Filtro de Linha
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Programa de Anlise de Produtos 1
Servio Pblico Federal
MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIO EXTERIOR
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAO E QUALIDADE
INDUSTRIAL
INMETRO
PPRROOGGRRAAMMAA DDEE AANNLLIISSEE DDEE PPRROODDUUTTOOSS
RREELLAATTRRIIOO DDAA AANNLLIISSEE EEMM FFIILLTTRROO DDEE LLIINNHHAA
DDiivviissoo ddee OOrriieennttaaoo ee IInncceennttiivvoo QQuuaalliiddaaddee -- DDiivviiqq
DDiirreettoorriiaa ddaa QQuuaalliiddaaddee -- DDqquuaall
IInnmmeettrroo
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Programa de Anlise de Produtos 2
NNDDIICCEE
1. Apresentao pg. 03
2. Justificativa pg. 04
3. Documentos de referncia pg. 05
4. Laboratrio responsvel pelos ensaios pg. 05
5. Amostras analisadas pg. 05
6. Ensaios e avaliaes realizados pg. 06
7. Resultado geral pg. 22
8. Posicionamento dos fabricantes pg. 24
9. Posicionamento da Associao pg. 36
10. Informaes ao Consumidor pg. 37
10. Contatos teis pg. 38
11. Concluso pg. 39
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Programa de Anlise de Produtos 3
11.. AAPPRREESSEENNTTAAOO
O Programa de Anlise de Produtos, coordenado pela Diretoria da Qualidade do Inmetro, foi
criado em 1995, sendo um desdobramento do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade
PBQP.
Um dos subprogramas do PBQP, denominado Conscientizao e Motivao para a Qualidade e
Produtividade, refletia a necessidade de criar, no pas, uma cultura voltada para orientao e incentivo
Qualidade, e tinha a funo de promover a educao do consumidor e a conscientizao dos
diferentes setores da sociedade.
Nesse contexto, o Programa de Anlise de Produtos tem como objetivos principais:
a) informar o consumidor brasileiro sobre a adequao de produtos e servios aos critrios estabelecidos em normas e regulamentos tcnicos, contribuindo para que ele faa escolhas
mais bem fundamentadas em suas decises de compra ao levar em considerao outros
atributos alm do preo e, por conseqncia, torn-lo parte integrante do processo de
melhoria da indstria nacional;
b) fornecer subsdios para o aumento da competitividade da indstria nacional.
A seleo dos produtos e servios analisados tem origem, principalmente, nas sugestes,
reclamaes e denncias de consumidores que entraram em contato com a Ouvidoria do Inmetro1, ou
atravs do link Indique! Sugesto para o Programa de Anlise de Produtos2, disponvel na pgina
do Instituto na internet.
Outras fontes so utilizadas, como demandas do setor produtivo e dos rgos reguladores, alm
de notcias sobre acidentes de consumo encontradas em pginas da imprensa dedicadas proteo do
consumidor ou atravs do link Acidentes de Consumo: Relate seu caso3
disponibilizado no stio do
Inmetro.
Deve ser destacado que as anlises conduzidas pelo Programa no tm carter de fiscalizao, e
que esses ensaios no se destinam aprovao de produtos ou servios. O fato de um produto ou
servio analisado estar ou no de acordo com as especificaes contidas em regulamentos e normas
tcnicas indica uma tendncia em termos de qualidade. Sendo assim, as anlises tm carter pontual,
ou seja, so uma fotografia da realidade, pois retratam a situao naquele perodo em que as
mesmas so conduzidas.
Ao longo de sua atuao, o Programa de Anlise de Produtos estimulou a adoo de diversas
medidas de melhoria. Como exemplos, podem ser citadas a criao e reviso de normas e
regulamentos tcnicos, programas de qualidade implementados pelo setor produtivo analisado, aes
de fiscalizao dos rgos regulamentadores e a criao, por parte do Inmetro, de programas de
Avaliao da Conformidade.
1 Ouvidoria do Inmetro: 0800-285-1818; [email protected]
2 Indique! Sugesto para o Programa de Anlise de Produtos: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/formContato.asp
3 Acidentes de Consumo: Relate seu caso: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/acidente_consumo.asp
mailto:[email protected]://www.inmetro.gov.br/consumidor/formContato.asphttp://www.inmetro.gov.br/consumidor/acidente_consumo.asp
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Programa de Anlise de Produtos 4
22.. JJUUSSTTIIFFIICCAATTIIVVAA
A anlise em filtros de linha est de acordo com os objetivos do Programa de Anlise de
Produtos, pois trata-se de um produto utilizado de modo intensivo e extensivo pela populao
brasileira e cujo uso est relacionado segurana dos consumidores.
Nos ltimos anos houve um aumento no consumo dos filtros de linha, pois os consumidores
sentiram a necessidade de expandir o nmero de tomadas em uso nas suas residncias como
consequncia do aumento no nmero de aparelhos, tais como computadores, impressoras, monitores,
TV e DVD.
Os filtros de linha, como o prprio nome diz, so utilizados para filtrar a energia eltrica que
alimenta o computador e outros aparelhos, como os de udio e vdeo. Eles so adequados para
proteger os equipamentos dos transientes (variaes no sinal eltrico da rede) e dos rudos presentes
na rede eltrica. Eles atenuam as interferncias eletromagnticas (EMI) e de rdio freqncia (RFI) e
ainda protegem contra surtos de tenso, graas a um componente chamado varistor; esse componente,
associado em paralelo ao circuito que se quer proteger, limita a tenso, impedindo que surtos de
pequena durao cheguem ao circuito. Alm disso, tambm servem para expandir o nmero de
tomadas disponveis.
A proteo a ser oferecida por esse tipo de equipamento essencial, quando pensamos nos riscos
associados a transientes e surtos oriundos de descargas atmosfricas, transitrios, emisses
eletromagnticas e cargas no lineares. Assim, a informao sobre a correta utilizao desse aparelho,
bem como o nvel de segurana que oferecem e sua real funo, torna-se essencial para que o
consumidor evite choques eltricos e incndios.
Dados de uma pesquisa realizada pela Associao Brasileira de Conscientizao para os Perigos
da Eletricidade ABRACOPEL, com 330 pessoas, sobre a ocorrncia de choque eltrico, indicam que
86% das pessoas entrevistadas j sofreram algum tipo de choque eltrico.
Alm disso, um levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros do Estado de So Paulo mostra que
entre o ano de 1995 e 2004 ocorreram 33.080 incndios devido a problemas em instalaes eltricas, e
mais 5889 causados por superaquecimento de aparelhos eletrnicos, como mostra a tabela a seguir.
Dessa forma, imprescindvel o cuidado com a rede eltrica e com os aparelhos eltricos.
Tabela 1- Levantamento do Corpo de Bombeiro de So Paulo sobre causas de Incndios
Descrio Quantidade de Ocorrncias Representatividade
Desconhecidas 189.070 49%
Ato incendirio 104.826 27%
Instalaes Eltricas inadequadas 33.080 9%
Displicncia ao cozinhar 11.343 3%
Displicncia de fumante com ponta de cigarro 10.273 3%
Brincadeira de crianas 9.643 2%
Prtica de ao criminosa 7.433 2%
Superaquecimento de equipamentos 5.889 2%
Ignio espontnea 5.323 1%
Vazamento de GLP 4.490 1%
Negligncia com vela 4.458 1%
Vazamento de combustvel em local aquecido 3.280 1%
Total 389.108
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Programa de Anlise de Produtos 5
Nesse contexto, que inclui o aumento do uso de filtros de linha, bem como o histrico de
problemas relacionados a choques eltricos e incndios com aparelhos eltricos, o Inmetro considerou
necessrio realizar uma anlise em amostras de diversas marcas de filtros de linha disponveis no
mercado nacional, para avaliar a tendncia da qualidade do produto.
Este relatrio apresenta as principais etapas da anlise, a descrio dos ensaios, os resultados e a
concluso do Inmetro sobre o assunto.
33.. DDOOCCUUMMEENNTTOOSS DDEE RREEFFEERRNNCCIIAA
ABNT NBR NM 60884-1/04 Plugues e Tomadas Para Uso Domstico e Anlogo - PARTE 1 Requisitos Gerais.
Portaria n27, de 18 de fevereiro de 2000 - Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial- INMETRO
Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Ministrio da Justia - Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor.
44.. LLAABBOORRAATTRRIIOO RREESSPPOONNSSVVEELL PPEELLOOSS EENNSSAAIIOOSS
Os ensaios foram realizados pelos Laboratrios Especializados em Eletro-Eletrnica -
LABELO4, da Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul PUCRS. O
LABELO/PUCRS acreditado pelo Inmetro para a realizao de ensaios na rea eltrica.
55.. AAMMOOSSTTRRAASS AANNAALLIISSAADDAASS
A anlise foi precedida por uma pesquisa de mercado, realizada pele Rede Brasileira de
Metrologia Legal e Qualidade - Inmetro, constituda pelos Institutos de Pesos e Medidas Estaduais
(IPEM), rgos delegados do Inmetro, em 5 Estados (Rio de Janeiro, So Paulo, Acre, Rio Grande do
Norte e Rio Grande do Sul). A pesquisa identificou 30 diferentes marcas de filtros de linha, das quais
foram selecionadas para anlise 11 marcas, de 11 fabricantes.
A seleo foi feita com base em critrios que consideraram a participao no mercado, a existncia
de produtos importados, para que pudssemos comparar o desempenho do produto nacional frente ao
importado e a regionalizao dos produtos. Ou seja, foram includas marcas consideradas tradicionais
e lderes de mercado, assim como outras de menor participao, fabricadas por empresas de mdio e
pequeno porte.
Ressalta-se que, como o Programa de Anlise de Produtos no possui carter de fiscalizao,
propondo-se a avaliar a tendncia da qualidade dos produtos no mercado de consumo, no
necessrio avaliar todas as marcas disponveis.
Ao todo, foram compradas cinco amostras de cada uma das marcas selecionadas.
A tabela a seguir relaciona os fabricantes e as marcas que tiveram amostras de seus produtos
analisadas:
4 Labelo: http://www.pucrs.br/labelo/
http://www.pucrs.br/labelo/
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Programa de Anlise de Produtos 6
66.. EENNSSAAIIOOSS EE AAVVAALLIIAAEESS RREEAALLIIZZAADDOOSS
Os ensaios foram divididos nas seguintes categorias:
6.1. Ensaios Aplicveis Segurana Eltrica NBR 60884-1/04
6.1.1 Caractersticas nominais;
6.1.2 Marcas e indicaes;
6.1.3 Verificao das dimenses;
6.1.4 Proteo contra choques eltricos; 6.1.5 Disposio para ligao ao terra;
6.1.6 Elevao de temperatura;
6.1.7 Capacidade de interrupo; 6.1.8 Funcionamento normal;
6.1.9 Fora necessria para retirar o plugue;
6.1.10 Resistncia ao calor;
6.1.11 Resistncia do material isolante ao calor anormal e ao fogo.
6.2 Atendimento aos requisitos da portaria n27
62.1 Indicaes
A seguir, so descritos os ensaios, a metodologia utilizada e os resultados obtidos.
MMeettooddoollooggiiaa UUttiilliizzaaddaa
Como no existe norma tcnica especfica para o produto filtro de linha, foi elaborada uma
metodologia que tomou como base a norma ABNT NBR 60884-1/04 Plugues e Tomadas para Uso
Domstico, a Portaria Inmetro n 27, de 18 de fevereiro 2000 e o Cdigo de Proteo e Defesa do
Consumidor.
O principal enfoque desses ensaios est na avaliao das tomadas utilizadas nos filtros de linha.
Tabela 2 Marcas que tiveram amostras analisadas
Marca Fabricante/ Importador Tipo Local de Compra Pas de
Origem
Marca A Fabricante A 6 tomadas Natal / RN Brasil
Marca B Fabricante B 4 tomadas Rio de Janeiro / RJ Brasil
Marca C Fabricante C 5 tomadas Rio de Janeiro / RJ Brasil
Marca D Fabricante D 4 tomadas Rio Branco /AC Brasil
Marca E Fabricante E 4 tomadas Natal / RN Brasil
Marca F Fabricante F 6 tomadas Porto Alegre / RS China
Marca G Fabricante G 5 tomadas Rio de Janeiro / RJ Brasil
Marca H Fabricante H 4 tomadas Rio de Janeiro / RJ Brasil
Marca I Fabricante I 8 tomadas Rio de Janeiro / RJ Brasil
Marca J Fabricante J 4 tomadas So Paulo / SP Brasil
Marca K Fabricante K 3 tomadas Rio de Janeiro / RJ Brasil
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Programa de Anlise de Produtos 7
66..11 EEnnssaaiiooss bbaasseeaaddooss nnaa nnoorrmmaa AABBNNTT NNBBRR 6600..888844--11
6.1.1 Caractersticas Nominais
Essa avaliao efetuada pela inspeo das marcas e indicaes. De acordo com a norma, a
corrente nominal da tomada no deve ser superior a corrente nominal do plugue. Alm disso, a
corrente nominal do interruptor no deve ser inferior dos demais componentes.
6.1.2 Marcas e Indicaes
Esta categoria verifica se as informaes bsicas necessrias utilizao correta e segura do filtro
de linha esto disponibilizadas conforme prev a norma, ou seja, no corpo do aparelho. As marcaes
devem ser durveis e facilmente legveis.
Corrente Nominal: corrente informada pelo fabricante, especificada em Ampres (A);
Tenso Nominal: a tenso ou diferena de potencial informada pelo fabricante, especificada em Volts (V);
Smbolo da natureza da fonte, ou seja, da energia de funcionamento do aparelho ou a freqncia nominal, em hertz (Hz);
Nome do fabricante ou do vendedor responsvel, a marca comercial ou a marca de identificao;
Pas de origem.
6.1.3 Verificao das Dimenses
Nesse ensaio verifica-se se a tomada permite a insero de um plugue de corrente nominal
superior, o qual possui dimenses maiores. De acordo com a norma, isso no deve ocorrer como
medida de segurana, a fim de evitar que possa ser ligado um equipamento que opere com uma
corrente superior corrente nominal da tomada, o que poderia acarretar uma sobrecarga na mesma.
6.1.4 Proteo Contra Choques Eltricos
Os filtros de linha devem ser projetados de modo que no permitam que o usurio toque as partes
vivas, mesmo aps a remoo de partes destacveis. Alm disso, as partes sob tenso dos plugues no
podem ser acessveis quando eles estejam parcial ou totalmente introduzidos nas tomadas. Esse ensaio
verifica se h possibilidade de o usurio sofrer algum tipo de risco a choque eltrico.
Apesar de terem sido realizados ensaios para verificar o risco de choque eltrico durante a
introduo e a retirada do plugue na tomada, no est sendo considerada no conformidade das
amostras ensaiadas, em funo de os mesmos ainda estarem no prazo de adequao ao padro
nacional (NBR 14.136). Ressalta-se que em todas as amostras ensaiadas, por ainda no estarem
adequadas a esse padro, foi identificado risco iminente de choque eltrico para o usurio o que
refora a importncia da adoo da padronizao.
6.1.5 Disposio Para Ligao ao Terra
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Programa de Anlise de Produtos 8
Os filtros de linha devem ser construdos de modo que a ligao do terra seja a primeira a ocorrer
e a ltima a ser interrompida, de modo a proteger os equipamentos a eles ligados, bem como os
usurios.
6.1.6 Elevao de Temperatura
Os filtros de linha devem ser construdos de modo a no provocarem uma elevao de temperatura
em mais de 45C durante o uso, pois o aquecimento excessivo pode acarretar a perda de isolamento, j
que o material isolante pode perder sua capacidade de evitar choques eltricos e curto-circuito.
6.1.7 Capacidade de Interrupo
Os filtros de linha devem ter capacidade de interrupo adequada. As amostras no devem
apresentar qualquer dano prejudicial sua utilizao posterior e os orifcios de entrada dos pinos no
devem apresentar deteriorao que possa diminuir a segurana.
6.1.8 Funcionamento normal
Os filtros de linha devem suportar, durante sua utilizao, esforos mecnicos, eltricos e
trmicos, sem, contudo causar qualquer dano que ponha em risco a segurana do consumidor.
6.1.9 Fora necessria para retirar o plugue
Os filtros de linha devem permitir a fcil introduo e remoo do plugue e evitar que ele se
separe da tomada em utilizao normal.
6.1.10 Resistncia ao calor
Neste ensaio, o filtro de linha aquecido a 100C e no deve sofrer qualquer alterao prejudicial
sua utilizao posterior e a eventual massa de enchimento no deve escorrer a tal ponto que fiquem
expostas as partes vivas. Alm disso, aps o aquecimento as marcaes devem permanecer legveis.
A resistncia deformao pelo calor verificada atravs do ensaio denominado presso de esfera
(ball pressure), no qual uma esfera pressionada contra as partes de material isolante que suportam
peas condutoras de corrente e peas do circuito de proteo, assim como as peas de material
termoplstico situadas sobre a superfcie frontal em uma regio de 2 mm de largura em redor dos
orifcios de entrada dos pinos fase e neutro das tomadas, a uma determinada temperatura, durante uma
hora. A conformidade verificada atravs da medio da profundidade da impresso feita pela esfera
no ponto onde aplicada. Segundo a norma, a profundidade da impresso deve ser inferior a 2 mm.
Ao trmino dos ensaios, as partes analisadas devem ter mostrado resistncia suficiente ao calor e
no podem apresentar qualquer dano fsico que possa prejudicar a conformidade dos aparelhos.
6.1.11 Resistncia do material isolante ao calor anormal e ao fogo
Nesse ensaio, atravs da simulao de situaes de acidente, as partes condutoras e no condutoras
do filtro de linha so submetidas a testes de resistncia ao calor e ao fogo. Nesse ltimo caso,
verificado tambm se, ao pegar fogo, o material capaz de propagar a chama.
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Programa de Anlise de Produtos 9
A amostra submetida a um fio incandescente aquecido eletricamente temperatura de 850C
para as partes que suportam elementos que transportam corrente e 650C para as demais partes da
amostra. Considera-se que a amostra satisfaz o ensaio de fio incandescente se:
No detectada qualquer chama nem incandescncia prolongada, ou
As chamas e a incandescncia na amostra extinguem-se nos 30s subseqentes remoo do fio
incandescente.
As partes de material isolante so suscetveis de serem submetidas a altas temperaturas de origem
eltrica, como curto-circuito e sobrecarga, por isso devem ser capazes de no propagar o fogo,
impossibilitando assim o risco de incndio.
66..22 Atendimento aos Requisitos da Portaria n27 Indicaes
De acordo com a Portaria Inmetro n 27 de 18 de fevereiro de 2000, os filtros de linha - incluindo
os injetados - devero atender, individualmente, ao especificado nos artigos 17 e 18 e conter a
expresso potncia mxima do conjunto e sua indicao em Volt Ampre (VA) ou "carga mxima"
ou "corrente mxima", do conjunto, e sua indicao em Ampre (A).
As indicaes constantes nos artigos 17 e 18 so:
Art. 17
Os interruptores, variadores de luminosidade, plugues, plugues de trs sadas (benjamim ou tipo
T), tomadas e adaptadores devero ter as seguintes indicaes:
o nome , a marca ou o logotipo do fabricante;
a tenso a que se destinam em Volt (V);
a potncia em Watt (W) ou a corrente nominal em Ampre (A).
Art. 18
As tomadas mltiplas, internamente interligadas, constitudas apenas de tomadas fmeas, devero
ter as seguintes indicaes:
o nome, a marca ou o logotipo do fabricante;
a tenso a que se destinam em Volt (V),marcada opcionalmente em cada tomada;
a corrente nominal em Ampre (A), marcada opcionalmente em cada tomada.
A tabela apresentada a seguir descreve os resultados obtidos pelas amostras de cada uma das
marcas analisadas de Filtro de Linha.
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Programa de Anlise de Produtos 10
Tabela 3 Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca A No Conforme
O porta fusvel no apresenta nenhuma identificao;
A amostra no apresenta a gravao do smbolo da natureza da corrente (~);
O interruptor no apresenta a identificao da tenso, da potncia ou da corrente nominal;
No ensaio de resistncia ao calor a amostra sofreu alteraes que impedem o uso posterior, conforme pode ser
observado pela figura ao lado;
A tomada no resistiu ao calor anormal;
A distncia de isolamento entre as partes vivas de polaridade diferente inferior a 3mm;
O produto apresenta soldas improvisadas (fixao do resistor, led e varistor) nas conexes internas, como pode
ser observado pela figura ao lado;
O interruptor no apresenta a identificao da tenso, da potncia ou da corrente nominal, desta forma no atende o
requisito do artigo 17 da Portaria Inmetro n27, de 18 de
fevereiro de 2000.
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 11
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca B
No Conforme
A amostra apresenta conexes internas entre os pinos dos plugues e as tomadas dos filtros invertidas, ou seja, o contato fase do plugue est ligado ao neutro da tomada e o contato
neutro do plugue est ligado conseqentemente ao fase da
tomada. Esta inverso pode ocasionar srios problemas em equipamentos que exigem a manuteno da polaridade;
A presso de contato nas conexes eltricas das tomadas transmitida atravs do material isolante;
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 12
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca C No Conforme
No h marcao quanto ao pas de origem;
A ligao do terra no a primeira a ocorrer, quando se conecta o plugue de um equipamento tomada do filtro de linha;
Durante o ensaio de funcionamento normal, a amostra apresentou focos de fumaa (figura ao lado);
O interruptor e a tomada no resistiram ao calor anormal;
As conexes internas apresentam soldas improvisadas, alm da cobertura isolante dos fios estarem encostadas nas partes
eltricas, com risco de derretimento do isolante seguido de curto
circuito entre os pontos que devem estar separados eletricamente;
As gravaes do filtro no apresentam a expresso "potncia mxima"
do conjunto e sua indicao em Volt Ampre (VA) ou "carga mxima", ou "corrente mxima", do conjunto, e sua indicao em
Ampre (A);
O invlucro do filtro de linha no apresenta a expresso potncia mxima" do conjunto e sua indicao em Watt (W) ou "carga mxima", ou "corrente mxima" do conjunto, desta
forma no atende o requisito do artigo 18 da Portaria 27 de 18 de fevereiro de 2000.
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 13
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca D No Conforme
A corrente nominal gravada em cada tomada (15A) superior a corrente nominal do plugue, ou seja, permite que o usurio conecte um equipamento que funcione sob a corrente de 15A, mas o plugue do filtro no
dimensionado para tal intensidade de corrente (o plugue de 10A);
A corrente nominal do interruptor (2A/8A) inferior a corrente dos demais componentes que apresentam como correntes nominais 10 A;
A amostra no apresenta a gravao do smbolo da natureza da corrente
(~);
No ensaio de resistncia ao calor a amostra sofreu alteraes que impedem o uso posterior, conforme pode ser observado pela figura ao lado;
A tomada no resistiu ao calor anormal;
O sistema de ancoragem do cabo no eficaz, pois possvel tanto empurrar o cabo para dentro do invlucro
quanto pux-lo para fora, isto fatalmente ir causar esforos mecnicos nas conexes internas dos condutores;
A presso de contato nas conexes eltricas das tomadas transmitida
atravs do material isolante;
Nas conexes internas entre os componentes existem soldas frias com mau contato eltrico, ou seja, fios com soldas que esto apenas
encostados nos pontos em que deveriam estar devidamente fixados
(figura ao lado);
A tomada mltipla (que um mdulo independente) no apresenta a expresso potncia mxima do conjunto e sua indicao em Watt
(W) ou carga mxima, ou corrente mxima do conjunto, desta forma no atende o requisito do artigo 18 da Portaria 27 de 18 de
fevereiro de 2000.
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Programa de Anlise de Produtos 14
/Continua
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca E No Conforme
A corrente nominal gravada em cada tomada (15A) superior corrente nominal do plugue, ou seja, permite que o usurio conecte um equipamento que
funcione sob a corrente de 15A, mas o plugue do filtro no dimensionado para
tal intensidade de corrente (o plugue de 10A);
A corrente nominal do interruptor (6 A) inferior a corrente dos demais
componentes que apresentam como correntes nominais 10 A;
No ensaio de resistncia ao calor, a amostra sofreu alteraes que impedem o uso posterior, e tambm possvel acessar as partes vivas (figuras ao lado);
A tomada e o interruptor no resistiram ao calor anormal;
A presso de contato nas conexes eltricas das tomadas transmitida atravs do material isolante;
Nas conexes internas entre os componentes existem soldas e fixaes improvisadas (LED fixado com fita crepe) com risco de curto circuito
entre pontos que devem estar separados eletricamente (figura ao lado);
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 15
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca F No Conforme
A corrente nominal gravada em cada tomada (15A) superior a corrente nominal do plugue, ou seja, permite que o usurio conecte um
equipamento que funcione sob a corrente de 15A, mas o plugue do
filtro no dimensionado para tal intensidade de corrente (o plugue de 10A);
No ensaio de resistncia ao calor, a amostra sofreu alteraes que impedem o uso posterior (figura ao lado);
Quando da insero de um plugue 2P+T nas respectivas tomadas do filtro de linha, possvel estabelecer o fechamento dos contatos vivos (fase e/ou neutro), antes que a ligao do
circuito terra seja estabelecida, ou seja, a ligao do terra no a primeira a ocorrer;
Nas conexes internas entre os componentes existem soldas improvisadas, gerando o risco de curto circuito entre pontos que devem estar separados eletricamente. (figura ao lado);
O interruptor no resistiu ao calor anormal;
A distncia de isolamento entre as partes vivas de polaridade diferente inferior a 3mm;
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 16
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca G No Conforme
A corrente nominal gravada em cada tomada (15 A) superior a corrente nominal do plugue, ou seja, permite que o usurio conecte um equipamento que funcione sob a corrente de 15A, mas o plugue do filtro no dimensionado para tal intensidade de corrente (o plugue de 10A);
A corrente nominal do interruptor (2/8A) inferior corrente dos demais componentes que apresentam como correntes nominais 10 A;
No ensaio de resistncia ao calor, a amostra sofreu alteraes que impedem o uso posterior. (figura ao lado) e, quanto ao
calor anormal, a tomada tambm no resistiu;
O sistema de ancoragem no eficaz, pois possvel tanto empurrar o cabo para dentro do invlucro quanto puxar o
respectivo para fora. Isto fatalmente ir causar esforos
mecnicos nas conexes internas dos condutores;
A presso de contato nas conexes eltricas das tomadas
transmitida atravs do material isolante;
Nas conexes internas entre os componentes existem soldas improvisadas, a unio entre as duas tomadas integrantes do
filtro (tomada mltipla e tomada simples) tambm feita desta forma;
As gravaes do filtro (marcaes no invlucro, na etiqueta)
no apresentam as expresses potncia mxima" ou "carga mxima", desta forma no atendem os requisitos do artigo 21 da Portaria Inmetro n27 de 18 de fevereiro de 2000;
A tomada mltipla (que um mdulo independente) no apresenta a expresso potncia mxima do conjunto
e sua indicao em Watt (W) ou carga mxima, ou corrente mxima do conjunto, desta forma no atende o requisito do artigo 18 da Portaria Inmetro n27 de 18 de fevereiro de 2000.
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Programa de Anlise de Produtos 17
/Continua
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca H No Conforme
No foi encontrada marcao referente ao pas de origem;
No ensaio de resistncia ao calor, a amostra sofreu alteraes que
impedem o uso posterior, sendo tambm possvel acessar as
partes vivas (figura ao lado);
A tomada no resistiu ao calor anormal;
Nas conexes internas entre os componentes existem soldas improvisadas alm da cobertura isolante dos fios estar encostada
nas partes condutoras eltricas, com risco de derretimento do
isolante seguido de curto circuito entre pontos que devem estar separados eletricamente (figura ao lado);
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 18
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca I No Conforme
Quando da insero de um plugue 2P+T nas respectivas tomadas do filtro de linha, possvel estabelecer o fechamento dos contatos vivos (fase e/ou neutro), antes que a ligao do circuito terra seja estabelecida, ou seja,
a ligao do terra no a primeira a ocorrer;
A tomada e o interruptor no resistiram ao calor anormal;
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 19
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca J No Conforme
A corrente nominal gravada em cada tomada (15 A) superior a corrente nominal do plugue, ou seja, permite que o usurio conecte um equipamento que funcione sob a corrente de 15A, mas o plugue do filtro no dimensionado para tal intensidade de corrente (o plugue de 10A) e a corrente nominal do interruptor (6 A)
inferior a corrente dos demais componentes que apresentam como correntes nominais 10 A;
No foi identificada a marcao do smbolo da natureza da corrente;
Especificamente no mdulo tomada mltipla, no foi encontrada nenhuma marcao referente ao nome do fabricante ou do vendedor responsvel, ou a marca comercial ou a marca de identificao;
Quando da insero de um plugue 2P+T nas respectivas tomadas do filtro de linha, possvel estabelecer o fechamento dos contatos vivos (fase e/ou neutro), antes que a ligao do circuito terra seja estabelecida;
No ensaio de resistncia ao calor, a amostra sofreu alteraes que impedem o seu uso posterior, sendo tambm
possvel acessar as partes vivas; No ensaio de calor anormal o mdulo tomada e o interruptor no resistiram;
O sistema de ancoragem do cabo no eficaz, pois possvel tanto empurrar o cabo para dentro do invlucro quanto puxa-lo para fora, isto fatalmente ir causar esforos mecnicos nas conexes internas dos condutores;
No existe interligao entre as 4 tomadas e esta feita atravs de um condutor rgido inserido e soldado nos orifcios de conexo de cada tomada;
A distncia de isolamento entre as partes vivas e partes isolantes acessveis de duas das quatro tomadas do mesmo filtro apresentam distncias com valores inferiores a 3 mm;
Nas conexes internas entre os componentes existem soldas frias com mau contato eltrico, ou seja, fios com soldas que esto apenas encostados nos pontos em que deveriam estar devidamente fixados, e a cobertura isolante
dos fios est encostada nas partes condutoras eltricas (com risco de derretimento do isolante seguido de curto
circuito entre pontos que devem estar separados eletricamente);
Especificamente a tomada mltipla (que um mdulo independente) no apresenta a expresso potncia mxima" do conjunto e sua indicao em Watt (W) ou "carga mxima", ou "corrente mxima" do conjunto e
tambm no apresenta a identificao do fabricante, portanto no atende ao artigo 18 da Portaria Inmetro n27 de 18
de fevereiro de 2000.
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 20
Tabela 3 (continuao) Resultados apresentados pelas amostras ensaiadas
Marca Resultado No Conformidades
Marca K No Conforme
A corrente nominal gravada em cada tomada (15 A) superior corrente nominal do plugue, ou seja, permite que o usurio conecte um equipamento que funcione sob a corrente de 15A, mas o plugue do filtro no dimensionado para tal intensidade de corrente (o plugue de 10A);
A corrente nominal do interruptor (6 A) inferior a corrente dos demais componentes que apresentam como correntes nominais 10 A;
No ensaio de resistncia ao calor, a amostra sofreu alteraes que impedem o uso posterior (figura ao lado);
O mdulo tomada no resistiu ao calor anormal;
O sistema de ancoragem no eficaz, pois possvel tanto empurrar o cabo para dentro do invlucro quanto puxar o
respectivo para fora, isto fatalmente ir causar esforos mecnicos nas conexes internas dos condutores;
A presso de contato nas conexes eltricas das tomadas transmitida atravs do material isolante;
Nas conexes internas entre os componentes existem soldas improvisadas e o risco de curto circuito nas conexes do interruptor.(figura ao lado);
A tomada mltipla (que um mdulo independente) no apresenta a expresso potncia mxima" do conjunto e sua indicao em Watt (W) ou "carga mxima", ou "corrente mxima" do conjunto, desta forma no atende o requisito do artigo 18 da Portaria Inmetro n27 de 18 de fevereiro de 2000.
/Continua
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Programa de Anlise de Produtos 21
77.. RREESSUULLTTAADDOO GGEERRAALL
A tabela a seguir descreve os resultados obtidos nos produtos analisados.
Tabela 4 Resultado Geral da Anlise em Filtros de Linha
Marca Ensaios Gerais de Segurana Eltrica Indicaes Atendimento Portaria 27 Resultado Geral
Marca A No Conforme No Conforme No Conforme
Marca B No Conforme Conforme No Conforme
Marca C No Conforme No Conforme No Conforme
Marca D No Conforme No Conforme No Conforme
Marca E No Conforme Conforme No Conforme
Marca F No Conforme Conforme No Conforme
Marca G No Conforme No Conforme No Conforme
Marca H No Conforme Conforme No Conforme
Marca I No Conforme Conforme No Conforme
Marca J No Conforme No Conforme No Conforme
Marca K No Conforme No Conforme No Conforme
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Programa de Anlise de Produtos 22
77..11.. DDIISSCCUUSSSSOO DDOOSS RREESSUULLTTAADDOOSS
As amostras das marcas 4, 5, 6, 7, 10, e 11 apresentaram a corrente da tomada maior que a do
plugue. Esse fato pode acarretar um superaquecimento, que muitas vezes, pode gerar um princpio de
incndio.
J durante o ensaio de resistncia ao calor, as marcas: 1, 4, 7, 6 e 11 sofreram alteraes que
impediram seu uso posterior. As amostras das marcas 5, 8 e 10 aps esse ensaio, alm de sofrerem
alteraes, tambm permitiram o acesso s partes vivas da amostra. Essa no conformidade pode
significar risco de choque eltrico ao consumidor, alm de possveis problemas de funcionamento e
at a possibilidade de curto circuito.
Ressalta-se que 9 das 11 marcas analisadas possuam nas conexes internas soldas improvisadas, o
que pode ocasionar um curto circuito, que muitas vezes pode levar a um incndio. Alm disso, a
amostra da marca 5 apresentou o LED fixado com fita crepe, demonstrando que h uma negligncia
por parte dos fabricantes com os riscos que um produto como esse pode oferecer quando no
fabricado da maneira correta.
Considerando a necessidade de zelar pela segurana das instalaes eltricas de baixa tenso, foco
de incndios e de diversos acidentes residenciais, o Inmetro publicou a Portaria n 27, de 18 de
fevereiro de 2000, determinando algumas indicaes que esses produtos devem conter, no entanto, 6
das 11 marcas analisadas no atendem s indicaes descritas na portaria.
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Programa de Anlise de Produtos 23
88.. PPOOSSIICCIIOONNAAMMEENNTTOO DDOOSS FFAABBRRIICCAANNTTEESS
Aps a concluso dos ensaios, as empresas que tiveram produtos analisados receberam cpias dos
laudos de anlise, tendo sido dado um prazo de 14 dias para que se manifestassem a respeito dos
resultados obtidos.
Marca J
Inicialmente, gostaramos de dizer que o programa de verificao de qualidade muito importante para os consumidores
e tambm para que os fabricantes melhorem a qualidade de seus produtos. O resultado destes programas nos mostra uma
viso diferente da que observamos na indstria e eventualmente pode acarretar em melhorias dos produtos e em
discusses para favorecer o entendimento entre o INMETRO, consumidores, laboratrios e fabricantes.
Em referncia ao relatrio de ensaio DPC 138/2009, que demonstra os resultados dos testes realizados no filtro de linha
MTF4, temos alguns comentrios.
No existe uma norma brasileira especfica para filtros de linha e isto torna a avaliao muito polmica, porque os
fabricantes no conseguem imaginar quais sero os critrios que seriam avaliados em uma verificao de conformidade.
Por no existir norma, tambm no possvel obter certificao do produto.
H apenas uma regulamentao oficial para filtros de linha, a Portaria 27 do INMETRO de 18 de fevereiro de 2000. Esta
portaria estabelece critrios no apenas para filtros de linha, mas tambm para 23 outros dispositivos eltricos. Por ser
muito abrangente, a interpretao da Portaria pode ser prejudicada e os critrios podem no ser to especficos.
O relatrio de ensaio descreve que os ensaios foram feitos de acordo com a norma NBR NM 60884-1/04. Trata-se de
uma norma que especifica critrios para tomadas, mas o filtro de linha foi testado de acordo com ela. Desta forma, a
maioria dos itens a serem testados foi apontada como N/A (no aplicvel) e alguns itens com necessidade de serem
testados no tiveram ensaios realizados.
Este ensaio foi realizado em um momento inadequado porque estamos em um processo de transio no padro de
tomadas e o filtro de linha ainda no est obrigado a respeitar a norma NBR 14136.
Quanto aos resultados dos testes, apresentamos os seguintes comentrios:
- O item 6.2 da norma estabelece um critrio para um cordo prolongador, que no o caso do filtro de linha. Este item diz que a corrente da tomada no deve ser superior do plugue e foi detectado no filtro MTF4 que a corrente da tomada
15A e a do plugue 10A. A marcao de corrente mxima da tomada obrigatria e esta mesma tomada utilizada para
vrios outros equipamentos de diferentes correntes nominais. No seria vivel criar uma marcao diferente para
tomadas utilizadas em cada aparelho.
-O item 8.1 estabelece critrios de marcao. A marcao do nome do fabricante e pas de origem est feita no filtro de
linha.
- Mesmo no havendo um crculo em volta do smbolo de terra, possvel entender que o terminal marcado com este
smbolo o de aterramento. Desta forma no entendemos que isto comprometa a segurana do aparelho. Apesar disto,
podemos providenciar a alterao do smbolo.
-Referente aos itens 10.1 (insero unipolar) e 10.3 (plugue parcialmente introduzido): as tomadas atendero a este item
a partir da data em que for estabelecido o prazo para que as tomadas deste tipo de equipamento estejam obrigatoriamente
dentro do padro ABNT NBR 14136.
-Referente ao item 11.1: Todo plugue tripolar com aterramento possui o pino terra maior que os demais. Portanto, na
tomada do filtro MTF4 o pino terra ser o primeiro a fazer contato e sempre ser o ltimo a ser desconectado.
- O item 25.1, que especifica que o equipamento deve ser submetido a uma temperatura de 100C, no deveria ser
aplicado para um filtro de linha e sim apenas para tomadas. Esta temperatura no ocorreria em situaes normais em um
ambiente domstico.
-Apresentaremos os resultados do ensaio de fio incandescente ao fabricante de interruptores para que o mesmo
providencie as correes necessrias. Correes sero feitas nas tomadas quando o novo padro de tomadas estiver em
vigor para que as mesmas atendam ao ensaio do fio incandescente.
-Os critrios dos itens 14.11, 23.1, 13.11 e 27.1.7 envolvem grandes modificaes no projeto da tomada, que sero feitas
quando o filtro de linha tiver as tomadas de acordo com o padro brasileiro, no prazo estabelecido.
-Quanto ao protetor de surtos, no h norma que estabelece a quantidade e a posio dos mesmos em um filtro de linha.
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Programa de Anlise de Produtos 24
Resposta Inmetro:
A inexistncia de uma norma brasileira especfica para o produto em questo no impede a realizao da sua
anlise no mbito do Programa de Anlise de Produtos do Inmetro, que uma iniciativa que tem como uma de suas diretrizes informar o consumidor sobre a tendncia de qualidade dos produtos disponveis no mercado
visando a induzir a melhoria da qualidade dos produtos e da competitividade da indstria nacional. Cabe
ressaltar que, havendo ou no uma norma brasileira, poltica do Inmetro participar entidades representativas do setor envolvido na etapa de elaborao da metodologia a ser empregada na anlise, momento em que
possvel o setor contribuir para a mesma, desde que devidamente fundamentado. Essa participao foi dada a
partir do dia 18 de setembro de 2008, atravs do ofcio Dqual/Diviq n17.
Quanto aos documentos de referncia utilizados na anlise, esclarecemos que foram considerados os requisitos aplicveis ao produto em questo, considerando-se as partes que o compem e o princpio de funcionamento
que o define como um "filtro de linha". Cumpre salientar que as informaes disponveis no produto,
direcionadas ao usurio, determinam a forma de utilizao do mesmo e que as partes que o compem - assim como em qualquer circuito eltrico - devem ser dimensionadas de forma coerente, a fim de evitar uma
sobrecarga e o conseqente comprometimento da segurana eltrica do produto.
Quanto s marcaes obrigatrias relativas a corrente nominal, tenso nominal, identificao do fabricante, esclarecemos que a Portaria Inmetro n 27 de 18 de fevereiro de 2000 estabelece que essas informaes devem
constar, quando possvel, no corpo do produto.
Quanto disposio dos contatos para ligao do aterramento, esclarecemos que o requisito da norma de
referncia no se restringe aos plugues.
Informamos que, apesar de terem sido realizados ensaios para verificar o risco de choque eltrico durante a
introduo e a retirada do plugue na tomada, no est sendo considerada no conformidade das amostras
ensaiadas, em funo de os mesmos ainda estarem no prazo de adequao ao padro nacional (NBR 14.136). Cabe esclarecer que a Portaria Inmetro n 85 de 03 de abril de 2006 entrou em vigor desde a data de sua
publicao e que o prazo de adequao termina em 1 de janeiro de 2010, conforme item VII da Resoluo
CONMETRO n 02 de 06 de setembro de 2007.
Marca B
Primeiramente, agradecemos o encaminhamento dos resultados obtidos juntamente com o Laboratrio acreditado Labelo
a respeito do produto objeto de anlise.
Lamentamos que o INMETRO, no tenha levado em considerao a carta encaminhada pela ABINEE em 23/10/2008 (
2040008 em anexo ) no qual relata que no seria oportuno a realizao da verificao do filtro de linha, uma vez que
todos os fabricantes esto em perodo de transio e os atuais modelos deixaro de ser fabricados. Informamos que o
produto ensaiado j est sendo modificado em funo da padronizao de plugues e tomadas conforme NBR 14136, e
estar a disposio dos consumidores a partir de 01/01/2010 de acordo com a Resoluo n 02 do CONMETRO.
Com relao aos resultados dos ensaios, consideramos que foi inoportuna a realizao dos mesmos, devido no
possuirmos norma pertinente, e que o CB-03 est trabalhando junto com todos fabricantes para elaborao da norma
especfica para esse produto.
A Marca B busca constantemente aperfeioar seus produtos e servios, pois acredita que a qualidade fundamental para
seu negcio.
Resposta Inmetro:
Esclarecemos que o objetivo do Programa de Anlise de Produtos induzir a melhoria dos produtos e da competitividade da indstria nacional atravs de, mas no se limitando a, o atendimento a regulamentos e
requisitos normativos aplicveis. Nesse sentido, entendemos que muito oportuna a anlise realizada, em
especial para auxiliar o setor na identificao de requisitos necessrios a uma norma tcnica que venha a ser elaborada especialmente para filtros de linha.
Cumpre lembrar que na regulamentao de plugues e tomadas, conduzida pelo Inmetro, o setor foi participado
de todo o processo e foi acordado um prazo para que as empresas efetuassem a adequao ao regulamento que
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Programa de Anlise de Produtos 25
entraria em vigor, e esse prazo se extinguir em menos de seis meses. O Inmetro espera sinceramente estimular
o processo de adequao dos produtos analisados, evitando-se assim que os mesmos encontrem-se em
desconformidade ao regulamento quando se esgotar o prazo dado para a referida adequao.
Informamos ainda que, apesar de terem sido realizados ensaios para verificar o risco de choque eltrico durante
a introduo e a retirada do plugue na tomada, no est sendo considerada no conformidade das amostras
ensaiadas, em funo de os mesmos ainda estarem no prazo de adequao ao padro nacional (NBR 14.136).
Marca G
Em resposta a vossa anlise de produto Filtro de Linha, realizada em maio deste ano, esclarecemos os seguintes pontos:
a) Utilizamos como referncia normativa a Portaria n 27, de 18 de fevereiro de 2000.
b) Hoje h um grupo conjunto de Extenses Eltricas e Filtro de Linha trabalhando no mbito da ABNT/COBEI-CB03 na elaborao de uma norma especfica para este produto.
c) Em janeiro todos os nossos filtros devero ser alterados onde passaro a ter o novo padro de tomada, conforme NBR 14136, sendo assim a grande maioria das no conformidades encontradas sero sanadas, pois nosso filtro
foi concebido utilizando o padro ou desenho antigo.
d) Algumas exigncias de marcao foram acrescentadas em nossos produtos em funo de vossa anlise.
Estamos comprometidos com a mudana do padro atual pelo novo padro brasileiro e no achamos apropriado um
ensaio, utilizando normas diversas, em produtos que sero descontinuados no prximo ano, em vista das novas
exigncias.
De qualquer forma esta iniciativa ser de grande valia para os fabricantes que compem o grupo ABNT/COBEI-CB03,
pois enriquece nossa base de dados para consultas.
Resposta Inmetro:
Informamos que, apesar de terem sido realizados ensaios para verificar o risco de choque eltrico durante a
introduo e a retirada do plugue na tomada, no est sendo considerada no conformidade das amostras
ensaiadas, em funo de os mesmos ainda estarem no prazo de adequao ao padro nacional (NBR 14.136). Cabe esclarecer que a Portaria Inmetro n 85 de 03 de abril de 2006 entrou em vigor desde a data de sua
publicao, havendo apenas um prazo de aproximadamente 45 meses para que os fabricantes e
importadores se adequassem.
Como j informado anteriormente, os resultados dessa anlise s tm a contribuir com dados que podem servir
de base para a elaborao de uma norma brasileira, especfica para filtros de linha, que vise melhoria desse
tipo de produto. Diante disso, o Inmetro considera relevante que os consumidores e os fabricantes tomem conhecimento desses resultados que, uma vez obtidos, devem necessariamente ser divulgados, como parte da
poltica de transparncia e publicidade na administrao pblica.
Quanto aos documentos de referncia utilizados na anlise, esclarecemos que foram considerados os requisitos
aplicveis ao produto em questo, considerando-se as partes que o compem e o princpio de funcionamento que o define como um "filtro de linha". Cumpre ressaltar que as informaes disponveis no produto,
direcionadas ao usurio, determinam a forma de utilizao do mesmo e que as partes que o compem - assim
como em qualquer circuito eltrico - devem ser dimensionadas de forma coerente, a fim de evitar uma sobrecarga e o consequente comprometimento da segurana eltrica do produto.
Ressalta-se a inteno da empresa em proceder com as adequaes informadas, o que contribui com um dos
objetivos do Programa de Anlise de Produtos: fornecer subsdios para que a indstria nacional melhore
continuamente a qualidade de seus produtos e servios.
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Programa de Anlise de Produtos 26
Marca H Primeiramente gostaramos de salientar que a empresa Marca H preza pela qualidade de seus produtos e a segurana do
consumidor. Sempre fomos comprometidos ao atendimento das legislaes, regulamentos e normas tcnicas vigentes no
Brasil. Citamos como exemplo nossa ampla linha de reatores eletrnicos e estabilizadores de tenso, devidamente certificados pelo Inmetro por longa data, sem retrospecto de problemas.
Em relao aos resultados preliminares obtidos, atravs de ensaios realizados em amostra do filtro de linha da Marca H,
temos as seguintes consideraes:
1. Conforme Resolues 2 e 11, do Conmetro, est prevista a utilizao compulsria de tomadas em aparelhos eltricos
conforme NBR 14136, a partir de 01.01.2010. Diante disto, estamos realizando significativos investimentos na construo
de novos ferramentais e adequando nossos processos produtivos, no intuito de atendermos aos novos critrios
estabelecidos. Desta forma, estamos comprometidos em buscar o atendimento esta legislao que est em curso, cujo
prazo final 01.01.2010.
2. Existe um grupo de trabalho dentro do CB-03 -Comit Brasileiro de Eletricidade, da ABNT.- Associao Brasileira de
Normas Tcnicas, elaborando norma especfica para estes produtos. Desta forma, no existem atualmente critrios
estabelecidos no Brasil para a realizao dos ensaios citados no relatrio.
3. Atualmente os filtros de linha fabricados pela empresa da Marca H atendem aos requisitos estabelecidos na Portaria n 27, de 18.02.2000, do Inmetro, conforme comprovado no prprio relatrio de ensaios enviado por esta nobre instituio,
onde no constam observaes de no conformidade destes requisitos.
Enaltecemos o trabalho que o Inmetro vem realizando, atravs do Programa de Anlise de Produtos, tendo o nosso total
apoio. Porm, diante dos fatos acima relatados, entendemos que houve um equvoco com a anlise de forma prematura
destes produtos, sem critrios devidamente estabelecidos ou utilizando critrios de resoluo que ainda no est em vigor.
Resposta Inmetro:
Informamos que, apesar de terem sido realizados ensaios para verificar o risco de choque eltrico durante a introduo e a retirada do plugue na tomada, no est sendo considerada no conformidade das amostras
ensaiadas, em funo de os mesmos ainda estarem no prazo de adequao ao padro nacional (NBR 14.136).
Cabe esclarecer que a Portaria Inmetro n 85 de 03 de abril de 2006 entrou em vigor desde a data de sua publicao, havendo apenas um prazo de aproximadamente 45 meses para que os fabricantes e
importadores se adequassem.
Como j informado anteriormente, os resultados dessa anlise s tm a contribuir com dados que podem servir de base para a elaborao de uma norma brasileira, especfica para filtros de linha, que vise melhoria desse
tipo de produto. Diante disso, o Inmetro considera relevante que os consumidores e os fabricantes tomem
conhecimento desses resultados que, uma vez obtidos, devem necessariamente ser divulgados, como parte da
poltica de transparncia e publicidade na administrao pblica.
Quanto aos documentos de referncia utilizados na anlise, esclarecemos que foram considerados os requisitos
aplicveis ao produto em questo, considerando-se as partes que o compem e o princpio de funcionamento
que o define como um "filtro de linha". Cumpre ressaltar que as informaes disponveis no produto, direcionadas ao usurio, determinam a forma de utilizao do mesmo e que as partes que o compem - assim
como em qualquer circuito eltrico - devem ser dimensionadas de forma coerente, a fim de evitar uma
sobrecarga e o consequente comprometimento da segurana eltrica do produto.
Marca F
Recebemos o relatrio de ensaio sobre nosso filtro de linha que veio em momento oportuno, pois estamos trabalhando
junto com nosso fornecedor no novo padro e as informaes contidas nesse relatrio so de grande valia para ns da
Marca F.
Referente ao laudo, ficamos felizes (mas no satisfeitos) com os resultados na sua grande maioria positivos e os que no
ficaram em conformidade estamos passando para nosso fornecedor, que ir fazer todas as modificaes necessrias a fim
de adequar nosso produto s normas estabelecidas.
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Programa de Anlise de Produtos 27
Resposta Inmetro:
Ressalta-se a inteno da empresa em proceder com as adequaes informadas, o que contribui com um dos objetivos do Programa de Anlise de Produtos: fornecer subsdios para que a indstria nacional melhore
continuamente a qualidade de seus produtos e servios.
Marca E
Como o prprio relatrio de ensaio menciona em suas observaes iniciais, no existe norma nacional especfica para
este produto e, portanto test-los sob critrios de alguma outra norma pode trazer distores em seus resultados bem
como exigir algumas caractersticas mnimas que no se aplicam ao produto e seu uso.
A norma referente a filtros de linha encontra-se em projeto e bastante diferente daquela que foi usada neste teste o que
refora nossa posio com relao ao erro conceitual de testar esses produtos luz da norma de Plugues e Tomada para
Uso Domstico e Anlogo. Nossos filtros de linha atendem aos requisitos estabelecidos na Portaria No. 27 de 18.02.2000 do INMETRO.
Nota 1: Todos os itens que compem o nosso filtro de linha e que so passveis de certificao esto de acordo com os
padres definidos, como destaca o relatrio de ensaio.
Nota 2: A Marca E est comprometida no atendimento legislao e est destinando vrios recursos para promover as
alteraes das tomadas de seus equipamentos no incio do ano de 2010.
Anlise dos resultados dos Ensaios:
Item 6.2: Diferentemente de um cordo prolongador, o filtro de linha possui elementos de proteo contra sobrecorrente,
calibrados para a menor corrente do conjunto como rezam as melhores prticas de projetos. Entendemos que essa
observao no vlida.
Item 10.1: O relatrio explicita que a amostra est isenta de ser submetida ao teste referente ao item 10.1. Estamos
empenhados em trocar as tomadas de nossos produtos no incio do ano de 2010 atendendo legislao brasileira.
Item 10.3: A insero unipolar do plugue aplica-se somente quando a tomada de ensaio for padro ABNT e esta ser
introduzida nos nossos produtos no incio de 2010.
Item 21: O fornecedor do item foi notificado para propor alteraes afim de minimizar a elevao de temperatura.
Item 22: Os resultados desse teste esto intimamente ligados geometria da tomada, que deve ser do padro ABNT e esta
ser introduzida nos nossos produtos no incio de 2010.
Item 25.1 e 28.1) Os testes de elevao de temperatura foram definidos para os cordes prolongadores que no contam
com um dispositivo de proteo de sobrecorrente como os que existem em filtros de linha e que limita o principal
causador da elevao de temperatura, portanto no concordamos com o resultado obtido neste teste.
Item 26.3: Em um filtro de linha as tomadas esto presas ao gabinete e projetadas para receber esforos sem prejuzo das
caractersticas fsicas ou eltricas. O requisito testado est baseado nos produtos do tipo cordo prolongador e no a um
filtro de linha. No identificamos, em vrias amostras analisadas, um risco de curto circuito interno em nossos
equipamentos conforme relatado.
Parte 2:
Item 1 : O filtro de linha testado oferece, de acordo com a sua embalagem, proteo contra surtos de sobretenso. O filtro
de linha testado fornece essa proteo entre FASE e NEUTRO.
Resposta Inmetro:
Esclarecemos que, no que diz respeito aos documentos de referncia utilizados na anlise, foram considerados os requisitos aplicveis ao produto em questo, considerando-se as partes que o compem e o princpio de
funcionamento que o define como um "filtro de linha". Cumpre salientar que as informaes disponveis no
produto, direcionadas ao usurio, determinam a forma de utilizao do mesmo e que as partes que o compem - assim como em qualquer circuito eltrico - devem ser dimensionadas de forma coerente, a fim de evitar uma
sobrecarga e o consequente comprometimento da segurana eltrica do produto.
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Programa de Anlise de Produtos 28
Cabe ressaltar que a Portaria Inmetro n 27 de 18 de fevereiro de 2000 trata das inscries obrigatrias, no
abrangendo requisitos de construo do produto, que deve garantir a segurana eltrica do usurio.
Informamos ainda que, apesar de terem sido realizados ensaios para verificar o risco de choque eltrico durante
a introduo e a retirada do plugue na tomada, no est sendo considerada no conformidade das amostras ensaiadas, em funo de os mesmos ainda estarem no prazo de adequao ao padro nacional (NBR 14.136).
Em relao aos testes de elevao de temperatura (referncia: itens 25.1 e 28.1 da NM 60884-1/2004), nos
quais o produto testado quanto resistncia ao calor e ao fogo, esclarecemos que as amostras no atenderam aos requisitos avaliados, a saber:
a) quando submetido temperatura de 100C, as amostras no devem sofrer qualquer alterao que prejudique
sua posterior utilizao ou que exponha as partes vivas (que podem causar choque eltrico) ou que torne
ilegveis as marcaes.
b) quando submetido temperatura de 850C, por contato com fio incandescente, os dispositivos que mantm
em posio as partes condutoras de corrente no podem se inflamar por perodo superior a 30s aps a remoo
do fio incandescente.
Marca I
Com relao analise do produto da Marca I LF 8D (Filtro de Linha Bivolt), realizado pelo Laboratrio Labelo da
Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, elenco os itens observados com parecer tcnico da Engenharia da Marca I Tecnologia Eletrnica.
A) Observaes parte 1: Ensaios aplicveis Segurana Eltrica - NBR NM 60884-1/04
Itens 8.2, 9.2, 10.1, 11.1, 25.2, 25.3 e 28.1.1:
Todas as NO CONFORMIDADES das tomadas sero sanadas a partir de 1 de janeiro de 2010 com a entrada da norma
NBR 14136 (Plugues e Tomadas para uso domstico e anlogo at 20A/250V em corrente alternada Padronizao),
conforme cronograma estabelecido pelo prprio INMETRO.
B) Observaes parte 2: Ensaios Gerais de Segurana
Item 1:
A Marca I no concorda com a NO CONFORMIDADE com relao aos locais de aplicao de surto de sobretenso
FASE-TERRA e NEUTRO-TERRA, por no existir nenhuma Norma de Filtro de Linha que determine a necessidade dessa
proteo.
Resposta Inmetro:
Em relao parte 2 (item 1) do laudo, informamos que o requisito avaliado no foi considerado como no
conformidade.
Ressalta-se, contudo, a inteno da empresa em proceder com as adequaes informadas, o que contribui com
um dos objetivos do Programa de Anlise de Produtos: fornecer subsdios para que a indstria nacional melhore
continuamente a qualidade de seus produtos e servios.
Marca C
Entendemos tratar-se de uma iniciativa importante e positiva, parabenizamos o INMETRO pela execuo de tal ao.
Entretanto, nos causa preocupao este tipo de ao visando coletar um produto no mercado ainda no contemplado em
norma tcnica vigente para ensaio em laboratrio antes de se reunir os fabricantes, discutir e publicar as devidas normas
tcnicas para o produto, e estabelecer prazos para adequao de fabricantes e comerciantes.
Entendemos que o produto Filtro de Linha no possui Norma Tcnica especifica para ensaio em laboratrio, o LABELO
utilizou no ensaio a norma tcnica...que mais se aproxima do produto, onde foram citados 82 itens, sendo avaliados 31
como Conforme, 07 como No Conforme e 44 como No Aplicveis. como ensaiar um forno eltrico baseado em norma
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Programa de Anlise de Produtos 29
tcnica de forno a gs so produtos semelhantes, mas no se pode afirmar no exemplo citado que o forno eltrico esta
Conforme ou No Conforme.
Os OCPs no sabem afirmar nem mesmo se as tomadas dos filtros de linha esto obrigadas a migrar para o novo padro.
Pareceu-nos que o relatrio cita normas que contemplam o novo padro brasileiro de tomadas, plugues e interruptores, e
adaptou ensaios em um produto no abrangido por estas normas;
Nosso produto Filtro de Linha vem crescendo ms a ms em vendas desde seu lanamento em 2006, quando um ponto de
vendas repete pedidos de determinado produto, significa que este produto esta girando e o ndice problemas com
reclamao e troca de produto baixo, e a relao custo beneficio para o consumidor esta satisfatria.
Lanamos este produto no ano de 2006, na poca em resposta a uma consulta nossa ao IPEM-SP em agosto/2006,
recebemos correspondncia informando que somente o plugue e o cordo deveriam atender as exigncias de certificao
compulsria, e o conjunto atender as exigncias da Portaria Inmetro 27/2000.
Do ponto de vista da ptica comercial desenvolvemos um produto totalmente fabricado nos pais para concorrer com os
importados chineses que dominam o mercado de filtro de linha no Brasil, mas atendendo as regras vigentes citadas
pelo IPEM-SP.
Desde 2006 nossa empresa vem conversando com Organismos Certificadores de Produtos visando realizao de
ensaios em nossa linha de Filtros de Linha, entretanto a resposta sempre foi no sentido de que no existe norma tcnica
especifica para este produto, e os ensaios seriam baseados em normas de produtos semelhantes, e um relatrio de
CONFIRMADADE no poderia ser emitido, pois o produto estaria Conforme ou No conforme com o que?
citado que o Programa referenciado foi precedido de discusses junto a ABINEE, entretanto, somos associados
ABINEE e no consta em nossos registros nenhuma convocao da ABINEE para tal atividade, j emitimos nesta data
correspondncia para o Sr. Humberto Barbato solicitando esclarecimentos.
Nossa empresa sempre participou ativamente de Comisses para estudo de Normas Tcnicas junto ao COBEI, citamos
como exemplo a elaborao da NBR-IEC para Eletrificadores de Cerca (coordenao da ECP), reviso da Norma
Tcnica de reatores eletrnicos e HID, reviso do RAC reatores eletrnicos, e mais recentemente implantao da CE no
COBEI para normas tcnicas de Alarmes, por isto nos chama ateno o nosso desconhecimento da discusso do referenciado Programa dentro da ABINEE;
Aes de conteno:
Registro de uma No Conformidade em nosso Sistema de Gesto da Qualidade, estabelecendo cronograma para:
a) Fechar contrato com laboratrio de ensaio visando esclarecer as 07 No Conformidades apresentadas, compreender e
avaliar seu nvel de risco ao consumidor, e definir cronograma de ao para elimin-las;
b) Montar grupo de estudo dentro do P&D para analisar as normas tcnicas semelhantes e os resultados dos ensaios, e
se necessrio definir novos processos e instrues operacionais para gigas de teste na linha de produo, bem como
ensaios por amostragem na rea da qualidade.
c) Atuar junto a ABINEE e COBEI para que seja estabelecida uma CE Comisso de Estudos para normas de Filtro de
Linha;
- Sugesto para aes do INMETRO:
a) Iniciar ao imediata atravs dos IPEMs estaduais visando retirar do mercado os produtos nacionais e principalmente
importados que no atendem nem mesmo a Portaria 27/2000 e as exigncias quanto a plugue e cordes. Os Filtros de
Linha mais vendidos ainda so os chineses, com cordo e plugue sem certificao;
b) Solicitar a ABINEE e ao COBEI para que seja estabelecida uma CE Filtro de Linha;
c) Incluir com a mxima urgncia este produto no plano de produtos com certificao compulsria;
Por fim, entendemos que conjuntamente temos como fazer o produto Filtro de Linha evoluir, e salientamos nossa
preocupao quanto divulgao pelo INMETRO destes ensaios atravs da mdia fazendo uso da nossa marca, pois
nossa empresa gera 593 empregos e luta para competir com os produtos chineses, o investimento para a construo de
nossa marca foi muito grande, nossa participao em adequao dos produtos s normas tcnicas vigentes sempre foi
ativa, e seria um desproposito e um desestimulo a indstria nacional o INMETRO lanar mo deste artifcio neste
momento.
Resposta Inmetro:
Esclarecemos que a inexistncia de uma norma brasileira especfica para o produto em questo no impede a
realizao da sua anlise no mbito do Programa de Anlise de Produtos do Inmetro, que uma iniciativa que tem como uma de suas diretrizes informar o consumidor sobre a tendncia de qualidade dos produtos
disponveis no mercado visando a induzir a melhoria da qualidade dos produtos e da competitividade da
indstria nacional. Cabe ressaltar que, havendo ou no uma norma brasileira, poltica do Inmetro participar entidades representativas do setor envolvido na etapa de elaborao da metodologia a ser empregada na anlise,
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Programa de Anlise de Produtos 30
momento em que possvel o setor contribuir para a mesma, desde que devidamente fundamentado. Essa
participao foi dada a partir do dia 18 de setembro de 2008, atravs do ofcio Dqual/Diviq n17.
Quanto aos documentos de referncia utilizados na anlise, esclarecemos que foram considerados os requisitos aplicveis ao produto em questo, considerando-se as partes que o compem e o princpio de funcionamento
que o define como um "filtro de linha". Cumpre salientar que as informaes disponveis no produto,
direcionadas ao usurio, determinam a forma de utilizao do mesmo e que as partes que o compem - assim como em qualquer circuito eltrico - devem ser dimensionadas de forma coerente, a fim de evitar uma
sobrecarga e o conseqente comprometimento da segurana eltrica do produto.
Esclarecemos tambm que a norma de referncia (NM 60884-1/2004 Plugues e tomadas para uso domstico e
anlogo) possui requisitos compatveis aos critrios de segurana aplicveis aos filtros de linha, porm no todos. Assim, os itens da norma que no eram aplicveis ao produto em questo no foram utilizados na
anlise. Ressaltamos ainda que as tomadas dos filtros de linha tambm devero estar de acordo com o padro
nacional, conforme item VII da Resoluo CONMETRO n 02 de 06 de setembro de 2007.
Informamos adicionalmente que os resultados dessa anlise s tm a contribuir com dados que podem servir de
base para a elaborao de uma norma brasileira, especfica para filtros de linha, o que facilitaria um possvel
processo de certificao do produto por parte dos fabricantes.
Lembramos ainda que essa anlise no tem carter de fiscalizao e sim de avaliar a tendncia de qualidade dos produtos disponveis no mercado; o Inmetro considera relevante que os consumidores e os fabricantes tomem
conhecimento desses resultados que, uma vez obtidos, devem necessariamente ser divulgados, como parte da
poltica de transparncia e publicidade na administrao pblica.
Ressalta-se, contudo, a inteno da empresa em proceder com as adequaes informadas, o que contribui com
um dos objetivos do Programa de Anlise de Produtos: fornecer subsdios para que a indstria nacional melhore
continuamente a qualidade de seus produtos e servios.
Marca K
Com participao ativa na elaborao do atual projeto de norma para Filtros de Linha, cujo texto encontra-se em anlise
no CB3, nosso entendimento com relao ao Relatrio de ensaios DPC 144/2009 que pela ausncia de Norma nacional
e Internacional especfica adoo da Norma NBR NM 60884-1/04 destinada a Plugues e tomadas para uso domstico
at pela falta de entendimento entre as partes - torna o critrio adotado questionvel. O relatrio prescreve como N/A
(no aplicvel) a maioria dos testes, e os realizados so pertinentes tomada cuja conformidade com a NBR 14136, a
partir de janeiro de 2010, invalida os resultados apontados.
Diante dessas observaes e da descontinuidade dos atuais modelos nos prximos meses, entendemos que este
diagnstico no reflete a tendncia da qualidade dos Filtros e, portanto, deve ter a sua veiculao evitada at que novos
testes embasados em Norma Especfica sejam realizados.
Isso posto, reforamos a importncia do trabalho conjunto que visa a melhoria da qualidade da indstria nacional.
Resposta Inmetro:
Quanto aos documentos de referncia utilizados na anlise, esclarecemos que foram considerados os requisitos
aplicveis ao produto em questo, considerando-se as partes que o compem e o princpio de funcionamento que o define como um "filtro de linha". Cumpre salientar que as informaes disponveis no produto,
direcionadas ao usurio, determinam a forma de utilizao do mesmo e que as partes que o compem - assim
como em qualquer circuito eltrico - devem ser dimensionadas de forma coerente, a fim de evitar uma
sobrecarga e o conseqente comprometimento da segurana eltrica do produto.
Alm disso, como j informado anteriormente, os resultados dessa anlise s tm a contribuir com dados que
podem servir de base para a elaborao de uma norma brasileira, especfica para filtros de linha, que vise
melhoria desse tipo de produto. Diante disso, o Inmetro considera relevante que os consumidores e os fabricantes tomem conhecimento desses resultados, os quais uma vez obtidos devem necessariamente ser
divulgados, como parte da poltica de transparncia e publicidade na administrao pblica.
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Programa de Anlise de Produtos 31
Marca D
Preliminarmente, desejamos manifestar nosso agradecimento ao INMETRO que, mais uma vez, vem contribuir, atravs
dos seus ensaios, para o alcance da excelncia dos produtos e servios colocados disposio do consumidor no mercado
nacional.
Tendo em vista o prazo para a nova padronizao, estaremos adequando nossos produtos. Esperamos, outrossim, que
uma normatizao especfica seja elaborada, notadamente para esse tipo de produto, o que facilitar e muito as nossas
adequaes.
Destacamos adiante, nossas Consideraes, pautando item por item considerado no conforme:
Parte 1 Ensaios Aplicveis Segurana eltrica NBR NM 60884-1/04.
Item 6.2
Norma Aplicada:
Num cordo prolongador a corrente nominal da tomada mvel no deve ser superior e a tenso nominal da tomada
mvel no deve ser inferior do plugue.
Resultado da Anlise:
a) A corrente nominal gravada em cada tomada (15) superior a corrente nominal do plugue (10) o que no atende o
requisito da norma. OBS.: Existe na parte posterior do invlucro do filtro de linha a gravao, CORRENTE MX. POR
TOMADA: 10 A.
b) A corrente nominal do interruptor (2/8) inferior a corrente dos demais componentes que apresentam como correntes
nominais 10 A, o que no atende o requisito da norma.
Nossas Consideraes:
necessrio ressaltar aqui, que a norma utilizada como parmetro de anlise no especfica para Filtros de Linha. Assim sendo, diante da inexistncia de norma nacional especfica para este produto, nossos argumentos ficam,
prejudicados.
Item 8.1
Norma Aplicada:
Os acessrios devem apresentar as seguintes marcas e indicaes:
- smbolo da natureza da corrente;
- o pas de origem.
Resultado da Anlise:
A amostra no apresenta a gravao do smbolo na natureza da corrente (~).
Referente ao pas de origem, identificamos a gravao: BRASIL.
Nossas Consideraes:
Embora o resultado da anlise no especifica em que acessrios, pegamos uma amostra similar e notamos que no plugue, tomada e porta fusvel encontra-se a gravao do smbolo.
Referente ao pas de origem: Informa o que encontrou, porm, no informa se conforme ou no. Nossa deduo que
est conforme.
Item 10.1
Norma Aplicada:
As partes sob tenso dos plugues no podem ser acessveis quando estes esto parciais ou totalmente introduzidos nas
tomadas.
Para o Brasil a condio parcialmente introduzida aplica-se somente quando a tomada de ensaio for padro ABNT).
Os acessrios constitudos de materiais termoplsticos ou elastmeros suscetveis de influenciar os resultados so
submetidos a um ensaio adicional temperatura ambiente de (35 +/_ 2) C, estando o acessrio tambm a referida
temperatura.
Durante o ensaio suplementar, o acessrio assim como o dispositivo de montagem que lhe est associado, no deve
apresentar deformao tal que as dimenses indicadas na padronizao adotada e com implicaes de segurana sofram
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Programa de Anlise de Produtos 32
alteraes significativas; as partes vivas no devem ficar acessveis.
-indicador eltrico de tenso: 47V; Temperatura do ensaio: 35 C; Fora aplicada nos acessrios: 75 N; F. entradas.
Destacveis:- --N.
Resultado da Anlise:
No so tomadas padronizadas NBR 14136, logo no tem dimensional especfico a ser avaliado, no entanto, durante a
realizao do ensaio observamos uma deformao no invlucro conforme ilustra a figura 9, e foi possvel acessar as
partes vivas da amostra (logo o requisito sob avaliao no atendido).
Nossas Consideraes:
Estamos atendendo os prazos. Conforme a Resoluo n 02, de 6 de setembro de 2.007 que, no seu art. 2, VII prev o prazo de at 01 de janeiro de 2.010 para adequao s novas diretrizes. Portanto, a anlise realizada no serve de
parmetro, j que a tomada no corresponde ao padro novo, apenas contribui como ateno s novas melhorias e
modificaes que devero ser introduzidas.
Item 10.3:
Norma Aplicada:
No deve ser possvel estabelecer ligao entre um pino de um plugue e o contato vivo de uma tomada enquanto
qualquer outro pino permanece acessvel
Resultado da Anlise:
Tendo em vista que a amostra constituda de tomadas construdas segundo a antiga pagranizao, verificamos que
possvel realizar a insero unipolar de pugles na amostra em questo, ver figura 10.
Apesar da nota 1 isentar a amostra em questo de ser submetida ao respectivo teste (pois a mesma no padronizao
NBR 14136), trata-se de uma situao de risco eminente de choque eltrico, por isto o ensaio foi realizado.
Nossas Consideraes:
O padro antigo no permite esta situao. A anlise foi realizada levando-se em conta o plugue com o padro novo,
numa tomada construda para o plugue da padro antigo.
Assim, utiliza-se de estruturas antigas.
Item 19
Norma Aplicada:
Os acessrios devem ser construdos de forma a satisfazerem ao seguinte ensaio de elevao de temperatura.
A elevao de temperatura dos bornes no deve exceder 45K. corrente de ensaio: 10; - Durao do ensaio: 1h.
Resultado da Anlise: Conforme.
Nossas Consideraes:
Nenhum teste ultrapassou o limite de 45K. Portanto, dentro das normas.
Item 21:
Norma Aplicada:
A elevao de temperatura dos bornes no deve exceder 45K. Corrente de ensaio: 10,0 A; - Durao do ensaio: 1h.
Resultado da Anlise: Conforme.
Nossas Consideraes:
Nenhum teste ultrapassou o limite de 45K. Portanto, dentro das normas.
Item 25.1:
Norma Aplicada:
Durante o ensaio, as amostras no devem sofrer qualquer alterao prejudicial sua utilizao posterior e a eventual
massa de enchimento no deve escorrer a tal ponto que fiquem expostas partes vivas. Temperatura do ensaio: 100 C.
Aps o ensaio, deixa-se resfriar as amostras at a temperatura ambiente. Aplicando-se dedo de prova normatizado com uma fora no excedendo 5 N, no deve ser possvel o acesso s partes vivas normalmente inacessveis quando os
acessrios esto montados em condies normais de utilizao.
No final do ensaio, as marcaes devem permanecer legveis.
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Programa de Anlise de Produtos 33
As partes de material isolante que suportam peas condutoras de corrente e peas do circuito de proteo, assim como as
peas de material termoplstico situadas sobre a superfcie frontal em uma regio de 2mm de largura em redor dos
orifcios de entrada dos pinos fase e neutro das tomadas e no caso de plugues no desmontveis na regio de 2mm ao
redor dos pinos, devem ser submetidas a um ensaio de esfera, por meio do dispositivo representado na figura 27, com
exceo das partes isolantes que em uma caixa suportam os bornes terra, que so submetidos ao ensaio de 25.3.
Mede-se o dimetro da impresso provocada pela esfera, o qual no deve exceder 2mm. Temperatura do ensaio: 125
C; Fora aplicada: 20 N; Durao: 1h; Tempo de imerso em gua: 10s.
Resultado da Anlise:
Aps o ensaio verificamos que a amostra sofreu alteraes que impedem o seu uso posterior, no entanto, no possvel acessar as partes vivas da respectiva (ver figura 11 e 12).
Nossas Consideraes:
Conquanto no ter sido possvel utilizar o filtro, a parte viva ficou inacessvel. Reafirmamos aqui nosso constante
compromisso de estarmos nos empenhando para a melhora de nossos produtos, embora no haja norma especifica.
Item 25.2: - Conforme
Item 25.3:- Conforme
Item 28.1.1:
Norma Aplicada:
Ensaio de fio incandescente: Partes: - necessrias para manter em posio as partes condutoras de corrente;
Temperatura de ensaio: 850C. no necessrias para manter em posio as partes condutoras de corrente; Temperatura
de ensaio: 650C. Considera-se que a amostra satisfaz o ensaio de fio incandescente se: - No detectada qualquer
chama nem incandescncia prolongada, ou AS chamas e a incandescncia na amostra se nos extinguem 30s subseqentes remoo do fio incandescente. O papel de sede no deve se inflamar e a placa de pinho no deve ficar chamuscada.
Resultado da Anlise:
Mdulo Tomada No conforme
Nossas Consideraes:
Utilizou-se um filtro de linha antigo, que est saindo do mercado.
Apenas para informao, foi trocado o fornecedor, sendo efetuadas significativas melhorias para os novos filtros de
linhas.
Item 14.11:
Norma Aplicada:
Item 14.11 - O modo de realizar a proteo contra a trao e a toro do cabo deve ser fcil de reconhecer; O dispositivo
de amarrao do cabo, ou pelo menos um dos seus componentes, deve ser incorporado ou fixo de forma permanente a uma das partes constituintes do plugue ou da tomada mvel; Os dispositivos de amarrao do cabo devem ser de material
isolante ou providos de um revestimento isolante fixo s partes metlicas.
Item 23.1 Os plugues e tomadas mveis devem ser equipados com um dispositivo de amarrao do cabo de tal modo que
os condutores fiquem protegidos contra esforos, incluindo toro, quando os condutores esto ligados aos bornes ou
terminaes e que o seu revestimento esteja protegido contra a abraso.
Resultado da Anlise:
Verificamos que o sistema de ancoragem no eficaz, pois possvel tanto empurrar o cabo para dentro do invlucro
quanto puxar o respectivo para fora, isto fatalmente ir causar esforos mecnicos nas conexes internas dos condutores
o que no permitido pelo norma.
Nossas Consideraes:
Embora as particularidades das amostras foram detectadas atravs de inspeo visual, sem utilizao de mtodos de ensaio, estaremos verificando e nos adequando ao que for necessrio.
Item 26.3:
Norma Aplicada:
As conexes eltricas devem ser concebidas de forma que a presso de contato no seja transmitida atravs de material
isolante que no seja cermica, mica pura ou outro material de caractersticas pelo menos equivalentes, a menos que a
eventual contrao ou resilincia do material seja compensada por uma elasticidade adequada das partes metlicas. De
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Programa de Anlise de Produtos 34
acordo com a norma, apresso de contato nas conexes eltricas das tomadas no deve ser transmitida atravs de
material isolante.
Resultado da Anlise:
Na amostra ensaiada quando um plugue com pinos chatos introduzido, os pinos so pressionados de um lado pelo
contato eltrico (parte condutora) e pelo outro lado so apoiados no material isolante da base da tomada.
Identificamos aps os ensaios, que nas conexes internas entre os componentes existem soldas frias com mau contato
eltrico, ou seja, fios com soldas que esto apenas encostados nos pontos em que deveriam estar devidamente fixados.
Nossas Consideraes:
Conforme j exposto, no existe uma norma especifica para esse produto, assim, no temos referncia para a escolha do melhor conector. Porm, baseado no relatrio iremos verificar e achar uma melhor alternativa para as conexes.
Parte 2 - Ensaios Gerais de Segurana
Item 1
Norma Aplicada:
Surto de sobre tenso: Os elementos de proteo contra trnsientes de tenso, que nos filtros de linha so os varistores,
vm atuar adequadamente quando as tenses de rede excedem os limites normais.
Resultado da Anlise:
Fase e Terra: No conforme, o filtro no possui proteo entre fase e terra.
Neutro e terra: No conforme, filtro no possui proteo entre neutro e terra.
Nossas Consideraes:
Conforme j exposto, no existe uma norma especifica para esse produto.Porm, baseado no relatrio iremos verificar e
achar uma melhor alternativa.
Parte 3 Portaria n 27, de 18 de fevereiro de 2.000
Artigo 21 e 18:
Norma Aplicada:
Artigo 21 - Os filtros de linha, incluindo os injetados, devero atender, individualmente, ao especificado nos artigos 17,
18 e 19, e conter a expresso potncia mxima do conjunto e sua indicao em Volt Ampre (VA) ou carga mxima,
ou corrente mxima, do conjunto, e sua indicao em ampre(A).
Artigo 18 As tomadas mltiplas, internamente interligadas, constitudas apenas de tomadas fmeas, devero ter as
seguintes indicaes: a) o nome, a marca ou o logotipo do fabricante; b) a tenso a que se destinam em Volt (V), marcada
opcionalmente em cada tomada; c) a corrente nominal em Ampre (A), marcada opcionalmente em cada tomada.
Pargrafo nico Dever conter tambm a expresso potncia mxima do conjunto e sua indicao em Watt (W) ou
carga mxima, ou corrente em Ampre (A).
Resultado da Anlise:
Referente ao artigo 21 As gravaes do filtro (marcaes no invlucro) atendem os requisitos do artigo, no entanto
quanto aos requisitos dos componentes do filtro, ver tambm resultados dos artigos 17 e/ou 18, conforme abaixo.
Referente ao artigo 18 A tomada mltipla (que um mdulo independente) no apresente a expresso potncia
mxima do conjunto e sua indicao em Watt (W) ou carga mxima, ou corrente mxima s conjunto.
Nossas Consideraes:
A informao marcada no invlucro, indicando a potncia mxima total do conjunto. Porm, estaremos verificando a
marcao nos componentes e nos adequando.
Resposta Inmetro:
Esclarecemos que a inexistncia de uma norma brasileira especfica para o produto em questo no impede a
realizao da sua anlise no mbito do Programa de Anlise de Produtos do Inmetro, que uma iniciativa que
tem como uma de suas diretrizes informar o consumidor sobre a tendncia de qualidade dos produtos disponveis no mercado visando a induzir a melhoria da qualidade dos produtos e da competitividade da
indstria nacional. Cabe ressaltar que, havendo ou no uma norma brasileira, poltica do Inmetro participar
entidades representativas do setor envolvido na etapa de elaborao da metodologia a ser empregada na anlise,
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Programa de Anlise de Produtos 35
momento em que possvel o setor contribuir para a mesma, desde que devidamente fundamentado. Essa
participao foi dada a partir do dia 18 de setembro de 2008, atravs do ofcio Dqual/Diviq n17.
Quanto aos documentos de referncia utilizados na anlise, esclarecemos que foram considerados os requisitos aplicveis ao produto em questo, considerando-se as partes que o compem e o princpio de funcionamento
que o define como um "filtro de linha". Cumpre salientar que as informaes disponveis no produto,
direcionadas ao usurio, determinam a forma de utilizao do mesmo e que as partes que o compem - assim como em qualquer circuito eltrico - devem ser dimensionadas de forma coerente, a fim de evitar uma
sobrecarga e o consequente comprometimento da segurana eltrica do produto.
Quanto aos resultados relativos ao item 8.1 da norma de referncia, informamos que a no conformidade sobre
a identificao do pas de origem est sendo desconsiderada, embora a marcao Brasil no seja muito clara sobre a identificao da procedncia da fabricao. Ainda sobre esse item, reafirmamos a ausncia da marcao
~ junto indicao da corrente nominal, presente no corpo do produto, conforme a figura 5 que consta no
relatrio de ensaio.
Informamos ainda que, apesar de terem sido realizados ensaios para verificar o risco de choque eltrico durante
a introduo e a retirada do plugue na tomada, no est sendo considerada no conformidade das amostras
ensaiadas, em funo de os mesmos ainda estarem no prazo de adequao ao padro nacional (NBR 14.136).
Ressalta-se, contudo, a inteno da empresa em proceder com as adequaes informadas, o que contribui com um dos objetivos do Programa de Anlise de Produtos: fornecer subsdios para que a indstria nacional melhore
continuamente a qualidade de seus produtos e servios.
AAss ddeemmaaiiss eemmpprreessaass nnoo ssee ppoossiicciioonnaarraamm ssoobbrree ooss rreessuullttaaddooss..
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Programa de Anlise de Produtos 36
99.. PPOOSSIICCIIOONNAAMMEENNTTOO DDAA AASSSSOOCCIIAAOO BBRRAASSIILLEEIIRRAA DDAA IINNDDSSTTRRIIAA EELLTTRRIICCAA EE
EELLEETTRRNNIICCAA -- AABBIINNEEEE
Fazendo referncia ao Programa de Anlise de Produtos - Filtro de Linha queremos, inicialmente, agradecer
sua concordncia em prorrogar o prazo para pronunciamento dos fabricantes em relao aos resultados
preliminares obtidos, do dia 11/07/09 para 17/07/09. Informamos que a Abinee realizou hoje, dia 15, reunio com suas empresas associadas, cujo produto foi objeto
de teste dentro do programa acima citado, para avaliao do assunto, tendo os seguintes comentrios:
1. Conforme j foi manifestado anteriormente por meio da nossa carta 2040008, de 23.10.08 (em anexo)
alertamos que est constitudo um grupo, dentro do CB-03 Eletricidade/ABNT, encarregado de elaborar uma
norma tcnica especfica para extenso/filtro de linha/protetor. A utilizao da norma de plugues e tomadas
para ensaiar filtro de linha no adequada, pois muitos dos ensaios no so aplicveis.
2. Na op