FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

24
FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil

Transcript of FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Page 1: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

FIGURAS DE LINGUAGENSFiguras de Construção

Professora Lúcia Brasil

Page 2: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Elipse

    É a omissão de um termo ou de uma oração inteira que já foi dita ou escrita antes, sendo que esta omissão fica subentendida pelo contexto. Exemplos:

-Sobre a mesa, apenas uma garrafa. (omissão do verbo haver.)

Esta garota veio sem pinturas, uma saia rosa, um moletom, sapatos vermelhos.(omissão da palavra sem.)

Page 3: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Curiosidade:

Em diálogos também é usual a elipse: na bilheteria de um teatro, apenas perguntamos "- Quanto custa?". O contexto, a situação em que foi feita a pergunta leva-nos ao termo omitido - "a entrada".  

Page 4: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Pleonasmo

    É uma repetição que envolve uma redundância, isto é, repetição desnecessária que ocorre para dar ênfase. Exemplos:- Estou vendo terra com meus próprios olhos!!!

-A mim ninguém me engana.

Observação:

O pleonasmo vicioso ("entrar para dentro", "subir para cima") é um defeito de linguagem.

Page 5: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Inversão ou Hipérbato

    É a inversão da ordem natural e direta dos termos da oração. 

Exemplos: Dança, à noite, o casal de apaixonados no clube.Ordem direta: O casal de apaixonados dança no clube à noite.

- Aves, Desisti de ter!Ordem direta: Desisti de ter aves !

Page 6: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Silepse

    É uma figura de sintaxe e ocorre quando a concordância é feita pelo sentido e não pela forma gramatical, como a própria etimologia da palavra explica.    Podemos ter silepse de número, de gênero e de pessoa.

a)Silepse de número: O caso mais comum ocorre quando o sujeito é um coletivo ou uma palavra que, apesar de estar no singular, indica mais de um ser.

Exemplos:

- "O povo lhe pediram que se chamasse Regedor." (Fernão Lopes)povo = singularpediram = plural

 

Page 7: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

-"...e o casal esqueceram que havia mundo." (Mário de Andrade)casal = singularesqueceram = plural

- O quarteto cantaram velhos sucessos.quarteto = singularcantaram = plural

Page 8: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

b) Silepse de gênero: Os casos mais comuns são os de predicativos que concordam com a ideia que está implícita, e não com a forma gramatical.

Exemplos:

-São Paulo é muito fria. (fria concorda com a palavra cidade)

-Fulano é um criança.Fulano = masculinocriança = feminino

- Vossa Alteza é muito bondoso.Vossa Alteza = femininobondoso = masculino

Page 9: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

c) Silepse de pessoa: Ocorre principalmente quando o sujeito expresso aparece na terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural; a idéia é que o narrador integra o sujeito.

Exemplos:

-Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins público.cariocas = 3ª pessoasomos = 1ª pessoa

- Os jogadores somos incompetentesjogadores = 3ª pessoasomos = 1ª pessoa

Page 10: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Figuras de Pensamentos

Page 11: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

 - O ministro foi sutil como uma jamanta e fino como um hipopótamo...

Ironia

    Consiste em sugerir, pela entonação, o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. Exemplos:

- Como ele está apaixonado!!

Page 12: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

-Ela é minha ajudante (Em lugar de empregada doméstica)

- "...Trata-se de um usurpador do bem alheio..." (Em lugar de ladrão)

Eufemismo

    É a atenuação ou suavização de ideias consideradas desagradáveis, cruéis, imorais, obscenas ou ofensivas. Exemplos:

- Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)

 

Page 13: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Hipérbole

Consiste no exagero de uma ideia. Exemplos:

- Eu já lhe disse um bilhão de vezes para não exagerar quando falar! - Este anel deve ter custado os olhos da cara.

- Quase morri de estudar!

Page 14: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

Prosopopeia

Consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações de seres humanos a seres inanimados ou irracionais.

Exemplos:

-O galo cantou às quatro da manhã... (Cantar é humano)

- O Morro dos Ventos Uivantes... (Os ventos não uivam)    

- O longo braço do Sol impele os ventos.

Page 15: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

A estrela d ‘alva no céu despontaE a lua anda tontacom tamanho esplendor... - Em um belo céu de anil,os urubus, fazendo ronda,discutem, em mesa redonda,os destinos do Brasil.

Page 16: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.
Page 17: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.
Page 18: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.
Page 19: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

VICIOS DE LINGUAGEM

Page 20: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.

Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem.

Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

Page 21: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

a) Barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.

pesquiza (em vez de pesquisa)

prototipo (em vez de protótipo)

b) Solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.

Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz; desvio na sintaxe de concordância)

Page 22: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

c) Ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.

O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de

quem: do guarda ou do suspeito?)

d) Cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.

Paguei cinco mil reais por cada.

e) Pleonasmo: consiste na repetição desnecessária de uma ideia.

A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.

Page 23: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

ATIVIDADES

1) Identifique e classifique os vícios de linguagem:

a) Quando eu pôr o vestido, saberei se engordei.b) Na boca dela estava a marca da agressão que sofrera.c) Ele comprimentou o amigo.d) O principal protagonista da novela é um bom ator.e) Desceu para o quarto de baixo, assim que o pai surgiu no

corredor.f) Esteje aqui amanhã no mesmo horário.g) Ela é uma ótima atriz. Na última peça fez um monólogo

falando sozinha.h) O cachorro do seu irmão avançou sobre o amigo.i) Má mão a sua, o bolo sempre fica encruado.j) Nós advinhamos o resultado do jogo.k) Quero meias para senhoras claras.l) Eu assisti o programa em que foi denunciado o

desmatamento da Amazônia.

Page 24: FIGURAS DE LINGUAGENS Figuras de Construção Professora Lúcia Brasil.

2) Reconheça as figuras de linguagem:

a)Tanta toada eu trago na viola.b)“A gente não sabemos escolher presidente”c)Vossa senhoria está belo hoje.d)A natureza pode estar chorando.e) Eu já lhe disse um bilhão de vezes para não exagerar quando falar!f)Este anel deve ter custado os olhos da cara.g)O céu está mostrando sua face mais bela.h)Ele foi repousar no céu, junto ao Pai.i)Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.j)Após a queda, nenhuma fratura.