Fisiopatologia Da Reprodução I

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    Fisiopatologia da Reproduo I

    Determinao e Diferenciao Sexual

    -Processo:

    -Sexo Cromossmico;

    -Sexo Gonadal;

    -Sexo Hormonal;

    -Sexo Somtico;

    -Sexo Psquico;

    1-Sexo Cromossmico:gentico

    XX : fmea

    XY: macho

    Produo do fator determinante de testculo (TDF) pelo gene SRY situado naregio satlite (pseudo acrossmica) do brao curto do cromossomo Y. Este geneestimula a produo de fator anti-mulleriano.

    2-Sexo Gonadal / Hormonal:

    Gnadas indiferenciadas esto programas para transformar-se em fmeas. Com apresena do cromossomo Y h a ativao do gene SRY o qual impede a formao dosovrios e h formao dos testculos. E com a formao dos testculos h a formao declulas de Sertoli (produzem hormnio anti-mulleriano o qual causa regresso dosductos de Mller) e clulas de Leydig (ativam a formao dos ductos de Wolffian pela

    produo de testosterona).

    *Diidrotestosterona: responsvel pela formao do pnis, escroto e prstata

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    *Clulas do saco vitelnico migram at as proximidades do rim e povoam-na, paraposterior formao das gnadas.

    *Clulas dos ovrios ficam mais perifericamente e as clulas dos testculos ficam maisinternamente.

    3-Sexo Somtico (fenotpico):

    -So as caractersticas adquiridas pelos machos e fmeas.

    Ex.: grande musculatura no macho e presena de bere desenvolvido nafmea.

    4-Sexo Psquico (comportamental):

    -Nos machos a testosterona atravessa a barreira hematoceflica e convertida

    em estradiol, o qual masculiniza o crebro.

    -Machos possuem descarga tnica de LH e FSH;

    -Nas fmeas o estradiol est ligado a uma alfa-protena, a qual impede apassagem do estradiol pela barreira hematoceflica:

    -Fmeas possuem descarga tnica e cclica de LH e FSH;

    Problemas:

    1-Intersexo:(gentico)

    -Fmeas com clitris avantajado e vulva pequena;

    -Macho com falta de desenvolvimento escrotal, criptorquidia, pnis e prepcioinfantis.

    *Nos animais superiores a condio de hermafrodita verdadeiro no ocorre, pois aatividade simultnea dos dois tipos de gnadas incompatvel.

    -Pseudohermafrodita masculino: sexo gondico e gentico masculino e ofenotpico e comportamental feminino. Por falha na resposta aos hormnios ou na

    produo destes, insensibilidade dos rgos alvos aos andrgenos.

    -Pseudohermafrodita feminino: sexo gondico e gentico feminino e ofenotpico e comportamental masculino. Por tumor ovariano ou de adrenal.

    2-Hipospadia:

    -Fechamento imperfeito das estruturas sexuais e colocao incorreta da uretra;

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    3-Free-Martin:

    -Ocorre mais em bovinos e motivado por parto gemelar em que um feto macho e o outro fmea.

    -Raramente ocorre em ovinos e sunos;-Como ocorre: deve-se ter ocorrer a anastomose dos vasos corinicos. Um

    mesmo cotildone utilizado por duas placentas. E com o desenvolvimento do testculo(que mais precoce que o ovrio) o qual bloquear o desenvolvimento do ovrio,devido a circulao de hormnios masculinos na fmea e do TDF.

    -Os ductos de Wolff tambm se desenvolvem na fmea free-martin;

    -Caractersticas de free-martin: conduto vaginal pequeno (cerca de 5cm), infantil, plos longos e estril.

    -Diagnstico:

    -Histrico (parto gemelar);

    -Teste do tubinho (conduto vaginal cerca de 5cm);

    *Falso-positivo: por presena de tabiques (falso hmen) no conduto vaginal, os quaisimpedem a passagem do tubo.

    -Cariotipagem (por colheita de sangue, a qual se tem presena do

    cromossomo Y em clulas do animal free-martin);

    -Importante:

    - possvel que gestao simples d origem a fmea free -martin, istoocorre quando tem-se reabsoro do feto macho (cerca de 60-70);

    - possvel fmea de parto gemelar nascer normal, isto ocorre quandocada feto esta em cornos diferentes e no compartilham cotildones (sem trocasangunea);

    -Vacas com gene borula faz dupla ou tripla ovulao e predispes a free-martin;

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    Morfologia do Sistema Genital Feminino:

    -Componentes:

    -Ovrio;

    -Ovidutos;

    -tero;

    -Vagina;

    -Genitlia externa (vulva e clitris);

    -Estruturas de sustentao: mesovrio, mesosalpinge e mesomtrio;

    01-Ovrios:

    -Localizao: lombar alta (prximo aos rins);

    -Forma: geralmente ovide;

    -Funes:

    -Endcrina: feita por glndulas temporrias (corpo lteo e folculos);

    -Folculos:produzem estrgeno e inibina e tambm so responsveis pela liberao devulos.

    -Corpo Lteo(local onde existia o folculo que se rompeu):produz progesterona;

    -Excrina: gametognica (formao do vulo);

    *No oviduto (na ampola) h a fecundao;

    02-Bursa:

    -Saco de tecido conjuntivo e pores da mesosalpinge, mesovrio e fmbrias doinfundbulo.

    -Pouco desenvolvida na gua e na vaca;

    -Bem desenvolvida na cadela e na gata;

    03-Ovidutos (tubas uterinas):

    -Promovem a comunicao entre ovrios e tero, alm de serem o local dafecundao.

    -Infundbulo:extremidade ovariana e responsvel pela captao do vulo;

    -Ampola:tero mdio do oviduto e o local da fecundao;

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    -stmo:tero final, terminando na juno tero-tubrica;

    -Durante o trnsito pelo oviduto, o vulo mantido em movimento pelosbatimentos ciliares e contraes musculares. As secrees tubricas so responsveispela manuteno do vulo e espermatozides, capacitao espermtica e nutrio do

    embrio durante a fase inicial de clivagem e migrao para o tero;

    04-tero:

    -Consiste em um corpo e dois cornos;

    -Cornos alongados: porca, cadela e gata;

    -Cornos curtos: vaca, ovelha, cabra e gua;

    *Vaca: possui ligamento interconual;

    -A taxa de proliferao e secreo endometrial tambm modulada pelaatividade hormonal (estro = manuteno e capacitao espermtica e diestro =manuteno e nutrio embrionria). Em no havendo o processo de reconhecimentoembrio-materno da gestao o endomtrio secreta prostaglandinas para destruio docorpo lteo.

    *Ruminantes: presena de carnculas, as quais so proeminncias destinadas a adesodos cotildones placentrios.

    05-Crvix

    -Separa o tero da vagina, delimitando uma barreira ao ambiente externo, tendoimportante participao no transporte espermtico, manuteno da gestao e parto.

    -Ovelha:os anis so totalmente assimtricos (alguns at paralelos), na maioriadas vezes impedindo a realizao de inseminao artificial transcervical.

    -Porca: apresenta o canal cervical com proeminncias interdigitadas, facilitando aadaptao da glande do pnis.

    -gua: os anis so longitudinais (pouco evidentes) e o crvix pode ser facilmentedilatado.

    06-Vulva:

    -Genitlia externa, sendo constituda pelos lbios vulvares e clitris. Nas fmeasdomsticas a vulva apresenta apenas os grandes lbios.

    -Durante a fase estrognica do ciclo, os lbios vulvares apresentam-seedemaciados e lubrificados (glndulas sebceas perivulvares e glndulas vestibulares Bartholin).

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    -Particularidades por Espcie:

    -gua:

    -Crvix flcido (cateterismo fcil e tambm permite fcil drenagem, pois

    isso difcil de ocorrerem infeces uterinas em guas);-Fossa de ovulao: o nico local de sada do vulo (saem de um a dois

    vulos). A ovulao sempre pela fossa de ovulao.

    -Ovrio invertido: folculos esto internamente;

    -Folculos grandes: +- 60mm (e por serem sempre no mesmo local, difcil se superovular uma gua);

    -Inseminao Artificial Simples: pelo tero mesmo, pela facilidade de

    abertura da crvix.

    -O smen do garanho de baixa qualidade e bem diludo e deve serdepositado alm da crvix.

    -Bfala:

    -Discretas em demonstrar o cio;

    -Colorao acizentada do trato genital;

    -Sazonais;-Ovrios so menores que em bovinos;

    -Vacas:

    -Crvix tortuosa;

    -Inseminao Artificial: necessita mo no reto para auxiliar;

    -Folculos por toda a superfcie do ovrio;

    -Polistricas contnuas;

    -Ovelhas:

    -Crvix muito tortuoso e com muitos tabiques;

    -Crvix bastante pronunciado

    -Inseminao Artificial: na entrada do crvix, com pouca quantidade ealta concentrao (smen fresco). Se for smen congelado, necessita inseminaoartificial por laparoscopia (depositando smen diretamente no tero);

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    -Porca:

    -Trato genital muito grande;

    -Necessita de grande volume de smen;

    -Estmulo da ejaculao por compresso e h deposio de smen notero (grande volume);

    -Ovrios em cachos-de-uva e h mltiplas ovulaes;

    -Cadela:

    -Conduto vaginal dilatvel;

    -Bursa com grande capacidade de captao de vulos;

    -Cateterismo difcil, devido a anatomia;

    -Crvix voltado para cima (presena de divertculo);

    -Macho ejacula em trs pores na vagina e por presso o lquidoespermtico penetra na crvix;

    -Fmeas so inseminadas e deixadas sobre os membros anteriores por 5 a10 minutos;

    -Gata:

    -Possui ovulao induzida (pelo pnis do macho, o qual possui espculosque estimulam a fmea e provocam um arco reflexo o qual estimula a liberao de LH);

    -Sem cpula, sem ovulao;

    -Entra em cio a cada 8-10 dias e s vir a ovular se tiver cpula.

    Morfologia do Sistema Genital Masculino:

    -Componentes:

    -Testculos;

    -Vias Espermticas: ductos eferentes, epiddimos, ductos deferentes, uretra epnis;

    -Glndulas Acessrias: vesculas seminais, prstata e glndula bulbouretral;

    -Estrutura de Suporte: msculo uretral-plvico, msculo isquiocavernoso e

    msculo bulboesponjoso;

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    01-Testculos:

    -Funo Endcrina:o epitlio dos tbulos seminferos consiste em clulas emclulas espermatognicas, clulas de sustentao (clulas de Srtoli) e clulasintersticiais (clulas de Leydig).

    -Clulas de Sertoli: secretam a protena fixadora de andrgenos (ABP)sob o estmulo do FSH. A ABP responsvel pela manuteno de altos nveis deandrgenos no interior dos tbulos seminferos (necessrio para manter odesenvolvimento das clulas germinativas). As clulas de Sertoli tambm

    produzem inibina, criando um retro controle com a liberao de FSH pelahipfise. Apresentam um sistema juncional especializado (barreira hemato-testicular) que separa o epitlio em trs regies distintas (basal, adluminal eluminal).

    -Clulas de Leydig: esto situadas entre os tbulos (localizaointersticial) e so fonte do hormnio masculino, testosterona. Sua atividade modulada pelo nvel srico de LH, que por sua vez liberado pela hipfise deacordo com a taxa de testosterona circulante (retro controle).

    *Castrao de machos pr-pberes resulta na supresso do desenvolvimento sexual. um procedimento padro na criao animal com a finalidade de modificarcomportamentos agressivos e de eliminar carcaas com qualidades indesejveis (Ex.:odor dos cachaos).

    -Funo Excrina (gametognica):os espermatozides deixam os testculos emuma importante secreo fluda. O animal nasce com a regio basal dos tbulosseminferos colonizada com clulas germinativas primordiais (espermatognias), queapresentam baixa atividade at a puberdade. A espermatognese dependente damanuteno de condies especiais de ambiente celular (barreira sangneo testicular) ede temperatura (mecanismo de termoregulao).

    -Termorregulao:os testculos devem ser mantidos em temperatura inferior do corpo.

    -Mecanismos:

    -Localizao dos testculos, extra-abdominal;

    -Pele escrotal possui muitas glndulas sudorparas;

    -Componente muscular escrotal (dartos) pode alterar a espessuraescrotal;

    -Msculo cremster, o qual se contra ou se relaxa, afastando ou

    aproximando os testculos do corpo;

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    -Plexo pampiniforme, a qual formada pela veia testicularenovelada sobre a artria testicular, e atua como um radiador;

    -Migrao Testicular:

    -Ocorre normalmente no perodo fetal (exceto co, gato e eqinos);

    -Msculo cremaster: possui termorreceptores os quais captam asmudanas de temperatura. No frio h contrao e no calor relaxamento deste;

    *Carneiro: faz polipnia em altas temperaturas.

    02-Epiddimos:

    -Pode ser dividido em cabea, corpo e cauda, estando a cabea e a cauda fixadas

    em cada uma das extremidades do testculo e o corpo no eixo longitudinal;

    -A cabea o local onde se abre o ducto eferente e a cauda se continua com oducto deferente;

    -Os espermatozides vo adquirindo potencialidade para fecundao amedidaque progridem pelo trato epididimrio. A capacidade de aderncia a zona

    pelcida j existe a partir da cabea do epiddimo, j a motilidade, inicialmenteapresentada como movimentos vibratrios, passa a movimento progressivo a partir docorpo do epiddimo;

    -Funes:

    -Transporte de espermatozides;

    -Maturao dos espermatozides: adquirem a capacidade de fecundao,desenvolvem a motilidade, perdem gua, condensam a cromatina nuclear, alteram aatividade osmtica de membrana, perdem as reservas de lipdios, eliminam a gotacitoplasmtica, acumulam fatores decapacitantes nos receptores de membrana.

    -Concentrao;

    -Secreo de enzimas que convertem a testosterona emdiidrotestosterona;

    -Armazenamento por cerca de 10 a 60 dias;

    03-Ductos Deferentes:canal ejaculador;

    -Se estendem desde a cauda do epiddimo at a uretra pelviana;

    04-Cordo Espermtico:

    - formado por nervos, vasos sangneos (artria e veia espermtica), plexo

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    pampiniforme, ducto deferente e msculo cremaster.

    05-Uretra:

    -A uretra (plvica) recebe o esperma dos ductos deferentes e as secrees das

    glndulas anexas. circundada por musculatura lisa que ao se contrair fora o smenpara a uretra peniana e ao exterior.

    06-Glndulas Anexas:

    -Vesculas seminais;

    -Prstata;

    -Glndulas bulbouretrais;

    -Funes:

    -Promover a limpeza e adequao do pH da uretra.

    -Servir de veculo aos espermatozides aumentando o volume doejaculado

    -Proporcionar um meio (nutrio) adequado a manuteno dosespermatozides.

    -Proporcionar um meio adequado a movimentao espermtica.

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    Fonte: Hafez, 1982

    A: ampolaBs: msculo bulboesponjosoBu: glndula bulbouretralDd: ducto deferente;

    Ic: msculo isquiocavernoso;Pb: prstata;Pel.u: uretra plvica;Rp: msculo retrator do pnis;Ub: bexiga;Vg: glndula vesicular

    07-Pnis: rgo copulador

    composto por tecido ertil com maior ou menor constituio de tecidofibroelstico.

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    Particularidades por Espcie:

    -Eqinos:

    -Pnis de composio mioelstica;

    -Glande com grande capacidade de ereo;

    -Possui todas as glndulas acessrias;

    -Necessita de frico para ejaculao, juntamente com calor;

    -Ejaculao ocorre na crvix da gua (bom nvel de prenhez);

    -Bovinos:

    -Testculo bastante pendular;

    -Pnis fibroelstico com flexura sigmide (S peniano) com poucacapacidade de expanso;

    -Possui todas as glndulas acessrias;

    -Expor o pnis: bloqueio anestsico no msculo retrator;

    -Sunos:

    -Pnis fibroelstico com flexura sigmide menos pronunciada do que em

    ruminantes;

    -Poro final do pnis espiralada, em forma de saca-rolhas;

    -Possui termorreceptores no pnis;

    -Golpe dos rins: uma estocada e j ejacula;

    -Ovino/Caprino:

    -Apndice vermiforme/processo uretral, necessrio para espalhar o

    contedo espermtico;-Canino:

    -Prstata produz maioria das secrees seminais (nica glndulaacessria);

    -Caninos necessitam penetram o pnis sem ereo, o osso peniano auxilianisso para depois haver a expanso do bulbo peniano (ereao);

    -3 fraes:

    -1 frao: pr-ejacuao (lquido claro e cerca 0,51ml);

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    -2 frao: 0,5 ml de espermatozides;

    3 frao: secreo prosttica, cerca de 820ml;

    -Felino:

    -Necessrio mais de uma cpula para se ter a liberao de LH, paraposterior ovulao.

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    Neuroendocrinologia da Reproduo:

    Respostas celulares ps-receptor:

    -Hormnios proticos necessitam de um mensageiro, porque eles no podem

    entrar na clula. So sintetizados inicialmente no retculo endoplasmtico. Sohidroflicos e transportados no plasma sob a forma dissolvida.

    -Hormnios esterides so sintetizados nas mitocndrias, a partir do acetato decolesterol (27C). So lipoflicos e transportados no plasma em associao com protenasespecficas e no especficas; a quantidade de hormnio ativo no-ligado relativamente pequena. Esterides interagem diretamente com o ncleo celular atravsda formao de um complexo com seu receptor citosslico

    Mecanismo de Controle por feedback:

    -O mais importante controle por feedback para hormnios o sistema defeedback negativo, no qual as concentraes aumentadas do hormnio resultam emmenos produo do mesmo, normalmente por meio de uma interao com o hipotlamoou glndula hipfise.

    -Os padres secretrios endcrinos podem ser influenciados por fatores taiscomo o sono ou a luz e podem produzir ritmos circadianos.

    Modos de transmisso hormonal:

    -Transmisso autcrina:atuao na clula secretora

    -Transmisso parcrina:difuso atravs do fludo intersticial

    -Transmisso endcrina:difuso atravs da corrente sangnea

    -Transmisso excrina:secreo para fora do corpo

    -Transmisso neuroendcrina:secreo de um neurnio, que se difunde atravs

    da corrente sangnea-Neurotransmisso:difuso entre neurnios

    Estrutura qumica:

    -Peptdicos e protenas (polipeptdeos, hipotalmicos e hipofisirios);

    -cidos graxos (prostaglandinas);

    -Aminocidos modificados (melatonina);

    -Esterides (gonadais e adrenais);

    Hidrossolveis e se ligam a

    receptores de membrana.

    Lipossolveis e so transportados porprotenas carreadoras. Atuam sobre

    receptores nucleares.

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    Controle Neuroendcrino da Reproduo

    Os mecanismos da reproduo so diretamente influenciados por fatoresambientais em funo da inter-relao entre o sistema nervoso e o sistema endcrino.Esses mecanismos so basicamente controlados pelo hipotlamo e hipfise, que atuamcontrolando a atividade de outras glndulas, constituindo o sistema hipotalmico hipofisiriogonadaluterino.

    *A leptina, a qual produzida pelos adipcitos , esta diretamente ligada ao mecanismode saciedade, determinando uma reduo na atividade reprodutiva se o animal estiverem condies de balano energtico negativo ou excessivamente positivo (obesidade).

    A glndula pineal, localizada na superfcie cerebral responsvel pela produodemelatonina. O nvel de secreo modulado pelo estmulo luminoso na retina(horasluz/dia), interferindo na dinmica de liberao do fator GnRH, que vai determinara modulao da ciclicidade em determinadas estaes do ano (estao reprodutivasazonal = gua, ovelha, cabra).

    Hipotlamo:

    -Apresenta uma funo secretora (neurnios endcrinos) de fatores liberadores,ocitocina, etc.

    -Esses hormnios de caractersticas peptdicas (proticos) so concentrados earmazenados em lisossomos.

    -Liberao do contedo das vesculas lisossmicas desencadeada de acordocom o tipo de estmulo (trmico, luminoso, hormonal, metablico, etc..) quedesencadeia a reao de clulas superiores, que liberam transmissores como anorepinefrina, dopamina, serotonina, acetil colina, cido gama amino butrico (GABA),entre outros.

    -Os fatores liberadores hipotalmicos (neurohormnios, gonadoliberinas), soliberados para adenohipfise, determinando a secreo dos hormnios hipofisrios.

    -Hormnio liberador de gonadotrofinas (GnRH):estimula s liberao de FSH e

    LH.

    -Hormnio liberador de tireotrofinas (TRH): estimula a liberao de TSH eprolactina

    -Hormnio liberador de corticotrofinas (CRH) estimula a liberao de ACTH

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    -Hormnio liberador do hormnio do crescimento (GH-RH): estimula aliberao de hormnio do crescimento

    -Somatostatina (hormnio inibidor do hormnio do crescimento): inibe aliberao de hormnio do crescimento.

    Hipfise:

    -Composta por duas regies diferenciadas: a adenohipfise e a neurohipfise.

    -Adenohipfise (hipfise anterior): secreta as gonadotrofinas FSH e LH emresposta ao controle primrio do GnRH e adicionalmente pela ao direta de peptdios eesterides gonadais, que regulam a expresso de receptores de GnRH ou transcrio etraduo dos genes das gonadotrofinas.

    -Neurohipfise (hipfise posterior):armazena e libera o hormnio hipotalmicoocitocina.

    -Hormnio folculo estimulantes (FSH): na fmea estimula o amadurecimentodo folculo de Graaf (folculo portador do ovcito secundrio) do ovrio e regula asecreo de estrgenos. E no macho responsvel pela induo da espermatognese(processo de formao de sptz). O FSH age nas clulas de Sertoli, estimulando-as a

    produzir uma protena chamada ABP (Androgen Binding Protein), que, trabalhando emconjunto com a testosterona, aumenta a concentrao desta no tbulo seminfero.

    -Hormnio luteinizante (LH):age sobre o ovrio ou sobre o testculo. Na fmearegula a secreo de progesterona e regula a maturao dos folculos (ovulao) eformao do corpo lteo. E nos machos estimula as clulas de Leydig a produzirtestosterona.

    Ovrios:

    -Produzem os hormnios: estrgenos, progesterona, ocitocina, inibina e ativina.

    Esses hormnios so secretados por glndulas temporrias, que permanecem ematividade de acordo com a dinmica hormonal

    -FSH:estimula o desenvolvimento folicular e a secreo de estrognio, e o LH,em seguida, promove a ovulao. O folculo depois de liberar o vulo, transforma-se nocorpo lteo que secreta progesterona por estimulao do LH.

    -Progesterona: secretado pelo corpo lteo ou pela placenta durante a gravidez.Estimula as clulas doendomtrio a se proliferarem e garante com que oembrio sefixe nocriopara a formao da placenta. Tambm o hormnio responsvel pela

    continuidade da gravidez, pois evita a descamao do endomtrio, o que ocasionaria

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Endom%C3%A9triohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3riohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Endom%C3%A9trio
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    umaborto. A progesterona age em todo o corpo fsico e emocional da fmeapreparando-a para a gravidez.

    -Estrognio: tem como principal funo a estimulao de caractersticasfemininas.

    -Inibina: tem como principal funo a retro-inibio de FSH. E responsvelpelo controle na produo de testosterona.

    Testculos:

    Possuem as clulas de Leydig como fonte de testosterona e as clulas de Sertolicomo secretoras de inibina e estrgenos (aromatizao da testosterona).

    tero:

    a fonte das prostaglandinas (PG) F2 e E2, que so produzidas pelas clulasendometriais. A PGF2 secretada na forma de um padro pulstil que se acelera nomomento da induo da lutelise (3-5 pulsos/dia).

    Controle Neuroendcrino na FmeaA liberao do GnRH esta diretamente relacionada a ao do estrgeno e da

    progesterona que atuam sobre o gerador pulstil do hipotlamo modulando suaatividade de acordo com a fase do ciclo estral.

    Durante uma fase progesternica (ltea) o GnRH liberado na forma de pulsosde alta intensidade e baixa freqncia (descarga tnica), criando um nvel basalcorrespondente de liberao constante mdia de FSH e uma pequena liberao de LH,impedindo a ovulao de folculos tercirios de ondas intermedirias.

    Na fase pr-ovulatria (ltea tardia) o nvel de estrgeno e de inibina produzidospelo folculo tercirio, criam um feedback negativosobre a liberao do FSH instalandoo mecanismo de dominncia folicular, com o aumento no nmero de receptores de LHno folculo tercirio dominante ovulatrio. Na fase peri-ovulatria

    Na fase peri-ovulatria (estrognica), o endomtrio libera PGF2, responsvelpela lutelise e consequentemente pela queda no nvel de progesterona, determinandoque a ao do estrgeno produzido pelo folculo estimule o hipotlamo (feedback

    positivo) fazendo com que o GnRH seja liberado na forma de pulsos de baixaintensidade e alta freqncia (descarga cclica)estimulando basicamente a liberao deLH.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Interrup%C3%A7%C3%A3o_da_gravidezhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Interrup%C3%A7%C3%A3o_da_gravidez
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    Nesse ritmo de liberao o nvel srico de LH se eleva, determinado o chamadopico ovulatrio. Aps a ovulao os nveis de LH se estabilizam para que ocorra odesenvolvimento do corpo lteo.

    Resumo:com a descarga tnica de GnRH (alta amplitude e baixa freqncia) hliberao de FSH, o qual estimula o desenvolvimento dos folculos. Os folculos maisfortes (dominantes) liberam estrgeno, inibina e IGF. A inibina inibe a liberao deFSH e o IGF faz com que se produza mais estrgeno e inibina, fazendo o folculo setornar mais dominante; Este folculo forma receptores de LH, e ento, tem-se aformao de corpo lteo o qual produz e libera progesterona. Entre 10-12 dia h umnovo pico de FSH (2 pico), pois estrgeno, inibina e outros hormnios esto baixos eh o retorno do ciclo j descrito. Entre 17-18 tem-se uma condio pr-ovulatria, coma liberao de PGF2 (produzida pelo endomtrio) a qual destri o corpo lteo.

    Com a descarga cclica de GnRH (baixa amplitude e alta freqncia), h aproduo

    *Nos 2 casos (tnica e cclica), tem liberao de LH e FSH, mas sempre um predominante sobre o outro.

    *Nos machos somente h liberao tnica e nas fmeas, h as duas, cclica e tnica.

    Fonte: Hafez, 1982

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    Modificao da liberao de gonadotrofina: o principal padro secretrio degonadotrofinas pulstil, o padro dirigido pela secreo pulstil de GnRh dohipotlamo.

    Em geral o sistema gerador de pulso para a secreo de gonadotrofina est

    aumentado na fase folicular e diminudo na fase ltea do ciclo estral. O estrgenodiminui a amplitude do pulso, e a progesterona diminui a freqncia do pulso.

    Resultado: durante a fase folicular, a freqncia do pulso aumenta devido ausncia de progesterona, e a amplitude do pulso diminui devido presena deestrgeno. Essa combinao importante para sustentar a fase de crescimento final dofolculo antral em desenvolvimento.

    O hipotlamo e a adeno-hipfise so capazes de responder a um aumentosustentado na secreo de estrgeno por meio do aumento da secreo de gonadotrofina

    (feedbackpositivo).

    O propsito da onda de gonadotrofina induzir mudanas no folculo que levema sua ruptura (ovulao).

    Desenvolvimento do folculo ovariano: aproliferao do ocito, que ocorre por divisomittica durante o desenvolvimento fetal, termina ao redor do momento do nascimentona maioria das espcies mamferas.

    O desenvolvimento inicial do folculo (foliculognese) envolve o crescimento doocito (oognese). Este crescimento acompanhado por uma alta quantidade de RNAque sintetizada. Ao mesmo tempo as clulas foliculares comeam a se dividir eformam a granulosa que composta por vrias clulas esparsas. As clulas dagranulosa secretam outra substncia, a zona pelcida, que depositada na granulosa eimediatamente circunda o ocito. A camada da teca forma-se ao redor da membrana

    prpria para completar as camadas do folculo. Os folculos neste estgio so chamadosde folculos primrios.

    Com o aparecimento da zona pelcida e diversas camadas da granulosa umfolculo primrio se torna folculo secundrio.

    A produo de lquido folicular resulta finalmente em uma cavidade dentro dofolculo, referido como folculo antral, tercirio ou de Graaf.

    Este desenvolvimento inicial dos folculos no necessita de hormniosnecessariamente.

    Receptores gonadotrficos desenvolvem-se na teca, o que resulta na sntese deandrgenos e o FSH orienta a granulosa na transformao de andrgenos paraestrgenos.

    Receptores para FSH se desenvolvem na granulosa e receptores para LH sedesenvolvem na teca. A teca produz andrgenos (testosterona e androstenediona), sob

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    influncia do LH que passam para a camada da teca onde so transformados emestrgenos. Estes estrgenos influenciam no desenvolvimento do folculo.

    No final da fase folicular ovariana, receptores para o LH desenvolvem-se nagranulosa, o que permite que a onda pr-ovulatria de LH cause a ovulao. Aps a

    ovulao, ocorre a formao de um cogulo sangneo (corpo hemorrgico) que servede base para o desenvolvimento do corpo lteo.

    No ltimo estgio do desenvolvimento, o folculo cai progressivamente sob ocontrole do LH, medida que faz a ltima acelerao do crescimento at o ponto deovulao.

    Controle Neuroendcrino no Macho:

    -Depende da atividade do eixo: hipotalmico-hipofisirio-gonadal;

    -No macho no observada a descarga cclica de GnRH em virtude dohipotlamo masculinizado. Apenas tem descarga tnica (alta amplitude e baixafreqncia);

    -A secreo de GnRH e consequentemente de gonadotrofinas controladaatravs de mecanismos de feedback negativo. O nvel de testosterona controla asecreo de LH e o nvel de inibina controla a secreo de FSH.

    Organizao sexual da genitlia:

    -Fmea:o ducto mulleriano se desenvolve em oviduto, tero, crvix e vagina,enquanto o ducto wolffiano regride; a ausncia de testosterona importante para ambasas mudanas.

    -Macho:a rete testisproduz o fator inibidor mulleriano, o qual causa a regressodos ductos mullerianos. O ducto wolffiano mantido no macho devido influncia dos

    andrgenos produzidos pelos testculos.*Os ductos mullerianos so permanentes e os ductos wolffianos so termporrios ano ser que o hormnio masculino tenha atuado.

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    Dinmica Folicular:

    Fonte: IEPEC

    Descrio:

    FSH (liberado pela hipfise sob estmulo do GnRH proveniente do hipotlamo)inicia uma onda, pois folculo estimulante. Comea o desenvolvimento dos folculos,at que um destes se torna dominante sobre os demais, secretando inibina em altosnveis. Este folculo inicia a secreo de estrgeno e inibina (age impedindo liberaode FSH) e os demais folculos involuem e entram em atresia. O folculo dominante noconsegue ovular devido a alta da progesterona (no permitindo o pico de LH), e assim,

    este folculo tambm entra em atresia.

    Ento h a 2 onda folicular, a qual o FSH liberado estimula o desenvolvimentodos folculos, at que um destes novamente seja dominante sobre os outros. Estefolculo dominante secretar estrgeno e inibina. Tambm h a secreo de PGF 2 pelotero (pois no houve a sinalizao de um embrio), que far com que o corpo lteo sejadestrudo, assim diminuindo os nveis de progesterona. Como h grande concentraode estrgeno e baixa de progesterona h ativao da descarga cclica que GnRH, a qual

    permite que haja um pico de LH, o qual determina a ovulao.

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    Depois da ovulao, diminuem os nveis de estrgeno e de progesterona (que jestavam baixos), pois o corpo lteo no funcional. E esta baixa de progesterona eestrgeno determina a descarga tnica de GnRH, fazendo com que recomece o ciclo.

    Condies para que ocorra a ovulao:alta concentrao de estrgeno e baixa

    de progesterona.

    *Nas vacas so observados entre 2/3 ondas foliculares, na ovelha e porcas 2 ondas foliculares enas guas observada uma ou duas ondas foliculares.

    -Controle da Dominncia (folculo dominante):

    -Hipteses:

    -Suprimento preferencial de sangue;

    -Aquisio de receptores de LH;

    -Amplificao da resposta ao FSH atravs da IGF-1;

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    Hormnios

    01-Estrgeno:

    -Produzida pelos folculos (na fmea) e pelas clulas de Sertoli (no macho);

    -Estimula o crescimento e diferenciao dos distintos rgos e glndulas do tratogenial feminino, e tambm responsvel pelo aparecimento dos caracteres sexuaissecundrios.

    -Estimula o crescimento dos folculos ovarianos, controla a liberao degonadotropinas durante o ciclo estral.

    -Induz o crescimento e diferenciao do sistema mamrio, trato genital e

    responsvel pelo comportamento psquico do cio.

    -No tero existe uma ao conjunta e seqencial dos estrgenos com aprogesterona. O estrgeno estimula a proliferao endometrial e aumenta adisponibilidade de substratos.

    -Induz respostas imediatas no tero, como a hiperemia, liberao de histamina,infiltrao de eosinfilos e secreo de muco.

    02-Progesterona:

    -Age sinergicamente com o estrgeno, auxiliando o aparecimento dos sinais docio e tambm regula o movimento do zigoto.

    -Contribu para manuteno da gestao.

    -Estimula a secreo endometrial, estimula o desenvolvimento do sistemaalveolar mamrio.

    -Controla a secreo de gonadotrofinas.

    -Inibe a ovulao por bloqueio da descarga cclica de LH.

    *Fase de divergncia: diferenciao dos folculos e apenas um destes cresce.

    03-Inibina:

    -Produzida pelas clulas da granulosa do folculo tercirio (na fmea) e pelasclulas de Sertoli (no macho).

    -Inibe a secreo de FSH (feedback negativo), tanto nos machos como nasfmeas;

    04-Ativina:

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    -Produzida pelas clulas da granulosa de forma autcrina;

    -Atua na estimulao da foliculognese (em associao com o FSH);

    05-Relaxina:

    -Responsvel pela expanso da pelve e dilatao da crvix durante o parto (napresena de estrgeno);

    06-Testosterona:

    -Produzida pelas clulas de Leydig;

    -Estimula a espermatognese;

    -Mantm a funo dos epiddimos;

    -Promove o crescimento das glndulas e rgos sexuais acessrios;

    -Sua forma ativa a diidrotestosterona (por ao da 5-redutase);

    -Desenvolve e mantm as caractersticas sexuais secundrias e atividadeanablica;

    -Feedback negativo com o GnRH;

    07-Prostaglandina F2 (PGF2):

    -Produzida pelo tero;

    -Causa lise do corpo lteo e induo do parto;

    08-Prostaglandina E2(PGE2):

    -Produzida pelo tero;

    -Causa dilatao da crvix no pr-estro e estro;

    09-Prolactina:

    -Produzida pela adeno-hipfise;

    -Estimula a secreo de leite e comportamento materno;

    -Possui propriedades luteotrpicas (manuteno do corpo lteo);

    10-Melatonina:

    -Inibe a ao do GnRH;

    -Produzida pela pineal, durante a noite;

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    -Quando h diminuio da melatonina, os animais entram em perodoreprodutivo;

    11-Ocitocina:

    -Produzida pela neuro-hipfise;-Tem como funo a contrao das clulas mioepiteliais, as quais envolvem os

    alvolos nas glndulas mamrias e o miomtrio do tero;

    12-Gonadotrofina Corinica Equina (eCG):

    -Produzida pelos clices endometriais;

    -Possui atividade de FSH e LH;

    -Na gua estimula o desenvolvimento folicular e ovulao durante a gestao,para formao de corpo lteos acessrios.

    13-Gonadotrofina Corinica Humana (hCG):

    -Possui atividade de LH, atuando na preveno da regresso do corpo lteo.

    14-Lactognico Placentrio:

    -Semelhante ao hormnio do crescimento (GH) e a prolactina;

    -Proporciona aporte de nutrientes para o feto (maior atividade no tero final da

    gestao) e tambm possui atividade na preparao da glndula mamria para alactao;

    15-Protena B:

    -Utilizada para teste de confirmao de prenhez;

    16-Leptinas:

    -Produzidas pelos adipcitos;

    -Responsvel por indicar sobre as condies metablicas do animal;

    -Fmeas com baixo escore corporal no entram em cio pois h baixaconcentrao de leptinas;

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    Ovulao e Formao de Corpsculos Polares

    A ovulao causada por uma onda pr-ovulatria de gonadotropinas induzidapor estrgeno.

    A onda pr-ovulatria de LH, que se inicia em torno de 24h antes da ovulao namaioria das espcies d inicio a mudanas crticas no folculo que afetam sua condiode rgo endcrino e resultam na liberao do ocito.

    -1 corpsculo polar:Forma-se juntamente com oocito II a partir doocito I,devido diviso I dameiose.Mas, como por cadaoognese se pretende apenas produziruma clula vivel e com reservasnutritivas,vai ocorrer ento umacitocinese desigualno fim da diviso I dameiose,originando-se uma clula de grandes dimenses oocitoI,oocito II e uma clula de pequenas dimenses contendo no seu interior praticamentes o ncleo, o 1 glbulo polar.

    -2 corpsculo polar:ocorre da mesma maneira do 1 corpsculo polar.

    O efeito da onda de LH na granulosa permitir o inicio do processo deluteinizao, o qual transforma as clulas secretoras de estrgeno, para secretoras de

    progesterona.

    Uma outra funo da onda pr-ovulatria de liberao de LH estimular agranulosa a produzir substncias, tais como a relaxina e a prostaglandina F2.

    O estrgeno usado pelos folculos para estimular o crescimento edesenvolvimento da granulosa e para sinalizar para o hipotlamo e para a hipfise a

    prontido dos folculos para a ovulao.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_IIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_Ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meiosehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oog%C3%A9nesehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Citocinesehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meiosehttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_Ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_Ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_IIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_IIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_Ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_Ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_Ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meiosehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Citocinesehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nutri%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oog%C3%A9nesehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Meiosehttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_Ihttp://pt.wikipedia.org/wiki/O%C3%B3cito_II
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    Gametognese

    Espermatognese

    -Pode ser dividida em trs etapas:

    -Espermacitognese (fase proliferativa);

    -Meiose (produo do gameta);

    -Espermiognese (metamorfose da espermtide espermatozide);

    -Trs categorias de clulas:

    01-Espermatognias:

    -Clulas tronco derivadas das clulas primordiais (goncitos);

    -3 tipos: tipo A, tipo intermedirio e tipo B;

    02-Espermatcitos:

    -Clulas derivadas da diviso mitticas da espermatognia;

    -Inicia a processo de diviso meitica no estgio de pr-leptteno;

    -A prfase meitica pode ser dividida em cinco estgios;

    -Leptteno;

    -Zigteno;

    -Paquteno (onde ocorre a 1 meiose - diviso reducional que origina oespermatcito secundrio.

    -Diplteno;

    -Diacinese;

    03-Espermtides:-Clulas que apenas sofre transformaes morfolgicas (metamorfose);

    -A espermiognese inclui: reorganizao e condensao do material nuclear,formao do acrossoma, estruturao da cauda, organizao helicoidal das mitocndriase reorganizao do citoplasma (absoro);

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    -Barreira Hemato-Testicular:

    -Barreira semipermevel especializada em proporcionar um adequado ambientepara o desenvolvimento das clulas espermticas;

    -Funes:-Manter os nveis adequados de andrgeno e outros fatores no lmen dos

    tbulos;

    -Manter o isolamento imunolgico, evitando a produo de anticorposanti-espermatozides;

    -Maturao Espermtica:

    -Modificaes estruturais: condensao nuclear, liberao da gota

    citoplasmtica, adquiri potencial de se aderir a zona pelcida, de fecundar o ovcito ecapacidade de movimentao.

    Ovognese

    -A formao, desenvolvimento e maturao do gameta feminino nos mamferosiniciam no perodo fetal precoce (40 dias) e se completa aps a ovulao.

    -Etapas:

    -Multiplicao: ovognias em mitose;

    -Crescimento: ovcitos bloqueados na prfase I da meiose (acmulo de mRNA eprotenas para ativao do genoma);;

    -Maturao: reinicio da meiose (maturao nuclear) e maturao do citoplasma;

    *gua e cadela ovulam ovcitos primrios, que so fecundados antes da extruso do 1corpsculo polar. Entretanto a unio dos pr-ncleos (singamia) s vai ocorrer aps aextruso do 2 corpsculo polar.

    *At o momento da primeira ovulao (puberdade) todos os folculos so mantidos em

    estgio estacional (diplteno da prfase I) pelo OMI (oocyte maturation inibitor). E oestmulo para o reincio da meiose nos ovcitos bloqueados dado pelo MDF (fator

    promotor de maturao);

    -Os ovcitos adquirem a competncia quando atingem 80% do dimetro total,cerca de 2-3mm em sunos, caprinos, ovinos e bovinos.

    -Foliculognese:

    -Processos que determinam o crescimento do folculo por aumento do dimentro

    do ovcito, multiplicao das clulas da granulosa e desenvolvimento do antro.

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    *Em qualquer destas fases o folculo pode entrar em atresia.

    -Classificao dos folculos:

    -Pr-antrais: primoriais, primrios e secundrios (surgimento da zona

    pelcida e receptores para LH e FSH);*Os folculos primordiais e primrios constituem 95% dos folculos;

    -Antrais: tercirios-subordinados e dominantes e ovulatrios ou de Graaf;

    *Folculos atrsicos: os fatores implicados no mecanismo de atresia incluem a apoptose,deficincia de receptores de FSH e LH, ao da inibina, bloqueio da descarga ovulatriade LH (alto nvel de progesterona);

    -Luteognese:(formao do corpo lteo)

    -O corpo luteo uma glndula temporria que se desenvolve logo aps aovulao, no chamado corpo hemorrgico e secretora de progesterona. Aps suainvoluo (por ao da PGF2), pode-se observar a reduo no volume e colorao.

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    Puberdade

    -Definio:momento em que o indivduo adquire capacidade de se reproduzir

    com sucesso.

    Machos:quando capaz de detectar uma fmea no cio e ter presena deespermatozides no ejaculado.

    Fmeas: sinais de cio seguido de ovulao.

    -Fatores que Influenciam:

    -Genticos: espcie, raa e sexo;

    -Ambientais: nutrio, interao ambiental, temperatura e fotoperodo;*O peso corporal mais importante que a idade para a chegada na puberdade.

    -Maturao do Eixo Hipotlamo-Hipfise-Gnada:

    -No macho, a testosterona convertida em estrgeno atua sobre ohipotlamo, abolindo o gerador de pulsos cclicos de GnRH (masculinizao dohipotlamo) que na fmea se desenvolve em funo dos estrgenos estarem ligados em

    protenas alfa-fetal que impedem sua passagem na barreira hemato-cerebral.

    -Puberdade no Macho:

    -Dependente de:

    -Desenvolvimento corporal;

    -Estmulos sociais e ambientais;

    -Aumento na freqncia e amplitude dos pulsos de GnRH,elevando os nveis de LH e FSH;

    -Incremento na atividade das clulas de Leydig e Sertoli;-Ativao do sistema de feedback negativo dos esterides e

    inibina;

    -Aumento dos nveis de testosterona e atividade espermatognica;

    -Puberdade na Fmea:

    -Dependente de:

    -A luz e outros fatores ambientais podem influenciar na funoreprodutiva;

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    -Estmulos sociais tambm determinam acelerao da maturidadesexual;

    *Geralmente a primeira ovulao no acompanhada de manifestao estral (cio),devido a baixa atividade progesternica. A progesterona baixa no sensibiliza o sistema

    nervoso ao estrgeno, determinando a falta do comportamento caracterstico. Aovulao silenciosa produz corpo lteo de pequena durao e de baixa qualidade, o qualno capaz de manter uma gestao.

    *A sensibilidade ao estradiol diminui a medida que o animal se aproxima da puberdade,aumentando LH gradativamente, permitindo um crescimento cada vez maior dosfolculos at que um consiga maturar o suficiente para ovular.

    Espcie Idade da Puberdade

    gua 12 a 18 meses

    Vaca 6 a 10 meses

    Ovelha 5 a 9 meses

    Cabra 5 meses

    Bfala 15 a 24 meses

    Porca 6 a 8 meses

    Cadela Idade varivel (raas menores so mais precoces, cerca de 6 meses)

    Gata 4 a 12 meses

    Ciclo Estral

    Definio: ciclo reprodutivo biolgico feminino, cujo acontecimento central aliberao de um vulo apto para ser fecundado. Perodo entre dois cios.

    -Ciclo:

    Anestro: a fase do ciclo sexual em que os rgos sexuais estoadormecidos e se recuperando das fases anteriores, ou sucedendo a uma prenhez ou se

    preparando para futura gestao

    Proestro: perodo de desenvolvimento folicular, ocorrendoposteriormente regresso ltea e terminando no estro (fase folicular). Comea pelo 17-18 dia, quando ocorre o crescimento da ltima onda folicular.

    Estro: perodo de receptividade sexual (cio), finalizado com aovulao;

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    Metaestro: perodo do desenvolvimento inicial do corpo lteo (faseltea).

    Diestro:perodo da fase madura do corpo lteo (fase ltea).

    01-guas:-Polistricas estacionais;

    -Durante a estao com baixa luminosidade (solstcio de inverno) as guas semantm em anestro, passando a apresentar atividade ovariana a medida que aluminosidade aumenta.

    *Quando est perto da ovulao (24 horas antes) o ovrio fica murcho. bom inseminara partir do 3 ou 4 dia aps o estro.

    -Ciclo: 20 - 21 dias

    Proestro: 3 dias

    Estro: 57 dias (ovulao: 2448 horas antes do final do estro)

    Metaestro: 58 dias

    Diestro: 59 dias

    Ciclo ps parto (cio do potro): 9 dias (414)

    -Deteco do estro:

    -No apresentam comportamento homossexual;

    -Demonstrao dos sinais de estro apenas para machos;

    -Abordagem do garanho:

    -em grupo;

    -individualmente (contato cabea com cabea);

    -Comportamento e sinais estrais:

    -Mico freqente;

    -Everso do clitris;

    -Cauda elevada e desviada;

    -Posicionamento (aumento do quadriltero de sustentao);

    -No rejeita o garanho;

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    02-Vacas:

    -Polistrica contnua (quando em boas condies corporais);

    - Ciclo: 21 dias (1725)

    -Proestro (dia 19 ao estro)

    -Estro (dia 0) durao 16 horas (8 - 24)

    -Metaestro (15 dias)

    -Diestro (618 dias)

    -Ovulao: 12 horas (416) aps o final doestro

    -Comportamento estral:

    -Intranqilidade

    -Hiperatividade

    -Busca de contato (tenta montar)

    -Edema vulvar

    -Corrimento mucoso claro

    -Aceitao da monta pelo macho ou outras fmeas (comportamentohomossexual)

    -Sinais evidenciados no ps estro:

    -Marcas de abraso na regio sacral

    -Corrimento serosanguinolento, mais comum em novilhas (hemorragiade metaestro).

    03-Ovelhas:

    -Polistrica estacional, que corresponde a estao com perodos curtos deluminosidade diria (outono e inverno = solstcio de inverno). Durante o perodo de altaluminosidade a atividade sexual diminui, podendo ocorrer ciclos irregulares e anestro.

    -Ciclo: 17 dias (1419)

    -Estro: 2436 horas

    -Ovulao: 24 horas aps o incio do estro

    -Comportamento e sinais estrais:

    -Intranqilidade

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    -Rpida agitao de cauda

    -Brigas eventuais

    -Edema e corrimento mucoso (ocasionalmente)

    -Comportamento homossexual (raro)

    -Permisso para monta

    04-Cabras:

    -Polistricas estacionais, durante o perodo de dias com luminosidadedecrescente (fotoperodo curto), particularmente no outono.

    -Ciclo: 1921 dias

    -Estro: 1836 horas

    -Ovulao 24 horas aps o incio do estro

    -Comportamento e sinais estrais:

    -Necessidade do macho ou ferormnio

    -Masculino (odor coletado em tecido de glndulas odorferascaudomediais aos chifres de bode adulto)

    -Busca pelo macho

    -Rpida agitao de cauda e intranqilidade

    -Mico e vocalizao freqente

    -Decrscimo no apetite e produo de leite

    -Edema e hiperemia de vulva

    -Interao homossexual (raro)

    05-Bfalas:

    -Polistrica estacional ou contnua;

    -Apresenta sinais de estro menos pronunciados;

    -O nico reflexo confivel o de aceitao de monta pelo macho(comportamento homossexual raro), sendo que a IA deve ser realizada no momento quea fmea deixar de aceitar a monta.

    -Atualmente tem-se obtido bons resultados com IA realizada aps sincronizaoda ovulao (IATF).

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    -Ciclo: 21 dias

    -Estro: 1921 horas

    -Ovulao: 616 horas aps o incio do estro

    06-Porcas:

    -Polistrica contnua;

    -Ciclo: 21 dias

    -Estro: 23 dias (mais curto em leitoas)

    -Ovulao: 3842 horas aps o incio do estro.

    -Comportamento e sinais estrais:

    -Vulva edemaciada e hipermica

    -Descarga mucosa

    -Reflexo de imobilidade frente a presso no dorso

    -Permisso para cpula

    07-Cadelas:

    -Monostrica estacional;-Durante o proestro se observa um rpido desenvolvimento folicular

    determinante de um pico de estrgeno, seguido do aumento do LH e pelo incio dasecreo de progesterona (caracterstica dos candeos = luteinizao precoce).

    -O estro propriamente dito (aceitao da cpula) pode ocorrer com 4 dias deantecedncia ou at 6 dias aps o pico ovulatrio de LH, entretanto, o perodo normalde acasalamento comea pouco antes do pico de LH.

    -Ciclo:

    -9 dias de proestro (017 dias) - liberao ferormnios

    -9 dias de estro (321 dias) - permite a cpula

    -Ovulao: 17 dias aps o incio do estro

    -Determinao da fase do ciclo:

    -Citologia vaginal

    -Vaginoscopia

    -Dosagem hormonal

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    -Comportamento e sinais estrais:

    -Aumento do volume da vulva e perneo

    -Descarga sanguinolenta

    -Edema de vulva

    -Aceitao da cpula

    -Reduo da turgidez vulvar (descarga vulvar clara)

    08-Gatas:

    -Polistrica estacional, apresenta-se em anestro no inverno e outrono;

    -Ciclo: 1421 dias

    Estro: 617 dias (depende do coito)

    Ovulao: 27 horas aps o coito (estmulo vaginal)

    -Comportamento e sinais estrais:

    -Proestro:

    -Vocalizao, busca por contato, rola, decbito dorsal composteriores abduzidos e membros anteriores flexionados em posio esternal, rejeita o

    macho.

    -Estro:

    -Intensificao dos sinais do proestro permite a monta e fixaodo macho desvia a cauda, membros posteriores flexionados colocando a vulva em

    posio horizontal

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    Ovulao e Fecundao

    Ovulao:

    -O folculo tercirio ovulatrio produz nveis de estrgeno suficientes para

    estimular o hipotlamo a liberar a descarga cclica de GnRH, que atua sobre a hipfiseinduzindo descargas rtmicas de LH (alta freqncia e baixa intensidade), produzindo onvel srico suficiente para desencadear a ovulao.

    -Rompidas as junes intercomunicantes mantidas entre as clulas da granulosae o ovcito. Essa ruptura corta o aporte do fator inibidor da meiose (OMI), permitindoque o ovcito reinicie a maturao nuclear com a ruptura da vescula germinativa,saindo do estgio dictiotene e evoluindo para a liberao do 1 corpsculo polar e incioda segunda etapa da meiose que vai ser novamente bloqueada no estgio de metfase II.As clulas da parede folicular aumentam a secreo de fludo folicular e iniciam o

    processo de luteinizao com a produo de progesterona, que atua estimulando asclulas da granulosa a produzirem o fator ativador do plasminognio e os fibroblastosda teca a produzirem colagenase inativa.

    -Por ao de fatores angiognicos ocorre um incremento no aporte sangneopara o folculo

    - medida que avana o processo, a progesterona induz a liberao deprostaglandinas (PGE2e PGF2) no fludo folicular estimulando as clulas da granulosaa liberarem fatores ativadores do plasminognio, ativando-o plasmina, que tambm

    atua estimulando a colagenase. A ao da plasmina reforada pela PGF2que provocaa liberao de enzimas lisossmicas.

    -A ao enzimtica, reao inflamatria e aumento no volume do antrocontribuem para aumentar a isquemia na regio do estigma, determinando a morte dasclulas do epitlio ovariano. A ao da PGF2induz a contrao da parede folicular (asclulas da teca possuem fibras de actina e miosina).

    -Tipos de Ovulao:

    -Espontnea: ocorre independente de estmulos externos.-Induzida: requer estmulo vaginal e/ou cervical para desencadear a

    descarga de LH (Ex.: gata);

    -Local de Ovulao:

    -gua: fossa de ovulao;

    -Demais espcies: toda superfcie ovrica (exceto regio do hilo);

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    Fecundao:

    -Conjunto de alteraes sofridas pelo ovcito aps sua interao com umespermatozide at a fuso das fraes haplides de cromossomos maternos e paternos.

    -A fecundao ocorre na ampola do oviduto.-Aquisio da Capacidade de Fecundar:

    Essas habilidades referentes a maturao do espermatozide soadquiridas durante o trnsito epididimrio pela expresso dos genes andrgenodependentes. Morfologicamente, a nica caracterstica observvel de maturao aeliminao da gota citoplasmtica (descarte do excesso de citoplasma da espermtide).

    A habilidade de ligao zona pelcida adquirida j durante apassagem da cabea para o corpo do epiddimo quando ocorre a expresso de genes

    andrgeno dependentes que so transcritos em protenas que liberam os pr receptoresde origem testicular, possibilitando a exposio das glicoprotenas de ligao espcieespecfica.

    J a habilidade de fecundao obtida durante o trnsito pelo epiddimo,mais especificamente a partir do corpo.

    -Capacitao:

    Processos pelos quais os espermatozides devem passar para que se

    tornem plenamente aptos a fecundarem o ovcito. Apesar de j serem potencialmentefrteis, os espermatozides da cauda do epiddimo ou do ejaculado devem ser expostosao ambiente do trato genital feminino em condies endcrinas adequadas (relaoestradiol : progesterona) para que suas habilidades sejam expressas. Em condiesnaturais a capacitao ocorre na ampola da tuba uterina, sendo essa regio considerada o

    principal local da concluso do processo (alteraes biolgicas e moleculares). O incioda capacitao ocorre no momento que o smen depositado no ponto de ejaculao(intravaginal, cervical ou intrauterna), determinando a diluio do lquido seminal eremoo de seus fatores decapacitantes da membrana espermtica. Esses fatores(protenas do plasma seminal) atuam ocupando receptores da membrana doespermatozide aumentando a relao colesterol:fosfolipdios e consequentementeestabilizando a membrana com a reduo de sua permeabilidade. No trato feminino ocolesterol removido pela ao da albumina srica e/ou lipoprotenas de altadensidade (HDL), o que permite a exposio de receptores para glicosaminoglicanoscapacitantes

    -Seqncia da Fecundao:

    -Penetrao do espermatozide atravs do cumulus oophorus

    -Interao do espermatozide com a zona pelcida

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    -Fuso ovcito espermatozide

    -Ativao do ovcito

    -Descondensao do ncleo do espermatozide e formao do pr-ncleo

    masculino-Desenvolvimento dos pr-ncleos masculino e feminino e sua migrao

    para o centro celular

    -Associao dos cromossomos parentais comos fusos mitticos paraprimeira clivagem.

    -Bloqueio da Polispermia:

    No momento em que o espermatozide se funde com a membrana ovular

    determina picos transitrios de clcio no interior do ovcito. O bloqueio da polispermiaocorre simultaneamente com a liberao de clcio. O bloqueio causado por 3mecanismos:

    -Simples unio do clcio membrana ovular (altera o potencialeltrico);

    -Pela migrao de grnulos corticais, os quais causamenrijecimento da membrana ovular e impossibilita a penetrao de outrosespermatozides;

    -Desativao de receptores especficos que havia na zonapelcida;

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    Referncias Bibliogrficas:

    E.S.E. HAFEZ. Reproduo Animal.4 ed. So Paulo: Editora Manole, 1982.

    BERNE, R.M.; LEVY, M.N. Fisiologia.5 a ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.