Fisiologia da Membrana

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Fisiologia da membrana Prof. Me. Caio Maximino Marabá/PA 2014

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Page 1: Fisiologia da Membrana

Fisiologia da membrana

Prof. Me. Caio Maximino

Marabá/PA2014

Page 2: Fisiologia da Membrana

Conteúdo programático

● Eletrocinese e estrutura eletrostática da membrana

● Permeabilidade da membrana e gradientes eletroquímicos

● Equilíbrio de Donnan e capacitância

● Transporte passivo e ativo

Propriedadeselétricas damembrana

Propriedadeselétricas damembrana

Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

Page 3: Fisiologia da Membrana

Fundamentos de eletrostática

● A base para as considerações eletrostáticas é a carga elétrica, definida em coulombs (C = A · s)

● A menor cara elétrica possível é a carga de um íon univalente ou de um grupo carregado correspondente.

● A constante de Faraday (F) representa o número de cargas por mol de íons univalentes

Propriedadeselétricas damembrana

Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

F=9,6485⋅104C val−1

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Permeabilidadeseletiva

Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

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Fundamentos de eletrostática

● A divisão desse valor pelo número de Avogrado (N) produz o valor da carga de um único íon (e):

● Para calcular os parâmetros mecânicos resultando de interações elétricas, é preciso usar um fator de conversão, a permissividade do espaço livre (ε0):

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

e=FN

=1,6021⋅10−19C

ε0=8,854⋅10−12CV−1m−1

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Permeabilidadeseletiva

Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

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Page 5: Fisiologia da Membrana

Potencial elétrico

● Qualquer carga gera um campo elétrico que é caracterizado pelo gradiente de potencial elétrico (ψ), a quantidade de trabalho necessária para mover uma crga positiva de uma distância infinita ao ponto r.

● No caso de um campo elétrico à volta de uma carga q, o potencial elétrico é uma função radial da distância r desse ponto

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

ψ=q

4⋅π⋅ε0⋅ε⋅r

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

Transporte

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Page 6: Fisiologia da Membrana

Potencial elétrico

● A força do campo elétrico (E) é um parâmetro vetorial, definido como

● No caso de um gradiente no qual o campo elétrico movimenta-se em uma única direção x, essa equação torna-se

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

E=−gradε=−∇ ε

Ex=−d ε

dx⋅i

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Permeabilidadeseletiva

Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

Transporte

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Page 7: Fisiologia da Membrana

Potencial elétrico

● Fase I e Fase II: Duas soluções de eletrólitos diferentes.

● Pontos de descontinuidade na força do campo podem ocorrer, com uma reversão da direção do campo.

● A razão para essas descontinuidades são as cargas de superfície nos limites da fase.

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

Glazer, 1999

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Permeabilidadeseletiva

Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

Transporte

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Page 8: Fisiologia da Membrana

Estrutura eletrostática da membrana

● A membrana celular é uma estrutura altamente organizada que cumpre várias funções fisiológicas:

– Como superfície, forma uma matriz dinâmica para reações enzimáticas, processos receptivos, e reconhecimento imunológico

– Como barreira de difusão, controla a composição iônica do citoplasma através de transportadores altamente específicos

– Como folheto de isolamento elétrico, contém um mosaico de circuitos elétricos passivos e ativos, controlando o potencial de membrana e as condições eletrodinâmicas próximas à membrana

– Como estrutura mecânica, garante a integridade da célula e influencia seu formato e movimento

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

Transporte

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Page 9: Fisiologia da Membrana

Estrutura eletrostática da membrana

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

Murray et al., 2003

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

Transporte

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Page 10: Fisiologia da Membrana

Efeito hidrofóbico na formação de bicamadas lipídicas

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

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Transporte

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Estrutura eletrostática da membrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

Murray et al., 2003

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Page 12: Fisiologia da Membrana

Estrutura eletrostática da membrana

● Em relação ao meio extracelular e ao citoplasma, a membrana celular apresenta resistência elétrica alta e constante dielétrica baixa.

● Essas propriedades nos autorizam a tratar a membrana como uma interface hidrofóbica extremamente fina que isola duas fases aquosas, comportando-se como um capacitor com capacitância C e resistência R.

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

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Page 13: Fisiologia da Membrana

Capacitância da membrana

● A capacidade específica (Csp) pode ser calculado a partir da espessura da membrana (Δx) e da constante dielétrica (ε)

● Essa capacidade é relativamente constante, porque ambos os parâmetros não variam significativamente); para a maior parte das células, é de cerca de 10 mF m-

2

● Assumindo Δx = 8 x 10-9 m:

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

C sp=ε0⋅ε

Δ x

ε=C sp⋅Δ x

ε0=

10−2⋅8⋅10−9

8.854⋅10−12

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Capacitância da membrana

● A capacidade específica indica a relação entre a quantidade de carga requerida para gerar uma diferença de potencial de membrana

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

C sp=σ

Δ ψ

Glazer, 1999

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Page 15: Fisiologia da Membrana

Modelando a capacitância da membrana

● Abra o NEURON.● Criar uma corpo celular (Build > Single compartment), inicialmente

sem atribuir propriedades elétricas

● Abrir o gráfico de potencial (Graph > Voltage axis)

● Abrir o Painel de Controle (Tools > RunControl) e rodar uma simulação (pressione “Init & Run”); anote o que ocorreu com o potencial da membrana.

● Vamos injetar um estímulo elétrico (Tools > Point Processes > Managers > Point Manager). No menu SelectPointProcess da janela que irá abrir, selecione IClamp.

● Produza uma corrente de 1 ms de atraso, 2 ms de duração, e 0.5 nA de amplitude. Rode a simulação novamente e verifique o que acontece com o potencial de membrana.

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

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Page 16: Fisiologia da Membrana

Modelando a capacitância de membrana

● Dobre a duração e divida a amplitude por 2. Rode a simulação novamente e verifique o que acontece com o potencial de membrana.

● Retorne a duração e amplitude aos seus valores iniciais.

● Insira canais de condutância passiva clocando em na caixa “pas” da janela “SingleCompartment” e repita os passos 5-7.

● No painel “RunControl”, altere o potencial de repouso de -65 para – 70 mV.

● Mude a amplitude do estímulo para 1A (1e9 nA) e rode novamente a simulação. O que ocorre com o potencial de membrana? Por quê?

● Aumente a amplitude para 1e4 nA, diminua a duração para 1e-5 ms, aumente o número de pontos (“Points plotted/ms”, no painel de controle) para 1e5, a duração do passo (“dt(ms)”) para 0.01 ms, e rode a simulação novamente.

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

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Potencial deação

Transporte

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Potencial eletrostáticoPropriedadeselétricas damembrana

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Equilíbrio deDonnan

● As cargas fixas na superfície da membrana devem ser consideradas cargas em um espaço, não em uma superfície.

● A densidade espacial de cargas é descrita pela equação de Poisson-Holtzmann

∇2ψ=−

1ε0⋅ε

⋅(ρ+F∑i=1

n

¿⋅C i0 zi e−zi e ψ

kT )

Glazer, 1999

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Potencial eletrostáticoPropriedadeselétricas damembrana

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Equilíbrio deDonnan

● A distância efetiva desse potencial é predizível primeiro pela espessura do glicocálix, e segundo pelo raio de Debye-Hückel (1/κ).

● Essa espessura é, por sua vez, determinada pelas interações eletrostáticas desuas cargas.

● Em um ambiente com alto potencial iônico, essas cargas “movem” as glicoproteínas mais próximas da membrana; o contrário ocorre em ambientes com baixo potencial iônico.

● Isso significa que a função ρ(x) (distribuição de cargas dos ácidos siálicos das glicoproteínas) depende de ψ(x)

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Page 19: Fisiologia da Membrana

Potencial eletrostático

● O potencial eletrostático influencia todas as moléculas polares, ou polarizáveis, em sua região de influência.

● A DESPOLARIZAÇÃO de uma célula excitável altera o potencial de difusão Δψ, e a modificação resultante na força do campo muda a permeabilidade de canais de sódio e potássio, que influenciam o potencial de membrana.

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Equilíbrio eletroquímicoPropriedadeselétricas damembrana

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Equilíbrio deDonnan

● O movimento do íon A na direção de seu gradiente de concentração produz um aumento no Δψ através da membrana

● Eventualmente, um campo elétrico forte irá impedir a difusão posterior do íon A.

● Assim, o íon A está sujeito a duas forças opostas: o gradiente de seu potencial químico e uma força eletrostática opositora que surge como resultado de sua própria difusão.

● As condições para equilíbrio são:

Glazer, 1999

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Transporte

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Equilíbrio eletroquímicoPropriedadeselétricas damembrana

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Equilíbrio deDonnan

● Se o potencial eletroquímico de uma substância i é dado por

● Em condição de equilíbrio teremos

● Rearranjando

● Ou ainda

~μi=μi+ zi⋅Fψ

μ AI+RT +ln (a A

I)+z A⋅Fψ

II=μ A

II+RT+ ln(aA

II)+z A⋅Fψ

II

Z A⋅F (ψI−ψ

II)=RT ( ln(a A

II)−ln (a A

I))

Δ ψ≡(ψ I−ψII

)=RTzA F

ln(a AII

a AI)

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Transporte

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Equação de NernstPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

● A equação de Nernst permite o cálculo do potencial da membrana, que é induzido por uma distribuição desigual de íons

● Um rearranjo permite calcular a distribuição de íons em função do potencial elétrico

● Em ambos os casos, o equilíbrio termodinâmico é um requerimento!

Δ ψ≡(ψ I−ψII

)=RTzA F

ln(a AII

a AI)

a AI=a A

II ez A FΔ ψ

RT

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Equilíbrio de Donnan

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Transporte

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Permeabilidadeseletiva

Page 23: Fisiologia da Membrana

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

Δ ψ=58z

ln ([K+1

]2

[K+1]1)=58⋅ln(

110

)=−58mV

● Se tratamos de uma solução de KCl 10 mM no lado 1 e 1 mM no lado 2,

Purves et al., 2004

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Page 24: Fisiologia da Membrana

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

● O que ocorre se utilizarmos uma bateria (ou seja, se alterarmos Δψ)?

Purves et al., 2004

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Transporte

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Fluxo iônicoPropriedadeselétricas damembrana

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Equilíbrio deDonnan

● A difusão de um eletrólito é induzida pelo gradiente negativo do potencial eletroquímico, e segue as mesmas leis que regulam o fluxo de substâncias sem carga:

ou seja, o fluxo é um produto da concentração ([i]) e da mobilidade (wi/N)

J i=−[ i ]wi

NRT grad [ i ]=−[ i ]wi kT grad [ i ]

Coeficiente de difusão D (primeira lei de Fick)

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Fluxo iônicoPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

● Para um gradiente de concentração na direção x, o operador 'grad' pode ser substituído por um diferencial

● Para simplificar, assumamos que o coeficiente de atividade aproxime-se de 1, e portanto

d~μi

dx=ddx

(μi0+RT⋅ln (a i)+z i Fψ)

a i≈ci

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Equação de Nernst-PlanckPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

● Em um sistema isobárico (grad p = 0) e isotérmico (grad T = 0),

● Do ponto de vista do fluxo molar,

d~μ i

dx=(

RT[i ]

)⋅(d [i ]dx

)+ziFdψdx

J i=−[i ]wi

N(RT[ i]

)⋅(d [ i ]dx

)+zi Fdψdx

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Equação de GoldmanPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

● Se considerarmos gradientes lineares (p. ex., uma membrana com poros aquosos grandes e não-carregados), os diferenciais podem ser substituídos por razões de diferenças, e as concentrações podem ser substituídas pela concentração média entre as fases

J i=−P i(Δ [ i ]+zi F ¯[i ]RT

Δ ψ)

Coeficiente de permeabilidade = D/Δx

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Transporte

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Equação de GoldmanPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

● Em 1943, David Goldman integrou a equação de Nernst-Planck, assumindo condições de campo constante (i.e., E = -grad ψ = const)

J i=−P iβ[i ]I−[ i ]II e

β

1−eβ , ondeβ=z i F

RTΔ ψ

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Transporte

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Transporte

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Equação de GoldmanPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

● Para um cátion univalente (zi = +1) com permeabilidade Pi = 10-7 m s-1, em condições isosmóticas não há fluxo sem Δψ; se há ΔC, o fluxo pode existir mesmo na ausência de Δψ

● Ji positivo representa o fluxo de I para II; Ji negativo representa o fluxo de II para I.

● Os interceptos da abcissa representam a situação em equilíbrio de Nernst

Glazer, 1999

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Transporte

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Equação de GoldmanPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

Purves et al., 2004

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Transporte

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Equação de GoldmanPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

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Potencial deação

Transporte

Permeabilidadeseletiva

Vm ≡ Δψ = ψ

in - ψ

ex

ψin

ψex

Page 33: Fisiologia da Membrana

Equação de GoldmanPropriedadeselétricas damembrana

Permeabilidadeseletiva

Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

● Se considerarmos, então, que as principais espécies iônicas responsáveis pelo potencial de repouso são o sódio, o potássio e o cloreto, temos que JK + JNa + JCl = 0

● Assim, o potencial de repouso é dado por

Δ ψ=−RTF

lnPK⋅[K ]i+PNa⋅[Na ]i+PCl⋅[Cl ]iPK⋅[K ]ex+PNa⋅[Na ]ex+PCl⋅[Cl ]ex

Permeabilidadeseletiva

Page 34: Fisiologia da Membrana

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Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

Permeabilidadeseletiva

ψin

ψex

Page 35: Fisiologia da Membrana

No axônio gigante de lulaPropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

Íon Concentração intracelular (mM)

Concentração extracelular (mM)

Potássio 400 20

Sódio 50 440

Cloreto 40-'50 560

Cálcio 0,0001 10

Purves et al., 2004

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

Transporte

Page 36: Fisiologia da Membrana

Equação de cabo para o axônio gigante de lula

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Potencial deação

Transporte

Potencial deação

Page 37: Fisiologia da Membrana

Circuito equivalentePropriedadeselétricas damembrana

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Transporte

Page 38: Fisiologia da Membrana

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

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Equilíbrio de Donnan

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Transporte

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Potencial deação

Transporte

Potencial deação

Page 39: Fisiologia da Membrana

Simulando o axônio gigante de lula

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Transporte

Equilíbrio deDonnan

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Permeabilidadeseletiva

Equilíbrio de Donnan

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Transporte

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Potencial deação

Transporte

Potencial deação

Page 40: Fisiologia da Membrana

Propriedadeselétricas damembrana

Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

Par

âmet

ros

inic

iais

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Equilíbrio de Donnan

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Transporte

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Potencial deação

Transporte

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Page 41: Fisiologia da Membrana

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Permeabilidadeseletiva

Transporte

Equilíbrio deDonnan

Par

âmet

ros

inic

iais

Propriedadeselétricas damembrana

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Equilíbrio de Donnan

Potencial deação

Transporte

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Potencial deação

Transporte

Potencial deação

Page 42: Fisiologia da Membrana

Dependência de temperaturaPropriedadeselétricas damembrana

Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

Potencial deação

● Voltar aos parâmetros-padrão (“default”), e alterar a temperatura de 6.3 ºC para 25 ºC.

● O que ocorre com a curva do potencial de membrana? O que ocorre com as curvas de probabilidade de abertura e densidade de correntes?

● Qual a relação entre esses eventos?

Page 43: Fisiologia da Membrana

Relação corrente-voltagem e corrente-frequência

Propriedadeselétricas damembrana

Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

Potencial deação

● Retorne aos parâmetros-padrão (“default”), diminua a amplitude para 0,01 nA, aumente a duração do estímulo (“Dur(ms)”) para 50 ms, o atraso (“Del(ms)”) para 20 ms, e a duração do registro (“ts(ms)”) para 100 segundos.

● O que ocorre com Vm, densidade de correntes e probabilidade de abertura?

● Altere a amplitude do estímulo para 0,016, 0,036, 0,086, 0,1 e 0,13 nA. O que ocorre com esses parâmetros? Por que?

Page 44: Fisiologia da Membrana

Somação temporalPropriedadeselétricas damembrana

Permeabilidadeseletiva

Potencial deação

Transporte

Potencial deação

● Vamos utilizar uma sequências de estímulos de curta duração, variando a frequência e o intervalo entre esses estímulos.

● Retorne aos parâmetros-padrão (“default”), mude o número de estímulos (“NoStim”) para 4, amplitude de 0.8 nA, intervalo entre estímulos (“tintp(ms)”) para 5 ms, a frequência (“*fe(Hz)”) para 253.16, e a duração do registro para 50 ms.

● Altere o intervalo entre estímulos para 13 ms.

● Por que o primeiro caso produziu menos P.A.s do que o segundo?