Fichamento Sociologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (CCH) ESCOLA DE EDUCAÇÃO Disciplina: Educação e Sociologia Pedagogia-Vespertino Professor: Eduardo Carrascosa Graduando: Ismael Assis de Aguiar. FICHAMENTOS DOS TEXTOS TRABALHADOS EM AULA:

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIOCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (CCH)ESCOLA DE EDUCAÇÃODisciplina: Educação e Sociologia Pedagogia-VespertinoProfessor: Eduardo CarrascosaGraduando: Ismael Assis de AguiarFICHAMENTOS DOS TEXTOS TRABALHADOS EM AULA:Sociologia do ensino no BrasilContribuições a partir de Anthony GiddensAmurabi Pereira de Oliveira,Do Instituto Federal de Educação,Ciências e Tecnologia de Pernambuco.SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃOAlberto Tosi Rodrigues

Transcript of Fichamento Sociologia

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIOCENTRO DE CINCIAS HUMANAS E SOCIAIS (CCH)ESCOLA DE EDUCAODisciplina: Educao e Sociologia Pedagogia-VespertinoProfessor: Eduardo CarrascosaGraduando: Ismael Assis de Aguiar.

FICHAMENTOS DOS TEXTOS TRABALHADOS EM AULA:

Sociologia do ensino no BrasilContribuies a partir de Anthony GiddensAmurabi Pereira de Oliveira,Do Instituto Federal de Educao,Cincias e Tecnologia de Pernambuco.

O autor procura demonstrar em uma pequena anlise tanto histrica da sociologia como disciplina no currculo do Ensino Mdio brasileiro, quanto em como se consiste a prtica da sociologia na modernidade, a influncia da mesma no campo educacional, como meio pra um olhar crtico sobre a constituio da sociedade brasileira.A sociologia, na perspectiva do autor, como uma disciplina que tange o campo poltico e ideolgico, em suas anlises da sociedade moderna, e das tenses que a povoam, tendo posio marcada, ou seja, no podendo si situar no mbito da neutralidade, como se pressupe das cincias da natureza, teve a sua permanncia ou excluso do currculo escolar estabelecida de acordo com os agentes polticos responsveis pelas polticas publicas, mais especificamente, polticas educacionais, que imponderados em determinado momento histrico , determinariam como se constituiria a grade curricular, o contedo , em termos gerais, ou seja, formalmente, escolar brasileiro. Exemplificando essas duas posturas em relao a Sociologia ( incluso, excluso) no currculo escolar, o autor demostra a substituio da disciplina de sociologia da grade curricular, no perodo ditatorial, pelas disciplinas Educao Moral e Cvica, e OSPB (Organizao Social e Poltica Brasileira), buscando com isso naquele perodo um conformao ideolgica e poltica da sociedade brasileira. Ainda com o fim do perodo ditatorial, e muitos anos aps o a redemocratizao do pas, vemos o retorno da disciplina Sociolgica, a grade curricular do Ensino Mdio brasileiro, portanto aps uma mudana das ideologias polticas, que configuravam as polticas pblicas educacionais anteriormente. Para o autor o aspecto relevante, que influiu para essas posturas em relao ao ensino da sociologia no mbito escolar brasileiro, foi uma caracterstica cara primordialmente a sociologia, a reflexividade, conceito do Socilogo Anthony Giddens, que se caracteriza pela reflexo constante sobre os mais diversos saberes e fazeres modernos, se constituindo tambm numa anlise da organizao e dos embates e tenses da sociedade moderna, incentivando a reformulao das posturas dos indivduos, a partir de desse olhar crtico. Ento o ensino da sociologia nas instituies escolares, inserindo uma atividade reflexiva, mudaria as aes do indivduos diante da realidade social, configurando um olhar crtico do sujeito educacional, sobre a instituio escolar, tambm o modo como a educao administrada, e quais as ideias esto presentes em sua formulao e aes como polticas pblicas. O autor no atribui essa atividade de reflexividade a apenas a Sociologia como disciplina escolar, compreende tambm, sua atividade em outras disciplinas escolares.

SOCIOLOGIA DA EDUCAOAlberto Tosi Rodrigues

Capitulo II

O Homem faz a sociedade ou sociedade faz o Homem?

mile Durkheim, um dos responsveis pela formulao das cincias sociolgicas, procurou, fortemente influenciado pela concepo positivista das cincias da natureza, estabelecer como elas, um mtodo e objeto para a sociologia. Para o Socilogo Francs, os fenmenos sociais, assim como os fenmenos fsicos, e biolgicos, se dariam em ambiente especficos (Reino Moral), assim como devem ser apreendidos pelas Cincias da natureza, concebendo-se e agindo de acordo com leis que os subordinam, esses fenmenos sociais estariam subordinados a leis sociais, que deveriam ser apreendidos pelo Cientista social. Durkheim estabelece essas leis sociais, coercitivas exteriores aos indivduos, em termos de Fatos Sociais, observveis, somente pelo cientista social, numa abordagem cientfica positivista, sem, contudo afirmar sobre esses Fatos Sociais serem eles materiais, mas simblicos, apenas; ou seja, sendo leis tericas, estabelecidas e apreendidas pela atitude intelectual e cientfica do socilogo.Como dito, os Fatos Scias exercem um fora externa sobre os indivduos, como a religio, casamento, leis, crimes, convenes scias, que so de alguma forma impostos aos indivduos independentes da sua vontade, pois fazem parte da prpria constituio da sociedade, e antes, da constituio do indivduo enquanto ser social.Ainda para Durkheim, a sociedade moderna se caracteriza pela superespecializao das funes laborativas dos indivduos e portanto uma forma distinta de diviso do trabalho social, que constitui um novo tipo de cooperao social, que no a solidariedade mecnica (conceito de Durkheim) caracterstica de sociedades que no tinham um diviso do trabalho social to exacerbada e portanto os indivduos tinham mais atividades em comum; o novo tipo de cooperao social, para o Socilogo, define-se como solidariedade orgnica, como um atividade cada vez mais exclusiva de indivduos para indivduos, que depende respectivamente uns dos outros para suprirem necessidades diversas, que s podem ser sanadas funes especficas de cada um. Em sociedades de alta diviso do trabalho social a conscincia coletiva (valores, tradies etc. comuns) enfraquecida, e, portanto mais diversa, do que em sociedades de baixa diviso de trabalho social. Como para Socilogo Francs, a alta diviso do trabalho social, acabaria por desaguar num comportamento cada vez mais individualista dos indivduos, por desfrutarem de valores scias, tradies, e morais cada vez mais distintas, e, portanto nos conflitos e disputas entre esses indivduos causando a uma catstrofe na sociedade, e mal estar nela, prejudicando-a, Durkheim prope a educao escolar, como transmissora de valores sociais coletivos, ou at certo ponto comuns, garantindo assim a permanncia da ordem na sociedade.

Capitulo III

Como Durkheim, Karl H. Marx procurou efetuar uma anlise da sociedade, a partir de uma concepo cientfica positivista, estabelecendo leis gerais de funcionamento sociedade, como as leis gerais das Cincias da natureza. Marx no restringiu sua ao apenas s analises sociolgicas, mas tambm atuou como ativista poltico procurando a partir desses estudos, agir na sociedade para que ela se tornasse mais adequado s ideias que concebeu para a mesma. Esta lei, como dita acima, que Marx procurou encontrar, lei da histria mais especificamente, se resumiria na: luta entre classes scias.Marx faz uma anlise da histria das relaes entre o homem e a natureza e entre o homem e o homem; o homem atravs do trabalho pe a natureza a sua disposio e sujeio para usufruir de seus benefcios, Nesse processo o homem criou instrumentos de trabalhos, tecnologias para aumentar os rendimentos da sua produo com menor custo de seu tempo e de suas foras, e isso graas a sua capacidade de reflexo, raciocnio, que lhe , segundo Marx, sua caracterstica peculiar. Nessa configurao histrica trabalho e reflexo so indissociveis.As relaes entre o homem e seus iguais tambm foram moldadas, segundo aponta o autor, pelo desenvolvimento das foras produtivas, para o melhor aproveitamento dessas foras os homens se uniram aumentando conjuntamente sua produtividade. Ainda na constituio das sociedades ao longo da histria existiu a diferenciao entre meios, ou instrumentos de trabalho, e o prprio trabalho; entre os que possuam os meios de produo mas no trabalhavam, necessariamente, e aquele que trabalhavam e no possuam esses meios. Essa diviso de relaes, segundo Marx, deu origem s classes sociais nas diferentes pocas, na Grcia Antiga, na Idade Media, e na modernidade.O modo como se do as relaes sociais de produo na modernidade tema da problematizao que Marx desenvolve, ou seja, o sistema capitalista. A particularidade desse sistema, que os homens, que no possuem os Meios de produo(Maquinas, Fabricas etc.), foram afastados do domnio desses meios, e da atividade reflexiva que envolvia a processo produtivo, reduzindo seu trabalho a uma atividade especfica no processo de produo industrial, sem ter domnio do que produz e de como produz, ou seja foram expropriados de seus saberes e bens matrias. A educao para Marx serviria como um meio de devolver aos homens a conscincia da explorao de seu trabalho e da expropriao de seus saberes e bens de que foram vtimas, procurando emancipa-los da alienao de conscincia histrica que a sociedade capitalista produz, devolvendo a sua autonomia de reflexo e atividade produtiva.

Capitulo IV

Para o Socilogo Alemo, Max Weber, a sociedade no seria uma fora exterior e coerciva sobre os indivduos, mas sim um resultado das relaes interpessoais entre estes (para Weber a prpria anlise do pesquisador sobre a sociedade, dependeria da sua perspectiva e da sua relao com a mesma, sendo, portanto uma anlise parcial.).Levando em considerao, a no existncia, diga-se, de um Fato social (Leis externa coercivas que rege a sociedade, sujeitando o comportamento dos membros desta) sobre os indivduos, Weber, segundo o autor, postula que o indivduo leva em considerao o comportamento de outros e as normas sociais vigentes em determinada sociedade quando age, sendo essa uma Ao social. Os homens se associam uns aos outros ao agir, essas associaes se institucionalizam socialmente, quanto mais essas Aes sociais vo sendo aceitas subjetivamente pelos indivduos como regras, sendo o Estado e as instituies religiosas, alguns exemplos disso.Para Weber ainda, o individuo, apesar de nascer numa sociedade com regras estabelecidas antes de seu nascimento, e sendo inserido nessa sociedade, no tem apenas um papel passivo, mas tambm ativo na constituio dessa sociedade, assim como outros antes dele tiveram papel ativo na construo da sociedade na qual esse mesmo indivduo se encontra atualmente.Para Weber a educao teria o papel de corresponder demanda da sociedade na modernidade, em vrios mbitos, no Estado ou nas empresas. A educao dividiria seu foco em tipos especficos para cada indivduo; uma educao primeiramente para despertar um espcie de dom inato desse indivduo; um segundo tipo seria a educao de cultivo, voltada para prepara-lo para determinados tipos de comportamentos interiores reflexivos, e exteriores, tipos de comportamento social; um terceiro tipo de educao seria, uma espcie pedagogia do treinamento, que torna o indivduo num especialista em determinada rea, e menos em um tipo de preparo da capacidade crtica do educando.

Capitulo V

Nesse Capitulo o autor aponta de forma abreviada, trs pensamentos sociolgicos relevantes no sculo XX.O primeiro do socilogo francs Pierre Bourdieu, retomando em parte o pensamento Durkheimiano, considerando a sujeio do individuo ao controle das estruturas da sociedade, pondo o individuo como agente passivo na sociedade, reproduzindo as regras convencionadas na sociedade. Na dimenso pedaggica, a educao s serviria como meio de reproduzir, ou melhor, fazer reproduzir as relaes scias e poder vigentes. O segundo pensamento relevante para a sociologia no sculo XX, do Italiano Antnio Gramsci, o pensador e militante poltico, procurou atualizar as ideias Marxista em relao sociedade capitalista europeia de sua poca. Para Gramsci as sociedades se dividem entre sociedade ocidental e oriental, uma onde o Estado e estruturas polticas concentram mais poder com menor participao da sociedade civil, uma sociedade Oriental, onde as lutas se concentrariam contra o Estado, com o objetivo de dep-lo. Em uma sociedade, chamada Ocidental, de capitalismo avanado, o poder no se concentraria no Estado somente, portanto mais distribudo pela sociedade civil mais organizada, e diversas organizaes polticas, e um mercado interno forte, Gramsci acredita que nessas sociedades a simples insurreio contra o Estado seria Ineficaz, considerando a diluio do poder nessas sociedades, o embate, segundo o pensador, dar-se-ia no mbito das ideias, no cotidiano dessas sociedades, preciso conquistar as conscincia dos indivduos da sociedade, cujo modo de agir e pensar se estabelece pelo consenso entre eles.Nessa Luta de Classes pela hegemonia do pensamento coletivo, cada classe tem seus respectivos tipos de representantes intelectuais, segundo Gramsci: o Orgnico ligado aos interesses da classe ascendente, seja trabalhadora ou burguesa, dando uma organizao a ideolgica de determinada classe; e o Intelectual Tradicional, ligado a uma classe que um dia foi dominante e que hoje perdera sua hegemonia, mas que continua agindo politicamente, adotando posies conservadoras, e alianas com a classe dominante; ambas as posturas intelectuais buscam estruturar uma ideologia coletiva, dando consistncia ao movimento social a que corresponde.Na escola dar-se-ia a formao desses intelectuais, ou seja, a formao completa, que seria facultado somente aos membros das classes dominantes, deixando o ensino especializado, voltado para determinadas atividades profissionais para os filhos das classes dominadas. A partir desta constatao Gramsci prope uma escola unitria pblica, que abarcaria a todos, mesclando o ensino intelectual completo e uma orientao profissional e depois um ensino mais especializado, profissionalizante; para o pensador italiano a possibilidade de uma mesma qualidade de ensino para todos, deixaria, a formao de intelectuais e, portanto a batalha pelas ideias em um nvel mais igualitrio, e, portanto no beneficiando nessa disputa, as classes dominantes.O terceiro pensamento selecionado pelo autor o de Karl Mannheim, que retomou, sob uma tica mais positiva, o pensamento de Max Weber. Para Mannheim, apesar da racionalizao da vida levou ao declnio do modo de educao integral do homem, as lutas das classes dominadas em ascender socialmente atravs da educao trouxeram uma grande contribuio cultural para o processo educacional. Para Mannheim a atividade de fazer sociologia como anlise da sociedade e da educao pode contribuir para amenizar os efeitos do processo de negativos do processo racionalizao da educao na sociedade, (com, por exemplo, o cerceamento do acesso educao pra determinados indivduos, dando a estes uma educao especializada, no de formao integral, como Weber analisou) procurando educar o homem moderno, sem tirar lhe a possibilidade de uma educao de formao completa.Mannheim acreditava que atravs da democracia, com a possibilidade que ela oferece, de diversas camadas sociais contriburem no processo educacional, que essa sociedade se tornaria uma sociedade mais sadia. E a sociologia seria a disciplina capaz de fazer um ajuntamento coeso de todas essas foras, e condies existentes na sociedade, elaborando uma proposta pedaggica ideal.