Filtros sinais
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CEA 562
SINAIS E SISTEMAS
TRANSFORMADA DE LAPLACE, FUNÇÃO
DE TRANSFERÊNCIA E FILTROS
Experimento: Aula Prática 3
Data de entrega: Segunda, 29 de Junho de 2015
Professora: Sarah Negreiros
Aluno(a): Douglas Monteiro – EE Matrícula: 11.2.8041
Rhivison Dornelas – EC 13.1.8465
Sabrina Fermano – EC 13.1.8474
ÍNDICE
Introdução ................................................................................................................................. 3
Objetivo ..................................................................................................................................... 3
Prática e Discussão ................................................................................................................... 3
Conclusão .................................................................................................................................. 9
Referências ................................................................................................................................ 9
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Figura 1 - Circuito Proposto
1. INTRODUÇÃO
Na teoria de Controle, muitas vezes para a construção de um sistema é necessário
modelar a ‘caixa preta’ que vai relacionar o sinal de entrada e saída do mesmo. Essa relação
entre os sinais de output e input, chamada de função de transferência, pode fornecer
preciosas informações quanto às características do circuito a ser construído. Essa função –
que somente pode ser aplicada a um sistema linear invariante no tempo, LIT - é definida
como a relação da transformada de Laplace da saída (função resposta) para a transformada
de Laplace da entrada (função excitação), considerando-se nulas todas as condições iniciais
nulas. Cada função de transferência corresponde a um determinado tipo de filtro. Neste trabalho
serão abordados dois filtros passivos, passa-baixa e passa-faixa, dado um mesmo circuito RLC.
2. OBJETIVO
O foco deste trabalho estará em descrever e analisar analítica e simuladamente as
funções de transferência de um dado circuito para diferentes casos, quando é calculada a
função de transferência de admitância e a função de ganho de tensão.
3. PRÁTICA E DISCUSSÃO
Nesta prática, foi considerado o circuito abaixo, considerando-se os valores R = 3 Ohms,
L = 1H, C = ½ F.
Para encontrar a função de transferência de ganho de tensão, 𝐻(𝑠), foi utilizado o
método da impedância e da divisão de tensão. Sabe-se que a função de transferência
saída/entrada, ou seja, 𝑌(𝑠)/𝑋(𝑠), pode ser calculada aplicando-se a divisão de tensão no
terminal do capacitor, assim, tem-se que:
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Figura 2 – Representação da Função de Transferência H(s) no Simulink
Gráfico a.1 - Saída y(t) no SCOPE
a)
𝑌(𝑠) = 𝑋(𝑠) 1 𝑠𝐶⁄
1 𝑠𝐶⁄ + 𝑠𝐿 + 𝑅 →
𝑌(𝑠)
𝑋(𝑠) =
1 𝑠𝐶⁄
1𝑠𝐶 + 𝑠𝐿 + 𝑅
𝑌(𝑠)
𝑋(𝑠) =
1
𝑠2𝐿𝐶 + 𝑠𝑅𝐶 + 1 → 𝐻(𝑠) =
1/𝐿𝐶
𝑠2 +𝑠𝑅𝐿
+ 1
𝐿𝐶
Como R = 3, L = 1H, C = ½ F, encontra-se
𝐻(𝑠) = 2
𝑠2 + 3𝑠 + 2
Esta equação encontrada será a responsável por modelar o circuito no simulink. Ao invés
de construir o circuito RLC acima pode-se usar a função “Transfer” e assim obter o sinal de
saída y(t) medido no capacitor. Uma vantagem da função de transferência é poder testar,
simular vários valores de entrada e analisar a saída correspondente.
Montando os blocos de simulação referentes à Função H(s), encontra-se o resultado no
Gráfico a.1 obtido no osciloscópio:
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Gráfico a.2 - Diagrama de Polos e Zeros
No gráfico acima, podemos observar como a tensão no capacitor varia em função do
tempo. Esse resultado é mais do que esperado, sabendo-se que um capacitor não tem
carregamento instantâneo. A vantagem da função de transferência é poder testar vários
valores de entrada x(t) e analisar as saídas correspondentes y(t), para o dado sinal.
Função H(s)
Através da análise do diagrama de polos e zeros, no Gráfico a.2 abaixo, da função de
ganho de tensão, pode-se verificar que este é um sistema causal e estável, pois todos os
polos encontram-se à esquerda do eixo 𝑗𝜔, possuindo assim, necessariamente, uma região
de convergência a direita do polo mais à direita e incluindo o eixo 𝑗𝜔. Analisando o gráfico,
RDC em que o sistema é estável e causal é 𝜎 > −1.
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Gráfico a.3 – Função de Transferência H(s) – Filtro Passa-Baixas
Como o gráfico a.3 acima deixa claro, vê-se que o dado circuito com o ganho de tensão
medido no capacitor de um circuito RLC retorna um Filtro Passa-Baixas. Para esse dado
tipo de filtro, a frequência de corte é definida de tal modo que 𝜔𝑐 = 1
√2. Assim, para esse
caso, tem-se:
𝐻(𝑠) = 2
𝑠2 + 3𝑠 + 2 → 𝐻(𝑗𝜔) =
2
(𝑗𝜔)2 + 3𝑗𝜔 + 2 →
|𝐻(𝑗𝜔)| = 2
√(2 − 𝜔)2 + (3𝜔)2 =
1
√2 → 10𝜔2 − 2𝜔 + 6 = 0
A frequência de corte é então 𝜔𝑐 =1
10+
√7
10 rad./s. Frequências acima da estabelecida
por 𝜔𝑐 são atenuadas e somente as abaixo dessa marca são permitidas. Como não devia
deixar de ser, foi encontrada uma baixa frequência para o dado filtro. Isso se deve ao fato
de o filtro ser um filtro de 2ª ordem. Quanto maior a ordem de um filtro, melhor se torna a
aproximação de um filtro ideal, ou seja, mais “quadrada” a onda se torna.
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Figure 2 - Aplicando a Lei de Kirchhoff
Figura 4 – Representação da Função de Transferência T(s) no Simulink
b)
Aplicando a Lei da malha de Kirchhoff, temos:
Sabendo da relação V(s) = Z.I(s), pode-se escrever Y(s) = (1/sC).I(s), assim:
−𝑋(𝑠) + 𝐼(𝑠)𝑅 + 𝐼(𝑠)𝑠 + 𝑌(𝑠) = 0 → 𝑋(𝑠) = 𝐼(𝑠)𝑅 + 𝐼(𝑠)𝑠 + 𝑌(𝑠)
𝑋(𝑠) = 𝐼(𝑠)𝑅 + 𝐼(𝑠)𝑠 +1
𝑠𝐶𝐼(𝑠) →
𝑋(𝑠)
𝐼(𝑠)= 𝑅 + 𝑠 +
1
𝑠𝐶
Como R = 3, L = 1H, C = ½ F, encontra-se
𝑇(𝑠) =𝑋(𝑠)
𝐼(𝑠)=
2𝑠
𝑠2 + 2𝑠 + 4
Essa é a função de transferência que relaciona a saída i(t), nesse caso a corrente do
circuito, e a tensão de entrada x(t).
Montando no simulink o circuito referente à Função T(s), encontra-se o resultado no
Gráfico 4 obtido no osciloscópio:
I(t)
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Gráfico b.1 – Saída i(t) no SCOPE
O gráfico b.1 acima mostra a saída da corrente sobre a tensão de entrada x(t). Vê-se que
a corrente cresce exponencialmente até o valor máximo de 0.6 A, quando o capacitor
assume seu valor máximo de carregamento. Quando o capacitor está carregado, ele passa a
se comportar como um circuito aberto, sendo assim, não haverá mais passagem de corrente
pelo circuito. Isso é exatamente o que ocorre no gráfico acima. A partir de um dado instante,
a corrente cai, chegando a 0 A. Da mesma forma que na letra a), podemos testar vários
valores de entrada x(t) e analisar as saídas correspondentes y(t), para o dado sinal.
Função T(s)
Analisando o diagrama de polos e zeros da função de transferência de admitância, pode-
se verificar que este também é um sistema causal e estável, pois todos os polos encontram-
se à esquerda do eixo 𝑗𝜔, possuindo assim, necessariamente, uma região de convergência
a direita do polo mais à direita e incluindo o eixo 𝑗𝜔. Pelo gráfico, a RDC em que o sistema
é estável e causal é 𝜎 > −1.
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Gráfico b.2 – Diagrama de Polos e Zeros – T(s)
Gráfico b.3 – Função de Transferência T(s)
Pela análise do gráfico b.3 abaixo é possível perceber o comportamento de Filtro Passa-
Faixa da função de transferência I(s)/X(s). Isso significa que o filtro permitirá a passagem
de até uma determinada faixa de frequência na corrente, atenuando frequências indesejadas.
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A composição de um filtro passa faixa é governada pela equação geral:
𝐻(𝑠) =𝑘𝑠
𝑠2 + 𝑎𝑠 + 𝑏= =
𝜔𝑜𝑠
𝑠2 + 𝑠𝜔𝑜 + 𝜔𝑜2
= 2𝑠
𝑠2 + 2𝑠 + 4
Onde 𝜔𝑜 é a frequência central do filtro e B é banda dada por 𝐵 = 𝜔𝑐2 − 𝜔𝑐1 . Da
relação acima, 𝜔𝑜 designa a frequência central de oscilação. Assim:
𝜔𝑜 = √4 = 2
De posse de 𝜔𝑜 podemos encontrar as frequências de corte 𝜔𝑐1 e 𝜔𝑐2, que são dadas
pelas seguintes relações,
𝜔𝑐1 =𝑎 + √𝑎2 + 4𝑏
2=
2 + √4 + 16
2 𝑒 𝜔𝑐2 =
−𝑎 + √𝑎2 + 4𝑏
2=
−2 + √4 + 16
2
Logo,
𝜔𝑐1 = 1 + √5 = 3.23 𝑒 𝜔𝑐2 = −1 + √5 = 1.23
4. CONCLUSÃO
Nesta prática ficou evidente a grande utilidade em se ter conhecimento das funções de
transferência de um circuito. A partir dela pôde-se concluir que a função de transferência é
uma propriedade de um sistema em si. E que, independente da magnitude e da natureza da
entrada ou da função excitação, ela inclui as unidades necessárias para relacionar a entrada
à saída. No entanto, H(s) não fornece qualquer informação da estrutura física do sistema,
onde as funções de transferência de inúmeros sistemas físicos podem ser idênticas. Foi
possível também fazer a análise de causalidade e estabilidade do sistema e assim poder
planejar de forma mais eficiente a “caixa preta” do sistema.
5. REFERÊNCIAS
[1]. LATHI, B. P. Linear Signals and Systems. 2nd Edition. Oxford University
Press Oxford, UK.
[2]. OPPENHEIM, A. V.; WILLSKY, A. S. e NAWAB, H. Signals and Systems.
2nd International Edition. Prentice Hall, NJ.