Filosofia

125
FILOSOFIA LUCI BONINI

description

Algumas considerações sobre filosofia para os alunos de direito da UMC

Transcript of Filosofia

Page 1: Filosofia

FILOSOFIA

LUCI BONINI

Page 2: Filosofia
Page 3: Filosofia

A mente que se abre para uma nova ideia, jamais retorna ao seu tamanho original. A. Eistein

Page 4: Filosofia
Page 5: Filosofia

PROGRAMA DA PROGRAMA DA DISCIPLINADISCIPLINA

Page 6: Filosofia

Ementa

• A disciplina de Filosofia aborda fundamentos filosóficos como instrumentais de reflexão e compreensão do universo no qual se inserem as atividades sociais e o profissional da área de ciências jurídicas para o desenvolvimento de uma visão crítica da realidade em sua diversidade cultural.

Page 7: Filosofia

Objetivo

• Identificar os conceitos básicos da filosofia, possibilitando a sua compreensão no contexto da realidade contemporânea.

• Refletir sobre a realidade social e a vida cotidiana nos âmbitos profissional e pessoal utilizando instrumentos de reflexão filosófica, criticidade e rigor filosófico.

Page 8: Filosofia

Conteúdo programático

• Unidade I – Filosofia: aspectos teóricos e conceituais

• Conceitos e terminologia• A Filosofia e o conhecimento humano

• Unidade II – Origem e desenvolvimento histórico

• 2.1 Origem e desenvolvimento histórico

• 2.2 Principais períodos e escolas

Page 9: Filosofia

• Unidade III – a racionalidade instrumental – prisão na imanência do mundo• 3.1 Campos de investigação da filosofia• 3.2 A concepção de homen – Ideologia e

Socialização

• Unidade V – filosofia: a reflexão filosófica na vida cotidiana• 4.1 Indústria Cultural e Teoria Crítica da

Sociedade• 4.2 Ética e Moral – conceitos e definição• 4.3 Atitude reflexiva, análise e crítica do cotidiano

Page 10: Filosofia

• Unidade V – filosofia: a reflexão filosófica na vida cotidiana

• 4.1 Indústria Cultural e Teoria Crítica da Soceidade

• 4.2 Ética e Moral – conceitos e definição

• 4.3 Atitude reflexiva, análise e crítica do cotidiano

Page 11: Filosofia

• Metodologia– Aulas expositivas dialogadas, estudo dirigido,

seminários de pesquisa

• Forma de Avaliação– A avaliação do desempenho é realizada de forma

contínua a fim de diagnosticar o desenvolvimento do processo de aprendizagem por meio dos seguintes instrumentos em conformidade com as normas da IES.

– 1. Avaliação discursiva– 2. Avaliação Objetiva– 3. Participação em sala de aula– 4. Avaliação Interdisciplinar

Page 12: Filosofia

Bibliografia - Básica

• ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Moderna. 2007

• CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª.ed. São Paulo. Ática. 2005

• GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Introdução à Filosofia. 1ª.ed. São Paulo: Manole. 2003

• ADORNO, Theodor. Educação e Emancipação. 2ª.ed. São Paulo: Paz e Terra. 2000

Page 13: Filosofia

Bibliografia - Complementar

• ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Moderna. 2005

• CHAUÍ, Marilena de Sousa. Introdução à história da Filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Cia. Das Letras. 2002

• MARITAIN, Jacques. Elementos de Filosofia i: Introdução geral à Filosofia. 18ª.ed. São Paulo: Agir. 2001

• REALE, Miguel. Introdução à Filosofia. 4ª.ed. São Paulo: Saraiva. 2004

• COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 16ª.ed. São Paulo: Saraiva. 2006

Page 14: Filosofia

Algumas reflexões a partir do livro de:BITTAR, Eduardo C. B. & ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia

do Direito. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2009

• Filosofia e o simbolismo da sabedoria– Em muitas línguas (hibou, no francês, owl, no

inglês, Eule, no alemão) a coruja é a ave que simboliza a sabedoria. Isso se deve ao fato de, na tradição grega, a coruja (koukoubagía) ter sido vista como a ave de Athena (Minerva, para os romanos), ou seja, como símbolo da racionalidade e da sabedoria (sophia), como a representação da atitude desperta, que procura e que não dorme, que age sob o fluxo lunar e que, portanto, não dorme quando se trata da busca do conhecimento. (p. 1)

Page 15: Filosofia

• A sabedoria realmente evoca experiência e capacidade de absorção reflexiva da experiência mundana

• (...) O espanto diante do mundo.

• A coruja que plana e que observa à distância, com grandes olhos, retira das alturas sua vantagem na observação. (p.2)

Page 16: Filosofia

• O mosteiro, que para a sociedade medieval é o lugar, por definição, da reclusão, da vida monástica, da oração, da preservação da tradição, da proclamação da fé e da ligação com o divino, da concentração no espiritual e, exatamente por isso, o lugar da busca da ascese espiritual que se faz somente na proximidade do caelum, confere aos monges a condição de mediadores entre o mundo humano (mundo terreno) e o mundo divino (mundo celeste), se situando entre ambos. (p. 2)

Page 17: Filosofia

Mosteiro Bizantino em Meteora na Grécia

Page 18: Filosofia

• Por sua vez, a fortaleza desempenha o papel defensivo contra os ataques sorrateiros do inimigo, especialmente em uma sociedade profundamente dividida, sujeita a invasões permanentes e especialmente descentrada de uma unificação das forças de defesa e proteção. Por isso, a fortaleza se posta sobre a colina, próxima ao despenhadeiro, de onde a sentinela pode tudo observar. Um mundo acossado permanentemente pelo medo é um mundo para o qual é necessário todo tipo de atitude defensiva, e as comunidades procuram o abrigo dos muros fortificados. (p. 2)

Page 19: Filosofia

Fortaleza – Castelo Medieval

Page 20: Filosofia

• O filósofo se distancia para compreender, o monge se distancia para contemplar e o guerreiro se distancia para ter a visão defensiva estrategicamente completa. (...) theorós, a daquele que se posta a observar. (p. 3)

Page 21: Filosofia

Vamos resumir: um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola.

Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pêlos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho...

Page 22: Filosofia

E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pêlos, lá

em cima.

Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo

aos limites da linguagem e da existência.

Page 23: Filosofia

Alguns deles ... berram para as pessoas que estão lá embaixo...

Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se interessa pela gritaria dos filósofos. (Gaarder, O Mundo de Sofia)

Page 24: Filosofia

Quem sou?

Page 25: Filosofia

Por que estou aqui?

Page 26: Filosofia

Como o mundo começou?

Page 27: Filosofia

Existe um Deus?

Page 28: Filosofia

Para onde e vou depois de morrer?

Page 29: Filosofia

A racionalidade deu à luz a todas as ciências

• Física, Química, Biologia e até Matemática já fizeram parte da Filosofia.

• Mas, com o avanço da tecnologia, a filosofia e a ciência se separaram.

Page 30: Filosofia

• Os filósofos são muito mais procurados por serem preparados para pensar claramente sobre os problemas.

• É comum jornais e outros meios de comunicação perguntarem a opinião de filósofos sobre os temas atuais.

Então, para que serve a filosofia hoje em dia?

Page 31: Filosofia

• Até governos, hospitais, museus e arquitetos pedem seus conselhos e pareceres.

Page 32: Filosofia
Page 33: Filosofia

• Muitos filósofos trabalham em universidades.

• Eles ensinam aos jovens como pensar e argumentar claramente estudando outros filósofos.

Page 34: Filosofia

Conceitos

• A palavra filosofia é de origem grega.

• É composta por duas outras: philo e sophia.

• Philo deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais.

• Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio.

Page 35: Filosofia

• Filosofia é a arte que busca conhecer racionalmente a natureza, o ser humano, o universo e as transformações que neles ocorrem.

• Entende-se por filosofia grega os períodos que existiram antes e depois de Sócrates, sendo eles: – Período pré-socrático, – Período socrático, – Período sistemático– Período helenístico.

Page 36: Filosofia

• Filosofia é razão - O Filósofo é a razão em movimento na busca de si mesma.

• A idéia da Filosofia como razão consolidou-se na afirmação de Aristóteles: "O homem é um animal racional".

Page 37: Filosofia

Razão

• X + 2y - 5 =0• A Terra gira em torno do sol

• Todos os homens são mortais. Sócrates é homem, logo Ele é mortal

Page 38: Filosofia

• Filosofia é Paixão - O Filósofo antes de tudo é um amante da sabedoria.

• O que move o mundo não é a razão, mas a paixão. "O coração tem razões que a própria razão desconhece" Pascal

Page 39: Filosofia

• Filosofia é Mito - O Filósofo é um mítico em busca da verdade velada.

• Só pensamos naquilo que cremos, e só cremos naquilo que queremos.

• O mito para a Filosofia é vital, pois cria ícones possíveis do mundo das idéias.

• "Há mais mistérios entre os céus e a terra do que pressupõe a vossa vã Filosofia". William Shakespeare.

Page 40: Filosofia

Características da Filosofia

• Aristóteles espanto, com o reconhecimento da ignorância.

• ignorância incapacidade de dar sentido à vida e ao universo.

• Alegoria da caverna.

Page 41: Filosofia

• Reivindicação de liberdade: o filósofo reconhece a sua razão como a capacidade mais importante do ser humano conjunto de capacidades de pensar, de explicar os fenômenos, de calcular, de prever, de projetar, de sonhar, de imaginar, de criar e, também, de destruir, pois a racionalidade não está isenta de erro

• Errar é uma possibilidade que está aberta ao ser humano

• Liberdade motivação e um quadro valorativo que oriente o uso da liberdade.

Page 42: Filosofia

Espanto

Radicalidade

Universalidade

Autonomia

Busca da verdade

Reconhecimento

daIgnorância

Page 43: Filosofia

OBJETO DA FILOSOFIA

Page 44: Filosofia

• Questões metafísicas:

• Meta além do físico– problemas do

ser e da realidade

– o Homem como fundamento e suporte de tudo o que existe

Page 45: Filosofia

• Questões lógicas: problemas do pensar.

Page 46: Filosofia

• Questões gnoseológicas ou teoria do conhecimento: problemas do conhecimento em geral.

Page 47: Filosofia

• Questões epistemológicas, de teoria e filosofia da ciência: problemas do conhecimento científico e da ciência

• Enquanto as outras ciências conhecem, a filosofia estuda a possibilidade do próprio conhecimento, os seus pressupostos e os limites do conhecimento possível.

Page 48: Filosofia

• Questões de axiologia, ética, filosofia política, estética, etc.: problemas dos valores e da ação humana - ao contrário das outras ciências que estudam o que é, a filosofia estuda o que deve ser

Page 49: Filosofia

• Questões de filosofia da linguagem: problemas da linguagem - a filosofia estuda a linguagem das outras ciências na perspectiva da sua estrutura.

Page 50: Filosofia

A Filosofia na Grécia Antiga

Page 51: Filosofia

O Mito x A Razão

• Porque é que chove? • O que é o trovão? • De onde vem o relâmpago? • Por que razão crescem as ervas? • Por que razão existem os montes? • Por que razão tenho fome? • Por que razão morrem os meus semelhantes? • Porque é que cai a noite e a seguir vem o dia de novo? • O que são as estrelas? • Por que razão voam os pássaros?...

Page 52: Filosofia
Page 53: Filosofia

O Mito

• As explicações míticas e religiosas foram antepassados da ciência moderna

Page 54: Filosofia

Uma sociedade racionalizada

• A Grécia entre os séculos VII e V a.C era uma sociedade justa, livre de preconceitos e democrata......?????? ERA?????

• Na verdade democracia era um equilíbrio entre as diferentes camadas sociais

Page 55: Filosofia

A escrita

• Entre os gregos ela é de domínio comum ideologicamente isso poderia significar que todos tinham acesso ao conhecimento, à ampla difusão das ideias

• Não há sacerdotes que tenham monopólio de livros sagrados, por exemplo

Page 56: Filosofia

A religião

• É frágil os deuses têm características humanas e pouco servem para inspirar um pensamento religioso

Page 57: Filosofia
Page 58: Filosofia

Mitos e deuses

• Quando surgiu a ciência? – o que é a ciência? Ora, o termo "ciência“

• a ciência da natureza é o estudo sistemático e racional, baseado em métodos adequados de prova, da natureza e do seu funcionamento.

Page 59: Filosofia

Os Períodos Principais do Pensamento Grego

• I. Período pré-socrático (séc. VII-V a.C.) - Problemas cosmológicos. 

• II. Período socrático (séc. IV a.C.) - Problemas metafísicos. Período Sistemático ou Antropológico: o período mais importante da história do pensamento grego (Sócrates,Platão, Aristóteles)

• III. Período pós-socrático (séc. IV a.C. - VI p.C.) - Problemas morais. Período Ético

• IV. Período Religioso: assim chamado pela importância dada à religião, para resolver o problema da vida, que a razão não resolve integralmente

Page 61: Filosofia

Antes de Sócrates

• Homero = Ilíada e Odisseia – narrativas épicas que mostravam as guerras entre gregos e outras cidades estados– Ilíada narra a guerra de Tróia (Ílion em

grego)– Odisséia narra as viagens de Ulisses

Page 62: Filosofia

Péricles (c. 495/492 a.C.–429 a.C.)

• Justiça é a realização palpável da atividade humana– O homem é responsável pelo seu destino– A vontade humana deve conter o desejo de

ser bom

Page 63: Filosofia

Pré Socráticos I

• Século VI a.C. Universo e com os fenômenos da natureza. início do conhecimento científico.

• Tales de Mileto  Todas as coisas estão cheias de deuses. O imã possui vida, pois atrai o ferro., Anaximandro e

Heráclito. • Anaximandro de Mileto (611-547 A.C.)

"Ápeiron“  princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado)

Page 64: Filosofia

Anaximandro (610 - 547 a.C.)

• Há uma lei que governa o cosmos (kosmos)– Isso nos dá certeza e regularidade– O Universo se governa pelo equilíbrio das

forças contrárias ( ódio/amor; quente/frio; justo/injusto)

Page 65: Filosofia

Pré Socráticos II

• Demócrito e Leucipo partem do eleatismo. – Acredita no movimento porque o pensamento é um

movimento o movimento existe porque eu penso e o pensamento tem realidade.

• Mas se há movimento deve haver um espaço vazio –  1) o movimento espacial só pode ter lugar no vazio, pois o pleno não pode

acolher em si nada que Ihe seja heterogêneo; 2)a rarefação e a condensação só se explicam pelo espaço vazio; 

– 3) o crescimento só se explica porque o alimento penetra nos interstícios do corpo; 

– 4) em um vaso cheio de cinza pode-se ainda derramar tanta água quanta se ele estivesse vazio, a cinza desaparece nos interstícios vazios da água.

• os átomos.

Page 66: Filosofia

Heráclito de Éfeso (aprox. 540 a.C. - 470 a.C.)

• A todos os homens é compartilhado o conhecer-se a si mesmpo e pensar sensatamente

• A lei serve à cidade: deve ser re´peitada e conservada para a manutenção da ordem

Page 67: Filosofia

Demócrito (cerca de 460 a.C. - 370 a.C.)

• Inimigo não é quem comete injustiça, mas o que quer cometê-la

• Não por medo, mas por dever, evitai os erros

Page 68: Filosofia

Pitágoras

• Matemática, música– está associado ao teorema de Pitágoras da

geometria – A escola pitagórica era profundamente mística;

atribuía aos números e às suas relações um significado mítico e religioso.

– Ciência e a religião estavam misturadas nos primeiros tempos.

– Afinal, a sede de conhecimento que leva os seres humanos a fazer ciências, religiões, artes e filosofia é a mesma.

Page 69: Filosofia

• Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas.

• Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas.

Page 70: Filosofia

Teorema de Pitágoras

Page 71: Filosofia

Cosmogonia

Page 72: Filosofia

Período Clássico ou Período Socrático.

• Sócrates o funcionamento do Universo dentro de uma concepção científica.

• Para ele, a verdade está ligada ao bem moral do ser humano.

• Suas idéias foram conhecidas através dos diálogos de Platão.

Page 73: Filosofia

• Os séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e científico.

• O sistema político democrático de Atenas proporcionou o desenvolvimento do pensamento.

Page 74: Filosofia

Sócrates

•  "Ó homens, é muito sábio entre vós aquele que, igualmente a Sócrates, tenha admitido que sua sabedoria não possui valor algum". 

Page 75: Filosofia

Conhece-te a ti mesmo

•  Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. 

Page 76: Filosofia

Ironia

• Sócrates adotava sempre o diálogo assumia humildemente a atitude de quem aprende e ia multiplicando as perguntas até colher o adversário presunçoso em evidente contradição e constrangê-lo à confissão humilhante de sua ignorância  ironia socrática.

Page 77: Filosofia

Maiêutica

• Num segundo caso, tratando-se de um discípulo multiplicava ainda as perguntas, dirigindo-as agora ao fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito, uma definição geral do objeto em questão. – A este processo pedagógico, maiêutica 

Page 78: Filosofia

• Leis preceitos de obediência incontornável, instrumento de coesão social que visa à realização do Bem Comum

• O foro interior e individual deveria submeter-se ao exterior em benefício da coletividade

Page 79: Filosofia

Sofistas I (século IV a.C)

• Protágoras o mais célebre advogado da relatividade de valores– O que é bom para A pode ser mau para B– O que é Bom para A em certas circunstâncias

pode ser mau para ele em outras– O que está na Lei é o que está dito pelo

legislador, e esse é o começo, o meio e o fim de toda justiça.

Page 80: Filosofia

Sofistas II

• Houve um avanço significativo na importância da oratória, da argumentação

• Se a lei é relativa, se ela se esvai com o tempo, se é modificada ou substituída por outra posterior, então com ela se encaminha também a justiça.

Page 81: Filosofia

• "Protágoras obrigou-se a ensinar a lei a Euatlo, combinando com este um determinado preço que só seria pago quando o aluno vencesse o seu primeiro caso. Concluída a formação acordada, Euatlo absteve-se de acompanhar qualquer processo e o impaciente Protágoras demandou-o judicialmente para que lhe fosse pago o que entendia ser devido. Raciocinou assim: se ganhasse, Euatlo teria de pagar o valor acordado; se perdesse, então Euatlo teria ganho o seu primeiro caso e ficava obrigado a pagar nos termos do contrato. Mas não foi este o raciocínio de Euatlo: argumentava este que se Protágoras ganhasse ele não seria obrigado a qualquer pagamento, porque só a tal seria obrigado quando tivesse ganho o primeiro caso; caso Protágoras perdesse também não pagaria, porque o tribunal decidira que ele nada tinha a pagar. Qual dos dois teria razão?"

Page 82: Filosofia

Os sofistas

• Educação, cujo objetivo máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar politicamente para o crescimento da cidade.

• Proposta pedagógica os jovens e o mercado de trabalho, divisão das ciências em - retórica, filosofia - pensar e artes - manifestar suas qualidades artísticas.

Page 83: Filosofia

• Protágoras de Abdera, dizia, "o homem é a medida de todas as coisas".

• Em outras palavras: não existe verdade absoluta, mas tão somente opiniões relativas ao homem (este vinho, delicioso para o amador, é amargo para o enfermo).

Page 84: Filosofia

Platão (427-347 a.C.)

Page 85: Filosofia

Platão

• Nasceu em Atenas, em 428 ou 427 a.C.

• Foi discípulo de Sócrates

• Estudou também os maiores pré-socráticos. – Depois da morte do mestre, Platão retirou-se

com outros socráticos para junto de Euclides, em Mégara.

Page 86: Filosofia

• Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que as idéias formavam o foco do conhecimento intelectual. – Transcendência – Recusava a realidade do mundo dos sentidos– Toda a mudança é apenas ilusão, reflexos pálidos de

uma realidade supra-sensível que poderia ser verdadeiramente conhecida

– Os pensadores teriam a função de entender o mundo da realidade, separando-o das aparências. 

Page 87: Filosofia
Page 88: Filosofia

Corpo

O modus vivendi virtuoso faz o homem

obter o favor dos deuses

Page 89: Filosofia

Ordem e Política

• Necessária – para a realização da justiça– Para o convívio social

• República (res –coisa; publica – de todos)

• Politeia – a constituição é o instrumento da justiça

• O estado ideal deve ser liderado por um filósofo

Page 90: Filosofia

Tipos de Estado

• Timocracia(de timé, que significa honra) é uma forma introduzida por Platão para designar a transição entre a constituição ideal e as três formas más tradicionais (oligarquia, democracia e tirania)

• Oligarquia (do grego ολιγαρχία, de oligoi, poucos, e arche, governo) significa, literalmente, governo de poucos. No entanto, como

• Aristocracia significa, também, governo de poucos - porém, os melhores -, tem-se, por oligarquia, o governo de poucos em benefício próprio, com amparo na riqueza pecuniária.

Page 91: Filosofia

• Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos

• Monarquia é uma forma de governo em que um indivíduo governa como chefe de Estado, geralmente de maneira vitalícia ou até sua abdicação, e "é totalmente separado de todos os outros membros do Estado“

• Tirania: É caracterizada pelas ameaças às liberdades individuais e coletivas. É representada por políticos que não tendo mais o poder de matar ou mesmo prender o opositor, preferem usar métodos substituindo como processos judiciais por calúnia e difamação, compra da imprensa e dos órgãos de informação.

Page 92: Filosofia
Page 93: Filosofia

Paidéia (Educação em Platão)O mito da Caverna

Page 94: Filosofia
Page 95: Filosofia

As ideias

• O sistema metafísico de Platão centraliza-se e culmina no mundo divino das idéias– Entre as idéias e a matéria estão o Deus e as almas, através de

que desce das idéias à matéria aquilo de racionalidade que nesta matéria aparece.

– O divino platônico é representado pelo mundo das idéias e especialmente pela idéia do Bem. O mundo ideal é provado pela necessidade de justificar os valores, o dever ser, de que este nosso mundo imperfeito participa e a que aspira.

Page 96: Filosofia

O mundo

• É a síntese idéias X matéria.

• Deus plasma o caos da matéria no modelo das idéias eternas, introduzindo no caos a alma, princípio de movimento e de ordem.

• O mundo, pois, está entre o ser (idéia) e o não-ser (matéria)

Page 97: Filosofia

Aristóteles

• Filho de Nicômaco, médico de Amintas, rei da Macedônia, nasceu em Estagira, colônia grega da Trácia, no litoral setentrional do mar Egeu, em 384 a.C.

• Aristóteles que desenvolveu os estudos de Platão e Sócrates, foi também quem desenvolveu a lógica dedutiva clássica, como forma de chegar ao conhecimento científico, e também partir sempre dos conceitos gerais para os específicos.– Imanência– Lógica dedutiva– Conhecimento humano, método– O universal inferia-se do particular. – Para se chegar ao conhecimento, nos devíamos virar para a única

realidade existente, aquela que os sentidos nos apresentavam.

Page 98: Filosofia

• A imanência é um conceito religioso e metafísico que defende a existência de um ser supremo e divino (ou força) dentro do mundo físico

Page 99: Filosofia

Aristóteles (384-322 a.C.)

Page 100: Filosofia

A Lei

Page 101: Filosofia
Page 102: Filosofia
Page 103: Filosofia

JUSTO POLÍTICO X JUSTO FAMILIAR

POLISISONOMIA

Família pai senhor

Filho: regime monárquico

Escravo: regime tirânico

Page 104: Filosofia

Família

• Mulheres e escravos não se aplica a justiça pública para eles não vige a lei

• As mulheres cuidam da organização do lar, da educação das crianças, gerencia os negócio familiares, cuidam da subsistência dos filhos e da família gérmen da vida política

Page 105: Filosofia

O justo legal deve ser construído com base no justo natural

Page 106: Filosofia

A Metafísica

• "a ciência do ser como ser, ou dos princípios e das causas do ser e de seus atributos essenciais"

Page 107: Filosofia

Período Pós-Socrático

Page 108: Filosofia

• Final da Hegemonia política e militar da Grécia início do cristianismo.

• O foco da preocupação sai do homem e vai para o universo – problemas éticos, vida interior do homem.

• Império Romano turbulências administrativas, expansão do império e o Direito Romano

Page 109: Filosofia

CINISMO• Decadência moral da

sociedade Grega

• Cinismo Diógenes – desprezo àquilo que a classe dominante considerava de valor

Page 110: Filosofia

ESTOICISMO

• Anulação das paixões e destaque para a razão.

• Grande representante desta escola foi Sêneca

• Não há acaso, tudo é providencial.

• O fim supremo do homem é a virtude

Page 111: Filosofia

EPICURISMO• O representante desta escola foi Epicuro.• A vida deve ser convenientemente regrada. • Este é o objetivo da ética.

– Segundo Epicuro, temos 3 tipos de prazeres: 1° os naturais e necessários (comer quando se

tem fome) 2° naturais, porém não necessários (comer

excessivamente) 3° nem naturais, nem necessários (fumo, luxo)

– A filosofia é a arte da vida.

Page 112: Filosofia

CETICISMO

• Não o conhecimento da verdade, mas sua procura.

• As aparências impossível chegar a um saber completo e universal.

• Não há certeza , não há o avanço nos conhecimentos, portanto o progresso fica impossibilitado de acontecer.

• O representante e fundador desta escola foi Pirro

Page 113: Filosofia

ECLETISMO

• Oposto do Ceticismo.• A verdade não se limita a um sistema

filosófico, deve ser complementada por elementos das diversas escolas.

• Para se alcançar uma compreensão adequada das coisas não se deve privilegiar apenas um filósofo, mas o que há de melhor em cada um deles.

Page 114: Filosofia

Justiça Cristã

Page 115: Filosofia
Page 116: Filosofia

Benevolência, tolerância, caridade, compreensão, amor.....A justiça humana é transitória, por vezes uma usurpação do poder.....Se a lei humana mandar algo diverso da Lei Divina,é licito ao homem desobedecer à lei humana?

Page 117: Filosofia

Santo Agostinho

• Cristianizou Platão– Fortalecimento do culto cristão– Ascensão do poder eclesiástico– Diluição da sociedade organizada

CORPOVIDA ATIVA

ANIMAVIDA CONTEMPLATIVA,

INTELECTUAL, DEDICAÇÃO A DEUS

Page 118: Filosofia

O que faz as leis humanas serem imperfeitas, corruptas, incorretas e até mesmo injustas é a pobreza de espírito dos homens

Page 119: Filosofia

Livre arbítrio

• A vontade governa o homem– Atua contra ou a favor a Lei divina– Você pode escolhar entre matar e não

matar....

• O Juízo Final mostrará quem usou o livre arbítrio de acordo com a Lei Divina

Page 120: Filosofia

São Tomás de Aquino (1225-1274)

Page 121: Filosofia
Page 122: Filosofia

Pensamento Medieval ou Cristianismo

Page 123: Filosofia

• Helenismo, judaísmo, orientalismo e romanos.

• Sto Tomás de Aquino - Do século I ao V apresenta-se uma linha de pensamento chamada Patrística – se dividia em dois blocos: textos dos apologistas e textos contra as heresias.

• Sto Agostinho - Porém, a partir do século V até o século XIII Escolástica - conjunto de idéias que visava unir a fé com o pensamento racional de Platão e Aristóteles.

Page 124: Filosofia

REFERÊNCIAS I

• Abrão. Bernadete S. História da Filosofia, Nova Cultural. 2004

• Bittar E.C.B.; & Almeida, G.A. Curso de Filosofia do direito. Atlas. 2009

• Nunes. Rizzato. Manual de Introdução ao estudo do direito. Saraiva. 2002

Page 125: Filosofia

Referências II

• Google imagens• Gaarder, J. O mundo de Sofia. São Paulo:Cia.

Das Letras 2000• Know.net• Lucibonini.blogspot.com• Omundodosfilosofos.com.br• Slideshare.net/lucibonini• Unesco.org