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4. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO
Filmes de animação dos projetos “Brincar de fazer cinema com crianças”:
Possibilidades pedagógicas da educação em direitos humanos com/para crianças.
Vanessa Bulde de Oliveira – [email protected]
Constantina Xavier Filha – [email protected]
OBJETIVOS
Como objetivo geral buscamos interrogar e problematizar as possibilidades
pedagógicas de Educação em Direitos Humanos nos filmes de animação
dos projetos “Brincar de fazer cinema com crianças”. Por objetivos
específicos buscamos identificar e analisar os elementos privilegiados da
educação em direitos humanos presentes nos documentos legais brasileiros
e priorizados nos roteiros dos filmes de animação e identificar as propostas
pedagógicas feitas a partir dos filmes de animação para tornar os/as
telespectadores/as em sujeitos de direitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos passos metodológicos trilhados, observamos que todos os filmes
são artefatos culturais potentes para a discussão e problematização dos
Direitos Humanos e dos Direitos Humanos de crianças, bem como
instrumentos pedagógicos férteis para a efetivação de práticas de Educação
em Direitos Humanos. Ao considerarmos os modos de endereçamentos dos
filmes, destacamos também a possibilidade pedagógica de Educação em
Direitos Humanos e, a partir dessa, da formação de crianças e adolescentes
capazes de se reconhecerem e se posicionarem como sujeitos de direitos. A
presente pesquisa nos possibilitou pensar as pedagogias culturais capazes de
veicular princípios, atitudes, valores e conhecimentos. Mediante os filmes de
animação dos projetos, que foram as fontes de nosso estudo, pudemos
observar as pedagogias que expressam ensinamentos sobre Direitos
Humanos para além de uma mera exposição dos direitos, articulando
elementos reflexivos e de pensamento para a formação de sujeitos de direitos
a partir de uma possibilidade pedagógica da Educação em Direitos
Humanos. Sua relevância para a nossa formação e para a formação de
professoras e professores se estabelece a partir da oportunidade de levar tais
discussões a respeito dos Direitos Humanos para sala de aula por intermédio
dos filmes de animação dos projetos, considerando a grande relevância da
temática para o cotidiano de crianças e adolescentes.
INTRODUÇÃO
A pesquisa resultou o Trabalho de Conclusão de Curso da Licenciatura em
Pedagogia, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, turma de 2019. Faz parte dos estudos e investigações no
âmbito do Grupo de Estudos e Pesquisas em Sexualidades, Educação e
Gênero-GEPSEX e teve por objeto as Possibilidades Pedagógicas de
Educação em Direitos Humanos nos filmes de animação dos projetos de
extensão “Brincar de fazer cinema com crianças. Por objetivo, buscamos
interrogar as possibilidades pedagógicas de Educação em Direitos Humanos
nos filmes de animação “Ser criança em Campo Grande: um documentário
animado” (2011), “Direito das crianças: uma aventura intergaláctica” (2012)
e “Cantando os direitos das crianças” (2016) dos projetos “Brinca de fazer
cinema com crianças”. A problemática que norteou a pesquisa foi: Como as
possibilidades pedagógicas de Educação em Direitos Humanos estão
presentes nos roteiros dos filmes de animação dos projetos “Brincar de fazer
cinema com crianças”? Os referenciais teóricos foram os dos Estudos
Culturais e dos estudos da Educação em Direitos Humanos. Os conceitos
priorizados foram: pedagogias culturais, artefatos culturais, Educação em
Direitos Humanos e sujeitos de direitos. Os pressupostos metodológicos
utilizados basearam-se nas pesquisas pós-críticas em educação, com a
abordagem metodológica da etnografia de tela. Os filmes foram assistidos
em sua integralidade e em partes para elaboração e preenchimento das fichas
de análise. Com base nas interrogações e problematizações foi possível
refletir a respeito das possibilidades pedagógicas de Educação em Direitos
Humanos para a formação de sujeitos de direitos a partir dos filmes de
animação do projeto.
PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
Nossa investigação fundamenta-se nos estudos pós-críticos em educação
com a abordagem metodológica da etnografia de tela. Segundo Balestrin e
Soares (2012), os elementos utilizados nessa abordagem metodológica
são: longo período de contato com o campo, observação sistemática
variada, registros em caderno de campo e escolha de cenas para a análise.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALESTRIN, Patrícia Abel; SOARES, Rosângela. “Etnografia de tela”: uma
aposta metodológica. In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy
Alves. (org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo
Horizonte: Maza Edições, 2012.
BRASIL. Caderno de Educação em Direitos Humanos: Diretrizes
Nacionais. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República:
Brasília, 2013.
CANDAU, Vera. O/a educador/a como agente social e político. In:
CANDAU et al. Educação em direitos humanos e formação de
professores(as). São Paulo: Cortez, 2013.
PROBLEMATIZAÇÃO
Em nossa pesquisa problematizamos os filmes dos Projetos “Brincar de fazer
cinema com crianças” como uma possibilidade forte de educação em direitos
humanos, justamente por considerar a necessidade de se pensar nos sentidos
que esses artefatos culturais podem afetar e produzir nas/para as crianças.
Consideramos, assim, os filmes não apenas como entretenimento, mas como
uma possibilidade pedagógica na formação de sujeitos de direitos.