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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica

Turma - PDE – 2016/2017

Título: A Narrativa de Aventura e a Prática de Leitura e Escrita no Ensino Fundamental

Autor: Márcia Eliane Kochinski Marchewski

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual São Pedro e São Paulo

Município da escola: Campo Largo – Paraná

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul

Professora Orientadora: Milena Ribeiro Martins

Instituição de Ensino Superior: Universidade Federal do Paraná

Relação Interdisciplinar:

Ciências, Geografia e Arte

Resumo:

Esta Unidade Didática objetiva a leitura de narrativas desenvolvendo habilidades necessárias para a formação de um leitor autônomo tendo como público-alvo os alunos que ingressam na segunda etapa do Ensino Fundamental (6º ano). Intenta dar continuidade ao processo de aquisição de habilidades de leitura e escrita como o conhecimento da língua e suas capacidades expressivas e artísticas, a construção de significados a partir de conhecimentos prévios e das inferências contidas no texto, o exercício do suspense, o estímulo à ampliação dos limites do real pelo recurso da fantasia. Se pesquisas apontam diferentes motivos pelos quais os alunos não leem e não produzem textos adequadamente, esta produção busca, através dos encaminhamentos metodológicos embasados na proposta do Letramento Literário de Rildo Cosson, formar uma comunidade de leitores, na qual os diferentes olhares permitam o compartilhamento de conhecimento de experiências de leitura na escola

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proporcionando uma viagem divertida, interessante e emocionante, assim como a satisfação de vivenciar outro espaço e tempo, outras experiências e se reconhecer em um personagem. Através dessa experiência de leitura e das atividades realizadas, dar condições para que o aluno-leitor aprimore habilidades necessárias para a recepção e produção de textos de temáticas e gêneros variados.

Palavras-chave:

Leitura; Letramento Literário; Habilidades de

Leitura e Escrita.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Professores da rede Estadual de Educação e alunos do 6º ano dos anos finais do Ensino Fundamental.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA

EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

TURMA 2016/2017

MÁRCIA ELIANE KOCHINSKI MARCHEWSKI

A NARRATIVA DE AVENTURA E A PRÁTICA DE LEITURA E ESCRITA NO

ENSINO FUNDAMENTAL

CURITIBA/2016

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MÁRCIA ELIANE KOCHINSKI MARCHEWSKI

A NARRATIVA DE AVENTURA E A PRÁTICA DE LEITURA E ESCRITA ENSINO

FUNDAMENTAL

Produção Didático-Pedagógica apresentada

ao Programa de Desenvolvimento

Educacional, da Secretaria do Estado da

Educação do Paraná, turma 2016/2017, sob

a orientação da Prof.ª Dr.ª Milena Ribeiro

Martins.

CURITIBA/2016

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APRESENTAÇÃO

Proponho nesta unidade didática o trabalho com o ensino e a aprendizagem de

leitura e a prática de escrita, no sexto ano do Ensino Fundamental, por meio da leitura

do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009).

Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os quais são construídos na

interação entre o texto e o leitor, baseados em elementos linguísticos e requerem a

utilização de um conjunto de saberes que consideram as experiências e os

conhecimentos do leitor. Uma pessoa lê para cumprir diferentes propósitos. Ler na

sociedade atual é necessário para se inserir em diversos contextos com múltiplas

finalidades. Na escola, o ensino de leitura por meio da sua prática cotidiana é

essencial para a aquisição da linguagem escrita, para internalização de certas

estruturas gramaticais complexas e ainda permite que o aluno-leitor se emocione,

adentre o mundo do faz-de-conta, da imaginação, embarque na ficção concordando

com os acordos firmados para entreter-se e aproveitar-se de seus benefícios.

Nós, professores, devemos ser mediadores da leitura na escola evitando

abordagens rígidas, fixas, previsíveis, demonstrando que a leitura é uma atividade

prazerosa que implica na troca de sentidos não somente entre o escritor e o leitor,

mas também entre a comunidade de leitores na qual esse aluno-leitor encontra-se

inserido. A compreensão dos sentidos de um texto é resultado de compartilhamentos

mediados pelo professor, o qual planeja atividades de leitura para uma comunidade

de leitores formada na sala de aula com objetivo de promover o letramento literário e

desenvolver habilidades de leitura como “captar significados, capacidade de

interpretar sequências de ideias ou eventos, analogias, comparações, linguagem

figurada, relações complexas, anáforas; [...]. (SOARES, 2012, p.69).

Essa unidade didática tem por objetivo sugerir aos professores a realização de

várias etapas de leitura e compreensão embasadas em elementos da sequência

expandida, proposta nos livros Letramento Literário: teoria e prática (2014) e

Círculos de Leitura e Letramento Literário (2014), de Rildo Cosson.

A escolha do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl se deu pelo

fato do aluno do sexto ano do Ensino Fundamental já possuir conhecimentos e

vivências que lhe permitirão um bom aproveitamento da narrativa presente na obra,

como o suspense, a fantasia, a aventura, o humor, a amizade, a coragem e o respeito

pelas diferenças nos relacionamentos.

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A leitura do texto envolve, simultaneamente, a razão e a emoção; sua

organização provoca surpresa no leitor. O objetivo é, no decorrer do processo de

leitura, despertar a prática da leitura, com o auxílio da narrativa de aventura, formando

uma comunidade de leitores, visando modificar o repertório dos alunos, num

processo de produção de conhecimento através da leitura do livro de literatura.

Colega professor, esperamos que as atividades aqui expostas lhe

proporcionem uma oportunidade de refletir sobre as práticas e encaminhamentos com

as atividades de leitura empregadas nas escolas e também a possibilidade de aplicar

os novos conhecimentos aqui construídos sobre o ensino da leitura através de

atividades que propiciem o letramento literário.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A necessidade de se repensar o ensino da leitura surge a partir de exigências

da vida em sociedade. Com o advento da rapidez na transmissão de informações o

indivíduo precisa desenvolver um conjunto de habilidades de leitura e escrita para

compreender a sociedade, viver nela exercendo seus direitos e deveres, e não ser

enganado pelas suas demandas. Paulo Freire defende a ideia de que “o ato de ler não

se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou na linguagem escrita, mas que

se antecipa e se alonga na inteligência do mundo” (FREIRE, 2005, p.11). Cada ser

humano tem a capacidade de fazer sua leitura de mundo, delimitada pelas suas

experiências de vida, acompanhadas de subjetividade, ou seja, a leitura de mundo,

como afirma Freire, antecede a leitura mecânica e alia-se a ela.

A escola deve propiciar ao educando uma formação na qual ele perceba que

está compreendendo e eventualmente reproduzindo o que leu, mas, também precisa

dar condições para que o aluno se torne um leitor crítico, participativo e criativo. E o

domínio da leitura, é condição para garantir a construção e a criação da autonomia de

pensamento, do senso crítico e do desenvolvimento da criatividade.

No cotidiano, o aluno utiliza essa autonomia na leitura de rótulos, outdoors, nas

redes sociais, na televisão... e deveria fazer uso da leitura aliada ao seu conhecimento

de mundo para compreender o objeto lido de forma crítica e autônoma. O ato de ler

está associado ao ato de escrever, de decifrar letras e formar sílabas e também

presente no letramento, ou seja, nas práticas de leitura e escrita em diferentes

contextos.

Mas o que é letramento? Segundo Magda Soares,

Embora correndo o risco de uma excessiva simplificação, pode-se dizer que a inserção no mundo da escrita se dá por meio da aquisição de uma tecnologia – a isso se chama alfabetização, e por meio do desenvolvimento de competências (habilidades, conhecimentos, atitudes) de uso efetivo dessa tecnologia em práticas sociais que envolvem a língua escrita – a isso se chama letramento. (SOARES, 2003, p. 90).

O objetivo da escola é que o aluno domine com bastante competência a leitura,

seja letrado, que as atividades desenvolvidas favoreçam o ensino da língua de

maneira que produza a aproximação dos conteúdos escolares significativos para a

vida e amplie as possibilidades de compreensão, comunicação e inserção dos alunos

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nas atividades de escrita e leitura permitindo a utilização dessas duas complexas

habilidades com destreza. O uso da língua de modo mais desenvolto possibilita ao

aluno ultrapassar algumas barreiras sociais.

Para que se dê o aprimoramento da aprendizagem oral e escrita do aluno e

também a sua inserção num universo cultural mais amplo, a leitura deve ser

privilegiada como uma prática escolar fundamental. Para adquiri-la é preciso que o

ambiente favoreça o contato com livros, que o professor seja o mediador que leia e

organize a discussão das ideias presentes nas obras, a sala de aula se constitua num

espaço de troca de conhecimentos e experiências, uma comunidade de leitores, na

qual o aluno encontre significado para o ato de ler. E há necessidade de realizar esse

trabalho nos espaços escolares preparando os alunos para que realizem a leitura

solitária compreendendo-a e sentindo prazer em praticá-la. Há inúmeras habilidades

que podem ser desenvolvidas no ensino da leitura. Magda Soares cita algumas das

quais, cremos, que o professor deve se tornar consciente, para que ocorra o

letramento literário. Diz ela que “a leitura estende-se da habilidade de traduzir em sons

e sílabas sem sentido as habilidades cognitivas e metacognitivas” (SOARES, 2012,

p.69) e, em seguida, detalha tais habilidades:

a habilidade de decodificar símbolos escritos; a habilidade de captar significados; a capacidade de interpretar sequências de ideias ou eventos, analogias, comparações, linguagem figurada, relações complexas, anáforas; e, ainda, a habilidade de fazer previsões iniciais sobre o sentido do texto, de construir significados combinando conhecimentos prévios e informação textual, de monitorar a compreensão e de modificar previsões iniciais quando necessário, de refletir sobre o significado do que foi lido, tirando conclusões e fazendo julgamentos sobre o conteúdo. Acrescente-se a essa grande variedade de habilidades de leitura o fato de que elas devem ser aplicadas diferenciadamente a diversos tipos de materiais de leitura. (SOARES, 2012, p.69).

O desenvolvimento de algumas dessas habilidades será possível com a

utilização da sequência expandida proposta por Rildo Cosson, o qual defende que a

literatura deve ser ensinada na escola através do letramento literário, que difere da

leitura por fruição, mas complementa-a. Segundo o autor,

[...] devemos compreender que o letramento literário é uma prática social e, como tal, responsabilidade da escola. A questão a ser enfrentada não é se a escola deve ou não escolarizar a literatura, como bem nos alerta Magda Soares, mas sim como fazer essa escolarização sem descaracterizá-la, sem transformá-la em um simulacro de si mesma que mais nega do que confirma seu poder de humanização. (COSSON, 2014a, p. 23).

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A leitura, nessa proposta, é construída a partir de um planejamento feito pelo

professor, desde o primeiro contato do aluno leitor com o livro, até o momento da

externalização da leitura através de diferentes propostas de registro, ou seja, não se

valoriza apenas a leitura individual realizada pelo aluno e averiguada através de

atividades em que ele apenas reconta o enredo.

UM COMENTÁRIO SOBRE O LIVRO JAMES E O PÊSSEGO GIGANTE, DE ROALD

DAHL

Para este trabalho será realizada a leitura do livro James e o Pêssego Gigante

(2009), de Roald Dahl, publicado originalmente em 1961, na Inglaterra, e traduzido no

Brasil em 1996, por Angela Mariani. Esse livro foi escolhido por ter sido distribuído

pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE/2011), que teve por objetivo

dotar os acervos das bibliotecas escolares de livros de qualidade. Outros livros do

autor, também, já foram distribuídos pelo PNBE: A Fantástica Fábrica de Chocolate

(2011), no PNBE/2006 e 2013, Os Pestes (2009), no PNBE/2010, e O BGA: O Bom

Gigante Amigo (2009), no PNBE/2009. Não basta apenas que esses e outros livros

estejam na biblioteca da escola, é preciso que sejam lidos pelos alunos e que a leitura

seja mediada pelo professor para que se efetive a formação de leitores.

Na narrativa James e o Pêssego Gigante (2009), o menino tem que viver com

duas tias insuportáveis e maldosas, Espiga e Esponja, após seus pais terem sido

devorados, em Londres, por um rinoceronte. O aparente absurdo desse fato introduz

o leitor no mundo da fantasia. Como o menino pode se livrar dessa situação? Um

velhinho de terno verde-escuro aparece no jardim e dá a James um saquinho de papel

branco com uma porção de coisinhas verdes. No jardim da casa em que mora com as

tias, no alto de uma colina, começa a crescer um fruto de proporções nunca vistas,

mas não é só o fruto que surpreende, todos os insetos que habitam aquele jardim

também ficam enormes. Com esses novos companheiros o menino encontra uma

saída para se ver livre dos castigos e obrigações infindáveis impostas por suas tias,

que também são descritas como velhas e horrorosas. Ambas não gostam de insetos

e os matam da maneira mais cruel possível e são, por isso, odiadas por eles. Segundo

Myles Mcdowell,

Os livros para crianças geralmente são mais curtos, tendem a privilegiar um tratamento mais ativo que passivo, com diálogos e incidentes em lugar de descrição e introspecção; protagonistas crianças são a regra; as convenções

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são muito utilizadas; a história se desenvolve dentro de um nítido esquema moral que grande parte da ficção adulta ignora; os livros para crianças tendem a ser mais otimistas que depressivos; a linguagem é voltada para a criança; os enredos são de uma classe distinta, a probabilidade geralmente é descartada; e pode-se ficar falando sem parar em magia, fantasia, simplicidade e aventura. (MCDOWELL apud HUNT, 2010, p.98-100).

A escolha dessa obra se deu pelo fato de apresentar a maioria das

características mencionadas acima, as quais prendem a atenção do aluno-leitor que

está cursando o sexto ano, e pelas temáticas abordadas: o suspense, a fantasia, a

aventura, o humor, a amizade, a coragem e o respeito pelas diferenças presentes nos

relacionamentos. De acordo com Peter Hunt, “... um texto deve ‘implicar’ um leitor. Ou

seja, o tema, a linguagem, os níveis de alusão, etc. ‘escrevem’ claramente o nível de

leitura. (Não por acaso, [...] vários de Roald Dahl, tornaram-se populares tanto entre

adultos como entre crianças)”. (HUNT, 2010, p.79).

O livro James e o Pêssego Gigante é uma narrativa de aventura que faz uso

de uma linguagem leve e surpreendente, na qual é utilizado o humor no diálogo das

personagens. O humor está presente, por exemplo, neste trecho poético-narrativo em

que conversam as tias Espiga e Esponja:

‘Se eu for parar no cinema, peço que não se espante,’ Declarou a tia Esponja, ‘pois de agora em diante Só falta eu ganhar as telas Dos filmes e das novelas Com meu rosto estonteante!’ ‘Só se for’, cortou a outra, ‘no papel de um elefante!’ (DAHL, 2009, p.15).

No trecho, as personagens adultas são o alvo do humor, e os alunos apreciam

narrativas em que o adulto é exposto, por observarem que as pessoas adultas também

apresentam comportamentos inadequados e pelo fato de serem constantemente

repreendidos por elas. Esses enunciados não promovem a agressividade ou a

zombaria ofensiva, mas a denúncia do abuso de poder dos que são fisicamente mais

fortes do que as crianças, ridicularizando-os perante o público leitor. O humor propicia

uma leitura agradável tanto para o adulto quanto para a criança e para o adolescente,

e pode ser observado nos diálogos entre os personagens insetos e o menino durante

a viagem que realizam, dentro do pêssego gigante, atraindo a atenção do leitor para

o enfrentamento dos problemas que surgem no desenrolar da aventura. Como, por

exemplo, quando o Sr. Centopeia pede para James ajudá-lo a tirar suas botinhas:

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– Quantas botinhas você tem! – espantou-se James. – É que eu tenho muitas pernas – o Sr. Centopeia respondeu orgulhoso. – E muitos pés também. Cem, para ser exato. – Vai começar! – reclamou o Minhoco, falando pela primeira vez. – Ele não consegue deixar de mentir sobre a quantidade de pernas que tem! Não tem nada dessa história de cem pernas! São só quarenta e duas! É que em geral as pessoas não se preocupam em contar. Acreditam no que ele diz. De qualquer modo, não há nada de tão maravilhoso assim em ter um monte de pernas, sabia, Sr. Centopeia? (DAHL, 2009, p. 54 - 55).

Além da presença do humor, após a leitura do trecho, o leitor pode se perguntar

quantos pés tem a centopeia? O texto gera essa dúvida. Quem estará falando a

verdade? Esse tipo de diálogo em que o Sr. Centopeia e o Minhoco discutem sobre

diferentes assuntos polêmicos e muitas vezes ofensivos volta a se repetir em outros

capítulos do livro. Também se observa que a linguagem utilizada pelo narrador

reproduz uma linguagem mais coloquial com um tom típico da oralidade.

A leitura do texto envolve, simultaneamente, a razão e a emoção, sua

organização provoca no leitor surpresa como, por exemplo, no final do capítulo doze,

quando o velho Gafanhoto pede para a Senhorita Aranha preparar as camas dentro

do pêssego gigante para que todos pudessem descansar para, no dia seguinte,

iniciarem a aventura. James ficou surpreso pelo fato da aranha preparar a cama de

acordo com as características necessárias do “móvel” ou solicitada pelos insetos que

estavam no pêssego: cama macia e sedosa para o Velho Gafanhoto; comprida para

o Sr. Centopeia e mais comprida ainda para o Minhoco. James pôde escolher as

características da sua.

Segundo Peter Hunt, os leitores crianças “são capazes de atribuir

características humanas a objetos inanimados de um modo bem menos controlado

que os adultos”. ( HUNT, 2010, p.92). Isso ocorre porque as crianças exploram um

mundo de fantasia e encantamento, no qual a realidade e a imaginação se confundem

nas brincadeiras cotidianas. Sendo a brincadeira um elemento natural do perfil infantil,

encontrarão na linguagem do livro lido mecanismos suficientes para compreenderem

a narrativa de aventura e se divertirem com ela.

Na narrativa, o menino e os insetos viajam dentro de um pêssego que se

transforma num local de embates entre personagens e tomadas de decisões, atraindo

a atenção dos leitores para os eventos referentes à continuidade e ao término dessa

aventura. Segundo Todorov:

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Existem narrativas que contêm elementos sobrenaturais sem que o leitor jamais se interrogue sobre sua natureza, sabendo perfeitamente que não deve tomá-los ao pé da letra. Se animais falam, nenhuma dúvida nos assalta o espírito: sabemos que as palavras do texto devem ser tomadas num outro

sentido, que se chama alegórico. (TODOROV, 2010, p.38).

Mesmo com a existência de elementos sobrenaturais, a narrativa traz

elementos e situações muito próximas da vivência do aluno. As personagens do livro

são símbolos ou alegorias do relacionamento vivido pelas pessoas, o protagonista tem

que enfrentar o abuso de poder das tias adultas no início do livro, mas ao embarcar

no pêssego gigante, não é mais dependente delas nem fisicamente nem

psicologicamente, tornando-se capaz de tomar suas próprias decisões e com elas

ajudar os outros companheiros. Também, na narrativa, há a percepção da distinção

entre as personagens boas e más, fato que ajuda os leitores a compreenderem as

personalidades humanas. Segundo Nelly Novaes Coelho, há muitos elos entre a

literatura infantil e a vida:

Cada ser humano precisa ter um ideal (ou ideais, desígnios, projetos que se sucedem) para serem alcançados; para tentar alcançá-lo, precisa sair de seu meio familiar (viagem) e enfrentar o meio exterior, o confronto com os demais seres; nessa busca, certamente encontrará obstáculos (opositores) para serem vencidos; nesse esforço para vencer obstáculos, encontrará também auxílio (mediadores) e finalmente realizará o ideal perseguido (final feliz) e, obviamente, recomeçará a caminhada perseguindo um novo ideal ou projeto. (COELHO, 2000, p.116).

A fantasia não é apenas uma maneira de fugir da realidade, evitando o

cotidiano. É uma maneira de pensar sobre o real e o cotidiano, artisticamente

figurados, de forma a compreendê-los sob outra ótica.

O livro utilizado na produção didático-pedagógica permitirá ao aluno relacionar

os fatos narrados com os acontecimentos de seu cotidiano. Se ler é produzir sentidos,

é uma conversa com situações vivenciadas no cotidiano, a leitura dessa aventura

será um diálogo do aluno com momentos anteriormente imaginados ou vividos.

A história retratada nessa narrativa é uma forma de aproximar o texto que será

lido ao universo do aluno, porque é um gênero que faz uso da imaginação, é atraente

para a faixa-etária e faz o sujeito da leitura avaliar os valores vividos e observados por

ele na sociedade em que se encontra inserido. Na leitura desse e de outros gêneros

o ser humano também encontra a possibilidade de construir a sua própria identidade.

Segundo Rildo,

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a literatura é formativa porque ela nos forma como leitores e como sujeitos da nossa leitura, afinal construímos o mundo com palavras e, para quem sabe ler, todo texto é uma letra com a qual escrevemos o que vivemos e o que queremos viver, o que somos e o que queremos ser. (COSSON, 2014b, p.51)

Ao ler a narrativa de aventura o aluno construirá sentidos ao aceitar a

linguagem simbólica presente nela, reconhecendo seus conflitos de criança como, por

exemplo, as imagens contraditórias que possuem dos adultos, ora vistos como

protetores, justos e bondosos, ora temidos por serem fortes, maldosos e autoritários.

O livro proporcionará uma viagem divertida que entreterá e emocionará, mas não é

somente isso, é a satisfação de vivenciar outro espaço, outro tempo, outras

experiências e descobrir em um personagem alguns elementos e se reconhecer.

Dessa forma, há de se considerar elementos importantes nessa interação: o

autor que escreveu o texto, o leitor e sua vivência, juntamente com as convenções

que determinam a leitura no meio em que o leitor está inserido, e o contexto que limita

o diálogo com o texto. Segundo Vera Teixeira Aguiar,

A leitura é um jogo em que o autor escolhe as peças, dá as regras, monta o texto e deixa ao leitor a possibilidade de fazer combinações. Quando ela faz sentido, está ganha a aposta. Mas isso só acontece porque o leitor aceita as regras e se transporta para o mundo imaginário criado. Se ele resiste fica fora da partida. Ao mergulhar na leitura, entra em outra esfera, mas não perde o sentido do real e aí está, a nosso ver, a função mágica da literatura: através dela vivemos uma outra realidade, com suas emoções e perigos, sem viver as consequências daquilo que fazemos e sentimos enquanto lemos. (AGUIAR, 2011, p.254).

O papel exercido pelo leitor ultrapassa a compreensão dos sentidos das

palavras. No texto ele se identifica, vivencia e participa encontrando o seu papel no

jogo da leitura.

METODOLOGIA

A leitura de um texto exige do leitor muito mais do que o conhecimento do

código linguístico. Ele necessita utilizar-se de habilidades de leitura, as quais devem

ser desenvolvidas nas séries iniciais do ensino fundamental e precisam continuar

sendo aprimoradas no decorrer das séries finais do ensino fundamental, como a

seleção de estratégias, a validação de suposições feitas antes do início da leitura, as

pistas textuais dadas pelo autor e aliadas ao conhecimento do leitor para ajudarem

no entendimento do texto, a construção de significados a partir de conhecimentos

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prévios e das inferências contidas no texto. Assim, após a realização de estudos

teóricos, proponho a aplicação das etapas da “sequência expandida”, segundo

metodologia proposta por Rildo Cosson.

A proposta metodológica de Cosson compreende a sequência básica

constituída de quatro etapas: motivação, introdução, leitura e interpretação; e a

sequência expandida que contém as etapas da básica acrescentando-se os intervalos

(momento em que o professor faz a verificação da leitura e pode enriquecê-la), a

primeira interpretação, a contextualização, a segunda interpretação e a expansão.

Vale lembrar que “a sequência não é algo intocável” (COSSON, 2014a, p.72) é

possível adaptá-la de acordo com as características da comunidade escolar.

Na primeira etapa, denominada motivação, aborda-se o tema do livro com o

objetivo de estimular, de despertar o interesse pela leitura da obra, e preparar o aluno

para adentrar ao texto. Segundo o autor, “as mais bem-sucedidas práticas de

motivação são aquelas que estabelecem laços estreitos com o texto que se vai ler a

seguir”. (COSSON, 2014a, p.55).

A introdução é a segunda etapa, cujo objetivo é fazer uma breve apresentação

do autor e da obra que será lida, fornecendo informações básicas sobre ele e

relacionadas ao livro, momento em que ocorre a apresentação física da obra

chamando a atenção para a leitura da capa do livro, da orelha, da ilustração e outros

elementos considerados necessários. Segundo Cosson, “as apreciações críticas

presentes nas orelhas ou na contracapa são instrumentos facilitadores da introdução

e muitas vezes trazem informações importantes para a interpretação”. (COSSON,

2014a, p.61).

Na terceira etapa – a leitura – o autor orienta para que esta seja realizada

prioritariamente extraclasse, mas no presente trabalho alguns capítulos serão lidos

em sala de aula, para os alunos compartilharem com os colegas o prazer de ler e

discutir alguns capítulos junto com a comunidade de leitores formada na escola, ir

desvendando os mistérios e desfrutando da aventura. Além disso, por serem alunos

que até então estudavam nas escolas da rede municipal, das quais temos pouco

conhecimento de como a leitura de livros de literatura foi realizada, parece importante

iniciarmos com atividades que focam o letramento literário já no sexto ano. Nesse

momento, é preciso que o professor defina os capítulos a serem lidos e as datas em

que eles serão discutidos em sala. O autor denomina esse momento de “intervalos”,

nos quais há a possibilidade de aferição da leitura, com a possibilidade de auxiliar

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possíveis dificuldades referentes à compreensão do vocabulário ou até mesmo de

trechos do texto. Os “intervalos” também permitem o diálogo com outros textos.

Nesse momento, é a participação dos alunos que demonstrará se a leitura

estará sendo realizada conforme as datas estabelecidas e acordadas com eles. Ainda

segundo Cosson, os capítulos iniciais necessitam de mais tempo de leitura porque o

aluno está conhecendo as personagens e as situações básicas da narrativa, enquanto

nos últimos ele já detém esse conhecimento da história e o interesse pelo desfecho

da narrativa já foi despertado.

O próximo passo é a realização da primeira interpretação em que o aluno, após

a conclusão da leitura, dará uma resposta à obra, se posicionará a respeito do texto

lido, da manifestação dos sentimentos relacionados aos personagens e àquele mundo

da fantasia visitado. Nesta aula será possível perceber a importância que a leitura

individual, o encontro do aluno com o livro, teve no processo de letramento literário,

pois “por mais que esse encontro tenha sido mediado pelo trabalho de motivação,

introdução e leitura, precisa de liberdade e individualidade para se efetivar

plenamente”. (COSSON, 2014a, p.85).

Cabe ao professor, nesse momento, analisar os comentários dos alunos

surpreendendo-se com a compreensão do texto ou apontando as inconsistências,

mediando a compreensão do que foi lido.

Na próxima etapa, a da contextualização, busca-se o aprofundamento da leitura

valorizando os contextos nos quais a obra se insere, sendo sugeridas pelo autor sete

tipos de contextualização: teórica, histórica, estilística, poética, crítica,

presentificadora e temática. Neste projeto serão abordadas as contextualizações

poética, presentificadora e temática, que nos parecem mais adequadas para esse

nível de leitura e para esse livro. A primeira, “responde pela estruturação e

composição da obra” (COSSON, 2014a, p.87), mas não se limita a simples

catalogação de itens. A segunda, buscará a “correspondência da obra com o presente

da literatura” (COSSON, 2014a, p.89). E a terceira se refere à temática ou às

temáticas mencionadas na obra. A abordagem temática “é uma maneira de ir mais

longe na leitura do texto, de ampliar o horizonte de leitura de forma consciente e

consistente com os objetivos do letramento literário na escola”. (COSSON, 2014a,

p.90).

A segunda interpretação buscará a compreensão global da obra. Rildo afirma

que “ela pode estar centrada sobre uma personagem, um tema, um traço estilístico,

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uma correspondência com questões contemporâneas, questões históricas, outra

leitura, e assim por diante, conforme a contextualização realizada”. (COSSON, 2014a,

p.92).

Com a segunda interpretação, encerra-se o trabalho com James e o Pêssego

Gigante (2009).

Na última etapa, denominada expansão, realiza-se um diálogo com outras

obras. “A expansão busca destacar a possibilidade de diálogo que toda obra articula

com os textos que a precederam ou que lhes são contemporâneos ou posteriores”.

(COSSON, 2014a, p.94).

Com a utilização da sequência descrita acima pretende-se fazer uso da

literatura escolarizada de forma planejada e mediada pelo professor. Segundo Magda

Soares, a adequada escolarização da literatura é “aquela que conduz mais

eficazmente às práticas de leitura que ocorrem no contexto social e às atitudes e

valores que correspondem ao ideal de leitor que se quer formar”. (SOARES, 2012,

p.25).

Portanto, durante a leitura do texto é necessário que o aluno levante hipóteses,

valide-as ou descarte-as, ou seja, participe da construção de sentido, suscitando

nesse indivíduo a prática e o domínio da leitura para que possa durante seu percurso

na escola usufruir dos benefícios dessa habilidade. A destreza no domínio da leitura

também propiciará a ampliação do entendimento do mundo, o acesso à informação,

e seus proveitos se estenderão para a vida em sociedade. A escola tem o papel mais

importante, ou talvez seja, nas condições atuais, a principal responsável pela

formação de leitores críticos.

Ao se trabalhar com o letramento literário, cria-se uma comunidade de leitores

em sala de aula com um professor que estabelece objetivos e trabalha os eixos

norteadores da sua disciplina: oralidade, escrita e leitura. Segundo as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná:

a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo de leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas em seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural. (PARANÁ, 2008, p.71).

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Dessa forma, o trabalho com a leitura passará a ter objetivos claros e o estudo

do texto não será utilizado somente como pretexto para o ensino da gramática, não

serão usados de modo inadequado trechos literários, fragmentos deslocados, mas

será proporcionado ao aluno a sua participação enquanto sujeito atuante e crítico nas

práticas de letramento da sociedade cabendo ao leitor preencher as lacunas de forma

adequada, auxiliado pela comunidade de leitores, exercendo o seu papel de receptor

do texto, participando ativamente do diálogo com a obra.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

As atividades a seguir são indicadas para alunos do sexto ano do Ensino

Fundamental, com a utilização de aproximadamente 32 horas/aula para a sua

aplicação. Cabe a cada professor avaliar a pertinência desta proposta ao nível dos

seus alunos, seja nas séries finais do Ensino Fundamental, seja no Ensino Médio.

MOTIVAÇÃO

Objetivo: Introduzir os alunos no universo da narrativa de aventura através da

visualização de imagens de frutas de diferentes tamanhos, incluindo as geneticamente

modificadas, preparando-os e despertando o interesse pela leitura da obra.

Tempo: 3 aulas

Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Ciências e Arte

Descrição das atividades

Atividade 1 (1 aula): 1º) Apresentação de imagens de frutas de diferentes tamanhos.

1) Pergunte aos alunos sobre as sensações que as frutas apresentadas

despertam neles ao observá-las.

2) Quais frutas conhecem? Já colheram? Já comeram?

3) Gostam de se alimentar de frutas ou não gostam? Por quê?

4) Possuem pés de frutas plantados em seus quintais ou em lugares que frequentam

(casas de familiares, chácaras)?

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5) Há alunos que moram na região rural. Conhecem agricultores que cultivam

frutas? Contem para os colegas quais são. O que sabem sobre o seu cultivo?

Sugestão de site que contém imagens de frutas e apresentam suas

características, informações nutricionais... :

http://www.blog.mcientifica.com.br/frutas-de-a-a-z/ . Acesso em 30 de set. 2016.

2º) Levar frutas para sala de aula (banana, maçã, pêra, pêssego, mamão, melão, uva,

laranja...). Organizar os alunos em grupos. Pedir para que escolham uma fruta e, em

seguida, que discutam e registrem em que e como a utilizariam justificando o seu uso.

Depois da realização da atividade utilizar as frutas para o preparo de uma

salada de frutas para os alunos degustarem na próxima aula.

Atividade 2 (1 aula): Apresentação das discussões realizadas pelos grupos. Ao

término, a degustação da salada de frutas.

Atividade 3 ( 1 aula): Levar os alunos ao laboratório de informática e mostrar

imagens feitas pelo fotógrafo e ilustrador Carl Warner, o qual usa uma técnica

chamada “foodscape” em que cria cenários com alimentos. Os cenários devem ser

observados e discutidos. Também conhecer o trabalho dos fotógrafos Enrico Becker

e Matts Harris.

Acesse o link para conhecer o trabalho do fotógrafo e ilustrador Carl Waren

http://carlwarner.com/artist/ . Acesso em 2 de out. 2016.

Acesse o link para conhecer o trabalho dos fotógrafos Enrico Becker e Matts Harris,

que fizeram fotos com frutas.

https://foodcornerbr.wordpress.com/2015/10/06/curiosidades-e-inspiracoes-the-

set-of-genetically-modified-fruits/ Acesso em 2 de out. 2016.

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Durante a conversa comparar os usos sugeridos pelos alunos nas

discussões feitas em grupos com a utilização das frutas pelos fotógrafos.

INTRODUÇÃO

Objetivo: Apresentar o autor e a obra fornecendo informações básicas e estimulando

nos educandos o desenvolvimento de percepções prévias a respeito da obra James

e o Pêssego Gigante.

Tempo: 2 aulas (Uma aula destinada para as três primeiras atividades e outra para

a quarta e a quinta atividade.)

Descrição das atividades

Atividade 1: Propor aos alunos que imaginem e narrem oralmente uma aventura na

qual uma fruta desempenhe um importante papel.

Atividade 2: Apresentação da obra tecendo comentários sobre a vida de Roald Dahl.

Ler a orelha do livro, explicando a sua importância. Informar que a orelha

possui dados sobre a obra, o autor e o ilustrador. É a parte que incentiva as pessoas

a adquirirem o livro. Realizar o levantamento de hipóteses sobre a temática da obra

a partir da orelha, capa e contracapa.

Atividade 3: Acordar com os alunos que leiam em casa até o capítulo 8 (páginas 7 a

41).

O professor deverá combinar com os alunos as etapas de leitura,

estabelecendo os prazos de leitura extraclasse assim como os capítulos que

deverão ser lidos. Poderá expor todas as datas na introdução ou informar ao aluno

no dia da realização dos “intervalos”.

Atividade 4: Apresentar outros títulos do autor que fazem parte do acervo da

biblioteca.

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Visitar a biblioteca e observar se a escola em que leciona recebeu um destes

livros: A Fantástica Fábrica de Chocolate (2011), no PNBE/2006 e 2013, Os

Pestes (2009), no PNBE/2010, O BGA: O Bom Gigante Amigo (2009), no

PNBE/2009, James e o Pêssego Gigante (2009), no PNBE/2011.

Atividade 5: Levar os alunos ao laboratório de informática para conhecerem mais um

pouco sobre o autor.

Visite o site: www.roalddahlmuseum.org. Acesso em 2 de jul. de 2016.

1º INTERVALO

Objetivos: Realizar a verificação da leitura dos capítulos da obra (pelos alunos)

aprofundando a compreensão pelo tema tratado e sanando possíveis dúvidas.

Identificar o tema do conto A menina e as balas, de Georgina Martins com a narrativa

de aventura James e o Pêssego Gigante, estabelecendo relações, comparando-os

buscando semelhanças e diferenças quanto ao gênero e às ideias.

Desenvolver habilidades de leitura como localizar informações implícitas e explícitas,

identificar a finalidade da narrativa, índices de previsibilidade, levantamento de

hipóteses.

Discutir os temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de expressão e

argumentação orais.

Tempo: 2 aulas

Descrição das atividades

Atividade 1: Leitura do conto “A Menina e as Balas”, de Georgina Martins, que relata

o cotidiano de uma criança que vende doces para ajudar no sustento da família. Neste

momento, pode-se começar uma discussão sobre o trabalho infantil.

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Fragmento do início do conto, “A Menina e as Balas”.

“Todos os dias a menininha estava lá: vendia doces na porta de uma

lanchonete, perto de uma pracinha, onde brincam quase todas as crianças da

redondeza. Mas ela não brincava, só vendia doces.(...)”

1) Antes da leitura, analisar o título, levantando hipóteses.

2) Após o término da leitura analisar se as hipóteses foram refutadas ou

confirmadas.

3) Listar dados sobre a personagem: idade, com quem mora, o que faz, medo que

possui, o que deseja...

4) Identificar o narrador. Observar se há algo em comum entre narradora-

personagem e a menina.

5) Analisar a proposta feita pela narradora-personagem: ela daria o dinheiro no valor

pedido pela menina, mas não levaria os doces. Propõe a ela que os venda no dia

seguinte e lucre duas vezes, mas a menina não consegue compreender e teme as

atitudes da mãe e do padrasto caso retorne com os doces para casa.

6) Identificar semelhanças e diferenças entre o trabalho exercido por James para as

tias e o realizado pela menina.

7) Durante a discussão sanar possíveis dúvidas referentes à compreensão dos

capítulos lidos.

8) Analisar os elementos da narrativa presentes no conto.

Atividade 2: Realizar as seguintes atividades referentes à análise dos elementos da

narrativa:

1. Identifique no conto lido a situação inicial, o conflito, o clímax e o desfecho.

Escreva as expressões que indicam cada um desses momentos e também

mencione quais parágrafos correspondem a cada um deles.

Momentos da narrativa – enredo

“Conforme a ordenação dos fatos e situações narradas, o enredo pode apresentar uma organização linear, mais próxima da ordem da narrativa

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oral, da narrativa tradicional ( mitos, lendas, casos, contos populares) em que se respeita a cronologia ( narra-se antes o que aconteceu antes), obedece-se à ordem começo, meio e fim, ao princípio da causalidade( os fatos são ligados pela relação de causa e efeito) e à verossimilhança (procura-se a aparência de verdade, respeita-se a logicidade dos fatos)”. (MESQUITA, 2006, p.16-17).

“Ainda ao que diz respeito à narrativa tradicional – que tem suas origens na narrativa oral e na ficção [...] – a situação do início geralmente corresponde a um equilíbrio. [...] Com o surgimento de um motivo desequilibrador da situação inicial, começa o processo de transformações que se sucedem até a última, que se constituirá o desfecho, consequência final daquele desequilíbrio. A situação final apresentará então um outro equilíbrio, diferente do primeiro, mas assim mesmo equilíbrio.” (PROPP, apud MESQUITA, 1971, p.23)

MESQUITA, Samira Nahid de. O enredo. São Paulo: Ática, 2006.

“O conflito é, portanto, uma oposição entre elementos da história – fatos, personagens, ambiente, ideias, desejos, opiniões – da qual resulta uma tensão que organiza os fatos. O conflito cria no leitor ou no ouvinte expectativa em relação aos fatos da história e a ele se deve a estruturação do enredo em partes: introdução (ou apresentação), complicação (ou desenvolvimento), clímax ou desfecho. A introdução ( ou apresentação) geralmente coincide com o começo da história. Nela o narrador costuma apresentar os fatos iniciais, as personagens e, eventualmente, o tempo e o espaço. [...] A complicação (ou desenvolvimento) é a parte do enredo em que é desenvolvido o conflito. [...] O clímax é o momento culminante da história, o momento de maior tensão, aquele em que o conflito atinge seu ponto máximo. [...] O desfecho (desenlace ou conclusão) é a solução do conflito, a parte final: boa, má, surpreendente, trágica, cômica, feliz, etc. [...]” (CEREJA; MAGALHÃES, 2009, p.295) CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto & Interação. Uma Proposta da produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2009.

2. Quando a narrativa vai ser iniciada, a autora utiliza uma expressão que marca

o início. Qual é? No conto, há mais expressões de tempo que ajudam a marcar

a sequência das ações. Identifique e escreva essas outras expressões de tempo

relacionando-as a estes momentos da narrativa: conflito/complicação e clímax.

Professor, nesta questão você trabalha o tempo – elemento da narrativa.

“O tempo está relacionado com a época em que se passa a história. Ela pode ser indicada por marcadores temporais, como, por exemplo, há

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muitos anos, naquele dia, ontem, mais tarde, três horas depois, de forma verbais no passado [...]”(CEREJA; MAGALHÃES, 2009, p.297) CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto & Interação. Uma Proposta da produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2009.

3. Em que lugar a história se passa? Escolha um trecho do conto que descreva o

local em que se passa a história e transcreva-o.

Espaço

“Na narrativa, o espaço é o lugar onde se passa a ação. Articula-se com

as personagens, podendo influenciar suas atitudes ou sofrer transformações provocadas por elas. Os fatos de uma narrativa mantêm relações com o espaço em dois níveis: físico (ou geográfico) e social. [...]” (CEREJA; MAGALHÃES, 2009, p.298) CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto & Interação. Uma Proposta da produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, 2009.

4. No conto lido, a narradora é uma das personagens. Copie três trechos que

comprovem que ela é uma das personagens.

Professor, importante explicar para os alunos os tipos de narrador.

“Quem narra, narra o que viu, o que viveu, o que testemunhou, mas também o

que imaginou, o que sonhou, o que desejou. Por isso, narração e ficção

praticamente nascem juntas.” (LEITE, 1997, p.6)

LEITE, Lígia Chiappini Moraes. O Foco Narrativo. São Paulo: Ática.

5. Quem são as personagens do conto? Elas são chamadas pelo nome? Como

são identificadas?

6. No diálogo entre as personagens observa-se um conflito de ideias. O ponto de

vista da menina era o de que quem paga leva o produto que comprou. E qual

era o ponto de vista da narradora-personagem?

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Converse com os alunos sobre as personagens e o papel que

desempenham nas histórias: protagonista, antagonista, personagens secundárias.

7. Esse conto faz parte do livro No olho da rua: historinhas quase tristes, de

Georgina Martins. Nesse livro tem narrativas curtas sobre crianças que vivem

nas ruas das grandes cidades. Após a leitura do conto a historinha é quase triste

ou não? Explique.

Atividade 3: Acordo de leitura dos capítulos 9 ao 13 (páginas 42 a 65). A leitura será

realizada em casa.

2º INTERVALO

Objetivos: Compartilhar, através da produção de um desenho, a imagem referente

às personagens conhecidas pelo aluno/leitor por meio das descrições feitas na obra,

para que percebam que fazem parte de uma coletividade que amplia e fortalece os

horizontes da leitura individual.

Produzir um texto contando como a personagem chegou até o pêssego exercitando a

criatividade e a imaginação e utilizando-se das estratégias próprias da escrita como

planejar, redigir e revisar.

Utilizar os elementos básicos que compõem a narrativa: personagem, ação, tempo,

espaço e narrador.

Tempo: 3 aulas (Duas para a produção do desenho e do texto e a terceira para

apresentação e montagem do mural.)

Descrição das atividades

Atividade 1: Produção de desenho e de texto.

Enunciado para a produção do desenho e do texto.

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Você já leu o livro James e o Pêssego Gigante até o capítulo 13. Conheceu

várias personagens da história como: o James, a Tia Espiga, a Tia Esponja, o

velhinho do terno escuro, o Velho Gafanhoto Verde, a Senhorita Aranha, a Joaninha

gigantesca, o Sr. Centopeia, o Minhoco, o Bicho-da-Seda, a Madame Vaga-lume.

Agora você escolherá uma delas e fará um desenho para representá-la. Em

seguida, produzirá um texto contando como a sua personagem chegou até o pêssego.

Lembre-se de:

Explicar de modo criativo como a personagem chegou até o pêssego gigante;

Utilizar-se de narrador, personagem, ação, tempo e lugar;

Fazer uso de uma linguagem de fácil compreensão;

Tirar dúvidas com sua professora sobre ortografia, acentuação, pontuação,

emprego de verbos...;

Colocar um título que possua relação com o texto;

Não se esqueça que um bom texto precisa de planejamento. Ao terminá-lo,

releia-o e reelabore o que for necessário.

Baseando-se nas descrições dos personagens feitas no livro até o capítulo

13, cada aluno desenhará uma personagem e, em seguida, produzirá um texto

contando como a sua personagem chegou até o pêssego. O desenho e o texto

serão apresentados para os demais alunos, seguido de comentários de todos os

alunos da turma sobre como cada um imaginava a personagem. Exposição dos

desenhos e dos textos num mural.

Atividade 2: Acordo de leitura dos capítulos 14 ao 24 (páginas 66 a 129). A leitura

será realizada em casa.

Atividade 3: Perguntar quem gostaria de no próximo intervalo realizar a leitura de um

capítulo. Sortear 5 desses alunos para previamente prepararem a leitura de um

capítulo para o próximo intervalo. Os capítulos lidos em sala serão do 25 ao 29

(páginas 130 a 166).

O aluno saberá qual deverá ser o capítulo lido por ele, para preparar com

antecedência a leitura para os colegas da turma, o professor orientará os alunos

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para darem atenção a entonação, pronúncia clara, intenções do texto, efeitos

emocionais, ritmo...

3º INTERVALO

Objetivos: Desenvolver habilidades de leitura de textos não-verbais (imagens) e

compará-los com descrições feitas na narrativa lida.

Propiciar a compreensão da intertextualidade fazendo com que o aluno observe que

o deslocamento de enunciados de um contexto para o outro, provoca ou não

alterações de sentidos.

Conhecer o gênero sinopse.

Conhecer a sinopse como gênero cuja finalidade é fazer com que o leitor identifique

os pontos principais de um filme e relacione-os ou não com a narrativa de aventura

lida.

Aprimorar a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre efeitos

emocionais, entonação, pontuação, pronúncia clara, ritmo...

Tempo: 3 aulas (Uma para a realização das atividades 1 e 2; outra para a atividade

3).

Descrição das atividades

Atividade 1: Apresentação de imagens referentes ao filme “Up Altas Aventuras” e

imagens extraídas do livro James e o Pêssego Gigante. Mostrar num primeiro

momento, somente as imagens do filme, em seguida as do livro pedindo para que os

alunos identifiquem e relatem semelhanças e diferenças encontradas entre as

imagens visualizadas. Registrar as semelhanças e diferenças encontradas.

Enunciado

Após a visualização de imagens referentes a narrativa de aventura James e o

Pêssego Gigante, de Roald Dahl e do filme “Up Altas Aventuras” escreva

semelhanças que possam existir entre as duas histórias e registre-as. Há muitas

diferenças? Quais são elas?

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Atividade 2: Leitura da sinopse do filme.

Sugestão de sites:

http://cinema10.com.br/filme/up---altas-aventuras Acesso em 2 de out. de 2016.

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-130368/ Acesso em 2 de out. de 2016.

Em sala de aula haverá possivelmente alunos que já assistiram ao filme

completo, portanto eles poderão contribuir com mais informações e identificar outras

características que aproximam a aventura relatada no livro com a visualizada no

filme. Os alunos falarão sobre as semelhanças e diferenças encontradas. Carl

Fredrickse perde a companhia da esposa; James, a dos pais. Ambos têm de se

adaptar a uma nova situação. O idoso levanta voo para não abrir mão de sua

residência; James consegue viajar para se livrar das tias; ambos

momentaneamente encontram soluções para seus problemas. A viagem de Carl,

vendedor de balões de gás, acontece com o auxílio de balões; James no capítulo

vinte, ao elaborar um plano para erguer o pêssego com as gaivotas, após ser

questionado pelo Sr. Gafanhoto sobre o possível sucesso de seu plano, explica que

as gaivotas estão ocupando a função de balões de gás. No livro há uma criança e

duas tias adultas malvadas; no filme e nas imagens um adulto idoso, rancoroso e

um menino, dentre outros apontamentos.

Atividade 3: Realização da leitura oral dos capítulos 25 ao 29, a qual foi combinada

no intervalo anterior. A professora, antecipadamente, terá escolhido cinco alunos e

terá atribuído um capítulo para cada um ler.

Após o término da leitura dos capítulos fazer uma roda de conversa para

que os alunos exponham suas interpretações, dúvidas, expectativas interagindo

com a comunidade de leitores formada em sala de aula.

Atividade 4: Acordo de leitura dos capítulos 30 ao 39 (páginas 167 a 207). A leitura

será realizada em casa.

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1ª INTERPRETAÇÃO

Objetivos: Conhecer os princípios que regem a entrevista, um gênero oral, e produzi-

la para que através das perguntas e respostas registrem suas impressões sobre a

narrativa de leitura lida.

Desenvolver habilidades de expressão oral através das apresentações das

entrevistas.

Propiciar através da produção e da apresentação das entrevistas a construção de

sentidos para a narrativa lida, dentro de um diálogo que envolve autor, leitor e

comunidade de leitores.

Desenvolver habilidades de expressão oral através das apresentações

Despertar o interesse do aluno pela leitura de textos literários e, ao mesmo tempo,

desenvolver sua capacidade de compreensão, interpretação e produção textual.

Tempo: 4 aulas

Descrição das atividades

Atividade 1: Organizar os alunos em duplas, eles irão elaborar um questionário com

oito perguntas sobre o livro James e o Pêssego Gigante. Orientar os alunos antes

da elaboração das questões sobre o gênero que será produzido.

Explicar para os alunos que o gênero entrevista “é um texto comumente usando na imprensa, podendo ser oral ou escrito. Constitui-se de duas partes distintas: a pergunta sucinta e objetiva feita pelo entrevistador e a resposta dada pelo entrevistado. Suas principais características são: a) Uso de letra diferenciada para pergunta e resposta b) Presença de nomes identificando entrevistador e entrevistado c) Presença de texto introduzindo o assunto d) Perguntas elaboradas de forma direta ou sintética e) Respostas que mantenham fidelidade às ideias do entrevistado f) Respeito ao tema central, ou seja, todas as perguntas devem ater-se ao propósito da entrevista”. (BOZZA; BATISTA, 2000, p.97).

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BOZZA, Sandra; BATISTA, Angela. Produção Textual: a voz e a vez do aluno na sociedade: sugestões de encaminhamento para produção textual no Ensino Fundamental. Cascavel: Assoeste, 2000.

Atividade 2: Trocar os questionários entre as duplas da sala que responderão as

questões.

Atividade 3: Organização, planejamento e ensaio da apresentação das entrevistas.

Disponibilizar aos alunos um espaço de tempo para organização e ensaio. O professor

deverá estar atento, auxiliando nas dificuldades e dúvidas que poderão surgir. Em

cada dupla, um aluno deverá fazer o papel de entrevistado e o outro de entrevistador.

Nesse momento, as duplas não serão as mesmas do início da atividade, pelo fato de

que cada membro exercerá uma função.

Atividade 4: Apresentação das entrevistas.

Atividade 5: Roda de conversa sobre o assunto abordado nas entrevistas.

Na roda de conversa, o professor será o mediador. Durante a elaboração

das perguntas e, em seguida, das respostas da entrevista o professor deve apontar

as leituras mais superficiais e as inconsistências que julgar necessário para a

compreensão da obra.

CONTEXTUALIZAÇÃO POÉTICA

Objetivos: Observar como a obra está estruturada analisando os elementos da

narrativa.

Despertar a criatividade e ampliar a imaginação através da confecção de bonecos

articulados do menino James e dos animais.

Produzir textos orais e escritos despertando a criatividade, ampliando a imaginação e

aprimorando as habilidades necessárias para a produção de textos de temáticas e

gêneros variados.

Áreas envolvidas: Língua Portuguesa e Arte

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Tempo: Aproximadamente 8 aulas.

Atividade 1: Retrospectiva da história

a) Numa roda de conversa com os alunos explorar os seguintes tópicos do livro:

Ambientes

Acontecimentos marcantes

Clímax

Desfecho

b) Trabalhar os elementos da narrativa (Esses elementos já foram mencionados

na análise do conto “A Menina e as Balas” , no primeiro intervalo.)

Quem são as personagens principais da história?

E as personagens secundárias?

Como são as características das personagens?

Onde se passa a história?

Qual personagem lhe chamou mais atenção? Por quê?

O narrador também participa da história?

Atividade 2: Solicitar que os alunos resolvam as atividades.

1. Na narrativa de aventura lida há várias personagens. Elas são classificadas de

acordo com o papel que desempenham na história. Complete a tabela abaixo

com as personagens que fizeram parte da história, encontre no livro as

características delas e escreva, quando possível, a missão de cada uma na

aventura.

Lembre-se que a narrativa lida, além de mostrar como são as personagens

fisicamente (altura, beleza, etc.), mostra também o seu modo de ser, ou seja,

como são suas características psicológicas: malvadas, bondosas, pacientes,

etc. No quadro escreva as características físicas e as características

psicológicas.

Personagem Características Missão

Tia Espiga Egoísta, malvada,

preguiçosa, alta, magra,

ossuda, usava óculos de

Cuidar do James, menino

órfão de pais.

Page 32: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

aro de metal presos bem

na ponta do nariz. Falava

aos gritos, tinha uma boca

comprida, fina e úmida,

disparava gotas de cuspe,

quando ficava irritada ou

nervosa.

Tia Esponja

James

Velhinho com terno verde-

escuro.

Gafanhoto Verde Músico: utilizava suas

partes do corpo para

formar “um violino”.

Possui duas pequenas

antenas na cabeça, inseto

gentil.

Senhorita Aranha Fiar: preparou as camas

do James e dos insetos

dentro do pêssego; fiou as

cordas que foram usadas

para levantar o pêssego

com o auxílio das

gaivotas.

Page 33: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Joaninha

Sr. Centopeia

Minhoco

Madame Vaga-lume Iluminar o pêssego toda a

noite e no momento em

que os tecelões, bicho-da-

seda e senhorita aranha,

precisavam tecer as

cordas.

Bicho-da-seda

Homens das nuvens

Policiais

Prefeito

Margarida Frutuosa

Page 34: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Professor, durante a correção você pode falar na classificação das

personagens: protagonista, antagonista, personagens secundárias.

Atividade 3: Escrever uma carta para uma das personagens questionando uma de

suas atitudes. Produzir uma resposta. Trocar as cartas para serem respondidas.

Enunciado para a produção da carta: Escreva uma carta para uma das personagens da narrativa James e o Pêssego

Gigante questionando uma atitude dessa personagem ocorrida em algum capítulo.

Volte ao livro e encontre a situação. Você trocará a carta produzida com um de seus

colegas. Em seguida, redigirá uma carta em resposta à carta recebida.

Lembre-se que ela deve conter:

local, data e vocativo;

o assunto: escolha uma atitude da personagem que você considere

inadequada, cômica, incoerente, descreva-a e questione o porquê dela agir

dessa forma;

linguagem adequada ao gênero textual carta e ao público leitor de seu texto;

despedida e assinatura.

Quanto ao envelope:

não esqueça de preenchê-lo. Escreva o nome do destinatário e o endereço.

Você pode voltar ao capítulo 39, lê-lo, imaginar e criar o endereço da

personagem de acordo com o que foi narrado nesse capítulo.

Atividade 4: Representar através de desenho o local onde uma das cenas da história

ocorreu. Produzir a descrição do local.

Enunciado apresentado ao aluno:

Page 35: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

A narrativa de aventura James e o pêssego gigante se caracteriza por

acontecer no mundo da fantasia. Contudo, Roald Dahl tomou emprestadas as

características geográficas do mundo real.

Volte ao livro, escolha um local onde uma das cenas da história ocorreu e

represente-o através de um desenho. Produza um pequeno texto descrevendo esse

local. Em seguida, pesquise se no mundo real esse local existe. Se existir, traga

uma imagem para apresentar para os seus colegas.

Atividade 5: Realizar a leitura oral dos três últimos parágrafos do capítulo 39.

Todos os dias, muitas centenas de crianças, das proximidades ou de lugares distantes, chegam a cidade para ver o maravilhoso caroço de pêssego no parque. (...) Como tantos deles estavam lhe pedindo que contasse e tornasse a contar a história de suas aventuras com o pêssego, ele pensou que seria bom se um dia sentasse e escrevesse um livro contando tudo. Foi isso que ele fez. E o livro é este, que vocês acabam de ler. (DAHL, 2009, p.207) DAHL, Roald. James e o Pêssego Gigante. Tradução de Angela Mariani. 2ª. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.

Conversar com os alunos sobre o papel do narrador. Buscar pistas em diferentes

capítulos para que observem se a narração ocorreu em 1ª ou 3ª pessoa. Explicar a

diferença entre narrador-personagem e narrador-observador.

Atividade 6: Solicitar para que cada aluno descreva uma situação de maior tensão

na história e, em seguida, o que aconteceu (desfecho). Apresentar as situações para

os colegas. O professor irá registrando num cartaz durante a apresentação a situação

mencionada. Ao término da atividade explicar sobre o enredo.

“A palavra enredo pode assumir [...] variações de sentido, mas não perde nunca o sentido essencial de arranjo de uma história: a apresentação/representação de situações, de personagens nelas envolvidos e as sucessivas transformações que vão ocorrendo entre elas, criando-se novas situações, até chegar à final – o desfecho do enredo. Podemos dizer que, essencialmente, o enredo contém uma história. É o corpo de uma narrativa.” (MESQUITA, 2006, p.7). MESQUITA, Samira Nahid de. O enredo. São Paulo: Ática, 2006.

Page 36: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Atividade 7: De acordo com a descrição feita pelos alunos no segundo intervalo e

com o preenchimento da tabela referente as características dos personagens, serão

confeccionados bonecos articulados do menino James e dos animais, com o auxílio

da professora de Arte.

CONTEXTUALIZAÇÃO PRESENTIFICADORA

Objetivos: Buscar a correspondência entre o tema trabalho infantil presente na obra

James e o Pêssego Gigante relacionando essa questão com o momento atual.

Ler imagens (linguagem não verbal), textos jornalísticos, texto poético e informativo

sobre a temática “trabalho infantil” buscando semelhanças e diferenças quanto aos

gêneros e as ideias, enfatizando o tema e as relações dele com o presente,

identificando a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Desenvolver habilidades de expressão oral através da apresentação de textos

jornalísticos.

Pesquisar notícias atuais sobre o trabalho infantil desenvolvendo habilidades de

leitura como identificação do tema, distinção de fato de opinião, identificação da

finalidade do texto e apresentação para os colegas desenvolvendo habilidades de

expressão oral.

Conhecer os princípios que regem o gênero oral entrevista e entrevistar os avós ou

pessoas idosas com as quais os alunos têm contato, perguntando sobre as

brincadeiras e trabalhos realizados durante a infância. Na apresentação desenvolver

habilidades de expressão oral.

Confeccionar bonecos articulados dos personagens a partir da descrição realizada

pelos alunos.

Tempo estimado: 6 aulas

Descrição das atividades

Page 37: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Atividade 1: Apresentar imagens extraídas dos livros Serafina e a Criança que

trabalha (1997) e Trabalho Infantil o difícil sonho de ser criança (2014), de Jô

Azevedo, Iolanda Huzak e Cristina Porto.

Atividade 2: Conversar sobre as imagens que retratam o trabalho infantil no Brasil.

Atividade 3: Ler para os alunos o livro Os direitos das crianças segundo Ruth

Rocha.

Atividade 4: Entregar um fôlder referente ao dia mundial de combate ao trabalho

infantil no qual há informações sobre os direitos das crianças e adolescentes, o

trabalho infantil e suas consequências, o que é o CREAS (Centro de Referência

Especializado de Assistência Social).

Page 38: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO LARGO. Aprofunde seu olhar. 12 de junho. Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Campo Largo: CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social, 2016. Fôlder.

Atividade 5: Numa roda de conversa, identificar quais os direitos negados às crianças das imagens apresentadas extraídas dos livros Serafina e a Criança que trabalha e

o Trabalho Infantil o difícil sonho de ser criança, de Jô Azevedo, Iolanda Huzak e

Cristina Porto. Conversar sobre a realidade de James em relação a exploração por

parte das tias.

É importante conversar sobre as atividades corriqueiras exercidas pelos

alunos como ajudar na organização da casa, dos seus pertences, o

comprometimento com os estudos e suas implicações. Referir-se a situações em

que as crianças são obrigadas a executar tarefas pesadas, difíceis, humilhantes

para garantir o próprio sustento e o sustento da família.

Atividade 6: Distribuir um adesivo para cada aluno. Conversar sobre esta importante

fonte de informação e denúncia.

Page 39: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO LARGO. Diga NÃO ao trabalho Infantil. Campo Largo: CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social, 2016. Adesivo.

Atividade 7: Pedir para que os alunos pesquisem notícias atuais sobre o trabalho

infantil em sites de jornais e revistas. Listar com eles quais são os que podem

apresentar informações confiáveis. Apresentar as notícias e montar um mural.

Sugestões de notícias:

http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/07/trabalho-infantil-piora-desempenho-

na-escola-diz-estudo-da-unesco.html. Acesso em 2 de out. de 2016.

http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2016/08/09/criancas-

refugiadas-sirias-viram-vitimas-do-trabalho-infantil-na-turquia.htm. Acesso em 3 de

out. de 2016.

http://www.tst.jus.br/web/trabalho-infantil/artigos/entrevistas1. Acesso em 3 de out.

de 2016.

http://www.tst.jus.br/web/trabalho-infantil/estatistica1 Acesso em 3 de out. de 2016.

Atividade 8: Comparar a vida das crianças dos livros Serafina e a criança que

trabalha e Trabalho Infantil o difícil sonho de ser criança com James no início da

história.

Page 40: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Atividade 9: Entrevistar três gerações diferentes mãe/pai, avó/avô, bisavó/ bisavô ou

pessoas idosas da vizinhança perguntando sobre a infância, brincadeiras e trabalho.

Depois transcrever as falas dos entrevistados em cartazes expondo-os pela escola.

Observar nas entrevistas realizadas se a realidade que será exposta

referente ao trabalho infantil é semelhante à discutida até esse momento.

CONTEXTUALIZAÇÃO TEMÁTICA

Objetivos: Obter informações sobre os insetos que são personagens da narrativa e

sua importância para o meio ambiente, assim como analisar a possibilidade de danos

que podem ser causados ao meio ambiente e ao homem por eles.

Obter informações sobre o ciclo da água abordando a questão das mudanças de

estado físico, relacionando com as situações ocorridas na narrativa.

Pesquisar sobre os fenômenos meteorológicos: tempestade, trovoada, ciclone e

tornado relacionando-os com as menções feitas na narrativa lida sobre esses

fenômenos.

Desenvolver habilidades de leitura como captar significados, construir significados

combinando conhecimentos prévios e informação textual, reflexão sobre o que foi lido,

tirando conclusões e fazendo julgamentos sobre o conteúdo em diferentes materiais

de leitura.

Tempo: 3 aulas

Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Ciências e Geografia

Descrição das atividades

Page 41: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Atividade 1: Conversa com os alunos sobre os fenômenos da natureza que ocorrem

na narrativa nos capítulos 28 ao 31. A professora apresentará alguns vídeos, explicará

os fenômenos. Em seguida, numa roda de conversa, discutir sobre como a ciência

explica os fenômenos e como são apresentados no livro James e o Pêssego

Gigante.

Sugestões de vídeos:

Vídeo da série "Forças da Natureza" que aborda os fenômenos naturais:

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10126

Acesso em 3 de out. de 2016.

Esta animação esclarece as diferenças entre ciclone extratropical e tornado:

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10247

Acesso em 3 de out. de 2016.

Sugestões de textos para serem lidos pelo professor:

Tornados

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2

78 Acesso em 3 de out. de 2016.

Ciclones

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2

67 Acesso em 3 de out. de 2016.

Tornados ou ciclones

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10247

Acesso em 3 de out. de 2016.

Granizo

chc.org.br/gelo-que-cai-do-ceu Acesso em 2 de out. de 2016.

Page 42: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Trovão

chc.org.br/cabrum Acesso em 2 de out. de 2016.

Tempestades

http://escola.britannica.com.br/article/482589/tempestade Acesso em 2 de out. de

2016.

Atividade 2: Pesquisa sobre a importância dos insetos – personagens do livro – para

o meio ambiente. Apresentação das pesquisas para os colegas através da elaboração

de um cartaz contendo a imagem do inseto e sua importância para o meio ambiente.

Os alunos encontrarão informações interessantes sobre os artrópodes no

site da Revista Ciência Hoje das Crianças, Revista Mundo Estranho, Embrapa.

Levá-los até o laboratório de informática para pesquisarem.

Sugestões de sites para serem consultados:

Vaga-lume

chc.org.br/bale-de-luzes . Acesso em 4 de out. 2016.

chc.org.br/vaga-lumes-a-linguagem-do-pisca-pisca . Acesso em 4 de out. 2016.

Aranha

http://mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/como-e-feita-a-teia-de-aranha/

Acesso em 4 de out. 2016.

Minhoca

chc.org.br/muito-mais-do-que-isca Acesso em 4 de out. 2016.

Centopeia

chc.org.br/muitas-mas-nem-tantas Acesso em 4 de out. 2016.

Bicho-da-seda

chc.org.br/preparadas-para-mudar Acesso em 4 de out. 2016.

Page 43: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

http://mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/como-a-lagarta-se-transforma-

em-borboleta/ Acesso em 4 de out. 2016.

Joaninha

http://www.ninha.bio.br/biologia/joaninhas.html Acesso em 6 de out. 2016.

http://oreinodosbichos.blogspot.com.br/2010/07/joaninhas.html Acesso em 5 de

out. 2016.

Gafanhoto

http://mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/como-se-forma-uma-nuvem-de-

gafanhotos/ Acesso em 5 de out. 2016.

http://www.gafanhotos.cnpm.embrapa.br/ Acesso em 5 de out. 2016.

Pedir para que o aluno volte aos capítulos da obra e encontre as informações

sobre o inseto que está pesquisando e antes de confeccionar o cartaz observe se

as informações do livro procedem. No capítulo 25, James conversa com o Minhoco,

a Joaninha, o Sr. Centopeia sobre o papel desempenhado por cada um no meio

ambiente.

Leia o fragmento do capítulo 25:

– A joaninha! – James voltou-se para olhá-la. – Os fazendeiros também adoram vocês? – Dizem que sim – a Joaninha era muito modesta e ficou toda ruborizada ao responder. – Na verdade, pelo que sei, em certas regiões os fazendeiros nos apreciam tanto que chegam a comprar sacos de joaninhas vivas para soltar nos campos. Ficam muito satisfeitos quando seus campos estão coalhados de joaninhas. (DAHL, 2009, p.131). DAHL, Roald. James e o Pêssego Gigante. Tradução de Angela Mariani. 2ª. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.

Quem ficar responsável por pesquisar sobre a Centopeia deve retomar o

capítulo 12. Leia o fragmento do capítulo:

Page 44: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

– Quantas botinhas você tem! – espantou-se James. – É que eu tenho muitas pernas – o Sr. Centopeia respondeu orgulhoso. – E muitos pés também. Cem, para ser exato. – Vai começar! – reclamou o Minhoco, falando pela primeira vez. – Ele não consegue deixar de mentir sobre a quantidade de pernas que tem! Não tem nada dessa história de cem pernas! São só quarenta e duas! É que em geral as pessoas não se preocupam em contar. Acreditam no que ele diz. De qualquer modo, não há nada de tão maravilhoso assim em ter um monte de pernas, sabia, Sr. Centopeia? (...) (DAHL, 2009, p. 54-55). DAHL, Roald. James e o Pêssego Gigante. Tradução de Angela Mariani. 2ª. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.

Após a leitura do trecho, o leitor pode se perguntar quantos pés tem a

centopeia? O texto gera esta dúvida. Através da pesquisa a questão pode ser

esclarecida.

2 ª INTERPRETAÇÃO

Objetivos: Transformar textos modificando o gênero: produzir notícias a partir de

acontecimentos da narrativa lida.

Utilizar a intertextualidade entre gêneros, produzindo um gênero em formato de outro,

mantendo, contudo, as ideias do texto base e características do gênero notícia.

Compreender a indissociabilidade das atividades de escrita e leitura.

Levar os alunos a montar uma exposição com o resultado das diferentes atividades

ligadas aos temas desenvolvidos durante a sequência expandida.

Tempo: Aproximadamente 7 aulas.

Descrição das atividades

Atividade 1: O gênero notícia já foi lido nas notícias pesquisadas, apresentadas e

expostas no mural sobre o Trabalho Infantil. Escolher uma notícia, dentre as

pesquisadas pelos alunos, sobre o trabalho infantil e analisar os elementos que a

compõem.

Page 45: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Listar as características do gênero notícia e registrá-las. Depois, realizar a

análise de uma notícia.

A notícia é um texto jornalístico que relata acontecimentos de interesse

social. A função da notícia é informar rápida e objetivamente um fato verdadeiro e

atual ocorrido na cidade, no estado, no país ou no mundo. Ela apresenta uma

estrutura composta de manchete (título), seguido ou não de subtítulo; o primeiro

parágrafo contém o lead que apresenta informações essenciais sobre o fato

ocorrido: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Os outros parágrafos

apresentam o detalhamento ou desenvolvimento do lead podendo conter

depoimentos, opinião de especialistas...

Atividade 2: Os elementos da narrativa presentes em James e o Pêssego Gigante já

foram analisados na contextualização poética e registrados. Consultá-los e listar os

elementos que distinguem estes gêneros: a narrativa e a notícia.

Atividade 3: Ler um conto que “virou” notícia: Lobo aterroriza uma família.

“ Lobo aterroriza uma família

Paulo Santos Enviado Especial Avó e neta, vítimas do ataque de um lobo, são salvas por lenhador na cidade de Infinito BG. Ontem, por volta do meio-dia, nas proximidades do bosque Jângal, uma menina vestida com capuz vermelho foi ameaçada por um lobo. A vítima se dirigia à casa de sua avó, para quem levava uma cesta de doces. Em uma encruzilhada, ao buscar informações sobre o melhor caminho a tomar, um lobo lhe sugeriu um trajeto bem mais longo. Seguindo as instruções, a menina chegou tarde ao seu destino. Ao entrar na casa de sua avó, deparou-se com o animal disfarçado de vovozinha, que se lançou sobre ela num ataque repentino. A menina recorreu a um lenhador, que a ajudou a dominar o lobo e a tirar a avó e a neta se encontram em bom estão de saúde.” (COLL; TEBEROSKY, 2000, p.108) COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Português. São Paulo: Ática. 2000.

“Construir um gênero textual com forma de outro é um fenômeno que passou a chamar a atenção dos estudiosos do texto na esteira das pesquisas recentemente realizadas sobre gêneros textuais. [...] esse hibridismo costuma causar um efeito muito maior comparado ao que causaria o

Page 46: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

convencionalmente aceito ou esperado em igual situação, por conter o traço da inventividade, da criatividade, do ineditismo.” (KOCH; ELIAS. 2015; p.120).

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever: estratégias de produção textual. 2ª ed., 3ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2015.

Atividade 4: Produção de página de jornal elaborado pelos alunos do sexto ano. A

página conterá notícias sobre a história da obra lida, como se ela realmente tivesse

acontecido, texto publicitário e entrevista.

Enunciando para a produção de notícia:

Escreva uma notícia sobre uma situação narrada no livro James e o pêssego

gigante. Essa notícia irá compor o jornal que você produzirá com a sua turma.

Escolha uma cena vivida pelas personagens. Pode ser sobre a economia de

energia na cidade de Nova Iorque após a contratação da Madame Vaga-lume

ou noticie a nova fábrica criada pelo Bicho-da-Seda e a Senhorita Aranha,

especializada em cordas para quem anda em corda bamba. Há na narrativa

outras situações que podem fazer parte de uma notícia interessante e atrair

muitos leitores. Sua notícia deve conter “o traço da inventividade, da criatividade,

do ineditismo”. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever: estratégias de

produção textual. 2ª ed., 3ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2015, p. 120.

Lembre-se que:

A notícia é um texto jornalístico que relata acontecimentos;

A função da notícia é informar rápida e objetivamente um fato ocorrido na

cidade, no estado, no país ou no mundo. Nesse caso, um fato ocorrido na

narrativa de aventura, baseada no mundo ficcional;

A notícia apresenta uma estrutura composta de manchete (título), seguido ou

não de subtítulo; no primeiro parágrafo contém o lead que apresenta

informações essenciais sobre o fato ocorrido: O quê? Quem? Quando?

Onde? Como? Por quê? Os outros parágrafos apresentam o detalhamento

ou desenvolvimento do lead podendo conter depoimentos, opinião de

especialistas...

A linguagem empregada é impessoal, deve estar adequada ao perfil dos

leitores e seguir a norma-padrão da língua.

Page 47: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

Os alunos podem escrever notícias sobre a entrada do velho Gafanhoto para a

orquestra sinfônica de Nova York, a visitação ao pêssego como espaço de lazer; a

economia de energia proporcionada pela Madame Vaga-lume e tantos outros

assuntos presentes na obra. Também poderão produzir texto publicitário

mencionando o Minhoco, garoto-propaganda. Elaborar uma entrevista com James

e também com o Sr. Centopeia, vice-presidente de uma famosa fábrica de sapatos

e botinhas.

Obs.: O gênero entrevista já foi trabalhado. Para que o aluno possa produzir o

gênero “texto publicitário”, listar suas características a partir de conhecimentos dos

alunos.

“Texto publicitário é aquele que divulga informações e mensagens com o objetivo de influenciar e/ou convencer o leitor a adquirir algum produto ou adotar certas atitudes. Suas características principais são: a) linguagem apelativa b) utilização de outros recursos além da escrita c) diagramação específica d) argumentos procedentes e) originalidade” (BOZZA; BATISTA. 2000, p.70). BOZZA, Sandra; BATISTA, Angela. Produção Textual: a voz e a vez do aluno na sociedade: sugestões de encaminhamento para produção textual no Ensino Fundamental. Cascavel: Assoeste, 2000.

Obs.: O professor pode utilizar o fôlder distribuído na contextualização

presentificadora para explicar a diferença entre o texto publicitário que tem

por objetivo fazer com que as pessoas adquiram produtos e/ou adotem certas

atitudes através das ideias expressas no fôlder.

Releia o capítulo 39 do livro James e o Pêssego Gigante. Observe que

nele você encontra a narração do final da viagem e fica sabendo que o Sr.

Centopeia, o Minhoco, o Bicho-da-Seda, e Senhorita Aranha, a Madame Vaga-

Lume, o Velho Gafanhoto, a Joaninha e o James alcançaram sucesso e fortuna.

Escolha uma das personagens e produza um texto publicitário relacionando

as ideias do texto a ser produzido com a situação dessa personagem descrita nesse

capítulo.

Lembre-se que o texto publicitário contém:

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informações com a finalidade de convencer o leitor a consumir um produto

ou aderir uma ideia;

uma linguagem apelativa composta de linguagem verbal e linguagem visual

que se completam;

o tema que expressa a qualidade de um produto;

uma frase principal que atrai a atenção dos leitores;

os locutores que são empresas ou entidades.

Atividade 5: Escolha de nome para o jornal. A professora registrará as sugestões dos

alunos no quadro e, em seguida, fará uma votação.

Atividade 6: Para finalizar o projeto, será organizada uma exposição com o resultado

das produções dos alunos.

EXPANSÃO

Na expansão, será introduzida a leitura do livro “As Caçadas de Pedrinho”, de

Monteiro Lobato, por se tratar de uma narrativa de aventura na qual as personagens

são crianças que tem contato com adultos, com animais, com a natureza. No

desenrolar do enredo, ocorre a junção da realidade com a fantasia, elementos

semelhantes aos presentes em James e o Pêssego Gigante. Outras atividades de

leitura poderão ser desenvolvidas depois da leitura da obra mencionada.

Page 49: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica€¦ · do livro James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl (2009). Uma narrativa é composta de muitos sentidos, os

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Vera Teixeira. “Leitura literária e escola” in EVANGELISTA, A. A. M.;

BRANDÃO, H. B.; MACHADO, M. Z. V. (orgs.) A Escolarização da Leitura Literária.

O jogo do livro infantil e juvenil. 2ª ed., 3ª reimpressão. Belo Horizonte: Editora

Autêntica, 2011, p.235-255.

BOZZA, Sandra; BATISTA, Angela. Produção Textual: a voz e a vez do aluno na

sociedade: sugestões de encaminhamento para produção textual no Ensino

Fundamental. Cascavel: Assoeste, 2000, p.97.

CEREJA, William; COCHAR, Thereza. Texto & Interação Uma proposta de

produção textual a partir de gêneros e projetos. 3ª ed. 2ª reimpressão. São Paulo:

Atual, 2009.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. 1ª. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2000. COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Português. São Paulo: Ática. 2000. COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. 2ª. ed. 4ª. reimpressão. São Paulo: Editora Contexto, 2014a. ______. Círculos de Leitura e Letramento Literário. São Paulo: Editora Contexto, 2014b. DAHL, Roald. James e o Pêssego Gigante. Tradução de Angela Mariani. 2ª. ed. São Paulo: Editora 34, 2009. FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se complementam. São Paulo: Editora Cortez, 2005. HUNT, Peter. Crítica, Teoria e Literatura Infantil. Tradução Cid Knipel. São Paulo. Ed. Cosac Naify, 2010. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e Escrever: estratégias de produção textual. 2ª ed., 3ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2015. LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O Foco Narrativo. 8ª ed. São Paulo: Ática, 1997. LOBATO, Monteiro. Caçadas de Pedrinho. 3ª ed. 15ª reimpressão. São Paulo: Globo, 2015. MARTINS, Georgina. “A Menina e as balas”. No Olho da Rua – Historinhas Quase tristes. São Paulo: Ática, 2003, p.36 – 43. MESQUITA, Samira Nahid de. O Enredo. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa, 2008.

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