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Simão

REVISÃO 01 (ANTIGA).

1. (Unioeste 2012) O que há em comum entre Tales, Anaximandro e Anaxímenes de Mileto, entre Xenófanes de Colofão e Pitágoras de Samos? “Todos esses pensadores propõem uma explicação racional do mundo, e isso é uma reviravolta decisiva na história do pensamento” (Pierre Hadot).

Com base no texto e nos conhecimentos sobre as relações entre mito e filosofia, seguem as seguintes proposições:

I. Os filósofos pré-socráticos são conhecidos como filósofos da physis porque as explicações racionais do mundo por eles produzidas apresentam não apenas o início, o princípio, mas também o desenvolvimento e o resultado do processo pelo qual uma coisa se constitui.

II. Os filósofos pré-socráticos não foram os primeiros a tratarem da origem e do desenvolvimento do universo, antes deles já existiam cosmogonias, mas estas eram de tipo mítico, descreviam a história do mundo como uma luta entre entidades personificadas.

III. As explicações racionais do mundo elaboradas pelos pré-socráticos seguem o mesmo esquema ternário que estruturava as cosmogonias míticas na medida em que também propõem uma teoria da origem do mundo, do homem e da cidade.

IV. O nascimento das explicações racionais do mundo são também o surgimento de uma nova ordem do pensamento, complementar ao mito; em certos momentos decisivos da história da filosofia as duas ordens de pensamento chegam a coexistir, exemplo disso pode ser encontrado no diálogo platônico Timeu quando, na apresentação do “mito mais verossímil”, a figura mítica do Demiurgo é introduzida para explicar a produção do mundo.

V. Tales de Mileto, um dos Sete Sábios, além de matemático e físico é considerado filósofo – o fundador da filosofia, segundo Aristóteles – porque em sua proposição “A água é a origem e a matriz de todas as coisas” está contida a proposição “Tudo é um”, ou seja, a representação de unidade.

Assinale a alternativa correta. a) As proposições III e IV estão incorretas. b) Somente as proposições I e II estão corretas. c) Apenas a proposição IV está incorreta. d) Todas as proposições estão incorretas. e) Todas as proposições estão corretas. 2. (Uncisal 2012) O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam “as mutações das coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram.” Assim, a realidade é uma coisa e o real outra.Para Leucipo e Demócrito a physis é composta a) pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio. b) pela água. c) pelo fogo. d) pelo ilimitado. e) pelos átomos. 3. (Enem 2012) TEXTO I

Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras.

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Simão

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”.

GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que a) eram baseadas nas ciências da natureza. b) refutavam as teorias de filósofos da religião. c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. d) postulavam um princípio originário para o mundo. e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 4. (Ufsj 2012) Sobre o princípio básico da filosofia pré-socrática, é CORRETO afirmar que a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de todos os seres, concluiu que a água

era a substância primordial, a origem única de todas as coisas. b) Anaximandro, após observar sistematicamente o mundo natural, propôs que não apenas a

água poderia ser considerada arché desse mundo em si e, por isso mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo.

c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o antecederam e concluiu que o princípio de todas as coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não está ao alcance dos sentidos.

d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou terminantemente a luta dos contrários como gênese e unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo.

5. (Uncisal 2012) No contexto da Filosofia Clássica, Platão e Aristóteles possuem lugar de destaque. Suas concepções, que se opõem, mas não se excluem, são amplamente estudadas e debatidas devido à influência que exerceram, e ainda exercem, sobre o pensamento ocidental. Todavia é necessário salientar que o produto dos seus pensamentos se insere em uma longa tradição filosófica que remonta a Parmênides e Heráclito e que influenciou, direta ou indiretamente, entre outros, os racionalistas, empiristas, Kant e Hegel. Observando o cerne da filosofia de Platão, assinale nas opções abaixo aquela que se identifica corretamente com suas concepções. a) A dicotomia aristotélica (mundo sensível X mundo inteligível) se opõe radicalmente as

concepções de caráter empírico defendidas por Platão. b) A filosofia platônica é marcada pelo materialismo e pragmatismo, afastando-se do misticismo

e de conceitos transcendentais. c) Segundo Platão a verdade é obtida a partir da observação das coisas, por meio da

valorização do conhecimento sensível. d) Para Platão, a realidade material e o conhecimento sensível são ilusórios. e) As concepções platônicas negam veementemente a validade do Inatismo. 6. (Enem 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).

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O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427–346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação? a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas. b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles. c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis. d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não. e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão. 7. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.

Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade. b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas. c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade. d) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade. e) compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente. 8. (Unisc 2012) Nos livros II e III, Platão, através de Sócrates, discute sobre as artes no contexto da educação dos guardiães. Já no livro X, ele trata de vários tipos de práticas artísticas, que devem ser consideradas na cidade como um todo, não somente nas instituições pedagógicas. Nesse último livro, Sócrates é duro ao afirmar que a poesia (imitativa) deve ser inteiramente excluída da cidade (595a). Em que obra essa recusa de Sócrates está registrada? a) No diálogo “Banquete”, de Platão, em que Sócrates trata dos diversos tipos de arte. b) No diálogo “Teeteto”, de Platão, em que Sócrates e esse personagem discutem sobre a

natureza da arte, especialmente da poesia. c) No diálogo “Timeu”, de Platão, em que Sócrates discorre sobre o tema da arte, reportando-

se à natureza da pintura e da poesia. d) No diálogo “Político”, de Platão, em que Sócrates apresenta a arte da política aos cidadãos

atenienses. e) No diálogo “República”, de Platão, no qual Sócrates afirma que a poesia pode levar à

corrupção do caráter humano. 9. (Ufpa 2012) Tendemos a concordar que a distribuição isonômica do que cabe a cada um no estado de direito é o que permite, do ponto de vista formal e legal, dar estabilidade às várias modalidades de organizações instituídas no interior de uma sociedade. Isso leva Aristóteles a afirmar que a justiça é “uma virtude completa, porém não em absoluto e sim em relação ao nosso próximo”

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 332.

De acordo com essa caracterização, é correto dizer que a função própria e universal atribuída à justiça, no estado de direito, é a) conceber e aplicar, de forma incondicional, ideias racionais com poder normativo positivo e

irrestrito. b) instituir um ideal de liberdade moral que não existiria se não fossem os mecanismos contidos

nos sistemas jurídicos. c) determinar, para as relações sociais, critérios legais tão universais e independentes que

possam valer por si mesmos. d) promover, por meio de leis gerais, a reciprocidade entre as necessidades do Estado e as de

cada cidadão individualmente.

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e) estabelecer a regência na relação mútua entre os homens, na medida em que isso seja possível por meio de leis.

10. (Ufu 2012) Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e o ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é não-ser-em-ato.

REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.

A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de Aristóteles, assinale a alternativa correta. a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente

dele mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-potência).

b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo sensível. Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela forma).

c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável e imóvel.

d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto.

11. (Unioeste 2012) “A excelência moral, então, é uma disposição da alma relacionada com a escolha de ações e emoções, disposição esta consistente num meio-termo (o meio-termo relativo a nós) determinado pela razão (a razão graças à qual um homem dotado de discernimento o determinaria)”.

Aristóteles

Sobre o pensamento ético de Aristóteles e o texto acima, seguem as seguintes afirmativas:

I. A virtude é uma paixão consistente num meio-termo entre dois extremos.II. A ação virtuosa, por estar relacionada com a escolha, é praticada de modo involuntário e

inconsciente.III. A virtude é uma disposição da alma relacionada com escolha e discernimento.IV. A virtude é um meio-termo absoluto, determinado pela razão.V. A virtude é um extremo determinado pela razão e pelas paixões de um homem dotado de

discernimento.

Das afirmativas feitas acima a) somente a afirmação I está correta. b) somente a afirmação III está correta. c) as afirmações II e III estão corretas. d) as afirmações III e IV estão corretas. e) as afirmações IV e V estão corretas. 12. (Uel 2012) Leia o texto a seguir.

No ethos (ética), está presente a razão profunda da physis (natureza) que se manifesta no finalismo do bem. Por outro lado, ele rompe a sucessão do mesmo que caracteriza a physis como domínio da necessidade, com o advento do diferente no espaço da liberdade aberto pela práxis. Embora, enquanto autodeterminação da práxis, o ethos se eleve sobre a physis, ele reinstaura, de alguma maneira, a necessidade de a natureza fixar-se na constância do hábito.

(Adaptado de: VAZ, Henrique C. Lima. Escritos de Filosofia II. Ética e Cultura. 3ª edição. São Paulo: Loyola. Coleção Filosofia - 8, 2000, p.11-12.)

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Com base no texto, é correto afirmar que a noção de physis, tal como empregada por Aristóteles, compreende: a) A disposição da ação humana, que ordena a natureza. b) A finalidade ordenadora, que é inerente à própria natureza. c) A ordem da natureza, que determina o hábito das ações humanas. d) A origem da virtude articulada, segundo a necessidade da natureza. e) A razão matemática, que assegura ordem à natureza. 13. (Uff 2012) Aristóteles considerava que era melhor para a sociedade a soberania política ser entregue ao povo, como ocorre na democracia, do que a alguns homens notáveis, como na oligarquia ou aristocracia. Ele argumentava que, mesmo que um indivíduo isoladamente não fosse muito competente no ato de julgar, quando unido a outros cidadãos julga melhor, porque a união reúne as qualidades de cada um.

A vantagem da democracia, segundo o ponto de vista de Aristóteles, seria a de a) combinar as qualidades de muitos e neutralizar seus defeitos. b) garantir que os defeitos do povo sejam corrigidos pela elite. c) proporcionar à maioria as vantagens da corrupção. d) permitir que os grandes homens falem em nome de todos. e) promover o anonimato das opiniões e decisões. 14. (Unisc 2012) Na obra de Aristóteles, a Ética é uma ciência prática, concepção distinta da de Platão, referida a um tipo de saber voltado à ação. Na Ética a Nicômaco, Aristóteles destaca uma excelência moral determinante para a constituição de uma vida virtuosa.Esta excelência moral tão importante é a) a coragem. b) a retórica. c) a verdade. d) a prudência ou moderação. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 15. (Unimontes 2012) As ideias de Aristóteles são até hoje parte importante da cultura ocidental. A obra desse filósofo é vastíssima e compreende uma centena de volumes. Das obras abaixo, assinale a alternativa que indica obras de Aristóteles. a) República, Ética a Eudemo, Organon, De Anima. b) Ética a Nicomaco, Ética a Eudemo, Leviatã, De Anima. c) Ética a Nicomaco, Utopia, Organon, De Anima. d) Ética a Nicomaco, Ética a Eudemo, Organon, De Anima. 16. (Enem PPL 2012) Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações? Ou será a deliberação impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas eternas e imutáveis, tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis, como os fenômenos dos solstícios e o nascer do sol, pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa ação.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007. (adaptado).

O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é importante para entender a dimensão da responsabilidade humana. A partir do texto, considera-se que é possível ao homem deliberar sobre a) coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre os acontecimentos da natureza. b) ações humanas, ciente da influência e da determinação dos astros sobre as mesmas. c) fatos atingíveis pela ação humana, desde que estejam sob seu controle. d) fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é parte dela. e) coisas eternas, já que ele é por essência um ser religioso. 17. (Ueg 2012) Aristóteles é considerado por muitos estudiosos como o primeiro crítico literário. Sua vasta produção, além de abordar Política, Biologia, Metafísica e Ética, também

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trata de Poética. Acreditava que um grande poeta, como Homero, deveria ser considerado também um filósofo. Nesse sentido, Aristóteles defendia que a Poesia é superior à História porque a) a beleza formal dos versos poéticos não poderia ser igualada ao texto informativo dos

historiadores. b) a poesia lida com conceitos universais, enquanto a narrativa histórica precisa focar um tema

específico. c) a poesia poderia ser transformada em peças dramáticas, enquanto textos de história só

poderiam ser lidos. d) o número de leitores de poesia era muito superior ao de leitores de textos sobre história, na

Grécia Antiga. 18. (Ufsj 2012) Sobre a ética na Antiguidade, é CORRETO afirmar que a) o ideal ético perseguido pelo estoicismo era um estado de plena serenidade para lidar com

os sobressaltos da existência. b) os sofistas afirmavam a normatização e verdades universalmente válidas. c) Platão, na direção socrática, defendeu a necessidade de purificação da alma para se

alcançar a ideia de bem. d) Sócrates repercutiu a ideia de uma ética intimista voltada para o bem individual, que, ao ser

exercida, se espargiria por todos os homens. 19. (Unisc 2012) Nas suas Meditações, o filósofo estoico Marco Aurélio escreveu:

“Na vida de um homem, sua duração é um ponto, sua essência, um fluxo, seus sentidos, um turbilhão, todo o seu corpo, algo pronto a apodrecer, sua alma, inquietude, seu destino, obscuro, e sua fama, duvidosa. Em resumo, tudo o que é relativo ao corpo é como o fluxo de um rio, e, quanto á alma, sonhos e fluidos, a vida é uma luta, uma breve estadia numa terra estranha, e a reputação, esquecimento. O que pode, portanto, ter o poder de guiar nossos passos? Somente uma única coisa: a Filosofia. Ela consiste em abster-nos de contrariar e ofender o espírito divino que habita em nós, em transcender o prazer e a dor, não fazer nada sem propósito, evitar a falsidade e a dissimulação, não depender das ações dos outros, aceitar o que acontece, pois tudo provém de uma mesma fonte e, sobretudo, aguardar a morte com calma e resignação, pois ela nada mais é que a dissolução dos elementos pelos quais são formados todos os seres vivos. Se não há nada de terrível para esses elementos em sua contínua transformação, por que, então, temer as mudanças e a dissolução do todo?”

Considere as seguintes afirmativas sobre esse texto:

I. Marco Aurélio nos diz que a morte é um grande mal.II. Segundo Marco Aurélio, devemos buscar a fama, a riqueza e o prazer.III. Segundo Marco Aurélio, conseguindo fama, podemos transcender a finitude da vida

humana.IV. Para Marco Aurélio, a filosofia é valiosa porque nos permite compreender que a morte é

parte de um processo da natureza e assim evita que nos angustiemos por ela.V. Para Marco Aurélio, só a fé em Deus e em Cristo pode libertar o homem do temor da morte.VI. Para Marco Aurélio, o homem participa de uma realidade divina.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e V estão corretas. b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Somente as afirmativas IV e VI estão corretas. d) Todas as afirmativas estão corretas. e) Somente a afirmativa IV está correta. 20. (Unicentro 2012) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar: a) O modo de vida fechado do povo grego facilitou a passagem do Mito ao Logos. b) A passagem do Mito ao Logos, na Grécia, foi responsabilidade dos tiranos de Siracusa.

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c) A economia grega estava baseada na industrialização, e isso facilitou a passagem do Mito ao Logos.

d) O povo grego antigo, nas viagens, se encontrava com outros povos com as mesmas preocupações e culturas, o que contribuiu para a passagem do Mito ao Logos.

e) A atividade comercial e as constantes viagens oportunizaram a troca de informações/conhecimentos, a observação/assimilação dos modos de vida de outros povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a construção da passagem do Mito ao Logos.

21. (Unb 2012) No início do século XX, estudiosos esforçaram-se em mostrar a continuidade, na Grécia Antiga, entre mito e filosofia, opondo-se a teses anteriores, que advogavam a descontinuidade entre ambos.A continuidade entre mito e filosofia, no entanto, não foi entendida univocamente. Alguns estudiosos, como Cornford e Jaeger, consideraram que as perguntas acerca da origem do mundo e das coisas haviam sido respondidas pelos mitos e pela filosofia nascente, dado que os primeiros filósofos haviam suprimido os aspectos antropomórficos e fantásticos dos mitos. Ainda no século XX, Vernant, mesmo aceitando certa continuidade entre mito e filosofia, criticou seus predecessores, ao rejeitar a ideia de que a filosofia apenas afirmava, de outra maneira, o mesmo que o mito. Assim, a discussão sobre a especificidade da filosofia em relação ao mito foi retomada.

Considerando o breve histórico acima, concernente à relação entre o mito e a filosofia nascente, assinale a opção que expressa, de forma mais adequada, essa relação na Grécia Antiga. a) O mito é a expressão mais acabada da religiosidade arcaica, e a filosofia corresponde ao

advento da razão liberada da religiosidade. b) O mito é uma narrativa em que a origem do mundo é apresentada imaginativamente, e a

filosofia caracteriza-se como explicação racional que retoma questões presentes no mito. c) O mito fundamenta-se no rito, é infantil, pré-lógico e irracional, e a filosofia, também

fundamentada no rito, corresponde ao surgimento da razão na Grécia Antiga. d) O mito descreve nascimentos sucessivos, incluída a origem do ser, e a filosofia descreve a

origem do ser a partir do dilema insuperável entre caos e medida. 22. (Unioeste 2012) “É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social pode tornar-se entre os gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis a sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida. Assim se destacou e se definiu um pensamento propriamente político, exterior a religião, com seu vocabulário, seus conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este pensamento marcou profundamente a mentalidade do homem antigo; caracteriza uma civilização que não deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar a vida pública como o coroamento da atividade humana”.

Considerando a citação acima, extraída do livro As origens do pensamento grego, de Jean Pierre Vernant, e os conhecimentos da relação entre mito e filosofia, é incorreto afirmar que a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas e delas se serviam para constituir um

ideal de pensamento que deveria orientar a vida pública do homem grego. b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem humana em fórmulas acessíveis a

inteligência causou o abandono do mito e, com ele, o fim da religião e a decorrente exclusividade do pensamento racional na Grécia.

c) a atividade humana grega, desde a invenção da política, encontrava seu sentido principalmente na vida pública, na qual o debate de argumentos era orientado por princípios racionais, conceitos e vocabulário próprios.

d) a política, por valorizar o debate publico de argumentos que todos os cidadãos podem compreender e discutir, comunicar e transmitir, se distancia dos discursos compreensíveis apenas pelos iniciados em mistérios sagrados e contribui para a constituição do pensamento filosófico orientado pela Razão.

e) ainda que o pensamento filosófico prime pela racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o declínio do pensamento mitológico, recorreram a narrativas mitológicas para expressar suas

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ideias; exemplo disso e o “Mito de Er” utilizado por Platão para encerrar sua principal obra, A República.

23. (Uenp 2011) Mario Quintana, no poema “As coisas”, traduziu o sentimento comum dos primeiros filósofos da seguinte maneira: “O encanto sobrenatural que há nas coisas da Natureza! [...] se nelas algo te dá encanto ou medo, não me digas que seja feia ou má, é, acaso, singular”. Os primeiros filósofos da antiguidade clássica grega se preocupavam com: a) Cosmologia, estudando a origem do Cosmos, contrapondo a tradição mitológica das

narrativas cosmogônicas e teogônicas. b) Política, discutindo as formas de organização da polis e estabelecendo as regras da

democracia. c) Ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores e da vida virtuosa. d) Epistemologia, procurando estabelecer as origens e limites do conhecimento verdadeiro. e) Ontologia, construindo uma teoria do ser e do substrato da realidade. 24. (Ueg 2011) A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão marcante que dividiu a sua história em períodos: período pré-socrático, período socrático e período pós-socrático. O período pré-socrático é visto como uma época de formação da filosofia grega, na qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes escolas filosóficas surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico, que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é: a) Tales de Mileto b) Leucipo de Abdera c) Sócrates de Atenas d) Parmênides de Eléia 25. (Uema 2011) A Filosofia nasceu na Jônia no final do século VII a.C. O conteúdo que norteia a preocupação dos filósofos jônicos é de natureza: a) Mitológica. b) Antropológica. c) Religiosa. d) Cosmológica. e) Política. 26. (Ueg 2011) A influência de Sócrates na filosofia grega foi tão marcante que dividiu a sua história em períodos: período pré-socrático, período socrático e período pós-socrático. O período pré-socrático é visto como uma época de formação da filosofia grega, na qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes escolas filosóficas surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico, que ficou conhecido como pai da filosofia. Seu nome é: a) Tales de Mileto b) Leucipo de Abdera c) Sócrates de Atenas d) Parmênides de Eléia 27. (Ueap 2011) O VÉU E A ASAO VOOO ALVOde TALES: ÁGUA ALMA

(Herbert Emanuel, do Livro Nada ou Quase Uma Arte)

O poema faz referências explícitas a um filósofo pré-socrático. Na história da filosofia, entende-se por pré-socráticos aqueles filósofos que antecederam Sócrates. Entre as alternativas abaixo, assinale a que contém somente filósofos pré-socráticos. a) Tales de Mileto / Santo Agostinho / Heráclito. b) Parmênides / Anaximandro / Empédocles. c) Parmênides / Pitágoras / Aristóteles. d) Anaxágoras / Platão / Demócrito.

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e) Anaxímenes / Xenófanes / Boécio. 28. (Ueg 2011) No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua democracia. Nesse mesmo período, os teatros estavam lotados, afinal, as tragédias chamavam cada vez mais a atenção. Outro aspecto importante da civilização grega da época eram os discursos proferidos na ágora. Para obter a aprovação da maioria, esses pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso, alguns cidadãos procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento de um grupo de filósofos que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em troca de pagamento. Eles foram duramente criticados por Sócrates e são conhecidos como a) maniqueistas. b) hedonistas. c) epicuristas. d) sofistas. 29. (Ueap 2011) ...que é e que não é possível que não seja,/ é a vereda da Persuasão (porque acompanha a Verdade); o outro diz que não é e que é preciso que não seja,/ eu te digo que esta é uma vereda em que nada se pode aprender. De fato, não poderias conhecer o que não é, porque tal não é fatível./ nem poderia expressá-lo.

(Nicola, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia. Editora Globo, 2005.)

O texto anterior expressa o pensamento de qual filósofo? a) Aristóteles, que estabelecia a distinção entre o mundo sensível e o inteligível. b) Heráclito de Éfeso, que afirmava a unidade entre pensamento e realidade. c) Tales de Mileto, que afirmava ser a água o princípio de todas as coisas. d) Parmênides de Eleia, que afirmava a imutabilidade de todas as coisas e a unidade entre ser

e pensar, ser e conhecimento. e) Protágoras, que afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, que o ser é e o não

ser não é. 30. (Ifsp 2011) “– Mas escuta, a ver se eu digo bem. O princípio que de entrada estabelecemos que devia observar-se em todas as circunstâncias, quando fundamos a cidade, esse princípio é, segundo me parece, ou ele ou uma das suas formas, a justiça. Ora nós estabelecemos, segundo suponho, e repetimo-lo muitas vezes, se bem te lembras, que cada um deve ocupar-se de uma função na cidade, aquela para qual a sua natureza é mais adequada.”

(PLATÃO. A República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 2001, p. 185.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção platônica de justiça, na cidade ideal, assinale a alternativa correta. a) Para Platão, a cidade ideal é a cidade justa, ou seja, a que respeita o princípio de igualdade

natural entre todos os seres humanos, concedendo a todos os indivíduos os mesmos direitos perante a lei.

b) Platão defende que a democracia é fundamento essencial para a justiça, uma vez que permite a todos os cidadãos o exercício direto do poder.

c) Na cidade ideal platônica, a justiça é o resultado natural das ações de cada indivíduo na perseguição de seus interesses pessoais, desde que esses interesses também contribuam para o bem comum.

d) Para Platão, a formação de uma cidade justa só é possível se cada cidadão executar, da melhor maneira possível, a sua função própria, ou seja, se cada um fizer bem aquilo que lhe compete, segundo suas aptidões.

e) Platão acredita que a cidade só é justa se cada membro do organismo social tiver condições de perseguir seus ideais, exercendo funções que promovam sua ascensão econômica e social.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: [E]

Os pré-socráticos são conhecidos como filósofos da physis, pois a questão sobre a natureza era considerada de modo enfático entre eles. A peculiaridade de suas reflexões era buscar a unidade da racional entre as coisas e evitar considerar a natureza a partir de um ponto de vista mitológico. As explicações dos filósofos pré-socráticos restam fragmentadas e é um tanto temerário arriscar uma exposição sistemática de suas afirmações; muito mais de todos estes primeiros filósofos conjuntamente, afinal não havia uma organização tão óbvia da variedade de posições consolidadas nesse período. E vale ressaltar que as explicações racionais não são complementares ao mito, mas superiores ao mito.

Resposta da questão 2: [E]

O pensamento de Demócrito e Leucipo é chamado de atomístico, por considerarem que todas as coisas são constituídas por elementos indivisíveis, que estão em constante movimento e se agrupam de formas diversas, formando os corpos. Esses elementos indivisíveis é que são chamados de átomos.

Resposta da questão 3: [D]

Anaxímenes de Mileto (585–528 a.C.) é um filósofo pré-socrático preocupado com a cosmologia, isto é, preocupado com a ordenação das coisas que compões o mundo. Desse modo, a sua filosofia posiciona princípios dos quais ele pensa poder derivar de maneira coerente e coesa o sentido da existência de tudo que há na natureza. Já São Basílio Magno (329–379 d.C.) é um teólogo preocupado com a propagação da verdade revelada pela Bíblia, o livro que já oferece toda a ordenação das coisas que compõem o mundo. Desse modo, Deus não é exatamente um princípio do qual se origina o mundo, mas sim o próprio criador desse mundo, o seu dono e conhecedor de todas as suas regras cosmológicas.

Resposta da questão 4: [A]

Somente a alternativa [A] está correta. Anaximandro considerava que a arché do mundo era o ilimitado, e não a água e o fogo. Anaxímenes, diferenciando-se de Anaximandro, afirmava que a origem das coisas era o ar. Por fim, Heráclito concebia o mundo justamente como um movimento de luta dos contrários.

Resposta da questão 5: [D]

Somente a alternativa [D] está correta. É Platão (e não Aristóteles) quem diferencia o mundo sensível do inteligível. Segundo ele, a realidade sensível é ilusória, sendo, somente a inteligível, verdadeira.

Resposta da questão 6: [D]

A filosofia de Platão é resultado de um trabalho de reflexão intenso e extenso, de modo que as questões durante os inúmeros diálogos por ele escritos são respondidas de maneiras distintas. Porém, Platão possui uma questão de fundo que se refere ao problema da identidade – resquício da tradição conflituosa de Parmênides e Heráclito –, a saber: o que é, é sempre idêntico a si mesmo, ou é sempre distinto? O mundo verdadeiro é uma totalidade sempre permanente, ou uma totalidade sempre efêmera? A concepção sobre Ideias que Platão formula atende, em geral, essas questões e busca demonstrar como o sensível apesar de expor uma

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realidade impermanente, possui um fundamento permanente. As Ideias são verdadeiras, a realidade sensível é apenas uma aparência passageira dessa realidade.A realidade inteligível (mundo das Ideias, das Formas), na qual se encontram as essências, o Ser de cada coisa existente. Uma realidade alcançável apenas pelos “olhos da alma”, pois é observado apenas pelo esforço da razão. Exatamente por ser inteligível, essa realidade tem como características: ser metafísica, isto é, imaterial, ou incorpórea; ser una, isto é, reduz a multiplicidade das coisas sensíveis a uma unidade; ser eterna, por não se submeter ao ciclo de geração e degeneração das coisas do mundo sensível.

Resposta da questão 7: [E]

Depois de Platão e Aristóteles devemos compreender que a simples aceitação de uma crença qualquer é uma escolha, é um procedimento arbitrário e não mais uma posição mística agraciada por deus ou deuses misteriosos.A respeito do surgimento da filosofia e seu relacionamento com o discurso mítico podemos dizer que existe sempre uma tensão tanto estabelecida pela oposição quanto pelo confronto – pensando a oposição como estabelecimento de métodos e temas absolutamente distintos e o confronto como embate sobre os temas similares. Os filósofos não eram sacerdotes e nem defensores de explicações misteriosas sobre os fenômenos naturais. É importante compreender que se iniciava nessa época uma reflexão sistemática empenhada em estabelecer um conhecimento que não proviesse da inspiração divina, porém da argumentação pública e da comprovação factual dos argumentos – e a modificação da maneira através da qual as comunidades gregas se estabeleciam (a passagem de uma grande organização fundada em um líder para a pluralidade de líderes de comunidades menores) contribuiu muito para a valorização desse método dialógico de argumentação que exigia a responsabilização do manifestante e, por conseguinte, uma sensatez, que não era prioridade em uma explicação mítica. Enfim, vale indicar por último que apesar de a passagem do mito para o lógos ter sido gradual, afinal é muito difícil que aquilo que sustenta uma comunidade seja alterado rapidamente, esta morosidade da substituição não é necessariamente devida a uma proximidade entre poesia e filosofia. A relação entre ambas existe, porém ela é sempre problemática e instaurada através da tensão.

Resposta da questão 8: [E]

A obra na qual Platão realiza uma crítica à poesia é a República. Esta crítica se caracteriza como uma reflexão sobre o caráter público do discurso, isto é, se os cidadãos durante suas apresentações nas assembleias públicas estão mais preocupados com o fascínio de seus concidadãos do que com o seu bom direcionamento, então a cidade corre o risco de se dividir entre suas paixões e não se unir através da sua razão. A poesia é, para Platão, uma arte despreocupada com a verdade e meramente ocupada com o encantamento e, por conseguinte, sendo o fundamento da educação ateniense, torna-se um problema para a cidade.

“Assim, penso eu, do poeta diremos também que, embora nada saiba senão imitar, ele consegue, por meio de palavras e frases, usar as cores de cada uma das outras artes, que outros que são como ele, vendo-as graças às palavras ditas, quer se fale do ofício do sapateiro ou segundo um metro, um ritmo e uma harmonia, julgam que ele fala muito bem quer sobre a arte militar, quer sobre outra coisa qualquer. Tal é o encantamento que, por natureza, esses fatores produzem! Despojadas das cores da música, ditas só pelo que são, creio que sabes a aparência que as obras dos poetas têm... Isso é algo que já deves ter visto”. (Platão. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2006, 601a).

Resposta da questão 9: [E]

Segundo Aristóteles, a justiça não é uma virtude completa em absoluto, existindo somente na relação do homem com seu próximo. Sendo assim, ela acontece mediante a obediência às leis e através da boa relação dos homens entre si. Isso está afirmado somente na alternativa [E], sendo esta, por isso, a única correta.

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Resposta da questão 10: [B]

Primeiramente, é um tanto incorreto chamar a articulação entre os conceitos de ato e de potência de teoria, pois a teoria aristotélica é a metafísica, é a física, etc. A articulação entre os conceitos é uma parte daquilo que é a teoria de fato e, sendo assim, esta articulação é apenas uma parte do argumento geral proposto por Aristóteles. De todo modo, o desenvolvimento da potencialidade em atualidade é um dos aspectos mais importantes da filosofia aristotélica. A intenção dessa articulação conceitual era resolver alguns problemas existentes na relação entre a unidade e a multiplicidade. Em geral, tal articulação se dá em termos de causalidade, isto é, algo passa de potência ao ato como efeito de uma causa material, formal, eficiente e final. Por exemplo, uma estátua de bronze: 1) sua causa material é o próprio bronze; 2) sua causa formal é a ideia que se tem da escultura; 3) a causa eficiente é o escultor capaz de dar forma à matéria informe; 4) a causa final é consolidação da forma na matéria informe e a realização da ideia que motivou a feitura da escultura.

Resposta da questão 11: [B]

Sendo a virtude para Aristóteles o justo meio, então a prudência, phrónesis, torna-se condição para a virtude, pois a prudência é justamente a capacidade de se orientar bem, sejam quais forem as circunstâncias, reconhecendo a medida correta da ação adequada com o desejo, não parcial, de bem-viver. A prudência é guia da deliberação racional, proaíresis, para o estabelecimento de escolhas que afirmam o autogoverno e a autonomia. Por isso a ética aristotélica pode definir-se da seguinte maneira:

“É uma disposição interior constante que pertence ao gênero das ações voluntárias feitas por escolha deliberada sobre os meios possíveis para alcançar um fim que está ao alcance ou no poder do agente e que é um bem para ele. Sua causa material é o éthos do agente, sua causa formal, a natureza racional do agente, sua causa final, o bem do agente, sua causa eficiente, a educação do desejo do agente. É a disposição voluntária e refletida para a ação excelente, tal como praticada pelo homem prudente”.

(CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia, vol. I - Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 455)

Resposta da questão 12: [B]

A razão da physis se manifesta no finalismo do bem. É esse finalismo que assegura a ordenação da natureza, como bem afirma a alternativa [B].

Resposta da questão 13: [A]

A resposta para esta questão encontra-se no próprio texto do enunciado. A afirmação de que “a união reúne as qualidades de cada um” está em nítida relação com a alternativa [A], a única alternativa correta. Vale ressaltar que a proposta política de Aristóteles pode ser considerada como o inverso da visão platônica.

Resposta da questão 14: [D]

A ética aristotélica é uma reflexão específica sobre os costumes. Este trabalho de Aristóteles é extremamente inovador, pois Platão nunca tratou os costumes desta maneira. Diferentemente de Aristóteles, Platão investiga alguns costumes específicos, mas não fala especificamente deles. Na República, por exemplo, ele critica a religião da cidade, mas isto simplesmente porque a religião da cidade fornece um modelo ruim de deuses irracionais, ou seja, Platão não

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está preocupado com o costume religioso, mas com o fato de a religião se mostrar ser um princípio político que fundamentaria mal o costume. Já Aristóteles investiga justamente o costume e o procedimento através do qual um bom costume é estabelecido – a religião e a teologia já não é uma preocupação de Aristóteles. Não por outro motivo, a prudência é extremamente importante para o discípulo de Platão, quer dizer, o que importaria seriam as preleções em política pelas quais o sujeito toma consciência da variedade das ações que os homens realizam, e passa a escolher e justificar de maneira racional as suas próprias.

Resposta da questão 15: [D]

República é a principal obra de Platão, Leviatã é a principal obra política da Filosofia Política de Thomas Hobbes, Utopia é uma obra de Thomas Morus, enquanto que todas as outras são obras escritas por Aristóteles.

Resposta da questão 16: [C]

Sendo a virtude para Aristóteles o justo meio, então a prudência, phrónesis, torna-se condição para a virtude, pois a prudência é justamente a capacidade de se orientar bem, sejam quais forem as circunstâncias, reconhecendo a medida correta da ação adequada com o desejo, não parcial, de bem viver. A prudência é guia da deliberação racional, proaíresis, para o estabelecimento de escolhas que afirmam o autogoverno e a autonomia. Por isso, a ética aristotélica pode ser definida da seguinte maneira:

“É uma disposição interior constante que pertence ao gênero das ações voluntárias feitas por escolha deliberada sobre os meios possíveis para alcançar um fim que está ao alcance ou no poder do agente e que é um bem para ele. Sua causa material é o éthos do agente, sua causa formal, a natureza racional do agente, sua causa final, o bem do agente, sua causa eficiente, a educação do desejo do agente. É a disposição voluntária e refletida para a ação excelente, tal como praticada pelo homem prudente”. (M. Chaui. Introdução à história da filosofia, vol. I - Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 455)

Resposta da questão 17: [B]

Segundo Aristóteles, a diferença básica entre a história e a poesia é que a primeira trata de acontecimentos particulares, que já ocorreram, enquanto que a poesia trata do universal, do que poderia ocorrer. É por esse mesmo motivo que a poesia é considerada superior à história.

Resposta da questão 18: [A]

Há aqui a necessidade de esclarecer que sistematicamente a ética estoica é enunciada de acordo com a física, quer dizer, dado que o estoicismo constrói uma física da causalidade necessária (as leis da natureza são necessárias e de certo evento ocorrerá uma consequência inevitável), a ética lida com a ideia de destino e, por conseguinte, não há contingência caso um evento seja, e se faça, sempre verdadeiro. Isto estabelecido, temos:

“De acordo com Diógenes de Laércio, os estoicos distinguiam na ética, enquanto parte da filosofia, “lugares” ou objetos de estudos: o impulso ou tendência, hormé; os bens e males; as paixões, páthé; a virtude, areté; o sumo bem, télos; as ações; as condutas conveniente, kathekonta; e o que convém aconselhar ou impedir. A ética é elaborada em dois movimentos: um que vai da psicologia da tendência aos valores (bem e mal) que orientam positiva ou negativamente as ações, passa pelas perturbações que podem afetá-las (paixões) e chega à perfeição (virtude, bem) e às especificações concretas ações morais (convenientes); e outro, que vai do ideal do sábio às especificações concretas de conduta e à pedagogia moral.

Toda ação ética é orientada por um fim único (télos), em vista do qual todo o resto é meio ou fim parcial. O fim último é a felicidade (eudaimonía) daquele que vive bem porque realiza plenamente sua natureza. Os estoicos consideram que a virtude basta para a felicidade,

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da qual ela é a causa, mas não é ela o télos ou o sumo bem, que é viver em conformidade (homología) com a natureza, isto é, consigo mesmo e com o mundo. A infelicidade, portanto, é o desacordo ou o conflito consigo mesmo e com a natureza”.

(M. Chaui. Introdução à história da filosofia: as escolas helenísticas, vol. II. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 156)

Resposta da questão 19: [C]

Marco Aurélio foi um imperador que reinou durante um período muito conturbado de guerras e pestes, mas durante sua vida conseguiu escrever a sua peculiar obra e:

“Escreveu apenas para si mesmo – o título original dos doze livros, conhecido como Meditações (ou Pensamentos), é O imperador Marco Aurélio para si mesmo. Isso deu à obra uma singularidade inovadora, não pertencendo a nenhum dos gêneros literários conhecidos pela filosofia, pois não assume a forma do tratado doutrinário, nem das confissões, nem do diário: o exame da consciência. Seu estilo é das sentenças e das fulgurações”.

(M. Chaui. Introdução à história da filosofia; As escolas helenísticas, vol. II. São Paulo: Companhia das Letras, 2010)

Resposta da questão 20: [E]

A mudança a respeito do pensamento cosmológico na Grécia Antiga é acompanhada por profundas transformações na estrutura social, econômica e política da região no período. Não se pode separar a relação da filosofia com a estrutura social grega. A única alternativa que trata de maneira satisfatória dessas transformações é a alternativa [E].

Resposta da questão 21: [B]

A alternativa [B] é a mais correta. O mito pode ser caracterizado pela sua narrativa fantástica e que serve de modelo explicativo sobre a origem das coisas e do porquê delas serem como são. A filosofia, em contrapartida, ainda que faça indagações similares a essas, rejeita as explicações fantásticas, considerando a razão como critério de veracidade de suas análises e explicações.

Resposta da questão 22: [B]

O nascimento da filosofia não significou o abandono absoluto dos mitos, que continuaram presentes tanto na cultura grega quanto em obras filosóficas, como recursos de argumentação, como bem apresenta a alternativa [E].

Resposta da questão 23: [A]

O período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século IV a.C. , se deu quando a Filosofia ocupou-se fundamentalmente com a origem do mundo e suas transformações na natureza, pois entre outras coisas não admite a criação do mundo a partir do nada, mas a afirma a geração de todas as coisas por um princípio natural de onde tudo vem e para onde tudo retorna.

Resposta da questão 24: [A]

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Tales de Mileto é conhecido como o primeiro filósofo e sua visão era de que a água era a origem de todas as coisas. Tales também exerceu estudos na área da matemática e da astronomia. Considera-se que ele seja o fundador da Escola Jônica, importante corrente de pensamento filosófico pré-socrático.

Resposta da questão 25: [D]

A filosofia da escola jônica é também chamada de filosofia cosmológica. Isso porque é tradicionalmente conhecida por pensar a origem da natureza e das coisas. Sendo assim, somente a alternativa [D] é correta.

Resposta da questão 26: [A]

Refere-se ao Tales de Mileto a famosa história sobre o filósofo que caminhando e olhando para o céu, tropeça em uma pedra e cai em um poço. Apesar de essa história ter se mantido na tradição, as outras histórias sobre Tales de Mileto revelam alguém preocupado não apenas com eventos celestiais, mas também com os terrenos. Esse filósofo também foi um político empenhado (buscando a união das cidades jônicas contra os persas), engenheiro habilidoso (construindo diques para desviar o curso do rio e facilitar a navegação e a irrigação), astrônomo perspicaz (prevendo eclipses e mapeando os céus em favor dos navegantes) e matemático talentoso (reconhecendo relações importantes de proporção entre triângulos). Porém, tudo isso podemos apenas presumir através dos relatos que contam sua vida. De Tales não restaram escritos, e nem se sabe se ele realmente escreveu qualquer texto. Todavia, deixando a falta de informação para lá, Tales é consagrado por alguém importante como o fundador da filosofia cosmológica:

“É Aristóteles que consagra Tales como fundador da filosofia cosmológica, tendo sido o primeiro a tratar de modo sistemático e racional o problema da origem, transformação e conservação do mundo. Para Tales, a phýsis é a água, ou melhor, a qualidade da água, o úmido”.

CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles, volume 1. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Resposta da questão 27: [B]

A filosofia pré-socrática, também chamada de filosofia cosmológica, corresponde às primeiras manifestações filosóficas anteriores às inovações introduzidas pelo pensamento de Sócrates, Platão e Aristóteles. Ainda que apresente uma série de interpretações, inclusive antagônicas, a filosofia pré-socrática tem como eixo principal uma reflexão sobre a origem do mundo e sobre as transformações da natureza. Dentre os filósofos citados na questão, praticamente todos são pré-socráticos, com exceção de Santo Agostinho (filósofo cristão da Patrística), Aristóteles, Platão e Boécio (filósofo medieval).

Resposta da questão 28: [D]

É um tanto complicado chamar os conhecidos sofistas de filósofos, afinal eles eram conhecidos como sofistas, e não como filósofos, e existe um motivo para tal diferenciação. Basicamente, a diferença está na relação com o conhecimento que cada um dos tipos mantém. O sofista possui um relacionamento técnico com o conhecimento, isto é, o sofista domina a opinião (dóxa) e faz uso técnico deste tipo de conhecimento para estabelecer posições relativas, com força argumentativa menor ou maior. O filósofo possui um relacionamento amoroso com o conhecimento, isto é, o filósofo deseja conhecer e, por conseguinte, busca, através de uma investigação rigorosa, desvelar a verdade (alétheia) por trás das opiniões particulares que cada homem possui sobre as coisas do mundo. Portanto, por serem tipos bastante distintos é mais

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interessante que não sejam confundidos e sejam expostos na sua diferença para que enriqueçam a história da antiguidade grega.

Resposta da questão 29: [D]

Não é intuitivo para o estudante fazer a relação do texto do enunciado com a alternativa correta. Ele deverá possuir conhecimentos suficientes para poder responder de maneira acertada à questão. No texto do enunciado é apresentada a necessidade de uma vereda para um conhecimento daquilo que existe (aletheia), a partir da diferenciação entre o ser e o não-ser. A questão sobre “o que é” corresponde a uma oposição ao pensamento de Heráclito, para quem todas as coisas estão em mutação. Com isso, Parmênides está defendendo a ideia da imutabilidade de todas as coisas.

Resposta da questão 30: [D]

A alternativa D é a única correta, pois para Platão só há justiça na cidade ideal se houver uma divisão racional do trabalho. A justiça depende da diversidade das funções, que são executadas por três classes distintas: artesões e comerciantes; soldados; e guardiães. O princípio da igualdade (alternativa A) para Platão diz respeito somente à repartição de bens e não a todos os direitos, portanto, a democracia não é adequada, já que não deve haver igualdade no direito ao poder (alternativa B), pois somente os mais aptos têm esse direito. Na cidade ideal, a vida cotidiana é controlada pelo Estado, uma vez que se viveria numa espécie de comunismo, abolindo-se a propriedade e a família, cabendo ao Estado o fornecimento da educação adequada para cada um. Desse modo, os interesses ou ideais pessoais são descartados no modelo platônico (diferente do que afirmam as alternativas C e E).

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