FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO · estão inseridas teorias e informações que...

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA - PDE/2012

Título: Estudo do movimento expressionista a partir da utilização de recursos tecnológicos

Autor Sonia Maria Furlan Sossai

Disciplina/Área (ingresso no PDE)

Arte

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Douradina - Ensino Fundamental e Médio

Município da escola Douradina

Núcleo Regional de Educação

Umuarama

Professor Orientador Fabiane Sartoretto Pavin

Instituição de Ensino Superior

UEM

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

Literatura

História

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simples) teoria e prática com apoio da tecnologia.

Justifica-se aqui a escolha da obra, pois entre as temáticas exploradas no movimento expressionista, destacamos a obra “o grito” do artista Edward Munch, por apresentar uma significativa representação no contexto artístico, seja relacionado à pintura, ao desenho, as instalações, a fotografia, as imagens digitais, entre outras. A representação da obra “o grito”, através de diferentes materiais e técnicas, proporciona um grande apelo visual para a arte contemporânea.

Sendo assim, esta unidade didática foi elaborada com o intuito de apresentar subsídios aos professores, para que eles atuem de forma crítica, inovadora, e tornem-se comprometidos com mais competências para vivenciar diferentes aprendizagens com seus alunos no cotidiano escolar.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)

Arte; Tecnologia; Expressionismo,

Formato do Material Didático

Público Alvo

(indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

Professores do Ensino Fundamental e Médio do Colégio

Estadual Douradina e da Escola Estadual Drummond de

Andrade

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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PDE - 2012

Professor PDE: Sonia Maria Furlan Sossai

Professor (a) Orientador (a): Fabiane Sartoretto Pavin

Área PDE: Arte

NRE:Umuarama

Escola de Implementação: Colégio Estadual Douradina - Ensino Fundamental e Médio

Público objeto da intervenção: Professores do Ensino Fundamental e Médio do Colégio

Estadual Douradina e da Escola Estadual Drummond de Andrade

ESTUDO DO MOVIMENTO EXPRESSIONISTA A PARTIR DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS

Unidade Didática

Maringá – PR 2012

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Sonia Maria Furlan Sossai

ESTUDO DO MOVIMENTO EXPRESSIONISTA A PARTIR DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS

Unidade Didática

Trabalho apresentado à Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial à conclusão do curso do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, na área de Arte. Orientadora: Fabiane Sartoretto Pavin

Maringá – PR2012

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APRESENTAÇÃO

A proposta de trabalho será desenvolvida com professores da rede municipal e

estadual do município de Douradina, que efetuará uma ação didática focada em ampliar a

visão do professor no que concerne ao ensino da arte expressionista, usando as

tecnologias como apoio às práticas pedagógicas docentes, tendo como um dos objetivos

desenvolver práticas pedagógicas baseadas na obra “o grito” do artista expressionista

Munch, promovendo, desse modo, o debate crítico com professores participantes do grupo

de estudo, utilizando teoria e prática com apoio da tecnologia.

Nos encontros haverá vários momentos (presencial/virtual), em que o professor

PDE orientará a discussão para que o grupo dialogue com os textos e perceba que neles

estão inseridas teorias e informações que expressam diferentes conhecimentos.

Esta unidade didática foi elaborada com o intuito de apresentar subsídios aos

professores, para que eles atuem de forma crítica, inovadora, e tornem-se comprometidos

para vivenciar diferentes aprendizagens com seus alunos no cotidiano escolar, partindo do

desenvolvimento de estratégias de mobilização explorando as mídias como recurso

pedagógico, aguçando assim a curiosidade desse professor em reconhecer e pensar as

diferentes maneiras de expressar e produzir arte.

Evidentemente, a participação do professor-mediador é fundamental nesse

processo, pois é ele quem proporcionará a cada participante, por meio de sugestão de

textos teóricos e discussões a possibilidade de compreensão da arte expressionista, para

que essa seja compreendida.e interiorizada.

O termo mediador utilizado nessa unidade didática segue o teórico Gasparin (2007)

pesquisador que acredita que ao assumir o papel de mediador, o professor torna-se

provocador, contraditor, facilitador, orientador dos participantes envolvidos no estudo. Para

o autor, essa ação de mediar consiste, a princípio, apropriar-se do conteúdo, e em seguida

disponibilizá-lo aos alunos, que, por sua vez, poderão refazer, reconstruir e dar um novo

sentido a sua criação.

Ao estabelecer esse contato com o texto, os professores participantes passam a

construir sentido para o que lê, compreendendo assim o papel e a função da arte.

Os temas aqui abordados comprovam a ideia de que é possível realizar um estudo

utilizando diferentes práticas educativas, com recursos e metodologias diversificadas, com

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atividades contextualizadas ao cotidiano do aluno, oportunizando assim uma proposta de

estudo da arte com um sentido diferente e um novo olhar.

Por meio de discussões e estudos pode-se estimular e transformar o ensino da arte.

Nesse sentido, essa unidade didática sugere leitura de textos seguindo pensamentos

relevantes de diferentes autores que aborda essa temática. Dentre eles podemos citar:

Fernando Hernández, Marilda Oliveira de Oliveira, Ivana Maria Nicola Lopes, Victor Hugo

Guimarães Rodrigues, Arlindo Machado, Nara Cristina Santos, Edmond Couchot, Anne

Cauquelin, Fayga Ostrower, entre outros.

As atividades práticas aqui sugeridas acontecerão para que o ambiente de estudo e

trabalho promova o surgimento da criatividade, onde o professor poderá abrir espaço para

os participantes exporem suas ideias, suas impressões e, por que não, suas decepções.

Essa unidade permite também, desenvolver atividades que expressem as habilidades e

reflexões de forma que todos compreendam o papel da arte. Dentre elas podemos citar:

interpretação e dramatização de obras, reflexões, pesquisas, atividades com as TICs, entre

outras.

Para isso, várias estratégias serão utilizadas para que o professor participante do

estudo possa entender e conhecer a arte no contexto educativo, despertando no mesmo o

interesse e oportunidade de ver a arte com outros olhos, e ainda, pela pesquisa e estudo,

compreender teorias de arte para comprovar que existem diferentes possibilidades de

utilização da arte na escola, ampliando o conhecimento e articulação entre teoria e prática.

Mesmo com poucos recursos é possível tornar o universo da arte atraente e

motivador para o aluno, pois é o mediador que cria as situações e as organiza para as mais

variadas manifestações de aprendizagem, estimulando a ideia que podemos pensar o

contexto da arte mais próximo do nosso cotidiano.

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Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), o ensino da Arte

no Brasil iniciou-se durante o período colonial, nas vilas e redução jesuíticas, onde, nessas

reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com ensinamentos da arte e

dos ofícios, por meio da literatura, teatro, dança música, escultura e artes manuais.

Essa prática de ensinar geralmente acontecia seguindo a classe social que cada

indivíduo pertencia, ou seja, a arte era representada de forma diferenciada.

Entre os séculos XVI e século XVIII na Europa houve uma superação no modelo

teocêntrico medieval a favor dos ideais iluministas, estabelecendo uma reforma na

educação, a chamada “Reforma Pombalina” que na prática não registrou efetivas

mudanças, ou seja, o ensino continuou sendo organizado sobre tradição da cultura jesuítica

priorizando a razão na educação e na arte.

Historicamente, com a vinda da Família Real de Portugal para o Brasil várias ações

foram realizadas para atender a corte portuguesa, dentre essas, destaca-se a vinda de um

grupo de artistas franceses conhecidos como a Missão Artística Francesa, os quais

fundamentados no culto à beleza clássica, tinham por objetivo propor aos alunos aprender

as artes e ofícios artísticos pré-estabelecidos.

Percebe-se então que o ensino da arte passou por diferentes etapas, dessa forma

também a pedagogia histórico crítica fundamentada no Currículo Básico que pretendia fazer

da escola um instrumento para transformação social, tornando os PCNs os novos

orientadores e modelos do ensino.

Com a Lei 9394/96, o ensino de arte tornou-se obrigatório nos diversos níveis de

educação básica, considerando sua condição de conhecimento humano e histórico,

tratando a arte como mera experiência de sensibilização e conhecimento genérico.

Atualmente percebe-se que o ensino da arte ganhou um outro foco, e um novo

olhar, tendo vários objetivos, sendo um deles: promover o desenvolvimento cultural e

estático dos alunos, por meio de práticas de produção e apreciação artísticas, fundamentais

a sua formação e ao desempenho social.

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Vários artistas brasileiros, ao realizar suas obras, tiveram enfoque na

expressividade, espontaneidade e criatividade encontrando espaço na pedagogia da Escola

Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e

sensibilidade procurando romper com os padrões estéticos da escola tradicional.

O ensino da Arte passou por vários processos de mudanças, identificando em cada

uma delas alguns avanços e transformações, rompendo com barreiras, mas ainda longe da

forma desejada de compreender e difundir arte. A ideia de mudança na educação implica

aspectos históricos, culturais, sócio-econômicos, tecnológicos, entre outros, é difícil

caracterizar a mudança como algo instantâneo, já que ela só acontece como processo e

atrelada a vários elementos.

A partir do século XX, aproximadamente na década de sessenta, os artistas

começaram a refletir sobre a arte para o desenvolvimento de uma nova sociedade com

características próprias, baseadas numa valorização da realidade local, ou seja, conhecer o

seu meio para compreender o mundo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), o papel da

arte nas escolas deve estar articulado sob a perspectiva das três categorias que organizam

a construção do pensamento crítico: intenção, comparação e trabalho criador, ou seja, o

objeto de estudo da disciplina de Arte é o conhecimento estético artístico humanizado.

Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares de Arte o ensino da arte considera-

se de extrema importância alguns campos conceituais: o conhecimento artístico, teorizado e

também a prática, que oportuniza a criação de metodologias para que os alunos possam

compreender a arte como um conhecimento sensível-cognitivo, voltado para um fazer e

apreciar, artístico e estético, bem como para uma reflexão sobre sua história e contexto

social.

Complementando, as Diretrizes Curriculares acrescentam que a disciplina de arte é

uma forma rápida e eficaz de comunicação, que atrai o aluno, instiga o mesmo a fazer

descobertas e por meio das áreas de conhecimento (teatro, dança, música, artes visuais)

possibilita uma relação mais ampla e diferenciada da pessoa com o meio. Sendo assim, o

papel da arte não deve existir apenas como uma disciplina do currículo, mas sim, pela sua

significativa importância no cotidiano escolar.

Esse texto é um resumo de um processo de discussão coletiva entre os professores da disciplina de arte do estado do

Paraná, que após discussões, estudos e amadurecimento das ideias e conceitos, resultou em um trabalho conhecido como as

diretrizes curriculares de arte, que fundamenta o trabalho pedagógico, contribuindo assim para uma educação com autonomia e

qualidade. O texto está disponibilizado no endereço:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/arte.pdf

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A arte possui um papel importante e significativo na vida do ser humano. Ela

oportuniza o conhecimento e significados de imagens, símbolos, registros históricos,

provoca reflexões, amplia a visão de mundo e permite criar e recriar saberes.

São infinitas as possibilidades que a arte permite o ser humano vivenciar. Nessa

unidade didática serão apresentadas algumas considerações importantes para a reflexão

sobre o ensino da arte expressionista utilizando os recursos tecnológicos como aparatos

pedagógicos, em que os professores participantes passam pela experiência de praticar e

vivenciar este período da História da Arte.

De acordo com as DCEs de Arte (2009), elaboradas pela SEED, com a colaboração

dos profissionais da educação do Estado do Paraná, a arte só é conhecimento na medida

em que é criação, por ser conhecimento a arte é ideologia e trabalho criador, ou seja, para

ser considerada arte o artista precisa criar e não reproduzir cópias. Sobre o trabalho

criador Ostrower (1998) defende que:

Toda criação da arte envolve um processo de transformação, processo essencialmente dinâmico, flexível e não-linear. (...) Ao iniciar uma composição de imagem, o artista introduz algum elemento básico, algumas linhas (desenho). Imediatamente tais linhas se relacionam entre si e também com o conjunto que formam, ou seja, com o contexto constituído por elas mesmas. (OSTROWER, 1998, p. 55)

Sabe-se da importância da arte na formação do aluno, porém esta se concretiza

mediante propostas de ensino-aprendizagem adequadas, coerentes e fundamentadas nas

bases de um ensino de arte diferenciado, dinâmico, atrativo e significativo. O papel da arte

não deve existir apenas como uma disciplina do currículo, mas sim pela sua presença viva e

significativa no cotidiano escolar.

A subjetividade na criação está estreitamente interligada à arte expressionista, que

se entende como uma forma diferenciada do fazer artístico. Acredita-se que por meio dela é

possível aproximar o educando da expressão de vários sentimentos, entre eles, o medo, a

dor, a angústia, característicos do Movimento Expressionista.

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De acordo com Proença (1994), o expressionismo foi um movimento artístico que

acreditava que a arte deveria ser representada não apenas pela beleza ou pela cor, mas

sim por representar a exteriorização de conflitos interiores que fazem parte da natureza

humana.

Para Gombrich (2006), esse movimento surgiu como reação aos modelos que

predominavam nas artes europeias desde o Renascimento, e em particular nas academias

de Belas-Artes. Mesmo o termo expressionismo não se aplicando à pintura antes de 1911,

suas características se encontram nas criações de quase todos os países e períodos. A

primeira fase desse movimento artístico foi marcada por uma visão crítica da burguesia com

a intenção de representar emoções subjetivas.

O Expressionismo artístico não se preocupou apenas com sensações de luz e cor

nas suas obras de arte. Este movimento procurou interpretar as sensações e sentimentos

nas ações do homem com a problemática da sociedade moderna.

De acordo com Gombrich (2006):

O Movimento Expressionista encontrou seu solo mais fértil na Alemanha, onde conseguiu por certo, despertar a cólera e o espírito vingativo do “homenzinho”. Quando os nazistas chegaram ao poder em 1933, a arte moderna foi banida, e os grandes lideres do movimento foram exilados ou proibidos de trabalhar. (GOMBRICH, 2006, p. 567).

Os artistas Expressionistas alemães tentavam representar em sua arte seus

anseios em relação ao mundo. Na década de 1890 vários pintores se reuniram na cidade

Alemã de Dresden, onde organizaram um grupo com os mesmos ideais, teorias e técnicas.

Esses realizaram exposições de obras ocupando um espaço no mundo artístico alemão.

Segundo Gombrich (2006), o expressionismo alemão estendeu-se às diferentes

áreas (teatro, cinema, pintura, poesia), porém a diversidade de opiniões existentes dentre

os participantes do próprio grupo expressionista e também a aproximação da primeira

guerra mundial, fez com que esse grupo se dispersasse, e tomasse caminhos opostos, mas

por um curto período de tempo. Após a primeira guerra mundial os Expressionistas alemães

ressurgem mais numerosos, com mais força para lutar por sua ideologia, fazendo parte da

arte e da história do cenário alemão.

Nas artes visuais percebe-se que os artistas expressionistas procuravam usar

recursos como linhas, cores e formas para expressar a genialidade através das artes

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plásticas deformando propositalmente as criações, fazendo com que os seres reais

revelassem seu mundo exterior e imaginário para despertar a atenção dos observadores.

Segundo Gombrich (2006):

Os experimentos do Expressionismo são, talvez, os mais fáceis de explicar em palavras. O próprio termo pode não ter sido uma escolha das mais felizes, pois é claro que sempre nos expressamos em tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, mas o nome tornou-se um rótulo conveniente por causa do seu nítido contraste com o Impressionismo, portanto, como rótulo, era bastante útil. (GOMBRICHI, 2006, p. 563)

Esse movimento artístico apresenta características como: cores vibrantes, forte

resplandecentes, as quais chamam a atenção do observador pelo fato de usar uma técnica

violenta: o pincel ou espátula vai e vem, criando e recriando, empastando ou provocando

explosões, dinamismo improvisado e inesperado, situações em que o artista coloca em suas

obras diferentes emoções dando preferência pelo patético, sombrio e trágico. E, de acordo

com Gombrich (2006), esse proceder artístico cria um recurso que no domínio psicológico

pode fazer com que os observadores realizem uma reflexão sobre o valor da vida. Para isso

suas obras eram feitas com pinceladas bruscas, experimentos, e com uso de poucas

técnicas.

Justifica-se aqui a escolha da obra, pois entre as temáticas exploradas no

movimento expressionista, destacamos a obra “o grito” do artista Edward Munch, por

apresentar uma significativa representação no contexto artístico, seja relacionado à pintura,

ao desenho, as instalações, a fotografia, as imagens digitais, entre outras. A representação

da obra “o grito”, através de diferentes materiais e técnicas, proporciona um grande apelo

visual para a arte contemporânea, pois inúmeros artistas redimensionam suas criações,

temáticas ou proposições de diferentes movimentos da história da arte.

Edward Munch (1863-1944) foi um importante pintor expressionista que iniciou suas

obras na Alemanha e teve sua vida marcada por acontecimentos trágicos aos quais

representou na arte, criando obras de imagens desfiguradas, com forte atitude e

expressividade. Os temas abordados na obra de Munch eram relacionados aos sentimentos

e tragédias humanas como angústia, morte, depressão, saudade. Sua obra mais conhecida

chama-se “O Grito”. Nela o artista representa o medo de se perder a razão.

Durante o desenvolvimento da Unidade Didática iremos apresentar obras de outros

artistas expressionistas como Francisco de Goya, Vincent Van Gogh, Candido Portinari,

entre outros. Isso tudo com o intuito de valorizar a liberdade de expressão e criação,

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estimulando a criatividade e o pensamento epistemológico do aluno, através das distintas

áreas de conhecimento (arte visual, teatro, dança, música) oferecendo ainda aos

participantes do estudo infinitas possibilidades de aprendizagens, articulando diferentes

saberes .

Nessa unidade vamos compreender que as tecnologias trouxeram mudanças na

história da humanidade. A escola deve estar “aberta” a essas mudanças, e o professor,

precisa ter consciência que o mundo evoluiu, e nessa evolução, as transformações, as

experiências precisam ser reestruturadas, modificadas, repensadas, a fim de tornar os

professores mais críticos e conscientes em relação ao mundo e ao ambiente onde estão

inseridos.

Nesse sentido, acredita-se que não é somente a evolução tecnológica, mas a

maneira como ela é explorada pode determinar o potencial criativo do expectador. O que

ainda nem sempre é o que acontece, e nesse contexto, o papel do professor é de extrema

importância. A ele cabe a tarefa de estimular, envolver, criar meios para buscar esse

entendimento, que pode ser feito através de estudos, diálogo e pesquisas.

Atualmente a tecnologia tem infinitas possibilidades e não precisa ser usada apenas

como apoio. Sendo assim, essa unidade é pensada como uma proposta de trabalho usando

a tecnologia como instrumento que democratiza a oportunidades e acesso ao

conhecimento, levando em conta a ideia que se faz necessário formar pessoas que saibam

lidar com os avanços tecnológicos. A respeito disso Sampaio afirma:

Formar verdadeiros cidadão, capazes de analisar o mundo(este mundo tecnológico) , e construir opinião própria com a consciência de seus direitos e deveres , é uma tarefa que algumas vezes a escola tem dificuldade em realizar por diversos fatores políticos e sociais, entre eles a própria inexistência de prioridade à educação nas ações do Estado. (SAMPAIO MARISA NARCISO, 2000, p.18)

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Entende-se que todos os profissionais que atuam na escola devem ter compromisso

em suas ações, a escola precisa contar com professores preparados, capazes de entender

e utilizar os meios tecnológicos mediantes a vivência no meio social.

Arlindo Machado em seu livro Máquina e Imaginário (2001) relata: “em nosso

tempo, é cada vez mais difícil pensar a produção de arte sem a presença fundante das

tecnologias, esse fato traz a promessa de um novo renascimento da arte”. Nessa afirmação

fica em evidência o pensamento de Machado (2001) onde acredita nas mudanças que as

tecnologias podem ocasionar, porém para o autor, o que importa é recolocar as questões da

liberdade e da criatividade no contexto de uma sociedade informatizada, imersa nas redes

sociais, determinada pelas representações que faz de si mesma através da indústria da

cultura.

Nara Santos (2004) destaca os avanços tecnológicos evidenciados nas diferentes

áreas do conhecimento consideradas importantes para a realização da pesquisa. Segundo

ela:

Na medida em que a história segue seu curso, a tecnologia e seus avanços são evidenciados em diferentes áreas de conhecimento, nas Ciências Sociais, Exatas e Humanas. Na arte a tecnologia surge como um caminho para conduzir o artista a criar, pois o “artista trabalha a tecnologia para lhe dar um sentido outro que sua finalidade técnica”. Então a finalidade técnica pode dar um lugar a um fazer humano, através do fazer maquínico da

tecnologia. (SANTOS, 2004, p. 25).

Através da associação e entrelaçamento da arte com a tecnologia, a educação pode

ganhar um “novo olhar”, realizando algumas transformações. Entende-se que a mudança de

forma geral é algo que assusta, inquieta e exige novas posturas e adaptações. Muitas vezes

fala-se em mudança na educação, mas sabe-se que para isso acontecer é preciso reunir

vários elementos que a caracterizem como necessária e benéfica para seu meio social, uma

vez que a mudança pode ser tanto para melhor como para pior.

É o professor que precisa buscar essa mudança em suas ações, ambientar a sala

de aula, promover a inovação do saber escolar, bem como a busca de alternativas e

estratégias para desenvolvimento de suas ações, estabelecendo metas e enfrentando os

desafios que possam surgir.

Complementando Alegretti(1998) diz:

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A tecnologia na Educação encontrará seu espaço, desde que haja uma mudança na atitude dos professores, que devem passar por um trabalho de autovalorização, enfatizando seu saber para que possam apropriar-se da tecnologia com o objetivo de otimizar o processo de aprendizagem. E a mudança de atitudes é uma condição necessária, não só para os professores, como também para os diretores e demais colaboradores, pois estes devem conceber a sua posição e a sua autoridade de forma diferente–como agentes formadores, incentivadores, atuando sobretudo como mediadores do processo e co-participantes do trabalho escolar. (ALLEGRETTI, 1998, p.19)

Para apropriar-se das tecnologias é necessário que o professor se familiarize com

ela, saiba usá-las na formação continuada, para integrá-las à prática pedagógica. A partir

desse momento que o conhecimento deixa de ser visto como algo estático e assim possa

compreendê-lo como processo, construído a partir da atividade do sujeito sobre o mundo.

Tendo esse sujeito a chance de superar suas limitações da formação e a possibilidade de

ampliação das diferentes visões de aprendizagem e construção do conhecimento.

Cada professor tem sua metodologia que diversificam sua prática. Nesse sentido os

aparatos tecnológicos vêm a contribuir, pois o uso deles pode fazer a diferença, afinal

aprendemos quando integramos, e atualmente o mundo está integrado com as tecnologias.

A tecnologia pode ser útil para integrar as diferentes linguagens, e ainda fazer disso

objeto de reflexão e estudo. Ela nos permite estabelecer uma ponte, trazendo para a escola

e para a sala de aula os conteúdos com práticas inovadoras e diversificadas.

Na sociedade contemporânea percebe-se a influência da tecnologia e a escola não

pode ficar alheia a essa transformação, usar nas práticas metodológicas recursos como: TV

multimídia, rádio, pen drive, máquina fotográfica digital, computadores, softwers, objetos de

aprendizagem virtual, imagens, vídeos, sons, trechos de filmes, entre outros aparatos,

significa a concretização da ideia de mudança, da busca do novo, do diferente, de

aproximação da realidade.

Para usar esses aparatos tecnológicos o mediador do estudo deverá estabelecer

uma postura, uma relação de colaboração e troca de saber, definindo e preparando suas

ações, sabendo a hora de agir, compartilhar e esperar, para que assim possa construir com

o grupo a aprendizagem, vivenciando as descobertas. Nesse sentido, se faz necessário que

o professor tenha um perfil seguindo algumas características:

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As tecnologias trouxeram mudanças na história da humanidade. A escola deve

estar “aberta” a essas mudanças, o professor, precisa ter consciência que o mundo evoluiu,

e nessa evolução, as transformações, as experiências precisam ser reestruturadas,

modificadas, repensadas, a fim de tornar os professores mais críticos e conscientes em

relação ao mundo e ao ambiente onde estão inseridos.

Nesse sentido, acredita-se que não é somente a evolução tecnológica, mas a

maneira como ela é explorada pode determinar o potencial criativo do expectador, exigindo

assim uma nova postura do professor.

O uso das TICs (tecnologias de informação e comunicação) ampliam as ações

educativas, proporcionando através dos recursos disponíveis oportunidades para que

aconteçam verdadeiras mudanças por parte dos mediadores, levando em conta que a

prática pedagógica nas TICs devem ser claras e objetivas para que durante o estudo, os

professores sintam-se seguros, preparados para o processo educativo .

Na ação conjunta os mediadores do estudo devem estabelecer os mesmo

objetivos, construindo e compartilhando o conhecimento.

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A expressão e comunicação é uma das características em que o professor deverá

estar atento, cuidando para que a sua linguagem possa ser compreendida, incentivando,

colaborando na construção do saber, atentando-se na transmissão das informações, com

uma linguagem clara, de fácil compreensão, estabelecendo um diálogo com o grupo,

propondo desafios e reflexões, incentivando a critica, identificando situações-problema,

selecionando a quantidade e a qualidade de informações.

A atitude do professor mediador se faz necessário visto que ele organizará o estudo

dando um significado pessoal às informações pesquisadas no sentido de reorganizar um

conteúdo produzindo seu próprio conhecimento.

Responsabilidade é característica básica nesse processo que inclui o planejamento

das ações, os objetos e sua realização com comprometimento.

O professor como mediador pedagógico precisa compreender seu papel, o de ser,

ele mesmo, orientando, dialogando com o grupo. Seguindo esse pensamento, acredita-se

que o professor não deve se posicionar como o “detentor do conhecimento”, mas sim

aquele que leva o aluno a se “questionar”, “pensar” e “descobrir” caminhos para aprender.

A criatividade alerta ao mediador no sentido de buscar com os participantes,

situações inovadoras, que instigue o pensamento crítico, tendo presente que cada mediador

possui seu saber, suas limitações, basta acreditar em sua capacidade de transformação e

ousar.

O respeito deve ser mútuo, dando ênfase às estratégias cooperativas de

aprendizagem, estabelecendo entre o grupo uma relação de confiança, envolvendo todos

num planejamento em conjunto de métodos e ações de acordo com os anseios do grupo.

A subjetividade acontece na medida em que o professor atua como sujeito

participante, como ele se sente, vê ou pensa a respeito do tema abordado, não seguindo a

nenhum padrão estabelecido, porém não se pode esquecer que nós professores somos

seres humanos, possuímos erros e acertos.

A disponibilidade com esse estudo das TICs é essencial nesse processo, o

professor deve acessível aos alunos, se organizando com um tempo livre para atender as

dúvidas dos participantes.

Essas características são fundamentais no processo, professores entusiasmados

contagiam, atraem, estimulam os alunos e isso pode influenciar nas descobertas e também

na aprendizagem desse processo permanente de “aprender a aprender.”

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Dentre as TICs, não se pode deixar de mencionar que uso da internet na educação

permite infinitas possibilidades e contribui em diferentes aspectos: pesquisar imagens,

obras, leituras, estratégias de divulgação de informação, entre outros. Afinal a internet pode

ser considerada um dispositivo tecnológico que efetiva a comunicação e o processamento

social da informação.

Conclui-se então que as TICs contribuem para o processo ensino-aprendizagem

levando em conta que esses recursos podem e devem ser utilizados a partir de uma

intenção e dos objetivos que o professor quer atingir, não apenas usar por usar, e sim

verificar quais dos recursos tecnológicos poderão enriquecer sua aula, ou seja, qual das

tecnologias lhe dará aparato como recurso educativo.

PROPOSTA DE ATIVIDADE: MAPA CONCEITUAL

O profissional da educação consciente busca articular a teoria à sua prática

pedagógica diária, com base na reflexão no fazer, no construir e reconstruir as ideias.

Libâneo (2002), em uma produção textual apresenta que uma formação de educadores

deve considerar ao menos quatro requisitos:

[...] uma cultura científica crítica como suporte teórico ao trabalho docente; conteúdos instrumentais que assegurem o saber-fazer; uma estrutura de organização e gestão das escolas que propicie espaços de aprendizagem e de desenvolvimento profissional; uma base de convicções éticas-políticas

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que permita a inserção do trabalho docente num conjunto de condicionantes políticos e sócio-culturais. (LIBÂNEO, 2002, p.74)

Você concorda com a ideia de Libâneo?

ATIVIDADE PRÁTICA – O que penso sobre as tecnologias?

UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS?

Interpretação da obra de arte o Grito Edward Munch

Produzir um MAPA CONCEITUAL que represente o amplo significado da

palavra TECNOLOGIA no ambiente escolar, destacando os requisitos e esferas

que julga mais difíceis de serem incorporados, ou seja as dificuldades que os

professores possui ao trabalhar com a temática.

Como fazer?

Formar grupos de três pessoas.

Distribuir uma cartolina para cada grupo, pedir aos mesmos para colocar no centro da

cartolina a palavra tecnologia, e a partir da palavra os professores vão remeter seus

conceitos sobre o tema.

Essa atividade consiste na investigação, tendo como objetivo conhecer o grupo,

destacando as ansiedades de cada professor com o tema abordado.

Socializar as idéias de cada grupo com os professores participantes do estudo.

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Observe a obra:

Para realizar a

interpretação da imagem

é necessário obter um

conhecimento prévio do

artista e da obra.

O branco açúcar que adoçará meu café

nesta manhã em Douradina

não foi produzido por mim, nem surgiu

dentro do açucareiro por milagre ou sina.

(...)

Este açúcar veio do mercado da avenida

e tampouco o fez o Fernando, dono do

mercado.

Este açúcar veio de uma usina de açúcar em

Ivaté, o qual foi trazida

ou outra do Estado do Paraná, que produz o

açucarado

e tampouco o fez o dono da usina.

(...)

Em usinas escuras,

homens de vida amarga e dura

produziram este açúcar branco e puro sem

branduras

com que faço meu café esta manhã em

Douradina ter tanta doçura.

Deve-se estar atento a aspectos

como: a época em que o artista viveu, sua

biografia e vida, artistas que ele

admirava, suas influências movimentos

que o artista participou, o tema da obra e

de outros trabalhos, a técnica utilizada,

etc., ou seja, o professor ao propor uma

leitura de imagens requer formação e

informação, onde possibilite ações como:

criar, recriar, compreender, imaginar,

ressignificar, criticar, etc.

FIGURA 01 – O GRITO DE EDWARD MUNCH FONTE: Galeria Nacional, Óleo s/ carvão, Oslo, Noruega (1895) Fonte: Livro Didático Público do Paraná

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Leitura de Obra de Arte

Catalogação da obra: Título: ____________________________ Artista: ____________________________ Data de realização: __________________

É uma obra figurativa ou abstrata? _______________________________ Qual é o tema representado nela? _______________________________É figurativa naturalista ou que faz uso da deformação? ______________________________

Nessa unidade didática propões uma catalogação da obra partindo de indagações

simples, até fazer com que os observadores consigam identificar aspectos importantes,

reconhecendo o gênero e até hierarquizar informações.

Esses questionamentos além de instigar nos permite dar corpo e alma aos

personagens abordados, percebendo ainda o quanto é importante cada linha, cada

ponto, cada traço estabelecido, confirmando a idéia que os recursos e nuances

enriquecem a obra e faz parte do processo de apreensão, de leitura, e ainda de

compreensão do mundo e das diferentes formas e maneiras de expressar arte.

Ao analisar uma obra o observador aguça sua capacidade de desenvolver o

raciocínio, podendo ainda estar apto a ler nas entrelinhas, enxergar o que está

implícito, não apenas decodificar os itens que compõe o todo da obra, mas o que está

relacionando com os aspectos histórico-sócio-culturais da época.

24

Elementos Visuais

1- SUPORTE a) Que tipo de linguagem artística é esta (pintura, escultura, gravura, desenho, etc.)? _________________________________ b) Que tipo de material foi usado (tinta a óleo, aquarela, etc.)? _________________________________ 2- COR a) Que cores predominam na obra? _________________________________ b) O espaço é luminoso ou escuro? _________________________________ 3- LINHAS a) Que linhas predominam nesta obra? (retas, curvas, mistas) _________________________________ b) São linhas dinâmicas ou estáticas? _________________________________ c) São linhas curtas ou longas? ___________________ d) Há linhas de contorno? ________________________

4- FORMA

a) Existe a presença de luz e sombra? b) Com qual finalidade?

c) Que formas predominam? __________________________ d) As formas são simétricas ou assimétricas? _________________________________ 4- TEXTURA O artista pode dar uma qualidade tátil a uma superfície, iludindo o espectador, dando-lhe a impressão de que está diante de um material qualquer (terra, pelos, tecidos, etc.). a) Isto acontece com esta obra? __________________________ b) Que textura(s) ela te sugere? _________________________________ 5- RITMO a) Dentre os elementos visuais vistos na obra qual (ou quais) você identifica como predominantes? Que elementos o artista explora? ________________________________ b) Que sentimentos, sensações ou pensamentos esta obra te desperta?__________________________________________________________

c) As linhas e cores podem influenciar numa obra de arte? De que forma? ________________________________________________________________ d)Você já imaginou o mundo sem cor? Como seria? ________________________________________________________________ e)Qual a sensação visual observada na figura que está no centro da obra? ________________________________________________________________ f)Qual ação a personagem que está no centro da obra está praticando? ________________________________________________________________ g)Em que situações em seu cotidiano escolar você tem vontade de gritar? ________________________________________________________________

h)Que técnica de pintura essa obra de arte representa? ________________________________________________________________ i)Se você tivesse que dar um título a obra qual seria? Por quê? ________________________________________________________________ j)Que relação essa obra tem com a sua vida? ________________________________________________________________ k)Se você tivesse que colocar no centro da obra um personagem brasileiro que personagem você colocaria? Ele estaria gritando? ________________________________________________________________

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Observe o círculo cromático e juntos vamos buscar a origem de cada cor.

Cores Primárias: O amarelo, o azul e o vermelho são cores primárias. Ou seja, elas são puras, sem mistura. É a partir delas que são feitas as outras cores.

Amarelo Azul Vermelho

A cor pode influenciar uma obra?

As cores fazem parte do mundo, ao olhar ao nosso redor

visualizamos diferentes cores, na arte elas muitas vezes podem fazer a

diferença nas obras. Para entender a influência das cores em uma obra de

arte expressionista vamos compreender a origem das mesmas.

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O verde, o laranja e o roxo são cores secundárias. Cada uma delas é formada pela mistura de duas primárias.

(Amarelo + Azul) Verde (Amarelo + Vermelho) Laranja (Azul + Vermelho) Roxo Cores terciárias:

As cores terciárias são resultante da mistura de cores primárias com secundárias

Compreender a origem das cores é fundamental para que se possa entender a sua

influência na arte expressionista. Nessa tendência ou movimento artístico alguns

artistas têm preferências por cores fortes e como é evidente, por exemplo, nas obras de

Munch em que o artista dá ênfase nos tons vermelho, marrom, amarelo e preto.

Vivemos num mundo

cercado por imagens,

cores, etc. E, as imagens,

muitas vezes, costumam

falar tão bem quanto as

palavras.

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Poema Expressionista A cor pode influenciar uma obra?

O EXPRESSIONISMO NO TEATRO E NA DANÇA

A disciplina de arte estimula a criatividade e o pensamento epistemológico do aluno,

através das distintas áreas de conhecimento (arte visual, teatro, dança, música) oferecendo

ao educando infinitas possibilidades de aprendizagens e por articular diferente saberes e ao

mesmo tempo valorizando a liberdade de expressão e criação.

Você tem preferência por alguma cor? Qual?

O que essa cor “diz” sobre você ou sobre seu estado de espírito? Por quê?

Pensando na arte expressionista, crie uma composição usando as cores

prediletas dos artistas expressionistas. Use lápis de cor ou giz de cera. Enquanto

realiza a atividade, a cada cor que você utilizar anote todas as suas impressões e

sentimentos usando palavras-chave.

Após terminar seu desenho, crie um poema expressionista com as

palavras-chave que traduzem seus sentimentos. Apresente a sua

composição e leia a poesia para a turma. Faça a seguinte reflexão:

Quais as semelhanças e as diferenças que seus sentimentos possui com

a obra de Munch?

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Essa atividade abrange duas áreas de conhecimento da arte (teatro e dança),

Bertold Brecht (10-02-1898/14-08-1956) poeta e dramaturgo que reflete em suas obras, um

protesto aos problemas fundamentais do mundo da época e também a luta pela

emancipação social da humanidade, tendo consciência do que quer e pretende fazer.

Uma das características do teatro expressionista é permitir aos atores participantes

estilizar e distorcer os elementos da cena, criando assim uma ilusão da realidade. Essa

forma de representar tem como um dos objetivos é chamar a atenção do público para a arte

em si mesma e não para a imitação da vida, afinal esses artistas buscavam mostrar a

expressão do sentimento humano, ao invés de retratar a sua realidade externa.

Essa atividade contempla ainda a linguagem da dança, através dela os participantes

são capazes de elaborar movimentos expressivos, aliviando tensões ou até mesmo

servindo de relaxamento. Ao se trabalhar a dança na escola o professor deve estar atento

ao “limites” de cada aluno, suas possibilidades em deixar o corpo fluir ao ouvir um som.

Parece que a dança expressionista vem como uma nova forma de compreender a

expressão artística, traduzindo assim uma tentativa de representação do mundo interior,

liberando emoções.

É teatro ou dança?

Essa atividade será dividida em etapas, tais como:

► Levar para sala

diferentes revistas;

► Dividir a sala em grupos;

► Distribuir uma revista

para cada grupo;

► Pedir aos alunos que

escolham cinco imagens;

► Representar de forma

estática como se fossem umas fotografias as imagens escolhidas;

►Apresentar aos

participantes as imagens

escolhidas;

► Elaborar 03 movimentos

de dança pensando na imagem, finalizando na mesma posição que a imagem da revista mostra.

► Repetir a ideia com as

outras imagens escolhidas;

► Junte os movimentos

elaborados e monte uma coreografia com o grupo.

► Socialize com os

participantes as sensações que os mesmos tiveram ao realizar a atividade proposta.

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Releitura Expressionista com o uso do Programa Paint

Arte no Paint

Atualmente observa-se que a tecnologia está mudando a forma de trabalhar,

estudar, divertir-se, enfim, existe uma mudança significativa na maneira de viver e conviver

das pessoas. Sendo assim, acredita-se que levar os alunos a fazer arte no softwer paint

O Paint é um aplicativo que pode ser utilizado como ferramenta de aprendizagem, com vocação natural para as artes, através dele é possível: visualizar, desenhar, colorir, editar, criar, recriar e ainda imprimir as imagens que foram salvas, sendo possível também modificar através da edição e tratamento digital os tipos mais comuns de arquivos de imagens digitais utilizando alguns aplicativos básicos e ferramentas tecnológicas.

O computador chamado por muitos de microprocessador é um recurso tecnológico que pode enriquecer muito as aulas de Arte. Muito usado nessa década tanto nos espaços formais como informais, é uma ferramenta que contribui para o processo ensino-aprendizagem. São infinitas as possibilidades desse recurso e muitos artistas utilizam-se dela para fazer sua arte.

30

pode tornar as aulas mais atrativas e despertar nos alunos o interesse em aprender e

esses deverão produzir e interpretar as novas linguagens do mundo atual e futuro.

Pierre Lévy complementa:

Mais que nunca, a imagem e o som pode tornar-se ponto de apoio de novas tecnologias intelectuais. Uma vez digitalizado, a imagem animada, por exemplo, pode ser decomposta, recomposta, indexada, ordenada, comentada, associada no interior de hiperdocumentos multimídias. (LÉVY 2002, p.102).

Lembrando ainda que esse programa está disponível para uso, instalado nos

computadores em todos os laboratórios do Paraná Digital, podendo ser instalado no

Sistema Operacional Windows o que possibilita aos mediadores a instalação para uso

doméstico.

Esse aplicativo tem várias ferramentas que permite ao artista usar a imaginação e

realizar sua obra, seja ela de criação ou releitura de uma outra imagem. Várias são as

possibilidades do Paint, segue a lista de ferramentas que esse aplicativo possui.

Apagador/Apagador de cor (borracha): apaga uma área.

Preencher com cor (balde de tinta): preenche uma área com a cor selecionada.

Selecionar cor (conta-gotas): escolhe uma cor do desenho ao clicar.

Lente de aumento (lupa): aumenta a escala da figura.

Lápis: faz um rabisco.

Pincel: faz um rabisco com espessura e formato definidos.

Spray (lata de spray): colore em um formado pontilhado.

Texto (A): insere texto na figura.

Linha: faz uma linha reta.

Curva: faz uma linha curva.

Retângulo: faz um retângulo.

Polígono: faz um polígono.

Elipse: faz uma forma elíptica.

Retângulo arredondado: faz um retângulo de cantos arredondados e curvados.

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Para usar o paint segue o tutorial apresentado pela professora PDE.

Essa atividade propõe fazer a leitura da obra o grito, usando o paint como recurso

percebendo que o objeto artístico analisado pertence a uma época, faz parte de um

contexto e ainda reflete figuras em movimentos, onde os personagens podem se tornar

sujeitos de ações, e não apenas como uma figura estática, sem movimento.

Lembre-se que uma leitura de imagens requer formação e informação,

possibilitando ações como: criar, recriar, compreender, imaginar, ressignificar, criticar entre

outras. Seguindo as características de leitura de uma obra de arte e as possibilidades do

paint, faça a leitura da obra o Grito de Edward Munch.

Para comprovar a ideia que através do paint é possível elaborar, criar uma arte

assistir o vídeo “Arte no Paint”, feito pela artista Tatiana Goldring. (Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=XawpVgmpbsQ. Acesso em: 13-09-2012).

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ARTE E TECNOLOGIA

De acordo com Libâneo (2009), as tecnologias podem ser aparatos pedagógicos

que fazem à diferença na prática pedagógica do professor. A Arte, aliada às diferentes

tecnologias, pode promover uma educação crítica, reflexiva e inovadora.

Os recursos tecnológicos são elementos importantes para construção e

reconstrução do conhecimento. É um caminho que todos percorrem na busca do novo. Eles

são utilizados no cotidiano das pessoas, na escola e pode favorecer tanto aos educandos

quanto aos educadores.

Vários são os pontos positivos da união (arte/tecnologia). Para realizar uma obra

digital hoje é muito simples. O artista pode agir sobre a arte utilizando ferramentas

acessíveis ao computador como mouses, teclados, tablets, e outros dispositivos. Ele não

precisa concluir a obra no mesmo dia, pode salvá-la em um arquivo. Fazendo uma simples

comparação com a pintura, não estaria exposto ao cheiro da tinta, lavagem dos pincéis e

ressecamento das tintas.

No computador, pode-se iniciar um desenho quantas vezes quiser sem o

desperdicio do papel, e corrigir sem danos, fazer o que quiser. O objetivo aqui não é

desmerecer a arte manual, fora do computador, mas esclarecer as vantagens desses

múltimeios. O artista pode compartilhar suas obras e dialogar sobre elas. Cibercultura, o

ciber espaço é a arte interativa, são invenções das tecnologias digitais. Você compartilha

tudo através de uma tela.

Nas aulas de arte as TICs podem aproximar os alunos com as distintas formas de

reapresentação, oferecendo ao mesmo possibilidades de conviver com a arte e conhecê-la

através da tecnologia.

Partindo da ideia de que as TICs contribuem para o processo ensino-aprendizagem

deve-se levar em conta que esses recursos podem e devem ser utilizados a partir de uma

intenção e dos objetivos que o professor queira atingir, não apenas usar por usar, e sim

verificar quais dos recursos tecnológicos poderão enriquecer sua aula, ou seja, qual das

tecnologias lhe dará aparato como recurso educativo.

As velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e

dimensões à tarefa de ensinar e aprender. Nesse sentido essa atividade tem por objetivo

desenvolver a criatividade dos participantes desse estudo, percebendo a influência das

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mídias na formação de opiniões. Para isso você deverá escolher um telejornal, assistir e

analisar uma edição, fazendo um relato das conclusões que chegou, tomando como guia os

seguintes passos:

Atividade

A tecnologia a favor da educação

Escolha uma notícia/reportagens relacionada a uma das áreas de

conhecimento da arte que mais chama a sua atenção.

Em seguida analise a mesma, fazendo uso das seguintes questões.

1. Qual foi o tema tratado nessa notícia/reportagem?

2. A que conclusões você chega sobre esse fato a partir do que foi

noticiado?

3. Você confia nas informações presentes na respectiva

notícia/reportagem? Por quê?

4. Faltou informação importante nessa notícia/reportagem que poderia

mudar a sua conclusão sobre esse fato? Em caso afirmativo: qual é a

informação e de que forma você a recebeu?

5. O jornalista ou apresentador conseguiu ser objetivo, neutro e imparcial

ao noticiar o fato? Explique.

6. Se você fosse a(o) repórter, como teria feito essa notícia/reportagem?

7. Que atitude você acha que deve ter diante dos meios de comunicação

a partir dessa breve observação feita por você ?

Em seguida você deverá fazer um relato de suas impressões e apresentar

para o grupo suas conclusões.

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Atividade: Tela Viva

Titulo: Arte Viva! Viva a Arte na Sala de Aula

Nessa proposta vamos conhecer algumas obras de Cândido Portinari, pintor

expressionista, sendo considerado um dos maiores pintores brasileiros que destacou-

se também nas áreas de poesia e política, em na maioria de suas obras retratavam

questões sociais de grupos menos favorecidos.

Em várias obras de Portinari podemos identificar características expressionistas.

Tela Viva e uma atividade que propõe a leitura dramática de obras expressionistas.

Com base na obra selecionada os professores farão a leitura e a recriação da tela,

personificando, por meio do teatro, os elementos ou personagens pintados pelo artista.

Tendo como ponto de partida a recriação de obras, é possível explorar estilos de épocas

diferentes, inventar novas cenas, interferir ou reinterpretar a obra de um artista. A integração

da linguagem do teatro com as artes visuais possibilita uma leitura mais ampla da obra,

valorizando o saber e viabilizando a integração das diversas áreas de conhecimentos da

arte.

Obra: Criança Morta Releitura da obra

Autor: Candido Portinari Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=4&letter=C

Acesso 03-10-2012

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Obra: Carniça Releitura da obra - Arquivo pessoal

Autor: Candido Portinari

Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=4&letter=C

Acesso dia 03-10-2012

Aula Prática- A obra o Grito virando máscara decorativa!

Nas artes visuais percebe-se que os artistas expressionistas procuravam usar

recursos como linhas, cores e formas para expressar a genialidade através das artes

plásticas deformando propositalmente as criações, fazendo com que os seres reais

revelassem seu mundo exterior e imaginário para despertar a atenção dos observadores.

Seguindo a temática expressionista, represente artisticamente um grito. Faça uma

pesquisa de alguns suportes que podem ser utilizados para realização dessa atividade.

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Sugestão: folha de palmeira, gesso, papel machê, bexiga e jornal, bisqui, materiais

alternativos, entre outras.

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Aula Prática –Quebra-cabeça artístico da obra O Grito de Munch

O ensino da arte acontece mediante propostas de ensino-aprendizagem

adequadas, coerentes e fundamentadas nas bases de uma proposta de arte diferenciada,

dinâmica, atrativa e significativa. O papel da arte não deve existir apenas como uma

disciplina do currículo, mas sim pela sua presença viva e significativa no cotidiano escolar.

A respeito da criação individual dos artistas, Martins coloca que “cada período

artístico, cada obra de arte são, então, autônomos e trazem em si sua própria linguagem,

com certas características na sua produção, no seu estilo singular.” (Martins 1998, p. 47)

Essa atividade propõe um quebra-cabeça artístico tendo como base a obra o Grito.

Recorte o papel crafit em diferentes formatos, distribua aos alunos para que os mesmos

possam realizar a releitura da obra o Grito. Terminando a criação, monte um quebra-

cabeça. Sugestão: Colocar a fita adesiva colorida para identificar os cortes do papel. Montar

um painel com trabalho dos participantes do grupo.

Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

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Arte Digital

Caras e Bocas

Trabalhando a expressão facial através da fotografia

As artes visuais referem-se a elementos visuais que estão em diferentes paisagens,

telas, figuras, fotografias, uma reprodução de obras, cinema, revistas, videoclipe, entre

outros. São os chamados de elementos visuais e não possuem significado pré-estabelecido,

esses são compostos de elementos formais: composição, linha, superfície, volume, luz, cor,

textura, etc.

A fotografia surge em alguns momentos de nossas vidas que muitas vezes nem

damos ao trabalho de pensar nela e na sua importância, podendo considerada até mesmo

um documento. Arte e Tecnologia estão relacionadas às mídias digitais e a utilização

desses recursos tecnológicos na prática metodológica do professor em sala de aula,

favorece a proximidade do aluno e desperta no mesmo uma reflexão crítica do assunto

como um todo.

A prática artística pode ser considerada um exercício de criação e imaginação, pois

o processo de aprendizagem artística acontece no aluno na medida em que o mesmo

interioriza e se familiariza com os processos artísticos, seja ele através de uma análise de

obra ou de uma fotografia o que esse aluno precisa é sentir, vivenciar e ousar.

Para isso essa atividade propõe:

CONSTRUIR UM PAINEL COM A IMAGEM DA OBRA “O GRITO”

Recortar o rosto da obra.

Pedir aos alunos que façam diferentes

expressões faciais para representação de

sentimentos.

Fotografe cada aluno, monte um mural com as

fotografias, sem seguida peça para cada aluno

escrever um sentimento que sua expressão

facial representa.

.

39

Diferentes personagens da obra o grito

40

Assistindo um vídeo!

http://www.youtube.com/watch?v=UfO4WuI9IIo

Esse vídeo de animação mostra a figura central da obra de Edvard Munch,

conhecido como "O Grito". Nele as personagens da obra ganham vida, estabelecendo um

diálogo entre as mesmas, utilizando alguns recursos visuais expressando angústia,

sensibilidade, medo da morte, entre outros sentimentos.

Diálogo das personagens (tradução)

1. Você tem medo de morrer? 2. Não, eu não tenho medo de morrer. 1. Verdade? Você tem certeza? 2. Pode acontecer a qualquer hora, eu não me importo. 1. Se você estiver com medo, não precisa ficar, é normal ter. 2. Porque eu deveria ter medo de morrer? 1. Eu não sei, algumas pessoas têm. 2. Não há razão para isso, uma hora você tem que ir. 1. É verdade, eu acho que é o jeito que tem que ser, mas se você está com medo... 2. Eu nunca falei que estava com medo de morrer. 1. Tá bom, tá bom, não fique nervoso comigo, relaxe. 2. Não estou. 1. A gente só esta conversando, não tem razão para gritar comigo. 2. Eu estou calmo, não tente mudar minhas palavras. 1. Eu não estou. 2. Sim, você está eu te conheço muito bem. 1. Desculpe-me, eu não deveria ter dito nada, meu erro. Eu peço desculpas pela minha

sensibilidade.

Discuta com os participantes do grupo as sensações que tiveram ao assistir o vídeo.

TECNOLOGIA A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO

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Rádio na escola, aprendizagem ou diversão?

Usar diferentes aparatos tecnológicos é uma forma de inovar o processo ensino-

aprendizagem, o rádio, apesar de relativamente antigo, comparado com os mais novos

meios de comunicação – como a televisão, a internet, o tablet, o celular etc. ainda não tem

sido devidamente difundido na escola. No entanto, representa um instrumento rico em

possibilidades pedagógicas e de grande abrangência, atingindo todas as camadas da

população.

Para execução dessa atividade vamos usar o Audacity, um software de edição de

áudio, é utilizado para melhorar a qualidade dos arquivos de áudio digital. Com ele é

possível gravar sons, capturar áudio de outros softwares, criar e adicionar sons por síntese,

abrir arquivos de diversos formatos, convertê-los para outro tipo de formato de áudio, salvá-

los e até mesmo realizar mixagens de várias pistas para um arquivo final mono, estéreo ou

surround (embora não seja uma função específica dele. Ele possui licença livre (GNU GPL)

para as três plataformas: Linux, Windows e MAC. A versão tomada como base para estas

dicas, detalhes, descrições e para os tutoriais do segundo volume é a 1.3.5 da plataforma

Linux.

Apresentação do tutorial pela professora.

Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tutoriais/audacity1.pdf

Aprender a utilizar o rádio como

elemento integrado ao cotidiano escolar a

outras tecnologias é o nosso propósito, ao

oferecermos uma reflexão e uma abordagem

didático-pedagógica, em detalhes, sobre as

diversas etapas e formas de sua utilização hoje

disponíveis.

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Nessa atividade vamos fazer um planejamento teórico e técnico para a produção de

um programa de rádio com variedades. Antes faremos uma prévia roteirização. O

programa de variedades é considerado misto, pois nele é possível inserir elementos

característicos de outros gêneros radiofônicos. Uma característica freqüente dos programas

de variedades é o seu caráter descontraído e informal, incorporando dramatizações,

entrevistas, documentários, debates, informações, dentre outros. Os alunos precisam se

identificar com as atrações do programa. Esse é o principal fator para que eles se

interessem pela atividade . Sendo assim, o programa deve manter um molde com

conteúdos novos e atuais, por isso deve ser elaborado pelos alunos.

- Dividir a sala em grupos

- Distribuir para cada grupo uma temática (noticia, moda,

humor, esporte...)

- Escolher o apresentador que fará o papel de locutor da

rádio

- Cada grupo fará a apresentação do tema que foi abordado

- O apresentador fará o roteiro estabelecendo a ordem de

cada tema

- Gravar a apresentação do programa

- Após cumprir as etapas os participantes deverão ouvir a

gravação do programa, analisando cada detalhe e

socializando com o grupo os pontos positivos e negativos da

atividade.

Gravando um programa de Rádio

43

Dicas para utilização do rádio na escola.

O planejamento na produção radiofônica implica na escolha do tema, de um formato

adequado aos objetivos pedagógicos, da pesquisa de conteúdo, da escrita do roteiro, na

definição de pessoas a serem entrevistadas e a realização das entrevistas (se for o caso),

da seleção de sonoplastia, da trilha e dos efeitos sonoros para, no final, chegar à etapa de

edição e posterior veiculação.

A vibração e projeção da voz são elementos fundamentais para uma boa locução no

rádio.

Para falar no rádio é necessária uma linguagem coloquial. Uma vez que a fala

supõe uma linguagem mais leve e informal, há de se esperar que o comunicador não

carregue no vocabulário com palavras complicadas.

A escolha do assunto deve ser feita com a concepção de que você estará

trabalhando com um meio de comunicação que estimula a imaginação, mas não tem

imagens, e isso requer a escolha detalhada da sonoplastia, identidade e familiaridade com o

assunto e, principalmente, a utilização clara dos objetivos pedagógicos.

Ao se elaborar um texto para ser oralizado, ou seja, interpretado no rádio,

precisamos ter em mente que o conteúdo precisa ser claro para que a informação seja

passada de forma objetiva. A interpretação é fundamental.

Roteirizar sempre.

Disponível em: http://www.eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod82976/resumindo.htm Acesso 03-10-2012

Verificação de aprendizagem

Que tal agora você verificar seu conhecimento sobre a arte expressionista?

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Leias as afirmativas e em seguida assinale (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as alternativas falsas I-O Expressionismo pode ser considerado a arte que expressa sentimentos humanos e

intensas emoções.

II-A arte expressionista tem como preferência em sua temática artística a serenidade,

calmaria, tranqüilidade.

III-As obras de arte expressionistas têm preocupação com o padrão de beleza tradicional

não exibindo assim enfoque pessimista da vida.

IV-Umas das características do expressionismo são as cores resplandecentes, vibrantes,

fundidas ou separadas.

V-A técnica desse movimento artístico pode ser considerada violenta, onde o pincel ou

espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões.

VI-Na arte expressionista o artista vive não apenas o drama do homem, mas também da

sociedade.

Assinale a sequência correta de acordo com as afirmativas acima a) ( ) V-F-V-F-V-F b) ( ) F-V-F-V-F-V c) ( ) V-F-F-V-V-V d) ( ) V-V-F-F-V-F e) ( ) F-V-V-V-F-V 01-O expressionismo foi um movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha nos

primórdios do seculo xx, que estavam mais interessados na interiorização da criação

artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e

subjetiva. Qual dos artistas abaixo não fez parte do movimento expressionista?

a)( ) Paul Gauguin (1848-1903) b)( ) Paul Cézanne (1839-1906) c)( ) Leonardo da Vinci(1843-1852) d)( ) Vincent Van Gogh (1853-1890)

45

e)( ) Edward Munch (1863-1944) 02- Vimos que o Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática,

subjetiva, “expressando” sentimentos humanos... Assinale as alternativas que

correspondem com as características da arte expressionista:

a)( )pesquisa no domínio psicológico;

b)( ) cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;

c)( )Arte inspirada no surreal, inconsciente e imaginário

d)( )dinamismo improvisado, abrupto, inesperado; pasta grossa, martelada, áspera

e)( ) técnica suave, pintada com tranquilidade e harmonia

f)( )técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou

provocando explosões

g)( ) preferência pelo patético, trágico e sombrio

ATIVIDADE FINAL

Reflexões sobre o estudo

Nessa unidade didática você educador teve a oportunidade de estudar, discutir e

realizar práticas com entrelaçamento da arte e tecnologia, que, conjugados, vêm

provocando modificações substanciais nos paradigmas a respeito da Educação.

Leias as reflexões abaixo, em seguida, anote as idéias que evidenciem abordagens,

conhecimentos e teorias sobre o assunto que você julgar importantes e /ou novas. Pesquise

mais sobre o assunto e trace alguns comentários pessoais. Finalmente, coloque na sua

resenha algumas considerações sobre a importância das TICs na prática pedagógica do

ensino da arte entrelaçada com a tecnologia.

Qual a importância da Tecnologia na sua vida? E na sua prática metodológica?

A tecnologia pode favorecer a educação com informações muito mais atualizadas e

rápidas?

Você acredita que o professor está sendo realmente preparado para trabalhar com

o uso das Novas Tecnologias?

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Em se tratando dos recursos tecnológicos, tudo ocorre muito rápido, levando ao

modismo. Para tudo precisamos nos preparar e precisamos ter clareza de que ou nos

informamos ou ficamos para trás. O que você tem feito para inovar sua prática pedagógica?

Na escola que você trabalha, oferece condições para serem utilizadas as

Tecnologias como um recurso no processo de aprendizagem? Como?

Você se sente preparado para trabalhar no laboratório de informática da escola,

sem a ajuda de um especialista no assunto?

Considerando os questionamentos acima e o conhecimento que você possui sobre

arte e tecnologia, aborde os pontos positivos e negativos da unidade didática.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2005. COUCHOT, Edmond. A tecnologia na arte: da fotografia à realidade virtual. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2003. FAYGA, Ostrower. A Sensibilidade do Intelecto – Visões paralelas de espaço e tempo na arte e na Ciência. A beleza do essencial. 7ª Ed. São Paulo: Editora Campus, 1998. GASPARIN, João Luis. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Critica – 4ª ed. Campinas- SP: Autores Associados, 2007.

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47

MARILDA, Oliveira de Oliveira&Fernando Hernández(orgs)A formação do professor e o

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____ Oliveira de Oliveira, Arte, Educação e Cultura- _ Santa Maria, Ed.UFSM, 2007.

MORAN, José Manuel. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica, Curitiba, 2008.

ROSINI, Alessandro Marco. As novas tecnologias da informação e a educação a distância. São Paulo: Thomson Learming, 2007.

SANTOS, Nara Cristina. Arte (e) Tecnologia em sensível emergência com o entorno digital: projetos brasileiros. 2004. 367f. Tese (Doutorado - Programa de Pós Graduação em Artes Visuais) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.

48

ANEXOS QUESTIONARIO 01 01-Você acredita que as tecnologias pode enriquecer o processo de formação e informação? ( )SIM ( )NÃO 02-Recurso tecnológico que você mais utiliza em sua pratica metodológica: ( )TV ( )COMPUTADOR ( )RADIO ( )DVD 03-Programa de computador que o professor conhece e utiliza ( )EDITOR DE TEXTO ( )PAINT ( )EXCEL 04- Você acredita que a tecnologia e uma forma dos alunos envolver-se no processo de ensino-aprendizagem? ( )SIM ( )NÃO

05-Área de conhecimento da arte que o aluno se identifica: ( )TEATRO ( )DANÇA ( )MÚSICA ( )ARTES VISUAIS

06-Ponto de vista dos professores sobre a obra o grito de Edward Munch ( ) PERTUBADORA ( )OTIMISTA ( )REALISTA