em medicina, algumas semelhanças
físicas e do próprio idioma levaram parte da comunidade local a acreditar na
presença do fugitivo nazista.
A extinta Dops do Estado do Paraná contém documentos que enfatiza
a presença de Mengele no Oeste do Estado, precisamente na cidade de
Marechal Cândido Rondon. Outro fato também apontado pela Dops, diz
respeito a presença de Kanat em Campo Mourão. Visto no aeroporto, andando
de um lado para outro, com aparência preocupada, assim que teria chegado o
avião, rapidamente embarcou. As pessoas da comunidade afirmavam que este
homem seria Megele, pelas semelhanças físicas e algumas descrições de
hábitos de caminhar batendo os calcanhares, entre outros aspectos (Arquivo
Público do Paraná, 1991, p.86).
É notório o equivoco nos documentos do Arquivo Público do Estado do
Paraná que reforçam a tese de que Josef Kanat seria o próprio Josef Mengele.
Apenas suposições, nada de fato confirmado, indícios que contribuíram para
reforçar memórias sobre este personagem procurado por autoridades
42
israelenses no Brasil. Os israelenses investigavam os fugitivos de guerra,
principalmente os nazistas pelos crimes cometidos contra o povo judeu e
outros grupos étnicos.
Portanto, Josef Kanat, tido como suposto Mengele, realizou várias
cirurgias sem anestesia e partos desastrosos com sequelas. O caso que
ganhou repercussão a nível nacional e regional foi de Íris Fantin em 1956,
quando o suposto médico Josef Kanat realizou o parto, por imperícia médica
cortou um 1/3 da orelha esquerda da criança. Ainda mais grave foi o caso em
que o procedimento médico impreciso levou uma jovem a óbito. Conforme a
informação do Cartório de Registro Civil de Mamborê, esta jovem com o nome
de Sieglind Érica Pierburg de 19 anos de idade, solteira, natural de Estado de
São Paulo, filha de Ernesto e Magdalena Pierburg. Sieglind faleceu no dia
06/02/1957, no Hospital São Pedro na cidade de Mamborê. Foi declarante da
causa da morte, “Câncer de Útero” em consequência de hemorragia interna. O
mais assustador que Josef Kanat foi declarante da causa da morte e ao mesmo
tempo emitiu a declaração de óbito, o qual consta sua assinatura no Registro
Civil. Após este fato ocorrido, Kanat teria se ausentado da cidade seguindo
para uma cidade no Paraguai.
43
Fonte: Arquivo da família Santone Cedido por Geny L Santone 2012-12-06 Foto de Josef Kanat na Festa de casamento em Mamborê-Pr.
Para compreender associação de nomes Kanat a Mengele,
representado na memória da população de Mamborê, podemos recorrer a
explicação de Thompson. Segundo esse autor, a memória depende não só da
capacidade de compreensão do indivíduo, mas também de seu interesse. É
muito provável que a lembrança seja precisa quando corresponde a um
interesse e as necessidades sociais. Porém, a memória como propriedade de
conservar certas informações individuais ou coletivas, conserva algumas
lembranças que, quando recuperados libertam sentimentos poderosos, como
44
traumas de guerras e perseguições. Neste sentido, pode-se relacionar o
contexto das práticas nazistas que ainda é um assunto pertinente na memória
local, com as notícias que circulavam de que o médico nazista Josef Mengele
residia em uma cidade do interior do estado do Paraná.
Mengele despertou grande curiosidade tanto aos historiadores quando
para população em geral. Foram criados discursos e histórias não
comprovadas sobre seu percurso pelo Brasil, que de fato foram fatores que
contribuíram para as construções de memórias em torno de nazistas no Brasil.
Tanto de Mengele, quanto de outros imigrantes que apresentavam
comportamentos diferentes e em geral pertenciam as comunidades de
imigrantes alemães.
O que se sabe sobre Josef Kanat, além ter sido confundido pela
população com Mengele, é que havia sido enfermeiro na Segunda Guerra
Mundial ao lado dos nazistas. Sua atividade estava diretamente ligada no
socorro dos feridos, realizando os primeiros cuidados médicos. É provável que
veio ao Brasil nas levas de deslocados e refugiados da Segunda Guerra
Mundial.
Aprendendo mais sobre história e memória
Responda com atenção:
Por que Josef Kanat e Josef Mengele foram confundidos?
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O que eles tinham em comum?
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Por que a população local criou uma memória em torno destes
personagens?
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Por que a prática inadequada nos procedimentos médicos chamava a
atenção da população?
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Quem foi Josef Kanat?
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Fonte: Profª Marta Lino
Que mensagem é possível extrair das imagens ao analisá-las
enquanto memória e história?
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Ai se eu te
pego! Passo
o bisturi...
Solta o menino.
Aquele médico
não faz anestesia!
Meu filho você
tem que ir ao
médico.
Ai!
não
vou..
.
47
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Agora você é o historiador. Releia o texto “Memória sobre Josef
Mengele” e explique: Por que foi criado em torno de Josef Kanat a ideia
de que ele pudesse ser Josef Mengele? Qual a sua opinião sobre este
contexto histórico?
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ROTEIRO DE TRABALHO:
EQUIPE A
NOME DA EQUIPE:_______________________________________________
INTEGRANTES:__________________________________________________
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1. Pesquisa
Tema: Trabalhando com imagens
A imagem assume cada vez mais um papel preponderante nas relações e
nas atividades dos indivíduos. De fato, é importante o trabalho com
fotografias, principalmente pela originalidade na apresentação de aspectos
de uma dada época histórica, no que tange as questões políticas, sociais,
econômicas e culturais. No entanto, requer cuidados ao trabalhar com essa
UNIDADE VI
Agora vocês são os Historiadores
49
fonte (fotografia), tanto metodológicos, quanto no que trata dos direitos
autorais.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Imagens a serem utilizadas:
Segunda Guerra Mundial;
Holocausto;
Vítimas do Nazismo;
Arquitetura das construções de imigrantes alemães no Paraná;
Imigrantes alemães no Paraná;
Experiências de Mengele em Auschwits;
Josef Mengele;
s alunos deverão organizar as imagens, verificar o contexto histórico que
cada uma dela representa e em seguida organizar as imagens em
slides, para serem apresentadas ao público escolar.
Com estas mesmas imagens, os alunos deverão construir um mural com
informações sobre a imagem em rodapé para serrem expostas ao
público.
EQUIPE B
NOME DA EQUIPE:_______________________________________________
INTEGRANTES:__________________________________________________
_______________________________________________________________
2. Pesquisa
Tema: Trabalhando com jornais
No momento histórico que estamos vivendo, o hábito de ler jornais e
revistas é necessário. Estes são veículos fundamentais para o exercício da
cidadania. Os jornais compõem uma fonte riquíssima para o ensino da
história, desde que sejam tomados alguns cuidados. Como toda fonte
primária, o texto extraído do jornal não pode ser entendido como registro fiel
de seu tempo, não é a reprodução do real, mas um recorte, um olhar, uma
50
interpretação do real. Entretanto, o texto jornalístico traz várias vantagens,
conforme a escolha e a utilização, permitindo visualizar aspectos do
cotidiano como um registro contemporâneo. Nesse sentido, é preciso cuidar
com dois aspectos: Qual o Jornal? Qual o ano da publicação? Qual a linha
editorial do jornal? Já, por outro lado, é preciso estar atento ao contexto
histórico da época, de modo a permitir fazer uma interpretação melhor
fundamentada. Neste seguimento estudaremos os textos dos jornais em
circulação ou extintos sobre a história e memória de Mamborê.
Jornais para estudos:
O preço das mãos nazistas – Tribuna de Campo Mourão
Josef médico de mamborê em 50: Kanat ou Mengele - Folha de
Londrina.
Médico matou e fugiu da cidade - Jornal Liberal.
O anjo da morte passou por aqui - Correio de notícias.
Um carrasco em Mamborê - Revista Tribuna do Interior.
Atividades Propostas:
a) Qual o fato noticiado?
b) O que aconteceu, como, quando, onde e qual a importância da notícia
para a população local?
c) Quais são os personagens envolvidos no contexto histórico?
d) Os personagens contribuíram para a construção da memória da história
local?
e) As imagens utilizadas pelos jornais são reconhecidas em outros
documentos?
f) Quais informações estão faltando para que as notícias sejam
compreendidas pelo leitor?
g) Em sua opinião, os escritores dos jornais confrontaram as informações
locais com outros documentos informativos em relação ao contexto
histórico.
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EQUIPE C
NOME DA EQUIPE:_______________________________________________
INTEGRANTES:__________________________________________________
_______________________________________________________________
3. Pesquisa
Tema: Trabalhando com Depoimentos
O trabalho com depoimento oral apresenta algumas problemáticas como à
fidedignidade das informações. Isso ocorre pelo fato de rememorarmos a
história de vida, sendo a memória seletiva. Nesse sentido, a entrevista
precisa ser analisada também com base em outros documentos de época.
a) DEPOIMENTO: NILVADO VIEIRA (VADICO)
Josef Kanat tinha aproximadamente 1,70 de altura, cabelos
castanhos, com olhos claros e aparentava ter 40 anos. Era uma
pessoa de pouca amizade, tinha boa aparência e andava bem
vestido. Antonio Chiminacio era o Presidente do hospital que o trouxe
de Pitanga. Kanat também era muito amigo de Daniel Miranda.
Na festa de Ordenação de setembro de 1956, veio de Pitanga o
Padre e ficou hospedado na casa Paroquial. Entre uma conversa e
outra, nos alertou que em Pitanga Kanat tinha a intenção de
casamento com uma moça, mas não pode realizar porque não havia
apresentado os documentos e que também não era médico.
Além do Shr. Antonio Lino houve outra cidadã de Mamborê no qual
Kanat realizou cirurgia sem anestesia. O caso mais sério foi um
procedimento desastroso de uma moça que foi a óbito. Quando eu
entrei no hospital, tinha uma senhora tirando o esmalte das unhas da
vítima, ela estava muito pálida, parecia que havia perdido todo o
sangue, neste caso causado pela hemorragia. O suposto médico
Josef Kanat emitiu o atestado de óbito como sendo a causa da morte
um “câncer”. Depois deste fato, foi embora de Mamborê.
52
Mamborê, 05 de novembro de 2012.
b) DEPOIMENTO: ANTONIO LINO (Alexandrino)
Vim para Mamborê em 1937, tinha posses de terra que hoje pertence
Sr. Anísio Moreira. Eu era amigo do delegado Atílio Martins, que me
levou ao suposto médico Josef Kanat, porque sentia dores fortes do
lado direito. Daí eu fiz a cirurgia que custou 1 (um) mil Cruzeiro.
Meu amigo Atílio Martins me colocou em seu carro de delegado e me
levou até o hospital. Lá o médico me amarrou as pernas e pulso na
mesa e me cortou sem anestesia. Eu gemia de dor e falava ai, ele
ficava bravo dizendo: - Antonio Prreto, morreno, chamava atenção
bravo. Falava português com dificuldade, pois tinha sotaque de
alemão, sempre dobrando o R. Após a cirurgia fui liberado em
seguida, me receitou remédio que foi bom. Meu amigo delegado me
levou para casa no mesmo dia que fui operado.
Este médico era branco, cabelo ruivo, alto de olhos azuis, estrutura
física mais ao menos. Ele era alemão, andava sempre armado. Ele
fez a cirurgia com revolver na cintura.
Não foi só comigo que ele fez cirurgia sem anestesia, em outras
pessoas também, do mesmo jeito que fez em mim. Era o único
médico que tinha na cidade. Depois que ele fez um aborto em sua
namorada e que acabou falecendo, logo depois disso ele fugiu...
Mamborê, 10 de março de 2012
c) DEPOIMENTO: NOLI BARZOTTO
Hoje eu tenho 84 anos, moro aqui em Campo Mourão. Mas eu morei
em Mamborê muitos anos, ainda tenho minhas terrinhas lá. Eu me
lembro quando levei o médico na casa do Fantin para fazer o parto,
ele rapidamente foi abrindo a maleta, já trabalhando no parto. Nesta
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maleta tinham todas as ferramentas de médico. Ele era amigo do Dr.
Ricardo e a conversa entre eles era de médico, isso eu lembro bem.
Josef Kanat tinha a intenção de ficar em Mamborê por poucos dias,
como era amigo do Dr. Ricardo acabou ficando mais, para ajudar no
hospital. Durante o tempo que morou em Mamborê nunca recebeu
visita, era desconfiado, conversava pouco, mas falava alto, com
sotaque em alemão. Tinha cabelos castanhos e olhos claros. Eu me
lembro muito bem que ele fez a cirurgia no Antonio sem anestesia,
nós chamavamos de Antonio de Alexandrino.
Campo Mourão, 05 de maio de 2012
d) DEPOIMENTO: VILMA FERRARI CASAGRANDE
Relato aqui um fato ocorrido em 10/11/1956 em Mamborê-Pr, na
época Distrito de Campo Mourão. A Senhora Íris Fantin moradora do
interior do distrito, grávida da primeira filha, à hora de ter a criança
chamou a parteira Sra. Sofia Marangoni para fazer o parto tão
esperado. Passou-se uma noite em claro esperando entrar em
trabalho de parto. No outro dia a parteira Sofia com 30 anos de
experiência resolveu chamar um médico, alegando que faria bem a
visita, para se cercar de maiores cuidados, uma vez que a gestante
estava com dores de tempo em tempo. O médico chegou e examinou
a gestante junto com a parteira Sofia, de uma forma esquisita,
colocando a mão até a metade do braço dentro da vagina, alegando
que o bebê estava sentado. Depois fez uso dos aparelhos chamados
“fórceps” para retirar a criança. A criança foi retirada de uma forma
brutal a ponto de cortar um pedaço significativo (1/3) da orelha da
criança. Presentes no parto estavam Roberto e Santina Fantin
(cunhados) e também o marido Maximino Fantin. Eu, Vilma Ferrari
Casagrande como vizinha, estava fazendo companhia aos demais
presenciando a hora da retirada da criança de forma que vi jorrar
sangue nas paredes.
Sra. Sofia, a parteira, pediu para interromper os trabalhos, dada tanta
brutalidade por parte do médico, pedindo que a gestante fosse
54
levada a Campo Mourão para dar continuidade ao parto. “Tarde de
Mais...” disse o médico, já nasceu!
A parteira Sofia desabafou: “Com 30 anos de profissão como
parteira, nunca vi uma atrocidade desta”.
Como o médico havia sido buscado em Mamborê (cidade), o levaram
de volta. Quando chegou para a consulta, estava vestido todo de
branco, mas na volta ao embarcar na condução que o levaria, estava
todo ensanguentado.
A gestante, do dia do parto até 15 dias depois ficou sem mexer-se na
cama, constatando-se no primeiro banho que a situação era mais
grave.
A criança veio ao mundo e foi batizada com o nome de Zilda Fantin,
hoje com 55 anos. Quanto ao médico, pouco sabíamos sobre sua
procedência e muito menos sobre seu próximo paradeiro. Era
conhecido como Dr. Mengele.
Cascavel/Paraná/Brasil, 16 de novembro de 2011.
Depoimento realizado por Nereu Valentin Casagrande
Que redigiu na mesma data.
d) DEPOIMENTO: ZILDA FANTIM
Meu nome é Zilda G. Fantin Ribeiro, nasci no dia 11 de novembro de
1956, em Mamborê, sendo filha de Maximino Francisco Fantin e Íris
Burlin Fantin. No dia do meu nascimento, meu pai buscou a parteira
com o nome de Sofia Marron, ela chegou na casa e foi tentar fazer o
parto, como estava difícil, Sofia pediu que buscasse o médico. Com o
início dos trabalhos do médico, minha mãe estava entrando em
desespero. Meu pai vendo que o médico estava fazendo, ele disse
ao médico que se acontecesse alguma coisa com minha mãe e o
bebê, ele o mataria. O médico simplesmente levantou o jaleco e
mostrou que estava armado. Minha mãe não tinha mais forças e
pediu ajuda para duas pessoas que estavam ali presente, daí ele
55
conseguiu fazer o parto e eu nasci. Dona Vilma Casagrande assistiu
todo o parto, ficou toda horrorizada com que viu e quantidade de
sangue que minha mãe havia perdido. Nasci com um buraco acima
do pescoço e faltando um pedaço de minha orelha esquerda, com
isso tive tétano. Minha mãe por 10 dias não pode sair da cama, de
tanto que ela ficou machucada. Quando eu tinha 4 anos de idade,
meu pai levou minha mãe para consultar com o Dr. José Carlos
Ferreira em Campo Mourão. Ele disse que teria que levá-la para
Curitiba. Com toda dificuldade meu pai a levou de avião teco-teco.
Em Curitiba, o diretor do hospital fez reunião com 9 médicos e
fizeram a cirurgia, reconstituiram algumas partes com tripa de
carneiro. Deu tudo certo e ela ficou boa.
Eu cresci e fui estudar na escola rural, só que eu não deixava cortar
meus cabelos, porque tinha vergonha, tive que conviver com esta
situação. O tempo passou, no ano de 1985, um senhor daqui de
Mamborê, foi para Maringá, eu não lembro para quem ele contou
esta história, mas veio a TV Cultura de Maringá, com a reporter
Maria Valente, que levou fotos do arquivo familiar que tinha o médico
numa moto muito grande, diziam que esta moto era alemã. Assim
que saiu o noticiário, todos queriam ver minha orelha. Estou
convivendo com esta situação até hoje, sempre aparecem repórteres
para saber do assunto. O maior problema é que eles não pesquisam
direito, acabam publicando assunto incompleto. Moro até hoje em
Mamborê, guardo todos os recortes destas notícias que sai sobre
este assunto. Neste depoimento espero poder contribuir alguma
coisa para desmistificar esta história imaginária que Josef Kanat
seria Josef Mengele.
Mamborê 08 de novembro de 2012
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ATIVIDADES PROPOSTA:
Leia os depoimentos com muita atenção e responda:
a) Quais as semelhanças dos procedimentos médicos encontrados nos
depoimentos, com o texto de Mengele em Auschwits?
b) Quais são as semelhanças e diferenças apresentada entre Kanat e
Mengele?
c) Os depoimentos apresentados estão relacionados à história local.
Como podemos relacionar os fatos ocorridos em Mamborê com
contexto da história geral?
d) Por que foi construída uma memória sobre Josef Mengele em
Mamborê?
e) Agora reuna todas as resposta e produza um texto.
EQUIPE E
NOME DA EQUIPE:_______________________________________________
INTEGRANTES:__________________________________________________
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4. Pesquisa
Tema: Trabalhando com recortes de filmes.
O filme deve ser interpretado como uma forma de manifestação das
percepções humanas, inserido no âmbito de práticas e representações
culturais, políticas e ideológicas de seu tempo. A análise de um filme exige
alguns conhecimentos indispensáveis para a interpretação de sua
constituição visual, de seu enredo e teor crítico que apresenta o contexto
histórico estudado.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Os alunos deverão utilizar recortes de filmes para o assunto
proposto:
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Organizar os recortes com: Título, duração e breve apresentação
do assunto;
Organizar uma sala de aula com data show;
Organizar as cadeiras e escurecer a sala de modo a criar
ambiente adequado para projeção do filme;
Esta sala deverá ser identificada com o nome “Cinema na
escola”;
Organizar de forma que todas as turmas de cada turno possam
assistir;
Os recortes deverão ser curtos e focar somente as partes
relevantes para o projeto;
Sugestões de filmes:
Lista de Schindler-Steven Spielberg, 1993.
O Menino de Pijama Listrado-Mark Herman, 2008.
A Queda- Últimas horasde Hitler:- Oliver Hirschbirgel, 2005.
Auschwitz: A Fábrica da Morte do Império Nazista, 2007.
5. Visita a Casa de Gaza em Marechal Cândido Rondon, com intuito de
observar a arquitetura e as memórias construídas por imigrantes
alemães no Paraná:
Todos os alunos do 3º Ano do Ensino Médio deverão participar da visita:
Deverão registrar as observações realizadas referentes a: arquitetura,
objetos, móveis, imagens se tiver disponível, registros caso tiverem
acesso, fotografias se for permitido, entrevista se for possível e outros
que possam ajudar a construir a memórias de imigrantes alemães no
Paraná.
Em seguida deverão realizar relatório como complemento das atividades
anteriormente realizadas.
Na sala de aula haverá espaço para discussão entre os alunos, de modo
que possam relatar as fontes observadas e trocar informações.
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6. APRESENTAÇÃO FINAL
Em consonância com a Direção do Colégio será agendado data para a
exposição e apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos.
Esta exposição terá como público: aluno:
AVALIAÇÃO FINAL
Cada equipe deverá produzir um parecer final, em conformidade o tema
explorado. Em seguida apresentar na sala para os colegas e avaliar o
conhecimento adquirido.
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REFERÊNCIAS
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1994. ASTOR, Gerald. Mengele o último nazista. São Paulo: Planeta, 2008. ATHAIDES, Rafael. O Partido Nazista no Paraná 1933-1942. Maringá: UEM, 2011. COLEGIO ESTADUAL VICENTE LEPORACERACE. Projeto Político Pedagógico. Boa Esperança: Coordenação Pedagógica, 2011. CHIARETTI, Marcos. A Segunda Guerra Mundial. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1997. BANDEIRA, Luiz Alberto de Vianna Moniz. A Presença dos Estados Unidos no Brasil. Dois Séculos de História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, São Paulo, 1983. BURNES, Edward Mcnall. História da Civilização Ocidental. V2. Rio de
Janeiro: Globo, 1989. GONÇALVES, Williams da Silva. A segunda Guerra Mundial. In: AARÃO REIS, Danieel; FERREIRA, Jorge: ZENHA. Celeste (orgs). O século XX – O tempo
das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, pp. 167-193. GONI, Uki. A verdadeira odessa. São Paulo: Record, 2002. HALBWAGHS, M. Memória coletiva. In: LE GOFF, Jacques (org). A nova Historia. Trad. Maria Helena Arinto Rosa Esteves. Coimbra: Almedina, 1990.
LE GOFF, Jacques. História e memória. 2 ed. Trad. Suzana Ferreira Borges.
Campinas, SP: Unicamp, 1992. LIMA, Mauricio Cavalcanti de; COSTA, Adolplho Mariano da. Espaço nobre da cidadania. Curitiba: Arquivo Público do Paraná, 1991.
MAGALHAES, Marionilde Brepohl de. Pangermanismo e nazismo. Campinas,
SP: Fapesp, 1998. RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história - fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
60
STEIN, Marcos Nestor. O oitavo Dia: Produção de Sentidos identitarios na
Colônia Entre Rios-PR (segunda metade do século XX). Tese de Doutorado em Historia. Florianópolis: UFSC, 2008. SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas,
Sp: Autores Associados, 2011. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANA. Diretrizes curriculares da educação básica. Curitiba: Departamento de Educação
Básica-história, 2008. THOMPSON, Edward Paul. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. ___. A voz do passado: História Oral. 3ª ed. Tradução: Lolio Lourenço de
Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. VAINFAS, Ronaldo. História das mentalidades e História Cultural. In: CARDOSO, Ciro F; VAINFAS, Ronaldo (Org). Domínios da História. Rio de
Janeiro: Campus, 1997. ZANIRATO, Silvia Helena. Introdução ao Estudo de História: A Teoria e a Metodologia na Escrita Histórica: Maringá: UEM, 2005.