FILARIOSES. REINO ANIMALIA SUB-REINO METAZOA FILO PLATYHELMINTHES TREMATODA CLASSE DIGENA CLASSE...
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FILARIOSES
REINO ANIMALIASUB-REINO METAZOA
FILO PLATYHELMINTHES
TREMATODACLASSE DIGENACLASSE CESTODARIA
FILO NEMATHELMINTHESCLASSE NEMATODA
Taxonomia
150 milhões – infecção por filárias120 milhões filariose linfática37 milhões oncocercose
OMS 1997/2007
Características
- Tamanho variado (3 cm até > 1m)- Fusiformes, alongados e não seguimentados- Simetria bilateral- Boca sem lábios- ♂ e ♀ (♀ > ♂)- 4 estágios larvais- Vivíparos (geram microfilárias)- Heteroxenos (vetor invertebrado)
Microfilárias
Evolução de L1 para L3 em artrópodos
Transmissão através depicada do vetor
Evolução para adultos no hospedeiro vertebrado
Desenvolvimento
Características- Casca ovular- Pode estar ausente
Localização dos parasitos- Filarioses linfáticas
WuchereriosesBrugioses
- Filarioses cutâneo-dérmicasOncocercoseLoíaseDracunculoseMansonella streptocerca
- Filarioses das serosasMansonella pertans
(Dipetalonema)Mansonella ozzardiMansonella rhodhaini
Parasitas de tecidosVasos linfáticos ou tecido subcutâneo
Principais no Brasil:
• Wuchereria bancrofti – filariose linfática ou elefantíase
• Onchocerca volvulus – oncocercose ou cegueira dos rios
•Dirofilaria immitis– parasita cães (zoonose), casos humanos
•Mansonella ozzardi- não patogênica, comum na Amazônia
•Brugia malayi- Ásia
A. Wuchereria bancroftiB. Brugia malayiD. Oncocerca volvulusG. Mansonella ozzardi
Núcleos caudais: céls germinativasBainha presente ou não
Microfilárias- diferenciação de espécies
Sangue /outro e coloração azul metileno/Giemsa
Filariose linfática
Os parasitosWuchereria bancrofti- > 90% casos regiões tropicais e subtropicais (Américas, África, Ásia e Oceania)
Brugia malayi- ± 10% casos (Índia, SEA, China)
Brugia timori- Rara (pequenas ilhas Insulíndia)
Wuchereria lewesii- Muito rara (focos isolados no Brasil)
- Mais de um bilhão de indivíduos expostos ao risco de infecção em quatro continentes (83 países)
-120 milhões de indivíduos atualmente infectados
- Principais agentes etiológicos: Wuchereria bancrofti e Brugya malayi (Ásia)
- 40 milhões de indivíduos incapacitados ou desfigurados pela doença em todo o mundo
O problema
Distribuição mundial de filariose causada
por Wuchereria bancrofti
Wuchereria bancrofti- ♀ 8 – 10 cm x 0,3 mm - ♂ ~ 4 cm x 0,1 mm (extremidade enrolada)
12 papilas sensoriais e órgãos copulatórios - Vivíparos (microfilárias)- Bainha presente - Boca sem lábios- Vasos linfáticos- Formam novelos- Alimentam-se da linfa
Wuchereria bancrofti
- Metabolismo aeróbio- Novelo (20 parasitos, 5 machos – 1 fêmea) - ~ 17 anos de vida- 10 mil a 3 milhões de microfilárias- Simbionte (bactéria)
Wolbachia (Rickettsiales)
O parasito
Adultos
♂ ♀
Microfilária- 250-300 µm- Células somáticas- Estilete bucal- Aparecem na circulação sangüínea apenas a noite- Durante o dia nos pulmões
6-12meses!
20 dias
(anoitecer-madrugada)
dia: pulmõesAméricas, África, Ásia
(não Pacífico sul)
O ciclo de vida
Vetores das filárias linfáticas
larvapupa
adultos
macho fêmea
ovos
Culex quinquefasciatus
Adultos de W. bancrofti em humanos
Macho e fêmea adultos removidos de
um vaso/gânglio linfático
Secção de adultos parasitas num vaso
linfático♀4-10cm, ♂2-4cmVivem 5-10 anos (?)Fertilidade? D. immitis: 10mil-3mi/fêmea
Vermes por “novelo”~20(fêmeas: machos 5:1)Reação inflamatória, obstrução
Relação parasito - hospedeiro- Número baixo de parasitos no vetor- Infecção depende do número de picadas- Assintomáticos (microfilárias)- Não são bem reconhecidos pelo sistema imune - IgE porém sem reação alérgica- Anticorpos bloqueadores de IgE- Pneumonia eosinófila tropical- Vermes adultos
Reação humoral ou celular
FisiopatologiaVermes adultos nos gânglios e vasos linfáticos
Inflamação crônica
Fibrose
Obstrução linfática
Acúmulo de linfa
Elefantíase
Fistulização
Quilúria
(Adenites)
(Linfangites)
(Hidrocele)
Sistema linfático
Sintomatologia- Período pré-patente
Assintomáticos e adenites- Período patente assintomático
Microfilárias e dilatações- Período agudo
Fenômenos inflamatórios- Período crônico
2 a 5 % dos casos
Linfograma Quilúria
Formas clínicas
Formas clínicas
Formas clínicas
Formas clínicas
Formas clínicas
Três pacientes com elefantíase(gordura e linfa em matriz fibrosa)
Mulher de 33 anos (Kyushu, Japão)
Mulher de 43 anos (Kyushu, Japão) perna esquerda
começou a inchar com 20 anos
Mulher Africana
(Monrovia, Liberia)
Dois casos de elefantíase de Kagoshima (Kyushu, Japão)
Homem de 40 anos com osquehidrocele
Homem de 44 anos com elefantíase penescrotal. A lesão pesava 18,5 kg. Dos 14 aos 30 anos tinha febre uma ou duas vezes por semana. A partir
dos 17 anos o foco começou a inchar.
Diagnóstico
- Procura por microfilárias- Biopsia do linfonodo- Intradermoreação- Ultra-sonografia- Métodos imunológicos (ELISA)
Reação cruzada, baixa sensibilidade- Sondas de DNA (investigação)
Tratamento
- IvermectinaMicrofilárias
- Dietilcarbamazina (DEC)MicrofiláriasVermes adultos (menor)
- Cirurgias
Wuchereria bancroftiHumanos
Brugia malayiHumanos (dominante)outros primatas
carnívorosBrugia timori
Humanos (dominantes)
outros ?Wuchereria lewesii
?
Reservatórios naturais
Controle
- Vetor (Culex quinquefasciatus principalmente)
redes mosquiteirasredução criadourosinseticidas e larvicidascontrole biológico
- Quimioterapia de massa
- Erradicação Mundial: Prog. OMS / MSD / GSK
Onchocerca volvulus (Oncocercose)
(Cegueira dos rios)
O problema- Endêmica em 37 países da África Ocidental e Central, México, América Central e do Sul e Iêmen
- 15-37 milhões de indivíduos infectados (217.000 cegos)- homem é único hospedeiro definitivo- vermes adultos habitam nódulos subcutâneos encapsulados= oncocercomas= por 9-14 anos
Nódulo: 1-7 vermes geralmente enovelados
(localização de acordo com espécie de vetor)
- fêmeas adultas: 1000 microfilárias/dia por 2-4 meses, 3-4 ciclos/ano (após inseminação macho)
- microfilárias vivem de 6-24 meses, 2 tamanhos Tec. subcutâneo e vasos linfáticos, dia e noite Migração: pele e olho
Distribuição mundial de Onchocerca volvulus
Índios Yanomami e makiritare (Roraima)Focos do sul Venezuela
100.000 casos nas Américas!
O parasito- ♂ 3 a 5 cm x 0,2 mm
Extremidade enrolada (papilas sensoriais)- ♀ 30 a 80 cm x 0,4 mm
Papilas sensoriais- Adultos em grupos (6-7) em nódulos subcutâneos- Podem ficar estendidos e migrar- Microfilárias na pele e sistema linfático- Olhos- Presentes na linfa- Sem bainha- Circulantes todas as horas do dia
O parasito- Microfilárias em ciclos- Sem estilete- 3 a 4 ciclos anuais- 1.000 a 3.000 microfilárias / dia / fêmea- 10 milhões por fêmea- 100 milhões por indivíduo- 2 tamanhos (150-285 e 285-370 µm)- 9 a 14 anos adultos- Heteroxeno- Insetos da família Simuliidae
O parasitoAdultos
O parasitoMicrofilária
Picada-microfilárias: 10-15 meses
O ciclo de vida
Família Simuliidae Simulídeos ou borrachudos
Vetores no norte do Brasil
• Simulium guianense • Simulium incrustatum • S. oyapockense • S. roraimense
O inseto
O inseto- “Borrachudo”- Simulium guianense, Simulium incrustatum em terras altas- Simulium oyapockense e Simulium roraimense em terras baixas
Locais de criação
Relação parasito - hospedeiro- Número baixo de parasitos no vetor- Infecção depende do número de picadas- Assintomáticos (microfilárias)- Microfilária é imunogênica - IgG, IgM e IgE - Resposta humoral- Desgranulação de mastócitos- Imunidade celular deprimida- Imunidade protetora?
Patologia
Nódulos cutâneos (oncocercomas)
Alterações cutâneas (pele de leopardo)
Lesões linfáticas
Lesões oculares
Oncocercoma
- Resposta contra os vermes adultos- Estrutura fibrosa- Tamanho variado (1 a 8 cm diâmetro)- Centro produtor de microfilárias- Problemas compressivos- Problemas estéticos
Principais manifestações clínicas da oncocercose
“Cegueira dos rios”(5-60%- Venezuela) “Pele de leopardo”
Reação inflamatória às filárias mortas (grande parte)
Oncocercoma
Alterações cutâneas
Alterações cutâneasFáceis oncocercóide
Alterações cutâneasSowda
Lesões linfáticasMicrofilárias nos nódulos linfáticos
Lesões oculares
Onchocerca volvulus- microfilárias
Lesões oculares: 30% dos parasitados nas Américas, 85% dos
africanos
Oncocercomas-Adultos de O. volvulus
Guatemalteco Tumores removidos
Região Amazônica do Brasil – índios Região Amazônica do Brasil – índios YanomamisYanomamis
Adultos de O. volvulus
Corte de um oncocercoma
mostrando secções de vermes adultos
Adultos removidos de um tumor
Diagnóstico
- Busca por microfilárias- Biópsia da pele- Exame oftalmológico- Ecografia- Extirpação dos oncocercomas- Prova de Mazzotti (DEC)- Sorologia (baixa sensibilidade)- Técnicas moleculares ?
DiagnósticoRetalho cutâneo
Diagnóstico
Nodulectomia
Tratamento
- IvermectinaMicrofilaricida
- DietilcarbamazinaMicrofilaricida
- Suramida e Amocarzine
Adultos
Controle- Homem é o único reservatório- Tratamento dos doentes- Tratamento em massa- Controle do vetor
InseticidasLarvicidasBacillus thuringiensis
Coleóptera, Díptera e Lepidóptera
Mansonella ozzardi (Mansonelose)
O parasito
- ♀ 6 -8 cm x 0,2 mm diâmetro- Mesentério, tecido adiposo, tecido conjuntivo subperitonial- Microfilárias no sangue (dia e noite)- Sem bainha- Simulium amazonicum (Brasil)- Aparentemente não patogênico- Diagnóstico diferencial com W. bancrofti
Distribuição geográfica de Mansonella ozzardi
Novo Mundo- América do Sul e Central e Antilhas
O ciclo
Transmissor de Mansonella sp= Cullicoides spSimulium
Sintomas e tratamento
- Dores articulares- Adenite- Prurido- Tratada da mesma forma que W. bancrofti
Dirofilaria immitis(Dirofilaríase)
O parasito
- Parasito de cães e gatos- Localizada no coração dos animais- ♂ 16 cm, ♀ 25 cm- Homem é hospedeiro acidental- Microfilárias no sangue (dia e noite)- Vetores
Aëdes, Culex, Mansonia e Anopheles
Dirofilaria immitis
Dirofilaria immitis Parasita cosmopolita de cães e gatos e silvestresVermes: ventrículo direito e artéria pulmonar
25 cm
16cm
O parasito
Dirofilaria immitis
Mais de 60 espécies de mosquitos são vetores: Aedes, Culex, Mansonia, Anopheles
Microfilárias no sangue dia e noite( noite)
Radiografia de tórax Lesão pulmonar secundária em forma de
moeda por Dirofilaria immitis em homem adulto.
Sintomas e tratamento
- Dirofilaríase:Pulmonar
Verme no pulmãoReação inflamatório e nódulo
SubcutâneaNódulos (Olho?)
- Tratamento Ivermectina e cirurgia
Loa loa(Loaíase)
O parasito
- África- Tecido subcutâneo e olhos- ♂ 3 – 5 cm, ♀ 5 - 7 cm- Microfilárias com bainha- Microfilárias no sangue (dia)- Dípteros Tabanídeos (mutucas)- Florestas tropicais úmidas
Tabanidae (mutuca)Copas em
matas úmidasLarvas no lodo
Hábitos diurnos
Microfilárias diurnas no
sangue
Sintomas e tratamento
- Tumores de Calabar- Loaíase ocular- Tratamento
Ivermectina e DEC
O ciclo de vida
Loaíase ocular
Markell & Voge´s Medical ParasitologyRey L: Parasitologia 4. ed.Ferreira MU: Fundamentos Biológicos da Parasitologia Humana, 2003.Pubmed: nomes dos nematóidesLammie et al. (2002), Ann. NY Acad. Sci. 979, 131-42
Bibliografia