Flinpo Magazine 004

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Flinpo Magazine - Nº 4 - Maio 2012

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Fmagazine

#4maio.201

2

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Flinpo Magazine.

Ano II. Nº 4.

Maio 2012.

www.flinpo.net

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EDITO

RIAL Entrando no segundo ano do projectoFlinpo, publicamos agora o quartonúmero da FMagazine dandosequência ao que foi feito nas ediçõesanteriores.

Esta revista serve, essencialmente,para agradecer e dar destaque a todosaqueles que semanalmente participamnos nossos desafios fotográficos e que,cada vez mais, fazem crescer esteespaço.

Acompanhando esse crescimento,fizemos algumas alterações no Flinpo,no início deste ano de 2012, sendo aprincipal novidade a obrigatoriedadede registo e com isto quisemos fazercom que a votação fosse a maisverdadeira possível, o que achamosque tem acontecido.

Ao longo destas páginas podemosapreciar fantásticas fotografias,ilustrando os mais variados temas, depessoas que gostam de fotografia eque gostam de a partilhar, para esses onosso muito obrigado.

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CONTE

ÚDO

entrev

ista

vencedores

escolhas

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entrev

ista

vencedores

ensa

io

artig

o

escolhas

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Entrevista

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ruimnm Nascido em Luanda em 1974,ruimnm, o pseudónimo de Rui Mar-tins, cresceu na cidade da Póvoa deVarzim.

Estudou História e Arqueologia naFaculdade de Letras da Universidade

do Porto, embora nunca tenhaexercido essa actividade pro-

fissionalmente.

Continua a viver naquelacidade com a sua mulhere filha de 16 meses que

requer toda a suaatenção, deixando

pouco tempopara a fo-

tografia.

ruimnm.blogspot.com

fotosdistodaquilo.blogspot.com

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Entrevista

Quando e que motivações olevaram ao interesse pelafotografia?O meu interesse pela fotografia nasceuquando andava a estudar no 9º ano doSecundário e tinha a disciplina deIntrodução ao Jornalismo, aí tive oprimeiro contacto e acesso à câmaraescura do Liceu e com o incentivo deum colega cujo pai fazia fotografia emcasa e tinha várias máquinas que nosemprestava, íamos fotografar a cidade,principalmente o cais, os barcos e ospescadores.Depois, com acesso à câmara escurada escola, lá faziamos a revelação dosfilmes e depois a impressão dasfotografias. Momentos mágicos!

Que área da fotografia mais oatrai?Não sei se terei uma área específica.Mas talvez a reportagem, não só deguerra mas também de questõessociais.Gosto muito de ver o Mundo atravésdas lentes dos fotógrafos e não sópelas câmaras de televisão, tem outoritmo, outra profundidade e não é tãofugaz.

Sendo a reportagem a área quemais lhe desperta interessa, porqueé que o não faz/publica maisfotografias dessa área? Porque aoanalisar as fotografias publicadasnos seus blogues, notámos que amaioria são criadas dentro deestúdio.A fotografia de reportagem é semdúvida a que mais me atrai enquantoobservador desta arte, não quer dizer

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que eu a faça e, de facto, a fotografiade estúdio "caseiro" é o predominantenos meus blogues. Eu não façofotografia de reportagem por váriasrazões: primeiro porque não soufotógrafo, depois por falta de tempopor afazeres profissionais e familiares efinalmente por indisponibilidadeemocional para tal, pois acredito queem muitas situações tal é fundamental.

Tem algum fotógrafo que o inspirede uma forma particular?Respondendo taxativamente: não, nãotenho um fotógrafo que me expireparticularmente. Terei alguns (muitos)fotógrafos!Poderei destacar Edward Weston, pelacapacidade de trazer para dentro dafotografia a ideia de arte. Não foi oprimeiro, mas foi, dos primeiros, oque o fez de uma forma particular.

Irving Penn, não só pelos seusfamosos retratos, mas pricipalmentepelas suas naturezas mortas deobjectos do quotidiano.Depois, o fotógrafo brasileiroSebastião Salgado e as suas fotografiasde grande impacto emocional e deintervenção social. Muitos outrospoderia referir.

Qual é o tipo de materialfotográfico que utiliza?Uzo uma Panasonic DMC-FZ7, jácom alguns anos. Depois para asminhas fotografias de "estúdio"improvisado utilizo material queencontro em casa, como candeeiros desecretária para iluminação, espelhos,cartolinas, tecidos, etc. ou seja, coisasmuito sofisticadas!

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Para si, qual é a importância dainternet no mundo da fotografia?A internet tem muita importânciapara a fotografia como para outraqualquer àrea. É uma janela aberta àinformação que se a soubermosutilizar poderemos aprender muito.Para mim é uma ferramenta deaprendizagem e uma galeria de arteaberta 24 horas. Obviamente queteremos de saber filtrar o "lixo" quetambém o há e as informaçõesirróneas.É ao mesmo tempo um local departilha que, e com o advento dafotografia digital, se tornouincontornável onde também estoupresente.

Entrevista

O que é que acha do Flinpo?Eu sou um participante desde aprimeira hora deste vosso projecto eachei bastante interessante o conceitode agregar falantes da nosso línguanum único espaço dedicado àfotografia e a desafios para os seusparticipantes, sei que há mais espaçosdo género por aí mas este parece-memais bem conseguido.

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Entrevista

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Na sua opinião, que melhorias ounovas funcionalidades deveriam serimplementadas?Primeiro gostava de dizer que gosteidas últimas alterações, principalmentea votação, agora será mais verdadeira.Quanto a melhorias, poderia sugeriruma secção de desafios, talvez mensal,com temas mais técnicos que"obrigassem" a pensar e a trabalharpara tal e não só aproveitar asfotografias que já tenhamos.

Pode-nos contar um pouco sobre afotografia que venceu este desafio?Com esta fotografia tentei representara angústia e a negação da perda dosentido mais importante, tambémpara um fotógrafo, a visão.O ambiente de penumbra, obscuro,simboliza a sensação que acho quequem perdeu a visão sentirá.

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#61feminino

No tema Feminino a vencedora é umaoriginal e artística fotografia sobre atemática da maternidade.O seu autor fala-nos um pouco sobreela: "esta faz parte de um conjunto defotografias que tirei à minha mulheraquando da gravidez da nossa filhaLia, neste caso às 28 semanas degestação. Quero aproveitar parapublicamente agradecer à minhamulher a paciência que tem tido comeste meu passatempo, que é afotografia, e, neste caso, comopaciente modelo".

1. ruimnm

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Dados Exif da imagem:Abertura: F6.3

Velocidade: 1 seg.ISO: 100

Distância Focal: 44mmCom TripéSem Flash

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#61feminino

2. Luís Felício

3. Raquel Machado

4. Pontos de Vistas

5. Marco C.

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#62desporto

Quando lançamos o desafio Desportopoderíamos pensar que o "desportorei" também aqui o seria, mas não foiisso que aconteceu e nas vencedorastemos todo o tipo de desporto, àexcepção do futebol.A que ficou em primeiro lugar é umabela fotografia de ciclismo, explicadaaqui pela sua autora: "a foto foi obtidano Campeonato Mundial de Triatloem Madrid, 31 de maio de 2009.Foi conseguida num momento em quetentava não deixar "escapar" um atletaportuguês que vinha neste grupo,estava de joelho no chão para obteruma perspectiva diferente e evitar oexcesso de luz daquele dia quente esem nuvens".

1. Fátima Condeço

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Dados Exif da imagem:Abertura: F6.3

Velocidade: 10/8000Distância Focal: 250mm

Sem TripéSem Flash

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2.

3.

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#62desporto

2. João Menéres

3. Carlos Nicolau

4. João Mourão

5. Kaipiroska

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#63boas festas

Em "Boas Festas" temos uma belaobra de arte, não só a fotografia em sicomo o objecto retratado, quando afotografia apela ao trabalho prévio, ouserá ao contrário?A sua autora explica-nos: "os livros eas folhas de papel, são um dos meus“brinquedos” favoritos, quando chegaa hora de fotografar. Por vezes voufazendo experiências, com uma ideia apuxar por outra ideia, outras vezes, aimagem surge-me já acabada e é sódeitar mãos à obra e fazer com queresulte. Foi o caso desta. Depois dealguns cortes menos direitos, de muitaluta com uma estrela que teimava emcair e de algum enervamento com umarabesco de arame, lá saiu a minhaárvore de palavras, tal e qual como ahavia imaginado para “falar” deNatal".

1. L.Reis

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/2.8

Velocidade: 1/50ISO: 3200

Distância Focal: 100mmCom tripéSem flash

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#63boas festas

2. Questiuncas

3. Ana Lúcia

4. telmo rodrigo

5. Pontos de Vistas

5.

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#64abstracto

Na semana com tema "Abstracto"temos uma fotografia que é tãoestranha e enigmática como fascinanteque à primeira vista (e a uma segundae terceira) não conseguimos adivinhardo que se trata.Mas o seu autor dá-nos uma ajuda:"esta fotografia faz parte de uma sérieque fiz tentando utilizar uma técnica aque apelidam de «dupla polarização» eque consiste em colocar algo deplástico (aqui, um bocado de um sacoplástico que rasguei) entre dois planospolarizados.Neste caso, o primeiro planopolarizado, onde pousei o plástico, é omonitor de um portátil que, ligado,está numa folha totalmente branca(como no word ou bloco de notas) ecomo segundo plano polarizado, nãotendo eu um filtro polarizador, utilizeiuns óculos de sol com lentespolarizadas que encostei à lente dacâmara e ao roda-los faz-se a magia deo branco se tornar completamentenegro e o plástico ganhar coresfantásticas. É fundamental o uso deum tripé pois são necessárias longasexposições.Espero ter sido claro na explicação."

1. ruimnm

Dados Exif da imagem:Abertura: f/4

Velocidade: 1 seg.ISO: 100

Distância Focal: 70mmCom tripéSem flash

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#64abstracto

2. João Farinha

3. SPorto

4. Pedro Alves

5. Marco C.

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#65melhor de 2011

Numa semana em que as imagensapresentadas no desafio "Melhor de2011" foi de excelente qualidade, avencedora vem honrar todos osparticipantes, pois é uma belíssimafotografia e que nos mostra que épreciso sair cedo e chegar tarde a casapara fazer este tipo de fotografia.Mas nada melhor que o seu autorpara nos explicar melhor: "a fotografiaem questão foi tirada na praia dosMosteiros, na Ilha de São Miguel,Açores, um local muito propício afotografias de final de tarde. Nessatarde desloquei-me a esse local com oobjetivo de conseguir uma boafotografia do entardecer.Cheguei cerca de duas horas antes doocaso para poder escolher oenquadramento que mais meinteressava. Com a luz a desvanecerfui tentando vários "tiros", com umfiltro ND, contudo nenhuma estavaem condições, saindo todas"queimadas" devido à, ainda, intensaluz solar e também devido ao facto deeu pretender uma fotografia comalgum tempo de exposição, queproporcionasse arrastamento nomar/céu. Dessa forma não me restoualternativa senão esperar pelo inicioda noite, já com pouca luz para

Dados Exif da Imagem:Abertura: f/11

Velocidade: 10 seg.ISO: 100

Distância Focal: 39mmCom tripéSem flash

conseguir o efeito desejado. Termineia sessão já de noite, caminhando pelasrochas, já com muito poucavisibilidade, mas satisfeito com oresultado.Os participantes do Flinpo quevotaram na fotografia,complementaram essa minhasatisfação e aos quais presto os meussinceros agradecimentos!"

1. Marco C.

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#65melhor de 2011

2. João Mourão

3. Digit@l Pixel

4. João Menéres

5. Sérgio Pontes

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#66máquina

Pela segunda semana consecutiva oMarco C. "não perdoou" e apresenta-nos mais uma fantástica fotografia,desta feita com um ambiente mágico,de outros tempos.Ele explica-nos a história: "estafotografia foi tirada na Fábrica de Chá– Gorreana, em São Miguel (Açores).A máquina de escrever estava expostanum armário antigo, cheio de peçasantigas.Fiz algumas fotos de teste e dediferentes perspectivas e decidi-medepois pela lente macro de forma aisolar o pormenor das teclas. A luzque iluminava o armário tinha umatonalidade que ajudou a dar um ar“vintage”, como foi referido em algunscomentários no blogue “shoot me”. Atodos os que votaram ou visitaram oblogue, o meu Obrigado."

1. Marco C.

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/8

Velocidade: 1/6ISO: 100

Distância focal: 100mmCom tripéSem flash

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2.

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#66máquina

2. Elfi

3. Kaipiroska

4. alex.

5. SPorto

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#67pacífico

Uma encantadora, bela e cheia deserenidade a imagem vencedora dotema "Pacífico". O seu autor dá-nosuma fantástica e bem pormenorizadaexplicação por trás desta fotografiatirada nos Açores: "a história destaexposição é algo simples e é um mistode projecto e de espontaneidade.Estando eu de férias, tenho de fazer deturista e captar através dos olhos e damáquina os demais lugares damaravilhosa Ilha de São Miguel mas,há sempre o lado mais profissional(até pela minha formação académica,Design) que chama por mim e vejologo lugares, situações, planeiomomentos e imagino sonhosfotográficos.Neste caso particular, foi planeadouma noite de campismo selvagem (.. .)numa praia selvagem com cascatas deágua gelada, mar bravio e cores desonho. Falo da Praia da Viola, em SãoMiguel. Ao chegar, já muito próximodo pôr do sol, apresso-me a preparartodo o equipamento para algumasexposições. Deixo a minhacompanheira a montar a nossa tenda(muito experiente por sinal) econtinuo a montar o material

fotográfico.Reparei então e, já o Solestava mesmo a minutos dedesaparecer, que para lá dohorizonte o Sol, apesar deescondido e a preparar-separa um novo dia, que dolado de lá raiava por umaqualquer nuvem que tenteicaptar. Daí o espontâneo e,na fotografia temos de estarsempre preparados para oimprevisto. Este raiar, émuito subliminar e com acompressão de imagem nãoé muito perceptível. Mas eleestá lá e chamou a atenção a vários denós na ocasião. Isso, e as coresfantásticas com que a Natureza nosdeliciava na maravilhosa Ilha Verde, aIlha de São Miguel.Em resumo, havia um projecto decaptar o pôr do sol açoriano, as corese luz fantásticas e os duplos e triplosarco-íris que por toda a ilhadespontam após aguaceiros. Só nãoesperava este raiar longíquo mas tãopróximo de nós que veio engrandecerum maravilhoso "After Sunset at ViolaII".

Tive de utilizar filtros de densidadeneutral com gradientes de 3 stops paraum melhor equilíbrio claro-escuro epara realçar e tornar homogénea todaa exposição. E utilizar disparador bementerrado na areia, porque o marestava bem bravo e eu queria conjugaras cores, a luz nas rochas, oinesperado raiar e o mar congelado noseu movimento perpétuo. Daí os 8segundos de exposição".

1. Pedro Galamarra

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/11

Velocidade: 8 seg.ISO: 100

Distância focal: 14mmCom tripé e disparador

Sem flash

Tive de utilizar filtros de densidadeneutral com gradientes de 3 stops paraum melhor equilíbrio claro-escuro epara realçar e tornar homogénea todaa exposição. E utilizar disparador bementerrado na areia, porque o marestava bem bravo e eu queria conjugaras cores, a luz nas rochas, oinesperado raiar e o mar congelado noseu movimento perpétuo. Daí os 8segundos de exposição".

1. Pedro Galamarra

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#67pacífico

2. Marco C.

3. CR

4. Elfi

5. telmo rodrigo

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Pedem-me para, neste artigo, analisaras questões dos direitos de autor nafotografia. Tarefa nada fácil, poispressupõe alguns conceitos que nemsempre são simples de definir.Tentarei, contudo, ser claro, e tãosucinto quanto a matéria o permite, naabordagem deste tema.Antes de mais, importa referir que afotografia criativa, ou artística (pois sóa esta a lei confere protecção, comoveremos adiante) é uma criação damente humana nascida de umconceito artístico, estético ouintelectual. A lei tutela esta criação aodisciplinar as relações jurídicas a quepode dar origem, conferindo-lhe oestatuto de obra. Para efeitos legais,consideram-se obras «.. .as criaçõesintelectuais do domínio literário,científico e artístico, por qualquermodo exteriorizadas, que, como tais,são protegidas nos termos desteCódigo, incluindo-se nessa protecçãoos direitos dos respectivos autores.»(Artigo 1.º, n.º 1, do Código doDireito de Autor e Direitos Conexos,daqui em diante referido como«CDA».)A protecção legal de qualquer obra

depende de um pressuposto: aoriginalidade. Este conceito éfundamental, pois é ele que vaipermitir delimitar a obra tal como elafoi criada pelo seu autor das cópias econtrafacções. Por princípio, apenas asobras originais são protegidas por lei,sendo outras equiparadas a originais(por ex. as traduções). Uma cópia nãoé merecedora de protecção legal, umavez que esta apenas é conferida aquem a criou: o autor.O autor é o criador intelectual daobra, e o seu direito prevalece mesmoque tenha alienado esta última. É apessoa que originariamente criou aobra tutelada pela lei. A lei protege osdireitos adquiridos pelo autor pelacriação da sua obra, e esta protecçãoestende-se mesmo para além da mortedo autor, podendo os respectivosdireitos ser exercidos pelos seusherdeiros. Os direitos de autorcaducam passados que sejam setentaanos após a criação da obra, altura emque esta cai no domínio público,passando a ser de utilização livre.Importa reter a noção de que aquiloque a lei protege não é a obra em si,ou seja o seu suporte físico; este,

FOTOGRAFIAE DIREITOSDE AUTOR

por:ManuelVilar de Macedo

mvm-iso100.blogspot.pt

Artigo

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embora possa ser objecto de relaçõesjurídicas, não é mais que a emanaçãoda ideia do autor. O que a lei protege,através do direito de autor, é apropriedade intelectual, que écorporificada na obra.O autor de uma obra fotográfica vê oseu direito reconhecido no momentoda criação da fotografia, semdependência de qualquer acto formalde inscrição ou registo; a partir dessemomento – que pode ser consideradoaquele em que a imagem é fixada pelosensor ou filme –, o seu direito gozade protecção universal, que abrange,quer a usurpação (o uso indevido daobra por outrem), quer a imitação, ouplágio.A protecção legal da obra fotográfica,porém, tem especificidades que adiferenciam das obras literárias e das

outras artes plásticas. Nem todas asfotografias são dignas de tutela legal.Isto compreende-se facilmente setivermos em conta que, nageneralidade dos casos, o objecto dafotografia é algo que pré-existe à ideiado autor. Salvo algumas (poucas)excepções, a fotografia descreve cenasque não são produto da mente dofotógrafo; este, em regra, não cria arealidade que fotografa: esta já existeno mundo exterior. O que o fotógrafofaz é transmitir uma visão pessoal doobjecto fotografado. Por outro lado, ademocratização da fotografia, que jávem de longe mas teve o seu apogeucom a fotografia digital, pôs milhõesde pessoas a fotografar sem quaisquerpretensões artísticas ou criativas. Seriaimpensável estender a protecção dosdireitos de autor a todas as fotografias,

Imagem: Margaret Bourke-White,1937.

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daí que o artigo 164.º do CDA exijaque a fotografia possa considerar-secomo criação artística pessoal do seuautor, quer pela escolha do seuobjecto, quer pelas condições da suaexecução. Isto significa, em resumo,que nem todas as fotografias podemser protegidas pela propriedadeautoral.Para que uma fotografia possa serconsiderada obra para efeitos do CDA,não basta que seja original: é aindanecessário que o objecto seja único(condição que pode ser de difícilverificação) ou, pelo menos, que a suaexecução seja única. Este últimocritério introduz um elemento desubjectividade que, em último caso, é

deixado ao arbítrio do juiz, e leva-nosa uma discussão sobre o tema daoriginalidade da fotografia: o quetorna uma fotografia única?O objecto raramente será único: hámilhões de fotógrafos a colherimagens dos mesmos objectos. Se fosseeste o único critério, a protecção dosdireitos autorais limitar-se-ia acomposições criadas pelo própriofotógrafo. De fora ficariam todas aspaisagens, objectos da natureza,edifícios ou lugares, uma vez que estesestão ao dispor de qualquer pessoa,não podendo deste modo ser sujeitosao regime da propriedade intelectual.O que releva, para tutela do direitomoral, é a apreensão do objecto

Artigo

Imagem: Ansel Adams, 1942.

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O outro caso é o da alienação donegativo. Como é evidente que o CDAentrou em vigor antes do advento dafotografia digital, deve aqui entender-se também a transmissão do ficheirode imagem. Esta alienação implica(artigo 166.º do CDA) a transmissãode todos os direitos em favor doadquirente do negativo ou do ficheiro,salvo se tiver havido acordo emcontrário.Na fotografia, como em qualquer obra,existe uma distinção entre os direitosde propriedade sobre a obra corpóreae sobre o direito moral de autor, oupropriedade autoral, salvo nos casos dealienação do negativo (como vimosanteriormente) ou de fotografiaencomendada, aplicável aos retratos,em que a pessoa retratada tem odireito de transmitir a fotografia sem oconsentimento do fotógrafo. No caso,por ex., de venda de uma impressão,uma coisa é a propriedade do suporte-papel, que passa a ser do adquirente eoutra a propriedade autoral, que semantém na esfera jurídica do autor.Note-se que, para que uma fotografiaseja efectivamente protegida, o CDAexige que a ela contenha o nome dofotógrafo (artigo 167.º, n.º 1, al. a), doCDA).Vejamos, agora, quais são os meios dedefesa do direito autoral. A realidadedos nossos dias é que o meioprivilegiado de divulgação defotografias é a Internet, pelo que oautor está completamente à mercê dosusurpadores. Não adianta marcar afotografia, uma vez que a marcad'água pode ser cortada ou removida;a reserva de direitos que websites

através de uma perspectiva única, oupelo recurso a determinadas técnicasfotográficas que tornam a fotografiaúnica e irrepetível. Aqui deve ter-seem conta a composição e oenquadramento, pois um objecto,mesmo que já tenha sido fotografadopor milhões de pessoas, pode sempreser visto de uma maneira inteiramenteoriginal. Do mesmo modo, o recurso atécnicas fotográficas pode servir paraconferir originalidade e unicidade àfotografia. Dentro das técnicasfotográficas deve ser incluído tambémo processamento da imagem: comefeito, programas de edição como oPhotoshop CS podem contribuir paraconferir originalidade a umafotografia, tornando-a diferente dequalquer outra que tenha o mesmoobjecto e, deste modo, tornando-anuma criação artística pessoal. Emsuma: o emprego de qualquer técnicafotográfica que tenha a virtualidade detransmitir o pensamento artístico dofotógrafo e individualizar a imagempode conferir à fotografia o estatuto deobra para efeitos de direito de autor.O CDA prevê duas derrogaçõesimportantes quanto à fotografia: aprimeira refere-se à tutela dos direitosde autor quando a fotografia tem porobjecto uma obra de artes plásticas deautor diverso. Se alguém fotografar,por ex., uma pintura, o fotógrafo devemencionar o autor desta última. Afotografia, neste caso, implica umautilização de uma obra sujeita tambémela a direitos de autor, e esta é a formade assegurar a tutela dos direitos desteúltimo, protegendo-o de uma eventualutilização abusiva.

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como o Flickr atribuem também nãooferece muita segurança. O únicoexpediente prático que se pode usarpara prevenir a usurpação é publicarfotografias optando pela qualidademais baixa possível, mas mesmo istonão assegura que a fotografia não sejausurpada: apenas garante que afotografia não será impressa com aqualidade que poderia ser obtida.A reserva de direitos, tal como a queexiste no Flickr e noutros sítios, não é,porém, inteiramente destituída deutilidade: serve, quando menos, comomeio de prova da autoria da imagem,funcionando a reserva de direitoscomo presunção de que o autor nãorenunciou ao seu direito depropriedade autoral sobre a fotografia.Uma vez que é praticamenteimpossível usar meios preventivos dedefesa da propriedade autoral no casoda fotografia, só depois de cometida ausurpação pode o autor agir. A leiassegura-lhe os mesmos meios dedefesa da propriedade que estão ao

dispor dos proprietários de benscorpóreos, mas acrescenta, paraafirmar a reprovação social da condutade quem usa obra alheia como se fossesua, um tipo-legal de crime – ausurpação. Este é um crime punido,nos termos dos artigos 195.º e 197.ºdo CDA, com prisão até três anos emulta de 150 a 250 dias.No plano civil, a propriedadeintelectual goza dos mesmos meios dedefesa que o direito geral depropriedade: é susceptível de medidasconservatórias no caso de receiofundado de violação iminente dodireito, entre as quais se contam osprocedimentos cautelares, ou a acçãode indemnização cível – que, emboraindependente da responsabilidadecriminal, pode contudo ser deduzidaem conjunto com o procedimentopenal.A violação do direito moral de autorfaz o usurpador incorrer emresponsabilidade civil, constituindo-ona obrigação de indemnizar o autor. A

Artigo

Imagem: Henri Cartier-Bresson, 1932.

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indemnização abrange os danospatrimoniais, englobando quer o danoemergente - aquele que resultoudirectamente da violação do direito -,quer o lucro cessante, entendendo-sepor este os benefícios de que o autordeixou de gozar por virtude daviolação do seu direito; e abrangetambém os danos não patrimoniais,que, não sendo objectivamentequantificáveis, conferem ao autor odireito de ser ressarcido pelosprejuízos morais que a usurpação – oua imitação – lhe causou.Pode, contudo, não ser necessáriorecorrer a medidas extremas para fazercessar a usurpação. Suponhamos,usando um caso hipotético, que o umfotógrafo descobriu uma fotografia dasua autoria publicada, semautorização, num livro, revista ouwebsite. Pode bastar uma comunicaçãoescrita - uma interpelação - para que afotografia seja removida, e o caso ficaresolvido sem mais. Se a violação dodireito de autor persistir, porém, será

necessário proceder judicialmente.Note-se, a este propósito, que o crimede usurpação, previsto no artigo 195.ºdo CDA, é um crime público: oprocedimento criminal não dependede queixa nem de acusação particular,bastando uma simples participação aoMinistério Público ou à autoridadepolicial para que a acção penal sejainiciada.A imitação, embora não sendo punidacriminalmente, confere ao autor osmesmos direitos civis que a usurpação.Determinar quando uma fotografia éimitação de uma outra é uma questãotremendamente complexa; a decisãocabe ao juiz, que não deixará de levarem conta os critérios de criaçãoindividual de que depende aqualificação de uma fotografia comoobra para efeitos do CDA, e(naturalmente) a precedência temporalda fotografia imitada.

(Nota: todas as referências jurídicas deste textoreferem-se ao Direito Português)

Imagem: André Kertész, 1928.

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#68escrita

Não só um trabalho de fotografia mas,acima de tudo, de quase filigrana éesta imagem vencedora do desafio"Escrita".As palavras da autora: "esta fotografiasurgiu de uma entre váriasexperiências que fiz com livros.. .omais difícil na fotografia não foiimaginá-la ou executá-la, mas simencontrar em casa um livro quepudesse "esquartejar". A ideia que euqueria transmitir é a de que, porvezes, há palavras que prendemosdentro de nós e que nunca chegam aser mais do que silêncio, outras vezesacontecem o inverso e somos nós osseus prisioneiros. Depois o resto foifácil: tesoura, cola, alguma dose depaciência e ficou tudo pronto para aimagem final".

1. L. Reis

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/2.8

Velocidade: 1/50ISO: 200

Distância Focal: 4.6 mmCom tripéSem flash

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2.

3.

4. 5.

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#68escrita

2. ruimnm

3. Pontos de Vistas

4. Joana Almeida

5. Sporto

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#69repetição

Olhar uma segunda vez e de um outroângulo lugares que passamos por elestodos dias podem fazer a diferença,como nos explica o Marco: "esta fotofoi tirada numa das inúmeras saídasfotográficas que tenho por hábitofazer, nas ruas da cidade de PontaDelgada. Funciona como uma espéciede terapia ou até ritual, já que começosempre por tomar um café numaesplanada da cidade onde vouobservando "alvos potenciais" oupensando em locais ou fotos quepoderei tentar.O local em particular deste tema"Repetição" é o anfiteatro das Portasdo Mar, na avenida marginal. Umlocal muito central e óptimo parafotografia urbana. Uns meses antestinha já feito esta fotografia com estegrafismo mas tirada de um ângulosuperior, e na altura nem me ocorreufotografar de outro ângulo.. . Destavez, passando por lá (mais uma detantas outras vezes) olhei de formadiferente e vi um grafismo diferenteque achei mais apelativo que oanterior (fotografado de um ângulosuperior).

Acabou por ser uma foto de passagemque resultou e que agradou aosparticipantes do Flinpo, aos quaisagradeço a votação :) Boas fotos paratodos!"

1. Marco C.

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/9

Velocidade: 1/80ISO: 100

Distância focal: 135mmSem tripéSem flash

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2.

4. 5.

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#69repetição

2. Jorge Monteiro

3. Kaipiroska

4. Bliguite

5. Pontos de Vistas

3.

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#70vidro

Uma dúzia de berlindes, um normalfrasco de vidro - tudo objectos do dia-a-dia e apenas o necessário para sefazer excelente fotografia.Deixemos o seu autor explicar-se:"esta faz parte de uma série defotografias que fiz utilizando unsberlindes que tinha por casa, perdidosnuma qualquer gaveta; o frasco devidro, antes de ir para a reciclagem,também serviu de modelo. Tudo istofoi colocado em cima de um vidro(neste caso, o vidro que retirei a umamoldura) e por baixo deste umacartolina branca.Como fonte de luz utilizei apenas umcandeeiro de secretária por trás deuma outra cartolina esticada que fazde fundo à cena. Como esta não étotalmente branca deu este tom àfotografia e também porque escolhi nacâmara como temperatura de cor"tungsténio", não sendo no entantodeste tipo a lâmpada utilizada.Este é um tipo de fotografia que gostode fazer e a minha limitada e velhinhamáquina ainda deixa fazer!Quero agradecer a todos os

"flinpeiros" que votaram na minhaimagem e a todos os queparticiparam, sem todos nós isto nãotêm graça nenhuma!"

1. ruimnm

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/4

Velocidade: 1/20ISO: 100

Distância focal: 8mmCom tripéSem flash

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2. 3.

4. 5.

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#70vidro

2. Digit@l Pixel

3. Pontos de Vistas

4. telmo rodrigo

5. Clara Gamito

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#71frio

A fotografia vencedora é a prova quedevemos andar, sempre que possível,com a nossa câmara, até no trajectopara o trabalho.Foi o que aconteceu ao seu autor:"esta foto foi tirada em Basileia, Suíça,junto à estação de comboio alemã dacidade. Esta foto foi, com toda asinceridade, fruto de um mero acaso.Eu desloco-me para lá em trabalhovárias vezes e só pontualmente é quetenho oportunidade de usar amáquina durante o dia, desta vezestava mais entusiasmado porquecomprei recentemente uma lenteprime de 28mm e ainda não tinha tidoa oportunidade de a experimentar narua.Nessa manhã acordei e aconteceu algoque estava à espera há alguns dias,como rapazola do Porto, neve não éalgo com que tenha muito contacto,muito menos em ambiente urbano esempre tinha querido tirar umas fotosde rua com neve, tive sorte, apanhei adita e estava com minha melhor lente.Esta foto foi uma de muitas que tireinos 20 min do trajecto hotel-escritório. Gostei especialmente doresultado nesta porque a luz estavaperfeita para P&B e não é todos os

Dados Exif da imagem:Abertura: f/4

Velocidade: 1/25ISO: 800

Distância focal: 28mmSem tripéSem flash

dias que se vê uma vespa pretacoberta de neve. Esperei apenas quesurgisse alguém ao fundo porquegosto sempre de ter o elementohumano nas fotos.(Nota: ando sempre com o ISO altoporque gosto de grão e como costumodar prioridade à abertura garantoassim que não perco fotos por umaselecção lenta de velocidade que amáquina faça)."

1. Nuno Monteiro

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2.3.

4. 5.

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#71frio

2. Ana Lúcia

3. Remus

4. alexandra carneiro

5. João Menéres

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#72penumbra

O exemplo de quando esperar pelomomento certo dá excelentesresultados fotográficos:"resolvi fotografar esta navalha dada asua peculiar forma. Esta velha navalhapertence ao meu pai que a encontrarae guardara, ainda suja pedi-lhe que mea emprestasse por uns tempos até eusaber o que fazer com ela em termosfotográficos. Fiquei com ela duranteuns meses, até que um dado diareparei no feixe de luz do Sol queentrava por uma porta entreaberta.Foi então que tive a ideia de pousarno chão a navalha.. . a luz quente doSol, os tons castanhos e de ferrugemda navalha pareciam combinar - tinhao cenário perfeito!Sem demora, comecei a fotografá-la dediversos ângulos e no final osresultados foram bastante positivos".

1. Jorge Monteiro

Page 65: Flinpo Magazine 004

Dados Exif da imagem:Abertura: f/5

Velocidade: 1/500ISO:100

Distância focal:5mmSem tripéSem flash

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2.

3.

4.

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#72penumbra

2. Adelino Chapa

3. L.Reis

4. fatima condeço

5. alexandra carneiro

5.

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#73só

Esta semana temos como vencedorauma fotografia que nos transmiterealmente a solidão que algumas vezesnos invade.O seu autor, e modelo de si mesmo,diz-nos como a fez: "a fotografia foitirada numa praia deserta num dia emque o meu espírito estava muitocinzento. Aquela fotografia representabem o meu estado naquela manhã.Não tinha modelos, não tinhaninguém para poder ajudar mastambém não queria.. .O sentimento de "solitude" era tudo oque sentia.Achei muito curioso a quem eumostrava este registo que asinterpretações variavam sempre.. .falavam em harmonia, em paz.. . maseu olhava-me na fotografia e via asolidão.. . podia até perceber que existeum certo desafio da pessoa contramundo mas.. . estava sozinho num diade mar revolto.Esta fotografia foi das primeiras quetirei. As outras que seguiram já nãogostei do resultado porque cada vezmais a areia ficava cada vez maismarcada dos meus passos".

1. Marco Rufino

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/16

Velocidade: 1/30ISO: 100

Distância focal: 25mmCom tripéSem flash

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2.

3.

4. 5.

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#73só

2. Marco C.

3. Jorge Monteiro

4. Remus

5. Sandro Porto

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#74super colorido

As palavras do autor dizem tudo:«esta fotografia foi tirada em 2009 efaz parte de uma série fotográfica quefiz com CDs. Não é segredo nenhuma minha adoração por fotografias degrafismos, mas também não é segredoque adoro "criar" fotografias comobjectos do quotidiano no sossego daminha sala. Como sempre faço paraeste tipo de fotografias, montei o meuestúdio fotográfico "caseiro": nestecaso, uma folha de cartolina preta eum modesto candeeiro de secretária.Depois de realizar uma série defotografias somente com os CDs,lembrei-me de os borrifar com águapara ver como ficavam. Gostei doresultado e achei que tinha potencial,exagerei nas borrifadelas e um dosresultados finais foi este: Um CDcheio de gotas de água com adifracção da luz em plena evidência.»

1. Remus

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/8

Velocidade: 4 sec.Distância focal: 51mm

Com tripéSem Flash

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2. 3.

4.

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#74super colorido

2. Luís Felício

3. Clara Gamito

4. Diana Tavares

5. L. Reis

5.

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#75triângulo

Esta fotografia é mais uma prova querecompensa estar no sítio certo à horacerta: «A fotografia surgiu por meroacaso, num dia em que andava a tirarfotografias ao rio Douro no Porto.Junto a uma das pontes, já não seipropriamente qual delas, mas foi juntoà ponte de S. João ou junto à ponte doInfante, olhei para cima e reparei queo avião criava um grafismo engraçadocom a ponte. Esperei uns brevessegundos pelo momento que achei sero mais correcto e registei o momento.Foi um único "clique", uma únicafotografia. Ainda pensei em ir"apanhar o avião" do outro lado daponte, mas as pernas não obedeceramao cérebro e acabei por ficar nomesmo sitio e a continuar a fotografaro rio.»

1. Remus

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Dados Exif da imagem:Abertura: f/4.5

Velocidade: 1/750 sec.Distância focal: 188mm

Sem tripéSem Flash

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2.3.

4. 5.

Page 79: Flinpo Magazine 004

#75triângulo

2. Manuel Ribeiro

3. Adelina Silva

4. Diana Tavares

5. Dix

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ESCOLHASDOSEDITORES

1.[#61]Carlos Nicolau2.[#61]Félix Pagaimo3.[#62]nuno brito4.[#62]SPorto5.[#64]nuno brito6.[#64]Nuno Monteiro7.[#65]Pontos de Vistas

2. 3.

6.

5.

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1.1.[#61]Carlos Nicolau2.[#61]Félix Pagaimo3.[#62]nuno brito4.[#62]SPorto5.[#64]nuno brito6.[#64]Nuno Monteiro7.[#65]Pontos de Vistas

4.

7.

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ESCOLHASDOSEDITORES

2. 3.

6.5.

1.[#65]ruimnm2.[#66]P_Lima3.[#67]José Magalhães4.[#67]VagaMundos5.[#68]José Magalhães6.[#69]Diana Tavares7.[#68]Clara Gamito

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1.

4.

7.

1.[#65]ruimnm2.[#66]P_Lima3.[#67]José Magalhães4.[#67]VagaMundos5.[#68]José Magalhães6.[#69]Diana Tavares7.[#68]Clara Gamito

Page 84: Flinpo Magazine 004

ESCOLHASDOSEDITORES

2. 3.

6.

5.

1.[#69]Ana Lúcia2.[#70]Jorge C. Reis3.[#70]Alfredo Nogueira4.[#71]Alexandre e Anabela5.[#71]BEAN FELY6.[#72]Diva Almeida7.[#72]Sérgio Correia

Page 85: Flinpo Magazine 004

1.

4.

7.

1.[#69]Ana Lúcia2.[#70]Jorge C. Reis3.[#70]Alfredo Nogueira4.[#71]Alexandre e Anabela5.[#71]BEAN FELY6.[#72]Diva Almeida7.[#72]Sérgio Correia

Page 86: Flinpo Magazine 004

ESCOLHASDOSEDITORES

2. 3.

6.

5.

1.[#73]Paulo Bastos2.[#73]Pedro Alves3.[#74]CR4.[#74]Alfredo Nogueira5.[#75]João Mourão6.[#75]Sandra Rocha

Page 87: Flinpo Magazine 004

1.

4.

1.[#73]Paulo Bastos2.[#73]Pedro Alves3.[#74]CR4.[#74]Alfredo Nogueira5.[#75]João Mourão6.[#75]Sandra Rocha

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Ensaio fotográfico

Page 89: Flinpo Magazine 004

ELSAMENDESomeuoutroolhar.blogspot.pt

Natural de Viseu reside e trabalha emSão Miguel, Ponta Delgada, há oitoanos. Fotógrafa por paixão, desdebem pequena admirou os trabalhosde outros fotógrafos mas só de háalguns anos a esta parte se dedicou aesta arte paralelamente ao ensino.Professora de Educação Visual eTecnológica, fotógrafa amadora eautodidata, tem realizado diversoscursos e Workshop's de fotografia ede adobe lightroom e photoshop epretende continuar a sua formação.

Tem ainda aprendido com outrosfotógrafos, observando e praticando,também tirando proveito dasmagníficas paisagens da ilha ondevive, sempre procurando a sua formapessoal de registar o que vê e o quesente. A fotografia é uma paixão eusa-a, muitas vezes, para se expressare exteriorizar emoções e sentimentos,e retirar das imagens a intensidadeque também elas transmitem.

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Ao realizar o curso de Narrativafotográfica que teve início em Maio de2011 e fim em Novembro de 2011,teve a possibilidade de construir edesenvolver o seu trabalho baseando-se no conceito de ilusão e ficçãofacultada pelo fantástico mundo doteatro. Sendo também um meio que jáconhecia e dominava, pôde facilmenteseguir todas as fases do trabalho dosatores

As luzes, as silhuetas, os momentosexactos e distintos de captação dasimagens, o movimento, a luz, acontraluz, as pausas, os segundos, aplateia, os camarins, os ensaios, asexpressões, os rostos, cada um com oseu tempo muito próprio, exigiramalgum cuidado e rapidez de execuçãona captação das imagens.Momentos únicos sem repetiçãodevido à sua espontaniedade.

A luz difusa em palco, as distânciasfocais e as baixas velocidades deobturação tornaram-se no seu maiordesafio, bem como a necessidade deencontrar novos ângulos de captaçãosem o uso de tripé. Apesar dasdificuldades o resultado foicompensador, pois as imagensexpressam exatamente o ambientevivido e explorado por mais de trêssemanas entre ensaios gerais,camarins, apresentações.

O preto e branco foi a melhor opçãona consecução desta narrativafotográfica já que a peça de teatro emcausa abordava o Holocuasto Nazi e avida de Anne Frank, refugiada judia.

Ensaio fotográfico

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Ensaio fotográfico

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Ensaio fotográfico

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PARTICIPA! O Flinpoaceita participações, comoesta, para os próximosnúmeros da FMagazine.Colabora e envia o teutrabalho: ensaios, artigos ouportefólios.Sabe mais Aqui.

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Flinpo2012

fotografia em língua portuguesa