Figuras de Nossa Senhora no Ofício da Imaculada conceição

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Os títulos de Nossa Senhora no Ofício da Imaculada Conceição Dezembro/2015 Salve, do mundo Senhora, Dos céus Rainha ditosa, Sois Estrela Matutina, Das virgens a mais formosa. Por que Nossa Senhora é chamada de Estrela Matutina? Pouco antes do nascer do sol uma estrela brilha intensamente indicando o lugar que o sol vai nascer. Os comentaristas costumam referir-se a Nossa Senhora como a estrela que anuncia o nascimento do Sol da Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo. Se o pecador mantém a confiança em Maria verá em breve nascer em sua alma o sol da graça.

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Explicação das figuras de Maria no Ofício da Imaculada Conceição

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Os títulos de Nossa Senhora no Ofício da Imaculada

Conceição

Dezembro/2015

Salve, do mundo Senhora,Dos céus Rainha ditosa,Sois Estrela Matutina, Das virgens a mais formosa.

Por que Nossa Senhora é chamada de Estrela Matutina?Pouco antes do nascer do sol uma estrela brilha intensamente indicando o lugar que o sol vai nascer.

Os comentaristas costumam referir-se a Nossa Senhora como a estrela que anuncia o nascimento do Sol da Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Se o pecador mantém a confiança em Maria verá em breve nascer em sua alma o sol da graça.

Ó Virgem prudente, salveSois casa a Deus consagrada,De sete ricas colunasE duma mesa exornada.

Refere-se à passagem dos Provérbios (9, 1-2): “A sabedoria edificou para si uma casa, levantou sete colunas… e dispôs sua mesa”. Diz São Bernardo que aquela Sabedoria, que era o próprio Deus, edificou para si uma casa que foi sua própria Mãe, na qual ergueu sete colunas que são as virtudes teologais e cardeais (Fé, Esperança, Caridade, Justiça, Temperança, Fortaleza e Prudência).

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Vós sois a Mãe dos viventes,A porta consoladoraDo céu de Jacob estrela,Vós sois dos anjos Senhora.

Mãe dos viventes Da mesma sorte que Adão é figura de Cristo (novo Adão), Eva é figura de Maria (Nova Eva). Este é um singular paralelismo que percebemos nos Padres da Igreja,  feito entre Eva e Maria, modelado e inspirado no paralelismo entre Cristo e Adão (Rm 5,14; 1Cor 15, 22.45). O paralelismo entre Eva e Maria foi constituído já no século II por Justino e Ireneu: a Velha Eva que também era virgem preferiu ouvir a voz da Serpente gerando, portanto, o pecado; a Nova Eva, Maria, a Virgem que soube ouvir a Palavra de Deus, gerou no seu santíssimo ventre, o próprio Filho de Deus. Assim a primeira Eva trouxe a tristeza e o pecado. Já a Nova Eva, trouxe-nos a paz, a esperança, o perdão e a graça salvífica. E por isso chamada Mãe da nova Criação. Ao pé da cruz, Maria recebeu de Jesus agonizante a missão de ser mãe de todos os que seriam seus discípulos (Jo 19,26).

A porta consoladora do céu Maria, porta do céu. As figuras de “porta, limiar, entrada, umbral”, já desde a época dos Padres da Igreja, se aplicam à Virgem Maria para esclarecer sua função de Nova Eva, ou sua maternidade virginal ou sua intercessão suplicante em favor dos fiéis. Maria, a Eva Inocente, que venceu pela humildade o orgulho da primeira mulher, abrindo o que esta fechara: Virgem humilde que nos abriu a porta da vida eterna: o que Eva incrédula fechara – aquela fiel abriu. As portas do paraíso que Eva fechou foram abertas por ti, Virgem Maria. Maria é porta radiante luz, pela qual, Cristo, Luz do Mundo, refulgiu

para nós. A Igreja não duvida disto: pela bem aventurada Virgem Maria, de quem nos veio o Salvador, nos descerão dons da graça celeste e se nos abrirá a feliz porta do céu.

De Jacob estrela Nm 24,17: “Eu vejo – mas não agora, eu o contemplo – mas não de perto: um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta procedente de Israel. E esmaga as têmporas de Moab…” A estrela de Jacó é Maria que descende do grande patriarca. E Jesus é o cetro que se levantou de Israel e feriu os capitães de Moab, isto é, o mal e a morte, e nos deu a vitória.

Vós sois dos anjos Senhora Santo Tomás, explicando a Saudação Angélica, observa que no Antigo Testamento era grande honra para os seres humanos a aparição dos seres angélicos. E grande honra também era poderem os homens reverenciar aos Anjos. Que um Anjo, porém, reverenciasse ao homem, nunca se ouviu contar, a não ser depois da saudação a Maria, quando se verificou que, na natureza humana, havia quem fosse maior do que os anjos na plenitude da graça e intimidade com Deus.

Do mau anjo sois terrorColuna forte na guerra.O porto sede e refúgioDo povo cristão na terra.

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O porto sede e refúgio do povo cristão na terra Maria Santíssima que reina gloriosa no céu trabalha misteriosamente na terra, mostrando a seus filhos o caminho da verdade. Maria é o amparo na fé. Quando Pio VII (+1823) foi arrancado da Sé de Pedro pela violência das armas e detido em estrita prisão, toda a Igreja erguia preces a Deus pela intercessão da Virgem Maria: sucedeu então, sem se esperar, a libertação do Sumo Pontífice e a sua volta para Roma em 24 de maio de 1814, e sua restituição ao trono pontifício. Por isso o Papa Pio VII decretou que se celebrasse para sempre em Roma, a 24 de maio, uma festa em honra de Maria, Auxilio dos cristãos. Ela é o auxílio do cristão para que, com a proteção dela, trave o combate da fé com intrepidez, permaneça firme na doutrina dos apóstolos e caminhe seguro entre as tempestades do mundo. 

Sois Arca do Testamento,O trono de Salomão,O belo íris do céu, Sarça ardente da visão.

Qual a analogia entre a Arca da Aliança e Maria Santíssima? A Arca da Aliança era de madeira incorruptível. Maria, arca

da nova aliança, foi sempre Imaculada e seu corpo puríssimo foi preservado da corrupção do sepulcro.

A Arca era inteiramente revestida de ouro. Maria viveu sempre animada pelo fogo da caridade divina que, entre as virtudes, é o mesmo que o ouro entre os metais.

Na Arca estavam guardados um jarro de maná, as tábuas da lei e o báculo de Arão. Maria trouxe no seu casto seio o Verbo Eterno, o legislador divino da lei da graça, o autor da nova aliança entre Deus e os homens. Ela deu ao mundo Jesus Cristo, nosso Redentor, que é o verdadeiro maná, o pão celeste, o pão da vida, descido do céu. Lembramos ainda das passagens que dizem que Maria guardava as Palavras de Jesus no seu coração e as meditava (Lc 2,19. 51). 

Sobre a Arca achava-se o propiciatório. Maria, refúgio dos pecadores, ouve propícia quem quer que a invoque e desarma a vingança divina.

A Arca era instrumento de prodígios. Quando o povo de Israel alcançou as margens do Jordão para entrar na terra prometida, havia enchente. Não obstante, quando os sacerdotes, que levavam a Arca, mergulharam os pés na água, o rio lhes deixou livre a passagem. À chegada da Arca, desabaram as muralhas de Jericó e a cidade foi destruída. Por sua presença nas batalhas, o povo de Deus vencia seus inimigos que, cheios de terror, fugiam. A Arca, portanto, como fonte de prosperidade, penhor da proteção divina para o povo de Deus e causa de terror para os inimigos, era um belo símbolo de Maria, despenseira de todas as graças, protetora do povo cristão contra o demônio e seus sequazes.

Trono de Salomão 1Rs 10, 18-20. Do trono de Salomão diz a Sagrada Escritura que nunca se fez coisa tão preciosa pelos reinos do mundo. Era de marfim coberto de ouro finíssimo, com seis degraus e sustentado por duas mãos. Maria é o trono do verdadeiro Salomão ou Rei Pacífico, Jesus. É trono de marfim, por sua pureza e inocência, revestido do ouro finíssimo da mais ardente

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caridade. Duas mãos a sustentam, que são a humanidade e a divindade de Jesus.

O belo íris do céu Gn 9, 8-17. Quando Deus fez as pazes com a terra, depois do dilúvio, deixou um símbolo agradabilíssimo de união e de paz: o arco-íris. E, no Novo Testamento, para mostrar a sua misericórdia para com os homens, deixou não apenas um símbolo, mas um verdadeiro traço de união: a Virgem Maria – Rainha da Paz. O arco-íris tem sete cores. Maria tem os sete dons do Espírito Santo. O arco-íris foi o sinal da aliança depois do dilúvio. Maria foi o sinal da aliança depois do pecado.

Sarça ardente A sarça ardente se conservava milagrosamente intacta entre

as chamas. Maria, no torvelinho da corrupção universal, passou também ilesa por entre as chamas que consumiam os outros filhos de Adão.

Maria teve dentro de si, sem ser por ele consumida, o fogo divino do Espírito Santo, e trouxe ao seio o Verbo Encarnado. A igreja grega exclama: “Não temais, ó Virgem cheia de graça, sarça vivente e incombustível, pois o fogo da divindade não consumirá nunca o vosso castíssimo seio, porque sois inocentíssima.

Deus, escondido entre as chamas, disse a Moisés: “A terra que pisas é sagrada”. Maria é essa terra bendita que nunca foi contaminada pelo pecado, porque foi o templo sagrado de Deus, o Santo dos Santos.

Vós sois a vara floridaO velo de Gedeão,A porta de Deus cerrada, Doce favo de Sansão.

Vara florida Nm 17, 16-26; Is 11, 1-2. O livro dos números conta que a escolha de Aarão foi feita da seguinte forma: Deus mandou que um varão de cada tribo de Israel colocasse uma vara junto ao Tabernáculo e a vara do escolhido florescia. Foi o que aconteceu com a vara de Aarão onde apareceram botões, depois flores e frutos sem prejudicar o seu frescor. Essa vara, diz São Bernardo, é figura de Maria que floresceu sem raízes e sem a seiva da natureza; pois ela se tornou fecunda e deu à luz Jesus sem a mínima alteração de sua pureza virginal, à maneira da vara de Aarão que nada perdia de sua verde folhagem, produzindo flores e frutos. No texto de Isaías lemos que “um ramo brotará do trono de Jessé”. Jessé foi o Pai do rei Davi, de quem Jesus era chamado filho (Mt 21,9), por ser descendente seu. Maria é este ramo que floresce quando dela nasce Jesus.

Velo de Gedeão Jz 6, 36-40.Depois de sete anos de dura opressão sob o jugo dos madianitas, o Senhor enviou um amo a Gedeão, com esta ordem: “Vai, e com a tua força liberta o meu povo”. Gedeão respondeu: “Senhor, peço um sinal: estenderei sobre o terreiro este velo de lã (couro de carneiro com a lã). Se o orvalho molhar só o velo e a terra ao redor ficar seca, saberei que, por meu intermédio, libertarás Israel, como disseste”. Assim fez e assim se deu. Gedeão disse então a Deus:”Não se acenda o teu furor se procuro outra prova. Peço-te que o velo se conserve enxuto e que toda a terra amoleça com o orvalho”. E naquela noite o Senhor fez o que Gedeão pedira: o velo se conservou seco e o solo se cobriu de orvalho. Com este milagre ficou sabendo Gedeão que seria eleito para vencer os inimigos de seu povo. São Bernardo comenta que o velo simboliza Maria que, única, foi concebida sem pecado original e, por primeira recebeu de Jesus a sua graça que havia de espalhar-se depois pelo mundo. A Igreja

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reconhece no velo recoberto de orvalho uma figura do Mistério da Encarnação do Verbo Divino no seio puríssimo da Virgem Maria dizendo: Senhor, quando nasceste de um modo inefável da Virgem, cumpriram-se as Escrituras que diziam “desceste como orvalho no velo a fim de salvar o gênero humano. E São Bernardo ainda diz: “Tu és, ó Maria, o terreno umedecido, impregnado de celeste orvalho”.

Doce favo de Sansão Jz 14, 5-9. Conta o livro dos Juízes que indo Sansão viajando com seus pais para a casa de sua noiva, ao se aproximarem das vinhas da cidade, apareceu um leão novo, feroz e que rugia fortemente e avançou contra Sansão. Mas o espírito do Senhor apossou-se de Sansão e ele despedaçou o leão como se fosse um cordeiro, sem arma alguma na mão . Mas nada disse a seus pais. Quando voltavam alguns dias depois, Sansão afastou-se do caminho para ver o cadáver do leão e eis que na boca do leão estava um enxame de abelhas e um favo de mel. E, tomando-o nas mãos ia comendo pelo caminho, e chegando onde estavam seu pai e sua mãe, deu-lhes uma parte que eles também comeram. Assim como, dentro da boca de uma fera, se encontrou um favo, também no seio da humanidade não tão humana, encontrou-se Maria. E assim como, no seio da morte (no cadáver do leão), encontrou-se a vida (enxame de abelhas), assim também dentro da humanidade pecadora encontrou-se Maria: concebida sem pecado. Maria, laboriosa e humilde abelha que nos preparou o favo dulcíssimo, Jesus, que saboreamos pelo caminho da nossa vida toda vez que recebemos a Eucaristia.

Deus vos salve, virgem Mãe,Vós templo sois da Trindade.

Templo da Trindade A Santíssima Virgem por especial razão é Templo. Carregando em seu seio imaculado o próprio Filho de Deus, tornou-se Templo do verdadeiro Deus. Tendo guardado em seu coração a palavra de Deus (Lc 2, 16-17), tendo amado ardentemente a Cristo e conservado fielmente seus dizeres, vieram a ela o Pai e o Filho, e nela estabeleceram sua morada, segundo a promessa do próprio Senhor (Jo 14,23). Maria é o Templo Santo construído com indizível arte pelo Senhor; templo singular da glória de Deus pela obediência da fé e mistério da Encarnação, templo da justiça, templo da piedade para nós pecadores… templo repleto do Espírito Santo. Diz São Gregório: “És esplendor de luz, ó Maria, no sublime reino espiritual! Em ti o Pai, que é sem princípio e cuja potência te cobriu, é glorificado. Em ti o Filho, que carregaste segundo a carne, é adorado. Em ti o Espírito Santo, que operou nas tuas entranhas o nascimento do grande Rei, é celebrado. É graças a ti, ó cheia de graça, que a Trindade Santa e consubstancial pôde ser conhecida no mundo”.

Sois palmas de paciência Vencedora do demônio, Maria Santíssima suporta todas as angústias e sofrimentos de sua missão de Mãe do Redentor. À Maria dá-se com extrema justeza, o título ou figura de palma da vitória, sendo nosso modelo para que, a seu exemplo vençamos as tentações. Por analogia Maria é comparada também à resistente palmeira, que os vendavais não conseguem abater. Maria, palmeira eleita, passou por todas as tribulações sem vergar. Estava de pé junto à cruz sem que a veemência da dor a pudesse prostrar. Mártires e confessores têm-na como Rainha, porque soube viver e morrer dando heroicos testemunhos de fé (Gn 3,15).

Sois horto abençoadoE terra sacerdotalNo princípio preservado Do pecado original.

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Horto abençoado Gn 2, 8-15. O Horto, na terra do Éden – nome que significa delícia – tinha a virtude de produzir, sem o auxílio do homem, os mais deliciosos frutos e a mais linda vegetação. Uma fonte abundantíssima fertilizava todo aquele jardim. Perfeito símbolo de Maria que, sendo Virgem, também é Mãe. Sua fecundidade vem do Espírito Santo. São João Damasceno diz: “Tu és o Horto espiritual, mais santo e mais divino que o antigo, pois este foi a morada de Adão e tu foste o paraíso daquele que desceu do céu para habitar em ti”.

Terra sacerdotal A terra, o terreno do Paraíso terrestre, era virgem, não lavrada por mãos humanas, sendo no entanto, fertilíssima porque era obra de Deus; produzia plantas, flores e frutos (símbolo das virtudes) e não dava nenhum espinho (figura do pecado). Era portanto terra santa. Da filha desta terra bendita, fertilizada pelo Espírito Santo – Maria – nasceu o Salvador, sumo Sacerdote, realizando a profecia de Isaías: “Abra-se a terra e germine o Salvador”. É também figura de Maria pela beleza e fartura, em suma, pelas excelências. Terra de Canaã fecunda apontada a Moisés (Gn 2,8; Dt 8, 7-10).

De Deus sois cidade santa,Do céu porta oriental.

De Deus sois cidade santa Aqui faz-se alusão à cidade de Jerusalém que teve a honra de ser preferida para a construção do Templo, onde Jesus haveria de ensinar mais tarde. Maria foi

comparada ao Templo, é comparada agora a Jerusalém, cidade santa. Ou melhor, Maria é a verdadeira Jerusalém, pois ao invés de dar a morte, deu a vida ao Redentor, e nunca foi destruída e nem mesmo ameaçada pelo inimigo.

Do céu porta oriental Ez 46, 1-3. A liturgia se serve da mesma comparação no Ofício do Advento: Salve Porta Oriental! porque foi por Maria que raiou o divino oriente – seu Filho Jesus. Lê-se em Ezequiel: “Isto diz o Senhor: a porta do átrio interior, que olha para o oriente, estará fechada durante os seis dias que são de trabalho; mas abrir-se-á no dia de Sábado, e também se abrirá no primeiro dia de cada mês. E o príncipe entrará pelo caminho do vestíbulo da porta… e fará adoração sobre o limiar desta porta, e depois sairá, e a porta não se fechará até a tarde. E o povo do país fará sua adoração à entrada daquela porta nos dias de Sábado”. Maria é a porta Oriental donde saiu o Sol da Justiça; é a porta que se abre ao pecador, pela misericórdia. A porta se abrirá e não se fechará mais. O povo se aproximará sem medo e adorará o Senhor, glorificando a divina Mãe.

V. Como o lírio entre os espinhosR. Assim a minha amada entre as filhas de Adão.

Ct 2, 1-2. Santa Brígida diz que “assim como a rosa cresce entre os espinhos, assim cresceu Maria entre os sofrimentos”. Espinhos também são nossos pecados; espinhos são as blasfêmias e ingratidões para com seu Imaculado Coração. Além disso, o lírio é uma flor que reflete tranquilidade pelo seu aspecto, símbolo da pureza pela sua nitidez, da beleza pelos seus contornos, do encanto pela sua fragrância. Dentre as flores é, portanto, a que mais e melhor se pode comparar a Maria.

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Cidade sois de refúgio De torres fortalecidaPor David entrincheiradaE d’armas também munida.

O texto refere-se a uma das muitas torres que Davi mandou erguer na cidade de Sião. A Virgem é apresentada como uma fortaleza contendo as defesas contra os inimigos e o arsenal de armas para combatê-los. Para isso eram construídas as torres. Maria Santíssima é uma torre tão bem edificada que, como São Tomás de Villanova podemos dizer: “Ocupando-lhe a praça forte o próprio Deus, não podia este sem grande cuidado, permitir ao demônio que dela se apoderasse, nem um instante sequer. Para isso teve que comunicar-lhe um poder inquebrantável, transformando-a numa verdadeira fortaleza davídica”. Assim Maria é aquela criatura santa que nunca foi vencida pelo pecado, toda cheia de graça e fiel a Deus. É nisso precisamente que consiste o mistério da Imaculada Conceição. 

Bem não éreis concebidaEm caridade abrasada,Foi do dragão a soberbaPor vós ferida, humilhada.

Após o pecado dos primeiros pais, quando Deus amaldiçoou a serpente, Ele anunciou que a descendência da Mulher haveria de esmagar-lhe a cabeça (Gên. 3,15). Por isso, Nossa Senhora da Conceição é representada com a cobra debaixo dos pés. Trazendo ao mundo o Salvador, ela deu início à vitória do Bem sobre o Mal.

Sois a bela AbigailJudite invicta, animosa.Foste do vero DavidMãe terna, mãe carinhosa.

AbigailDavi perseguido pelo rei Saul, viu-se forçado a vagar pelo deserto com um punhado de soldados. Um dia, desprovido de víveres, mandou pedir auxílio a Nabal, cujo rebanho ele tantas vezes

defendera. Nabal, apesar de possuir três mil carneiros e mil cabras, e de ser aquele o tempo da tosquia, época na qual era costume dar festas e distribuir presentes, respondeu ao pedido com palavras ultrajantes. Diante disso, Davi, indignado, lançou-se contra ele com seus homens, decidido a lavar a injúria com o sangue de Nabal e o de toda a sua família. Abigail esposa de Nabal, informada dos acontecimentos, e prevendo as consequências da resposta insensata do marido, juntou víveres em abundância e, acompanhada de alguns servos, foi ao encontro de Davi que, comovido pela humildade, pela sabedoria e liberalidade daquela mulher, concedeu seu perdão a toda a família.

Qual a semelhança entre Abigail e Maria? Abigail deu exemplo de grande humildade: foi ao encontro

de Davi, prostrou-se a seus pés e reclamou para si própria o castigo merecido pelo marido Maria, a primeira entre as criaturas, foi também a mais humilde e reparou o pecado de Eva.

Abigail, com suas preces, moveu à clemência o coração de Davi Maria aplaca a indignação de Deus e detém a mão onipotente que está para punir o pecador.

JuditeHolofernes, enviado com 132 mil homens pelo rei da Assíria, Nabucodonosor, para invadir a Ásia ocidental, acampa em Betúlia, sitiando a cidade. Judite, uma rica e poderosa viúva, realizou um plano arrojado: vestiu-se elegantemente, perfumou-se, cobriu-se de joias e acompanhada de uma criada, saiu da cidade e se dirigiu ao campo inimigo. Holofernes fascinado pela beleza e pela graça daquela judia, acolheu-a em suas tendas, chegando a convidá-la para um banquete. Nesse dia, ao cair da noite, todos voltaram para suas tendas deixando Judite sozinha com Holofernes. Vencido pelo sono e pela embriaguez, o general caiu na cama. Judite empunhou então a espada do próprio Holofernes; desembainhou-a, agarrou o general pelos cabelos e dizendo: “Senhor, dá-me forças neste momento”, decepou-lhe a cabeça. Leva Judite então, esse troféu de guerra e exibe-o a seu povo em Betúlia. Os sitiados, aproveitando –se da desordem reinante no campo inimigo, lançaram-se sobre ele, e após derrotá-lo, em Betúlia e na Judéia voltou-se a viver em paz.

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Quais os traços de semelhança existentes entre Judite e Maria? Judite, rica e bela, “era grandemente estimada por todos

porque temia o Senhor e não havia quem dela pudesse falar mal”. Depois da morte do marido, passou a levar uma vida retirada, dividida entre o jejum e a oração Maria, rebento dos antigos reis de Judá, foi a mais bela flor da natureza humana. Sua beleza, reflexo de sua alma imaculada, era celestial e quase divina. Objeto da complacência da Santíssima Trindade e da admiração dos anjos, essa virgem incomparável era, ainda mais do que Judite, simples, modesta, amante da oração, da penitência e do recolhimento.

Judite, cheia de confiança no auxílio do Senhor, executou um ato heroico: expôs sua vida para libertar seu povo. Conservou-se pura no meio de mil perigos, enganou e venceu o orgulhoso Holofernes e restituiu a paz e a alegria à pátria assim como a heroína de Betúlia, a virgem de Nazaré sacrificou toda a existência em benefício do gênero humano; conservou-se imaculada quando a corrupção imperava no mundo; enganou o demônio, escondendo sob as aparências de um casamento comum, a Encarnação do Verbo; esmagou a serpente sedutora e afugentou, no decorrer dos séculos, a milícia infernal que perseguia a Igreja e o povo cristão.

Judite mereceu a admiração e o reconhecimento dos judeus. O Sumo Sacerdote e os chefes de Israel, vindos de Jerusalém, para elogiá-la cantaram-lhe: “Tu és a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra de nosso povo, porque agiste virilmente e o teu coração foi forte; porque amaste a castidade, e a mão do Senhor te tornou forte; e serás bendita eternamente” Maria mereceu a admiração e a gratidão de todos os povos. A ela se aplicam perfeitamente os elogios feitos a Judite.

Foste do vero DavidMãe terna, mãe carinhosa.

Cristo, filho de Maria, realizou as esperanças que o povo colocava em Davi; por isso, ele foi reconhecido como um novo Davi.

Rachel ao Egito deuPrudente governador, Do ventre da Virgem veioAo mundo seu Salvador. Amém.

Conta o Livro do Gênesis que chegou Raquel certo dia com os rebanhos de seu pai Labão, para apascentá-los. Vendo-a Jacó e sabendo que ela era sua prima irmã e que aqueles rebanhos pertenciam ao seu tio Labão, ajudou Raquel a levantar a pedra do poço para dar de beber ao rebanho. Raquel era formosa e muito agradável. E Jacó, sentindo uma grande afeição disse para Labão que serviria sete anos pela sua segunda filha, Raquel. O texto sagrado mostra-nos em Raquel uma mulher de rara beleza e de uma grande amenidade de temperamento. Sob esse duplo aspecto, tornou-se a filha de Labão uma impressionante figura da formosa e mansa Virgem Maria. Raquel foi sempre, por parte de Jacó, o objeto de um amor cuja ternura não se enfraqueceu jamais.A virgem Maria foi o objeto das complacências eternas e de uma predileção sem par da parte de Deus. Mas o mais significativo é que Raquel foi a mãe de José. José foi vendido por seus irmãos e levado para o Egito. Esta venda proporcionou depois a salvação do Egito e o Faraó o declarou salvador do mundo. Jesus foi vendido por Judas aos Judeus e esta venda operou a salvação de nossas almas. José perdoou, alimentou com o trigo, enriqueceu e salvou seus irmãos da morte. Jesus também perdoou do alto da cruz e continua perdoando pelo sacramento da Reconciliação; alimenta com a Eucaristia e nos enriquece com a sua graça e dons do divino Espírito Santo. Por fim, Jesus é o Salvador do mundo e vencedor do pecado e da morte. Rachel ao Egito deu prudente governador, do ventre da Virgem veio ao mundo seu Salvador.

Salve relógio solar,Dez linhas retrogradado,

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Sinal de o Verbo DivinoHaver de vir humanado.

O episódio bíblico referido aqui é o da cura obtida pelo rei Ezequias por intervenção do profeta Isaías. Quando este anunciou ao rei que ficaria curado, ele não quis acreditar sem antes ver um sinal do céu, que confirmasse as palavras do Profeta. Isaías então disse que a sombra do sol, com a qual se marcavam as horas no relógio solar, haveria de atrasar dez graus, como se as horas do dia voltassem atrás. Para entendermos que semelhança pode haver entre esse relógio e Maria Santíssima, temos de ler os versos seguintes (Sinal de o Verbo Divino haver de vir humanado) que fala da descida de Deus até junto das criaturas. O Verbo se humilhou, tomando a forma de servo quando se encarnou no seio de Maria; o sol que retrocede representa o Cristo que se rebaixa, fazendo-se homem. Então Maria é comparada ao relógio, no qual se realiza essa aniquilação do Sol divino. Outra analogia que se pode fazer é que em Nossa Senhora no momento de sua Concepção Imaculada o sinal da Redenção foi nela impresso antecipadamente, em virtude da previsão dos méritos do seu divino Filho. As sombras do pecado original foram como que recuando para dar passagem a essa alma predestinada, que devia irradiar ao mundo o Sol da Justiça, Jesus Cristo, Salvador dos homens.

Daquele brilhante SolA Virgem tem o fulgor

E qual aurora que surge,Difunde seu resplendor.

Cristo é a luz do mundo, é o Sol da Justiça. Cristo nasceu de Maria. A igreja recorda frequentemente esse mistério de Maria: Fonte de Luz (São João Damasceno); Janela do céu pela qual o Pai derramou sua luz (São Fulgêncio); Maria é a Mãe da Luz: da luz que ilumina os próprios Serafins; da Luz que ilumina os últimos confins da terra; da Luz que disse Eu sou a luz do mundo; da luz que iluminou todas as coisas que estão no céu e na terra (Santo Epifânio). Deus prometeu através do profeta Malaquias: “Para vós que temeis o meu Nome brilhará o Sol da Justiça” (Ml 3,20). Esse Sol é o Cristo Salvador, que faz Maria resplandecer com sua Luz, pois Ele é a luz do mundo (Jo 8,12). Por isso São João viu Maria no Apocalipse como “uma mulher vestida com o sol” (Ap 12,1).

E entre espinhos cecém,Aos pés o dragão calcando,Qual lua bela a quem erra,Os passos alumiando. Amém.

Entre espinhos cecémCecém é o nome poético da açucena. A açucena branca também está associada à pureza. Assim como a açucena se destaca entre os espinhos, Maria se destaca entre todos os seres humanos pela sua Imaculada Conceição. V. Fiz que nascesse nos céus uma luz que não se apaga.R. E cobri toda a terra como de uma nuvem.

“À semelhança de uma névoa, eu cobri a terra toda”. Esta nuvem é um símbolo de Maria:

Porque cobriu a miséria e nudez dos homens com a sua misericórdia e graça;

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Porque aquece a nossa tibieza e desânimo, tornando-nos fervorosos e ativos;

Porque assim como, quando vem a névoa e sopra o vento norte, desaparecem o gelo e os rigores do vento sul, ficando a terra fecunda, assim também, por Maria, que atrai o Espírito Santo– sopro vindo do céu – dissolve-se o gelo e quebra-se a dureza de nosso coração, ficando desse modo fecundo.

Salve, Virgem florescente,Que fostes Imaculada!Rainha sois de clemência, D’estrelas ornamentada.

Rainha sois de clemênciaEsse título celebra a benignidade, generosidade e dignidade de Maria, que elevada aos céus, sem cessar roga a seu Filho pela salvação do povo que confiante se refugia junto a ela nas tribulações e perigos. A Virgem Maria é, portanto, a Rainha Clemente que, conhecedora singular da misericórdia de Deus, acolhe todos os que junto dela se refugiam. Por isso é chamada consolação dos penitentes e esperança dos aflitos. A Virgem Maria,

no céu, apresenta constantemente as necessidades dos fiéis ao Filho como o fez em Caná (Jo 2, 1-11).

D’estrelas ornamentada.Em Ap 12,1, aparece no céu, como um grande sinal, a Mãe do Messias, coroada de doze estrelas. A liturgia aplica esse texto à Assunção de Maria, na qual “se nos manifestam o sentido e o destino do corpo santificado pela graça. No corpo glorioso de Maria, começa a criação material a ter parte no corpo ressuscitado de Cristo. Maria é a integridade humana, corpo e alma, que agora reina intercedendo pelos homens, peregrinos na história” (Puebla 298).

Muito acima dos anjos,Brilhante e toda ilibada,Do Rei à direita estaisDe veste d’ouro adornada.

O salmo 44, composto para celebrar as núpcias do rei, descreve o cortejo formado pelas princesas que conduzem os monarcas. A rainha, que traja vestes douradas e está à direita do rei (v 10) simboliza Maria que, “ao lado do Rei dos séculos, resplandece como Rainha e intercede como Mãe”.

Por vós, ó Virgem MariaQue sois norte dos errantes,

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Deste mar fulgente estrela,O porto dos navegantes.

Deste mar fulgente estrela Santo Tomás explica assim esse título de Maria: “Assim como por meio da estrela do mar os navegantes são orientados para o porto, assim os cristãos por meio de Maria são conduzidos para a glória. E é precisamente este o significado do nome Maria: Senhora do mar. O mar pode ser entendido como nossa vida cujas saudades lembram as distâncias do Porto; cujas vaidades crescem e se desmancham como as ondas; cujo tédio às vezes cansa e desanima como as calmarias; cujas tentações sacodem e abalam como os ventos fortes. Maria é a Estrela do Mar, pois quando aparece tranquiliza nossa saudade, acalma todas as nossas ondas, suaviza o nosso viver com a doce aragem de seu carinho materno, diminui as tentações e desmancha as nuvens da tempestade.

O porto dos navegantesPara os que enfrentamos as tempestades deste mundo, Maria é “vida, doçura, esperança nossa”. Santo Afonso dizia que a devoção a Maria é sinal seguro de salvação; afirmou também que um verdadeiro devoto de Maria não se perde, pois ela tudo alcança junto de seu Filho em favor dos que a invocam.

Que sois do céu porta abertaA saúde dos enfermosFazei que nos venha a graça De Deus em seu trono vermos. Amém.

A saúde dos enfermosA salvação de Deus atinge o homem todo, seu corpo, sua alma, seu espírito; tanto como peregrino na terra, como habitante do céu. Pela salvação alcançada por Cristo no Espírito Santo, a condição do homem muda inteiramente: a opressão se converte em liberdade, a

ignorância em conhecimento da verdade, a aflição em alegria, a morte em vida, a escravidão do pecado em participação da natureza divina. Contudo, a absoluta e perfeita salvação, o homem não a pode alcançar neste mundo: sua vida está sujeita à dor, à enfermidade, à morte. A salvação de Deus é o próprio Jesus Cristo, que o Pai enviou ao mundo como Salvador do homem e médico dos corpos e das almas, como o chama a liturgia referindo-se às palavras de Santo Inácio de Antioquia. Nos dias de sua vida mortal, cheio de misericórdia, curou muitos doentes, libertando-os muitas vezes também das chagas do pecado (Mt 9,2-8; Jo 5,1-14). Também a Santíssima Virgem, como Mãe de Cristo, salvador do homem, e Mãe dos fiéis, socorre com muito amor seus filhos aflitos. Por isso frequentemente os enfermos acorrem a ela, vão muitas vezes aos seus santuários, para obter saúde por sua intercessão. Nos santuários marianos encontram-se muitos testemunhos desta confiança dos enfermos para com a Mãe de Cristo. Na Ladainha, também invocamos Maria como “saúde dos enfermos”. Por meio de sua poderosa intercessão, recuperam a saúde os doentes de qualquer espécie. Como seu Filho “passou pelo mundo fazendo o bem” (At 10,38), Nossa Senhora não se cansa de zelar pela felicidade de seus filhos.

V. Vosso Nome, Maria, é como bálsamo derramado.

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R. Muito vos amam vossas servas.

Bálsamo derramado Essa imagem é tirada de Ct 1,2: “Teu nome é como um óleo escorrendo”. O óleo tem as propriedades de alimentar, curar, fortalecer, perfumar; assim os que invocam o nome de Maria com confiança experimentam em sua vida que “a devoção à Virgem Santíssima é um auxílio poderoso para o homem em marcha para a conquista da sua própria plenitude” (Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, 57). Maria é o óleo que Jesus, Bom Samaritano, derramou em nossas feridas. O óleo apaga o fogo na pedra e o alimenta na madeira. Assim procede Maria com nosso coração que, quando tornado pedra pelo fogo das paixões, sente que se apaga esse fogo com o nome da Mãe de Deus; e quando arde no amor divino, sente crescer esse ardor no óleo deste mesmo Nome. Ainda se diz: o vosso nome, ó Maria, escrito ou pronunciado, ou somente imaginado, mantém, alenta, restaura, ilumina e alegra.

Referências Bibliográficas:

1. DAMINO, André – Na Escola de Maria – Edições Paulinas - São Paulo, 1962.

2. http://reporterdecristo.com/a-profundidade-teologica-do- oficio-da-imaculada-conceica

3. http://romadesempre.blogspot.com.br/2013/05/os-titulos- de-nossa-senhora-no-oficio.html

Ó tu que te sentes longe da terra firme,

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levado pelas ondas deste mundono meio dos temporais e das tempestades,

não desvies o olhar da luz deste Astro,se não quiseres perecer.

Se o vento das tentações se elevar,se o recife das provações se erguer na tua

estrada,olha para Estrela,chama por Maria.

Se fores sacudido pelas vagas do orgulho,da ambição, da maledicência, do ciúme,

olha para a Estrela,chama por Maria.

Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas,pensa em Maria, invoca Maria.

Que seu nome nunca se afaste de seus lábios,que não se afaste de teu coração;

e para obter o auxílio da sua oração,não te descuides do seu exemplo de vida.

Seguindo-a, terás a certeza de não te desviares;

suplicando-lhe, de não desesperar;consultando-a, de não te enganares.

Se ela te segurar, não cairás;se te proteger, nada terás de temer;se te conduzir, não sentirás cansaço;

se te for favorável, atingirás o objetivo.E assim verificarás,

por tua própria experiência,com quanta razão foi dito:

“E o nome da Virgem era Maria”.(São Bernardo)

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Para Maria Carolina