Filosofia - Slides: Dos pré-socráticos à Platão

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Filosofia - Slides: Dos pré-socráticos à Platão

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  • Para que filosofia?

  • Conhece-te a ti mesmoOrculo de Delfos

    Deus Apolo Orculo (Sibila)

    Scrates

  • S sei que nada seiFui ter com um dos que passam por sbios, porquanto, se havia lugar, era ali que, para rebater o orculo, mostraria ao deus: "Eis aqui um mais sbio que eu, quando tu disseste que eu o era!" Submeti a exame essa pessoa escusado dizer o seu nome; era um dos polticos. Eis, Atenienses, a impresso que me ficou do exame e da conversa que tive com ele; achei que ele passava por sbio aos olhos de muita gente, principalmente aos seus prprios, mas no o era. Meti-me, ento, a explicar-lhe que supunha ser sbio, mas no o era. A consequncia foi tornar-me odiado dele e de muitos dos circunstantes. Ao retirar-me, ia concluindo de mim para comigo: "Mais sbio do que esse homem eu sou; bem provvel que nenhum de ns saiba nada de bom, mas ele supe saber alguma coisa e no sabe, enquanto eu, se no sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um nadinha mais sbio que ele exatamente em no supor que saiba o que no sei." Da fui ter com outro, um dos que passam por ainda mais sbios e tive a mesmssima impresso; tambm ali me tornei odiado dele e de muitos outros.

    PLATO. Defesa de Scrates

  • Mito da caverna

  • O que a caverna? O mundo das aparncias em que vivemos.O que so as sombras? As coisas que percebemos.O que so os grilhes e as correntes? Nossos preconceitos e opinies, nossa crena atual.O que o prisioneiro que se liberta? O filsofo.O que a luz do sol? A luz da verdade.O que o mundo iluminado pelo sol? A realidade.Qual a ferramenta utilizada na libertao? A filosofia.

  • Crenas costumeirasQue horas so?

    Que dia hoje?

    Exercendo nossa liberdade

    Diferenas de perspectiva: realidade se mostra de diferentes maneiras

    DecisesDecisesDecises Mentira x Loucura

    Inteno Engano

    Liberdade de escolhas Mal x Bem;Moralidade;Carter.

    Conhecendo as coisas

    Objetividade x Subjetividade

    Realidade como Realidade deformada pelo estado de nimo;(amor, dio, medo, desejo)

  • Crise: conflito interno entre crenas pessoais ou entre crena pessoal e um saber exterior estabelecido.

    Liberdade: Saciar a vontade ou controlar a vontade?

    Mas: o que liberdade? O que vontade?

    O que bom? O que o mal? O justo e o injusto? O que o tempo?O que perceber? O que realidade?

    Atitude filosfica! Desejo de saber: Amor a sabedoria.

    Philo + SofiaAmar Saber

  • Atitude crtica: 1) capacidade para julgar, discernir e decidir corretamente 2) exame racional de todas as coisas sem preconceito e sem

    pr julgamento 3) atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma ideia,

    um valor, um costume, um comportamento, uma obra artstica ou cientifica

    Atitude filosfica: IndagarAtitude filosfica: Indagar

    Perguntar o que (uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento). Ou seja, perguntar qual a realidade e qual a significao de algo,no importa o qu;

    Perguntar como (uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento). Ou seja, indagar como a estrutura ou o sistema de relaes que constitui a realidade de algo;

    Perguntar por que (uma coisa, um valor, uma ideia, um comportamento). Ou seja, por que algo existe, qual a origem ou a causa de uma coisa.

  • Reflexo filosfica

    Reflexo: movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo;

    Movimento pelo qual o pensamento, examinando o que pensado por ele, volta pra si mesmo como fonte desse pensado; o pensamento interrogando a si mesmo.

    Radical: porque vai raiz do pensamento, para pensar a si mesmo e conhecer como possvel o prprio pensamento ou o prprio conhecimento.

    1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Isto , quais os motivos, razes e causas.2. O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto , qual o contedo ou o sentido.3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto , qual a inteno ou a finalidade.

    O que pensar? O que falar? O que agir?

  • 1.Viso de mundo de um povo, civilizao ou cultura

  • 2. Sabedoria de vida

  • 3. Esforo racional para conceber o mundo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido.

  • 4. Fundamentao terica e critica dos conhecimentos e prticas.

  • Intil? til?

    Senso comum: o que d prestigio, fama, poder e riqueza;Julga o til pelos resultados visveis das coisas e das aes identificando sua possvel utilidade > Levar vantagem em tudo;

    Plato definia a filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em benefcio dos seres humanos para que vivam numa sociedade justa e feliz

    Descartes dizia que a filosofia um estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de todas as coisas que os humanas podem alcanar para o uso da vida, a conservao da sade e a inveno de tcnicas e das artes com as quais ficam menos submetidos s foras naturais, s intempries e aos cataclismos.

    Kant afirmou que a filosofia o conhecimento que a razo adquire de si mesma para saber o que pode se acontecer, o que pode fazer e o que pode esperar, tendo como finalidade a felicidade humana

  • Marx declarou que a filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhec-lo para transform-lo, transformao que traria justia, abundncia e felicidade para todos.

    Marleau-Ponty escreveu que a filosofia um despertar para ver e mudar nosso mundo.

    Espinosa afirmou que a filosofia o caminho rduo e difcil, mas que pode ser corrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.

    Filosofia a busca da unidade do conhecimento na unidade da conscincia e vice-versa.

    ...filosofar partir de um problema colocado pela vida real e, mediante sucessivos exames, tentar elevar-nos a um ponto de vista universalmente vlido a respeito dele. Em seguida, descer novamente para examinar nossas atitudes prticas, morais, diante dele. Nestas subidas e descidas, o auto-exame se torna to importante quanto o estudo objetivo do problema e inseparvel dele. Olavo de Carvalho

  • Pr-socrticos: filsofos do cosmos

  • Filosofia e CosmologiaQuesto primordial:

    Como pode existir a verdade e ao mesmo tempo a mudana?Como pode algo permanecer o mesmo no mundo onde tudo estem constante mudana?

    Como conciliar o Ser e o movimento?Para responder a essas questes os filsofos pr-socrticos vo tentar explicar qual o princpio do universo que permite que haja permanncia e mudana ao mesmo tempo, ou seja, a compreenso das causas do universo (cosmologia). .Ser: No sentido absoluto, Ser significa aproximadamente existir o contrrio de no ser. aquilo que permaneceu, permanece e permanecer.

  • Tales de Mileto Tudo gua

    Um dos Sete Sbios da Grcia Arcaica.

    Considerado o fundador da filosofia cosmolgica.

    O primeiro a tentar compreender o universo e os fenmenos naturais nele contidos de forma racional, discursiva e sistemtica, sem fazer uso da linguagem mitolgica.

    A maior parte dos primeiros filsofos considerava como os nicos princpios de todas as coisas os que so da natureza da matria. Aquilo de que todos os seres so constitudos, e de que primeiro so gerados e em que por fim se dissolvem, enquanto a substncia subsiste mudando-se apenas as afeces, tal , para eles, o elemento, tal o princpio dos seres; e por isso julgam que nada se gera nem se destri, como se tal natureza subsistisse sempre [...] Tales, o fundador de tal filosofia, diz ser gua [o princpio] ( por este motivo tambm que ele declarou que a terra est sobre a gua). Aristteles. Metafsica.

  • Do que o universo feito?

    De gua.Por quais razes?

    A gua se apresenta sob vrios estados da matria, slido, lquido e gasoso, porm sua essncia permanece a mesma;

    A gua tambm est diretamente ligada vida. Todo ser vivo necessita de gua para viver. Todas as sementes so midas e um cadver sempre seco. As cheias dos rios proporcionam vida na agricultura;

    Segundo a mitologia grega, havia um rio Oceano que circulava todo o planeta e que deu origem ao mundo (uma explicao racional para o mito, devido ao contexto).

    Alm de tudo, para Tales, a gua no s era a causa primordial de tudo mas tambm a causa da mudana de todas as coisas ela que proporciona o Devir.

  • A verdadeira importncia de Tales de Mileto

    A real importncia no se trata de Tales ter comprovado ou no cientificamente que gua o princpio de tudo, mas compreender o raciocnio que o fez pensar na necessidade de um principio imutvel.

    Tales compreende compreende que a multiplicidade de um universo deve ter uma causa comum.

    Isso revolucionrio, pois, pela primeira vez, pensa-se que um fenmeno ocorre por causa de uma causa inteligvel, isto , que podemos vir a conhecer.

    O mundo no se explica mais por uma narrativa mitolgica, mas por elementos que fazem parte do nosso prprio mundo.

  • Anaximandro de Mileto o princpio de tudo o infinito descrito como discpulo e sucessor de Tales.Talvez tenha escrito o primeiro livro sobre filosofia, chamado Sobre a natureza.Trabalhou na confeco do primeiro Mapa-mndi.Inventou o relgio de sol, introduziu o esquadro e a medio entre estrelas.Construiu um argumento para explicar por que e como a Terra, sendo o centro do universo, permanece imvel.

    [] Todas as coisas se dissipam onde tiveram sua gnese, conforme a necessidade, pagando uma s outras castigo e expiao pela injustia, conforme a determinao do tempo. O ilimitado eterno. O ilimitado imortal e indissolvel. []

    O ncleo da filosofia de Anaximandro:

  • Para Anaximandro, o princpio de todas as coisas no identificado com nenhum elemento bsico da natureza, seja gua, fogo, ar ou terra.

    Nenhuma das coisas que podemos perceber pelos cinco sentidos pode constituir o princpio.

    O princpio o peiron, termo grego que quer dizer o ilimitado o indefinido e o indeterminado.

    Apesar desse princpio no puder ser encontrado na natureza, ele ao mesmo tempo est em tudo e em todos os elementos.

    A realidade ltima das coisas, no pode ter tido nem princpio nem fim, ingnito e imperecvel e, exatamente por isso, pode ser a origem das outras coisas.

    Argumentos:

  • A verdadeira importncia de Anaximandro

    A importncia da reflexo desse filsofo revela-se na necessidade de um infinito. Aquilo que no tendo inicio e nem fim, s pode ser a causa de todas as coisas que tem princpio e fim.

    A influncia de seus pensamentos to vasta, que o conceito de eterno far parte das trs grandes religies modernas: judasmo, cristianismo e islamismo.

    No entanto, esse princpio de tudo, o infinito, no outro mundo alm do natural, ele est inserido neste mundo e permite a existncia da natureza.

    Se h coisas finitas, porque h o infinito que a causa de todas as coisas.

  • Pitgoras os pitagricos Para os pitagricos, a cincia e a filosofia eram mais que um fim em si mesmas, mas um meio pelo qual poderamos realizar uma reforma em nossa maneira de se viver. Dedicaram-se s matemticas fazendo as progredir, e nutridos por suas solues, acreditaram que os princpios da matemtica fossem tambm os princpios de todos os seres.

    Posto que nas matemticas os nmeros so, por sua natureza, a unidade mais fundamental, constituem assim tambm o que h de mais fundamental no universo.

    Acreditavam ento, que todo o universo constitua-se de harmonia e nmeros.

  • Foram os pioneiros a notar que uma srie de fenmenos naturais poderiam ser traduzidos por meio de relaes matemticas. Traduziram a msica em determinaes numricas. Descobriram as relaes harmnicas das notas e as leis matemticas que as regiam. Para os pitagricos, os nmeros possuem tanta realidade quanto os objetos, no sendo apenas representaes, mas seres que bastam em si mesmos, no so apenas cdigos e nomenclaturas, mas entidades que tm realidade prpria. O nmero no s apenas to real quanto as outras coisas, mas ainda mais real que elas.

    Por que o numero mais real que as coisas? Porque o nmero uma entidade imutvel e sempre idntica a si mesmo. Devido a essa identidade imutvel, ele pode ser considerado o princpio das coisas variveis que necessitam de uma causa inicial.

  • Os atomistas Leucipo e DemcritoComo explicar que existe o Ser e ao mesmo tempo a mudana(Devir)?

    O ser e a mudana podem existir. Pois existe o Ser e o vazio. E os dois podem conviver.

    O vazio antes dos atomistas, era sinnimo de no ser ou, simplesmente, sinnimo de nada. Os atomistas vo dizer que o vazio simplesmente espao sem preenchimento.O espao pode ser real, sem ser corporal

    A ideia de tomotomos so qualitativamente a imagem do Ser indivisvel.

    So fragmentos do Ser (verdade), que mantm a essncia do prprio do ser.

  • Um princpio inteligvel inteligvel que permite a mudana no cosmos, sem alterar a essncia das coisas.

    o fundamento da realidade, portanto no pode dividir-se e no pode mudar.

    Dos tomos qualitativamente iguais, quantitativa e geometricamente diferenciados, derivam todas que so, todas as qualidades e estados.

    Dos tomos qualitativamente iguais, quantitativa e geometricamente diferenciados, derivam todas que so, todas as qualidades e estados.

    Da onde brota o movimento dos tomos, o que o faz coligar-se e separar-se para formar e deformar as coisas?

    Esse movimento provm do movimento mesmo. da natureza dos tomos assim se comportar. Para os atomistas, tudo o que existe no universo obedece uma regra mecnica e necessria.

  • Esse tomo-idia a primeira afirmao da individualidade, da substancialidade de uma essncia individual na filosofia grega. Eis a grande contribuio de Demcrito.Eis a grande contribuio de Demcrito.

    Devir: Movimento pelo qual as coisas se transformam.Vir a ser, tornar-se, transformar-se.

  • Herclito de feso o filsofo do Devir Era membro de uma famlia importante politicamente em feso, mas recusou-se a disputar o poder. Herclito formula a doutrina da unidade do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitrias. Os opostos tm sempre uma propriedade em comum que os unifica, ou seja, pertencem ao mesmo domnio do Ser. A realidade nica a juno de todas as mltiplas percepes, e que a totalidade produto de todas as coisas individuais.

    Todos os seres so dinmicos, no h seres que permaneam idnticos a si mesmos. No possvel entrar duas vezes no mesmo rio: o rio muda a cada instante, no sendo idntico a si mesmo, e, portanto, um rio diferente a cada momento; e ns somos do mesmo modo.

  • Parmnides de Elia a unidade e imobilidade do Ser Parmnides considerado o fundador da escola de pensamento de Elia, colnia grega que ficava no litoral da regio da Campnia, no sul da Itlia Em sua doutrina se destacam o monismo e o imobilismo. Ele props que tudo o que existe eterno, imutvel, indestrutvel, indivisvel e, portanto, imvel. Parmnides considera que o pensamento humano pode atingir o conhecimento genuno e a compreenso. Essa percepo do domnio do "ser" corresponde s coisas que so percebidas pela mente. O que percebido pelas sensaes, por outro lado, , segundo ele, enganoso e falso, e pertence ao domnio do no-ser. Trata-se de uma oposio direta ao mobilismo defendido por Herclito de feso, para quem "tudo passa, nada permanece". Sua doutrina se resume nas seguintes premissas:

    Unidade e a imobilidade do Ser; O mundo sensvel uma iluso; O Ser uno, eterno, no-gerado e imutvel; No se confia no que v.

  • Democracia, Sofistas e Scrates

  • Caractersticas da democracia ateniense Democracia quer dizer que o poder vem do povo. O poder da democracia vem do povo e quem faz o papel do soberano de soberano a lei. O respeito lei garante a ordem social e faz com que todos sejam iguais. Em Atenas, os prprios cidados eram convocados para as decises polticas, ou seja, um tipo de democracia denominada direta. Mas, nem todos os indivduos eram considerados cidados: mulheres, crianas e estrangeiros no tinham o direito a participao.

    Isonomia: em grego quer dizer repartio igual, refere-se igualdade de direito na participao da vida pblica. Isegoria: quer dizer a grosso modo igualdade em falar em pblico, representando a liberdade de expresso que os cidados usufruam

  • Nossa constituio nada tem a invejar dos outros: modelo e no imita. Chama-se democracia porque age para o maior nmero e no para uma minoria. Todos participam igualmente das leis concernentes aos assuntos pblicos; apenas a excelncia de cada um que institui distines e as honras so feitas ao mrito e no riqueza. Nem a pobreza nem a obscuridade impedem um cidado capaz de servir cidade. Livres no que respeita vida pblica, livres tambm o somos nas relaes cotidianas. Cada um pode dedicar-se ao que lhe d prazer sem incorrer em censura, desde que no cause danos. Apesar dessa tolerncia na vida privada, ns nos esforamos para nada fazer contra a lei em nossa vida pblica. Permanecemos submetidos aos magistrados e s leis, sobretudo quelas que protegem contra a injustia e s que, por no serem escritas, nem por isso trazem menos vergonha aos que transgridem (Tucdides, II, 37).

    Como a exigncia de participao na vida pblica era essencial, e s acontecia por meio do uso pblico da palavra, era ento necessrio falar em pblico e falar bem, logo o dom da palavra era a ferramenta fundamental do cidado.

  • O sofista O sofista um erudito que tem um vasto conhecimento cultural sobre uma gama de assuntos. O sofista, principalmente, possui a arte da argumentao e da persuaso (retrica), sabe falar em pblico e fazer com que o pblico seja dominado pela sua fala.

    Os sofistas se consideram professores e partiam do princpio de que se algo pode ser ensinado porque j possuam esse conhecimento e poderiam transmiti-los, O sofista vai afirmar que no existe nenhuma verdade de fato, portanto tudo uma conveno humana e se tudo uma conveno tudo pode ser ensinado.

    Numa questo de valor como o que coragem? o sofista apenas ir perguntar: Qual a posio que voc quer defender?

  • Dois sofistas: Protgoras e Grgias Protgoras de Abdera

    O homem a medida de todas as coisas, das que so, que elas so, e das que no so, que elas no so. O homem dita a conveno da realidade, no se importando com o que ela de fato, devido a isso, s resta ao homem compreender os recursos da linguagem racional para convencer o interlocutor, ganhar uma disputa argumentativa e ensinar como fazer isso.

    Grgias de Leontini Grgias mostra que a tradio filosfica, at ento, confundiu os diferentes usos que h para a palavra ser.

    Ser, de fato, significa a existncia, o existente, mas tambm pode ser usado como verbo de ligao: no caso Pegasus o cavalo alado do Perseu, no quer dizer que Pgasus e cavalo existem ao mesmo tempo, mas apenas um verbo de ligao.

    A verdade no pode sequer ser conhecida, pois, tudo o que sabemos palavra, o nome das coisas, e no elas mesmas

  • Scrates, o patrono da filosofia ocidental Consagrou toda a sua trajetria a uma idia: a vida que no refletida no vale a pensa ser vivida. Amar a verdade, amar buscar a verdade o nico modo de vida autntico, porm, deve se amar a busca da verdade mas nunca perder energia em defend-la. Pois, se a verdade defendida, parte-se do princpio que ela j possuda por quem a defende, entretanto, Scrates dizia que sua nica sabedoria era afirmar que S sei que nada sei.

    A vida filosfica A postura de questionamento, a dedicao sria busca da verdade e o uso da razo para apreend-la, eis o ideal para uma vida filosfica.

    A sabedoria no possuir a verdade, mas procur-la incessantemente, a verdadeira sabedoria e sempre ser maior do que aquele que a procura.

  • O foco principal de Scrates o prprio homem: qual a melhor maneira de se viver? O que o homem e como ele deve agira perante si mesmo, os outros e o univero?

    Conhece-te a ti mesmo

    Incio a chamada, Filosofia tica.Mtodo socrtico

    O comprometimento do filsofo com os homens suscitar-lhes o desejo pelo saber, atravs do dilogo.O dilogo a medicina socrtica da alma, ou seja, por meio dele que se pode livrar a alma da doena do erro e da ignorncia.

    1. Exortao;2. Indagao;3. Ironia;4. Maiutica.

    Passos do dilogo:

  • Obter conhecimento, na filosofia socrtica, no encontrar algo totalmente novo, recordar.A maiutica seria o mtodo que o filsofo utiliza para conduzir o interlocutor, por meio de perguntas, at que o prprio relembre a sua verdade interior.

    S a verdade descoberta por si mesmo autntica

    O dilogo a medicina socrtica da alma, ou seja, por meio dele que se pode livrar a alma da doena do erro e da ignorncia.

    A filosofia no uma profisso ou algo que se pode obter com um certificado, uma postura que exige dedicao e compromisso pela busca incessante da verdade.

  • Plato Filosofia como libertao da alma

  • Vida - as motivaes platnicasPlato (Atenas, 428/27 Atenas, 347 a.C.) era um filho da nobreza grega, um homem que desde a juventude foi cercado de admirao, no s por sua origem famlia riqussima mas tambm pela beleza pessoal. Era um homem grande, atltico, rico, bonito, cheio de ambies.Desgostoso pela situao em Atenas que, sem sua opinio, estava cercada pela traio dos cidados e principalmente pela situao da assembleia, que deveria ser o centro de discusses honestas sobre o futuro da cidade, mas estava impregnada de demagogos. Um fato determinante para que Plato se insufle para percorrer sua jornada filosfica: a condenao de Scrates. Esse seria o sinal para que o regime democrtico ateniense exponha toda sua carncia de critrios justos.Para Plato, fazer uso do logos apenas para convencer uma plateia sobre qualquer postura uma das causas principais do fracasso do regime. A Filosofia deveria ser usada para que a cidade seja bem conduzida, e seus escritos polticos indicam essa posio.

  • Dialtica, Plato e os sofistasPlato tem como inimigos os sofistas, porque diante das questes eles simplesmente defenderiam o relativismo sem levar em considerao a busca da verdade, mas somente defender a opinio que lhes dessem mais vantagem.Para Plato, todo homem tem o dever de procurar o que desconhece, enfrentar um processo para sair da ignorncia, percorrendo um caminho at estar pronto para contemplar e compreender a verdade, e isso atravs do mtodo do dilogo. A Filosofia no traz uma verdade j estabelecida, mas sim uma experincia do processo da busca da verdade, denominada como maiutica.Contedos filosficos ento, no seriam lies de professores que falam para alunos os quais ouvem e decoram, mas uma deciso de partir em busca da compreenso da realidade.

    O dilogo consegue proporcionar a experincia de que o conhecimento deve passar por um processo de purificao ou de elevao que segue determinados estgios inferiores para adentrar estgios superiores.

  • Plato e a teoria do conhecimentoFilosofia platnica est essencialmente encarregada de estabelecer a diferena entre aparncia e essncia, entre imagem e o ser, entre iluso e verdade.A grande questo filosfica do tempo de Plato foi colocada por meio da discusso entre Parmnides e Herclito.

    Para Plato, Herclito estava correto em afirmar o fluxo das coisas, pois elas de fato mudam. Contudo, estava errado em identificar esse mesmo fluxo com o prprio ser.Assim tambm Parmnides estava correto em afirmar as caractersticas fundamentais do ser, porm, errado em considerar o ser como uno.

    Para Plato: h um fluxo interminvel de coisas que sempre mudam (Herclito), mas que so apenas um reflexo de um mundo verdadeiramente real onde nada muda, onde tudo , onde a verdade tem sua morada (Parmnides).

  • Passagem do mundo sensvel ao mundo das ideias preciso passar da experincia prtica, mutvel, smbolo da opinio pessoal, para o mundo das ideias, que so permanentes e smbolos da verdade, atingvel somente por meio do intelecto. Conhecer oferecer uma explicao racional sobre as opinies que formamos a partir dos objetos da pergunta. necessrio dar uma definio de tal maneira que ela no possa ser aplicada a nenhuma outra coisa.

    Introduo aos graus de conhecimento em 5 estgiosO primeiro estgio refere-se ao nome da coisa, ou seja, o signo lingustico que se convencionou para ser usado na determinao de um elemento. Ex: a palavra crculo, no o crculo em si, mas apenas sua referncia, que podia ser outra qualquer.

    O segundo estgio seria o da definio: o que um crculo? Crculo um objeto cujas extremidades, em todas as direes, so equidistantes do seu centro. Consiste em um passo superior ao nome, pois d a definio que no se aplica a nenhuma outra coisa.

  • 1.Nome: Crculo2.Definio: objeto cujas extremidades, em todas as direes, so equidistantes de se centro3.Imagem:

    4.Cincia: o nome poderia ser outro. A imagem poderia ser apagada. O crculo em si no se confunde com a conveno.5.Objeto em si: por meio da intuio.

    O terceiro estgio trata-se da imagem, propriamente dita, de um crculo. O quarto estgio recebe o nome de conhecimento, pois refere-se tomada de conscincia de que o crculo em si no seu nome, nem sua definio e nem a sua imagem. a percepo de que tudo que se conhece at o momento sobre o objeto no o suficiente para apreend-lo como ele realmente, uma purificao da mente. O quinto estgio seria tomar contato com a coisa em si mesma, uma fasca da mente, limpar da mente as convenes.

  • O ser humano e o objeto de conhecimento so uma coisa s

    O primeiro estgio a experincia de todas as coisas que os cinco sentidos podem proporcionar, ou seja, tudo aquilo que vemos, tocamos sentimos, engloba nosso conhecimento inicial.

    Ao usarmos certo sentido de raciocnio, podemos compreender certas caractersticas que o conhecimento pode e deve ter: lgica, estabilidade e sentido.

    Segundo Plato, o conhecimento se manifesta por meio de uma ascenso de diferentes graus.

    Em seguida, passamos por certos tipos de pensamentos automticos profundamente ligados s sensaes: so ideias no refletidas e mutveis que temos acerca do mundo em que vivemos o segundo estagio de conhecimento e refere-se s opinies.

    So os raciocnios matemticos que nos ajudam a compreender melhor como a verdade deve ser para ser autntica, ou seja, a lgica da geometria e da matemtica nos fora a fazer uso da razo de uma maneira mais coerente e precisa que nossas opinies.

  • A forma, ou a Ideia, a coisa em si mesma, portanto, o ser destitudo de todo o seu carter imperfeito, ou seja destitudo de qualquer caracterstica sensvel.

    O mundo sensvel no oferece episteme, pois est em constante mudana. A Ideia compreensvel porque imutvel e eterna.

    Contudo, isso ainda no seria raciocnio filosfico propriamente dito, pois a matemtica e a geometria pensam ainda por meio de linhas e imagens, o que faz com que elas ainda estejam impregnadas de coisas sensveis.

    s no quarto grau de conhecimento, chamado de episteme (cincia verdadeira), que acontece a verdadeira compreenso. Seria o nvel no qual se apreende a essncia de determinada coisa, denominada por Plato de idos, que pode ser traduzida por Forma ou Ideia.

    Episteme: Cincia, pensar luz da Filosofia, ter conhecimento. Conhecimento cientfico, por oposio opinio sem fundamento ou sem reflexo.

    Episteme: Cincia, pensar luz da Filosofia, ter conhecimento. Conhecimento cientfico, por oposio opinio sem fundamento ou sem reflexo.

  • Pela fora do dilogo, possvel livrar-se do carter sensvel do conhecimento e fazendo uso do raciocnio matemtico ascender at o conhecimento verdadeiro. Esquema para compreender o processo de conhecer:

    1. Simulacro a imagem das coisas que vemos, assim como a pintura, o reflexo e, at mesmo, os relatos mitolgicos. 2. Opinio ligada experincia sensvel porque a opinio sempre est variando arbitrariamente. 3. Raciocnio discursivo apreenso de objetos matemticos aritmtica, geometria, estequiometria, msica ou harmonia, astronomia, tudo que se refere estrutura proporcional e estvel. Ainda no pode ser considerado conhecimento filosfico, porque compreendido por meio de nmeros e linhas e porque faz parte de axiomas indemonstrveis. 4. Ideia/forma episteme cincia, isto , saber verdadeiro. Conhecer a essncia. A dialtica permite que a alma ascenda at a ideia.

    1. Simulacro a imagem das coisas que vemos, assim como a pintura, o reflexo e, at mesmo, os relatos mitolgicos. 2. Opinio ligada experincia sensvel porque a opinio sempre est variando arbitrariamente. 3. Raciocnio discursivo apreenso de objetos matemticos aritmtica, geometria, estequiometria, msica ou harmonia, astronomia, tudo que se refere estrutura proporcional e estvel. Ainda no pode ser considerado conhecimento filosfico, porque compreendido por meio de nmeros e linhas e porque faz parte de axiomas indemonstrveis. 4. Ideia/forma episteme cincia, isto , saber verdadeiro. Conhecer a essncia. A dialtica permite que a alma ascenda at a ideia.

  • Deve-se prestar ateno ao seguinte: de um lado existe nossa capacidade de conhecer, de outro, existe a Ideia que pode ser conhecida. Segundo Plato, ns conseguimos compreender o carter inteligvel da Ideia justamente porque possumos essas mesmas caractersticas em ns mesmo, ou seja, h uma identificao entre a alma racional e a coisa conhecida.

    A atividade de conhecimento e o objeto de conhecimento so da mesma natureza e por esse motivo que pode haver conhecimento.

    Essa relao intrnseca entre ser e objeto recebe o nome de Eros, o deus do amor, porque aquilo que amamos nos seres o que h tambm em ns: seu carter essencial, eterno, imutvel; o amor pela bela forma.

    Deus grego do amor, tambm conhecido como Cupido, Amor em latim. Era filho de Afrodite e seu companheiro constante e com seu arco ele disparava flechas de amor nos coraes dos deuses e dos humanos.

  • Existe ento um percurso que deve ser percorrido para se atingir o grau mximo de conhecimento, portanto a Filosofia platnica pode ser encarada como uma educao da inteligncia, pedagogia do esprito para contemplar a verdade. Logo, a dialtica : 1. A arte de conduzir uma discusso para revelar contradio.2. O mtodo filosfico/cientfico para desenvolver o conhecimento por meio de perguntas. 3. O mtodo para que a alma consiga compreender conceitualmente a realidade.4. O mtodo pelo qual a alma supera a diviso do mundo sensvel e encontra o ser.

    Plato separa dois mundos distintos quando estabelece sua teoria do conhecimento. Para ele h o mundo sensvel, que mutvel e, portanto, imperfeito, e h o mundo inteligvel no qual esto as Ideias verdadeiras, que so imutveis e, portanto, perfeitas. Somente o mundo das Ideias passvel de conhecimento verdadeiro (episteme).

    Por introduzir essa separao entre dois mundos distintos, dizemos que a teoria do conhecimento platnico dualista.

    1. A arte de conduzir uma discusso para revelar contradio.2. O mtodo filosfico/cientfico para desenvolver o conhecimento por meio de perguntas. 3. O mtodo para que a alma consiga compreender conceitualmente a realidade.4. O mtodo pelo qual a alma supera a diviso do mundo sensvel e encontra o ser.

  • O mito da caverna a jornada do filsofoImaginemos homens que vivam numa caverna

    cuja entrada se abre para a luz em toda a sua largura, com um amplo saguo de acesso. Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes tenham as pernas e o pescoo amarrados de tal modo que no possam mudar de posio e tenham de olhar apenas para o fundo da caverna, onde h uma parede. Imaginemos ainda que, bem em frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro da altura de um homem e que, por trs desse muro, se movam homens carregando sobre os ombros esttuas trabalhadas em pedra e madeira, representando os mais diversos tipos de coisas. Imaginemos tambm que, por l, no alto, brilhe o sol. Finalmente, imaginemos que a caverna produza ecos e que os homens que passam por trs do muro estejam falando de modo que suas vozes ecoem no fundo da caverna. Se fosse assim, certamente os habitantes da caverna nada poderiam ver alm das sombras das pequenas esttuas projetadas no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas sombras, que eram cpias imperfeitas de objetos reais, eram a nica e verdadeira realidade e que o eco das vozes seriam o som real das vozes emitidas pelas sombras.

    Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar das correntes que o prendem. Com muita dificuldade e sentindo-se frequentemente tonto, ele se voltaria para a luz e comearia a subir at a entrada da caverna. Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e, aps formular inmeras hipteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e so muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal ou limitado. Suponhamos que algum o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, habituando-se, veria as vrias coisas em si mesmas; e, por ltimo, veria a prpria luz do sol refletida em todas as coisas. Compreenderia, ento, que estas e somente estas coisas seriam a realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem ainda em sua obscura ignorncia acerca das causas ltimas das coisas. Assim, ele, por amor, voltaria caverna a fim de libertar seus irmos do julgo da ignorncia e dos grilhes que os prendiam. Mas, quando volta, ele recebido como um louco que no reconhece ou no mais se adapta realidade que eles pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras. E, ento, eles o desprezariam....

  • Qual a simbologia? Os prisioneiros somos ns. As sombras so as coisas sensveis com as quais tomamos contato pela experincia e tambm pelas opinies so as coisas que tomamos como verdade. As imagens projetadas na caverna so o instrumento que produz nossa iluso. As correntes so nossos preconceitos, nosso senso comum, nosso apreo pela ignorncia e nossa preguia mental.O prisioneiro liberto aquele que tomou a deciso de viver uma vida filosfica em busca da verdade. O mecanismo que ele usa a dialtica.A caminhada para fora da caverna simboliza a dificuldade da busca da verdade. A luz do sol que, num primeiro momento, cega o liberto a Ideia do Bem, da qual provm todas as coisas.O retorno do liberto para a caverna simboliza o desejo em auxiliar o prximo pro meio da pedagogia do dilogo.

    O mito da caverna a histria da ascenso da alma que passa por estgios de conhecimento: das sombras da opinio, do preconceito para a luz da cincia e da verdade.

  • Poltica o Filsofo ReiA viso platnica da poltica, est vinculada ao restante de sua posio filosfica, principalmente no que se refere necessidade da educao da alma e tambm ideia de que o filsofo, por ser aquele em contato com o prximo e com a verdade, deva participar ativamente da vida da cidade. Plato procura analisar as diferentes formas de governo para tentar eleger uma mais desejvel. Mas, nele j h a compreenso de que a postura tica deve estar forosamente vinculada poltica.No entanto ele percebe a existncia dos seguintes tipos de governo: a aristocracia, governo dos melhores; a monarquia, governo de apenas um e a democracia cujo poder vem do povo.

    Contudo, para cada uma dessas formas existe uma contraparte deformada, e essa passagem de um sistema para a sua forma degenerada no seria mero acidente, mas algo inevitvel. Assim, a aristocracia se corromperia at se tornar uma oligarquia. A monarquia abriria espao para a tirania e a democracia anuncia a anarquia. Formando assim ciclos de regimes polticos e corrupo.

  • Portanto, Plato diz que necessrio parar esses ciclos de degenerao identificando sua causa, e eis que a causa identificada a injustia. Mas, o que justia? Ou melhor, qual a Ideia de justia? por meio de um dilogo liderado por Scrates que examinada tal questo. No entanto, Scrates sugere que, ao invs de tentar definir o que um sujeito justo, seria melhor tentar definir o que seria uma cidade justa, devido ao fato da cidade ser um homem grande, logo os problemas ficariam mais fceis de serem identificados.

    Plato ento diz, que na cidade h basicamente trs classes: a classe econmica, formada por agricultores, artesos, comerciantes; a classe militar, formada pelos guerreiros, e a classe legislativa, que deveria ser formada pelos responsveis pelas decises da cidade.

    A injustia surge, segundo Plato, quando uma classe da cidade quer exercer seu papel no objetivo da outra.

  • A classe poltica deveria ser formada por homens que tivessem a cincia poltica aqueles que percorreram o caminho do conhecimento at terem encontrado encontrado a Ideia da justia, da virtude e do melhor agira poltico.

    Ficar estabelecido que poltica tem como finalidade no o poder, mas o bem do ser humano. A tica na cidade passa a ser condio essencial para a ao poltica.

    Plato ento pensa, que o rei deve ser o filsofo, ou, que o filsofo deve ser rei, pois s ele teria a cincia poltica, a melhor maneira de governar a cidade.

    O filsofo deve controlar a plis, assim como a mente controla as paixes do corpo.

  • Entretanto, a assembleia formada por membros da classe econmica e da classe militar, ento, quando uma lei votada, a classe econmica deturpa a assembleia por meio da corrupo (dinheiro) e a classe militar por meio do medo (armas).

    A injustia ento surge quando as classe no desempenham seus papis designados por natureza. A cidade injusta como o corpo dominado pelas paixes.

    Em contraponto, a justia o equilbrio das classes, com cada uma gindo no campo de ao determinado por sua natureza: a militar proporcionando proteo, a econmica garantindo a sobrevivncia e o filsofo governando por meio da lei.

    Como no corpo, no qual a justia o governo dos apetites e a clera Como no corpo, no qual a justia o governo dos apetites e a clera deve ser governada pela razo, a cidade ser justa quando aquele que deve ser governada pela razo, a cidade ser justa quando aquele que tiver cincia poltica governar.tiver cincia poltica governar.

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