Flavia P. Gassner Jeferson Luiz Simone C. Santos · Associar nome de flores a nomes de pessoas. Ler...
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ORALIDADE
Profa. Dra. Leziany Silveira
Daniel
Pra começo de conversa
Linguagem …
… é um elemento estruturante no aperfeiçoamento de outras
aprendizagens e conhecimentos e permite o desenvolvimento da
afetividade e do pensamento, a elaboração de ideias e a construção de
significados, a experimentação em situações diversas e a aquisição dos
conhecimentos produzidos pela humanidade.
Tem duas funções básicas:
1 – intercâmbio cultural – criação e utilização de sistemas de linguagens para
comunicação entre as pessoas;
2 - generalização do pensamento – formação de conceitos sobre os objetos e
as formas de organização do real. Essa função generalizante faz da linguagem o
instrumento do pensamento.
Pra começo de conversa
As crianças precisam de um ambiente
rico em linguagem, no qual elas sejam
incentivadas a falar, a expressar-se.
Por meio da linguagem a criança ...
… manifesta seus sentimentos, ideias, necessidades e desejos, ouvindo também
os demais;
… conhece o patrimônio da cultura oral de sua comunidade;
… amplia seu vocabulário;
… comunica e ouve intenções e preferências;
… relata e ouve relatos de situações do cotidiano;
… desenvolve sua autonomia;
… interage com adultos e outras crianças.
Pra começo de conversa
Cada bebê tem seu tempo, mas deve ser constantemente estimulado a falar e a
expressar-se. Para isso os adultos podem utilizar …
… conversas;
... brincadeiras com palavras;
… leitura de histórias;
… jogos com narrativas;
… músicas;
… cantigas de roda.
A linguagem dos Bebês Cada bebê tem seu tempo, mas deve ser constantemente estimulado a falar e a
expressar-se.
Necessidade da criança:
Ambiente acolhedor e estimulante, onde possa exercitar a fala e a escuta,
ampliando sua forma de expressão e seu conhecimento de mundo.
No primeiro ano a criança se manifesta com ...
… gestos de apontar;
… expressões faciais;
… sons;
… choro;
… riso;
… balbucio.
A partir do segundo ano a fala da criança vai se desenvolvendo aos poucos e a
criança vai entendendo o significado das palavras.
Suas possibilidades de comunicação vão sendo aperfeiçoadas principalmente por
conta das situações vividas no seu cotidiano, no meio físico, no meio social, e no
contato com objetos linguísticos inseridos no seu convívio com a linguagem..
A conversa
A conversa é fundamental para a formação das crianças. É através dela
que as pessoas se apropriam do vocabulário e conseguem ampliar seus
conhecimentos, expor seus desejos, contar algo, enriquecer o vocabulário, saber
ouvir, comunicar-se.
Este ato deve ocorrer entre o adulto e a criança ( de forma individual), entre
o adulto e as crianças (de forma coletiva), entre as crianças (de forma coletiva).
As melhores formas de efetivar a conversa são:
A roda de apreciação – consiste em fazer uma roda e colocar no meio
dela diversos materiais que estimulem a curiosidade e permitam a exploração
pelas crianças. Este método propicia a observação e a sensibilização das crianças.
A roda de conversa – consiste em fazer uma roda e os educadores
estimulam e orientam as crianças a debaterem, contarem, discutirem sobre temas
variados.
Roda de conversa Roda de apreciação
RODA DE CONVERSA
Se o educador não souber desenvolver e estimular a conversa com as
crianças pode gerar problemas como:
Monólogo – O educador fala e responde sem dar oportunidade de ter outro
interlocutor na “conversa”.
Coro – O educador faz perguntas obtendo respostas de toda a turma junta.
Revezamento – O educador (geralmente) escolhe um tema e cada um tem sua hora
de falar.
Lição de moral – Conversa buscando disciplinar os alunos, sempre passando um
valor moral ao fim do diálogo.
É importante que os educadores utilizem a norma culta na conversa com
as crianças, usando vocabulário que os educandos compreendam e as ensinem a
respeitar a linguagem coloquial. Apresentar para elas a linguagem coloquial
através de vídeos, músicas...É função do educador orientar as crianças
quando devem usar cada linguagem.
O educador deve selecionar os temas das conversas visando o
interesse das crianças. É através das atividades propostas pelo
professor/educador que a família, as crianças, a comunidade e a escola estarão
mais unidas e poderão compartilhar e dividir o aprendizado das crianças em
diferentes ambientes que não só o da escola.
RODA DE CONVERSA
Jogos de Linguagem – A poesia na Infância
A poesia é considerada a primeira manifestação literária e própria para
vivenciar o lúdico, o prazer e o encantamento com a palavra e pela palavra.
A essência da poesia está na emoção e nos sentimentos.
A poesia desperta imaginação, enriquece vocabulário, desperta o
interesse pela linguagem e desenvolve a sensibilidade.
O gosto pela poesia se manifesta desde a infância, despertado pelos
recursos sonoros, valor estético e ludicidade.
O jogo está presente na poesia por meio da rima, ritmo, musicalidade,
estética e encantamento.
Criança e Poesia
CMEI Servidores I – Núcleo Regional
da Educação da Matriz
Professoras: Clair Antunes e Daisily de
Quadros
Projeto: Fazer leituras de poemas
infantis com entonação e emoção,
seguidas de elaboração de um livro
composto por esses poemas e desenhos
feitos pelas crianças. O livro pode ser
levado para casa para ser lido com a
família, a qual é convidada a participar,
na próxima etapa, da declamação das
poesias na escola ou enviar poesias
para compor um mural da escola.
Dois projetos:
As Crianças e as Flores
Centro Municipal de Educação Infantil
São Braz – Núcleo Regional da
Educação de Santa Felicidade
Profissionais: Marciane Gaspareto
Stella, Neusa Aparecida Mazuroski e
Lúcia de Lara Grande
Projeto: Passear com as crianças e
observar flores nos jardins da escola,
flores de interesse do grupo e flores que
a família conhece. Associar nome de
flores a nomes de pessoas. Ler poemas
sobre flores, seguido de eleição da flor
mais bela, com elaboração de um
gráfico. Dramatizar letras de músicas e
cantigas de roda. Cultivar seu próprio
jardim. E confeccionar livro, cujo título é
“Nosso Jardim”, com registros mediante
desenhos.
Poetas que escreveram para crianças: Mario Quintana, Sidónio Muralha, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, José Paulo Paes, Sérgio Cappareli
Sugestão de atividades:
1) Rimas com nomes: descobrir palavras que rimam com os próprios nomes;
2) Rimas: escolher a figura de um objeto e falar o nome de outro objeto cuja palavra
tenha a mesma terminação da do primeiro;
3) Variação de rimas: entregar um cartão para a criança e pedir que encontre outro
cartão, entre outros virados para baixo, que tenha uma figura cuja palavra rime
com a palavra de seu primeiro cartão;
4) Sarau de poesias, quadrinhas ou advinhas: escolher o poema que mais gostou
e pedir aos pais que leiam ou, ainda, ler na sala de aula para os colegas;
5) Jogo de percurso: pedir à criança que cante uma música, recite um versinho ou
diga uma palavra que rime, durante o percurso preestabelecido;
6) Resgate de versos/brincadeiras de roda tradicionais: recitar um verso em meio
a brincadeiras de roda.
As narrativas
Segundo Perroni (1993), existem três tipos de narrativas para as crianças:
RELATO – é quando a criança conta algo vivenciado por ela mesma. Um Fato!
HISTÓRIA - Nesse tipo de narrativa, há uso consistente do tempo passado, enredo
fixo, personagens definidos e sequência lógica (início, meio e fim).
CASO - Não há compromisso com enredo fixo nem com a verdade. Há liberdade de
criação de uma realidade fictícia. A linguagem é utilizada para o prazer, o prazer de
inventar.
AS CONCEITUADAS
“É interessante comparar essas
narrativas (casos) com os “causos”,
manifestação popular de histórias
extraordinárias, não raro de
assombração, comuns em determinadas
culturas no discurso do adulto. Refiro-me
aos “causos” que têm toda uma
aparência de verdade, mas que
invariavelmente contêm elementos do
sobrenatural, ou desligados de qualquer
compromisso com o real. A semelhança
entre “casos” da criança e esses outros
de adultos está na liberdade de criação:
são narrativas em que não se pode
prever enredos ou desfechos”.
PERRONI, 1992, p . 77
Muitos “causos” estão relacionados à
cultura que vai passando de geração a
geração!
As histórias contadas são
importantes para o desenvolvimento do
discurso narrativo, pois propiciam “viajar
sem sair do lugar”, alimentam a
criatividade, a imaginação e a fantasia,
possibilitam a construção de universos
diferentes, ampliam o vocabulário e o
conhecimento de mundo. De acordo com
Vygotsky, citado por Leite (1996, p. 14), “a
imaginação criativa também é aprendida e
toda atividade criativa de imaginação
depende de uma rica e variada
experiência prévia”.
Ouvir histórias também amplia a
competência comunicativa e as
possibilidades de expressão verbal das
crianças, por isso é importante no trabalho
com educação infantil. Vale notar, no
entanto, que há uma grande diferença
entre ler e contar histórias.
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
A contação de histórias é um ato criador, pois a narração exige do contador
algumas habilidades, como o domínio da história a ser contada, a expressão facial e
gestual e as infinitas possibilidades de entonação da voz. Para isso, é preciso criar
expectativas, vivenciar o enredo com entusiasmo, criar um clima mágico,
possibilitando o desenvolvimento do imaginário infantil, pois não há o objeto (livro)
intermediando esse momento e, “a voz do mediador faz a mediação entre os dois
contextos: o da história e o do ouvinte” (REZENDE, 2002, p. 72).
A VIVÊNCIA DA NARRATIVA PELAS CRIANÇAS CONTRIBUI PARA:
• Desenvolvimento do pensamento lógico;
• Imaginação;
• Transmissão do saber pela manifestação oral;
• Resgate de necessidades e desejos primitivos (curiosidade, medo,
aconchego);
• Conhecimento dos acervos da história da humanidade;
• Compreensão das relações existentes na natureza e sociedades;
• Conhecer e aprender sobre o mundo;
• Desenvolver o senso ético e estético;
A NARRATIVA É UMA ATIVIDADE
CULTURAL UNIVERSAL
Ela varia de cultura para cultura,
influenciando o tipo de história e seus
conteúdos.
Conforme Perrotti (1984, p. 22),
nos grupos infantis existe “uma cultura
própria, viva, transmitida de boca a boca”,
que é reelaborada pelas crianças segundo
suas necessidades e, muitas vezes,
transformada em algo diferente daquilo que
serviu como inspiração.
HISTÓRIAS LIDAS
Pode se tratar de:
• Linguagem
• Possibilidade de a criança relacionar-se
e interagir com o outro e com o mundo
• Alimento primordial para o faz de conta
do imaginário infantil
Lembrando que o papel do professor
é essencial para que, através das escolhas
literárias, a criança desenvolva o gosto pela
leitura e possa experimentar e perceber
auditivamente as características que a
linguagem escrita carrega (que diferem da
linguagem oral), segundo Simões (2000, p.
26). Ela também antecipa os fatos quando
ouve por várias vezes a mesma história
mostrando segurança e domínio. E essa
repetição também faz com que ela assuma o
papel do narrador, possuindo um papel mais
ativo.
AMBIENTES PARA LER E CONTAR HISTÓRIAS
SÃO IMPORTANTES:
• Criar o hábito de leitura diária com as crianças;
• Criar um ambiente favorável e próprio para o envolvimento no enredo e
acomodação confortável;
• “entonação mais marcada; pausas numerosas; ritmo mais lento; frequentes
descrições; segmentação da história por episódios e sequências temporais mais
marcadas (por: e depois ... e depois)”, segundo Perroni (1992, p. 58);
• Escolher a história com antecedência;
• Ter domínio da leitura ou narração;
• Lidar com a participação das crianças. Isso não é interferência!
BRINCAR E JOGAR COM A NARRATIVA
Em razão do vasto repertório de narrativas, é possível ao
educador/professor propor diferentes situações para que as crianças experimentem
os usos possíveis de sua língua.
1.Esses jogos podem acontecer em brincadeiras de faz de conta, abordando temas
contextualizados e que tenham relevância para as crianças, o que possibilita a
vivência de situações práticas do cotidiano.
2.Oferecer quantidade e qualidade de material literário para ampliar o repertório
imaginativo infantil.
3.Uma boa apresentação de teatro pode estimular a criatividade, a imaginação e a
fantasia infantil, e ajudar a conviver com suas angústias e medos.
4.O teatro de representação pode ser feito também através de bonecos e fantoches,
permitindo que a criança os utilize para brincar e criar diálogos com as outras
crianças.
5.Outra possibilidade é o teatro de sombras, em que as figuras aparecem na forma
de silhuetas refletidas em uma tela.
6.O teatro de bonecos, mas desenhados pelas próprias crianças ou, recortados de
cartolina, revista e preso a palitos.
7.Utilização de máscaras. Elas possibilitarão vencer as inibições.
CONVERSANDO, LENDO E
ESCREVENDO NA PRIMEIRA
INFÂNCIA
Pressupostos para o trabalho com a
linguagem escrita
1. O direito à cultura letrada
O trabalho com a linguagem escrita deve respeitar a criança como
produtora de cultura, pois exerce um papel importante na formação de leitores e
usuários competentes do sistema de escrita.
Na educação infantil as crianças não precisam compreender as relações grafema
x fonema, mas o simples contato delas com a linguagem escrita irá auxiliar no:
processo de construção da linguagem, a fazer distinções entre letras,
números e palavras, a apropriar-se dela com novos saberes e experiências.
Através do contato das crianças com a linguagem escrita desde pequenas
há a compreensão de signos e símbolos e os mais complexos sistemas de
representação que circulam socialmente e assim apropriar-se deles:
2. A linguagem escrita como instrumento de interação social
É de grande importância o aprendizado da linguagem escrita, uma vez que
ela é instrumento de interação social. O letramento é fundamental, pois possibilita ao
indivíduo lidar com o texto de modo que ele se coloca como sujeito durante a leitura,
ao comentar, comparar e também julgar.
O sujeito que lê sente-se incluso ao meio social, pois é capaz de participar
de diferentes formas de discurso, inclusive expondo opiniões e construindo críticas a
partir do entendimento. Logo tem envolvimento com a cultura letrada.
A criança no processo de letramento (leitura e escrita) desenvolve a
oralidade em conjunto, portanto ambas linguagens: oralidade e escrita, estão
interagindo constantemente.
Como prática cultural, a linguagem escrita possui diferentes funções,
variedades de estilos e maneiras de utilização.
O exercício pedagógico deve promover diferentes situações para que a
criança na Educação Infantil, utilize a escrita confiante de que esta é ferramenta para
interação e a leitura é ferramenta para interpretação.
Considerando as especificidades
da infância,
é possível vincular:
APRENDIZADO DA ESCRITA
+ MUNDO
+ IMAGINAÇÃO
+ BRINCADEIRA
+ SOCIALIZAÇÃO
3. A brincadeira como experiência de cultura, forma
privilegiada de expressão da criança e eixo do processo educativo
A brincadeira deve ser entendida como um dos eixos do processo
educativo e a intervenção pedagógica precisa entender a brincadeira como prática
cultural. As crianças produzem sim, cultura.
A criança se desenvolve socialmente enquanto brinca, pois é através da
observação que ela tem do seu entorno que vai definir a forma das interpretações
durante a brincadeira. A existência de regras exigem um certo esforço de todos os
participantes da brincadeira, pois é neste convívio que se desenvolve a interação da
criança com o mundo.
Ao observar o mundo adulto, a criança se apropria dos objetos e as recria
em sua brincadeira para satisfazer a ânsia de vivenciar o universo que até então ela
sabe que não pode se apropriar, logo, constrói ações a partir de suas próprias
possibilidades.
Normalmente, a criança experimenta brincar com uma idade cronológica
acima da sua faixa etária, para saciar a vontade de viver aquilo que ainda não está
em suas aptidões imediatas.
A relação entre imaginação e brincadeira desenvolvida pela criança nasce a
partir do acúmulo de materiais obtidos através da observação diária de seu entorno
no cotidiano.
Para que se instigue boa base para uma criança afirmar seu processo de
criação, é necessário expô-la a experiências.
PERCEPÇÃO + EXPERIMENTAÇÃO = APRENDIZADO + ASSIMILAÇÃO = AMPLITUDE
DA ATIVIDADE CRIADORA.
Orientações para a construção de uma prática
educativa comprometida com o direito da
criança de expandir seu conhecimento É importante promover situações para a criança realizar atividades
significativas no interior da cultura letrada. Sendo assim, as práticas educativas
devem assegurar à criança o direito a uma educação que reconheça a infância como
uma construção da qual ela participa como ator social.
Nesse sentido, há parâmetros para construir uma prática educativa coerente
com os pressupostos citados acima.
1. Considerar a literatura infantil como arte
De acordo com Marina Colasanti, é fácil conduzir as crianças à literatura,
pois elas vivem no império do imaginário, com um pé na realidade e outro na fantasia.
Logo, a relação entre literatura e imaginação é de extrema importância na prática
educativa, para realizar atividades de leitura, manipulação de textos literários e
conversas sobre eles.
Aspectos importantes:
1º aspecto - a escolha dos textos literários é condição importante para o
desenvolvimento do letramento literário.
2º aspecto – verificar imagens e projetos gráficos por servirem para ampliar
experiências estéticas e possibilitar novas construções de sentido.
De acordo com PAIVA (2008), existem agrupamentos de livros seguindo
temáticas:
1º agrupamento: “A fantasia como tradição”, que inclui contos de fada, fábulas,
histórias de animais, fazendas, parques, jardins zoológicos e circos. Sugere-se que
os professores revisitem a tradição, avaliando a qualidade da abordagem textual e
gráfica escolhida.
2º agrupamento: trata de questões contemporâneas, como poluição, escassez
de água no planeta e diversidade étnica. Visa a abordagem de temas transversais,
com intenção pedagógica e educativa, pretendendo que a criança aprenda sobre o
tema através da transmissão de informações e conscientização sobre as questões
debatidas.
3º agrupamento: traz a realidade como aposta, utilizando temas como morte,
medo, abandono, separações e sexualidade, proporcionando recursos
psicológicos para crianças em determinados acontecimentos que elas não
podem compreender, fortalecendo sua identidade como seres humanos.
É importante que o educador ouça e entenda a criança no que tange às
escolhas literárias, respeitando-a como sujeito de direitos e produtora de
conhecimentos.
2. Ensinar aquilo que a criança deseja saber e incentivá-la a
saber mais sobre a linguagem escrita
O professor deve assegurar informações, incitar a curiosidade e o desejo
de conhecer, levar a criança a formular perguntas, a verbalizar e a formular
hipóteses.
Vygotsky definiu a fase inicial da aprendizagem da língua escrita como a
“pré-história da linguagem escrita”, que abrange rabiscos, desenhos, jogos e
brincadeiras de faz de conta.
A criança pensa o funcionamento da escrita quando o professor mostra que
pode-se ler algo e extrair sentido sem apoio de desenhos, que se pode registrar algo
ocorrido em sala de aula e reler depois, o que faz o discente pensar nas funções da
escrita que são de preservar a memória, comunicar algo e nos emocionar.
Sendo assim, o professor deve orientar a exploração desses materiais,
valorizando os conhecimentos prévios da criança, possibilitando que ela
formule deduções e descobertas, fazendo inferências e relacionando com
textos e contextos.
Nesse sentido, quanto maior o contato da criança com situações que
envolvam escrita e interação social, maior a chance dela levantar hipóteses e pensar
sobre o funcionamento da linguagem. Logo, é preciso apropriar-se de
conhecimentos sobre as técnicas usadas na escrita, sabendo manuseá-las.
3. Assegurar as condições materiais adequadas
É necessária a criação de um ambiente que estimule a leitura e a escrita, a
imaginação e a criatividade das crianças, organizado de maneira que os discentes
tenham acesso livre, podendo ver e tocar os livros e outros materiais.
REFLEXÕES E INDAGAÇÕES
O trabalho com a leitura e escrita deve ser coerente com o universo infantil,
utilizando formas lúdicas para a criança construir significados de acordo com o
que faz, vê e experimenta.
Nessa perspectiva, a educação infantil deve contribuir para trazer para a
criança o interesse pela leitura e escrita, o desejo de aprender a ler e escrever e
fazer com que ela acredite que é capaz de fazê-lo.