Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

18
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS IBN MUCANA História da Cultura e das Artes – 10ºF – 2011/2012 Ficha formativa 4 ________________________________________________________________________________ _________ Módulo 4 – A Cultura da Catedral 1. Caracteriza a Europa dos séculos XII a XV. Devido a uma série de condicionalismos, a Europa Ocidental viveu, entre o século XII e o século XV, tempos ora de renovação, ora de recessão. Assim, o século XII, caracterizado pela manutenção do feudalismo, conviveu também com uma fase expansionista. Fruto desse renascimento económico, a produtividade agrícola aumentou, a população cresceu, as trocas comerciais intensificaram-se (nomeadamente entre Itália e a Flandres, passando pelas feiras de Champagne), dá- se um ressurgimento das cidades e surge um novo grupo social: a burguesia, que encontra nas obras de arte um meio de afirmação social. Ao mesmo tempo que os mosteiros perdem a sua importância, as universidades afirmam-se como centros de conhecimento. O século XIII foi o culminar desse movimento: uma conjuntura económica dinâmica impôs-se e reflectiu-se na sociedade, no poder político, nas instituições e na intelectualidade. O século XIV viveu a recessão: guerras, pestes e fomes cobriram a Europa que só recuperou no século XV, com o Renascimento. 2. Enquadra a importância das catedrais no âmbito do surto urbano. As cidades não paravam de crescer, de se animar, de estender os subúrbios ao longo das estradas. Nelas, a catedral ou sé tornou-se o símbolo do poder do bispo e dos burgueses. Do bispo que controlava espiritual, jurídica e politicamente o território episcopal. A Sé tornou-se, por isso, o motor da religiosidade, do poder político e económico. É no seu adro que se realizam as feiras as representações teatrais, que se faz justiça, junto do pelourinho, e se trocam ideias entre burgueses, estudantes, letrados e aristocratas, já que era na catedral que funcionavam as mais importantes escolas da época. A catedral transforma-se no símbolo da cidade e é através dela que a comunidade urbana se afirma. 3. Destaca a importância do abade Suger no aparecimento do estilo Gótico.

description

 

Transcript of Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

Page 1: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS IBN MUCANAHistória da Cultura e das Artes – 10ºF – 2011/2012

Ficha formativa 4_________________________________________________________________________________________

Módulo 4 – A Cultura da Catedral

1. Caracteriza a Europa dos séculos XII a XV.

Devido a uma série de condicionalismos, a Europa Ocidental viveu, entre o século XII e o século XV, tempos ora de

renovação, ora de recessão. Assim, o século XII, caracterizado pela manutenção do feudalismo, conviveu também com

uma fase expansionista. Fruto desse renascimento económico, a produtividade agrícola aumentou, a população cresceu,

as trocas comerciais intensificaram-se (nomeadamente entre Itália e a Flandres, passando pelas feiras de Champagne),

dá-se um ressurgimento das cidades e surge um novo grupo social: a burguesia, que encontra nas obras de arte um meio

de afirmação social. Ao mesmo tempo que os mosteiros perdem a sua importância, as universidades afirmam-se como

centros de conhecimento. O século XIII foi o culminar desse movimento: uma conjuntura económica dinâmica impôs-se

e reflectiu-se na sociedade, no poder político, nas instituições e na intelectualidade. O século XIV viveu a recessão:

guerras, pestes e fomes cobriram a Europa que só recuperou no século XV, com o Renascimento.

2. Enquadra a importância das catedrais no âmbito do surto urbano.

As cidades não paravam de crescer, de se animar, de estender os subúrbios ao longo das estradas. Nelas, a catedral ou sé

tornou-se o símbolo do poder do bispo e dos burgueses. Do bispo que controlava espiritual, jurídica e politicamente o

território episcopal. A Sé tornou-se, por isso, o motor da religiosidade, do poder político e económico. É no seu adro que

se realizam as feiras as representações teatrais, que se faz justiça, junto do pelourinho, e se trocam ideias entre burgueses,

estudantes, letrados e aristocratas, já que era na catedral que funcionavam as mais importantes escolas da época. A

catedral transforma-se no símbolo da cidade e é através dela que a comunidade urbana se afirma.

3. Destaca a importância do abade Suger no aparecimento do estilo Gótico.

Entre os vários criadores do estilo gótico, destaca-se o abade Suger. Foi ele o criador da “Teoria da Iluminação”, que

defende que Deus é Luz e que as catedrais são como o “reino de Deus sobre a Terra” e que, por isso, deveria representar-

se o divino no espaço espiritual e físico da catedral. A partir dessa teoria, deu à catedral uma unidade estrutural, através

da planta, da verticalidade, da decoração dos pórticos e, especialmente, da luz, através de vitrais onde era realçada a cor,

a harmonia da composição , a elegância e a comunicabilidade das figuras. Na igreja da abadia de S. Dinis efectuou

experiências com abóbadas de arcos em ogiva cruzados.

4. Descreve a cultura cortesã da baixa Idade Média.

A cultura cortesã desenvolveu-se a partir das alterações económicas, políticas e sociais ocorridas no séc. XII, levando

ao ideal cavaleiresco e cortês. Com a relativa prosperidade e paz, houve mais tempo para o desenvolvimento cultural e a

única “profissão” dos nobres, a guerra, foi escasseando. Para manter a boa forma física e honra, organizaram-se torneios

e justas. As características desta cultura cortesã eram o amor, a alegria de viver, a paz, o prazer, a lealdade. Um

crescente interesse na música e literatura, nas danças e no teatro religioso também pode ser notado. A igreja foi,

contudo, criticando estes exageros, argumentando que os prazeres carnais eram pecado e que a vida era uma passagem

solene para a morte.

5. Descreve os factos mais importantes da biografia de Dante Alighieri

Dante nasceu em 1265, em Florença. Rodeou-se de amigos cultos, poetas, músicos, pintores (Giotto) e filósofos, que

muito contribuíram para a sua formação. Apaixonado por Beatriz Portinari ( m.1290), seu amor eterno, dedica-lhe quase

Page 2: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

toda a sua poesia. Porém a sua morte, e a partir de 1295, Dante passa a intervir activamente na vida política da cidade.

Em 1300, foi eleito como um dos seis Principais da Cidade. Mais tarde, por motivos políticos, foi condenado ao desterro.

Refugiou-se em Verona, depois em Pádua, Casentino, Paris (onde estudou filosofia e teologia), talvez Oxford, Pisa e

finalmente, em 1317, instalou-se em Ravena, onde morreu. A sua obra de referência entre outras que publicou foi a

“Divina Comédia” em língua vulgar, o italiano, cultivando o dolce stil nuovo. Estruturou-a em introdução e três partes

ou canzone que são percursos pelo Inferno, Purgatório e Paraíso e que corresponde a três passos – instrução, edificação e

purificação; ao todo, cem cantos que foram publicados pela primeira vez em 1472. Em companhia de Virgílio e depois de

Beatriz, Dante reflecte, nesta obra, o pensamento e a crítica filosóficas, teológicas, literárias e socioeconómica da sua

época. Constitui uma obra única e genial que apresenta: concepção engenhosa; rigor e ordenação estrutural; linguagem

clara, delicada, exigente e depurada; pormenor descritivo e beleza de detalhe; forte crítica social, política e religiosa; e o

uso da fantasia para descrever imagens visuais e auditivas, especialmente no Inferno, o qual se vai diluindo para,

finalmente, ser substituído pela contemplação divina, perante a visão do Paraíso.

6. Descreve de que modo a Peste Negra (1348) marcou a Europa

A Peste Negra de 1348 foi a epidemia que mais profundamente atingiu a Europa.

Trazida do Oriente teve o seu primeiro porto de entrada em Messina, na Itália, através dos barcos do comércio (o

portador parece ter sido a pulga do rato preto, originário da Ásia). As pessoas infectadas, por picadas de pulga ou por

via oral, ao fim de dois ou três dias no máximo, morriam devido à progressão rápida da doença, que atravessou todo o

continente europeu provocando o desaparecimento de 1/3 da população, outros autores referem o valor de ½.

Trouxe alterações a nível económico, social e político: elevada mortalidade (cerca de um 1/3 da população europeia

dizimada), que levou ao desequilíbrio das cidades, da mão de obra, do comércio e da política. Houve uma grande

transferência de populações das cidades para as zonas rurais, procurando cultivar a própria comida de forma a

sobreviver.

As consequências da Peste Negra sobre a mentalidade e a criação artísitca foram:

• incremento das manifestações de piedade colectiva, de que são exemplo os flagelantes e as peregrinações;

• massacre de grupos marginais, tornados «bodes-expiatórios» e acusados de serem responsáveis pelo surto epidémico

(os judeus e os leprosos);

• reforço das doações à Igreja para efeitos assistenciais, para criação de hospitais e de albergarias;

• representação da figura da morte, em esculturas e pinturas, como aviso da sua constante ameaça sobre os vivos;

• representação dos defuntos sob a imagem da decomposição do corpo, como advertência para a fragilidade da vida.

7. Descreve a origem do termo “Gótico”.

O termo “gótico” surgiu no Renascimento italiano para designar, pejorativamente, a arte medieval entre os sécs. XII e

XIV. Referia-se à arte com origem nos Godos (povo bárbaro), associando assim estas obras à barbárie. O gótico foi uma

revolução artística de magnitude impressionante, coincidindo com revoluções a nível social, económico e religioso.

8. Identifica o Gótico como uma arte urbana.

A catedral gótica é expressão da cidade e da renovação económica:

• arte urbana, por excelência, o gótico é contemporâneo e produto do ressurgimento urbano e do desenvolvimento

económico europeu nos séculos XII-XIII;

• reflecte a riqueza, o prestígio e a capacidade técnica e empreendedora das cidades;

• a sua construção constituía um motivo de orgulho para as cidades, que competiam entre si na construção, em

altura, de belos e sumptuosos edifícios;

• igreja do bispo, tornou-se o símbolo do poder espiritual e temporal da autoridade religiosa;

Page 3: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

• símbolo do poder económico da burguesia mercantil e letrada que financiava a sua construção e manutenção,

contribuindo assim para o engrandecimento cultural da sua cidade.

9. Demonstra a laicização da sociedade

Este estilo foi influenciado pela tendência da sociedade para a laicização, que se revela, por exemplo, na representação

do divino — o Cristo-Rei e Pantocrator é substituído pelo Cristo-Salvador do homem — e numa nova concepção do

homem, do mundo e de Deus.

Devido à perda de influência dos mosteiros, uma nova concepção do homem, do mundo e de Deus e a convergência

para a cidade levaram a sociedade a conhecer outras formas de viver que não a ditada pela igreja.

10. Relaciona o aparecimento das Universidades com a implementação da escolástica

Paralelamente ao crescimento das cidades, os mosteiros perderam o seu papel no desenvolvimento económico e

cultural. As urbes tomaram o protagonismo no primeiro aspecto, enquanto as universidades o fizeram no segundo. O

ensino deixa de ser exclusivo dos mosteiros, ganhando um carácter laico. Introduzem-se novas temáticas de estudo

desligadas da religião, como, por exemplo, o pensamento aristotélico, e as universidades começam a ganhar a

influência.

Estes factores de afastamento da Igreja vão fazer com que esta tente acompanhar o ritmo da época, introduzindo a

escolástica como redinamizador da religião. Surgida como resposta da igreja, a escolástica consistia na especulação

teológica e filosófica guiada pelo pensamento aristotélico que conduzia à indagação e à sistematização das verdades

reveladas. O seu princípio consistia em conciliar a fé e a razão.

11. Descreve a importância de S. Tomás de Aquino na concepção da catedral gótica

Este esforço teve o seu expoente máximo em S. Tomás de Aquino, na obra Summa Theologica, que consiste na

sistematização de todo o pensamento cristão desde as suas origens para tentar criar uma doutrina lógica e coerente que

suportasse o pensamento religioso. Este novo guia de estudo introduzido pela igreja vai ter um enorme impacto formal

na constituição da arte gótica. A catedral, resultado de uma organização hierárquica de partes relacionadas entre si e

num equilíbrio de forças, corresponde à materialização da obra de S. Tomás. Nota-se, portanto, uma aproximação entre

o racionalismo clássico e a fé cristã.

12. Refere o objetivo da arquitetura gótica.

Para o Gótico, as catedrais tinham como objetivo louvar Deus ( “Deus é Luz”) e os homens (os pobres, que

participavam na construção e os ricos, que a financiavam). As Catedrais eram motivo de orgulho dos habitantes das

cidades, daí que a expansão destas seja realizada em torno da catedral.

13. Descreve as inovações técnicas introduzidas pelo Gótico.

- Arco ogival, surgido na Borgonha, devido à necessidade de elevar os 4 arcos (principais e formeiros) à mesma altura,

o que só se poderia fazer agudizando os arcos dos lados menores ( abóbada cruzada simples e abóbada cruzada

sexpartida)

- Vantagens:

- É exercida menos pressão lateral, permitindo uma melhor articulação de forças

- Através das nervuras estruturais dos arcos em ogiva, as forças eram desviadas para os pilares de sustentação e

para os contrafortes no exterior

- Permitiu aumentar as áreas de construção e a verticalidade dos edifícios

- Permitiu aumentar as áreas de construção e a verticalidade dos edifícios

Page 4: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

- Consequências: necessidade de reforçar os apoios exteriores com contrafortes mais esbeltos e elegantes; introdução

dos arcobotantes, espécie de meios arcos construídos por cima da cobertura das naves laterais, e dos botaréus,

elementos maciços verticais adossados às paredes exteriores das naves laterais .

14. Caracteriza a nova estética introduzida por essas inovações:

- Aumentou a altura das abóbadas

- Pilares e colunelos mais delgados

- Acentuação da verticalidade

- Espaços internos mais amplos

- Paredes libertas do seu papel de suporte, passando a delimitar e proteger espaços

- Interiores iluminados (melhor aproveitamento da luz) devido aos vitrais

15. Descreve as alterações introduzidas na estrutura formal.

- Mantém-se a planta tipo basilical, em cruz latina - cabeceira virada para este - Corpo geralmente com 3 naves

- Transepto quase tão largo como o corpo principal mas, em compensação, pouco ou nada saliente

- A cabeceira tornou-se mais complexa, ocupando cerca de um terço da área da igreja

- os pilares das arcadas interiores aumentam em número e são colocados mais próximos uns dos outros pois os tramos

eram retangulares (e não quadrados);

- em contrapartida, ficam mais finos e altos, o que, juntamente com a maior altura dos tetos, criava a noção de

verticalidade.

- Nova ordenação nas paredes laterais: devido ao desaparecimento da galeria, passam a ter 3 níveis (arcadas, trifório e

janelas clerestóricas); alongamento das arcadas e do clerestório, sublinhando as linhas verticais

- as janelas, mais alongadas, ocupavam toda a largura das paredes - as rosáceas tornam-se imponentes, permitindo uma

melhor iluminação

- Alterações nos portais:

- portais talhados num corpo saliente da fachada, o qual avançava até à espessura da base dos contrafortes

- as arquivoltas ogivais tornam-se mais esguias, acentuado pelos gabletes (empenas decorativas, de forma

triangular, que servem de moldura e remate), em que, em alguns casos, estavam contidas

- Acentuação da verticalidade pelas torres sineiras, elevando-se em relação ao cruzeiro, terminando em telhados cónicos

ou em flechas rendilhadas eprolongando-se em pináculos e agulhas

- Decoração exterior abundante (estatuária erelevos): tímpanos, arquivoltas, colunelos, mainéis, cornijas, gárgulas,

botaréus, arcobotantes, pináculos

- Interligação da catedral com o espaço que a rodeia:os contrafortes afastadosdas paredes parecem prolongar a igreja

pelo espaço circundante, enquanto, no alto das torres e telhados, pináculos eflechas se perdem no céu.

16. Distingue as várias fases do Gótico:

Fase Local Anos CaracterísticasGótico primitivo

Île-de-France (Saint-Denis) e Paris

1140-1190 Introdução do sistema estrutural gótico (arco quebrado, abóbada de cruzaria de ogivas e arcobotante)

Gótico Clássico

Chartres, Reims, Bouges e Amiens

1190-1240 Amadurecimento do sistema estrutural gótico (normaliza-se a utilização da abóbada de cruzaria e do arcobotante, paredes mais delgadas, supressão das tribunas)

Gótico radiante

Expansão pela Europa

1240-1350 Aparecimento de variantes locais; decoração mais complexa

Gótico França e Alemanha 1350-1520 Intensa decoração com motivos ondulantes

Page 5: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

Flamejante

17. Distingue as várias “escolas” do Gótico.

- França: foi o modelo que se impôs, seguido em vários países

- Inglaterra: mais austero pela prevalência das catedrais monásticas (corpo alongado, aberturas menores, cabeceiras

quadradas, transeptos duplos)

- Alemanha: estilo Hallenkirchen ou igrejas-salão, pelo seu espaço unificado

- Espanha: desenvolveu-se a partir do séculoXIII e distinguiu-se pela inclusão de elementos decorativos de e influência

árabe(estilo plateresco)

- Itália: introdução tardia, com a manutenção de poucas aberturas nas paredes e da pintura mural em detrimento dos

vitrais; a Catedral de Milão é dos finais do século Catedral de Milão XV, exemplo do Gótico flamejante

18. Descreve a Catedral de Notre - Dame de Amiens.

- Fachada: portal triplo com gablete e rosácea em pedra; estatuária rica na fachada nos

portais e menor grau no seu interio; Galeria real e Coruchéu rendilhada

- Planta: transepto de três naves; o deambulatório e as capelas salientes são espaçosas e

estão separadas entre si; introdução de capelas poligonais no deambulatório:

- Estruturação das paredes 3 andares: 1º andar - janelas anteriores; 2º andar - Trifório;

3º andar - Janelas superiores. Percorridos por pilares cilíndricos e quatro colunas

adossadas.

Legenda:

1. Capela Radial2. Deambulatório3. Altar4. Coro5. Corredores laterais do coro6. Cruzeiro7. Transepto8. Contraforte9. Nave10. Nave lateral11. Fachada, portal

19. Caracteriza a decoração das catedrais góticas.

As características da decoração exterior eram o horror ao vazio (portal, rosáceas, pináculos, arcobotantes; fachadas;

portais; gárgulas, gabletes, vitrais, etc), o portal triplo, a monumentalidade, ombreiras mais pronunciadas,

enquadramento em molduras/gabletes, arquivoltas mais esguias, decoração ordeira, presença de relevos e estatuária,

arquitectura esculpida e nichos e baldaquinos.

Os temas dos tímpanos eram o Cristo em majestade, o Último Julgamento ou Juízo Final, agora com o objetivo de

transmitir não o medo ou o castigo, mas a esperança, a vida da Virgem e o nascimento de Cristo (culto mariano) e

episódios da vida dos santos.

Nota-se também um retorno ao cânone artístico clássico com a maior autonomia da escultura face à arquitectura.

Nos portais utilizam-se as estátuas-coluna, que se prolongam nas arquivoltas em torno do tímpano, que apresentam

uma evolução significativa ao nível da composição, da expressividade e da monumentalidade:

• a expressão formal (atitudes, gestos) procura transmitir a perfeição espiritual;

• o naturalismo e o realismo das expressões, presentes na representação minuciosa do rosto, das mãos e dos

Page 6: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

corpos;

• humanização das figuras representadas, através da serenidade e da graciosidade das suas expressões;

• os pregueados naturais das roupas deixam transparecer a anatomia dos corpos, numa clara recuperação do

modelo clássico;

• autonomização em relação à arquitectura.

Há uma decoração interior muito mais sóbria, influência da ordem de Cister (nos púlpitos, capitéis, nos medalhões, no

fecho das ogivas)

20. Caracteriza a escultura do Gótico Inicial.

- Figura alongada

- Rigidez

- Jogo curvilíneo do panejamento

- Sugere inclinação

- Estátuas colocadas em nichos e sob baldaquinos, que ocupavam os colunelos dos ombrais

- Mostravam uma forma:

alongada;

Posição rígida;

Rostos cada vez mais individualizados

Demonstração de calma e serenidade

- Posição assimétrica oblíqua do corpo em relação ao seu eixo: o tronco roda para um lado e as pernas para o outro,

formando um S

21. Caracteriza a escultura do Gótico Pleno.

- Procura de uma tendência mais naturalista e realista, tanto na iconografia como no relevo e na estatuária

-Corpos mais volumosos

-Posições ligeiramente curvilíneas, acentuadas pelorequebro da anca

- A partir do século XIV, evidencia-se já um sinuoso S, quase em contraposto, numa forte tensão delinhas

ondulantes

- as pregas concêntricas, em U e V, acentuam aforma do corpo e das ancas

- Posição sinuosa- linhas arredondadas, aobrepostas eprofundas dos panejamentos

- cor

- Maior naturalismo

- Progressivo retorno ao cânone clássico de estética, expressão e perfeição espiritual (cânone clássico), maior

correcção anatómica.

- Expressão formal: Exprimir a perfeição espiritual: mãos, rosto e corpo tratados com maior correção

anatómica; cabelos e barbas encaracolados; mais detalhes; Os santos, a Virgem e Cristo refletem sensibilidade,

serenidade e ternura (HUMANIZAÇÃO DO CÉU )

Século XIV:

- Sofrimento, Feridas exageradas, Cristo esquelético

- Expressividade estimulada pela crise económica e social

- Representação do homem comum, dos santos e de Cristo em sofrimento

- Influências de Abelardo e S. Tomás de Aquino: “A sensibilidade é a fonte do conhecimento”

22. Descreve a evolução da escultura tumular.

Page 7: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

- A partir de 1200, vulgarizaram-se as estátuas jacentes, de início apenas com a intenção de evocar o defunto,sem

pormenorizar os seus traçosfísicos (utilização de símbolos,inscrições epigráficas, brasões, …)

- Em meados do século XIII, aparece o retrato idealizado, com um leve sorriso que ilumina o rosto

- No final do século XIV, o morto é representado, muitas vezes,como que enregelado, envolto num lençol ou nu,

autênticocadáver em decomposição

23. Refere as principais alterações registadas na pintura gótica.

A pintura gótica teve o seu período mais importante no séc. XIV e no séc. XV, durante o qual o Papado se fixou em

Avinhão, as repúblicas italianas e o Sacro Império Romano Germânico estavam fragmentados. As variedades regionais

dividiam-se pela Flandres e Itália. As características do chamado estilo internacional ou estilo “1400” são as influências

bizantinas (dourados e tons brilhantes), preocupação pelo realismo dos rostos e velaturas, a inclusão de paisagens e

espaços arquitectónicos, o desenvolvimento da técnica da perspectiva, as imagens ganham volume e a expressão

humanizada de Jesus, Maria e santos. Os quadros compostos por dois ou mais painéis eram chamados de dípticos,

trípticos ou polípticos. A principal mudança na pintura vai-se dar através da relação desta com a arquitectura; o

aparecimento de mais aberturas em detrimento das paredes maciças verificadas no românico obriga ao desenvolvimento

da técnica do vitral em vez do mural. Houve também uma tendência por substituir a pintura mural pela pintura sobre

madeira (retábulos, painéis, quadros, etc.).

24. Descreve as alterações registadas nas principais técnicas:

Vitral: apogeu: 1200-1260; surge como consequência directa da estrutura do edifício gótico, ocupando o lugar

dos murais a fresco; integra-se numa nova forma de celebrar a fé através da Luz: rosáceas e janelas rasgadas (as

“igrejas de vidro”); temas: Vida de Cristo; Cenas do Antigo e do Novo testamento; Culto da Virgem

A iluminura: Influências da arte românica e bizantina; aparecimento de iluminadores laicos, a partir de

encomendas de nobres e religiosos; representação do espaço: fundo repleto de figuras humanas e animais,

apontamentos da natureza e arquitetura; riqueza cromática, dominando ao azuis, contrastados com vermelhos

Pintura - desenvolvimento nos séculos XII, XIV e no início do século XV - a sua principal particularidade foi:

realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas,

temas religiosos,

personagens de corpos pouco volumosos, cobertos com muita roupa, com o olhar voltado para cima,

em direção ao plano celeste.

Representação de Cristo - ao contrário do verificado no românico, deixa de ser o homem sempre vivo,

vestido, indolor, passando a ser o homem nu, sofredor, corpo arqueado em sofrimento, que fecha os

olhos, aceitando a morte. Verifica-se, portanto, a humanização do divino.

25. Caracteriza a pintura em Itália.

A maior parte das grandes cidades italianas como Florença, Veneza, Milão e Pisa, adquiriram grande autonomia

e constituíram-se em cidades-estado, prosperando economicamente e obtendo um enorme desenvolvimento nas

artes. Com a ascensão das cidades como centros políticos e económicos autónomos durante o período gótico e

com o consequente florescimento da vida urbana acentuara-se o orgulho cívico que causara naturais rivalidades

e conflitos entre as cidades-estado italianas. O desenvolvimento artístico conjugou humanismo e espiritualidade

e libertou-se definitivamente das influências românicas e bizantinas, antecipando a artedo Renascimento.

em Itália, ao contrário do Norte da Europa,as Igrejas permaneceram largas ebaixas, mantendo superfícies

parietais(paredes) compactas.Por essa razão, predominou a tradição da pintura a fresco, conjugada com o uso de

retábulos.

Page 8: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

Principais pintores:

Cimabue - considerado o último grande pintor italiano a seguir a tradição bizantina

Duccio di Buoninsegna - iniciou uma renovação na artemedieval, estabelecendo uma ruptura com a tradição

bizantina. Efetuou a síntese da plástica bizantina com a gótica desenvolvendo um novo género de espaço

pictórico. O espaço é uma construção arquitetónica onde habitam as suas personagens, aproximando-se ao

“espaço real” através do tratamento volumétrico dos corpos e da tridimensionalidade do espaço. Teve

grande influência na formação do estilo Gótico Internacional e influenciou Simone Martini e os irmãos

Ambrogio e Pietro Lorenzetti, entre outros. Seu grande rival na época foi Giotto, mestre da Escola

Florentina.

Giotto di Bondone - discípulo de Cimabue

Inovou a pintura da sua época com a introdução da perspectiva e com a plena ruptura em relação à

arte bizantina (espaço pictórico verosímil):

criação de uma visão pictórica baseada no princípio da imitação (conceito aristotélico)

Antecipa a perfeição matemática da perspectiva renascentista, revelando um grande domínio do

desenho e valorizando a luz (iniciação a uma visão racional na representação das coisas e da

natureza)

valorização das cores na definição dos corpos das figuras representadas

Humanização das figuras: identificação da mais importante figura dos santos com seres humanos de

aparência bem comum; santos com ar de homem comum, ocupando sempre posição de destaque

Personagens transmitem grande expressividade (pathos emotivo)

visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no

Renascimento.

Simone Martini - a sua pintura caracteriza-se pelo rigor e pelas linhas sinuosas, líricas e estilizadas,

geralmente sob um fundo dourado, de influência bizantina. As suas personagens revelam intensidade

expressiva e dramática. Foi um dos pintores italianos que mais contribuiu para a arte do Estilo

Internacional.

Os irmãos Lorenzetti - Pietro (1280-1348), que conjugava monumentalidade e doçura. Ambrogio (1290-

1348), conhecido pelas suas obras repletas de naturalismo, perspicácia, ordenação e uma vista panorâmica

da cidade;

Gentile da Fabriano - as suas obras ficaram conhecidas pelo perfeccionismo técnico e formal e brilhante

policromia.

António Pisanello - ficou conhecido pelas suas pinturas murais e pelos elegantes retratos

26. Caracteriza a pintura flamenga.

No Norte da Europa, nomeadamente na Flandres, onde o desenvolvimento do Gótico foi mais tardio, a pintura revestiu-

se de certos aspectos peculiares:

- retrato físico e psicológico, de grande realismo

- paisagens naturais e arquitectónicas

- as cenas sagradas como cenas da vida quotidiana se tratassem.

- a perfeição no tratamento de volume e profundidade

A arte flamenga reflectiu bem a prosperidade económica e o bem-estar geral da sociedade da época, impulsionadapela

importância da burguesia mercantilista. A prosperidade da burguesia nascida do sucesso económico foi um grande

Page 9: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

impulsionador da arte, uma vez que a posse de uma obra de arte era símbolo de poder e prestígio. Os pintores flamengos

responderam com eficácia a esta solicitação, criando uma linguagem plástica capaz de representar a realidade com tanta

fidelidade que os seus quadros pareciam autênticos espelhos.

Principais pintores

Robert Campin - Também conhecido como mestre de Flémalle, demonstrou uma visão realista do Mundo e

representou os santos como pessoas comuns e mortais e os temas religiosos como cenas do dia-a-dia.Possuía

uma pintura naturalista, plena de detalhes arquitectónicos e perspectiva

Dirck Bouts - foi um dos primeiros artistas nórdicos a usar o ponto de fuga nas suas composições, que dava

profundidade à cena pintada e criava uma perspectiva quase fotográfica.As suas personagensapresentam uma

beleza e serenidade intocáveis.

Flandres Hans Memling - pintor conhecido principalmente pelos seus retratos e pela sua pintura gentil e suave e

de grande sentido humanístico .

Jan Van Eyck - Lançou as bases de uma nova cultura figurativa. Foi o grande divulgador da pintura a óleo ( de

secagem lenta, permitia um trabalho minucioso pelo retoque e sobreposição de camadas, produzindo grande

detalhe e realismo) . Permanecem os simbolismos medievais; registava os aspectos da vida urbana e da

sociedade de sua época; grande cuidado com a perspectiva,procurando mostrar os detalhes e as paisagens.

Rogier van der Weyden - Discípulo de Van Eyck, foi o artista mais influente do seu tempo, no Norte daEuropa,

tendo influenciado outros pintores.

Hugo Van der Goes - nasceu em 1440 e morreu em 1482. A sua obra caracteriza-se pela tensão dramática, pela

sensação de movimento e ritmo e ainda pelasua monumentalidade.

Hieronymus Bosch - Foi a grande excepção dentro do panorama artístico do seu tempo, pelas suas obras de

carácter apocalíptico e macabro,repletas de figuras simbólicas e imaginativas e composições bastante

complexas. Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilizaçãode figuras

simbólicas complexas,originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no

seutempo.

Matias Grünewald - Foi autor de cenas sagradas expressivas, vigorosas e agonizantes. O tema mais comum é a

crucificação de Jesus Cristo.

27. Caracteriza o Gótico em Portugal.

Arquitetura:

- introduzido no século XIII, domina no Sul do país, permanecendo ligado às ordens monásticas, pelo que se implantou

sobretudo nas zonas rurais e se caracteriza pela sobriedade e austeridade.

- as linhas e ormas são modestas e simples: igrejas de 3 naves, central mais alta, separada das colaterais por arcadas de

pilares finos; a cobertura é de madeira; abóbadas nervuradas apenas à cabeceira; 3 ou 5 capelas; abside com

deambulatório, cobertura com abóbadas de arcos ogivais; frontaria de portal único e com rosácea sobreposta, abrindo

sobre o corpo central; transepto saliente; exteriores compactos e fechados; austeridade na decoração exterior; abside

com deambulatório;

- primeiras construções góticas em Portugal: Mosteiro de Alcobaça, Claustro da Sé Velha de Coimbra;

- Mosteiro da Batalha grande realização arquitectónica gótica portuguesa do séc. XV (período mais importante do

gótico português): Planta convencional; as naves do corpo central e do transepto são abóbadadas, divididas por arcadas

ogivais, apoiadas em grossos pilares, de colunelos ininterruptos da base ao capitel; uso de arcobotantes laterais,

construídos sobre os telhados da cabeceira

Page 10: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

Pintura:

- influências exteriores, assimilando-as de modo próprio e original

- pintura sobre madeira, em polípticas destinadas a altares, retábulos e decoração de paredes (a de maior preferência)

- temáticas: religiosas

- composições ingénuas; demonstraram as dificuldades técnicas experimentadas pelos artistas: erros de representação;

figuras esquematizadas; cores muito duras e sem modelado

- Nuno Gonçalves – Painéis de S. Vicente:

* políptico de 6 tábuas (60 fig. quase em tamanho natural)

* objectivo do artista: retrato característico da sociedade portuguesa

* realismo do retrato de cada uma das personagens individualizando a figura humana

* personalidade bem marcada em cada uma das personagens

* obra de ruptura com os padrões góticos tradicionais

ESCULTURA

● continuou o programa funcional da escultura românica

● decoração esculpida de suporte, essencialmente, arquitectónico (portais, capiteis, rosáceas)

● tumularia: decoração de túmulos, sarcófagos, etc. onde se vão desenvolver os principais programas escultóricos

● grandes escolas: Lisboa, Évora e Batalha e a notável escola de Coimbra.

Estilo Manuelino

ARQUITECTURA

- surge no reinado de D. Manuel I, a partir do séc. XV-XVI

- Estilo arquitectónico, tipicamente português, associado às Descobertas e à Expansão Marítima portuguesa.Integra-se

no Gótico Final, distinguindo-se pelos elementos decorativos exuberantes (nacionalistas, marítimos e naturalistas).

Mantém o essencial das estruturas góticas

- novos pretextos decorativos à escultura gótica (sobretudo nos portais e fachadas)

- afirma-se principalmente ao nível da decoração da arquitectura: ornamentação [decoração] exuberante (quase

barroca); tudo aparece representado:

- nas fachadas

- em ornatos de ombreiras

- arquivoltas dos portais

- ou em arcos e pilares interiores

- motivos decorativos:

- naturalistas: troncos, cachos de uvas, folhas de loureiro;

- de origem marítima: redes, conchas, cordas, nós, algas

- nacionalistas; esfera armilar, Cruz de Cristo, escudo de D. Manuel

- arcos quebrados desaparecem, sendo substituídos por arcos polilobados (ferradura ou redondo)

PINTURA

- politica de protecção às artes, seguida por D. Manuel I

- factores que contribuíram para a evolução da pintura no inicio de Quinhentos: importação de obras da Flandres;

fixação em Portugal de pintores flamengos ou a experiencia de alguns portugueses em oficinas estrangeiras

- grande produtividade; escolas regionais: Viseu, Coimbra, Évora

- as obras eram realizadas de forma colectiva entre mestres, artífices e aprendizes (parcerias)

Page 11: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

- especializando-se cada um no tratamento especifico de determinados elementos do quadro: a figura humana, as

roupagens, os ambientes interiores, as formas arquitectónicas ou paisagens

- tratamento realista do retrato e das paisagens

- aplicação de coloridos intensos

- representação minuciosa dos tecidos, tapetes, peças de ourivesaria (todo o tipo de acessórios que reflectiam o

requinte e cosmopolitismo/elegância da sociedade cortesã da época)

- apuramento do olhar, interesse pelo sensível e observável

- contexto cultural: emergiu um renovado interesse no homem e na sua relação com o mundo

- influência flamenga

ESCULTURA

● papel predominante que a ornamentação desempenhou na arte manuelina diversidade formal e plástica no

domínio da escultura

● favoráveis condições de trabalho/aumento da encomenda que aqui se verifica

Page 12: Fichaformativaculturadacatedral 120506062226-phpapp02

ESQUEMA COMPARATIVO:

ASPECTOS GERAIS

ARTE ROMÂNICA ARTE GÓTICA

ØDesenvolveu-se nos séculos XI e XII.ØArte monástica: construções rurais espalhadas pelos campos.

ØSubstitui o românico a partir do século XII.ØArte citadina: apareceu com o desenvolvimento do comércio

ARQUITECTURA

ØPlanta em forma de cruz latina.ØArco de volta perfeita.ØDois tipos de abóbadas: de berço e de arestas.ØGrossos pilares interiores e contrafortes exteriores.ØParedes baixas e grossas.ØPoucas aberturas: apenas pequenas frestas.ØMonumentos escuros, austeros e pesados.

ØMantém a planta de cruz latina, mas com naves mais elevadas.ØArco quebrado ou ogival.ØNovo tipo de abóbadas: abóbada sobre cruzamento de ogivas.ØArcobotantes apoiam , no exterior, a nova abóbada.ØJogo de massas verticais; elevadas torres com flechas.ØAltas janelas nas paredes e largas rosáceas nas fachadas,ØMonumentos muito iluminados e com belos vitrais a coar a luz.

ESCULTURA

ØUm «catecismo de pedra»; meio de pregação dos temas religiosos.ØRepresentação de figuras bíblicas, monstros, demónios, folhagens e motivos imaginários.ØElementos decorativos submetidos à arquitectura.ØMuitas decorações nos portais [tímpanos], fachadas e capitéis.

ØMantém os temas religiosos espalhados pelos mesmos locais.ØUso de motivos próprios da vida do homem: flora e fauna da região.

PINTURAØPintura a fresco a decorar as vastas superfícies nuas das paredes e as capelas subterrâneas .ØMuito rica na decoração dos manuscritos

ØSubstituição da pintura a fresco pelos vitrais.ØTemas religiosos, mas também profanos [cenas agrícolas, vida de reis, combates].Influência dos vitrais nas iluminuras

FIM