Fisiologia Cap 25 Guyton

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OS COMPARTIMENTOS DOS LÍQUIDOS CORPORAIS: LÍQUIDOS EXTRACELULAR E INTRACELULAR; LÍQUIDO INSTERSTICIAL E EDEMA Unidade V Os líquidos corporais e os rins. Amanda de Paula Andressa Rondon

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Capitulo 25 do tratado de fisiologia médica. Guyton

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OS COMPARTIMENTOS DOS LÍQUIDOS

CORPORAIS: LÍQUIDOS EXTRACELULAR

E INTRACELULAR; LÍQUIDO

INSTERSTICIAL E EDEMA

Unidade V

Os líquidos corporais e os rins.

Amanda de Paula

Andressa Rondon

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Introdução

Alguns dos mais comuns e importantes problemas clínicos ocorrem em

função da anormalidade no sistema de controle que mantém a

homeostasia do líquidos corporais

Discutiremos aqui, a regulação geral dos líquidos corporais, constituintes

do líquido extracelular, balanço acidobásico e o controle de troca de

líquidos entre os compartimentos.

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Entrada e saída de líquidos são balanceadas nas condições estáveis

Entrada diária de águaIngestão na forma de líquidos ou pela água dos alimentos (2100mL/dia)

Sintetizada na reação de oxidação de carboidratos (200mL/dia)

Perda diária de águaPerda insensível de água (600 a 800mL/ dia , sendo metade pela pele e metade pelo trato

respiratório)

Perda de líquido no suor (100mL/dia em condições normais, ou de 1 a 2L/hora em exercícios

pesados)

Perda de água nas fezes (100mL/dia, em condições não patológicas)

Perda de água pelos rins (0,5L/dia quando em desidratação ou 20L/dia em pessoa com grande

ingestão de água)

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Quantidade diária de ganho e perda de água (mL/dia)

Normal Exercício pesado/prolongado

Ganho

Ingestão de

líquidos

2100 -

Do metabolismo 200 200

Total de ganho 2300 -

Perdas

Insensível - pele 350 350

Insensível -

pulmões

350 650

Suor 100 5000

Fezes 100 100

Urina 1400 500

Total perdido 2300 6600

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Compartimentos dos líquidos corporais

Esse compartimento inclui o líquido dos espaçossinoviais, peritoniais, pericárdicos, intraoculares elíquido cefalorraquidiano;

Em alguns casos é considerado um tipo especializadode líquido extracelular;

Todo os líquidos transcelulares, juntos, somam de 1 a2L

Líquido transcelular

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Somados são 20% do peso corporal (aproximadamente 14L em

um homem adulto normal de 70 quilos);

Sua maior parte é líquido intersticial (11L) e plasma sanguíneo (3L);

Líquido extracelular

Compartimentos dos líquidos corporais

Plasma é a parte não celular do sangue; ele

troca continuamente substâncias com o líquido

intersticial através dos poros das membranas

capilares. Esses poros são altamente

permeáveis, o que garante uma composição

aproximada exceto pela concentração de

proteínas .

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Em torno de 28 a 42L, ou seja, cerca de 40% do peso corporal.

O Líquido de cada célula contém sua composição

individual de diferentes substâncias, porém as

concentrações dessas substâncias são similares de uma

celula para outra.

Líquido intracelular

Compartimentos dos líquidos corporais

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Resumo da regulação dos

volumes de líquidos

corporais,incluindo os

compartimentos principais de

líquidos do corpo e das

membranas que separam esses

compartimentos. Os valores

mostrados são referentes à

pessoa média com 70 quilos.

Compartimentos dos líquidos corporais

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Volume sanguíneo

O sangue contém tanto líquido extracelular (plasma), como intracelular (nas

hemácias);

É considerado compartimento líquido separado por ter sua própria câmara, o

sistema circulatório.

O volume sanguíneo é particularmente importante no controle da dinâmica

cardiovascular.

O Sangue é constituído 60% de plasma e 40%hemácias (em condições

médias)

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É a fração do sangue representada pelas hemácias, determinada pela

centrifugação do sangue num “tubo para hematócrito”.

Mesmo com o processo de centrifugação ainda restam 3 ou 4% de plasma no

hematócrito .

No homem o hematócrito medido está normalmente em torno de 0,40 e nas

mulheres de 0,36

Em quadro de anemia grave chega até 0,10 e a policitemia aumenta para 0,65

Hematócrito (Volume total das hemácias)

Volume sanguíneo

Page 11: Fisiologia Cap 25 Guyton

Constituintes dos líquidos Extracelular e intracelular

Em virtude do Efeito Donnan, a concentração dos íons positivamente carregados é

um pouco maior no plasma do que no líquido intersticial;

As proteínas tem carga negativa em pH fisiológico, logo tendem a se ligar a cátions,

como sódio e potássio;

Os íons negativos (ânions) são repelidos pela carga das proteínas, mas atraídos pelo

gradiente de concentração ;

Por razões práticas, as concentrações são consideradas iguais.

As composições do Plasma e do líquido intersticial

são similares

Page 12: Fisiologia Cap 25 Guyton

Efeito Donnan

Plasma Líquido Intersticial

Page 13: Fisiologia Cap 25 Guyton

Constituintes dos líquidos Extracelular e intracelular

Constituintes do líquido intracelular

É separado do líquido extracelular por uma membrana muito permeável à água,

mas não é permeável a grande maioria dos eletrólitos existentes no corpo.

Em contraste com o meio extracelular, este contém apenas uma pequena

quantidade dos íons sódio e cloreto e quantidades ainda menores de cálcio.

Entretanto tem grande quantidade de íons potássio e fosfato, além de

considerável quantidade de íons magnésio e sulfato.

E uma quantidade quase quatro vezes maiores de proteínas do que no plasma.

Page 14: Fisiologia Cap 25 Guyton

Principais cátions e ânions dos

líquidos intracelular e

extracelular. As concentrações

de Ca++ e Mg++ representam a

soma desses dois íons. As

concentrações mostradas

representam o total de íons livres

e íons complexados.

Page 15: Fisiologia Cap 25 Guyton

Não eletrólitos no plasma.

Page 16: Fisiologia Cap 25 Guyton

Substâncias

osmolares

nos líquidos.

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Medida dos Volume dos Líquidos nos Diferentes Compartimentos do Corpo –Princípio Indicador-Diluidor

O volume de um líquido em

compartimento do corpo pode ser

medido, por um método baseado no

princípio da conservação de massas.

Coloca-se uma substância indicadora

no compartimento, permiti-se que o

indicador se disperse igualmente por

todo o líquido, pode-se assim, analisar

a diluição do indicador.

Volume B = Volume A x Concentração A

Concentração B

Page 18: Fisiologia Cap 25 Guyton

Determinação do volume de diferente compartimentos líquidos corporais.

Usando o mesmo princípio de diluição, é possível medir a

quantidade total de água no corpo. Para isso podem ser

utilizada a água radioativa (trítio - 3H2O) ou água pesada

(deutério - ²H2O).

Outra substância utilizada para esse fim é a antipirina, que é

altamente lipossolúvel e pode rapidamente se difundir pela

membrana celular e se distribuir uniformemente pelo

compartimento intra e extracelular.

Medida da água total do corpo

Page 19: Fisiologia Cap 25 Guyton

Pode ser medido usando qualquer substância que se disperse no plasma e

no líquido intersticial), porém seja impermeável pela membrana celular.

Como sódio radioativo, cloreto radioativo, inulina...

Quando essa substâncias são injetadas no corpo, são dispersas quase

completamente de 30 a 60 minutos.

Algumas dessas podem se difundir em pequenas quantidade para o

meio intracelular, por isso são chamados, frequentemente, de espaço

do sódio ou espaço da inulina.

Medida do Volume do Líquido Extracelular

Determinação do volume de diferente compartimentos líquidos corporais.

Page 20: Fisiologia Cap 25 Guyton

O Volume não pode ser medido diretamente. Porém pode ser calculado

da seguinte maneira

Volume intracelular = Água total do corpo – Volume extracelular

Cálculo do Volume Intracelular

Medida do volume do Plasma

Para medir o volume do plasma, a substância a ser usada não deve

prontamente permear através das membranas capilares. Mas permanecer

no sistema vascular.

Para isso são usados corantes, mais comumente o corante azul de

Evans e a albumina sérica marcada com iodo radioativo.

Determinação do volume de diferente compartimentos líquidos corporais.

Page 21: Fisiologia Cap 25 Guyton

O Volume não pode ser medido diretamente. Porém pode ser calculado

da seguinte maneira

Volume de líquido intersticial = Volume de líquido extracelular – Volume do plasma

Cálculo do Volume do Líquido Intersticial.

Medida do Volume Sanguíneo.

Caso o volume do plasma já tenha sido medido, é possível calcular,

sabendo-se o valor do hematócrito, usando a seguinte equação

Outra maneira de medir é injetando hemácias marcadas com

material radioativo e usando o método de indicador-diluição.

Determinação do volume de diferente compartimentos líquidos corporais.

oHematócrit1-

plasmático Volume totalsanguíneo Volume

Page 22: Fisiologia Cap 25 Guyton

Regulação da Troca de Líquidos e Equilíbrio Osmótico Entre os Líquidos Intracelular e Extracelular

A distribuição dos líquidos entre os compartimentos é determinada

principalmente pelo efeito osmótico de solutos menores agindo através

da membrana celular.

A membrana é muito permeável a água, mas relativamente

impermeáveis a íons menores que a água, tais como sódio e cloreto.

Portanto, mantêm-se a condição isotônica.

Page 23: Fisiologia Cap 25 Guyton

Princípios básicos da osmose e pressão osmótica

“Osmose é a difusão efetiva de água através da membrana

seletivamente permeável, de região de maior concentração

para outra de menor concentração.”

Page 24: Fisiologia Cap 25 Guyton

Princípios básicos da osmose e pressão osmótica

O número total de partículas em uma solução é medido em osmóis.

1 osmol (osm) = 1 mol (6,02x10²³) partículas de soluto

Caso a molécula de dissocie em duas, como, por exemplo, o cloreto de

sódio, a solução contendo 1mol/L terá concentração de 2osm/L

O termo miliosmol (mOsm) equivale a 1/1.000 osm

Relação Entre Moles e Osmóis.

Page 25: Fisiologia Cap 25 Guyton

Princípios básicos da osmose e pressão osmótica

Osmolalidade Osmolaridade

Osmóis por quilo-grama de

água

Osmóis por litro de água

Osmolalidade e Osmolaridade.

Ambas definem a contração de uma solução, porém se diferem na

unidade de medida

Por razões praticas é mais usado a medida osmolaridade

Page 26: Fisiologia Cap 25 Guyton

Princípios básicos da osmose e pressão osmótica

Como exemplo, a pressão osmótica de solução de NaCl a 0,9%.

A concentração de NaCl a 0,9% = 9g/L

Como o peso molecular do NaCl é 58,5g/mol

Logo:

Cálculo da Osmolaridade e pressão osmótica de um solução

mol/L 0,154 58,5g/mol

9g/L

molecular Peso

ãoConcentraç

Page 27: Fisiologia Cap 25 Guyton

Cada molécula de NaCl é igual a 2 osmóis.

Cálculo da Osmolaridade e pressão osmótica de um solução

)Cl(Na

0,154mol/L x 2 = 0,308 osm/L → 308 mOsm/L

A pressão osmótica potencial da solução seria

308 mOsm/L x 19,3mmHg/mOsm/L = 5.944mmHg

Princípios básicos da osmose e pressão osmótica

Page 28: Fisiologia Cap 25 Guyton

Princípios básicos da osmose e pressão osmótica

Entretanto, esse cálculo é somente aproximado porque os íons de NaCl

não se comportam de modo totalmente independente na solução.

Pode-se corrigir esse desvio usando a Lei de van’t Hoff e o fator de

correção conhecido por coeficiente osmótico.

Para o NaCl, o coeficiente é 0,93

Logo, as osmolaridade real de uma solução de NaCl a 0,9% é:

Cálculo da Osmolaridade e pressão osmótica de um solução

308mOsm/L x 0,93 = 286mOsm/L

Page 29: Fisiologia Cap 25 Guyton

80% da osmolaridade total do líquido intersticial e no plasma é devida aos

íons Sódio e Cloreto.

Já no líquido intracelular quase a metade da osmolaridade é devida aos

íons potássio.

A osmolaridade total dos compartimento fica em torno de 300mOsm/L

No plasma é 1mOsm/L maior que do intracelular e intersticial, devido a

presença das proteínas que mantém a pressão dos capilares em torno de

20mmHg maior que nos outros espaços intersticiais adjacentes.

Osmolaridade dos líquidos corporais

Princípios básicos da osmose e pressão osmótica

Page 30: Fisiologia Cap 25 Guyton

Osmolaridade dos líquidos corporais

Page 31: Fisiologia Cap 25 Guyton

O Equilíbrio Osmótico É Mantido Entre os Líquidos Intracelular eExtracelular

Altas pressões podem ser

desenvolvidas através da

membrana celular com

alterações relativamente

pequenas de

concentração de solutos

do líquido extracelular.

Page 32: Fisiologia Cap 25 Guyton

Os termos isotônico, hipotônico e hipertônico se referem às soluções

que mudam o volume das células.

Soluções com a mesma osmolaridade que a célula são ditas

isosmóticas.

Hiposmóticas e hiperosmóticas , se referem à soluções com menor e

maior osmolaridade, respectivamente.

O Equilíbrio Osmótico É Mantido Entre os Líquidos Intracelular e Extracelular

Líquidos Isosmóticos, Hiperosmóticos e Hiposmóticos

Page 33: Fisiologia Cap 25 Guyton

Volume e Osmolalidade dos Líquidos Extracelular e Intracelular em Estados Anormais

Alguns fatores podem causar alteração considerável nos volumes dos

líquidos extracelular e intracelular (ingestão ou perda excessiva de água)

Podem se calcular as alterações no volumes e o tipo de terapia que deve

ser instituída se os seguintes principios foram considerados.

1. A água se move rapidamente de um lado para o outro da

membrana celular.

2. As membranas celulares são completamente impermeáveis a

muitos solutos

Page 34: Fisiologia Cap 25 Guyton

Volume e Osmolalidade dos Líquidos Extracelular e Intracelular em Estados Anormais

Solução isotônica

molaridade não se

altera, ocorre osmose e

aumento do volume

extracelular

Efeito da Adição de

Solução Salina ao

Meio extracelular

Page 35: Fisiologia Cap 25 Guyton

Volume e Osmolalidade dos Líquidos Extracelular e Intracelular em Estados Anormais

Solução hipotônica

diminui a osmolaridade

e aumenta o volume

intracelular.

Efeito da Adição de

Solução Salina ao

Meio extracelular

Page 36: Fisiologia Cap 25 Guyton

Volume e Osmolalidade dos Líquidos Extracelular e Intracelular em Estados Anormais

Solução hipertônica

aumenta a

osmolaridade e volume

extracelular.

Efeito da Adição de

Solução Salina ao

Meio extracelular

Page 37: Fisiologia Cap 25 Guyton

Volume e Osmolalidade dos Líquidos Extracelular e Intracelular em Estados Anormais

É possível calcular os efeitos sequenciais de da infusão de soluções de

solução de diferentes volumes dos líquidos extracelular e intracelular e nas

suas osmolaridades.

Por exemplo, se 2L de solução hipertônica de NaCL a 3,0% forem infundidos

em paciente de 70Kg, cuja a osmolaridade inicial do plasma é 280mOsm/L

Cálculo De Deslocamento De Líquido E Das Osmolaridades Após Infusão

De Salina Hipertônica

Page 38: Fisiologia Cap 25 Guyton

Cálculo De Deslocamento De Líquido E Das Osmolaridades Após

Infusão De Salina Hipertônica

Volume (Litros) Concentração (mOsm/L) Total (mOsm)

Líquido extracelular 14 280 3.920

Líquido intracelular 28 280 7.840

Total de líquido corporal 42 280 11.760

Passo 1. Condições iniciais

O primeiro passo é calcular as condições iniciais. Assumindo-se que o

volume do líquido extracelular seja 20% do peso corporal e o intracelular é

de 40%.

Page 39: Fisiologia Cap 25 Guyton

Cálculo De Deslocamento De Líquido E Das Osmolaridades Após

Infusão De Salina Hipertônica

Passo 1. Condições iniciais

Calcula-se então o total de mOsm adicionados ao meio extracelular.

NaCl a 3,0% = 30g/L → 0,513mol/L 58,5g/mol

30g/L

1.026mol 2L x 0,513mol/L

mOsm 2.051 2 x 1.026mol

Como são 2L de solução →

Cada mol de NaCl são quase 2 osmóis →

Page 40: Fisiologia Cap 25 Guyton

Cálculo De Deslocamento De Líquido E Das Osmolaridades Após

Infusão De Salina Hipertônica

Passo 2. Efeito instantâneo

Calcula-se o efeito instantâneo de se adicionar 2.051 mOsm de NaCl

em volume de 2L ao líquido extracelular.

Não ocorre nenhuma mudança na concentração ou no volume

intracelular, e não ocorrerá equilíbrio osmótico.

Entretanto o líquido extracelular terá quantidade adicional de

2.051 mOsm no soluto total, tendo, por fim, (3.920 mOsm + 2.051 mOsm)

5.971 mOsm.

Page 41: Fisiologia Cap 25 Guyton

Cálculo De Deslocamento De Líquido E Das Osmolaridades Após

Infusão De Salina Hipertônica

Passo 2. Efeito instantâneo

Como agora o volume do compartimento é de 16L, a concentração pode ser

calculada pela divisão 5.971mOsm / 16L. Dessa maneira os novos valores ficam

assim:

Volume (Litros) Concentração (mOsm/L) Total (mOsm)

Líquido extracelular 16 373 5.971

Líquido intracelular 28 280 7.840

Total de líquido corporal 42 Sem equilíbrio 11.760

Page 42: Fisiologia Cap 25 Guyton

Cálculo De Deslocamento De Líquido E Das Osmolaridades Após

Infusão De Salina Hipertônica

Passo 3. Após o Equilíbrio Osmótico

Nesse caso as concentrações intra e extracelular são iguais, e podem ser

calculadas pela divisão do total de mOsm do corpo pelo volume total.

mOsm/L 313,9 L 44

mOsm 13.811

Assumindo que nada da solução tenha se perdido e que o NaCl não tenha

entrado na célula, pode-se calcular o volume dos compartimentos intra e

extracelular dividindo o total de mOsm no líquido pela concentração.

Temos assim para o líquido intracelular 24,98L e para o extracelular

19,02L

Page 43: Fisiologia Cap 25 Guyton

Cálculo De Deslocamento De Líquido E Das Osmolaridades Após

Infusão De Salina Hipertônica

Ficam assim os valores finais

Volume (Litros) Concentração (mOsm/L) Total (mOsm)

Líquido extracelular 19,02 313,9 5.971

Líquido intracelular 24,98 313,9 7.840

Total de líquido corporal 44 313,9 13.881

Passo 3. Após o Equilíbrio Osmótico

Pode-se concluir, então, que a adição de 2L de solução

hipertônica causa aumento de mais de 5L no líquido

extracelular e diminui o volume intracelular em mais de 3 litros.

Page 44: Fisiologia Cap 25 Guyton

Glicose e Outras Substâncias Administradas com Objetivo Nutricional

Muitos tipos de soluções são administradas por via intravenosa para

proporcionar nutrição a pessoas que não podem, por outras maneiras, obter

a quantidade adequada de nutrientes.

Soluções de glicose, ou de aminoácidos e de gordura homogenizada em

menor escala.

São administradas em concentrações próximas a isotonicidade, ou

lentamente para que não perturbem consideravelmente o equilíbrio

osmótico

Em condições normais, os rins excretam o solvente da substância.

Page 45: Fisiologia Cap 25 Guyton

Anormalidades Clínicas da Regulação do Volume de Líquidos: Hiponatremia e Hipernatremia

A principal medida rapidamente disponível para avaliação dos

líquidos do paciente é a concentração de sódio no plasma

Quando a concentração de sódio está reduzida, o indivíduo tem

hiponatremia. Quando a concentração de sódio no plasma está

acima do normal o indivíduo tem hipernatremia.

Page 46: Fisiologia Cap 25 Guyton

Anormalidades Clínicas da Regulação do Volume de Líquidos: Hiponatremia e Hipernatremia

Perda primária de NaCl geralmente resulta em hiponatremia-desidratação e é

associada á redução do volume do líquido extracelular. Algumas condições

pode causar perda de NaCl como diarréia, vômito, uso excessivo de diuréticos,

doenças renais, e a doença de Addison.

A retenção de água excessiva também causa hiponatremia, que dilui o

sódio do líquido extracelular. Definida como hiponatremia-hiperidratação.

Causa, por exemplo, pela secreção excessiva de hormônio antidiurético.

Causas da Hiponatremia

Page 47: Fisiologia Cap 25 Guyton

Anormalidades Clínicas da Regulação do Volume de Líquidos: Hiponatremia e Hipernatremia

A redução rápida do sódio plasmático, por exemplo, pode causar edema nas

células cerebrais. Se a concentração de sódio cair para menos de 115 a 120

mmol/L, o inchaço celular pode levar a convulsões, coma, dano cerebral

permanente e a morte.

Quando a hiponatremia se desenvolve lentamente os outros tecidos respondem

atenuando o fluxo osmótico de água para a célula e o inchaço dos tecidos.

No entanto, o desenvolvimento lento da hiponatremia, deixa o cérebro mais

vulnerável se corrido muito rapidamente. Podendo causa a

desmienilização

Consequências da Hiponatremia: Inchaço celular

Page 48: Fisiologia Cap 25 Guyton

Anormalidades Clínicas da Regulação do Volume de Líquidos: Hiponatremia e Hipernatremia

Quando existe perda primária de água do líquido extracelular isso resulta em

hipernatremia-desidratação. Essa condição pode decorrer da deficiência do

hormônio antidiurético, o que faz com que os rins excretem urina diluída

(diabetes insípido). Ou quando os rins não respondem a esse hormônio

(diabetes insípido nefrogênico).

O excesso de NaCl no líquido extracelular resulta em hipernatremia-

hiperidratação. Por exemplo, a secreção excessiva de aldosterona que

retém sódio.

Causas da Hipernatremia

Page 49: Fisiologia Cap 25 Guyton

Anormalidades Clínicas da Regulação do Volume de Líquidos: Hiponatremia e Hipernatremia

Na hipernatremia os sintomas graves geralmente, só ocorrem com o aumento

muito rápido e muito alto da concentração plasmática de sódio. Isso porque a

hipernatremia promove intensa sede. Porém pacientes com lesões

hipotalâmicas, crianças que podem não ter acesso imediato a água ou idosos

com estado mental alterado, podem apresentar sintomas graves.

A correção da hipernatremia pode ser corrigida com a administração de uma

solução hipo-osmótica de NaCl. É prudente que se corrija lentamente para

evitar danos .

Consequências da Hipernatremia: Murchamento celular

Page 50: Fisiologia Cap 25 Guyton

Anormalidades Clínicas da Regulação do Volume deLíquidos: Hiponatremia eHipernatremia

Regulação do volume da célula cerebral durante

hiponatremia. Durante hiponatremia, causada pela

perda de ou excesso de água, ocorre difusão de

água para as células (1) e inchaço do tecido cerebral.

Isso estimula o transporte de , , e solutos

orgânicos para fora das células(2), que então causa

difusão de água para fora das células(3). Com

hiponatremia crônica, o inchaço cerebral é atenuado

pelo transporte de solutos das células

Na

Na K

Page 51: Fisiologia Cap 25 Guyton

Edema: Excesso de líquido nos tecidos.

Três condições são especialmente propensas a causar edema intracelular:

¹Hiponatermia, ² depressão dos sistemas metabólicos, ³falta de nutrição

adequada para as células.

Por exemplo, caso o fluxo sanguíneo fique muito baixo para manter o

metabolismo normal da célula, as bombas iônicas ficam comprometidas e o

sódio acaba vazando para dentro da célula.

Algumas vezes isso pode aumentar o volume intracelular de determinada

área do tecido. Quando isso ocorre, é geralmente prelúdio de morte do

tecido.

Edema Intracelular

Page 52: Fisiologia Cap 25 Guyton

Edema: Excesso de líquido nos tecidos.

I. Aumento da pressão capilar

A. Retenção excessiva de sal e água

pelos rins

• Insuficiência aguda ou crônica dos

rins.

• Excesso de mineralocorticoides

B. Pressão venosa alta constrição

venosa

• Insuficiência cardíaca

• Obstrução venosa

• Bombeamento venoso insuficiente

Paralisia dos músculos

Imobilização de parte do corpo

Insuficiência das válvulas venosas

C. Redução da resistência arteriolar

• Aquecimento excessivo do corpo

• Insuficiência do SNS

• Fármacos vaso dilatadores

Resumos das Causas de Edema Extracelular

Page 53: Fisiologia Cap 25 Guyton

Edema: Excesso de líquido nos tecidos.

II. Redução das proteínas plasmáticas

A. Perda de proteína pela urina

(síndrome nefrótica)

B. Perda de proteína nas áreas

desnudadas da pele

• Queimaduras

• Ferimentos

C. Insuficiência da síntese proteica

• Doença hepática (p. ex., cirrose)

• Desnutrição proteica ou calórica

grave

Resumos das Causas de Edema Extracelular

Page 54: Fisiologia Cap 25 Guyton

Edema: Excesso de líquido nos tecidos.

A. Reações imunes que causem

liberação de histamina e outros

produtos imunes

B. Toxinas

C. Infecções bacterianas

D. Deficiência de vitaminas,

especialmente C

E. Isquemia prolongada

F. Queimaduras

Resumos das Causas de Edema Extracelular

III. Aumento da permeabilidade capilar

Page 55: Fisiologia Cap 25 Guyton

Edema: Excesso de líquido nos tecidos.

IV. Bloqueio do retorno linfático

A. Câncer

B. Infecções (p. ex., nematódeo da

filária)

C. Cirurgia

D. Ausência congênita ou

anormalidades dos vasos

linfáticos

Resumos das Causas de Edema Extracelular

Page 56: Fisiologia Cap 25 Guyton

Edema: Excesso de líquido nos tecidos.

O fator de segurança, devido a baixa complacência do tecido, com

valor negativo de pressão intersticial é em torno de 3mmHg

O fator de segurança, devido ao aumento do fluxo linfático, é em torno

de 7mmHg

O fator de segurando causado pelo lavagem de proteínas dos espaços

intersticiais, é em torno de 7mmHg.

Resumos Dos Fatores Proteção Que Previnem O Edema

Page 57: Fisiologia Cap 25 Guyton

Líquidos nos “Espaços em Potencial do Corpo”

Alguns espaços em potencial são cavidades pleural, pericárdica, peritoneal e

sinovial, das articulações e as bolsas.

O líquido é trocado entre os capilares e os espaços em potencial

Os vasos linfáticos drenam as proteínas dos espaços em potencial

O líquido de edema no espaço em potencial é chamado “efusão”

Page 58: Fisiologia Cap 25 Guyton

Bibliografia

Guyton & Hall, Tratado de Fisiologia Médica. 12ªed.

Capítulo 25, Unidade V.

https://www.passeidireto.com/arquivo/3726215/efeito-donnan

acessado em 15/11/2014.

Alunas:

Andressa Rondon

Amanda de Paula