Final - Trabalho Biologia

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Os cinco sentidos Biologia do Envelhecimento Gerontologia Social 1º Semestre, 1º Ano 2012/2013 Docente: Susana Silveira Discentes: 2012618 - Andréa Damas 2012616 - Joana Rocha 2011333 - Luísa Mano Brandão 2012157 - Patrícia Clemente 2011227 - Sara Duarte

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Algumas patologias decorrentes das aulas de Biologia do Envelhecimento da licenciatura em Gerontologia Social

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Os cinco sentidos Biologia do Envelhecimento Gerontologia Social 1 Semestre, 1 Ano 2012/2013 Docente: Susana Silveira Discentes: 2012618 - Andra Damas 2012616 - Joana Rocha 2011333 - Lusa Mano Brando 2012157 - Patrcia Clemente 2011227 - Sara Duarte 1 ndice Introduo .............................................................................................................................. 2 1.A viso ........................................................................................................................... 3 1.1.Propriedades/Caratersticas anatmicas ................................................................ 3 1.2.Funcionamento do rgo ......................................................................................... 8 1.3.Funcionamento Celular ............................................................................................. 9 1.4.A Viso e os outros Sistemas .................................................................................. 11 2.A Audio.................................................................................................................... 12 2.1.Propriedades/Caratersticas Anatmicas ................................................................ 13 2.2.Funcionamento do rgo ........................................................................................ 19 2.3.A Audio e os outros Sistemas ............................................................................. 23 3.O Olfato ....................................................................................................................... 25 3.1.Propriedades/Caractersticas Anatmicas .............................................................. 25 3.2.Funcionamento do rgo ........................................................................................ 27 3.3.O Olfato e os outros Sistemas ................................................................................. 29 4.O Paladar ..................................................................................................................... 30 4.1.Propriedades/Caratersticas Anatmicas ................................................................ 30 4.2.Funcionamento Celular ........................................................................................... 32 4.3.Funcionamento do rgo ........................................................................................ 35 4.4.O Paladar e os outros Sistemas ............................................................................... 36 5.O Tato .......................................................................................................................... 39 5.1. Propriedades/Caratersticas Anatmicas ................................................................ 39 5.2.Funcionamento do rgo/ Funcionamento Celular............................................... 43 5.3.O Tato e os outros Sistemas .................................................................................... 46 6.O Envelhecimento e os Sentidos................................................................................ 50 6.1.Viso ......................................................................................................................... 50 6.2.Audio .................................................................................................................... 52 6.3.Olfato ........................................................................................................................ 54 6.4.Paladar ...................................................................................................................... 55 6.5.Tato ........................................................................................................................... 57 Concluso ............................................................................................................................ 58 Bibliografia .......................................................................................................................... 59 2 Introduo Osgostos,oscheiros,astexturas,asmsicaseasvises.Jparoupara imaginar sua vida sem alguma dessas sensaes? Embora poucos deem o devido valor, o olfato, o paladar, o tato, a viso e a audio so importantssimos em qualquer fase da vida. (Ramos, 2012) NombitodaunidadecurriculardeBiologiadoEnvelhecimentofoipropostoa elaboraodeumtrabalhodegrupocujotemargosdosSentidos.Estesso rgossensoriaisdocorpo,altamenteespecializadoscadaumcommuitosrecetores. Entre os quais destacam-se: o nariz, a lngua, os olhos, os ouvidos e a pele. Aolongodestetrabalhoseroelaboradosvriostpicosrelacionadoscomesta temtica,entreeles,aspropriedadesanatmicasecaratersticasdecadargo;o respetivofuncionamento;asalteraesqueocorremaolongodoprocessode envelhecimento e a sua relao com os outros sistemas de rgos. Oobjetivofulcraldestetrabalhoconsistenaperceodasalteraesque ocorremaolongodoprocessodeenvelhecimentoparaaaquisiodeconhecimentos pertinentes como futuras gerontlogas. Destemodo, torna-se imprescindvel reconhecer a importnciae a utilidadedos cinco sentidos ao longo de todo o ciclo vital para a interpretao do mundo em redor. 3 1. A viso Estergoresponsvelpelosentidodaviso.Pode caraterizar-secomoumaesferaquemedeaproximadamente 2,5centmetrosdedimetro(Annimo,s/d)eestlocalizado nacavidadesseado crnio, que temonome derbitra. Tem comotarefaconverterondasdeluzemimpulsoseltricos, quer sejam elas emitidas ou refletidas por objetos, enviando-os aocrebro.Todasasinformaesfornecidasporestergo fotorrecetor,temumpapeldeterminanteparaainterpretao do Mundo de cada ser humano. (Annimo, s/d) 1.1. Propriedades/Caratersticas anatmicas - Estrutura externa Cavidade orbitria Msculos oculares externosMsculos ExtrnsecosConjuntodeseismsculosresponsveispelo movimentodosolhos.Doseutrabalho sincronizado, resulta a movimentaosimultnea dos olhos. Conjuntiva - Membrana transparente que revesteaparteanteriordoolhoeasuperfcie interior das plpebras. Aparelholacrimal-Algrima produzida pelas glndulas lacrimais. Fig. 1 Olho de Horus (Annimo, 2009) Fig. 2 - Estrutura externa do olho (Cavidade orbitria com a localizao dos msculos externos do olho) (Culclasure D. F., 1973) 4 - Aparncia externa do olho Sobrancelhas So pores de pelos que protegem o olho, nomeadamente do suor. Clios - So pelos localizados margem da plpebra e servem para proteger o olho de possveis perigos suspensos no ar, como por exemplo a poeira e a luz intensa. Plpebras - Consideradas anexos oculares, tem como funo proteger o olho na sua parte mais anterior. Atravs da sua movimentao (piscar), espalha a lgrima produzida pelas glndulas lacrimais, umedecendo e nutrindo a crnea e retirando substncias estranhas que tenham alcanado o olho. Esclertica considerado o Branco do olho, sendo uma camada fibrosa do globo ocular que d firmeza ao mesmo tempo que mantem a forma, protegendo as outras duas camadas mais sensveis. Carncula uma pequena formao de cor vermelha situada no canto interno do olho. Iris considerada a parte colorida do olho que consiste de fibras musculares lisas pigmentadas radiais e circulares que funcionam como um diafragma. Pupila um orifcio no centro da iris, que controla a quantidade de luz que entra no interior do olho. Prega semilunar Canto externo

(Annimo, s/d) Fig. 3 Aparncia externa do Olho (Culclasure D. F., 1973) 5 - Estruturas Internas - Camadas do globo ocular Externa ProtetoraEsclertica - considerado o Branco do olho, sendo uma camada fibrosa do globo ocular que d firmeza ao mesmo tempo que mantem a forma, protegendo as outras duas camadas mais sensveis. Crnea - Parte anterior da esclertica, funciona como uma lente fotogrfica, os raios luminosos que incidem sobre ela so focalizados atrs da retina com o auxlio do cristalino, para ajustar o foco.Mdia VascularCoroide - Parede membranosa, interna esclertica. Possui intensa pigmentao que evita a entrada no olho dos reflexos luminosos que venham a interferir na viso. Corpo Ciliar - formado pelo espessamento da coride, e dispe-se mais ou menos como um colar na regio compreendida entre a margem anterior da retina e a posterior da iris.Interna - Nervosa Retina - Constitui a camada mais intensa do olho. responsvel pela transmisso das imagens recebidas pelo crebro, atravs do nervo tico. Esta camada formada por um tecido nervoso, sendo este constitudo por clulas especializadas (bastes e cones).(Annimo, s/d) - Aparelho Lacrimal Glndula lacrimal Saco lacrimalCondutos lacrimais (superior e inferior) Pontos lacrimais (superior e inferior) Canais nasolacrimais - pequenos tubos estendem-se dos sacos lacrimais para a fossa nasal. Prega lacrimalOsso lacrimal 6 Processo: 1.As lgrimas escoam da glndula lacrimal para a conjuntiva por intermdio dos orifcios (condutos lacrimais) 2.Dois canais lacrimais (orifcios chamados de pontos lacrimais) acima e abaixo da carncula) esvaziam a lgrima do olho para o saco lacrimal.3.O saco lacrimal fica numa depresso do osso lacrimal. (Culclasure, s/d) - Meios de refrao do Olho Funo Curvam os raios luminosos para que eles sejam focados na retina. Humor aquoso Substncia lquida e transparente, localizada no espao entre a crnea earis.Nutreacrneaeocristalino,sendotambmresponsvelporregularapresso interna do olho. Preenche a cavidade anterior ao cristalino. segregado pelos processos ciliarese,emcondiesnormaisdesade,absorvidoemquantidadeproporcional suaproduo,mantendoassimumapressointraocularrelativamenteconstante.O humor aquoso alimenta asestruturas internas do olho, uma vezqueestas estruturas no possuemvasossanguneos.Oaumentodapressointraocular(glaucoma)provocado pela acumulao desta secreo o que pode conduzir cegueira.Fig. 4 O aparelho lacrimal (Culclasure D. F., 1973) 7 HumorVtreo-Substnciacomaspetotransparente,comtexturaviscosaegelatinosa quelocalizadaentreocristalinoearetina.Estematerialajudaamanterumapresso intraocular adequada, evitando que a retina ceda. Cristalino- ligado ao corpociliar por ligamentossuspensores,cuja tenso ajusta-lhe a forma,de modo aconservaro objeto davisocontinuamentefocalizadona retina. Os ligamentossuspensoresficamtensosparaavisodelongadistncia,tornandoo cristalino um pouco mais fino. Para a viso decurta distncia, a tenso diminui, fazendo com que o cristalino se torne espesso. (Culclasure D. F., 1973) Fig. 5 Meios de refrao do Olho (Annimo, s/d) 8 1.2. Funcionamento do rgo Acrneapermiteapassagemdeondasdeluzparaointeriordogloboocular, sendoquenemtodaaluzatingeareaposteriordoolho,revestidapelaretina.Isto porque,arisregulaaquantidadedeluzadequadaquepoderpenetrarnoolho.Este msculo,quedacoraosnossosolhos,operacomoumdiafragmaaoaumentarou diminuirumaaberturanocentrodapupila.Orecursoevitaqueumaquantidade excessiva de luz possa queimar a retina. Imediatamente atrsda ris, ocristalino toma aespessura adequadapara focar o feixe de luzna retina,conforme constrio ou relaxamento docorpociliarligado aele. Ofeixedeluzchegaretinainvertido,comoaimagemdeumespelho,edeponta-cabea devido refrao da luz pelo cristalino. A retina como um filme fotogrfico. Ela contm clulas recetoras pigmentadas, conesebastes,queconvertemaluzempulsoseltricos.Outrasclulasdaretina, bipolareseganglionaresauxiliamestesimpulsos.Osimpulsosdevriasclulas recetorassocoletadosporumanicaclulaganglionar.Estaconvergnciaaumentaa intensidadedeluz,ouseja,umaluzfracaestimulandomilbastonetesproduzum estmulo fortssimo.Osimpulsosintensificadossolevadospelonervoticoaocrebro.Olhose crebrotrabalhamemconjuntoparatransformarondasdeluzemsensaesque conhecemos por viso.(Annimo, s/d) 9 1.3. Funcionamento Celular Asclulasfotossensveisdaretina (bastesecones)transformamaenergia luminosaqueincidenasuperfcieem impulsos nervosos.Reconhece-seaproximadamente,a existnciade120milhes(nmerode bastes)uniformementeespalhadossobrea superfciedaretinaeaproximadamente6 milhes(cones)aglomerados(mancha amarela).Existemoutrasclulasdaretina, denominadasbipolareseganglionares auxiliam todo o processo. O ponto central de focalizao do sistema tico, fica localizada na mcula. O ponto central constitudo unicamente por clulas cone. Deste modo ela no funciona com pouca iluminao, por esta razo, ela considerada um ponto cego com luz reduzida. (Culclasure D. F., 1973) Nervo ticoaestruturaformadadefibrasnervosas,deformatubular,com algumasartrias,queconduzasimagenscaptadaspelaretinaefvea, para o crtex cerebral. Fvea CentralPorodecadaumdosolhosquepermiteperceberdetalhesdos objetosobservados.Localizadanocentrodaretina,muitobem irrigada de sangue e possibilita, atravs das clulas cnicas, a perceo das cores. Fig. 6 Estrutura celular da retina (Culclasure D. F., 1973) 10 MculaPontocentraldaretina.aregioquedistinguedetalhesnomeiodo campo visual. Ponto cego Ficalocalizadonofundodaretina.Estsituadoaoladodafveaeo pontoqueligaaretinaaonervotico.Estranhamentedesprovidode viso. Na figura ao lado representado pelo ponto amarelo. 11 1.4. A Viso e os outros SistemasSistema NervosoOSistemaNervosotemacapacidadede receber,transmitir,elaborarearmazenar informaes.Recebe informaessobremudanas queocorremnomeioexterno,isto,relacionao indivduocomseuambienteeiniciaeregulaas respostasadequadas.afetadonospelomeio externo,mastambmpelomeiointerno,isto, tudoqueocorrenasdiversasregiesdocorpo.As mudanasnomeioexternosoapreciadasde formaconsciente,enquantoasmudanasnomeiointernonotendemaserpercebidas conscientemente. Quando ocorrem mudanas no meio, e estas afetam o sistema nervoso, so chamadas de estmulos.Desta forma, o nervo tico responsvel pela conduo das imagens captadas pela retina e fvea, para o crtex cerebral. (Annimo, s/d) Sistema Circulatrio Osistemacirculatrioosistemapeloqualso transportadosnutrientes(comoaminocidos,eletrlitoselinfa), gases,hormonas,hemcias,entreoutros.Paraasclulasdo organismoetambmapartirdelas,afimdedefenderocorpo contradoenas,regularatemperaturacorporal,fazacomunicao entre os diversos tecidos do corpo.Destaforma,pertinenteoauxliodestesistema,paraque haja a irrigao sangunea dos tecidosedassuas clulasdeextrema importncia para garantirosnutrienteseooxignioquetodasasclulasnecessitamparatrabalhar,para se manterem e se regenerarem. (Annimo, s/d) 12 2. A Audio A audio do latim auditione umdoscincosentidos humanos. a capacidade dereconhecerosomemitidopeloambiente,orgoresponsvelpelaaudioo ouvido, capaz de captar sons at uma determinada distncia. (Annimo, s/d) Osnossosouvidostambmnosajudamaperceberoqueestaocorrernossa volta.Almdeperceberemossons,elestambmnosdoinformaessobreaposio denossoscorpos,sendoparcialmenteresponsveispelonossoequilbrio. (Virtuous, 2008)Nesteartigoabordaremos:asprincipaiscaractersticasdoouvidohumano,uma dasprincipaisferramentasparaquemtrabalhacomudio;asprincipaisdivises, envolvendooouvidoexterno,oouvidomdioeoouvidointerno;funodoouvido; como ouvimos os sons; mecanismos da audio e a audio e o envelhecimento. Fig.7- (Nascimento, 2012) 13 2.1. Propriedades/Caratersticas Anatmicas Oaparelhoauditivoorgodaaudioedoequilbrio,enohomemsitua-se em ambos os lados daface, alturadoosso temporal, alojado parcialmenteno interior desteosso.,portanto,umrgopar.Nestergodistinguem-sedoistiposde estruturas:oaparelhodetransmisso,constitudopeloouvidoexternoeoouvido mdio,graasaoqualossonssocaptadosetransmitidos;eoaparelhodeperceo, formadopeloouvidointernoegraasaoqualseproduzaperceosonora.tambm noouvidointernoque,asestruturasquenosproporcionamosentidodeequilbriose encontram, e possuem tambm as suas vias nervosas. (Annimo, 1998) Ouvido externo Fig.8- Estrutura geral do ouvido, (McMillan, 2006) 14 Oouvidoexternoformadopelaorelhaepelocanalauditivoexterno.Todaa orelha(excetoolobo)constitudaportecidocartilaginoso(pavilhoouaurcula) recoberto por pele. Ocanalauditivoexternotemcercadetrscentmetrosdecomprimentoeest escavadonoossotemporal.revestidointernamenteporpeloseglndulas,que fabricamumasubstnciagordurosaeamarelada,denominadacerume.Tantoospelos comoocerumeretmpoeiraemicrbiosquenormalmenteexistemnoare eventualmenteentramnosouvidos.Ocanalauditivoexternoterminanumadelicada membrana, o tmpano. (Annimo, s/d) Esta uma membrana que reproduz a vibrao dos sons e a transmite ao ouvido mdio. (Annimo, 1995) Fig. 9- Ouvido externo. (Annimo, s/d) 15 Ouvido mdio Oouvidomdio(chamadocondutooumeatoauditivoexterno)umapequena cavidade irregular situada no osso temporal, atrs do tmpano e est limitado por quatro paredes:aparedeexteriorformadapelotmpano,queseparaoouvidoexternodo ouvido mdio; a parede interior est em contacto com o ouvido internoe apresenta dois orifcios:umsuperiordenominadojanelaovaleoutroinferiordenominadojanela redonda;aparedeanteriorcomunicadiretamentecomafaringeporumcanalchamado trompa de Eustquio e a parede posterior relaciona-se com umas cavidades presentes no osso temporal, designadas cavidades mastides. Oouvidomdiooencarregadode:protegeroaparelhodevibraessonoras demasiadamentefortes,reduzindoaamplitudedossonsdebaixafrequnciaque acompanham asvibraese equalizar a pressode ar em ambosos ladosda membrana timpnica, divisria (pormeio da trompa deEustquio) paraevitar a rutura dotmpano etransmitirasvibraesrecolhidaspeloouvidoexterno.Istorealiza-segraasauma cadeiadepequenosossos(ossculos)situadanoseuinterior.(Culclasure,1973)Estes pequenosossostmumaformamuitoparticular,quedlugaraoseunome:martelo, bigorna,lenticulareestribo.Omarteloomaisexternoeapoia-senamembranado tmpano,aopassoqueoestriboestemcontactocomajanelaoval.Doispequenos msculos,omsculodomarteloeomsculodoestribo,esticamedistendem respetivamente a membrana do tmpano. (Annimo, 1998) Fig. 10 Estrutura do ouvido mdio(Culclasure D. F., 1973) 16 Ouvido interno Chama-sefrequentementeaoouvidointernolabirintodevidosuaestrutura complexa,constitudoporumasriadecavidadesnocrnioligadasumassoutras, comtubosesacosnoseuinterior.(CulclasureD.F.,1973).Ascavidades(cclea, vestbulo e canais semicirculares) so designadas por labirinto sseo e esto cheias com outro fluido (perilinfa). Os tubos e sacos esto cheios com outro fluido (endolinfa) e so designados por labirinto membranoso. Eles so: o canal coclear, sculo utrculo e canais semicirculares. (Annimo, 1998) Ovestbuloeoscanaissemicircularessorgosdoequilbrioeaccleao rgo da audio. Fig. 11 Estrutura do ouvido interno.(Culclasure D. F., 1973) 17 O ouvido interno e a audio Accleaaestruturadoouvidointernocujafunoaaudio.uma estruturaemformadecaracolpoucomaiorqueumcaramujo.Contmtrs compartimentos:umapassagemsuperiorourampavestibular,queterminanajanela oval;umapassageminferiorourampatimpnica,queterminanajanelaredonda;eo canalcoclear,preenchidocomendolinfa.Arampavestibularearampatimpnica conectam-senopicedaestruturaemespiral.Comosepodevernafigura,ocanal coclear limitado, na parte superior, pela membrana vestibular e, na parte inferior, pela membranabasilar.OrgodeCorti,queoverdadeirorgodaaudio,apoia-se sobreamembranabasilar.OrgodeCortiumaestruturacomplexa,formadapor clulascilndricas,recobertasporestruturasemformasdeclioschamasclulas cilferas. (Culclasure D. F., 1973) Fig.12Acclea(comcortetransversalmostrandoosseuscompartimentose membranas) (Culclasure D. F., 1973) 18 O ouvido interno e o equilbrio So encontrados dentro do vestbulo, pores do labirinto membranoso contendo cliossensitivosqueterminamempequenaspartculasemformadepedrachamadas otlitos.Asestruturasmembranosaschamadasutrculoesculoestosuspensasno interiordovestbulo,ondeumlquido(perilinfa)asseparadasparedessseasdeste. Qualquermovimentodacabeafazcomqueosotlitostambmsemovam.Este movimento,porsuavez,estimulaoscliossensitivoscomosquaisosotlitosse relacionam,produzindoimpulsosnervosos.Osimpulsos,quedaresultam,participam da conservao de um equilbrio esttico do corpo circunstncia que envolve a relao entre corpo e a fora da gravidade.H trs canais semicirculares em cada ouvido dispostos em ngulo reto, cada um emrelaoaosoutros.Nabasedecadacanalhumapartedilatada,quesechama ampola. Conforme o corpo se mova mais ou menos rapidamente, a endolinfa penetra na ampola,estimulandoasclulascilferas,queproduzemimpulsosnervosos.Esses impulsossoimportantesparaaconservaodoequilbriodinmico(emmovimento) oubalanceamentodocorpo.Completandoacontribuiodovestbuloedoscanais semicircularesnaconservaodoequilbrio,osimpulsosnervosos,vindosdosolhos, tambm desempenham um papel nessa funo essencial. Fig.13 Estrutura do ouvido interno (Culclasure D. F., 1973) 19 2.2. Funcionamento do rgo Fig. 14 O caminho do som. (Annimo, s/d) Vamosentotentarpercebercomofuncionaestemecanismofantsticoquea seleonaturalfoi"esculpindo"aolongodemilharesdeanos. Vimosjqueo som nomaisdoqueuma agitaodaspartculas emnossoredor. Essaagitaopropaga-sedesdeafontesonoraataosnossosouvidos.Na figura 14 podemosveremmaispormenor aquilo quesepassa.O pavilho auricular recebe as ondassonoras,encaminhando-asatravsdo canalauditivo atao ouvidointerno. O tmpano,apequenamembranaqueseparao ouvidoexterno do interno,vaiento vibrar, solidrio com as molculas do ar em redor. Fig.15 - Ilustrao do princpio de funcionamento do ouvido humano, (Stephan Blatrix, Rmy Pujo) 20 Essasvibraesvoentosertransmitidasparaointeriorda cclea atravsdos trsossculos:o martelo,a bigorna eo estribo,ligadosemcadeia,entreo tmpano e a janelaoval.Repare-senailustraodestemecanismofeitanafigura15.Estestrs ossculossomuitoimportantes,podendoservistoscomoumaespciede amplificadores.Defacto,elesatuamcomoumaalavanca,aumentandoapressodas ondas sonoras cerca de 1,3 vezes. O terceiro ossculo, o estribo, transmite a sua vibrao aumamembrana17vezesmaispequena(a janelaoval entradadacclea),tendopor issoqueaumentarapressode17vezes.Resultaassimumaumentodepressoglobal de 22vezes.Destaforma,possvelobteraagitaonecessrianointeriordacclea paraque clulasciliadas do ouvidointerno possamidentificarasfrequnciasque compem um certo som, e transmitir essa informao ao crebro. A referida transmisso efetuada por intermdio do nervo auditivo, na forma de impulsos eltricos. Vimosentoqueaenergiadasondassonorascomeaporserdeorigem mecnica,comoondadepressoquesepropagaprimeironoaredepoisnumfluido, acabandonaforma deimpulsoseltricosque ocrebro utilizaparaconstruir a imagem sonora correspondente. Verificmos j que as vibraes das partculas do meio ambiente so transmitidas para o interior da cclea pela atuao do tmpano e dos trs ossculos. Mas o que que se passa depois disso? A cclea tem a forma de um caracol, possuindo duas cavidades (scala tympani e scala vestibuli), unidas apenas no extremo e separadas pelo chamado ducto coclear(figura 16). As vibraes so ento transmitidas cclea pela janela oval, viajam at ao helicotrema pela scala vestibuli, e retornam Fig.16-Ilustraodoprincpiodefuncionamentodoouvido humano,focandoo pormenor dos ossculos e da cclea, (Stephan Blatrix, Rmy Pujol) 21 pela scalatympani atbase,sendodepoisabsorvidaspela janelaredonda.Repare-se novamente na figura 16. Fig.17-Pormenordeumcortetransversalaolongodacclea,Dr.StephenNeelydoBoys Town N. R. H. Aopercorreremointeriorda cclea,essasvibraesirofazercomque a membranabasilaroscile.Paramelhorpercebermosessasoscilaesvamos "desenrolar"o"caracol"eolharparaa figura18.Aslinhasbrancassobreofundoazul pretendem representar a membrana basilar "desenrolada" que, como sabemos, suporta o rgo de Corti, no qual se encontram as clulas ciliadas. A excitao sonora, transmitida ao interior da cclea atravsda janela oval, provocar a oscilao damembrana basilar. Contudo, a "forma" dessa oscilao vai depender do tipo de som produzido. Fig.18 -Movimento da membrana basilar para trs frequncias puras diferentes (250Hz, 1000Hz e 4000Hz), (Dr. Stephen Neely do Boys Town N. R. H.) 22 Existesempreumazonaemqueaamplitudedosmovimentosmaior.Nessa zonaos clios seromaisexcitados,dandoumaindicaoaocrebrodocontedo frequencialdosomescutado.Repare-setambmque,medidaqueafrequncia aumenta,aszonasda membranabasilar ondeaexcitaomaiorestocadavezmais prximasdabaseda cclea.Nafiguraanteriorpossvelobservaraszonasondese localizamosmximosdaexcitaoaolongoda membranabasilar,paraasdiversas frequncias.interessantenotarqueoslimitescorrespondemaosdagamaaudvel, notando-setambmumaumentodaespessuradamembranabasilardesdeoseuincio at ao helicotrema. (Fonseca, Santos, & Ferreira, 2002) Intensidade de sons comuns SomDecibisRelgio10 Folhas sussurrantes20 Conversa normal50-60 Rudo urbano das ruas, restaurante movimentado 75-80 Rob de cozinha (alta velocidade)90 Sistema porttil a alta-fidelidade100+ Reactor de um avio110-150 Concerto de rock120-130 (McMillan, 2006) Fig. 19- Identificao das frequncias de ressonncia e das zonas onde estas ocorrem, ao longo da membrana basilar,(Stephan Blatrix, Rmy Pujol) 23 2.3. A Audio e os outros Sistemas O ouvido e o sistema nervoso Pergunte a um amigo que horas so agora. Por mais imediata que seja a resposta, elaterdemoradoumaeternidadediantedosmilsimosdesegundoqueapergunta levouparachegaraocrebrodele.Paraqueaspalavrassejamentendidas,osomfaz umaincrvelviagempordentrodorgodaaudio:oouvido.Comojvimosno captulodo Funcionamento do ouvido humano, no caminho, ele troca vrias vezes de conduo.Ataportadeentradadoaparelhoauditrio,oouvido externo,osom se deslocapeloar.Noouvidomdio,quecomeanotmpano,asvibraesfazemtremer trsossculos,conectadosentresi.Finalmente,noouvidointerno,asondassonoras passam ase propagarem um ambiente lquido. Entram nacclea, a estrutura emforma decaracolondesesituamasclulasrecetorasdesom.L,osomsetransformaem sinaiseltricosquesoenviadospelonervoauditivorumoaocrebro.Nocrtex cerebral,seuamigodescodificaaperguntaemobilizaosrgosencarregadosda resposta.A,comeaumanovaviagem,atopontoondeessedilogocomeou:oseu prprio crebro. (Lisba, 1998) Todas essas sensaes so produzidas apartir de estmulos de um sistema muito importantenonossocorpo,osistemanervoso.Paraouvirosomdeumpssaro cantando,precisoqueoouvidocapteasvibraesdessesomeenvieumestmulo nervoso at o crebro. L ele descodificado e interpretado. Assim, ouve-se o som.Nossosistemanervosoformadoporclulasnervosaschamadasdeneurnios, que so compostos por: Dendrites: pequenos filamentos que recebem os impulsos de outros neurnios; Axnio: filamento alongado e fino da clula. Transmite os impulsos nervosos; Corpo celular: onde fica o ncleo celular; Bainha de mielina: a mielina uma substncia isolante produzida pelo axnio que tem funo de aumentar a velocidade de transmisso dos impulsos. 24 Entreosneurnioshumpequenoespaochamadodesinapse.Quandoo impulsonervosochegaatoaxnio,hliberaodesubstncias(os neurotransmissores) nas sinapses. Essas substncias causam alteraes nas extremidades dasoutrasclulas,provocandoumnovoimpulsonervoso,passandorapidamentede uma clula para outra. Existemtrstiposdeneurnios:osneurniossensoriais,neurniosmotorese neurnios de associao. Osneurniossensoriaisrecebemosestmulosdosrgosdossentidos(viso, olfato,audio,paladaretato)eoslevamatosistemanervosocentralparaserem descodificados e interpretados. Osneurniosmotoreslevamasrespostasdosistemanervosocentralatos msculos ou outros rgos para serem executadas. Os neurnios de associao fazem as ligaes entre todos os neurnios. (Louredo, s/d) Fig.20: Composio de um neurnio, (Louredo, s/d) 25 3. O Olfato O olfato faz parte dos cinco sentidos, ele que proporciona o cheiro, e um dos mais primitivos do homem. Embora em comparao com outros seres humanos este sentido menos desenvolvido. Para os nossos antepassados, a capacidade de sentir quimcos transportados pelo ar era uma ferramenta essencial para localizar alimentos ou detetar as ameaas. A importncia de um sentido do olfato verstil reflete-se no facto de entre 400 e 1000 dos nossos genes se dedicam a ele. (Annimo, 1998) Oserhumanoconseguedistinguirmilhares deodorespormeiodecercadecincomilhesderecetoresolfativosagrupadosna membrana que reveste a zona superior das passagens nasais. Este est relacionado com o paladar, e por isso os odores que compem grande parte daquilo que consideramos como paladar quando existe uma constipao, que congestiona as passagens nasais, priva o doente de desfrutar por completo dos sabores das refeies. 3.1. Propriedades/Caractersticas Anatmicas O Nariz uma salincia volumosa, mpar e situada na linha mdia da fase. A sua composio feita por duas fossas nasais que constituem o segmento inicial da rvore respiratria, comunicando-se com o exterior por intermdio das narinas e com a rinofaringe por intermdio das coanas. Essas fossas nasais esto separadas por um septo steo-cartilaginoso - o septo nasal, e so constitudas por 4 paredes:- inferior ou soalho, que corresponde abbada palatina; - superior ou abbada, consttuida pelo osso frontal, pela lmina crivosa do osso etmide e pela parede anterior do corpo do esfenide; - interna (medial) ou septo nasal, constituida anteriormente pela cartilagem quadrangular, superiormente pela lmina perpendicular do etmide e inferiormente pelo vmer; Fig. 21: Sentido do olfato (Annimo, s/d) 26 - externa (lateral) consttuida pela justaposio de vrios ssos (maxilar, palatino, etmide, e corneto inferior). (Cesar, 2010)

Fig. 22: Fotografia de um nariz humano (Annimo, s/d) Fossas nasais As fossas nasais so as cavidades, direita e esquerda, que comunicam com o exterior pelos orifcios do nariz e comunicam com a faringe pela sua regio posterior. So por isso dois canais administrados de frente para trs. Tem uma espessa rede de vasos sanguineos e pelos abundantes para reter as impurezas. (Annimo, s/d)

Fig. 23: Localizao das fossas nasais (Annimo, s/d) 27 3.2. Funcionamento do rgo O nariz onde esto situadas as fossas nasais so constitudasporvriasossosdocrnioedafase.Estoseparadasumadaoutrapeloossovmesepela lminacrivosadoossoetmide.Oseuinteriorest forrado por uma mucosa chamada pituitria. Apituitria,tambmdesignadapormucosa nasal,revestetotalmenteasparedesdasfossasnasais. Anteriormentetmcontinuidadecomapeledasjanelas ouorifciosdonarizeposteriormentecomamucosada faringe. Estamucosaquefalamosanteriormentetemumacoravermelhadanaparte externa superior e apresenta tambm um reflexo amarelado. A sua consistncia mole e possui escassa resistncia. Amucosanasalconstudapormilharesdeclulasagrupadas,taiscomoas clulasnervosasdenominadasolfativaseencontram-senaparteposteriordamucosa. Estascellasolfativassoneurniosbipolarescujosdetritosterminamnamucosa,ao passoqueosseuscilindros-eixosatravessamalminacrivosadoossoetmidee, constitudoporfibras,chegandoaobulboolfativo.Dobulboolfativonasceoprimeiro par craniano ou nervo olfativo, que conduzir os estmulos nervosos at ao crebro, e no crtex sero interpretados. Omecanismodoolfatomuitoparecidocomasperceessensoriais.As partculas quese desligam dos corpos aromticos influenciam asclulasda mucosa. Os impulsos nervosos que saiem dela so conduzidos por fibras nervosas que atravessam os orifcios que existem na lmina do osso etmide, no teto da cavidade nasal, introduzidos no crnio. Umavezdentrodacavidadecraniana,asfibasunem-seeformamobulbo olfativodeondepartiroprimeironervocraniano,quediretamente,conduziras sensaes ao crebro.No lobo temporal na zona do crtex onde estas sensaes sero reconhecidas e interpretadas. (Annimo, 1998) Fig. 24: Constituio do nariz (Annimo, s/d) 28 Fig. 25: Estrutura do aparelho olfativo e a estrutura microscpica de clulas sensoriais olfativas, que recebem estmulos procedentes do respirado e o convertem em estmulos nervosos que transmitem neurnios do nervo olfativo e ao crebro. (Annimo, s/d) 29 3.3. O Olfato e os outros Sistemas Osistemarespiratrioumsistemaemqueocorre trocasdegasescomoaratmosfrico,assegurandoa concentraodeoxignionosangue,necessriaparaas reaesmetablicas eemcontrapartidaservircomoviade eliminao de gases residuais que resultam destas reaes e que so representadas pelo gs carbnico. Onarizessencialnestesistemapoisnestelocal queo ar entra navia respiratria atravsde duas aberturas, asnarinas.Emseguidafluipelascavidadesnasaisqueestorevestidaspelamucosa respiratria. O septo nasal separa essasduas cavidades. Os pelos no interior das narinas filtramgrandespartculasdepoeiraquepodemserinaladas.Nestascavidadesnasais ondeestoasclulasrecetorasdoolfato.Oquepodemosconcluirqueoolfatoest diretamente relacionado com o sistema respiratrio. (Annimo, s/d)

Fig. 27: Sistema Respiratrio (Annimo, s/d)Fig. 26: A entrada e sada do ar no organismo (Annimo, s/d) 30 Aspapilasgustativassoresponsveispelogostoosentidodopaladar. semelhanadoolfato,opaladarumsentidoqumico.Dependede quimiorrecetoresnaspapilasgustativasquereagemaosqumicosdos alimentos e que so dissolvidas na saliva.Cadaumdosmilharesdegostosquedistinguimosumacombinaodos quatro paladares primrios (cido, amargo, doce, salgado). 4. O Paladar O paladar a capacidade que permite s pessoas e aos animais reconhecer os gostos de substncias colocadas sobre a lngua; Essas substncias podem ser: cidas, Amargas, Doces ou Salgadas. umasensaoqumicapercebidaporclulasespecficas,denominadaspapilas gustativas. Ou seja: 4.1. Propriedades/Caratersticas Anatmicas Deumaformamaisesclarecedora,aspapilasgustativassoestruturasconstitudas por clulas sensoriais, com a funo de transmitir ao crebro informaes que permitam aidentificaodosgostosbsicos.Assubstnciasdogosto,aocontactaremcoma lngua, desencadeiam a libertao de determinados neurotransmissores quepossibilitam atransmissodasinformaesataocrebro,ondeseridentificadootipode gosto. Este processo s se realiza na presena de saliva, pois os alimentos necessitam de serdissolvidosnumlquido.Nestecaso,estaentraemaologoqueoolfatosenteo odor do alimento, permitindo uma melhor desintegrao do mesmo. 31 Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/sentido.php Fig. 28: Papilas Gustativas (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/sentido.php) Fig. 29: Papila Gustativa (GUYTON, 1981) 32 4.2. Funcionamento Celular (A Lngua como rgo do paladar) Alnguaumrgofundamentalnaperceodopaladar.Nosdetetaas sensaes gustativas (gosto), como tambm ajuda a sentir os estmulos tteis, trmicos eatdoloridosquedoaosalimentososeusabor.Alngua,juntocomorestoda boca, ajuda a determinar a textura, oleosidade, espessamento, viscosidade e densidade dosalimentos.Temacapacidadedesentiratemperaturaeassensaestteis complexasqueoscientistasdosalimentoschamamdesensaesdaboca.Amaioria daspessoasconfunde asestruturas speras quecobrem asuperfcieda lngua com os botes gustativos. Elasso, na verdade, aspapilas:elevaoemformadetaa que,svezes,possuembotes gustativos e ajudam a criar atrito entre a lnguaeoalimento.Osbotes gustativossoestruturasmenores,que ficam nas dobras entre as papilas. Anossalnguaencontra-sedivididaemdiversasregiesquepermitem identificar os diferentes sabores. Deste modo, a ponta da nossa lngua identifica o sabor doce,aszonasmaislateraisinferioreslocalizamosaborsalgado.Naszonaslaterais superiores, identificado o sabor azedo e, na parte de trs da lngua, o sabor amargo. O centro da lngua identifica a textura e a temperatura dos alimentos. Fig. 30: Boto Gustativo Fonte: Autor anonimo, http://www.aprendemos.com.br/como-funciona-o-olfato-e-por-que-ele-esta-tao-ligado-ao-paladar/ 33 Sensaes gustativas: Azedo O gosto azedo causado pela ao dos cidos, e a intensidade da sensao gustativa dependedaconcentraodoiaohidrognio.Isto,quantomaisazedoocido,mais forte a sensao. Salgado O salgado provocado porsais ionizados. Sua qualidadevaria umpoucode umsal paraoutro,porqueossaisprovocamoutrassensaesgustativasalmdosalgado.Os catiesdossaissoosprincipaisresponsveispelogostosalgado,masosanies tambm participam dessa sensao. Doce Odocenocausadoporalgumacategorianicadesubstnciaqumica.Alguns tiposdesubstnciasquecausamogostoincluemacares,lcoois,aldedos,glcidos, cetonas, amidas, steres, aminocidos e outros. Amargo Osaboramargo,aexemplododoce,nocausadoporumanicasubstncia qumica.Assubstnciasquedoumgostoamargosoquasequeinteiramente Fig. 31: Regies da lngua ( Autor annimo, http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-sensorial/gustacao-paladar-3.php) 34 orgnicas,comoassubstnciasorgnicasdecadeialongaquecontmnitrognioeos alcaloides. A gustao primariamente umafunoda lngua, embora regiesda faringe, palatoeepiglotetenhamalgumasensibilidade.Osaromasdacomidapassam pela faringe, onde podem ser detetados pelos recetores olfativos. As papilas gustativas possuem alguns graus de sensibilidade para cada uma das sensaesgustativasprimrias.Noentanto,cadapapilanormalmentetem maior grau de sensibilidade para uma ou duas das sensaes gustativas. ~ Fig. 32: Gustao (Annimo, http://www.jornallivre.com.br/132836/gustacao-paladar.html) 35 4.3. Funcionamento do rgo (Identificao do tipo de gosto) 1.Orecetorsensorialdopaladarapapilagustativa.constitudaporclulas epiteliaislocalizadasnoepitlioemtornodeumporocentralnamembrana mucosabasaldalngua.Estasclulastmfunes,taiscomo:secreo, absoro seletiva, transporte transcelular, deteo de sensao e proteo.2.Na superfcie de cada uma das clulas gustativas observam-se prolongamentos finoscomopelos,projetando-seemdireodacavidadebucal;sochamados microvilosidades ou microvilos.3.Aspapilasgustativassopequenasbolsasnanossalngua,cheiasdeclulas sensoriais. Estas clulas esto ligadas ao nosso crebro por fibras nervosas. 4.Para que se possa sentir o gosto de uma substncia, ela deve primeiramente ser dissolvida no lquido bucal e difundida atravsdoporo gustativo em tornodas microvilosidades.Portantosubstnciasaltamentesolveisedifusveis,como saisououtroscompostosquetmmolculaspequenas,geralmentefornecem graus gustativos mais altos do que substncias pouco solveis difusveis,como protenas e outras que possuam molculas maiores. 36 4.4. O Paladar e os outros Sistemas Nalnguapodemospercebercincotiposdesaboresfundamentais,comojfoi referido. Noentanto,ogosto do alimento apenas resultadacombinaodessessabores com o cheiro,dadoque o nariz enviamensagensdoseu odor aocrebro.Assensaes olfativasfuncionamaoladodassensaesgustativas,formandoasensaodesabor, auxiliando o controlo do apetite e a quantidadede alimentos queso ingeridos. Aviso tambm ajuda a definir se a sensao do gosto agradvel ou no.Noentanto opaladar tambmse consegue relacionarcom osistemadigestivo,para alemdeestarrelacionadocomosistemanervosocentral,avisoeassensaes olfativas. Sistema Nervoso Central Fig. 33: Transmisso dos estmulos gustativos ao sistema nervoso central (GUYTON, Fisiologia Humana. 5 ed., 1981) 37 Osestmulospassamdaspapilasgustativasnabocaaotratosolitrio.Em seguida,osestmulossotransmitidosaotlamo;dotlamopassamao crtexgustativoprimrioe,subsequentemente,sreasassociativas gustativascircundanteseregiointegrativacomumqueresponsvel pela integrao de todas as sensaes. A relao do paladar com as sensaes OlfativasOssentidosdoolfatoepaladarestointimamenterelacionados. Aformade ao dessessentidossemelhante. Oodornopassa departculas quese desprendemdasubstnciaeativaasclulasolfativas,omesmoocorrendocomo paladar. As substncias em contato com a saliva desprendem partculas e estimulam as papilas gustativas da lngua que enviam impulsos nervosos ao crebro e este interpreta determinadas sensaes. Osrecetoresgustativossoativadosporsubstnciasqumicasexistentesnos alimentoseosrecetoresolfativossoativadosporsubstnciasqumicasdoar.Esses sentidostrabalhamconjuntamentenaperceodossabores.Ocentrodoolfatoedo gosto no crebro combina a informao sensorial da lngua e do nariz. O olfato tem importante papel na distino dos alimentos, trabalhando junto com o paladarparaforneceremaocrebroinformaesarespeitodecomidasebebidas. Enquanto mastigamos, sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro.Por esta razo, quandotemosumaconstipao,osalimentosperdemgrandepartedosabor,porno podermos sentir o seu cheiro. Fig.34: Olfato e Gosto (Anonimo) 38 Sistema Digestivo Asalivasecretadaportrsglndulassalivaresprincipais-apartida,a submandibular e as glndulas sublinguais- assim como por outras pequenas glndulas salivarescontidasdentrodalnguaedaboca.Asoluodasalivacontmenzimas digestivas que ajudam a decompor, quimicamente, os alimentos. ~ Podemosconcluirquetodasasinformaesquechegamaocrebro,depoisde interpretadaseanalisadas,socomparadassinformaespresentesnasmemrias gustativas, olfativas e visuais, determinando assim o sabor do alimento. Fig. 35: Sistema Digestivo 39 5. O Tato A pele O seu nome anatmico internacional ctis. A pele o revestimento exterior do corpo, formada por vrios tecidos. considerada o maior rgo do corpo humano, constituindo 15% do peso, cobrindo quase todo o corpo exceo dos orifcios genitais e alimentares, olhos e superfcies mucosas genitais.(http://www.dermatologia.net/novo/base/pelenormal.shtml) 5.1.Propriedades/Caratersticas Anatmicas As diferentes Camadas da Pele Fig. 36: Pele Humana (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pele) Fig.37: Camadas da Pele 40 Epiderme:umadelgadacamadaexteriordapeledenominadaepitlio (termo usado para tecidosqueforram uma superfciede revestimento de uma cavidade). formada por vrias camadas (estratos), referidos acima.Derme:umacamadaespessadetecidoconjuntivoporbaixoda epiderme,contendoamaioriadasestruturasdapele;contmtambm muitoscapilares(delgadosvasossanguneos)quefornecemalimentoe oxignio. Hipoderme-CamadaSubcutnea:acamadadetecidoadiposoabaixo daderme(umareservadegordura).percorridaporfibraselsticas que ligam aderme aosrgos inferiores,porexemplo,msculos. Forma uma camada isoladora. (Annimo, 1986) Estrutura da pele Fig.38: Estrutura da pele 41 TerminaesNervosasLivres:Soterminaesdostecidosdamaioriados rgos internos e da pele (na epiderme e no topo da derme). So os recetores quemandamimpulsosquandoqualquerestmulo(porexemplo,presso, calor) se torna excessivo. isto o que causa a sensao de dor. CorpsculosdeKrause:Recetorestrmicosdofrio.Soformadosporuma fibranervosacujaterminaopossuiformadeclava.Situam-senasregies fronteiriasda pelecom asmembranasmucosas (porexemplo: ao redordos lbios e dos rgos genitais). Msculos Eretores dos Pelos: A cada folculo piloso est ligado um msculo. Quando estfrio,os msculoscontraem-se eos pelos levantam-se. O ar fica retidoentreospelos,oqueaumentaoisolamento.NoHomemprovocaa chamada pele de galinha. CorpsculosdeVatter-PaciniouPacini:Socorposformadosvoltadas terminaesdefibrasnervosasindividuais,dascamadasmaisinternasda peleedasparedesdosrgosinternos.Encontram-seprincipalmentena palmadasmosenosps.Sorecetoresdapresso,isto,recetoresque mandam impulsos para o encfalo quando o tecido recebe uma forte presso. Corpsculos de Ruffini: Distinguem as variaes de quente. FolculosPilosos:Sotuboslongoseestreitos,cadaumcontendoumpelo que crescepela adio denovas clulas,nasua base, apartir dadivisodas clulas que revestemofolculo. Entretanto, asclulasmais velhasmorreme so eliminadas.GlndulasSebceas:GlndulasExcrinasqueabremdentrodosfolculos dos pelos. Produzem um leo chamado sebo, que torna os pelos e a epiderme impermeveis gua e os mantm elsticos. CorpsculosdeMeissner:Socorposespeciaisformadosvoltadas terminaesdefibrasnervosas.Hgrandenmerodelesnaspontasdos dedosenaspalmasdasmos,nasmamasenosrgosgenitais.So recetoresdotato,quemandamimpulsosparaoencfaloquandoapeletoca num objeto. 42 Pelos: Filamentosdeclulasmortas inseridas na pele. Cadapeloestligado a um pequeno msculoeretor,quepermite asua movimentao,e a umaou mais glndulas sebceas, que se encarregam de sua lubrificao. GlndulasSudorparas:Soglndulasexcrinasemespiral,queexcretam suor.Cadaumatemumtuboestreito(canaldosuor)queseabreparaa superfcie. Osuor constitudopor gua,saise ureia,queentranaglndula vindo das clulas e dos capilares.(Burnie, s/d) 43 5.2. Funcionamento do rgo/ Funcionamento Celular Recees cutneas(Culclasure D. F., 1973) 1. Fig. 39: Recetores cutneos do sentido do tato Fig. 40: Recetores cutneos das sensaes de calor e frio Fig.42: Recetores cutneos das sensaes dolorosas Fig.41: Recetor sensorial da sensao de presso 44 Quais as principais funes da Pele? Asuafunoprincipal a proteo do organismo das ameaas externasfsicas. Noentanto,elatemtambmfunesimunitriassendooprincipalrgodaregulao do calor, protegendo contra a desidratao. Tem tambm funes nervosas, constituindo o sentido do tato e metablicas, como a produo da vitamina D. Proteo fsica Aepidermesegregaprotenaselpidosqueprotegemainvasodeparasitas eo atrito no nosso organismo.A melanina produzida pelos seus melancitos protege contra a radiao, principalmente UV. Proteo da desidratao Umadasfunesvitaisdapeleaproteocontraadesidratao.Osseres humanossoanimaisterrestres,enecessitamdeprotegerosseuscorpos,compostos principalmenteporgua,contraaevaporaoexcessivaedesidrataoeo subsequente choquehipovolmico(perdadegrandesquantidadesdesangueelquidos, quepodelevarmorteempoucosminutos),queseriaminevitveisnummeiosecoe quente. Regulao da temperatura corporal A pele tambm o principal rgo da regulao da temperatura corporal atravs de diversos mecanismos: 1.Osvasossanguneossubcutneoscontraem-secomofrioedilatam-secomo calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor. 2.Os folculos pilosos tm msculosque produzem a sua ereo com o frio ("pele degalinha"),aprisionandobolhasdearestticojuntopelequeretardaas trocas de calor. 3.Asglndulassudorparas segregamlquidoaquosocujaevaporaodiminuia temperatura superficial do corpo. 4.Apresenadetecidoadiposo(gordura)subcutneoprotegecontraofriouma vez que a gordura m condutora de calor. 45 Como rgo imunitrio Apeleumrgoimportantedosistemaimunitrio.Elaalbergadiversostipos de leuccitos. H linfcitos que regulam a resposta imunitriae desenvolvem respostas especficas. Funes metablicas Asfunesmetablicasdapelesoimportantes.lquefabricada,numa reaodependentedaluzsolar,avitaminaD,umavitaminaessencialparao metabolismo do clcio e importante na formao/manuteno saudvel dos ossos. Como rgo dos sentidos Finalmente, a pele tambm umrgosensorial,constituindo osentidodo tato. Apeletemcapacidadededetetarsinaisquecriamasperceesdatemperatura, movimento, pressoedor.Diversosestmulos calor/frio, presso,dor, tato,etc.-so recebidosporterminaesnervosasespecializadassituadasna pele enostecidos internosdoorganismo.Otatorefere-secapacidadedeosperceber,assim,informao corpoacercadomundoqueorodeia.umsentidogeral,porissofuncionaatravsde recetoresespalhados portodo ocorpo.Amaior partedestes recetoresesto localizados na pele.(Culclasure D. F., 1973) 46 5.3. O Tato e os outros Sistemas A pele est funcionalmente relacionada com o sistema nervoso, o sistema imunitrio e o sistema circulatrio.Sistema Circulatrio A manuteno da temperatura corporal um dos papis desempenhados pelos vasos sanguneos da derme. Quando a temperatura do corpo sobe, impulsos nervosos provocam dilataes dos vasos sanguneos da derme (vasodilatao), com isso, maior quantidade de sangue passa a circular na pele, levando ao aumento da irradiao de calor para o meio, o que faz o corpo esfriar. J quando a temperatura corporal diminui, os vasos sanguneos da pele contraem-se (vasoconstrio), com isso, menos sangue passa a circular na superfcie do corpo, o que reduz a perda de calor. (McMillan B. , s/d) Sistema ImunitrioO sistema imunitrio consiste na defesa do organismo a invasores externos, quer estessejambiolgicos,como bactrias, vrus, protozoriosou fungos,ouqumicos, comoporexemplo,as peonhasouosvenenos.Apeleumaparteimportantedeste sistemapoisagecomoumafonteprimriaentreosgermeseoseucorpo.Ela resistente e, geralmente, impermevel a bactrias e vrus.Asuasuperfcielipoflicaconstrudaporclulasmortasricasemqueratina, umaprotenafibrilar,queimpedeaentradademicro-organismos.Assecrees ligeiramentecidaselipdicasdasglndulassebceaesudorparacriamum microambiente cutneo adverso ao crescimento excessivo de bactrias. (http://saude.hsw.uol.com.br/sistema-imunologico4.htm) 47 Sistema Nervoso Cada indivduo est constantemente a receber informaes do ambiente que o rodeia e do seu prprio organismo, reagindo continuamente aos estmulos que recebe. No entanto, existem dois modos de reao - atravs de atos reflexos (involuntrios) ouatravs de atos voluntrios.Os atos reflexos simples (envolvem apenas um arco reflexo) de uma forma geral afastam do perigo, pois tm como consequncia uma resposta rpida e involuntria, automtica. Os atos reflexos so respostas involuntrias a um estmulo sensorial. O estmulo chega ao rgo recetor, enviado medula atravs de neurnios sensitivos ou aferentes (chegam pela raiz dorsal). Na medula, os neurnios associativos recebem a informao e emitem uma ordem de ao atravs dos neurnios motores (saem da medula atravs da raiz ventral). Os neurnios motores ou eferentes chegam ao rgo efetor que realizar uma resposta ao estmulo inicial. Entre os atos reflexos mais conhecidos, esto, o movimento involuntrio da perna quando se estimula e o reflexo da mo quando ocorre toque em algo muito quente.So vrios os estmulos que podem desencadear uma ao reflexa, sendo que esses se podem traduzir como Externosou Internos. Os primeiros so estmulos provenientes do meio ambiente, como sinais acsticos, luminosos, determinadas substncias qumicas, mudanas de presso (como o caso de uma pancada que provoca dor) ou de temperatura. Os internos so estmulos desencadeados no interior do organismo, como por exemplo o contacto dos alimentos com as paredes do estmago e intestinos, provocando como reao a produo, respetivamente, das secrees gstrica e intestinal. 48 Quando as nossas aes resultam de movimentos comandados pela nossa vontade, elas constituem atos voluntrios. Um ato voluntrio uma ao que precedida por uma certa atividade mental, quando consciente uma inteno de a executar.No crtex cerebral existem vrias reas visual, auditiva, gustativa, motora, etc. onde as impresses recebidas so transformadas em sensaes.Num ato voluntrio, o crebro que comanda todo o percurso da mensagem nervosa, mais precisamente a rea motora do crtex cerebral, pois ela a responsvel pela coordenao dos movimentos voluntrios. Este percurso constitudo por: - Uma via atravs da qual o impulso nervoso provocado pelo estmulo percorre um trajeto desde o rgo sensorial (rgos dos sentidos) at ao crebro, onde a mensagem recebida, analisada e preparada uma resposta - via sensitiva; - Uma outra via, atravs da qual o impulso nervoso percorre um trajeto desde o crtex cerebral at aos rgos efetores - os msculos - que desempenham a resposta, que neste caso um movimento voluntrio - via motora. Deste modo, realizamos aes como pegar num objeto, saltar, e outras que so desencadeadas por vontade prpria. Tal como essa ao executada, ela tambm poder ser voluntariamente interrompida. Fig. 43: Exemplos de Atos Involuntrios ou Reflexos (Ovejero, s/d) 49

Fig. 44: Exemplos de Atos Voluntrios (Ovejero, s/d) 50 6. O Envelhecimento e os Sentidos 6.1. Viso Comoenvelhecimento,cadaumdoscinco sentidostorna-semenos eficiente, querna segurana, quer nas atividades simples do quotidiano.Asmudanassensoriaiscommaisimpacto, sosobretudoasvisuais.Oidosodeixaassim,de conseguirfocalizarosobjetos(reduoda elasticidadedocristalino).Estadiminuiodo sentidolevanecessidadedeutilizarlentes corretivasparaqueoidosopossarealizarastarefas. Outra das mudanas que ocorre ao longo do processo deenvelhecimentooestreitamentodocampo visual, dificultando assim a viso perifrica. Existetambmadificuldadedemanteraconvergnciaeoatodeolhar fixamentepara cima.A pupila reagemenos luz devido ao enrijecimento do esfncter pupilar, o tamanho diminui comreduosimultneaderodopsinanosbastes (bastonetes).Destamudanadecorreoaumentodo limiardeperceodeluz,sendoento,anoiteeos lugarespoucoiluminadosumobstculonodia-a-diado idoso.Ofatodocristalinosetornarmaisopacolevao aparecimentodecataratas(patologiaprpriadaidade), queaumentaasensibilidadeaosclareseembaaa viso.Assecreeslacrimaistambmdiminuem.O amarelecimentodocristalinoeasalteraesnaretina Fig. 45 Os cinco sentidos (Annimo, 2012) Fig. 46 O envelhecimento (Annimo, 2012) 51 queafetaaperceodascores,tornamosidososmenoscapazesdedistinguircores pastis de azul, verde e violeta. O amarelecimento do cristalino e as alteraes na retina que afeta a perceo das cores,tornamosidososmenoscapazesdedistinguircorespastisdeazul,verdee violeta.Aperceodaprofundidadeficadestorcida,ocasionandoproblemasno julgamentocorretodealtura,curvasedegraus,pudendooriginarquedas,e consequentemente danos fsicos.Oprocessamentodeinformaovisualficamaislento,oquedificultaqualquer tarefadiria,bemcomoaconduodeveculos,eaexerodaprofisso,sendoque esta diminuio pode originar acidentes. Areabsoromenoseficientedolquidointraocular,aumentaoriscodoidoso desenvolver no idoso glaucoma (patologia prpria da idade). 52 6.2. Audio Comopassardosanos,todasaspessoaspassampeloprocessonaturalde envelhecimentoqueenvolveaestruturaauditiva,nassuasviasperifricasecentrais. Aolongodavida,oserhumanoficaexpostoafatoresquepoderocolaborarcoma diminuiogradativadaaudio.Entreeles,usodecertosmedicamentos,exposioa rudosintensos,hereditariedade,traumas,infeesdeouvidoouatoutraspatologias relacionadasaudio,dizPatrciadeRissio,fonoaudilogaeespecialistaem audiologia, da Unitron Hearing Brasil. (FUOCO, 2008) Apresbiacusiaousurdezdoidosoconstitui-seemumdosmaisimportantes fatores dedesagregaosocial. Estudos recentes demonstramquedetodasas privaes sensoriais,aperdaauditivaaqueproduzefeitomaisdevastadornoprocessode comunicao do idoso. DeacordocomAcademiaBrasileiradeOtologia, presbiacusia,oenvelhecimentonaturaldoouvidohumano, resultantedasomatriadealteraesdegenerativasdetodoo aparelho auditivo. Consiste em uma perda bilateral da audio parasonsdealtafrequncia,acompanhada,geralmente,por umaperdadesproporcionaldoreconhecimentodafala,sem histriaprviadedoenasistmicaouauditivasevera,com inciogradualecursoprogressivo(Willott,1991emNeves, 2002). Aaudio,atravsdoaparelhoauditivo,forma-senoembriohumanomuito cedo.Oouvidooprimeirorgoafuncionaraofimdetrsmesesdegestao, mas tambm oprimeiro rgo a entrar emdeteriorao, dadoque,fisiologicamente, a audio perde-se a partir de determinada idade. Nofundo,asurdezoesgotamentometablicodaclulasensorialdaaudio. Nsouvimosatravsdasclulasditassensoriais,queestolocalizadasnoouvido interno,masessasentram emfalnciae morremporqueno tmo alimento,ouseja,o oxignio que chega atravs das artrias, pormenoriza o especialista. (Gil, 2007) Fig. 47- (Annimo, 2007) 53 queasartrias,aosofreremprocessosdeescleroseoudearteriosclerose, enrijamenolevamosangueemquantidadesuficienteaoouvidointerno,que,sendo pouco vascularizado, acaba por receber pouco oxignio. Osprincipaisagentesagravantesdapresbiacusiaso:exposioarudos, diabetes, uso demedicao txica para os ouvidose a herana gentica,e a diminuio da perspiccia auditiva na terceira idade. Muitasvezesadeficinciaauditivapodeviracompanhadadeumzumbidoque compromete aindamaisobem-estar. Essezumbido temcomo caracterstica a perceo desomnaausnciadeumafontesonoraexterna,eafetacercade20%dapopulao mundial.Assuasqueixasprincipaisso:chiado,grilo,apitonoouvido,panela de presso na cabea, etc. (Ruy Barbosa Oliveira Neto, 2009) Manifestaes clnicas Comadiminuiodasensibilidadeauditivaocorreumareduona inteligibilidadedafala,oquevemacomprometerseriamenteoseuprocessode comunicaoverbal.Aperdaauditivaemaltasfrequncias(agudos)tornaaperceo dasconsoantesmuitodifcil,aosidosos,especialmentequandoacomunicaoocorre em ambientes insalubres ou ruidosos. No entendem o que dito. Apresbiacusianoidosopodeacarretaralgunsproblemaspsicossociaistais como: Isolamento social, Incapacidade auditiva (igrejas, rdio e TV), intolerncia a sons de moderada alta intensidade (agudos). Se a pessoa fala baixo o idoso no ouve se ela grita, o incomoda. Problemasdealertaedefesa:incapacidadeparaouvirpessoaseveculos aproximando-se,panelasfervendo,alarmes,telefone,campainhadaporta,annciosde emergncias em rdio e TV. Quandoquestionados,osfamiliaresdescrevemoidosocomo: Principaissintomas:Dificuldadedeparticipardeconversaooufalaraotelefone, sensaodequenoconseguecompreenderaspalavras, necessidadedeaumentarovolumedaTVourdio, dificuldade de localizar uma fonte sonora. (Ruy Barbosa Oliveira Neto, 2009) Fig. 48 Problemas auditivos dos idosos 54 6.3. Olfato Comavelhiceoidosovaiperdendooolfatoeoseu paladar,atualmenteadiminuiodaperceodoscheiros temincionameia-idadeeprsperaaolongodavida decadente,podendointerferirnaqualidadedevidado idoso.Jaspapilasgustativasdaboca,responsveispelo paladar, diminuem cerca de 60%. Opaladareoolfatosendodiminudonestaidademais avanadapodeoriginarproblemasnutricionais,porquea faltadeperceodosaborearomadosalimentosreduzo interessepelaalimentao,oquecausaadesnutrioou pelocontrrio,podelevaroidosoaadicionarmaissal, acar e gordura para intensificar o sabor dos alimentos, o que podeaumentaraocorrnciadedoenascomunsdestafaixa etria,comoahipertenso,adiabeteseasdoenascardacas. (Silva, 2009) Fig. 49: Idoso a ter uma alimentao a ter uma alimentao saudvel (Annimo, Idoso saudvel) 55 6.4. Paladar Dentrodasmudanasprogressivascaractersticasdoprocessodeenvelhecimento, pode-se citar que a reduo da capacidade funcional, as alteraes referentes aopaladar, comopoucasensibilidadeparagostosprimrios,asalteraesdoprocessometablico doorganismocomoumtodoeasmodificaesdacomposiocorporalsoalgumas delas e esto diretamente relacionadas com a nutrio da populao idosa. Asalteraesmorfolgicasefuncionaissoobservadasnosidososeestaspodem mudardeformagradualaaparnciadosmesmos.Osindivduosdestafaixaetria enfrentam estes tipos de alteraes em decorrncia do envelhecimento que o corpo sofre e a principal alterao que ocorre oenvelhecimentocelular, poiscom asclulas senis existedificuldadepararesponderaosestmulosfisiolgicos,sensoriais,dentreoutros. Comisto,ahomeostasiadoorganismonosedesenvolveeconsequentementeos demaistecidosergostemasuaaoreduzida.Diantedesteaspeto,oconsumo alimentaremidosos,mesmoquesaudveis,tendeasofrerumdeclnioporrazesdo prprioenvelhecimento.Porestemotivo,osindivduospertencentesaestapopulao sosuscetveisperdadepesopatolgicoea desnutrio,oqueaumentaoriscodemortalidadee morbidade. Somando-se a isso, existe ainda a diminuio doscorpsculosgustativospresentesnaspapilas linguais,reduzindodestaforma,olimiardedeteoe identificaodesabor.Nosjovensestenmero corresponde a mais de 250 corpsculospara cada papila, enquantonosidosos,principalmenteacimados70anos, este valor reduzido pra menos de 100. Fig. 50: Paladar nos idosos Autor anonimo. Imagem disponvel em: http://thumbs.dreamstime.com/thumb_339/1228234967rd4DhV.jpg 56 frequentemedidaqueaidadeaumenta,muitoporculpademedicamentose doenas,deixandoosidososvulnerveissemdistinguirsabores,perdemointeresse pela comida, abusamdo acaredosal para compensarou corremo risco de ingerir alimentosestragados.Humatendnciaparagestoscompensatrioscomoacrescentar salouacar,natentativadequeacomidasaibamelhor.Oresultadooconsumo excessivodaquelesnutrientes,oqueabreocaminhoaodesenvolvimentoou agravamento de doenas como hipertenso ou a diabetes, predominantes nos idosos 57 6.5. Tato Aterceiraidademarcadaporlimitaescomoproblemasdesade;reflexos reduzidos;manchasemenorelasticidadedapeleediminuiodasensibilidadena palmaededosdasmos.Percebe-seentoqueosrgosdossentidostornam-se debilitados,comprometendoasuacomunicaoeperceodemundoqueosrodeia. Comoconsequncia,desenvolvemsentimentosdefragilidadeesolido.Segundoestas limitaes,otatoclaramenteasuamaisimportanteformadecomunicaoe envolvimentoemocional.Ficaestampadanorostodepessoasidosasasuagrande satisfaoapsumabraooucarinhorecebido.Pormeiodotoquepode-setransmitir amor, ternura, calor humano, confiana, afeto, desenvolvendo neles uma noo de seres comimportncia. Encarar o idosocomoespecial etransmitirestavalorizao pormeio dotoquefundamentalparaqualquerserhumano.(PsiclogaDra.LaianeLopes) (McMillan B. , 2009) Comoavanodaidade,humareduoda sensibilidadedapeledor. A diminuio desse sentido pode ser potencialmente perigosa. A perda de sensibilidade no tatonosignificaapenasqueapessoanosintamaisascoisascomamodamesma maneira.Elapassaanosentirmais irregularidades e ondulaes no piso, o que facilitaaqueda.Outroproblemana diminuiodotatosoasdiferenas entre quenteefriotambmficamdifceis de serem identificadas, aumentando o risco de leses por queimaduras. Assim,aquelamulherquegostade cozinharpodesequeimarenemnotaro ferimento que, sem tratamento, podepiorar e at infecionar. Para preveniracidentesna terceiraidade,recomendadocuidadoscomatemperaturamximada gua e com o fogo. (Annimo, 2012) Fig.51: Diferena entre a mo de uma jovem e de uma idosa 58 Concluso Opresentetrabalhofoielaboradocomafinalidadedeesclarecerconceitos relativamenteaosrgosdossentidos:aviso,aaudio,oolfato,opaladareotato. Estesservemparainterpretarassensaes,graassquaisrecebemosinformaesdo mundo exterior, permitindo que nos relacionemos com ele.Os cincosentidosdocorpohumanosofremalteraescomopassardosanos, queostornamcadavezmenoscapacitados.Comalguns cuidadosbsicos,noentanto, aspessoaspodemevitaros desgastessensoriais,preservandoaviso,aaudio,o paladar, o olfato e o tato. SegundoLviaCoelho,oenvelhecimentoumprocessodegenerativonatural. Assimcomoosossostendemaficarmaisfrgeiseapeleenruga,ossentidostambm sofrem(.).Mas,claro,tudovaidependerdoshbitosdevida,quepodem potencializar ou desacelerar essa perda.. Emsuma,teralgumdossentidosdiminudospodecondicionarseriamentea qualidade de vida de uma pessoa, especialmente se ela j for idosa. 59 Bibliografia (s.d.). Obtido em 25 de Outubro de 2012, de http://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/sentido.php. (s.d.). Obtido em 25 de Outubro de 2012, de http://saude.hsw.uol.com.br/sistema-imunologico4.htm. (s.d.). 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