FLIP 22/10/2012

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Segunda-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XV NATAL-RN, 22 DE OUTUBRO DE 2012 Nº 4.472 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,02 Dólar turismo R$ 2,13 Dólar/Real R$ 2,02 Euro x real R$ 2,64 Poupança 0,50%/0,42% Taxa Selic 7,25% INDICADORES: Túlio Lemos Página 3 ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 Efeitos da estiagem se agra- vam no interior do RN e exi- gem mais ação do governo. Marcos A. de Sá Página 7 Ney Lopes Ailton Salviano Anísio Marinho Neto Ana Luíza Rabelo Spencer Marcus Eduardo de Oliveira Newton M. de Albuquerque Quando a leitura vira peda- gogia do preconceito numa simples ideia publicitária. Vicente Serejo Página 13 Boa parte da família Alves ficou indignada com a atitude de Carlos Eduardo. Acordo com Hermano pode tirar Luiz Almir da Câmara Municipal de Natal. Daniela Freire Página 12 Carlos Eduardo responsabiliza a mulher de Garibaldi por processos que responde no TCU > ATAQUES NO PROGRAMA ELEITORAL GRATUITO APÓS ELOGIAR A EX -PRIMEIRA DAMA DENISE ALVES, CANDIDATO A PREFEITO DE NATAL PELO PDT ALEGA QUE OS CONVÊNIOS QUESTIONADOS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ESTAVAM A CARGO DE INSTITUIÇÕES COMO O MEIOS, QUE ELA PRESIDIA > INSEGURANÇA NO TIROL Bando arromba caixa eletrônico na Funasa e rouba armas no TCU POLÍTICA 3 Na madrugada, assaltantes invadiram prédio, renderam vigilantes, cortaram fios do sistema de segurança e usaram maçarico para abrir caixa do BB José Aldenir Governadora lista as ações emergenciais e estruturantes para combater efeitos da seca > RN CASTIGADO ECONOMIA 7 Cerca de 100 famílias são sustentadas com materiais recicláveis catados em Natal > DA FICÇÃO PARA A VIDA REAL CIDADE 13 ABC já pensa no Guaratinguetá para espantar o rebaixamento > SÉRIE B ESPORTE 15 Cientec terá início amanhã com destaque para a energia > UFRN CIDADE 19 Conceição conheceu o antigo lixão quando sua mãe faleceu e ela virou catadora. Hoje, no Aterro de Cidade Nova, “a situação é bem melhor” Candidatos a prefeito de Natal trocam acusações no primeiro debate da semana > TV TROPICAL Carlos Eduardo e Hermano aproveitam espaço televisivo para desferir ataques POLÍTICA 4 CIDADE 10 José Aldenir Heracles Dantas É o Jeito Givanildo de Ser a última bala do alvinegro para continuar na Série B. Rubens Lemos F. Página 16

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Cidades, cultura, esporte e economia

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Segunda-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XV w NATAL-RN, 22 DE OUTUBRO DE 2012 w Nº 4.472

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 2,02Dólar turismo R$ 2,13Dólar/Real R$ 2,02

Euro x real R$ 2,64Poupança 0,50%/0,42%Taxa Selic 7,25%

INDICADORES:

TúlioLemos

Página 3

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

w Efeitos da estiagem se agra-vam no interior do RN e exi-gem mais ação do governo.

MarcosA. de Sá

Página 7

Ney Lopes

Ailton Salviano

Anísio Marinho Neto

Ana Luíza Rabelo Spencer

Marcus Eduardo de Oliveira

Newton M. de Albuquerque

w Quando a leitura vira peda-gogia do preconceito numasimples ideia publicitária.

VicenteSerejo

Página 13

w Boa parte da família Alvesficou indignada com a atitudede Carlos Eduardo.

w Acordo com Hermano podetirar Luiz Almir da CâmaraMunicipal de Natal.

DanielaFreire

Página 12

Carlos Eduardo responsabiliza a mulher deGaribaldi por processos que responde no TCU

> ATAQUES NO PROGRAMA ELEITORAL GRATUITO

APÓS ELOGIAR A EX-PRIMEIRA DAMA DENISE ALVES, CANDIDATO A PREFEITO DE NATAL PELO PDT ALEGA QUE OS CONVÊNIOS

QUESTIONADOS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ESTAVAM A CARGO DE INSTITUIÇÕES COMO O MEIOS, QUE ELA PRESIDIA

> INSEGURANÇA NO TIROL

Bando arromba caixa eletrônicona Funasa e rouba armas no TCU

POLÍTICA 3

Na madrugada, assaltantes invadiram prédio, renderam vigilantes, cortaram fios do sistema de segurança e usaram maçarico para abrir caixa do BB

José Aldenir

Governadora lista as açõesemergenciais e estruturantespara combater efeitos da seca

> RN CASTIGADO

ECONOMIA 7

Cerca de 100 famílias são sustentadas com materiaisrecicláveis catados em Natal

> DA FICÇÃO PARA A VIDA REAL

CIDADE 13

ABC já pensa noGuaratinguetápara espantar o rebaixamento

> SÉRIE B

ESPORTE 15

Cientec teráinício amanhãcom destaque para a energia

> UFRN

CIDADE 19

Conceição conheceu o antigo lixão quando sua mãe faleceu e ela virou catadora. Hoje, no Aterro de Cidade Nova, “a situação é bem melhor”

Candidatos a prefeito deNatal trocam acusações noprimeiro debate da semana

> TV TROPICAL

Carlos Eduardo e Hermano aproveitam espaço televisivo para desferir ataques POLÍTICA 4

CIDADE 10

José Aldenir

Heracles Dantas

w É o Jeito Givanildo de Sera última bala do alvinegropara continuar na Série B.

RubensLemos F.

Página 16

Segunda-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012 Opinião

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A escravatura política no século XXIArtigo NEY LOPES, jornalista, advogado e ex-deputado federal (www.blogdoneylopes.com.br)

Com o respaldo de Michel Temer,a cúpula do PMDB intervém nos dire-tórios zonais de São Paulo para instalaraliados de Gabriel Chalita, que seguiua orientação de apoiar Haddad, comoparte das barganhas em troca de minis-térios e posições relevantes na direçãodo Congresso Nacional.

Com a medida, a intenção é retirardos cargos dirigentes ainda vinculadosao grupo de Orestes Quércia, que nopassado manteve viva a chama doPMDB, em São Paulo. Morreu lideran-do a disputa pelo Senado em 2010, apósenfrentar dirigentes peemedebistas, quedesejavam vetar a sua candidatura.

Agora, o PMDB-SP paga a fidelida-de histórica de Quércia, afrontando asua esposa e amigos leais, que resolve-ram discordar dos "proprietários priva-dos" da sigla e apoiar Serra.

Aí está a maior vergonha da demo-cracia brasileira. Os militantes de umpartido são prisioneiros das cúpulas, quemanipulam e fazem qualquer negócio,sem ouvir ninguém. Todos têm que acei-tar, sob pena de ocorrer o que se vê emSP. Logo vem a intervenção e afasta osdiscordantes. Aqueles que têm manda-to ou suplência perdem automaticamen-te, pela aplicação absurda da fidelidadepartidária, incrivelmente assim interpre-tada pelo TSE.

É a mesma coisa de exigir a fideli-dade no adultério. Indaga-se se isto édemocracia representativa?

O resultado é que o sucesso nasurnas, regra geral, no último dia 7 deoutubro, se deveu a opção feita pela frau-de, atos ilícitos e a clara influência, per-cebida como a luz do meio dia, de ór-gãos e instituições públicas no proces-so eleitoral, em troca de empregos e dá-divas, até hoje impunes.

Em Natal, por exemplo, quem optouna Câmara Municipal de Natal pela "ope-ração impacto", se reelegeu tranquila-mente. Quem optou pelo trabalho sériorecebeu em troca a perseguição internado próprio partido e o insucesso nasurnas, além da zombaria e tentativas deridículo pós eleição de próprios pseu-dos correligionários (!!!).

Pode mudar esse quadro? A respos-ta é que não há perigo de mudar.

As cúpulas partidárias chicoteiamverdadeiros pelotões de escravos, empleno século XXI. Fazem o que queremcom as estruturas políticas e a destina-ção dos recursos públicos do Fundo Par-tidário. Protegem a própria imagem, deforma que a opinião pública desconhe-ça os fatos verdadeiros. "Aprisionam" atépresidente da república e governadoresem pleno exercício do mandato, amea-çando e chantageando de toda forma.

Agem ditatorialmente. Veja-se o queacontece em SP. Os personagens são osmesmos que manipulam os votos noCongresso Nacional, em troca de be-nesses "por baixo do pano". ReformaPolítica, partidária e eleitoral? Demo-cratização interna dos partidos? Jamais!

O militante partidário que desejeagir seriamente é desprezado, afastado,humilhado e nem legenda consegue paradisputar mandatos, que permitam mu-danças dessa conjuntura. A verdade éque o Brasil vive em regime de escra-vatura político-partidária, em pleno sé-culo XXI. São muitos os exemplos con-cretos, que precisam ser divulgados.

Fazer o que? Talvez, contar as ver-dades ao povo, até hoje dissimuladas.Ou, esperar uma "primavera latina", se-melhante a "primavera árabe", que pres-sione a convocação de uma AssembléiaConstituinte, cujos eleitos fiquem inele-gíveis por oito anos para torná-los li-bertos de pressões e não cederem a ten-tação de legislar em causa própria. Anova Constituição brasileira conteria asmudanças reais, que o país precisa.

Por enquanto resta apenas preparar-se para o pior. Não há como fazer polí-tica com seriedade, diante desse quadronacional. A culpa não é só dos políti-cos. Infelizmente é também do eleitor,com honrosas e pouquíssimas exceções.

Artigo

Informaçãoda prisão

ANÍSIO MARINHO NETO, 1º Procuradorde Justiça Criminal, membro da ALEJURNe IHGRN ([email protected])

Entrará em vigor no dia 14 de se-tembro de 2013, a Lei nº 12.714, quedispõe sobre o sistema de acompa-nhamento da execução das penas, daprisão cautelar e da medida de segu-rança, prevendo que os dados e as in-formações da execução da pena, daprisão cautelar e da medida de segu-rança deverão ser mantidos e atuali-zados em sistema informatizado deacompanhamento da execução dapena. Sendo que tais sistemas infor-matizados serão, preferencialmente, detipo aberto. Considera-se sistema ouprograma aberto aquele cuja licençade uso não restrinja sob nenhum as-pecto a sua cessão, distribuição, uti-lização ou modificação, assegurandoao usuário o acesso irrestrito e semcustos adicionais ao seu código fontee documentação associada, permitin-do a sua modificação parcial ou total,garantindo-se os direitos autorais doprogramador. Os dados e as informa-ções previstos serão acompanhadospelo magistrado, pelo representantedo Ministério Público e pelo defen-sor e estarão disponíveis à pessoapresa ou custodiada. O sistema deve-rá permitir o cadastramento do de-fensor, dos representantes dos conse-lhos penitenciários estaduais e do Dis-trito Federal e dos conselhos da co-munidade para acesso aos dados e in-formações. O sistema deverá contero registro dos seguintes dados e infor-mações: I - nome, filiação, data denascimento e sexo; II - data da prisãoou da internação; III - comunicaçãoda prisão à família e ao defensor; IV- tipo penal e pena em abstrato; V -tempo de condenação ou da medidaaplicada; VI - dias de trabalho ou es-tudo; VII - dias remidos; VIII - ates-tado de comportamento carcerário ex-pedido pelo diretor do estabelecimen-to prisional; IX - faltas graves; X -exame de cessação de periculosidade,no caso de medida de segurança; eXI - utilização de equipamento demonitoração eletrônica pelo conde-nado.

O lançamento dos dados ou dasinformações ficará sob a responsabi-lidade: I - da autoridade policial, porocasião da prisão, quanto ao nome, fi-liação, data de nascimento e sexo;data da prisão ou da internação; co-municação da prisão à família e ao de-fensor; e o tipo penal e pena em abs-trato. II - do magistrado que proferira decisão ou acórdão, quanto ao tempode condenação ou da medida aplica-da; aos dias remidos; e utilização deequipamento de monitoração eletrô-nica pelo condenado. III - do diretordo estabelecimento prisional, quantoaos dias de trabalho ou estudo; aoatestado de comportamento carcerá-rio expedido pelo diretor do estabe-lecimento prisional; e as faltas graves.IV - do diretor da unidade de interna-ção, quanto ao exame de cessação depericulosidade, no caso de medida desegurança. Os dados e informaçõesprevistos quanto a data da prisão ouda internação, poderão, a qualquermomento, ser revistos pelo magistra-do: onde o sistema deverá conter fer-ramentas que: I - informem as datasestipuladas para: a) conclusão do in-quérito; b) oferecimento da denún-cia; c) obtenção da progressão de re-gime; d) concessão do livramentocondicional; e) realização do examede cessação de periculosidade; e f)enquadramento nas hipóteses de in-dulto ou de comutação de pena; II -calculem a remição da pena; e III -identifiquem a existência de outrosprocessos em que tenha sido deter-minada a prisão do réu ou acusado. Osistema deverá ser programado parainformar tempestiva e automatica-mente, por aviso eletrônico, as se-guintes datas: a) conclusão do inqué-rito; b) oferecimento da denúncia; c)obtenção da progressão de regime; d)concessão do livramento condicional;e) realização do exame de cessação depericulosidade; e f) enquadramentonas hipóteses de indulto ou de comu-tação de pena; ao magistrado respon-sável pela investigação criminal, pro-cesso penal ou execução da pena oucumprimento da medida de seguran-ça. Ao Ministério Público; e ao De-fensor. Recebido o aviso, o magistra-do verificará o cumprimento das con-dições legalmente previstas para sol-tura ou concessão de outros benefíciosà pessoa presa ou custodiada e darávista ao Ministério Público. O PoderExecutivo federal instituirá sistemanacional, visando à interoperabilida-de das bases de dados e informaçõesdos sistemas informatizados instituí-dos pelos Estados e pelo Distrito Fe-deral. A União poderá apoiar os Es-tados e o Distrito Federal no desen-volvimento, implementação e ade-quação de sistemas próprios que per-mitam interoperabilidade com o sis-tema nacional.

Quanta simpatia...Artigo ANA LUÍZA RABELO SPENCER, advogada

([email protected])

Uma "cara bonita" nos dias de hojeé algo fundamental e, antes que me cru-cifiquem por causa da futilidade da be-leza, deixe-me explicar que falo de sim-patia, de sorrisos. Numa sociedade tec-nologicamente evoluída, com preços se-melhantes em estabelecimentos diver-sos, a simpatia pode ser o grande trun-fo, o diferencial que faz com que o clien-te vá deste àquele outro comércio. Umbom atendimento, gentileza e educaçãosão artigos que não podem faltar emlugar nenhum.

As particulares, as grandes, médiase pequenas empresas já sabem disso.Podem até não pôr em prática, mas jásabem. O que choca é quando somosmal atendidos pelo poder público, por-que não se pode sair de uma instalaçãogovernamental e procurar outra para tra-tar da mesma questão. Repartições, ór-gãos, autarquias e empresas de econo-mia mista dão dó, quando o assunto ébom atendimento. Não vou generalizar,

pois já fui atendida por excelentes pro-fissionais, em diversos locais. Prestati-vos, comunicativos, dispostos a explicare se dedicar ao contribuinte e, digo mais,não costuma ser o órgão em si, mas al-guns, poucos, graças a Deus, funcioná-rios desavisados, que esqueceram o "bomdia" em casa.

Todas as pessoas frequentam os maisdiversos ambientes buscando soluçõespara os seus problemas. Receber um es-clarecimento ou simplesmente ter de ira vários lugares por força da necessida-de ou profissão. Todos estamos acostu-mados a enfrentar filas longas, acomo-dações das mais diversas e tratamentosde todos os tipos, mas eu quero deixarregistrado o meu apelo quando digo queeducação é fundamental.

Problemas pessoais ou profissionaissão coisas comuns, infelizmente, masninguém vive num "mar de rosas" e ne-nhuma pessoa merece receber "pancada"sem dar causa ou antes de um "aviso pré-

vio". Poderíamos colocar plaquinhas oucrachás: "hoje não estou legal" para avi-sar aos recém-chegados que "vem chum-bo grosso" pela frente. Não precisa "ficarmostrando os dentes", mas o mínimo desocialização ajuda muito e simpatia gerasimpatia.

É importantíssimo que tenhamosconsciência que a vida nos ensina comoum bumerangue, que tudo o que faze-mos, jogamos para frente e ela nos de-volve na mesma moeda. Então, vamossair de casa, trabalhar, resolver nossosafazeres sem maltratar ou "descontar"nada no próximo. Tentar dar o melhorno trabalho e em todas as relações geraum ciclo de boas energias e respostaspositivas que não acaba enquanto nãofor quebrado pelo mau humor ou ne-gativismo. Fazer o melhor pelo outronão é apenas uma lição de civilidade,é um mandamento divino. E vale lem-brar que o próximo sempre pode servocê.

Crack - a epidemiaArtigo NEWTON MOUSINHO DE ALBUQUERQUE, general (Ref) do Exército e ex-subsecretário da Senad

([email protected]).

Semana passada, a mídia de alcan-ce nacional nos apresentou cenas paté-ticas de viciados em crack do Rio de Ja-neiro reagindo debilmente à retirada decracolândias para internação e eventualtratamento, repetindo-se o que aconteceurecentemente em São Paulo, capital. Dos316 recolhidos, 148 retornaram às ruas- e aos braços dos traficantes - no mesmodia. Muito provavelmente, o restantesairá da internação ao longo da semana,pois ela não é compulsória. Tradução: oviciado pode morrer de overdose e nin-guém tem nada com isso. Também nadase falou sobre o narcotráfico por trásdessa verdadeira epidemia, que segueoferecendo uma droga considerada comouma das mais destrutivas e baratas jáproduzidas. Pergunta-se: afinal, que drogatão letal e viciante é essa? Por que essesefeitos tão arrasadores em seus usuários?

Porque obtido a partir da pasta-basede cocaína, ou da própria cocaína refi-nada e "batizada", o poder destrutivo docrack advém dos insumos empregadosem sua produção (ácido de bateria, ci-mento, cal, éter, acetona, etc.), altamen-te lesivos aos órgãos envolvidos em seuconsumo (boca, mucosa nasal, pulmões,esôfago e fígado). Já o vício e a sua le-

talidade decorre da inalação, de quaseinstantânea absorção pelos pulmões erápido percurso através da corrente san-guínea ao cérebro, onde, por fim, agre-ga-se de forma imediata e devastadoraaos neurônios do sistema nervoso cen-tral. Essa ação neural provoca intensa,porém rápida, sensação de prazer. Osefeitos ocorrem entre 10 e 15 segundosapós a primeira tragada, permanecendono organismo em torno de 5 minutos.Esse pouco tempo de atuação é que vaigerar a compulsão para novo consumo,que só diminui quando o organismo si-naliza falência iminente. O uso contí-nuo produz no usuário de crack a agita-ção característica das cracolândias, cujaformação ocorre não por solidariedadeno vício, mas para facilitar e comparti-lhar a oferta dos traficantes.

Apesar de realizado em grupos, oconsumo do crack é absolutamente so-litário. O viciado não quer que nada atra-palhe o momento e busca se isolar co-brindo-se com qualquer coisa disponí-vel. Em função da rapidez com que seinstala, salienta o escritor e articulistaRui Castro (FSP, de 17/10/2012) que adependência "não tem começo nemmeio. Já começa pelo fim". Em dez dias

de uso continuado, o usuário pode ad-quirir dependência à droga. Por ser ba-rata (uma pedra de crack custa em tornode cinco Reais), qualquer coleta de moe-das nos sinais ou celular roubado podeprover o suficiente para comprar 5, 6pedras de crack.

O uso intensivo e repetitivo da drogaprovoca sensações paranoicas, alucina-ções, cansaço e intensa depressão, sina-lizando a destruição do usuário. Além dosdanos orgânicos, o crack provoca o em-botamento emocional do indivíduo. Eledeixa de viver as experiências e sensa-ções da vida anterior ao vício para se con-centrar na obtenção e consumo da droga,agora senhora de suas ações. Ligaçõessociais e familiares são abandonadas eo círculo social restringe-se a usuáriose traficantes.

Certamente as nossas autoridadespúblicas sabem que se não atacarem deimediato o consumo do crack em todasas frentes - repressão, recuperação e pre-venção -, o Rio Grande do Norte pode-rá enfrentar cracolândias semelhantesàs dos grandes centros urbanos nacionais,só que, infelizmente, carente de recur-sos para ao menos controlar a epidemiainstalada. A conferir.

A era da obesidadeEles estão por toda parte. Há al-

guns dias, sentado à mesa de um res-taurante, contei silenciosamente ospresentes por simples curiosidade.Dos cinquenta comensais daquele mo-mento, eles eram quarenta, ou seja,80% dos clientes. De repente, na his-tória da humanidade, eles começama se destacar e constituir uma parteapreciável da população formandoem alguns países, uma geração pro-blema. Estou me referindo às pessoasobesas e ao aumento excessivo doseu universo nos últimos anos.

Ao obsevar um documentário fil-mado nos anos 1930 em grandes ci-dades brasileiras, nas tomadas dostranseuntes, percebi que os gordinhoseram uma minoria ou quase ausentes.A conotação aqui é aplicada paraaquelas pessoas que estão acima dopeso dito normal e que se pode deter-minar à vista desarmada, sem a neces-sidade de recorrer-se às tabelas de es-tética que envolvem idade, altura epeso. Afinal de contas, todos nós a umsimples olhar, sabemos quando umapessoa está bem acima do chamadopeso normal. Excluem-se aqui, oscasos de obesidade mórbida, conside-rada hoje, uma doença crônica queprovoca outros tipos de enfermida-des que levam à morte precoce.

Atrelado ao crescimento do uni-verso dos gordos surgiu nos últimostempos, um verdadeiro arsenal paracombater a indesejável adiposidade.Academias de ginásticas com moder-nos e sofisticados métodos, alimen-tação macrobiótica, adoçantes, refri-gerantes e alimentos "lights", produ-tos dietéticos e integrais até o extre-mo apelo à redução do estômago.

Embora países ditos desenvolvi-dos já se preocupem com a crescen-te população dos gordos, no nossomundo tupiniquim, com toda razão,a fome ainda tem prioridade. Pode pa-recer um paradoxo, mas tanto a fomequanto a farta, porém má alimenta-ção trazem desastrosas consequên-cias. Se a fome leva à inanição, agordura excessiva desencadeia umasérie interminável de doenças car-diovasculares.

Claro que uma campanha com opomposo título de Fome Zero tem

muito mais impacto social e gera bemmais dividendos políticos que envi-dar esforços para orientar o povo parauma boa alimentação. Hoje, se a fomeatinge 40 milhões, a ameaçadora gor-dura está presente em pelo menos 10milhões de brasileiros. Pesquisas daOrganização Pan-Americana daSaúde revelam que existiam no Bra-sil, 6,7 milhões de obesos na faixaetária de 6 a 18 anos em 1997 e quea obesidade infanto-juvenil cresceu240% nos últimos 20 anos. Nessemesmo período, a taxa dos homensgordos, em relação à população total,passou de 3% para 7% e das mulhe-res de 8% para 13%.

O que aconteceu nas últimas dé-cadas para justificar o fenômeno daobesidade? Teria sido a mudançabrusca no hábito de se alimentar, fa-cilitada pela proliferação dos refri-gerantes e dos sanduíches dos "fast-foods"? Ou foi o sedentarismo a quese adequou o homem moderno, con-sequência direta do ato frequente deficar horas e horas diante da televi-são e mais recentemente diante domicrocomputador, não dando a menorimportância aos exercícios físicos?Estaremos vivendo o "Jurássico" doHomo sapiens?

O homem com os seus hábitos eidiossincrasias sempre foi e continuasendo um animal deveras complexo.Defini-lo ou entendê-lo tornou-se umdesafio para filósofos e pensadores,desde o homem político de Aristóte-les (384-322 a.C.), passando pelo quepensa de René Descartes (1596-1650), ao que julga de ImmanuelKant (1724-1804), ao que trabalhade Karl Marx (1818-1883) e ao quecria de Henri Bergson (1859-1941).Foram definições interessantes,porém muito restritas no tempo e noespaço.

Nas condições atuais, o animalhomem ajusta-se perfeitamente aospersonagens Gargântua e Pantagruel,do humanista francês François Ra-belais, não pelos risos que provoca-vam, mas pelo apetite e gula que res-pondiam pelas suas gigantescas di-mensões físicas, fruto da abundân-cia de cereais e dos faustos banque-tes de tripa e vinho.

Artigo AILTON SALVIANO, geólogo/jornalista ([email protected])

Os empregos verdese a nova economia

Em decorrência do agravamentoda crise econômica na Zona do Euroe da forte desaceleração da atividadeeconômica mundial, se as previsõesda Organização Internacional do Tra-balho (OIT) se confirmarem, ao tér-mino deste ano teremos ultrapassa-do no mundo a barreira dos 200 mi-lhões de desempregados.

Contudo, esse cenário desoladorda economia mundial pode ser atenua-do pondo-se em prática algo que tãourgentemente necessitamos: gerar em-pregos verdes (green jobs) a partir datransição para uma economia de baixocarbono; para uma economia que sedesenvolva qualitativamente sem im-pactar, que cresça moderadamentesem destruir, que se paute na ética devalores de desenvolvimento sustentá-veis, protegendo a flora, a fauna, re-duzindo o consumo de recursos na-turais, de energia e de água.

Isso somente será possível com aprática de uma nova economia querespeita o meio ambiente e reconhe-ça a necessidade de reduzir as emis-sões de gases que provocam o efeitoestufa, respondendo afirmativamen-te pela geração de empregos em áreas-chave da sustentabilidade.

Dessa forma, ao menos uma boaparte da geração de empregos já podeser encontrada nos empregos verdes,ou seja, na ocupação de mão de obraque procura proteger e restaurar osecossistemas e a biodiversidade (noBrasil já são 3 milhões de postos),com destaque para a área de energiasrenováveis, agroecologia, proteçãode áreas de conservação, biocombus-tíveis e construção civil, usando nesseúltimo caso, de acordo com estudosda própria OIT, a eficiência energé-tica em prédios residenciais e indus-triais, com construções mais inteli-gentes que usem menos energia, águae materiais, estando assim em sinto-nia à ideia de cidades sustentáveis.

Fora isso, dentro da perspectivadessa nova economia que obrigatoria-mente deve colocar no centro das de-cisões a questão ambiental, fazendoa interface entre economia e ecologia,permitindo com que a atividade eco-

nômica gire em torno dos ecossiste-mas, derrubando, assim, o cabedalteórico da economia neoclássica queleva em conta o meio ambiente ape-nas pela ótica da externalidade, háum amplo conjunto de atividades quesão potencialmente geradoras dessesempregos ambientalmente equilibra-dos e favoráveis à qualidade de vida.

Essas atividades necessariamen-te passam pela descarbonização daatividade econômica. Dentre essas,destacam-se: a agricultura orgânica(com o desenvolvimento de compos-tagens e adubação orgânicas - trans-formação de resíduos em húmus), oturismo ecológico e de aventura (en-globando patrimônios culturais e asbelezas naturais), a reciclagem de re-síduos (com a normalização dos ca-tadores de materiais e criação de coo-perativas), o setor de energia solar,atividades de apoio à produção e ma-nejo florestal (dados da OIT - base2009 - apontam que esse setor empre-ga 12,9 milhões de trabalhadores emtodo o mundo), geração e distribuiçãode energias renováveis, saneamento,gestão de resíduos, processamento edistribuição de gás natural, atividadespaisagísticas, caça e pesca, horticul-tura e floricultura.

Especificamente no setor de trans-portes, cabe destacar como bons pos-tos de empregos verdes o marítimo decabotagem, por navegação, de traves-sia, ferroviário de carga, metroferro-viário de passageiros, além da cons-trução de embarcações e estruturasflutuantes. Outro setor que respondemuito bem pela geração de vagas nomercado de trabalho é o do cultivo dacana de açúcar para produção de eta-nol; resguardando-se, nesse caso, osimpactos negativos sobre o meio am-biente, tais como a exaustão dos solos,degradação das matas, assoreamentoe a poluição dos rios. Com isso, osempregos verdes além de contribuí-rem para a redução de emissões, me-lhorando sensivelmente a qualidadeambiental, servem de atenuante aosefeitos maléficos do desempregosobre a atividade econômica comoum todo.

Artigo MARCUS EDUARDO DE OLIVEIRA, economista e professor([email protected])

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Segunda-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 22 de outubro de 2012Política

Túlio LemosPOLÍTICA - TÚLIO LEMOS - [email protected] / www.tuliolemos.com.br / @tuliolemosrn

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

A campanha eleitoral em Natalcaminha para níveis elevados detroca de acusações na reta final.Nesta semana, o recrudescimentoda disputa levou o ex-prefeito Car-los Eduardo Alves, candidato doPDT a prefeito de Natal, a citar amulher do ministro da Previdência,Garibaldi Alves Filho (PMDB), emcasos de irregularidades cometidasdurante a gestão do pedetista na Se-cretaria de Justiça e Cidadania, nosidos de 90.

Durante o programa eleitoralgratuito, Carlos Eduardo teceu elo-gios a Denise Alves, para em se-guida afirmar que os convênios cujaregularidade o pedetista respondejunto ao Tribunal de Contas daUnião (TCU) são de responsabili-dade não dele, mas de instituiçõescomo o extinto MEIOS (Movimen-to de Integração e Orientação So-cial), na época da sua gestão presi-dido pela esposa do governador daépoca (Garibaldi Filho), DeniseAlves. Ele responsabilizou a mu-lher do ministro pelos processosque responde no Tribunal de Con-tas da União.

A menção à esposa de Garibal-di é uma estratégia de Carlos Eduar-do para tentar frear ou diminuir osataques da campanha de seu rival,Hermano Morais (PMDB), que temmassificado a pecha de "ficha suja"do pedetista. Os casos em que Car-los faz referência a Denise Alvessão os mais de 100 processos queo próprio pedetista responde juntoao TCU e que foram noticiados poreste O Jornal de Hoje.

Em entrevista recente - já nosegundo turno - ao Jornal 96 FM,o próprio pedetista assumiu que res-ponde a mais de 100 processos noTCU. No entanto, o suposto prejuí-zo de mais de R$ 6 milhões (emvalores não corrigidos), apontadosnos processos, não seria culpa do ex-prefeito e sim das entidades bene-ficiadas com os contratos firmadose que receberam recursos federaispara serem executados. Dessaforma, não só o MEIOS, na épocapresidido por Denise Alves, como

a Emater, a Ativa, o Prouni, a Fun-dac, a APAE, a APEC e a ADOTEseriam alguns dos vários culpadospelos prejuízos aos cofres públicos.

CERTIDÕESPara provar que não responde a

nenhum processo na Justiça, o ex-prefeito Carlos Eduardo tambémtem lançado mão de outros expe-dientes, como a apresentação decertidões do Tribunal de Contas daUnião (TCU), Tribunal de Justiça(TJ), Tribunal Regional Federal

(TRF) e Justiça Eleitoral (TRE).Além disso, o pedetista passou aacusar Hermano Morais de ter umacondenação na Justiça, quando datentativa da Câmara Municipal deNatal de aumentar os vencimentosdos seus vereadores.

Nos últimos programas, CarlosEduardo aparece afirmando ser alvode uma campanha "caluniosa" e "di-famatória" por Hermano e o PMDB."Eu tenho sempre me apresentado,neste programa, com as nossas pro-postas para um melhor presente e

um melhor futuro da nossa cidade.Mas hoje quero pedir desculpa aotelespectador para abordar outro as-sunto. Logo eu que fui um prefeitoaprovado por mais de 70% dos na-talenses, hoje sofro uma campanhacaluniosa, difamatória, pelo meuadversário, o Hermano e o seu par-tido. Diante desta campanha maldo-sa, desta tentativa de me denegrir aimagem, perante vocês, eu fui aoTCU e solicitei certidão negativaque comprova que não há nenhumjulgamento irregular com relação a

minha gestão", afirma o pedetista,que também apresenta certidões dasVaras da Fazenda Pública de Natal,da Justiça Eleitoral e do TJ.

"Por tudo isso que nós obtive-mos registro definitivo da nossa can-didatura pela justiça eleitoral. Istoprova que nós não temos nenhumproblema na Justiça. Nós somosficha limpa", continua o pedetista.

Além de citar a mulher do mi-nistro e apresentar as certidões, Car-los Eduardo também inova ao asso-ciar Hermano Morais a processos naJustiça. O programa do pedetistaquestiona o fato de Hermano dizerque não responde a nenhum proces-so na Justiça, afirmando que o pee-medebista responde sim. Segundo acampanha do pedetista, no ano pas-sado o Ministério Público entroucom uma ação civil pública contrao ex-vereador e outros vereadoresde Natal.

"Na verdade ele responde sim.O ano passado o Ministério Públi-co entrou com uma ação civil pu-blica contra Hermano e outros ve-readores da Câmara Municipal deNatal, segundo o Ministério Públi-co. Hermano e outros vereadoresaprovaram projeto de Lei comple-mentar a fim de aprovar aumento desalário durante o mandato, o que éinconstitucional. Ainda segundo oMinistério Público, Hermano e ou-tros vereadores aprovaram uma re-solução aumentando os salários paraR$ 18.018, 75. O Ministério Públi-co acusa Hermano e outros de bur-larem a Constituição e maquiaremo reajuste denominando de atuali-zação. Decisão do juiz da 2ª Vara Fa-zenda suspendeu o aumento", afir-ma a campanha de Carlos Eduardo.

PROCESSOSO ex-prefeito Carlos Eduar-

do usou o programa eleitoral dosábado, para tentar se defenderdas acusações que é ficha suja.Para isso, ao falar a respeito dosmais de 100 processos que res-ponde no TCU, afirmou que nãotem nenhuma responsabilidadesobre os fatos que motivaram osprocessos e transferiu a responsa-bilidade para quem presidia as en-tidades que firmaram convênioscom o Governo.

ENVOLVIMENTOCarlos Eduardo citou entida-

des, mas só citou nominalmenteuma presidente de entidade: DonaDenise Alves, que presidiu oMeios na época em que seu ma-rido Garibaldi Filho era governa-dor do RN. Para se livrar da res-ponsabilidade de que responde aprocessos, Carlos Eduardo citouquem não responde aos proces-sos e não tem nenhum envolvi-mento político, apesar de perten-cer a uma família política.

DESRESPEITOCitar Dona Denise Alves para

se defender e deixar implícito queela é que tem responsabilidadesobre os processos a que responde,foi de uma covardia extrema deCarlos Eduardo, ingratidão comquem lhe abriu espaços no Execu-tivo e desrespeito por uma mulherséria, que jamais foi envolvida emqualquer tipo de fato negativo.

FAMÍLIABoa parte da família Alves ficou

indignada com a atitude de CarlosEduardo ao citar Dona Denise emseu programa eleitoral. Primeiro,porque a citação foi absolutamen-te desnecessária; segundo, porqueo fato não corresponde a realidade;terceiro, porque Dona Denise nuncafoi citada nem pelos mais ferrenhosadversários de Garibaldi.

RECADO Sherloquinho soube que recados

foram enviados pelo ministro Gari-baldi Filho para a campanha doprimo Carlos Eduardo. O pai de Wal-

tinho mandou dizer mais ou menosassim: "Mexam comigo, mas dei-

xem minha mulher em paz". Se orecado foi absorvido é outra história.

GENIALIDADEO Rio Grande do Norte é real-

mente engraçado. Aqui, quemmente bem é considerado gênio;quem fala a verdade é idiota. Assimcaminha nossa humanidade.

PESQUISANeste segundo turno, após

generalizada desmoralizaçãodos institutos de pesquisa, lei-tores eleitores afirmam que en-trevistadores de determinadosinstitutos estão induzindo aspessoas a deixar de votar emum candidato e passar a votarem outro. O que é que tá ha-vendo?

CANDIDATOSMárlio Forte flagra o momento em que os dois candidatos a pre-

feito de Natal, Hermano Morais e Carlos Eduardo, estão em pose nadaconvencional. Segundo Sherloquinho, Carlos Eduardo teria pensado:"Não acredito! Ia ganhar no primeiro turno, já tinha até meu secreta-riado todo pronto e esse maracatu apareceu pra adiar minha festa. Mas,domingo eu vou dar uma lavagem de votos nele". Hermano, com ri-sada de Nilo da novela, responde: "Hi, hi, hi... Consegui diminuir aarrogância desse rapaz. Vou deixar ele pensar que vai ganhar e de-pois quem assume sou eu. De besta, eu só tenha essa cara".

SEM RUMOGovernadora Rosalba

Ciarlini é flagrada no mo-mento em que pensava o quefazer para tirar o Governodessa situação. SegundoSherloquinho, a Rosa pen-sou: "Minha Santa Luzia,além de não agradar emlugar nenhum, meu Gover-no ainda arranjou confusãocom o Ministério Público ecom o Tribunal de Justiça eCarlos Augusto não aceitouser meu chefe da Casa Civil;ele gosta de mandar de casa, tem preguiça de ir à governadoria; já nãosei mais o que fazer com tanta dor de cabeça".

Carlos responsabiliza mulher de Garibaldi pelos processos que responde no TCU

Carlos Eduardo transferiu a responsabilidade sobre seus processos para entidades Garibaldi Filho. Esposa foi citada por Carlos Eduardo por ter presidido o Meios

O candidato do PMDB, Herma-no Morais, reagiu com indignaçãoàs investidas do candidato do PDT.Segundo Hermano, para tentar atin-gi-lo, Carlos Eduardo falta com aética e envolve de maneira deslealaliados e amigos (no que seria umareferência indireta à citação do nomede Denise Alves). Em seu programaeleitoral, o peemedebista respondeuàs citações feitas no programa doadversário.

"Ao longo da campanha tenhoapresentado propostas e apoios quetemos para retirar Natal da situaçãocaótica em que se encontra. Tenhoapontado, também, de forma legíti-ma, as contradições de meu adver-sário, que, para alcançar seus obje-tivos e me atingir, e confundir o elei-tor, falta com a ética e expõe, deforma desleal, aliados e amigos",afirmou Hermano, no programadeste domingo.

Em resposta ao contra-ataquede Carlos Eduardo, o programa deHermano acusa "o candidato do pas-sado" de tentar desafiar o bom sensodos natalenses. "O programa delecontinua a distorcer os fatos, paratentar conter o crescimento de Her-mano a qualquer custo. É a velha po-lítica do desespero, que teme emmostrar a sua verdadeira cara. A tá-tica é nivelar todos por baixo, paraesconder o fato inquestionável: Her-mano e Osório formam a verdadei-ra chapa Ficha Limpa em Natal",afirma o programa.

Sobre o documento apresenta-do por Carlos Eduardo, apontandoque Hermano teria uma condena-ção na Justiça, o programa de Her-mano rebate, afirmando que o re-ferido documento é uma ação civilcontra o Município de Natal, emostra o espelho do processo. Porisso, segundo o programa, Herma-

no, como todos os vereadores daépoca, não é investigado nem é réuno processo.

"É falso afirmar isso como fazCarlos Eduardo Alves. A ação civilnão tem nada a ver com a lei deficha suja, que se aplica apenas aosgestores públicos inveastigados porimprobidade, ação penal, ou pelotribunal de contas. Justamente porisso Carlos Eduardo Alves, ele sim,foi enquadrado na lei da ficha suja.Ele teve as contas de 2008 na pre-feitura reprovadas por um colegia-do, só conseguiu ser candidato porforça de medida liminar, que podeser cassada a qualquer momento,derrubando a candidatura dele. Alémdesse processo da ficha suja, CarlosEduardo Alves responde a mais decem processos no TCU, ainda nãofoi julgado em nenhum, mas é réuem todos eles", diz o programa deHermano.

Hermano Morais: “Para me atingir, CarlosEduardo falta com a ética e expõe amigos”

Candidato do PMDB, Hermano Morais: “O programa dele continua a distorcer os fatos. É a velha política do desespero”

PARA SE LIVRAR DE ACUSAÇÕES SOBRE OS MAIS DE 100 PROCESSOS, EX-PREFEITO CITA DONA DENISE ALVES NA PROPAGANDA

Arquivo

Fotos: Herácles Dantas

Segunda-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012 Política

C M Y K

Candidatos mantêm linha do primeiroturno e trocam acusações em debate

Depois de dois meses de debatee campanha, os advogados estão tendohoje a oportunidade de decidir quemserão seus seis indicados para o cargode futuro desembargador do Tribu-nal de Justiça do Rio Grande do Norte(TJ/RN). A votação para o chamado

Quinto Constitucional começou às 8da manhã e se estendeu até às 17h,para os advogados que estão com oregistro regular na Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB/RN).

Em Natal, a votação ocorreu pormeio eletrônico no Centro de Conven-

ções. São 20 candidatos ao cargo dedesembargador, e a expectativa é queainda hoje já se saiba o nome dos seismais votados. É o mecanismo queatribui vinte por cento dos assentosexistentes nos tribunais aos advoga-dos e promotores, que não se subme-

tem ao concurso público de provas etítulos para a correlata nomeação eposse. Por esse mecanismo, cabe aOrdem dos Advogados do Brasil, li-vremente, formar uma lista sêxtuplade candidatos, remetendo-a ao res-pectivo tribunal.

Este, por sua vez, selecionatrês,encaminhando sua relação aoscuidados do Poder Executivo, queefetivamente nomeia um destes in-dicados. O candidato que lograr êxitoao final de todo o procedimento,deve assumir o compromisso na de-

fesa do regime democrático de Di-reito, atento à valorização do exer-cício da Advocacia, tudo em nomedos princípios constitucionais queregem a administração pública, ofer-tando ao jurisdicionado decisões jus-tas e imparciais.

O ex-prefeito Carlos EduardoAlves, do PDT, e o deputado Her-mano Morais, do PMDB, que dis-putam o segundo turno da eleição emNatal, mostraram no debate de hoje,realizado na TV Tropical, que nãoesqueceram as desavenças que mar-caram as duas campanhas no pri-meiro turno. Entre uma e outra trocade acusação, houve também decla-rações como "você não tem autori-dade moral para falar", de CarlosEduardo para Hermano, e "meu ad-versário saiu do PMDB pela portados fundos", do peemedebista parao ex-prefeito.

Diferente do que ocorreu no pri-meiro turno, depois da declaração deHermano Morais, Carlos Eduardonão se descontrolou. Não gritou,nem colocou o dedo no rosto dele.Contudo, manteve o tom crítico,sempre relacionando Hermano Mo-rais a atual gestão Micarla de Sousa,do PV. "Tente me caluniar, me di-famar", comentou Carlos Eduardo,em uma das respostas.

Em um dos poucos momentosde promessas durante o debate, Her-mano comentou: "a gestão anteriordeve a Natal (no que diz respeito aosaneamento). É um crime ambien-

tal. Vamos procurar a Caern e saberse vai ou não cumprir o contrato.Contrato é pra ser cumprido". Nessalinha, porém, Carlos Eduardo co-mentou: "è a primeira vez que ouçoele falar assim, porque apoiou todasas gestões anteriores. Não tem au-toridade moral para isso".

Micarla de Sousa, que havia sidodeixada de lado nos últimos deba-tes do primeiro turno, foi bastantelembrada. "A gestão municipal, aqual teve apoio do meu adversário,com três secretarias, afundou Natale afundou a saúde. Mas nós vamosreabrir Ames e UPAs", prometeuCarlos Eduardo, quando pergunta-do sobre a saúde pública de Natal.

"O PMDB, a qual meu adversá-rio já integrou, foi vice-prefeito peloPMDB, mas saiu pelas portas dosfundos, terminou sua gestão compostos de saúde fechados", comen-tou Hermano, afirmando tambémque "a maior bancada de apoio aMicarla de Sousa era do PSB, queagora o apoia por ser o partido dasua vice (Wilma de Faria)".

"Seu partido também é respon-sável por esse caos que está aí", co-mentou Carlos Eduardo em outromomento, acrescentando que: "inclu-

sive na secretaria de obras que, porsinal, não conseguiu iniciar nenhu-ma obra para a Copa do Mundo". Arelação Hermano-Micarla, vale res-saltar, foi tão lembrada que em de-terminado momento o peemedebis-ta afirmou: "Não sou eleitor de Mi-carl, mas meu adversário só sabefalar disso. Respeite o seu eleitor, res-

peite as pessoas que estão em casa".Além da gestão Micarla de

Sousa, a própria administraçãoCarlos Eduardo também foi lem-brada. “na minha última gestão,que o senhor apoiou", afirmou oex-prefeito, se referindo a Herma-no, que já foi vereador. "apoiei atéque me dei conta que não merecia

o meu apoio pela forma com oqual era conduzida, sem diálogo".Carlos Eduardo desmentiu: "Meapoiou até o final. Se ele se afas-tou, não me comunicou e encon-trei com ele diversas vezes na Câ-mara". Depois dessa, Hermano re-trucou: "ele sabe que saí, fui até aogabinete dele, a não ser que tenha

perdido a memória".A necessidade de se disvincu-

lar da gestão Carlos Eduardo foi ne-cessária para que Hermano denun-ciasse as obras paradas ao final dagestão dele, enquanto o ex-prefeitofez questão de dizer que elas nãoforam suspensas e sim interrompi-das pela atual administração.

Advogados escolhem futuro desembargador> QUINTO CONSTITUCIONAL

Carlos Eduardo conversa com seu marqueteiro, Alexandre Macedo, antes do início Hermano Morais recebe orientação de seu marqueteiro, João Maria Medeiros

CARLOS EDUARDO E HERMANO MORAIS DISCUTEM APOIO A MICARLA, RELEMBRAM O PASSADO E FAZEM PROMESSASFotos: José Aldenir

Segunda-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 22 de outubro de 2012

C M Y K

Política Segunda-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICAt A governadora RosalbaCiarlini fará uma radical re-forma no secretariado no iní-cio do próximo ano. Preten-de com isso, mudar o perfildo governo, dinamizar a ges-tão para dar respostas à so-ciedade e melhor os índicesnas pesquisas de opinião pú-blica. Informação é de quepouquíssimos auxiliares doprimeiro escalão permane-cerão nos cargos, já queacontecerão também rema-nejamentos. t De acordo com um im-portante auxiliar da gover-nadora Rosalba Ciarlini,será praticamente outrogoverno com pessoas decomprovada competênciaque desejem contribuirpara o desenvolvimento doRio Grande do Norte, nãonecessariamente de Mos-soró. Poderá haver uma"desmossoronização" dogoverno. t Agricultores e pecuaristasdo Estado reivindicam da go-vernadora Rosalba Ciarlini aretomada do programa deperfuração de poços tubula-res para minimizar os pro-blemas da seca. t A tradicional festa doreencontro da colônia deJoão Câmara em Natalserá realizada no dia 11 denovembro no Gilson Buf-fet. Quem informa é o ve-reador eleito pelo PT e umdos mais apaixonadospelo município, Aldo Tor-quato, defensor da volta

do nome original, BaixaVerde.t O poeta e repentista cai-coense, Sebastião Dias en-trou na vida pública. Ele seelegeu prefeito de Itabira,município pernambucanocom 26 mil habitantes. Se-bastião Dias é consideradoum dos maiores cantado-res de viola do Nordeste ena condição de prefeito de-verá ser uma voz firme nadefesa da categoria queprecisa ter mais apoio doPoder Público.t Movimento supraparti-dário de iniciativa da so-ciedade cearamirinenserealizou a "Passeata doLuto" no último final de se-mana. Objetivo: mostrar asautoridades que o povoreivindica políticas públi-cas eficientes para seto-res como saúde, educa-ção, limpeza e segurançapública. t O XVI Congresso Brasi-leiro de Direito Processual eo XVI Congresso Brasileiroe Trabalhista acontecerãoem Natal no Centro de Con-venções. Temas: Compe-tência Material da Justiçado Trabalho e da JustiçaComum, Tutela de Urgên-cia, Tutela Específica, Sis-tema Recursal e Execução.t Para refletir: "Muita sa-bedoria espanta a felicida-de". (Severino Tapioca, an-tigo morador de Serra deSão Bento).

Atipicidade e surpresasO instituto da reeleição precisa ser repensado e discutido naReforma Política em tramitação no Congresso Nacional. Foi par-cialmente desaprovado nas eleições deste ano quando vários pre-feitos não foram reconduzidos ao cargo por decisão soberana dopovo que de forma evidente manda um recado através das urnas. Para destacar apenas uma importante região do Estado - aAgreste - verificou-se que muitos chefes de executivos não tive-ram êxito no último dia 7 de outubro, entre eles, Flávio Azevedo,do PMDB de Nova Cruz, Wellinson Ribeiro, do PR deCanguaretama, Doutor Gilson, do PSD de Santo Antonio, ZequinhaBorges, do PMDB de São José de Campestre, municípios maiorese mais representativos da região. Houve também vários municípios onde os prefeitos não disputa-ram a reeleição por força da legislação eleitoral e não consegui-ram eleger o sucessor, a exemplo de Norma Ferreira em SãoJosé de Mipibu, citando apenas um importante município daregião Agreste.O fenômeno, entretanto, não foi "privilégio" apenas do Agreste,repetindo-se em vários outros municípios do Estado. Em SantaCruz, trairi potiguar, o prefeito Péricles Rocha não conseguiu areeleição. Da mesma forma não foi reeleito o prefeito GeraldoGomes, do DEM de Currais Novos. Em Caicó, o prefeito BibiCosta também não elegeu o seu sucessor. Reeleição em cidades grandes registro apenas para Ceará-Mirimcom o prefeito Antonio Peixoto, do PR, Goianinha com JúniorRocha, do PMDB, e Parnamirim com Maurício Marques. Foi uma eleição atípica e com muitas surpresas.

Futuro presidenteO vereador eleito emNatal, Rafael Motta (foto),do PP, campeão de votodo partido na última elei-ção, deverá assumir a pre-sidência estadual do Par-tido Progressista em subs-tituição a Sérgio Andrade,que não conseguiu se ree-leger vereador em Parna-mirim. Sérgio teve seuprojeto político prejudicadoa partir do momento emque decidiu romper politi-camente com o prefeitoMaurício Marques, passando a apoiar a candidatura opo-sicionista derrotada com mais de 12 mil votos.

Medalha do Mérito Dinarte MarizSolenidade presidida pelo conselheiro Valério Mesquita, pre-sidente do TCE, homenageou personalidades que contribuí-ram para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Fernan-do Bezerra, Edgar Montenegro, Kléber Bezerra, Marco Reis,Max Cunha, Michely Gomes, Paulo Xavier, Robério Camilo eThiago Martins. O assunto predominante nos discursos foi ojulgamento do "mensalão".

JOAQUIM PINHEIRO - INTERINO - [email protected]

)( CURIOSIDADE APENASPor que o cidadão não é ressarcido pelo

Poder Público quando paga impostos e os serviçosnão são prestados regularmente como é o caso da falta

da coleta de lixo, por exemplo?

PERGUNTAR NÃO PAGA IMPOSTO

Uma reviravolta na eleição paraa Câmara Municipal de Natal po-derá deixar de fora do legislativo noquadriênio 2013/2014 dois dos prin-cipais adversários da prefeita deNatal, Micarla de Sousa (PV), queteriam sido reeleitos irregularmen-te no último dia 7 de outubro. Ra-niere Barbosa (PRB) e George Câ-mara (PC do B), reeleitos vereado-res pela coligação "União por NatalII", formada por PRB, PPS, PPL,PSD e PC do B, podem ficar defora do parlamento municipal. Umterceiro nome, Marcos do PSOL(PSOL), também poderá ser afeta-do pela mudança.

O motivo é o cancelamento de58 candidaturas da coligação"União por Natal II", por conta deirregularidades na participação doPT do B na coligação. O PT do Bde Natal aliou-se à coligação pro-porcional de apoio ao candidatoCarlos Eduardo Alves (PDT), masnão tinha poder para tanto por tersido dissolvido pelo Diretório Es-tadual, que inscreveu a legenda nacoligação "Natal Olha pra Frente",do candidato do PSDB a prefeito deNatal, Rogério Marinho, formadapor PTB, PSL, DEM, PRTB, PRP,PSDB e PT do B.

O fato foi questionado pela co-ligação "Transformar Natal II", queperdeu na primeira instância (69ªZona Eleitoral de Natal), mas ga-nhou em grau de recurso no Tribu-nal Regional Eleitoral (TRE) do RioGrande do Norte. No dia 29 de agos-to, o TRE expediu acórdão reconhe-cendo a impossibilidade de o PT doB ter se inscrito na coligação "Uniãopor Natal II". O argumento é sim-ples. Os partidos só podem se coli-gar proporcionalmente entre os par-tidos que fazem parte da coligaçãomajoritária. Neste caso, os partidosque apoiaram Rogério são diferen-tes dos que apoiam Carlos Eduardo.

Até aí, nenhum efeito práticohavia sido formulado pelo TRE.Contudo, o advogado da coligação"Transformar Natal II" e "NatalOlha pra Frente", André Castro,provocou o TRE, através de umembargo de declaração, a respeitoda aplicação ao caso concreto do ar-

tigo 69 da resolução nº 23.373, doTribunal Superior Eleitoral (TSE),que diz que "recebida a comunica-ção de que foi anulada a delibera-ção sobre coligações e os atos deladecorrentes (...), o juiz eleitoral de-verá, de oficio, cancelar todos os pe-didos de registro, para as eleiçõesmajoritárias e proporcionais, quetenham sido requeridos pela coliga-ção integrada pelo respectivo par-tido comunicante".

JUSTIÇA ELEITORAL JÁ RE-CONHECEU PEDIDO E CANCELOU CANDIDATURAS

Com base no artigo 69 da Re-solução 23.373 e atendendo o em-bargo do advogado André Castro, ojuiz Verlano Queiroz de Medeiros,relator da matéria no TRE, expediuum novo acórdão, afirmando que odispositivo se aplica ao caso em aná-lise. Segundo o magistrado, a par-tir do reconhecimento, por parte daCorte Eleitoral, da prevalência dadecisão judicial que incluiu o PT doB na coligação majoritária "NatalOlha pra Frente", e da consequenteimpossibilidade de a mesma agre-miação partidária formar coligação

para o pleito proporcional com par-tidos diversos do que compõemaquela coligação majoritária, resta-ram sem efeito os atos da ComissãoProvisória dissolvida do PT do B,que deliberaram pela inclusão destena coligação "União por Natal II".

Assim, o juiz considerou como"decorrência lógica" da aplicaçãodeste dispositivo "a necessidade decancelamento dos registros requeri-dos pela coligação integrada pelopartido que comunica a anulação deatos deliberativos é decorrência ló-gica da determinação constante doparágrafo primeiro do artigo 36 daresolução supracitada", afirma noacórdão. "Agora, a Justiça Eleitoralterá que cancelar esses registros",explica o advogado André Castro,autor da Ação de Impugnação deRegistro de Candidatura (AIRC),que resultou na reviravolta na elei-ção para a Câmara.

Com o cancelamento dos regis-tros dos 58 candidatos da coligação"União por Natal II", os 27.444 votosobtidos pela coligação serão extin-tos e a Justiça Eleitoral terá que re-calcular os votos da eleição para ve-reador em Natal. Pelo menos dois -

talvez três - vereadores, fiquem defora, sendo eles, diretamente, Ra-niere e George, por fazerem parte dacoligação irregular, e, talvez, Mar-cos do PSOL, por estar entre aque-les que poderão ser atingidos pelo re-cálculo dos votos da coligação, umavez que foi eleito com apenas 717votos.

Toda a reviravolta poderia tersido evitada se o acórdão do TREque cancelou os registros, em dataanterior à eleição, tivesse sido cum-prido. Nos meios jurídicos, atribui-se o descuido ao momento turbu-lento por que passou a Justiça Elei-toral em determinado momento doprocesso, já próximo do dia da elei-ção, com muitas demandas. "Na rea-lidade, os votos dessa coligação nãodeveriam sequer ser computados,deveriam ter ficado suspensos, comoaconteceu com os votos do candida-to a vereador Wober Júnior (PPS),que teve o registro indeferido, maspôde concorrer por conta e risco porter recorrido ao TSE", explicou umafonte do TRE, que pediu para nãoser identificada. "Tempo para issohouve e não se sabe, ainda, porqueos votos foram computados".

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O prefeito de Assu, Ivan Júnior,do PP, não descarta a possibilidadede ser candidato a deputado estadualnas eleições de 2014 num entendi-mento político com o PMDB, parti-do que indicou seu companheiro dechapa na última eleição, quando foireeleito com uma maioria superior a10 mil votos. O prefeito ressaltouque o município e a região do Valedo Assu tem espaço para eleger doisrepresentantes e caso seja convoca-do, aceita o desafio. "Historicamen-te, o Vale teve dois deputados na As-sembleia Legislativa e se isso vier aocorrer aumenta a representativida-de e a região terá mais força paraparticipar de decisões que contem-plem o nosso município e a região",disse o prefeito, lembrando os nomesde Olavo Montenegro, Edgar Mon-tenegro, Ronaldo Soares e ArnóbioAbreu que foram prefeito e deputa-do estadual.

Atualmente filiado ao PP, IvanJúnior descarta também a possibili-

dade de um entendimento políticocom o ex-prefeito e ex-deputado Ro-naldo Soares, considerado seu prin-cipal adversário na política de Assu,entretanto, reconhece que mesmoperdendo a eleição esse ano, Ronal-do Soares não terminou seu ciclopolítico em Assu, já que continua re-

presentado pelo filho, George Soa-res, que perdeu a eleição de prefei-to, mas atualmente exerce o manda-to de deputado estadual. "George éo herdeiro político e absorveu aforma assistencialista de fazer polí-tica do pai", disse ele, acrescendoque os dois - pai e filho - continua-

rão presentes na vida pública do Es-tado e na política de Assu. Questio-nado se também não fazia assisten-cialismo, o prefeito Ivan Júnior es-clareceu: "Procuro um estilo moder-no buscando o desenvolvimento so-cial e não a dependência social", res-salta o prefeito.

ÚLTIMO PLEITOSobre o último pleito quando se

reelegeu prefeito de Assu o prefeitodisse o seguinte: "Obtivemos a maiorvitória político/eleitoral da história deAssu numa demonstração de quenosso trabalho está sendo aprovadopela população. Foram mais de 10mil votos de maioria representandoquase 66 por cento do eleitorado.Elegemos também, 14 dos 15 ve-readores, demonstrando assim o po-derio eleitoral do nosso grupo polí-tico no município de Assu", disseele, acrescentando que no seu se-gundo mandato ampliará o projetohabitacional e de infraestrutura nomunicípio, além da construção deuma UTI e uma clínica para depen-dentes químicos.

Se confirmando a decisão no Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE), oatual presidente da Câmara, EdivanMartins (PV), e os vereadores NeyJúnior (DEM) e Professor Luiz Car-los (PMDB) poderão ser beneficia-dos. O primeiro suplente do PSB,Claudio Porpino, também teria chan-ce, embora menor. Para saber quemocupará as vagas que serão abertas,a Justiça Eleitoral deverá recalcular

os votos da eleição.Os advogados da coligação

"União por Natal II", contudo, vãotentar evitar, através do TSE, que osvotos sejam cancelados. Já há inclu-sive um recurso naquela instância,que será relatado pelo ministro DiasTofolli. Apesar disso, o caso é con-siderado de difícil solução porque adecisão do TRE seria irreformável,uma vez que o artigo 69 da resolução

do TSE não deixaria margem a con-trovérsias ao determinar o cancela-mento de "todos os pedidos de regis-tro" da coligação em casos como esse.Além disso, o Ministério Público tam-bém votou neste sentido.

DEFESASegundo a defesa do vereador

Raniere Barbosa, a dupla filiação doPTdo B a duas coligações concorren-

tes no último pleito eleitoral será mo-tivo de sanção judicial apenas no âm-bito majoritário e não terá qualquerconsequência na proporcional. Se-gundo Barbosa, o PT do B realmen-te foi impugnado, mas na parte pro-porcional, ou seja, não fez parte danossa coligação, nem na propagandaeleitoral nem com votos na urna, e foitransferido apenas ao PSDB do depu-tado Rogério Marinho.

58 candidaturas a vereador emNatal são canceladas pelo TRE

Raniere Barbosa pode perder o mandato com a decisão George Câmara também pode ser prejudicado pela mudança

Cancelamento beneficia Edivan Martins,Ney Lopes Júnior e Professor Luiz Carlos

> PREFEITO REELEITO

Ivan Júnior admite candidaturaa deputado estadual em 2014

Prefeito reeleito de Assu, Ivan Júnior, admite passar gestão para o vice em 2014

RECONTAGEM DE VOTOS PODE TIRAR MANDATO DE RANIERE E GEORGE CÂMARAFotos: Wellington Rocha

Divulgação

Foto de Marcos Teixeiraafixada na sede da Anorcn Em solenidade ocorrida noúltimo sábado, data do encerra-mento da 50ª. edição da Festa doBoi, foi afixada na Galeria dosEx-Presidentes da Anorc (As-sociação Norte-rio-grandensede Criadores) a fotografia doagropecuarista Marcos Augus-to Teixeira de Carvalho, cujomandato (2010/2012) foi encer-rado em julho passado.n O homenageado foi saudadopelo atual presidente, José Tei-xeira de Souza Júnior, que res-saltou as obras de ampliação doParque Aristófanes Fernandesrealizadas durante a gestão doseu antecessor, destacando aindaa importante contribuição queMarcos Teixeira deu para que aentidade se mantenha unida efirme na defesa dos interesses doagronegócio potiguar.

Hapvida inaugura maisuma Hapclínica em Nataln Os usuário do Sistema Hap-vida Saúde em Natal ganharãoamanhã mais um ponto de apoioe atendimento: a nova Hapclí-nica Zona Sul, que será inaugu-rada no bairro de Neópolis (Ruadas Acácias, 4112, paralela à ro-dovia BR-101).n Nela, os segurados do planoHapvida terão atendimento nas

áreas de clínica médica, pedia-tria, ginecologia, ortopedia, car-diologia e obstetrícia, de segun-da a sexta-feira, das 8:00 às19:00 horas, e aos sábados, das8:00 às 12:00 horas.n Com área de mais de 2 milmetros quadrados, a nova Hap-clínica também disporá de ser-viços do pronto atendimento 24horas e com serviços de labora-tório de coleta, exames de ima-gem (RX e ultrassom), dez con-sultórios eletivos, medicina pre-ventiva e fisioterapia, com aten-dimento sendo feito com horamarcada.n Em Natal os usuários do Sis-tema Hapvida Saúde já contamcom três Hapclínicas: uma naZona Norte, outra no Centro dacidade e a terceira no bairro doAlecrim. Para a diretora admi-nistrativa do Hospital AntônioPrudente, Rosângela Silva, "aconstrução da nova Hapclínicaproporcionará melhoras no aten-dimento aos usuários, além derepresentar uma ampliação con-siderável na rede".

Debate sobre logísticade transporte do RNnAlogística de transporte do RioGrande do Norte será, amanhã,tema de encontro a ser promovi-do pelo Sindicato dos Economis-tas (Sindecon/RN), no auditóriodo Hotel Majestic, em PontaNegra, a partir das 18:00 horas.nO evento visa integrar os pro-fissionais que atuam na área daeconomia para discutir umaquestão que é de extrema im-portância para o desenvolvimen-to do Estado.nNa abertura do encontro o se-cretário de Política Nacional deTransportes do Ministério dosTransportes, Marcelo Purrupa-to e Silva, proferirá palestra, se-guindo-se uma mesa redonda

sobre "Política Estadual deTransporte", encabeçada pelosecretário estadual do Desen-volvimento Econômico, Beni-to Gama, e pela presidente daSociedade Brasileira de Logís-tica (SBL), Karla Sousa daMotta.nAinda dentro do evento, o Ae-roporto Internacional de SãoGonçalo do Amarante será ob-jeto dos debates, que contarãocom a participação do superin-tendente do Consórcio Inframé-rica (concessionário do futuroterminal), Ibernon Martins.nTambém o Porto de Natal es-tará inserido na temática do en-contro, que tem o apoio do Go-verno Federal, Governo do RN,Consórcio Inframérica, Codern,SBL, Fenecon, Fiern, Sebrae,Banco do Nordeste e UniFacex.

CACB e Sebrae/RN lançamhoje o programa "Integra"nA Confederação das Associa-ções Comerciais do Brasil(CACB), representada pela Fe-deração das Associações Co-merciais do Rio Grande doNorte, com a parceria do Se-brae/RN, lança hoje em Natalo programa "Integra (Capaci-tar, Integrar e Crescer)", desti-nado a promover a capacita-ção gerencial de micro e pe-quenos empresários.n Segundo o empresário Sér-gio Freire, presidente da Fede-ração das Associações Comer-ciais do RN, o fator que maispesou para que o programa "In-tegra" começasse a ser implan-tado em Natal foi o fato de quea cidade será uma das subsedesdos jogos da Copa do Mundode 2014, o que deverá abrirnovas possibilidades de negó-cios, para as quais os comer-ciantes locais precisam estarbem preparados.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 22 de outubro de 2012Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Efeitos da estiagem se agravam nointerior e exigem mais ação do governon Sem chuvas desde o mês de abril, a maiorparte do território norte-rio-grandense (mais de90 por cento incluído no semiárido nordestino)vive neste último trimestre de 2012 em verdadei-ro estado de calamidade pública, com as pro-priedades rurais perdendo seus rebanhos por faltade água e comida.n Ações governamentais de âmbito federal e es-tadual, que são cobradas desde meados do ano -ocasião em que a seca já se configurava como amais arrasadora das últimas décadas - foramsendo adiadas ou esquecidas, de forma que nos-sos produtores rurais, em sua grande maioria,vivem hoje, desassistidos, uma situação de ab-soluto desespero.n Programas de crédito emergencial a juros sub-sidiados foram prometidos pelos bancos oficiais,mas diante dos entraves colocados pela burocra-cia e dos encargos financeiros paralelos engendra-dos pelos agentes públicos, poucos agricultores epecuaristas se beneficiaram dos empréstimos.nAté o tradicional programa de transferência paraos Estados do Nordeste do milho dos estoques re-guladores do governo federal, através da Conab(Companhia Nacional de Abastecimento) falhou deforma desastrosa nesses últimos seis meses, dei-xando o Estado desabastecido do grão nos mo-mentos mais críticos da seca.n Na manhã de hoje, a governadora Rosalba Ciar-lini concedeu entrevista coletiva à imprensa - jun-tamente com os secretários da Agricultura e doMeio Ambiente e Recursos Hídricos - para anun-ciar medidas que já deveriam ter sido tomadas hámuito tempo e que quase ninguém mais acreditaque sairão do papel.nNo sertão calcinado as esperanças do homem docampo estão depositadas apenas na possibilidadede que as chuvas do próximo inverno comecem acair antes da virada do ano, em volume suficien-

te para promover a rebrota da caatinga e possibi-litar rama suficiente para matar a fome dos animaisque, até lá, resistirem à inclemência do sol.

K.L.A. Educação Empresarial realizaseminário "Marketing na Era Digital" n Depois do sucesso que foi o seminário "Estra-tégias de Crescimento e Continuidade da Empre-sa de Controle Familiar" (que trouxe a Natal na se-gunda quinzena do mês passado o consultor Mar-celo Barbosa), o franqueado do Grupo K.L.A. In-ternacional para o Rio Grande do Norte e Paraí-ba, Joham Alves Xavier, promoverá dia 7 de no-vembro, no Hotel Parque da Costeira, o seminá-rio "Estratégias de Marketing e Vendas Utilizan-do as Redes Sociais".nA palestrante será a consultora Martha Gabriel,autora de quatro livros sobre o tema do evento, entreeles o best seller "Marketing na Era Digital". Elaé apontada como um dos profissionais mais ino-vadores e considerada a professora brasileira deMarketing mais influente no Twitter mundial pelarevista "SMMagazine".n Formada em Engenharia pela Unicamp e pós-graduada em Marketing e Design Gráfico, ela é di-retora de Tecnologia da NMD New Media Deve-lopers e coordenadora do MBA da HSM Educa-ção, atuando ainda como palestrante também forado país.n Segundo Joham Xavier, o seminário terá comopúblico alvos empresários e executivos da capitale do interior do Estado desejosos de tirar melhorproveito das grandes oportunidades de expansãodos negócios proporcionadas hoje pela rede mun-dial de computadores.n As inscrições para o seminário já estão abertase podem ser feitas através do e-mail [email protected] ou do telefone (84) 9402-9400. Para maiores informações, os interessadospodem acessar o site www.klatreinamen-tos.com.br/natal.

MARCELO HOLLANDA

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Quase duas semanas depois deprorrogar por mais 180 dias o es-tado de emergência de 144 muni-cípios do RN por causa da seca, agovernadora Rosalba Ciarlini reu-niu nesta manhã a imprensa parafazer um balanço das ações de en-frentamento da seca.

Ao lado do secretário BetinhoRosado, da Agricultura; de Gilber-to Jales, do Meio Ambiente e Re-cursos Hídricos e de todo o staff dacoordenadoria da Defesa Civil, co-mandada pelo tenente-coronel BMJosenildo Acioli Bento, Rosalbafez questão de separar as ações deemergência das estruturantes.

Ela apresentou uma planilhacontendo os investimentos na in-fraestrutura de recursos hídricos doestado e ações de combate aos efei-tos da estiagem desde o início desua gestão até os previstos para2013.

Com a presença do presidenteda Federação dos Municípios doRN, Benes Leocádio, e outros doisprefeitos, Rosalba Ciarlini voltoua empenhar sua palavra numa pro-messa antiga e até hoje nunca cum-prida: acabar de vez com os car-ros pipa no Rio Grande do Nortepor meio de ações "estruturantes"que levem água a todo o interior.

"Nós convivemos com a secano semiárido desde a descoberta doBrasil e precisamos de ações paraconviver com ela", afirmou a go-vernadora.

Ela lembrou que 92% do ter-ritório potiguar estão localizadosno perímetro da seca e se mostroupreocupada com a possibilidadeda estiagem persistir no ano quevem. "Tudo pode acontecer, vamostorcer para que não aconteça, masprecisamos estar preparados",acrescentou.

Rosalba historiou, ainda, todasas ações desenvolvidas por sua ad-ministração desde abril, quandoela fez suas primeiras viagens aBrasília com a missão específicade conseguir recursos para comba-

ter os efeitos da estiagem no Es-tado. E citou o município de LuizGomes, onde os 200 mil habitan-tes já estão com seu problema deabastecimento resolvido com aAdutora do Alto Oeste.

Lembrou que estão sendo aces-sados pelo Governo do Estado,junto à União, mais de R$ 1 bilhãoem investimentos que devem me-lhorar a situação hídrica de 500mil potiguares afetados pela seca,considerada a mais rigorosa nosúltimos 50 anos.

O secretário Betinho Rosadodisse que 82% do rebanho bovinoe 92% do rebanho caprino e ovinoestão na área castigada pela secae que os prejuízos no campo, porcausa da estiagem, já somam quaseR$ 4,9 bilhões.

Na planilha distribuída aos jor-nalistas durante a coletiva, ficouclaro que quase sete meses de ins-talada a seca, muitos dos recursosassegurados para obras ainda foramgastos em percentuais modestos.

No item adutoras e sistema deabastecimento - excluídas as áreasnão atingidas pela seca, comoNatal, Parnamirim e Macaíba - deum total de R$ 536,8 milhões as-

segurados, menos de R$ 11 mi-lhões foram efetivamente aplica-dos nas obras de um total de R$329,6 já assegurados.

No total, seriam quase R$ 700milhões em obras consideradas es-truturantes, cuja existência teriagrande impacto sobre os efeitos daseca. As demais são obras emergen-ciais, como dessalinizadores e re-cuperação de poços.

A entrevista convocada pelagovernadora aconteceu no auditó-rio da Governadoria. Um prefei-to, por meio de um bilhete, man-dou perguntar à governadora por-que o programa Compra Direta,paras aquisição de alimentos parafamílias de baixa renda (BolsaFamília) ainda não começou afuncionar.

Rosalba preferiu falar sobre ofim do desabastecimento de milhonos armazéns da Companhia Nacio-nal de Abastecimento e na distribui-ção de R$ 3 milhões em forragempara pequenos agricultores alimenta-rem o rebanho. Ela também subli-nhou os avanços obtidos no SeguroSafra, que em 2010 cobria apenas 25mil agricultores e que hoje tem emseu cadastro 52 mil.

Governadora Rosalba Ciarlini, acompanhada de secretários, falou das ações que estão sendo desenvolvidas desde abril

Obras ‘estruturantes’ sãoprometidas por RosalbaGOVERNADORA FALA DE AÇÕES PARA ENFRENTAMENTO À SECA

Coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Acioli, participou da entrevista

Discurso do presidente daAnorc pode ter influenciado

A entrevista convocada hojepela governadora Rosalba Ciar-lini, para tratar especificamentedo enfrentamento da seca no Es-tado, pode ter como um dos mo-tivos um pronunciamento feitorecentemente por Júnior Teixei-ra, presidente da AssociaçãoNorte-rio-grandense dos Criado-res (Anorc).

Nele, o dirigente fala da criseenfrentada pelos criadores poti-guares, que perdem dezenas deanimais todos os dias para a es-tiagem. De acordo com o presi-dente da Anorc, a realidade naspequenas cidades e nos camposé dramática e mortal. "O gadomagro já está bebendo a lamados riachos, tentando escapar dosol inclemente. A produção napecuária cai a cada dia. Temosque fazer algo imediatamente ouobservaremos o nosso rebanhodesaparecer e a economia dos pe-quenos municípios minguar",afirmou Júnior Teixeira.

O discurso de Teixeira foi ba-

seado nas informações que elerecolheu durante três dias de via-gem ao interior, quando, auxilia-do por uma equipe de vídeo, do-cumentou a situação nas proprie-dades rurais.

O discurso de Teixeira nãofoi aceito por Rosalba, que se ir-ritou com o banho inesperado derealidade. Outros pecuaristas tam-bém não gostaram de ver a gover-nadora contrariada e criticaramo presidente da Anorc, que nos úl-timos dois meses vinha evitandorepetir suas críticas de que o Es-tado estava lento ao combater osefeitos da seca e que isso teriaconsequência um expressivo en-colhimento do rebanho potiguar.

Somem-se a esse episódiooutras manifestações de descon-tentamento de produtores e dopróprio presidente da Federaçãoda Agricultura do RN, José Ál-vares Vieira, que disse algumassemanas atrás que a governado-ra havia abandonado o comitêque ela própria criara para moni-

torar e enfrentar a seca.Hoje, durante a coletiva con-

vocada para tratar especialmen-te do combate à seca, Rosalbacentrou fogo do pagamento doseguro agrícola, que está sendoatualizado e no restabelecimen-to no fornecimento de milho paraos armazéns da Conab. Com isso,ela procurou responder a todasas criticas e mostrar que o seugoverno está dando respostas efe-tivas à seca e a mortalidade do re-banho.

No fim de semana, numa pos-tagem em seu blog, o assessorde imprensa da Anorc, MarceloAndon, escreveu que a últimaFesta do Boi, realizada entre 11a 21 últimos, registrou recordesde público, mas também amargouuma queda de 30% na comercia-lização dos leilões.

Esse, sim, pode ter sido o in-dício derradeiro para a governa-dora de que estava na hora defalar sobre a seca do Rio Gran-de do Norte. (MH)

Fotos: José Aldenir

8 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012

C M Y K

Segunda-feiraCidade

ROBERTO CAMPELLO

[email protected]

Com o fim do atendimento mé-dico nos Ambulatórios Médicos Es-pecializados (AMEs) de BrasíliaTeimosa, Nova Natal e Planalto, ademanda, de aproximadamente 900atendimentos diários, foi remane-jada para quatro centros clínicos:Policlínica Zona Norte, no conjun-to Santa Catarina, Centro ClínicoJosé Carlos Passos, na Ribeira, Cen-tro Clínico de Neópolis e CidadeSatélite. Na manhã desta segunda-feira (22), o movimento na Policlí-nica Zona Norte, que ficará respon-sável por absorver a demanda doAME de Nova Natal, foi intenso.No entanto, de acordo com a dire-toria, dentro do esperado para o iní-cio da semana.

"Neste primeiro dia não con-seguimos identificar pacientesoriundos do AME. O movimentoestá grande, mas normal para umasegunda-feira", afirmou o diretorda Policlínica Zona Norte, CarlosMoura. Ele disse que ainda não foicomunicado pela Secretaria Muni-cipal de Saúde de como será a ab-sorção desses atendimentos oriun-dos do AME do Nova Natal. "Nossameta é atender a população bem,mas hoje a unidade já funciona nolimite, pois temos deficiência derecursos humanos em algumas es-pecialidades. Só poderemos aumen-tar nosso atendimento à medida quea Secretaria encaminhar novos pro-fissionais", destacou o diretor. Hoje,

faltam profissionais médicos, alémde enfermeiros, técnicos de enfer-magem e de laboratório. Com a de-manda do AME Nova Natal, essadeficiência deverá ser bem maior."A unidade está aberta, mas paraisso precisamos de recursos huma-nos", afirmou.

A Policlínica Zona Norte dispõede 30 médicos, tanto do quadro depessoal do Município, quanto daCooperativa Médica (Coopemed),que atende em diversas especiali-dades, como oftalmologia, psiquia-

tria, gastroenterologia, ginecologiade alto risco, psicologia, endocrino-logia, proctologia, cardiologia, otor-rinoloringologia, cirurgia geral, der-matologia, fonoaudiologia, infec-tologia, urologia, reumatologia, epediatria. O atendimento odonto-lógico dispõe de 12 dentistas, dis-tribuídos nos três turnos. Cada mé-dico de 20 horas atende uma médiade 40 pacientes por semana, en-quanto que os profissionais que tra-balham 40 horas atende cerca de60 pacientes.

O grande problema da Policlí-nica Zona Norte é em relação à psi-quiatria e a cardiologia. CarlosMoura conta que, apesar de contarcom quatro psiquiatras, que aten-dem cerca de 170 pacientes por se-mana, a demanda é alta e os pa-cientes chegam a esperar até ummês por um atendimento médico.Em cardiologia a situação é maiscomplicada. Apenas um cardiolo-gista é responsável por atender todaa demanda da zona Norte de Natal."Temos uma deficiência de pelo

menos dois cardiologistas e se ospacientes do AME vierem essa de-ficiência será maior, pois hoje os pa-cientes já chegam a esperar dois eaté três meses por uma consultacom cardiologista", afirmou o di-retor Carlos Moura.

A Policlínica Zona Norte fun-ciona de segunda a sexta, das 6h30às 20h30 e conta com cerca de 150profissionais, entre médicos, enfer-magem, administrativo e serviçosgerais. Além do atendimento médi-co, são realizados todos os tipos deexames laboratoriais e eletrocar-diograma. Diferente dos Ambula-tórios Médicos Especializados, aPoliclínica não realiza curativo, masa sala de imunização (vacinas) fun-ciona todos os dias.

O aposentado Francisco Canin-dé considera que o atendimento naPoliclínica da Zona Norte é ótimo,mas disse que a dificuldade paraconseguir marcar uma consulta éum problema que precisa ser resol-vido. Ele conta que, antes de pro-curar a unidade, foi até o AME deNova Natal, meses atrás, mas nuncaconseguiu atendimento. "O siste-ma de saúde pública de Natal jáestá em falência. Os postos de saúdenão funcionam e todo mundo sedesloca para os cantos que funcio-nam. Por isso, que aqui vive lota-do, pois as pessoas sabem que fun-ciona", destacou o usuário.

Para a dona de casa, CláudiaMaria dos Santos, de 49 anos, quemora no Santarém, o problema é omesmo. Ela conta que, para algu-

mas especialidades, é necessáriochegar de madrugada na Policlíni-ca da Zona Norte, para conseguirmarcar uma consulta. Hoje, ela re-vela, que para conseguir marcaruma consulta para o endocrinolo-gista, chegou a unidade às 2h damadrugada. "Ficamos a mercê daprópria sorte, arriscando as nossasvidas, para conseguir um atendi-mento. Dizem que não precisamoschegar de madrugada, mas quan-do não fazemos isso, não consegui-mos atendimento. E essa humilha-ção é para todo mundo, inclusiveos idosos", desabafou a dona decasa.

MULTAO Ministério Público Estadual

considerou um retrocesso social amudança feita pela Secretaria Mu-nicipal de Saúde (SMS) na gestãodos Ambulatórios Médico Especia-lizados (AME) de Nova Natal, Pla-nalto e Brasília Teimosa. As unida-des deixarão de atender especiali-dades médicas e, farão apenas aten-dimentos ambulatoriais. A promo-toria da saúde deve pedir a execu-ção de uma multa diária de R$ 100mil, já no dia 26 de outubro, devi-do à diminuição dos serviços pres-tados pelo município.

A multa foi determinada no dia20 de agosto passado, quando ojuiz Airton Pinheiro, da 5ª Vara daFazenda Pública de Natal, deter-minou que o município teria até 60dias para assumir a execução dosserviços de saúde.

Policlínica da ZN não tem recursos humanospara absorver demanda do AME Nova Natal

Movimento da unidade nesta manhã foi intenso, mas ainda não tem reflexos do fim do atendimento especializado dos AMEs

Heracles Dantas

ESPERA POR CONSULTAS PARA ESPECIALIDADES COMO PSIQUIATRIA E CARDIOLOGIA PODE CHEGAR ATÉ A TRÊS MESES

Os futuros concorrentes ao cursode Medicina da Universidade Fede-ral do Rio Grande do Norte terãouma nova opção de campus para in-gresso nesta graduação. A partir dosegundo semestre de 2014, a Facul-dade de Ciências da Saúde do Trai-ri (Facisa), campus da UFRN emSanta Cruz, disponibilizará 40 vagaspara o curso de Medicina. O anún-cio foi feito na última quarta-feira(16) pela reitora da UFRN, ÂngelaMaria Paiva Cruz, durante a cerimô-nia de inauguração do Pavilhão Aca-dêmico e da Residência Universitá-ria da FACISA.

O Ministério da Educação(MEC) aprovou, na portaria de junho,a proposta de criação do curso eagora, a Comissão de Implantação doCurso de Medicina, formada por rei-tores e pró-reitores de graduação eextensão, professores do curso deMedicina e funcionários da área,estão trabalhando na elaboração doprojeto pedagógico do curso.

Segundo a vice-reitora da UFRNe presidente da Comissão de Im-plantação do curso, Fátima Ximenes,o objetivo de criar o curso de Me-

dicina em outro campus se deu de-vido à grande concorrência, crescen-te a cada ano na UFRN. "Estamosdiscutindo, internamente, há um bomtempo com reitores e professoressobre a necessidade de ampliar asvagas no curso de Medicina. E comoNatal já tem um grande número deestudantes e residentes, e com gran-de concorrência, tivemos a opçãode abrir vagas em outro campus.Contamos com a estrutura de umhospital universitário em Santa Cruz,e por isso, decidimos que o cursoseria sediado na Facisa. No dia 19,tivemos uma reunião em Caicó comos integrantes da comissão e comprofissionais da área, professores eo prefeito eleito, onde apresentamoso projeto pedagógico, que ainda estáem elaboração, mas foi muito bemaceito por todos", disse Fátima Xi-menes.

A implantação do novo cursoenvolve uma parceria da UFRN entreos campus Central, localizado emNatal, o Centro de Ensino Superiordo Seridó (Ceres), com sedes emCaicó e Currais Novos e a Facisa, emSanta Cruz. Aparceria também se es-

tende às prefeituras de cidades pró-ximas à nova sede e sua rede públi-ca de saúde, onde os futuros estudan-tes poderão exercer aulas práticas.

Para Fátima Ximenes, a criaçãodo curso de Medicina em outra re-gião beneficiará os estudantes quenão tem condições de morar em outracidade para estudar. "Esperamos am-pliar o acesso dos estudantes que re-sidem longe de Natal, e que tem osonho de cursar Medicina, mas nãopodem devido às condições de semanter longe de casa. Estamos des-centralizando esta graduação aquido campus central, e isso beneficia-rá os estudantes dessas regiões, quepoderão ingressar no curso tão pro-curado e desejado por muitos", dissea professora Fátima Ximenes.

A UFRN estuda a possibilida-de de criar um sistema que favore-ça o ingresso de estudantes das re-giões próximas do interior do Esta-do, com uma possível reserva devagas para estes. O ingresso dos es-tudantes se dará por meio do Siste-ma de Seleção Unificada (Sisu), e osalunos aprovados começaram o anoletivo em 2014.

> CAMPUS SANTA CRUZ

UFRN irá oferecer curso de Medicina no interior

O boletim epidemiológico daDengue atualizado pela SecretariaMunicipal de Saúde (SMS) mostraque até a 37ª semana do ano, concluí-da este mês, a cidade registrou 11.854casos da doença. Este número repre-senta um aumento de 20% em rela-ção ao mesmo período do ano pas-sado. Em compensação, o númerode casos graves teve uma leve queda,passando de 651 casos para 599.

Amaior incidência até agora temsido no distrito sanitário leste, quecompreende os bairros dos Guara-pes, Felipe Camarão, Bom Pastor eQuintas. Como em 2012 houve umpico maior de número de casos entremarço e julho, o reflexo desse au-mento ainda pode ser constatado noúltimo trimestre do ano.

Ainda assim, o responsável peloprograma de Combate à Dengue emNatal, Lúcio Pereira, não acredita naprobabilidade de que se tenha umpequeno surto da doença no próximoverão, já que as medidas têm sidotomadas em tempo. Para ele, "a par-

tir de agora a curva no número decasos tende a cair sucessivamente,até o fim do ano". Lúcio Pereira aindaacrescenta que "não é porque em2012 tivemos um número maior deinfestados pelo Aedes aegypti queem 2013 se terá algo registrado damesma forma, ou que os próximoscasos serão constatados nos mesmoslocais de vulnerabilidade".

Na verdade, o parâmetro con-siderado satisfatório para o Índicede Infestação Predial (IIP), desen-volvido pelo Programa Nacionalde Controle da Dengue tem que sermenor ou igual que 1% das verifi-cações. No entanto, de acordo comos dados da SMS, este índice emNatal é de 1,3 %, o que indica sinalde alerta para transmissão da Den-gue no Município. Na predominân-cia dos focos estão caixas d'águadescobertas, tonéis e vasos, sendoestes representados por 83% doscasos. Material passível de remo-ção, como pneu e lixo em geral,responde por 9%; enquanto tanques

e piscinas correspondem por 6%.Atualmente, 41 equipes, forma-

das por dez agentes cada, estão dis-tribuídas nos cinco distritos sanitáriosda capital. Mesmo quantitativo de2011, quando os casos registradosforam menores.

Na semana passada, a Univer-sidade Aberta do SUS divulgou quevai abrir cursos autoinstrucionais,gratuitos e à distância para os pro-fissionais da área da saúde queatuam diretamente no combate àDengue. Estão previstos programasde especialização, aperfeiçoamen-to, extensão e atualização aos tra-balhadores do SUS.

Questionado sobre quantos pro-fissionais de Natal estariam nessasturmas, Lúcio Pereira disse desco-nhecer o assunto. A saber, o sistemaUniversidade Aberta do SistemaÚnico de Saúde (UNA-SUS) foi cria-do pelo Ministério da Saúde em par-ceria com estados, municípios, ins-tituições públicas de ensino superiore organismos internacionais.

> INCIDÊNCIA

Casos de Dengue aumentam 20% emrelação ao mesmo período de 2011

Professores da rede municipalde ensino, que foram contratadospara suprir a necessidade do qua-dro de profissionais temporaria-mente, continuam sem receber ossalários da Prefeitura de Natal. Oatraso no pagamento dos direitos demais de 500 trabalhadores vem seestendendo por cinco meses e aclasse ainda não tem um posicio-namento definitivo da SecretariaMunicipal de Educação. O Sindi-cato dos Trabalhadores em Educa-ção Pública no RN (Sinte-RN) reu-niu a categoria nesta segunda-feirapara mais um protesto.

Segundo o secretário municipalde educação, Walter Fonseca, aJustiça bloqueou os recursos daEducação para direcionar a verbaao pagamento de dívidas referen-tes a outras secretarias do municí-pio. "Fizeram um ato ilegal com osrecursos da Educação. A Justiçabloqueou todo o recurso advindo doFundo Nacional de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Fun-deb), que cobre cerca de 70% doscustos na Educação. Por isso, nãoestamos conseguindo pagar aosprofessores", afirma.

A Prefeitura tinha se progra-mado para sanar as dívidas com osprofissionais na primeira quinzenade setembro, o que não ocorreu pordificuldade na arrecadação de re-cursos. Agora, o bloqueio da Jus-tiça sobre a verba se coloca comoum novo entrave, explica o secre-tário. "A Procuradoria Geral doMunicípio está tentando reverteressa situação com a Justiça. Infe-lizmente, há o risco de não termosdinheiro nem para pagar aos pro-fessores efetivos do município",disse Walter Fonseca.

A manifestação dos professo-res em protesto ao descaso com aclasse se estendeu durante toda amanhã desta segunda-feira, emfrente à sede da Prefeitura de Natal.Amanhã, coordenadores do Sinte-RN se reunirão com Zenilde AlvesFerreira, promotora de Defesa daEducação, para solicitar o desblo-queio das verbas alegado pelo se-cretário e realizar o pagamento dafolha.

"A culpa de todo esse descasocom a educação é da administraçãomunicipal. Nós temos professoresque estão sem receber seus saláriosreferentes aos últimos três ou cincomeses. Isso prejudica o desenvol-vimento do trabalho e causa trans-torno em toda a rede de ensino. Osdiretores das escolas exigem que osprofessores compareçam nas aulas,mas eles não têm nem dinheiropara pagar a passagem de ônibus",disse Fátima Cardoso, coordena-dora geral do Sinte-RN.

Para Fátima, os recursos daEducação, assim como o de outrassecretarias, deveriam ser deposi-tados em conta própria para desti-nação exclusiva ao serviço. "Se aJustiça bloqueou as contas, a culpaé do gestor que não soube adminis-trar os recursos. Como é que um se-cretário se submete a continuar naSecretaria de Educação quando elenão tem capacidade para gerenciaros recursos?", indaga a sindicalis-ta.

Em concordância com a líderdo Sinte, José Teixeira, membrodo sindicato, afirma que "se a jus-tiça interveio no caso é porque nãohouve qualidade na gestão". "Exis-te orçamento, mas há um descon-

trole financeiro. Enquanto se pagaum preço alto pelo aluguel da sededa secretaria, por exemplo, os pro-fessores efetivos estão sem recebera promoção vertical, garantida pelonível de qualificação, e a horizon-tal, acrescida por mérito", disse.

Elaine Cristina, 34, foi profes-sora terceirizada do sistema desde2009 e hoje é uma das vítimas dodescaso. Ela conta que foi demi-tida este ano pela Prefeitura, que a

substituiu sem dar nenhuma posi-ção de seus direitos. "Só recebimeu salário até o mês de julho e donada me demitiram. Não sei comovai ficar minha situação. Hoje temuma pessoa me substituindo na es-cola em que eu dava aula, mas elaainda demorou duas semanas paraser contratada. Quem se prejudicacom isso são os alunos. É a provade que a Prefeitura não liga para aeducação", lamenta.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 22 de outubro de 2012

C M Y K

Cidade

Bloqueio de verbas na educaçãoatrasa pagamento de professoresdo Município, afirma secretário

Professores da rede municipal realizaram protesto, na manhã de hoje, em frente ao prédio da Prefeitura do Natal

DOCENTES CONTRATADOS CONTINUAM SEM RECEBER SALÁRIOS

FátimaCardoso: “A culpa é do gestor”

Fotos: Wellington Rocha

Segunda-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012 Cidade

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Um caixa eletrônico do Bancodo Brasil instalado no prédio daFundação Nacional da Saúde (Fu-nasa), em Natal, foi arrombado porbandidos fortemente armados, namadrugada de domingo. Durante aação, ocorrida na sede do órgão,no bairro do Tirol, os criminososrenderam dois vigilantes e os tran-caram em uma sala, para evitar queestes acionassem a Polícia Militar.Os homens fugiram levando todoo dinheiro que estava dentro doequipamento e ainda roubaram asarmas dos seguranças do Tribunalde Contas da União (TCU), quefica próximo à Funasa.

Segundo o chefe de logísticado órgão, João Carlos dos Santos,os bandidos cortaram os fios dascâmeras do sistema de monitora-mento eletrônico e dos telefonesdo prédio antes de usarem um ma-çarico para arrombar o terminal. Oalarme da sala onde o equipamen-to está instalado teria sido aciona-do durante o crime, no entanto, apolícia só chegou após a fuga doscriminosos.

João Carlos não soube infor-mar quanto em dinheiro teria sidolevado pelos homens, que estavamfortemente armados, mas confir-mou que o caixa eletrônico haviasido abastecido dias antes e que,provavelmente, estava cheio de cé-dulas no momento do crime. Osdois vigilantes que foram rendidosdevem prestar depoimento hoje, nasede da Polícia Federal, em Natal.

"Ainda não conversei com osvigilantes, mas soube que os ban-didos os trancaram em uma sala ecortaram os fios dos telefones. Tam-bém cortaram os fios e levaram asduas câmeras de monitoramento,para evitar que a ação fosse filma-da e eles fossem reconhecidos pelapolícia, durante as investigações",explicou o servidor da Funasa.

Hoje pela manhã, o clima noórgão era de apreensão entre os fun-cionários, que procuravam por in-formações a todo instante com adireção do local. Muitos ficaram

sabendo do assalto pela internet eestavam receosos de que uma novaação criminosa ocorresse. SegundoJoão Carlos, todos estavam assus-tados.

"A Funasa funciona neste pré-dio desde 1978 e esta é a primeiravez que acontece um caso desses.Aqui sempre foi um local tranqui-lo, até porque nesta área aqui só háprédios públicos, todos com vigi-lância humana e eletrônica, então,não esperávamos nunca que acon-tecesse um assalto aqui. E isso dei-xou a todos nós receosos", desaba-fou.

Ainda ontem, os peritos do Ins-tituto Técnico-Científico de Polí-cia do Rio Grande do Norte(Itep/RN) estiveram no local e rea-lizaram os primeiros procedimen-tos de inspeção. Já hoje, peritos daPolícia Federal devem visitar o pré-dio e a sala onde aconteceu o arrom-bamento, para a vistoria.

LADRÕES LEVARAM ARMASDE VIGILANTES DO TCU

Após renderem, tomarem asarmas de fogo dos dois vigilantesque atuavam na Funasa e arrom-barem o caixa eletrônico, os ladrõesainda usaram as roupas destes para

abordar os seguranças do prédio doTribunal de Contas da União(TCU). Lá, eles repetiram o proce-dimento e roubaram o armamentoque estava em poder dos vigilantes.Depois, fugiram em alta velocida-de, tomando rumo ignorado.

Segundo o presidente do Sin-dicato das Empresas de SegurançaPrivada e Transporte de Valores doEstado (Sindesp/RN), José RossiniAraújo, os vigilantes dos dois pré-dios atacados ontem são de empre-sas privadas que prestam serviçoaos dois órgãos e que o sistema demonitoramento eletrônico e os alar-mes são responsabilidade dos ban-cos.

"Não sei se o alarme da salaonde o equipamento violado esta-va funcionando, mas lá havia câme-ras de monitoramento que foramroubadas pelos bandidos, o quemostra que o banco tinha instaladoos equipamentos necessários paraa segurança. Infelizmente, nãotemos como prever um assalto,então, é preciso que a instituiçãobancária e o órgão público que cedeo espaço combinem para ter a maiorcobertura de segurança possível,ou seja, que tenham segurança in-tegrada", explicou.

Bando arromba caixa na FunasaAÇÃO CRIMINOSA ACONTECEU NA MADRUGADA DE ONTEM E QUATRO VIGILANTES FORAM RENDIDOS PELOS MARGINAIS

José Rossini sugere uma maior segurança proporcionada pelo BB e Funasa

Ladrões usaram maçarico para abrir o equipamento e fugir com o dinheiro. Foi o primeiro ataque a caixa na Funasa

José AldenirHeracles Dantas

> EM SEIS MUNICÍPIOS

Sete pessoas foram executadase quatro feridas a tiros nas últimas24 horas no Rio Grande do Norte.Os assassinatos ocorreram em seismunicípios . Das 11 vítimas, qua-tro foram baleadas na frente de fa-miliares.

Na capital, uma abordagem cri-minosa terminou com dois homensassassinados e um baleado, no bair-ro do Bom Pastor, na zona Oeste.A ação aconteceu dentro de umacasa na travessa do Ouvidor, no iní-cio da noite de ontem, quando trêshomens armados com pistolas ponto40 invadiram o imóvel onde esta-va acontecendo uma festa e atiraramvárias vezes contra três homens.

Segundo o soldado Álvares,plantonista do Posto da Polícia Mi-litar do Bom Pastor, os assassinos,que chegaram em um Celta preto,invadiram a residência e ordenaramque apenas as três vítimas ficassemna sala. Depois de colocar as crian-ças e mulheres dentro de um quar-to do imóvel, eles atiraram contraErivaldo Pereira Araújo, 29 anos;Willison Thales Pinto, 17 e Alexan-dre Pereira, que sobreviveu ao ata-que.

"Os homens sabiam quem eramsuas vítimas, tanto que mandaramtodos entrarem no quarto antes deatirar contra os três, que estavamna sala. O Erivaldo, que é conheci-do ainda como ‘Nenê’, ainda tentoucorrer para fora da casa, mas caiumorto no quintal da residência. Jáos outros dois homens foram so-corridos com vida para o HospitalWalfredo Gurgel, mas um deles nãoresistiu e morreu antes de chegarlá", explicou o policial.

O homem que morreu duranteo transporte para o hospital foi oWillison, que era conhecido tam-bém pelo apelido "Tatufi". Já o Ale-xandre, que foi atingido no tórax,costas e braço, passou por procedi-mento cirúrgico para retirada dasbalas e continua internado.

Moradores da vizinhança rela-taram momentos de pânico duran-te o assassinato. Eles disseram queouviram um grande barulho, pro-vocados pelos disparos de arma defogo, e que depois, perceberam umaintensa movimentação de viaturaspoliciais na via. Apesar disso, nin-guém quis comentar detalhes docrime.

SÃO G. DO AMARANTEO corpo de um homem foi lo-

calizado na manhã de hoje em umaestrada carroçável no loteamentoSanta Terezinha, no município deSão Gonçalo do Amarante, crivadode balas. De acordo com informa-ções da PM, a vítima foi identifica-da apenas pelo apelido de "Bacurau"e teria sido assassinada com doisdisparos de espingarda calibre 12.

Ele estava caído próximo a umcampo de futebol e a polícia aindanão sabe o que pode ter motivadoa execução ou quem teria cometi-do o crime, que foi descoberto porvolta das 6 horas de hoje, por mo-radores que passavam pela estrada.

Os PMs que atenderam a ocor-rência encontraram dois cartuchosde espingarda 12 próximo ao corpo.A suspeita é que "Bacurau" tenhasido assassinado possivelmente pordívidas com traficantes locais, jáque ele era conhecido na região porser usuário de drogas.

PAI E FILHA SÃO MORTOSEM SÃO PAULO DO POTENGI

Um duplo homicídio contra paie filha chocou os moradores de

São Paulo do Potengi, ontem ànoite. Durante o crime, ocorridoem um quiosque onde as vítimastrabalhavam, no bairro Santos Du-mond, uma terceira pessoa, iden-tificada como Edilson Varela, tam-bém foi atingida pelos disparos.Ele foi socorrido com vida para oHospital Walfredo Gurgel, emNatal, onde está internado em es-tado grave.

De acordo com informações daPM, dois homens encapuzados che-garam ao quiosque onde as vítimasestavam e atiraram contra RosaCarla de Oliveira, 32 anos e JoséSilvério de Oliveira, de 55 anos.Pai e filha não tiveram chance dedefesa e morreram no local.

O crime, ocorrido por volta das22 horas, chocou os moradores dobairro, que não souberam explicaro que teria motivado a execuçãodas vítimas. Logo após os dispa-ros, os policiais militares chegaramao local e cercaram a área, para im-pedir que as pessoas se aproximas-sem dos cadáveres.

Os corpos de Rosa Carla e JoséSilvério foram removidos para oprédio do Itep/RN, em Natal, para

necropsia. Após ouvir as primeirastestemunhas, os policiais levanta-ram a suspeita de que as vítimastenham sido assassinadas duranteum assalto e ainda por queima dearquivo.

HOMENS SÃO EXECUTADOSEM MACAU E PASSA E FICA

A fúria dos bandidos não poupanem mais as crianças. Ontem ànoite, um homem de 22 anos foiexecutado com vários disparos derevólver calibre 38 na frente da es-posa e do filho, de apenas dois anosde idade. O fato aconteceu no mu-nicípio de Passa e Fica e, confor-me relatos policiais, os assassinosfugiram em uma motocicleta, to-mando rumo ignorado.

Thiago Cavalcanti dos Santosestava dentro de casa quando doishomens armados invadiram a resi-dência da família e efetuaram osdisparos contra o rapaz, que nãoteve chance de defesa e morreu nolocal. Conforme informações daPolícia Militar, o jovem ainda ten-tou correr para dentro de casa, masfoi perseguido e atingido por outrosdisparos nas costas. A suspeita é

que a vítima tenha sido assassina-da por vingança.

Já em Macau, um homem iden-tificado como Sílvio Martins daSilva, 40 anos, foi executado a tirosontem, na rua Bela Vista, no Dis-trito de Diogo Lopes. Novamente,a suspeita é de que o crime tenhasido motivado por envolvimentocom o tráfico, entretanto, a PolíciaMilitar levantou outras suspeitas.Até o momento, ninguém foi preso.

TENTATIVA DE HOMICÍDIO Uma festa de forró terminou

com dois homens feridos a bala noCentro de Monte Alegre, na Re-gião Metropolitana de Natal. Deacordo com informações do 3º Ba-talhão da Polícia Militar, as víti-mas, que não foram identificadas,estavam no estacionamento e umcampo de futebol quando foramatingidos.

Eles foram socorridos peloSamu para o hospital de Natal, ondepassaram por procedimento cirúr-gico para a retirada das balas. Con-forme o tenente Farias, as vítimasforam surpreendidas pelos dispa-ros durante a festa.

Sete assassinatos nas últimas 24 horas no RN

Segunda-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 22 de outubro de 2012CidadeCidadeSábado e Domingo O Jornal de HOJE 11Natal, 20 e 21 de outubro de 2012Cidade

VENEZUELAAssim a pachecada não aguenta. Já não bastasse

a seleção brasileira estar a três jogos seguidos sem ven-cer à venezuelana (dois empates e uma derrota), aindavem o Jimmy Carter declarar que o país de Cháveztem o melhor sistema eleitoral do mundo.

PRURIDOEm se tratando das velhas oligarquias do RN,

grande parte da imprensa ainda é cheia de "não metoques" quando se trata de Alves e Maia. Há uma vi-sível proteção da imagem de Garibaldi Filho e JoséAgripino, por exemplo, quando se fala dos seus go-vernos.

ADESÃOJá quem faça o prognóstico de que o PMDB ten-

tará embarcar no governo Carlos Eduardo nas primei-ras horas. Assim como há bacuraus dizendo que numaeventual vitória do PDT, Carlos é quem irá aderir aodeputado Henrique Alves. Veremos.

FICHA SUJAA notícia foi dada pelo jornalista Aluisio Lacerda

em sua página no Twitter. Na eleição no RN, em 87municípios o número de votos dados a candidatosbarrados pela Justiça superou os votos válidos. Se osimpedimentos forem mantidos, haverá nova eleição.

REBATEA situação confortável do candidato Carlos Eduar-

do nas pesquisas foi o motivo para não radicalizarnas respostas às acusações de "ficha suja" no progra-ma do PMDB. O PDT ensaiou citar supostos proces-sos no Tribunal de Contas contra Hermano Morais.

DESELEGÂNCIAÉ grave, além de deselegante, a fala intempestiva

da governadora Rosalba Ciarlini (publicada na colu-na de Daniela Freire) pedindo devolução de soldadosda PM à disposição do Ministério Público. Todos ospoderes têm direito ao apoio policial.

HILUXNa carreata de Hermano Morais realizada no do-

mingo foi fácil perceber as dezenas de carros que Ro-salba Ciarlini mandou trazer de Mossoró, da campa-nha de Claudia Regina, para reforçar o aliado PMDB.Os modelos Hilux chamavam a atenção.

BAIXO NÍVELO jornalismo na TV aberta aderiu à baixaria da

grade de programas de auditório e outras baboseiras.Até o padrão Globo entrou no velho estilo "AquiAgora" de priorizar a violência e transformar em as-suntos nacionais assalto em farmácia e briga de vi-zinhos.

HISTÓRIAHoje estão completando exatos 50 anos que o pre-

sidente norte-americano John Kennedy determinou obloqueio marítimo de Cuba, evitando que mísseis so-viéticos chegassem às bases para armas nucleares queFidel Castro ameaçou construir como apoio da Rússia.

VELHO E NOVOUm domingo que merece registro no Brasileirão,

senão pelo jogaço Atlético Mineiro x Fluminense,mais ainda pelo show de bola dos craques veteranosRonaldinho Gaúcho, Fred e Deco. E em Campinas, aPonte Preta engoliu o Santos, com Neymar e tudo.

PELÉ E MESSIA mídia brasileira não se furtou a repercutir o no-

ticiário internacional sobre a fase endiabrada do cra-que do Barcelona, que em 2012 atingiu seu melhor anoe superou Pelé no melhor ano do Rei, 1959. Leiamdetalhes da comparação em alexmedeiros.com.br.

Alex [email protected]

Quando menino, no final dos anos 1970, o fran-cês Eric Valette passava horas na TV assistindo ses-sões vesperais dos faroestes do diretor italiano Ser-gio Leone. Já adolescente, montou uma banda de rocke compôs em homenagem a Oliver Stone.

Eric se fez homem e transformou a paixão pelocinema em profissão, sendo hoje um dos bons cineas-tas do mercado francês. E é, no aspecto acadêmico,um mestre em Ciência e Tecnologia da Comunica-ção Audiovisual, formado na cidade natal, Toulou-se.

Começou na TV como roteirista, em 1988, e es-treou no cinema com um curta-metragem, em 1999.Seu primeiro longa veio em 2003, após ganhar al-guns prêmios dirigindo cur-tas de terror, o velho estiloda sua paixão cinéfila na ju-ventude.

No Brasil, seu trabalhomais conhecido é o thriller"Uma Chamada Perdida", de2008, que ele dirigiu nosEUA, para onde foi chama-do por executivos da WarnerBros. Este filme tem sido re-prisado algumas vezes emcanais fechados, como o FXe o Space.

Mas, eis que em 15 desetembro, um sábado, numainiciativa que foge aos seuspadrões, a TV Globo exibiuno Supercine, após o humo-rístico Zorra Total (quasemeia-noite) o melhor filmede Eric Valette, um thrillerde tirar o fôlego, "La Proie", de 2011.

Traduzido no Brasil para "Fuga Pela Vida", ofilme tem os melhores ingredientes de ação e sus-pense que consagram as produções americanas, mascolocados na tela de uma forma mais crua e livre dosefeitos especiais que sugerem cenas inimagináveis.

Graças às facilidades da Internet e ao mercadoparalelo de DVDs, que permitem o fácil acesso a pro-duções além da indústria de Hollywood, a obra jápode ser adquirida em Natal por quem, pela alta dashoras, não conseguiu assistir na Globo em setembro.

Tirei a manhã de domingo para botar a leituraem dia (concluí Casados com Paris, de Paula McLain,e iniciei Civilização, de Niall Ferguson) e para as-sistir ao ótimo filme do diretor francês. Uma penaque a Globo não deu o tratamento merecido ao filme.

O começo do filme indica diversas variáveis noprosseguimento do roteiro, sem que o espectadorache facilidade em adivinhar, naquela velha maniaque temos de fazer a leitura antecipada da trama. Há

um assaltante de banco e um pedófilo na mesmacela.

O ator Albert Dupontel é o ladrão Franck Adrien,seu colega Stéphane Debac (no papel de Maurel) fazo prisioneiro que responde por estupro contra umamenor, o que provoca ódio e sentimento de vingan-ça nos demais presos, entre eles um comparsa deAdrien.

Protegidos e emulados pelo chefe da guarda,três brutamontes tentam torturar Maurel, que é salvopela reação selvagem do colega de cela. Logo, ajustiça determina a soltura do presumível pedófilo,que recebe o pedido de Adrien para ajudar sua es-posa lá fora.

A visita de um ex-dete-tive leva angústia ao prota-gonista, quando sabe queMaurel, na verdade, não éinocente e que voltará a ali-mentar seu apetite sexual deserial killer. E além disse, elelevou para fora da cadeia osegredo do dinheiro roubadopor Adrien.

Afuga espetacular reper-cutida na TV e o retorno doterror imposto a jovens víti-mas deixam Franck Adriennuma sinuca, sem o paradei-ro da mulher e filha e semchance de contar com a po-lícia, já que é, além de fora-gido, o suspeito dos crimesalheios.

A cena da perseguiçãopela agente Claire Linné (a

atriz Alice Taglioni, de talento já experimentado eaprovado por Woody Allen) numa estação de tremé um espetáculo de edição de imagens, em entrecor-tes frenéticos sem o apelo de efeitos especiais.

Eric Valette foi buscar o cenário do roteiro de Lau-rent Turner e Luc Bossi numa estação de Praga, sempreocupar-se que as observações dos críticos perce-bam uma Paris fora de contexto. As tomadas aéreasremetem aos planos dos velhos faroestes de Leone.

Pancadaria, feridas, pânico, torturas psicológi-cas, medo, alternância nas percepções do espectadorsobre o desfecho da trama, tudo faz de "La Proie" umdos grandes thriller dos últimos anos concebido longede Hollywood e do circuito comercial brasileiro.

E nem a Globo nem o ambulante de DVD ge-nérico mais próximo da nossa casa estão preocupa-dos em nos informar quando um filme foge do lugarcomum. Como é o caso do último filme de Eric Va-lette, no nível de "Cabo do Medo", de Martin Scor-sese. (AM)

Um thriller francêsUm thriller francês

João Ricardo [email protected] / [email protected]

Fulano dorme mais que gato em bica. A expressão é antiga e retrata alguém que é‘profissional’ em dormir, como nosso amigo aí da foto, flagrado ‘em ação’ pelo repór-ter-fotográfico Wellington Rocha. O bichano estava em uma escola, lá na Ribeira, sá-bado passado. Se brincar, ele ainda continua sonhando com um espetinho de rato.

Dorminhoco na bica

REFORÇOAté o vereador eleito Dagô se

rendeu ao carisma do senadorGaribaldi Filho e declarou seuapoio a Hermano Morais. Agoravai! Vamos aguardar a próximapesquisa.

CLIENTELAEita danado, a correria vai

ser grande. O que vai ser depobre assumido e falso rico nafila para a abertura das CasasBahia, no Midway Mall. É todomundo com o cartãozinho de cré-dito na bolsa e aquela vontadede conseguir ‘um menos’. O co-lunista vai aguardar o décimopara comprar um rádio portátilque ‘pegue’ bem as emissorasAM e FM do nosso Estado.

EXPOSIÇÃOSerá aberta hoje, às 18 horas,

na Capitania das Artes, a expo-sição sobre os 80 anos do Portode Natal, organizada pelo Museudo Porto, dirigido pelo amigo ecolunista deste JH, ApronianoCésar Fagundes. O acervo écomposto por fotografias, ma-quetes, reportagens e tudo que adedicação de César é capaz dejuntar e apresentar ao público.

ANIVERSÁRIOEstá chegando a hora. No

próximo dia 31, O Jornal deHoje completará 15 anos. A co-memoração será no Centro deConvenções da Via Costeira, compalestra do publicitário Washing-ton Olivetto.

BURACOAo invés de querer afastar Mi-

carla, não seria mais proveitávelse o Ministério Público tentasseobrigá-la, por meio da Justiça, atapar os buracos da cidade?

QUADRINHOSComeça amanhã no Campus da Universidade Federal do Rio Gran-

de do Norte a II Feira de Livros e Quadrinhos de Natal (FLIQ). Até dodia 26 de outubro, o evento reúne oficinas, mesas redondas e bate-paposcom autores locais e nacionais, desenhistas e ilustradores, leituras deobras e lançamentos de livros e quadrinhos em um só espaço. Serão qua-tro dias de várias atrações para o público, a fim de estimular a leitura edifundir a produção literária.

QUADRINHOS 2A abertura oficial da Segunda FLIQ será às 18h30 do dia 23, no au-

ditório, com a presença dos organizadores, o lançamento do I Prêmio Pe-trobras de Quadrinhos e o anúncio dos vencedores do VI Prêmio CosernLiteratura de Cordel. No primeiro dia estão programadas também a rea-lização da oficina de Criação de Personagem, com o instrutor DiorgeThomas; a palestra “Jogos de tabuleiro literários”, com Tendson Artur; eos lançamentos dos livros "Auta de Souza", de Jackson de Figueiredo, e“A arte de nascer”, com Carolina Damásio e Drika Duarte.

SOLIDARIEDADEACasa de Apoio ao Dependente Químico, na Paróquia de São João Ba-

tista, em Lagoa Seca, Natal, completa dez anos de atuação. A programa-ção comemorativa será desenvolvida de amanhã até sexta-feira, 26. Nestaterça-feira, às 19h30, acontecerá encontro com ex-internos da Fazenda daEsperança; dia 24, às 19h30, encontro festivo com parceiros da instituição;dia 25, às 19h30, confraternização com colaboradores e contribuintes; e,dia 26, às 19h30, celebração eucarística em ação de graças. Todas as ativi-dades acontecerão na Casa, na rua São João, 1347, ao lado da Igreja de SãoJoão Batista. A Casa de Apoio foi fundada em 2002, pelo então pároco deSão João Batista, padre Robério Camilo da Silva, como um gesto concre-to da Campanha da Fraternidade daquele ano, que teve como tema: “Vidasim, drogas não”. Desde então, tem a instituição tem acompanhado cente-nas dependentes químicos e seus respectivos familiares.

DIREITOO 16º Congresso Brasileiro de Direito Processual e o 16º Congresso

Brasileiro Processo Civil e Trabalhista vão acontecer com o Fórum Nacio-nal sobre o Novo Código de Processo Civil, de 25 a 27 deste mês, no Cen-tro de Convenções de Natal, abordando a temática da competência mate-rial da Justiça do Trabalho e da Justiça Comum, tutela de urgência, tutelaespecífica, sistema recursal e execução.

De virara cabeça Na lateral do Praia Shopping, onde o estacionamento é proi-bido, os carros continuam sendo deixados por lá.

Wellington Rocha

O ZUMBI RESISTEO boato mais remotode crédito não carece

pois ao que tudo parecea verdade está na foto

De fato o que ocorreue que se fez escarcéu

é que não morreu Fidelnem muito menos eu.

Segunda-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012 Cidade

wFALANDO NISSO...Conforme antecipou esta coluna,na última sexta-feira, o deputadoFelipe Maia caminhou junto comACM Neto e o correligionárioRonaldo Caiado (GO) pelas ruasdo bairro Valéria, em Salvador.

>>>No mesmo dia, o potiguar come-morou o resultado da pesquisaIBOPE, que apresentou ACMNeto com 47% das intenções devoto contra 39% do adversário.

>>>"As pesquisas sinalizam o quevimos nas ruas que é a vitóriaque se aproxima no dia 28", co-mentou Felipe.

>>>wQUEM DIRIA...E por falar em democratas...

>>>...na festa dos 25 anos da InterTVCabugi, comemorada na últimasexta-feira na churrascaria-vipFogo & Chama Steak House,presença-destaque dos políticosdo DEM.

>>>O núcleo duro democrata partici-pou em peso da festa embaladapelo líder do PMDB HenriqueAlves: Agripino Maia, RosalbaCiarlini, Fafá Rosado, LeonardoNogueira e Cláudia Regina che-garam e abalaram.

wAUSÊNCIAS...No entanto, muitos sentiram faltade políticos de outras legendas,inclusive do PMDB...

>>>...e de jornalistas renomados.

>>>Por lá, apareceu apenas umaequipe para registrar o momentoe rapidamente foi embora.

>>>Fonte da coluna presente aoevento ouviu quando Henrique seaproximou do diretor-japonêsDirceu Simabucuru e reclamouda festa. Afirmando que o eventoestava "aquém" do esperado eque por serem 25 anos a TV me-recia mais, bem mais.

Daniela Freire

...do deputado federal Henri-

que Alves: "Me perguntam pelo

programa do candidato do PDT.

Direito de se defender. Natural.

Também nervosismo de reta

final. Muito. Visível. Mas viva

a democracia!";

...da advogada Tatiana Men-

des Cunha: "A OAB/RN de-

veria seguir o exemplo do MP,

dos Defensores Públicos, dos

Delegados e lutar pela esco-

lha do mais votado".

GIRO PELO TWITTER

w SERESTEIRO NO SECRETARIADO?O vereador eleito Luiz Almir (PV)poderá passar pouco tempo noexercício do mandato.

>>>Segundo fontes que circulam nosprincipais gabinetes do PalácioPadre Miguelinho, sede do Legis-lativo municipal, o político-seres-teiro poderá vir a integrar o secre-tariado da Prefeitura do Natal,caso o candidato Hermano Moraisseja eleito o prefeito de Natal.

wMOTIVOMorais assumiu compromissocom o vereador-derrotado EdivanMartins (PV), hoje presidente daCâmara Municipal de Natal, deconvocar Almir para a sua equipepara que Edivan possa assumir omandato.

>>>Para fazer jus ao prêmio-consolo,Edivan está nas ruas pedindo votopara Hermano Morais.

wREFERÊNCIAS NADA BOAS...Neste fim de semana, a coluna en-controu com uma jornalista baianaque estava a trabalho aqui na capi-tal. Falando sobre a política com acolega, informações negativas arespeito do seu conterrâneo secre-tário do Governo Rosado BenitoGama foram dadas.

>>>Ao contar que no RN o baiano co-manda a Secretaria de Desenvol-vimento Econômico, a jornalistadisse de imediato: "Tenho dó devocês, esse rapaz ganhou vida poraqui (Natal)? Lá na Bahia ele étão queimado que nem para verea-dor ele ganha uma eleição".

>>>Em tempo: por falar em Benito,até agora nenhuma informaçãosobre a viagem internacional queele fez...

wHERDEIRO DO PODER DO AVÔ...Já sobre a eleição para prefeito deSalvador, da qual participa o de-putado potiguar Felipe Maia, queapoia a candidatura do seu colegademocrata ACM Neto, a jornalistabaiana disse não ter dúvida queACM irá ganhar o pleito.

>>>E não só ela tem essa certeza."Como a vitória de ACM já écerta, muitos baianos nem vãovotar", contou.

>>>O trabalho agora é fazer que todosse votem no próximo domingo nacapital baiana.

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

Autoridades na entrega do "Mérito Portuário", dentro da programação dos 80 anos doPorto de Natal. Na foto, o presidente da Codern, Pedro Terceiro de Melo, a administradora

do Porto de Maceió (subordinado à Codern), Rosiana Beltrão, as deputadas federais FátimaBezerra e Sandra Rosado, e o ministro dos Portos, Leônidas Cristino

Presidente estadual do PMDB Henrique Alves cercado das poderosas mulheresdemocratas na comemoração dos 25 anos da InterTV Cabugi, na churascaria Fogo

& Chama: Fafá Rosado, Rosalba Ciarlini e Cláudia Regina

Assessoria Codern Ivanízio Ramos

Pais e irmão-coruja: Sami, Sandra e André Elali prestigiando agravação do DVD de Marina Elali em Recife

Canindé Soares

Desfile Juraci Lirano Fashion ID

Mulheresnofds

wAINDA RENDE... Durante a festa da emissora, a go-vernadora Rosalba Ciarlini foi amais saudada.

>>>Com muitos "parabéns" pela vitó-ria de Claudia Regina em Mosso-ró.

wMUI AMIGOSJá Fernando Camargo, o todo-po-deroso Presidente da Rede InterTV, saudou diferenciadamente oempresário Silvio Bezerra.

>>>Por serem companheiros de pesca-ria, a afinidade.

>>>

Ambos são dedicados ao esportede pesca oceânica, daí a amizade.

wGRUPO FECHADOChapa fechada e registrada, ficouconfirmada a indicação da advo-gada Rossana Fonseca no grupoliderado por Aldo Medeiros para adisputa pela presidência daOAB/RN.

>>>Rossana faz parte da chapa comocandidata a secretária-geral, o ter-ceiro posto na hierarquia da enti-dade.

>>>A advogada Lúcia Jales figuracomo candidata a vice de Aldo.

wALIÁS...Com pompa e circunstância,está confirmado para a próxi-ma quinta-feira, dia 25, noVersailles Cidade Jardim, apartir das 19h, o lançamentoda Chapa 2 - OAB Prá Frente,liderada pelo advogado AldoMedeiros Filho, candidato nacorrida sucessória da presidên-cia da OAB/RN...

>>>Além de tradicionais profissio-nais do Direito, o evento deve-rá contar com a presença dachamada "juventude jurídica",um dos principais pilares dacampanha de Medeiros.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 22 de outubro de 2012Cidade

Assim como a nossa fala pode por vezes nos trair e revelar aquilo que de forma algu-ma confessaríamos abertamente, também as imagens revelam sem que se dê conta oque de fato pensamos sobre o mundo, ainda que a intenção e o objetivo tenham sido

radicalmente outros. Isto porque as imagens condensam crenças, significados, visões demundo, etc.. Por isso que, às vezes, uma imagem pode valer mais do que mil palavras.

Foi exatamente nesta "armadilha das imagens" em que incorreu a campanha publicitá-ria do Colégio CEI Mirassol, elaborada pela empresa Criola - assista-o no final do texto.A propaganda exibe uma sessão de ultra-sonografia onde os pais, cheios de orgu-lho e planos, especulam e imaginam a fu-tura profissão do filho. Os desejos e ex-pectativas dos pais sobre o "que o filhi-nho vai ser quando crescer", se médico,juiz ou engenheiro, são intercalados comimagens depreciativas de outras ocupa-ções, digamos, menos prestigiadas; "pai-de-santo", juiz de futebol e palhaço.

A cada expectativa e profissão ima-

ginada pelos pais corresponde uma outra

ocupação e futuro em que se vai do sonho

à frustração, do sucesso ao fracasso, do

orgulho à vergonha, do prestígio social

e status à condição de menosprezado.

O ser médico, engenheiro ou juiz ser-vem como metáforas para definir o queé um futuro e uma pessoa de sucesso eprestígio ao passo que "macumbeiro", pa-lhaço e juiz de futebol servem para defi-nir as marcas do fracasso, da vergonha edo desprestígio social. De um lado, osnotáveis e exitosos, de outro, a ralé.

Assim, o médico, símbolo máximo da credibilidade e da ciência é contrastado com umdesacreditado e mediúnico "pai-de-santo" - num claro estigma e desrespeito a outras crençasreligiosas; o engenheiro, símbolo da sisudez dos cálculos tem o seu oposto no palhaço semgraça; e, por último, o juiz de direito, figura que exprime o ápice da autoridade e do respei-to possui como o seu avesso, o contestável juiz de futebol, alvo máximo do desrespeito alheioe de todas as torcidas. As oposições entre as profissões exprimem, na verdade, oposições mo-rais; credibilidade/incredibilidade, respeito/desrespeito, sucesso/fracasso. Essas oposiçõesmorais definem o valor das profissões, e, por consequência, o valor das próprias pessoas.

Ao final, a propaganda encerra com uma frase que mais parece uma contundente chan-tagem: "não basta sonhar com o futuro do seu filho, é preciso fazer a escolha certa". Ou seja,o "futuro certo" e a "profissão certa" para que seu filho possa ser "gente" dependem da es-colha pela "Escola Certa", isto é, aquela que garante atingir a expectativa da santíssima trin-dade médico-engenheiro-juiz; do contrário, aos pais restaria não apenas ter de se contentarcom sonho, mas com a possibilidade real de vivenciar o fracasso, a frustração e a vergonha.

A propaganda não é apenas preconceituosa e ofensiva, mas reveladora das hierarquias so-ciais e morais que estão depositadas na maneira como as classes mé-dias altas brasileiras enxergam e dividem o mundo e as pessoas. Elerevela, portanto, o preconceito profundo em que se sustenta a visãode mundo dessas camadas, fundamentado particularmente na ideia daexistência de ocupações e atividades superiores e mais importantes,que brindam reconhecimento e distinção social, em contraposiçãoàquelas avaliadas como inferiores e menos importantes, marcadaspelo menosprezo e desrespeito. Eis aí a medida com a qual cada umserá avaliado como alguém de sucesso e significativo para a socieda-de ou simplesmente como um "fracassado", "inútil" e "invisível".

É bem verdade que não foi o CEI que produziu o vídeo. Porém,sua aprovação expressa mais do que uma infelicidade: exprime a acei-tação e reconhecimento da escola do conteúdo e das mensagens conti-das, ainda que ela não tenha se dado conta dessas dimensões mais la-tentes. Muitos podem se surpreender e lamentar que uma instituição deeducação admita ou deixe passar despercebido tais alusões preconcei-tuosas e estigmatizadoras. Mas, de modo algum, isso é uma surpresa.

Afinal, conforme sustenta o sociólogo Jessé Souza, numa socie-dade que consente e naturaliza a produção e classificação de "gente"e cidadãos, de um lado, e "subgente" e "subcidadãos", de outro, éevidente que tal consenso se manifeste, ora de modo visceral ora demodo sutil, nas instituições de educação, sobretudo naquelas esco-las voltadas para a formação das classes médias alta.

Que a escola e os educadores que a integram reavaliem a "pedagogia" contida na propa-ganda, pois a tarefa essencial da educação e das escolas na formação das pessoas é contri-buir para a sua emancipação. Só podemos falar de emancipação quando esta é, também, umaemancipação dos preconceitos, quer dizer, a superação de seu poder sobre nós, nossos pen-samentos e atos. E isto somente é possível questionando e criticando concepções sociaiscomo as que estão presentes na peça publicitária.

*) Professor de Sociologia. Mestrando no Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais - UFRN. Editor

e integrante do Conselho Editorial da Carta Potiguar. Contato: [email protected]

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

w PANCADA - IConvenhamos: os quasevinte pontos de diferença dapesquisa Certus desapro-vam de forma veemente apancadaria da campanha docandidato Hermano Morais,principalmente ao longo dosegundo turno.

w ERRO - IIPor falar em erro: a citaçãode Denise, mulher do sena-dor Garibaldi Filho, foi oerro que serviu só para con-sagrar estilo sem limites docandidato Carlos Eduardo.Mesmo com palavras sobpele de cordeiro.

w ALIÁS - IIIEsta coluna há vários anostem sustentado que a ingra-tidão é o câncer da alma.Garibaldi salvou CarlosEduardo nos R$ 40 milhõesda venda da exclusividadeda conta da Prefeitura aoBB junto ao Supremo.

w GRAÇAA edição outubro da 'Gosto'não esqueceu de sentar àmesa com GracilianoRamos nos seus 120 anosde nascimento. E lembrou acarne de sol com pirão deleite, a boa feijoada e o docede laranja da terá.

w SECRETODe E. L. James, autora de '50Tons de cinza', o best-sellerde 2012, na entrevista aexclusiva a Jonas Oliveira,de Playboy, sobre a mulhernos tempos de hoje: 'Todamulher tem o desejo de sersubmissa'.

Nos últimos meses, o Brasil in-teiro acompanhou, através da nove-la da Rede Globo Avenida Brasil, adura realidade de pessoas que so-brevivem dos lixões. Anovela foi ba-seada no Lixão de Gramacho, noRio de Janeiro. Em Natal, já não hámais um lixão naquele estilo. Hojea realidade é bem diferente. O anti-go lixão já não existe mais, com ca-tadores duelando com os urubus.Hoje ele deu lugar ao Aterro Sani-tário de Cidade Nova. Personagensda novela como o bêbado Nilo, in-terpretado por José de Abreu, e a'mãezona' Lucinda, interpretada pelaatriz Vera Holtz, e crianças abando-nadas no lixão só tem espaço na dra-maturgia. Em Natal, a realidade sem-pre foi bem diferente e as criançasque frequentavam o lixão, eramacompanhadas dos pais e não aban-donadas, como na trama.

Em Natal, o trabalho da coletaseletiva é realizado por duas coo-perativas, a Cooperativa de Catado-res de Materiais Recicláveis (Coca-mar) que faz parte do MovimentoNacional dos Catadores de Mate-riais Recicláveis (MNCR) e a Coo-pecicla. O presidente da Cocamar,Severino Júnior, que trabalha commaterial reciclado desde os 12 anos,criticou a forma pejorativa com quea novela abordou os catadores dematerial reciclável.

"Insistem em nos tratar comocatadores de lixo e nunca fomos ca-tadores de lixo, somos catadores dematerial reciclável, de papel. Preci-samos mudar esse conceito, pois semuda também a perspectiva de tra-balho, muda a imagem do profis-sional. A novela ainda é muito ro-mântica, mas a realidade da novelanunca existiu aqui na prática. Masa abordagem da temática na nove-la foi muito interessante, pois deuuma maior visibilidade à nossa pro-fissão. Ficamos em evidência e aspessoas passaram a nos conhecermelhor", destacou o presidente dacooperativa.

Apesar de a atividade ser antiga,a coleta seletiva ainda não é implan-tada em sua totalidade no Município.Na zona Norte de Natal, o serviçoainda não conseguiu ser implanta-do, pela deficiência, principalmente,de equipamentos e caminhões. Sãoapenas dois caminhões baús e dois

caminhões menores para fazer a co-leta da cooperativa. No entanto, embairros da zona Leste, Oeste e Sul,como Pirangi, Jiqui, Quintas, Tirol,Ponta Negra e Nova Parnamirim, acoleta seletiva é eficiente, o que fa-cilita o trabalho diário dos catadoresde material reciclável.

"Se a população não misturar olixo ajuda muito o nosso trabalho,mas infelizmente a população aindanão tem essa preocupação e nemtem noção do potencial de quantomaterial reciclável é produzido dia-riamente em suas residências. É in-contestável o nosso modelo de co-leta seletiva. As pessoas estão con-dicionando a coletiva seletiva a umacoisa positiva para a sociedade edissociando a coleta seletiva de lixo.Ficamos felizes, pois isso mostraum maior grau de educação e pas-saram a ver os catadores com bonsolhos", destacou o presidente Seve-rino Júnior.

ACooperativa dos Catadores deMateriais Recicláveis conta com 58catadores cooperados. A Coopeci-cla conta com 36 cooperados. Todostrabalham no Aterro Sanitário de Ci-dade Nova. "Nossa expectativa éampliar a coleta, contratar ainda maiscatadores, e com isso, quem sabe, ab-sorver os inúmeros catadores quevivem de forma avulsa pela cida-

de", disse o presidente da Cocamar.Aexpectativa é que no próximo anohaja um aumento de até 20% no nú-mero de novos cooperados.

"Com isso todos saem ganhan-do, pois o aumento da coleta seleti-va e do número de catadores gera ummelhor acondicionamento do lixo,menor agressão ao meio ambiente euma maior qualidade de vida", des-taca o presidente Severino Júnior.Ano passado, a cooperativa recebiauma média mensal de 40 toneladas.

Hoje este número cresceu oito vezes,passando a cerca de 320 toneladaspor mês. A expectativa é que para opróximo ano este número possa serainda maior, passando para mil to-neladas. "É possível sim, não é sur-real. Basta que tenhamos uma maiordivulgação do trabalho, um aumen-to no número de catadores e melho-rar a estrutura da cooperativa", afir-mou o presidente da Cocamar.

Hoje, são cinco galpões de 200metros quadrados cada, que acondi-cionam todo o material reciclado.A boa notícia é que as doze cidadesque serão sede da Copa do Mundode Futebol 2014 serão contempladascom uma Unidade de Tratamentode Resíduo, que propiciará uma me-lhor aplicação da coleta seletiva emNatal. Até o final de 2013, a estaçãodeverá ficar pronta. A gravimetria(composição) do lixo em Natal, se-gundo dados de 2010 da SecretariaEstadual de Meio Ambiente e Recur-sos Hídricos (Semarh) cerca de 70%do lixo é dividido em orgânico e re-jeito, ou seja, não reciclável. O res-tante, pouco menos de 30% está di-vidido entre melissa, metais, ferros,papel, papelão, plástico duro, plás-tico filme, longa vida, têxteis (teci-do), vidro e alumínio.

Atualmente, a Cooperativa dosCatadores de Materiais Recicláveis

está entrando na fase da moderniza-ção e informatização. Através dosoftware Catafácil, a Cooperativaestá cadastrando os atravessadores,as empresas que fazem doação demateriais recicláveis e os coopera-dos para facilitar o trabalho, paga-mento e a logística de funcionamen-to da Cooperativa.

PERSONAGENS DAVIDAREALMaria da Conceição Nascimen-

to Souza, tem 35 anos, sendo que 10

vividos no Aterro de Cidade Nova.Ela conta que conheceu o antigolixão no momento mais difícil desua vida, quando a mãe faleceu eela foi obrigada a morar com umatia que trabalhava como catadora nolixão. "Tudo era muito sujo, traba-lhava em meio a fedentina, debaixodo sol, de chuva, de sereno, e amercê de toda e qualquer doença.Era um trabalho desumano, mas fi-cávamos porque precisávamos e nãotínhamos outro meio de sobrevivên-cia. Os urubus perdiam para as pes-soas que trabalhavam no lixão", afir-mou a catadora.

Hoje, ela conta, a situação é bemmelhor. "Trabalhamos dentro de umgalpão, sentadas, com proteção e de-vidamente fardadas. A grande dife-rença é que hoje temos dignidade",afirmou. Durante as segundas e ter-ças-feiras, Conceição sai pelas ruasdo Pirangi e Jiqui, zona Sul de Natal,para fazer recolher a coleta seletivade casa em casa. De quarta-feira asábado, ela fica na cooperativa se-

parando material, quebrando alumí-nio ou contando vidros. Ela contaque costuma ganhar vários objetosnas ruas, que os catadores chamamde peças. Ela já chegou a ganhar ge-ladeira, fogão, cama, colchão, televi-são e computadores. Conceição vendeessas peças, e por semana ela já che-gou a ganhar mais de R$ 200. Mesmoassim, Conceição não quer terminarseus dias no aterro. "Penso em abriro meu próprio negocio", afirmou.

Josildo Pedro Soares está apenashá dois meses trabalhando na Coo-perativa. Ele, que é jardineiro deprofissão, estava desempregado eencontrou na Cooperativa uma opor-tunidade para ganhar a vida. No ater-ro de Cidade Nova, Josildo faz detudo um pouco. Ele trabalha na co-leta, seleção de material e outras ati-vidades. "Sou jardineiro desde crian-ça, mas estou gostando. É bem me-lhor do que estar desempregado.Aqui é uma família, todos ajudamum aos outros", destacou.

Maria Francileide Vicente tem

45 anos e boa parte deles ela viveuno Aterro Sanitário de Cidade Nova,onde tinha o antigo lixão. Ela come-çou a frequentar o lixão ainda crian-ça, casou-se e se afastou, mas quan-do ficou viúva, retornou ao lixãopara trabalhar. "Mudou muito aqui.Antes vivíamos em meio aos ani-mais, disputando com eles e com osoutros o material que tínhamos paracatar, e como sou mulher saía emdesvantagem. Hoje, temos bem maisestabilidade e melhor condição detrabalho para todos, em um local co-berto e com os equipamentos de pro-teção individual", conta a catadora.

Francileide hoje trabalha na parteadministrativa. Dentre as peças queela encontrou enquanto trabalhavacomo coletora, Francileide conta queencontrou um revólver novo. "Deimediato fiquei com medo. Tive umsusto, mas peguei o revólver e vendi.Com o dinheiro, cerca de R$ 300,comprei meu guarda-roupa. Foimuito mais útil do que se eu tivesseficado com o revólver", destacou.

VIDA NO LIXÃO: uma realidade que ultrapassa a ficção

‘“Sou jardineiro desde criança,

mas estou gostando. É bem melhordo que estar desempregado.

Aqui é uma família, todos ajudam um aos outros.”

JOSILDO PEDRO SOARES

QUASE 100 FAMÍLIAS SOBREVIVEM DE MATERIAL RECICLÁVEL EM NATAL

Tem horas que a gente tem que passar a bola. É a hora do passe. Fiquei fascinado com a questão do filme publicitário do colégio CEI Mirassol.Um tema fascinante, mas acabei convencido de que não faria melhor do que o professor Alysson Freire. Não pelo erro que aponta - essa é umaopinião, mas não é a única - mas por seu olhar sobre a questão. Opinião que esta coluna transcreve em nome da pluralidade das ideias, afinal o

debate na área da comunicação e da publicidade não se pode mais não esconder o enfrentamento nas sombras da intolerância.

Publicidade e preconceitoALYSSON FREIRE (*)

Fotos: Herácles Dantas

Em Natal,o trabalho da coleta seletiva é realizado pelas cooperativas Cocamar e Coopecicla,localizadas em Cidade Nova

Um dos principais problemasadministrativos do Rio Grande doNorte é em relação aos serviçosprestados para a Saúde Pública, umdireito que está garantido na cons-tituição brasileira. Para discutirsobre o assunto, promotores de Jus-tiça do estado convocaram a im-prensa local para a promoção demais uma edição do Notícia Cida-dã, neste último sábado (20). A ini-ciativa é um projeto de relaciona-mento do Ministério Público Esta-dual com os jornalistas que visaoferecer a troca de ideias sobretemas de interesse público.

Em Natal existem três promoto-rias de justiça especializadas na de-fesa da saúde pública. Para a promo-tora de Saúde Elaine Cardoso, é deextrema relevância que o Ministé-rio Público tenha uma ligação per-manente com a população atravésdas informações passadas pela im-prensa. "É importante que os jorna-listas e a população conheçam, demaneira esclarecida, a atuação doMinistério Público através das pro-motorias de saúde nessa área detransparência do sistema", disse.

De acordo com Elaine, as açõesque são desenvolvidas na defesa dodireito à saúde muitas vezes nãochegam de maneira devida aos usuá-rios do sistema. "A saúde é um di-reito que lida diretamente com avida e com a dignidade de cada pes-soa humana. Por isso, o Notícia Ci-dadão é um momento oportuno paratrazer informações mais detalhadasde pontos que estão sendo objetosde discussão no momento", explicaa promotora.

Um dos pontos de maior discus-são durante a realização da sessãodiz respeito ao Sistema Único deSaúde (SUS), que integra o país, oestado e os municípios, nos quaisas prefeituras são responsáveis pelaassistência direta ao cidadão e tem

funções como planejamento, orga-nização, controle e avaliação dasações e dos serviços na área dasaúde.

Dentre as alternativas para am-pliar e melhorar o acesso da popu-lação aos serviços de urgência noSUS estão as Unidades de ProntoAtendimento (UPAs) e AmbulatóriosMédicos Especializados (AMEs).Entretanto, no caso da realidadelocal, o município de Natal não as-sumiu diretamente as obrigações ad-ministrativas dos serviços, realizan-do contratações terceirizadas paraos sistemas que levou a uma criseassistencial com irregularidades edesvio de verbas.

Segundo a promotora, a Minis-tério Público entrou com diversasações judiciais contra a empresa ter-ceirizada das UPAs e AMES, reco-mendando o restabelecimento dosserviços para a população. "As açõesjudiciais do Ministério Públicogeram bons resultados, mas não re-

solvem tudo e também têm suas li-mitações. Nesses casos, precisamosrecorrer a outras instâncias", disse.

De acordo com o promotor deSaúde José Roberto, nenhum ente fe-derativo pode terceirizar a totalida-de dos serviços ligados a saúde."Como nossas ações não tiveramefeito emergencial, vimos a neces-sidade de chamar a Promotoria dePatrimônio Público, que investigoue chegou até a Operação Assepsia.Em ação conjunta com o Patrimô-nio, as promotorias de saúde opta-ram por uma medida cautelar, soli-citando intervenção judicial para queos serviços de saúde não parassem",explica José Roberto.

Apartir da legislação judicial, seo município não cumprir as ações ju-diciais, o Ministério Público pode en-trar com alternativas contra os ges-tores diretos. Nesse caso, pode serutilizada nos processos contra o mu-nicípio a medida de aplicação demulta, solicitando que o pagamen-

to seja feito pelo gestor."Essa aplicação da multa pessoal

ainda é controvertida no âmbito ju-rídico. Alguns juízes aceitam o pedi-do de multa pessoal ao gestor e ou-tros são mais resistentes", explica opromotor José Roberto, enfatizadoque essa é uma medida brusca, masque leva o gestor a comprometer-secom a solução do problema.

Segunda-feiraNatal, 22 de outubro de 201214 O Jornal de HOJE Cidade

MP e jornalistas discutemsaúde pública potiguarENCONTRO FAZ PARTE DE MAIS UMA EDIÇÃO DO PROJETO NOTÍCIA CIDADÃ

José Aldenir

Sistema Único de Saúde e os serviços das UPAS e AMEs foram os pontos de maior destaque da reunião no último sábado

Segunda-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 22 de outubro de 2012Esporte

O técnico Givanildo Oliveiraestreou no comando do ABC comvitória sobre o Bragantino, por 1 a0, no último sábado, no estádioFrasqueirão. Agora, porém, o de-safio para o treinador é ainda maior:o clube já enfrenta o Guaratingue-tá na terça-feira, em São Paulo. Apartida é mais um chamado "jogode seis pontos" e, além da falta detempo, o alvinegro ainda vai so-frer com a ausência de alguns jo-gadores importantes.

Entre eles, o camisa 10 respon-sável pelo gol da vitória contra oBragantino: Cascata. Suspenso peloterceiro cartão amarelo, ele já é umdos desfalques certos no time."Cascata é muito importante parao time, mas nós temos peças pararepor esta ausência", declarou otécnico Givanildo de Oliveira. Raulé o principal favorito para substi-tuir o camisa 10.

Cascata, no entanto, não é oúnico problema. O lateral direitoPedro Silva voltou a sentir a lesãona coxa esquerda e é dúvida. Pelomenos, o clube vai ter a sua dispo-sição, novamente, o goleiro An-drey e o lateral esquerdo Airton,que estavam suspensos e não ha-viam jogado contra o Bragantino.Camilo e Renatinho Potiguar, res-pecitivamente, devem deixar o timeprincipal.

VITÓRIAO elenco abecedista não teve

muito tempo de descanso após abela vitória diante do Braganti-no/SP. Na manhã deste domingo(21), o grupo alvinegro se reapre-sentou no CT Alberi Ferreira deMatos e deu início aos preparati-vos para o compromisso contra em

São Paulo. Os jogadores que atua-ram por mais de um tempo diantedo Bragantino/SP fizeram um trei-no leve. Comandados pelos prepa-radores físicos, os atletas participa-ram apenas de um regenerativoatravés de um relaxamento e alon-gamento na piscina.

O restante do grupo trabalhoucom o treinador Givanildo Olivei-ra no campo do CT e participoude um coletivo bastante movimen-

tado. No final, alguns jogadoresrealizaram um treino de finalizaçãopor meio de chutes a gol. "O maisimportante foi a vitória. Não fize-mos um bom primeiro tempo, masvoltamos melhor na segunda etapa,mostramos que temos pegada echegamos ao gol. Estou satisfeito,primeiro por termos ganho e tam-bém por todo o grupo ter demons-trado muita vontade e entrega emcampo", declarou Givanildo com

relação ao jogo de sábado. Apesar de ser desfalque certo,

Cascata ressaltou a importância davitória e da busca por uma boa se-quência na Série B. "Nós vínha-mos jogando bem, mas o resulta-do não vinha. O importante hoje foia conquista dos três pontos. Since-ramente, fazia uns quatro jogos queeu não conseguia dormir direito,mas hoje certamente vou ter umbom sono. Esse resultado nos dá

um pouco mais de tranquilidadepara trabalharmos e seguirmos bus-cando os objetivos", destacou omeia.

O JOGONa luta contra o rebaixamento

para a Série C, o ABC se distan-ciou da zona da degola em duelodireto contra o Bragantino nestesábado, em Natal. Com um gol deCascata, o time potiguar decretou

a vitória por 1 a 0 e deixou o rivaldo interior paulista em situação de-licada a sete rodadas do final. Coma vitória no Frasqueirão, o ABCsomou 36 pontos e abriu oito emrelação ao Bragantino, primeiro dazona do rebaixamento com 28. Otime paulista está a dois pontos doCRB, que neste sábado foi derro-tado pelo Joinville. Na estreia dotécnico Givanildo Oliveira, o ABCentrou em campo pressionado pelasequência de três derrotas consecu-tivas, que acabou derrubando o ex-treinador Ademir Fonseca.

No primeiro tempo, o Bragan-tino dominou as ações graças àssubidas dos laterais, que criaramas principais jogadas. Tiago Luíschegou a ter duas chances clarasde gol, mas chutou para fora umadelas, e na outra foi barrado pelogoleiro Camilo. O Bragantino aca-bou sendo castigado logo no co-meço do segundo tempo. O ABCadiantou a marcação, e o gol saiuapós jogada de Cascata, que do-minou na entrada da área e chu-tou. A bola quicou na frente dogoleiro Gilvan, que aceitou. Nacomemoração, o jogador do ABCmostrou uma "banana" para a tor-cida, em um desabafo pelas críti-cas.

O ABC ainda teve a chance deampliar após um chute de Edersonno travessão, enquanto o Bragan-tino diminuía o ritmo em relaçãoao primeiro tempo. Melhor para otime da casa, que respirou na tabe-la e, na próxima rodada, viajarápara enfrentar o também ameaça-do Guaratinguetá. Já o Braganti-no, cada vez mais pressionado, re-cebe o Avaí no interior paulista napróxima terça-feira.

Cascata fez o gol e, na comemoração, pareceu dar uma banana para a torcida mas, segundo ele, estava apenas dizendo que tem sangue "alvinegro"

Gabriel NegreirosGABRIEL NEGREIROS - [email protected] - twitter: @gabrielnegreiro

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Problema para a sequência na Série BAPÓS VITÓRIA, GIVANILDO OLIVEIRA NÃO PODERÁ CONTAR COM CASCATA, AUTOR DO GOL DA VITÓRIA CONTRA O BRAGANTINO

A diferença entre o América deNatal e o último clube do G-4 (Atlé-tico/PR), que era de 12 pontos nasexta-feira, já são 14 ao final da ro-dada. Não era para menos. O al-virrubro sofreu mais uma goleadafora de casa. Dessa vez, inclusive,para o ex-lanterna Ipatinga. Para asequência do campeonato, o time al-virrubro volta suas atenções parao Joinville, 6º colocado na tabela eoito pontos a frente da equipe ame-ricana.

E, se já foi difícil contra o timeda zona de rebaixamento, contra oJoinville vai ser igualmente compli-cado pelo fato do América tambémter pouco tempo para descansar ecorrigir os erros. A partida já é naterça-feira, em Goianinha. "Foi apior partida que nós fizemos nocampeonato. O sentimento que agente sai aqui é de vergonhamesmo. Tomamos de 4 a 0 do úl-timo colocado", desabafou o vo-lante do América, Márcio Passos.

Ocupando, extamente, o meioda tabela da Série B, o América

viu reduzir, ainda mais, suas chan-ces de classificação para a SérieA. Segundo o site Chance de Gol(www.chancedegol.uol.com.br), oalvirrubro de Natal teria mais que0,01% de possibilidade de "pro-moção para a Série A". Alias, essepercentual vale também para orisco de rebaixamento para a SérieC ou de título da Segundona - achance de rebaixamento do ABC éde 2,7%.

Isso porque se vencer todos osjogos que tem pela frente, o Amé-rica pode somar 21 pontos e che-garia e, no máximo, 65 pontos. Comessa pontuação, porém, a chancedo time de subir para a Série A éde 1,3%. Pelo menos, mesmo queperca todos os jogos a partir deagora, com os pontos que tem nomomento, o alvirrubro ainda teriaum risco de apenas 0,01% de ser re-baixado.

"Temos que pedir desculpa paraos nossos torcedores, e pedir oapoio deles para a gente poder ter-minar o campeonato dignamente,

tentando ganhar só algumas colo-cações, já que o G-4 é praticamen-te impossível", finalizou o volante.América e Joinville vão a campo às20h30, na próxima terça-feira.

JOINVILLEO Joinville tem dois desfalques

para a próxima partida da Série Bdo Campeonato Brasileiro. O golei-ro Ivan cumpre suspensão pelo ter-ceiro cartão amarelo e o meia-ata-cante Marcinho foi vetado pelo de-partamento médico para a viagema Natal. Na capital do Rio Grandedo Norte, o time catarinense en-frenta o ABC às 19h30m (horáriode Brasília) desta terça-feira, pela32ª rodada.

Jhonatan deve ser o titular dameta joinvilense. O goleiro Ivantomou o terceiro cartão amarelo navitória por 3 a 1 sobre o CRB, devirada, na Arena Joinville, no sába-do. A advertência ocorreu numa re-clamação do camisa 1. De longe,resta ao arqueiro torcer pelos com-panheiros.

Distante da "A", América volta aos treinos pensando no Joinville> DEPOIS DA GOLEADA

Márcio Passos afirma que América vai tentar ganhar algumas posições, "já que o G-4 é praticamente impossível"

COM GARRA SUFICIENTEEstava vendo o jogo do

ABC pela TV no sábado eacompanhando a reação de al-guns torcedores pelo Twitter.Rubens Lemos Filho, colunis-ta deste jornal, era o retrato fielde como estavam apreensivosos alvinegros. Cada ataquedo Bragantino era quase umproblema cardíaco. No primei-ro tempo esse nervosismo pa-recia ser levado para dentrode campo. O ABC não sofreuo primeiro gol pelas boas in-tervenções de Camilo. E os go-leiros do ABC são realmentediferenciados. Esse é um setorque o time não tem problemas.No segundo tempo melhorou.O time parecia mais leve. Criouboas oportunidades, mas fa-lhava no arremate. A torcida jápedia por Raul, até que Cas-cata fez o que se espera deum grande craque, desequili-brou. Não que ele tenha feitouma boa partida. Não fez. Re-conheceu isso depois do jogo.

Mas no momento decisivoacertou um belo chute e con-tou com a ajuda do goleiro doBragantino. O ABC depois foipra defensiva e garantiu o re-sultado. Magro em número,mas obeso no importância.Venceu um adversário direto.Freou qualquer possibilidadede reação da equipe paulista.Abriu vantagem para a zona epara todos os adversários quenela estão.

21 PONTOS EM DISPUTARestando sete rodadas

para o fim e com oito pontos devantagem em relação aos doistimes que abrem a zona de re-baixamento (Bragantino e Gua-ratinguetá), ouso dizer quemesmo se não somar mais ne-nhum ponto é possível a per-manência do ABC na Série B.Basta fazer um cálculo basea-do no aproveitamento. Se Bra-gantino e Guaratinguetá man-tiverem o nível que têm até omomento, somarão no máxi-

mo os mesmos oito pontos queo ABC abriu de vantagem.Porém, para carimbar e se ga-rantir em 2012, basta uma vi-tória na próxima terça-feira, no-vamente decisão, contra oGuaratinguetá.

CASCATA E A "BANANA"O gesto da "banana" é

muito característico. Para mimo que Cascata fez não passounem perto de ser uma banana.

ESPERANDO REAÇÃOConfesso que estou muito

curioso para saber que tipo dereação terá o técnico RobertoFernandes e a diretoria alvirru-bra em relação a próxima ro-dada e a apresentação do timedo América. O "momento deavaliação" citado por Alex Pa-dang recentemente afirmandoque agora iria deixar o grupomais solto para saber quemrealmente tem condição de per-manecer para a próxima tempo-rada mostra que ninguém vai

estar de brincadeira na reta final.Só falta deixar isso claro paraos jogadores. O América foi go-leado por um time rebaixado eamanhã entra em campo, emcasa, contra o Joinville-SC, queainda briga pelo acesso. A tor-cida não quer ir a campo paraver jogadores entregues à pre-guiça. Tem que sacudir!

SALÃO INTERNACIONALDO AUTOMÓVEL DE SÃOPAULO / MOTORES E AÇÃO

Escrevo a coluna de hojede São Paulo, onde acompa-nharei o Salão Internacional doAutomóvel até a próxima quar-ta-feira. Só quem já teve a opor-tunidade de visitar um eventocomo esse sabe da grandiosi-dade de investimentos e negó-cios realizados. É realmenteuma estrutura espetacular, re-cheado de máquinas dos so-nhos e conceitos que ainda irãoinvadir nossas ruas. Outros,são apenas sonhos. Depoisconto as melhores novidades.

Wellington Rocha

Wellington Rocha

Segunda-feiraNatal, 22 de outubro de 201216 O Jornal de HOJE

C M Y K

Esporte

Givanildo, o estiloLonge de ser (eu) uma fonte de simpatia postiça e conveniente, ad-

miro o técnico do ABC, Givanildo Oliveira, pela sua postura séria e dis-tante de oportunistas e aduladores finórios e notórios do mundanismoboleiro. É o Jeito Givanildo de Ser a última bala do alvinegro para con-tinuar na Série B.

O futebol em nada é diferente da vida. É quase sempre gêmeo uni-vitelino. Só não copia as digitais. Givanildo, aos 64 anos de idade e creio,perto de 50 só dentro do universo da bola, chegou ao estágio do homemque não se ilude nem se comove com gracejos e controla sua emoçãocom disciplina oriental.

Ao aceitar o convite para salvar o ABC da degola, Givanildo sabiao que o esperava. Um timeco, quem sabe um dos piores da história doclube, um ambiente carregado, de intrigas e dissimulações, em que so-brevive aquele mais esperto.

Ora, o jornalista Edmo Sinedino publicou em seu blog que o defe-nestrado, desastrado e incompetente Ademir Fonseca, antecessor de Gi-vanildo, era chamado de Zé Colmeia pelos jogadores.

Personagem de desenho animado de Hanna-Barbera, que todosacompanhamos na infância, Zé Colmeia é um urso esperto, aventurei-ro e dissimulado. Jogador de futebol é tipo tinhoso, vingativo e useiroda vindita do boicote.

Se bem que não havia contra o quê conspirar, se não existia, na prá-tica, técnico no ABC, apenas a passividade cúmplice de uma diretoriaque vai perdendo a pose e o delírio de subproduto de Santiago Berna-beu, patriarca do Real Madrid. O título da Série C produziu um efeitode LSD nas cabeças tontas(outras bem sonsas) da Rota do Sol.

O Zé Colmeia da vexatória campanha, pelo desempenho e pelas es-tatísticas, era ridicularizado pelos seus pretensos liderados que, com oapelido sacana, demonstravam levar na gozação quem merecia. Prova-ram desobedecer qualquer ordem idiota partida da boca de Ademir Fon-seca.

Na sua estreia, Givanildo foi o Givanildo de suas convicções cau-telosas, de vitórias modestas e de eficiência no resultado, terceira ca-racterística que fundamentou seu futebol voluntarioso e de bons passes,suficiente para levá-lo a um meio-campo de seleção brasileira com Ri-velino e Zico na conquista da Copa do Bicentenário dos Estados Uni-dos em 1976.

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Givanildo dança conforme o repertório. Recuou cedo demais otime depois de feito o 1x0, tirou um atacante ciscador para colocar omeia Raul e ficou matando o Bragantino na unha, como fazia pelo SantaCruz e no Sport a cada derby épico das batalhas pernambucanas.

Depois de ver o patético time que tem nas mãos, Givanildo deve tercomparado com a ótima equipe de 1991, quando conseguiu a melhorcampanha do ABC em Série B, eliminado no roubo mais vergonhosodo futebol patropi dentro do caldeirão da Curuzu, campo do Paysandu.

Quem já teve um meio-campo com Lourival, Roberto Nascimento,Silvinho e Odilon, não pode esperar jogadas de efeito de Bileu, Sergi-nho e Walter Minhoca, a fauna atual. Cascata, o camisa 10, comemo-rou revoltado seu gol.

Pela imagem da TV nota-se, com a precisão de um tiro de sniper,que Cascata festejou dando uma banana para a torcida. Um gesto de de-sabafo pelas vaias que vinha levando. Cascata disse e boa parte da mídiaaceitou que apenas bateu o braço no punho "num sinal de raça" e quebeijou o escudo do clube, malandro velho que é.

A moganga do beijo no escudo é tão manjada quanto a promessa deautoridades policiais em solucionar assassinato em que pobre mata outromiserável. Verdade consistente como cavaco-chinês, que também pas-sei para dentro do estômago nas molecagens de menino.

A bananosa é mais importante que a tal banana de Cascata, cujo gesto,seja qual tenha sido o objetivo, é menos importante do que o magérri-mo gol que ampliou em oito pontos a margem de distância do ABC dadegola.

O extrato do fim de semana é Givanildo. Que concedeu uma entre-vista coletiva curta, objetiva e sem chacrinhas nem piadinhas com re-pórteres que adoram demonstrar intimidade forçada e dribladora da éticae do respeito à profissão.

Na pisada sem acelerador, Givanildo vai tirando o ABC do cadafal-so na triste bacia das almas. Assistindo dirigente pedir para torcedor nãovaiar perna de pau, caso para anedotário do filósofo Neném Prancha,alter ego do jornalista João Saldanha.

É roer unhas e torrar miolos até o fim. A torcida. Sofrida e, cúmulodos ridículos, mandada se calar em sofrimento obediente. Frio, Givanil-do nem se exalta. Ele é o pragmatismo por forma e conteúdo.

GUARATINGUETÁO jogo de amanhã contra o

Guaratinguetá ficou mais emo-cionante para o ABC. O Guarávenceu o Boa fora de casa, che-gou aos mesmos 28 pontos doBragantino e sonha sair da mas-morra da Série C. Jogo será tarde,quase 10 da noite, castigo para otelespectador.

BAGUNÇAUm dos idealistas do Fras-

queirão, o advogado José WilsonGomes tem de ser acionado parabuscar a Justiça contra integran-tes da diretoria e jogadores doBragantino. Feito vândalos autên-ticos, depredaram o vestiário doestádio. José Wilson tem história.Saber se a cartolagem vai agir.

O PÊNALTIPela segunda vez, o ABC é

tungado dentro de casa com pê-nalti não marcado. Desta vez, ojogador do Bragantino pareciaTande, do vôlei de 1992. Fez o"bloqueio" na área. Fim de SérieB é um perigo com cavilação dearbitragem.

BRONCASe bem conheço Alex Padang

(no meu tempo era Sandro), pre-sidente do América, a cuíca ron-cou para restabelecer a ordem de-

pois dos 4x0. Não basta ficar naSérie B. Tem que manter a pos-tura. Amanhã é o Joinville. Vemsem Leandro Campos, demitidosemana passada.

ELEIÇÃODomingo termina a peleja

eleitoral. É hipocrisia, um lado eoutro mostrando que cada um doscandidatos já formou alianças di-ferentes. Quem, cara pálida, nãoesteve com e contra quem na po-lítica do Rio Grande do Norte?Babacas brigam nas redes sociais.

MEMÓRIAHá 35 anos, Noé Macunaí-

ma, um dos jogadores mais que-ridos do futebol potiguar fez ogol da vitória do ABC sobre aPortuguesa de Desportos no Cas-telão (Machadão) com 15.325 pa-gantes. ABC 1x0.

TIMESABC: Hélio Show; Orlando,

Pradera, Cláudio Oliveira e Vuca;Baltasar, Danilo Menezes e Ma-ranhão Barbudo; Paulo CésarCajá (Noé Silva), Anderson (Mo-reno) e Noé Macunaíma. Portu-guesa: Moacir Cachorrão; Ma-rinho, Beto Lima, Bolívar e Isi-doro; Ademir, Eudes e Enéas;Antônio Carlos, Tata e Valtinho(Alcino).

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]ória dramática do Atlético

ALVINEGRO MINEIRO VENCE POR 3 A 2, COM GOL DA VITÓRIA AOS 46 DO

SEGUNDO TEMPO, REDUZINDO A VANTAGEM DO TRICOLOR CARIOCAA partida do ano. É assim que

alguns especialistas estão classifi-cando a partida entre Atlético Minei-ro e Fluminense, realizada neste do-mingo, no estádio Independência,Minas Gerais. Não era para menos.O Galo conseguiu uma expressivavitória por 3 a 2, e manteve a com-petição indefinida, pelo menos, pormais algumas rodadas. O placar, porsinal, foi definido com um gol deLeonardo Silva, somente aos 46 minda segunda etapa. A vantagem doFluminense sobre o vice-líder, agora,é de apenas seis pontos.

Em um Independência lotado,o jogo foi caracterizado pela fortepressão do Atlético-MG, que, alémdo gol anulado e que gerou muita po-

lêmica, mandou três bolas na trave,duas no primeiro tempo, e teve emDiego Cavalieri um obstáculo. Coe-rente com sua campanha, o Flumi-nense, dominado em boa parte dojogo, foi 'mortal' no contra-ataque eabriu o marcador, com WellingtonNem, aos 10 min. O empate saiucom Jô, aos 23 min, completandobela jogando individual de Ronaldi-nho Gaúcho.

Antes do início do jogo, os pro-testos de torcedores atleticanos con-tra o que consideram benefício das ar-bitragens ao Fluminense tomaramconta. Foram faixas, mosaico e nari-zes de palhaço. Já com a bola rolan-do, alguns torcedores voltaram a exi-bir faixas com dizeres "CBF, vergo-

nha" e outras contra o Superior Tri-bunal de Justiça Desportiva (STJD).

O primeiro tempo foi marcadopela intensa pressão atleticana con-tra o Fluminense, que, cumprindo oque havia afirmado o técnico AbelBraga, não faria nada diferente paraesse jogo. O time carioca atuou fe-chado, contou com defesas impor-tantes do goleiro Diego Cavalieri ecom uma dose de sorte, além da in-tervenção polêmica do árbitro, queanulou gol de Ronaldinho Gaúcho.A única chance da equipe visitantefoi aos 31 min, em contra-ataquepuxado por Wellington Nem, queconseguiu passar por Victor, mas seenrolou e não conseguiu finalizar.

Mas, aos 10 min, a história do

Fluminense ao longo do Brasileirãose repetiu e saiu o gol do líder dacompetição. Foi em um contra-ata-que, em que a bola chegou a Fred,que serviu a Wellington Nem e quecolocou a bola nas redes. O Atléti-co continuou pressionando, cons-ciente que jogava as últimas fichasna briga pelo título nacional e em-patou, com Jô, aos 23 min, e passouà frente aos 36 min levando a torci-da à loucura. Fred empatou aos 36e quando parecia que ficaria tudoigual, Leonardo Silva fez o gol dotriunfo, aproveitando cruzamento deRonaldinho. Depois disso, houveainda um tumulto envolvendo atle-tas dos dois times. Júnior César foiadvertido com o terceiro amarelo.

Wellington Rocha

Segunda-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 22 de outubro de 2012Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

MÚSICA POTIGUAR Um cheiro de novidade e de bons ventos para a música potiguar. É isso que o radar do

Festival Dosol está apontando para a edição de 2012 da atividade, a nona desde que foi cria-do em 2002. Marcado para acontecer nos dias 10 e 11 de novembro, o Festival Dosol emNatal procura investir na novidade. O case da nova geração da música potiguar tem repre-sentantes dos mais diversos universos. Destacamos quatro bandas que nunca se apresenta-ram no festival para nos aprofundar: Far From Alaska, Kung Fu Johnny, Andróide Sem Par(foto) e Son Of a Witch. “O papel revelador e descobridor do festival de música indepen-dente é uma das principais funções desse tipo de atividade. É uma plataforma interessantepara medir desempenhos e evolução dos cenários musicais em cada cidade”, diz AndersonFoca, um dos produtores do Festival Dosol. O Festival Dosol acontece em São Paulo, Natal,Mossoró e Caicó dos dias 02 de novembro a 02 de dezembro.

LANÇAMENTONesta quinta-feira, dia 25, apartir das 19h, na UNI-RN,uma das filhas do grande pen-sador e humanista Otto deBrito Guerra, Zélia Maria Sea-bra de Moura, vai lançar o livro“Otto Guerra – Traços e refle-xos de uma vida” que é umareunião de textos importantessobre seu pai que, se vivo es-tivesse, haveria completado100 anos no último mês dejulho. O livro será lançado peloselo “Bons Costumes”, divi-são da Jovens Escribas parapublicações por encomenda.

CIENTECA XVIII CIENTEC - Semanade Ciência, Tecnologia e Cul-tura - começa nesta terça-feira(23), às 9h da manhã no audi-tório da Reitoria da UFRN.Todas as informações a respei-to do evento, programação,mapas e dúvidas podem ser en-contradas no site oficial doevento: www.cientec.ufrn.br

LITERATURA POTIGUARO V Encontro Potiguar de Escritores

– V EPE acontece de 29 a 21 de outubro,na Academia Norte-Rio-Grandense de Le-tras – ANL (Rua Mibipu, 443 –Petrópo-lis) e conta com uma programação das 9hàs 18h. Grandes nomes da literatura po-tiguar já confirmaram presença, entre eles,Zelma Furtado, Kacianni Ferreira, Eduar-do Gosson, Anna Maria Cascudo Barre-to, Diógenes da Cunha Lima (foto); Flau-zineide Moura Machado, Juliano Freire deSouza, Salizete Freire Soares; TarcísioGurgel, Manoel Onofre Jr e Lívio Alvesde Oliveira.

HOJEAcontece a exposição

"Minuanos, Guerreiros dosVentos", com obras feitas

pela artista plástica Ana An-tunes em conjunto com alu-nos ceramistas do seu atelier,

na Pinacoteca do Estado(Praça 7 de Setembro, Cida-de Alta). O horário de visita-

ção é das 8h às 17h. ‘ ’FRASE DA SEMANA

“Porque eu fazia do amor um cálculo matemáticoerrado: pensava que, somando as compreensões, eu

amava. Não sabia que, somando as incompreensões éque se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter

tido carinho, pensei que amar é fácil”.Clarice Lispector

O JORNAL DE HOJE - MarcelaMartins, como começou o gostopela arte de cozinhar? Teve algu-ma influência familiar?

MM - Desde pequena (na cida-de em que nasci, Rio de Janei-ro) eu via a minha madrinha co-zinhar e fazer bolos confeitadospara festas de 15 anos, muitosdoces e salgadinhos também,além de ter um feijão com arrozmuito bom. Nesse convívio as-sisti a muitos programas de tvque ensinavam receitas e acabeigostando de reproduzir algumasdelas quando tinha uns 10 anosde idade. Em Natal, na mesmaépoca que ingressei na faculda-de para o curso de História(UFRN 2003), eu decidi entrarno curso de Cozinheiro Profis-sional do SENAC-RN. Foi umafase ótima, com o dinheiro dabolsa de pesquisa que eu ganha-va paguei todo o meu curso. Em2006 quando terminei fui convi-dada a dar algumas aulas noHotel Escola Senac BarreiraRoxa, foi lá que tudo começou,eu ensinava História da Alimen-tação e logo depois passei a en-sinar em várias disciplinas detécnicas e práticas. Passei doisanos e meio ensinando no

SENAC e depois disso entreipara a vida acadêmica no cursosuperior de Gastronomia da UNPem 2008.

O JORNAL DE HOJE - Dizemque a o ato de cozinhar tem umaforte ligação com a arte. É issomesmo?

MM - Certamente é uma arte,pois pensar e elaborar um pratoque satisfaça os sentidos, as ne-cessidades e a alma é fazer arte!É como se nós pensássemos emuma tela de quadro simplesmen-te branca e tentássemos preen-che-la com as mais belas corese formas.

O JORNAL DE HOJE – É im-portante fazer bons cursos paraser uma boa Chef?

MM - Sim, acredito que os cur-sos nos direcionam para as me-lhores técnicas, o melhor estiloe até o próprio estilo. Porém, sevocê não tem como ir a boas es-colas deve dedicar-se a estudarconstantemente mesmo que so-zinho. Digo isso porque eu sófrequentei uma escola básica decozinha (educação profissional),não tive muitas oportunidadesde fazer outras escolas ou cursos

no exterior, uma vez até organi-zei um grupo de alunos para iremestudar uns meses na Espanha eacabei ganhando uma bolsa, masnão pude ir por causa do traba-lho que eu não queria deixar. Es-tudar no SENAC Barreira Roxafoi muito importante, pois eu souo que sou hoje porque passei porlá, depois fiz outros cursos cur-tos em Natal mesmo, mas pro-curo sempre viajar e conhecer aculinária de outros lugares poisé fundamental para o desenvol-vimento de um bom cozinheiro.

O JORNALDE HOJE – Um cheftem que realizar um trabalho con-tínuo de pesquisa? Por que?

MM - A pesquisa faz parte dequalquer desenvolvimento deideia, ela alimenta a criativida-de do indivíduo. Sendo assimum chef de cozinha que sempreprecisa criar novos pratos e re-ceitas precisa viver pesquisan-do os ingredientes disponíveis.Buscar novas ideias para prepa-rar os alimentos é uma pesquisaeterna.

O JORNAL DE HOJE - O temado festival este ano é “A Macaxei-ra, rainha do Brasi” fale pra gente

um pouco sobre isso?MM - O festival sempre traz umingrediente regional para ser otema principal e isso é muitolegal, porque aumenta a visibi-lidade daquele iten dentro dosrestaurantes e também no co-mércio local. "AMacaxeira, rai-nha do Brasil" é um tema que nosremete aos estudos do grandeLuis da Câmara Cascudo, norte-riograndense que falou muitobem sobre nossa alimentação naobra "História da Alimentaçãono Brasil", de onde vem o títu-lo de "Rainhda do Brasil" queusamos também na palestra deabertura do festival. Esse itemestá presente na dieta de norte asul do país, desde a chegada dosprimeiros portugueses podemosencontrar registros dessa raíz tãosaborosa nas panelas. É um pro-duto versátil e de fácil manipu-lação, pode ser muito bem apro-veitado em várias receitas nãosó salgadas como doces, seussubprodutos como a goma de ta-pioca, farinhas e caldo fermen-tado (tucupi), chegam a ser igua-rias em alguns pratos da nossacultura.

O JORNAL DE HOJE – Qual a

importância de um evento como oFestival Gastronômico de Pipa?

MM - O Festival Gastronômicoda Pipa foi o evento precursor noestado do RN que incentivou avalorização da culinária e dagastronomia regional. Semprereuniu pessoas do ramo comochefs, restaurantes, empresáriose instituições de ensino para de-bater ideias novas sobre nossosingredientes e as técnicas. Trou-xe em vários momentos a opor-tunidade de mostrar novos ta-lentos ao mercado com os con-cursos, além é claro de atrairpara a Pipa um turismo maisvoltado a aproveitar a cidademuito além das belas praias. OFestival promoveu a qualifica-ção dos profissionais de cozi-nha da Pipa, a diversificação decardápios a medida que elegeutemas para cada ano e tambémtrouxe (e traz) uma injeção paraa economia local com o fluxo devisitantes e hóspedes.

O JORNAL DE HOJE - Comovocê define a sua cozinha? Comouma contemporânea? Regional?

MM - Eu não nasci e nem cres-ci no nordeste, mas amadurecinestas terras ricas do litoral ao

sertão. Fui conhecendo e me in-teressando pela cozinha produ-zida aqui e hoje posso confes-sar que me dedico muito maisa vertente regional. Porém, euprocuro sempre sair da mesmi-ce, vou em busca das melhorestécnicas para os ingredientes emuitas vezes, reproduzo umareceita típica de uma maneiramais singular, contemporânea.Diria então que amo a cozinharegional, seus queijos, natas, ca-marões e carnes de sol, mas pro-curo trazer as referências do pas-sado com uma nova roupa e al-gumas poeiras.

O JORNAL DE HOJE - O quevocê falaria para quem quer in-gressar nesta carreira?

MM - Para ser chef de cozinhaprimeiro terá que ser um ex-celente cozinheiro, para issoé preciso dedicação e ousadia.É importante saber desde oprincípio que a profissão é99% trabalho e 1% "glamour",por isso HUMILDADE é fun-damental. Ser chef de cozinhaé um cargo e ser cozinheiro éuma paixão, é preciso ser apai-xonado e dedicado para abrirmão de todas as festas, feria-dos, encontros com os velhosamigos e noites inteiras desono. O ramo da alimentaçãoo Brasil cresce diariamentecom muitas oportunidades, ecom a formação ideal o jovemingressante desta carreira podetirar muito proveito da gastro-nomia na cena atual do esta-do do RN.

O JORNAL DE HOJE - Quaissão seus planos futuros?

MM - Eu sou e serei eternamen-te professora de cozinha, pois éisso que eu amo fazer, mas agorajá que moro no segundo pólo na-cional da gastronomia - Recife /PE - estou estudando o merca-do para abrir uma empresa pró-pria para alguns produtos queestou criando. Quero continuarviajando para conhecer novoslugares, culturas e alimentos,também quero voltar para o 9ºFestival Gastronômico da Pipaem 2013 (risos).

“A MACAXEIRA, RAINHA DO BRASIL”DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

O Festival Gastronômico da Pipa chega a sua oitava edição com um gos-tinho especial. Além de valorizar a culinária típica do Rio Grande do Nortee aprimorar o conhecimento técnico gastronômico dos profissionais locaise o de divulgar o destino turístico, tudo isso enfatizando sempre a culturalocal e contribuindo significativamente para o desenvolvimento socioeconô-mico, ainda homenageará o Rei do Baião, o Mestre Luiz Gonzaga.

A abertura desta edição teve um toque a mais com a preparação emum enorme tacho, já tradicional no evento, de um “Baião de dois” coman-dado pela Chef Marcela Martins, com a presença de renomados profissio-nais da gastronomia e que foi degustado pelos presentes. Toda a arreca-dação da venda das porções será revertida para o Projeto Afeto.

O Festival Gastronômico da Pipa é realizado na Praia da Pipa, desde2004, e se confirma como um dos principais atrativos do lugar. O eventoconta com a participação de mais de 50 estabelecimentos locais e é umaimportante iniciativa para a promoção do turismo local e a valorizaçãoda cultura regional, movimentando em torno de 20 mil pessoas durante osdias de sua realização.

A programação segue diversificada até o dia 28. Serão realizados o Con-curso Gastronômico; oficinas para adultos e crianças; Concurso de NovosTalentos; apresentações culturais; degustações, além de várias apresenta-ções culturais. Se quiser conferir a programação completa consulte o sitewww.festivalgastronomicodapipa.com. O JORNAL DE HOJE entrevistou ahistoriadora e Professora de Gastronomia Marcela Martins. Confira!

Fotos: Divulgação

COM ESTE TEMA, O 8º FESTIVAL GASTRONÔMICO DA PIPA ACONTECE ATÉ O DIA 28 DESTE MÊSDivulgação

Segunda-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012 Cultura

Canal 1POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery /[email protected] / http://twitter.com/flavioricco

BATE-REBATE

Workshops de “Chiquititas”não são autorizados pelo SBTEscalação de novela, sempre foi uma coisa delicada, porque os interes-

ses em jogo, via de regra, prevalecem no momento da escolha. Talento,

apenas, não é suficiente.

Não bastasse isso, outros cuidados são necessários para impedir a

ação daqueles que tentam tirar algum proveito da situação.

É o que, mais uma vez, acontece agora.

Tem gente do próprio SBT usando indevidamente o nome e até o logo

da emissora na promoção de workshops que, segundo os seus realiza-

dores, podem servir como porta de entrada para o elenco de

“Chiquititas”. Embora não se coloque como algo absolutamente garan-

tido, também não deixa de provocar uma falsa ilusão. É recomendável,

inclusive, que os pais dessas crianças procurem saber onde estão

enfiando os seus filhos.

Até para que este mal não cresça e se evitar o aparecimento de novas

vítimas, está na hora da própria direção do SBT se mexer e tomar as

medidas cabíveis ao caso. Ninguém pode ser solidário ou fazer vistas

grossas a um tipo de situação como esta.

w Sonia Abrão convida para o lan-çamento do seu livro “Homensque Somem”, quarta-feira, na Li-vraria Cultura do Conjunto Na-cional.w Fábio Ramalho, o repórter daRecord Rio, que às vezes se perdepelo regionalismo, está agora pres-tando serviços na emissora de SãoPaulo.w Só não se sabe se essa mudan-ça é definitiva ou não.w A TVE, de Porto Alegre, é aprimeira emissora brasileira atransmitir um quadro fixo apre-sentado por jornalista com baixa

visão.w Trabalho designado para a jor-nalista e mestre em letras, Maria-na Baierle, antiga companheira doCorreio do Povo.w A propósito de Porto Alegre, osíndices de violência da cidadeainda não são semelhantes aos deSão Paulo e Rio, mas crescerammuito nos últimos tempos.w Causou surpresa em todos as en-trevistas concedidas por autorida-des da segurança, preocupadas edando palpites sobre o assassina-to de “Avenida Brasil”.w Com tanta coisa pra fazer.

C´EST FINIO SporTV, até para preservar o profissional, deveria evitar a es-calação do narrador Luiz Carlos Jr. em jogos do Fluminense se-guidamente.As críticas a ele se acentuaram demais nos últimos tempos.Carlos Casagrande foi desfilar em Angola, mas hoje, segunda,já estará de volta ao Brasil, para acompanhar a exibição do do-cumentário “AArte de Interpretar – ASaga da Novela Roque San-teiro”, em São Paulo.Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

NOVA DAS NOVEEm “Salve Jorge”, estreia de hoje na Globo,

Yanna Lavigne faz Tamar, jovem que vive em uma al-deia na Capadócia. Ela vai se envolver com Demir,

personagem de Tiago Abravanel.

TV - TUDO>>

Leão 22/07 a 22/08Dia de mudança lunar emsigno que comanda o traba-lho, o dever e a responsabili-

dade. Emas que para você pesam nahora de decidir por uma tarefa, um tra-balho. Deixe o orgulho de lado, mas sópegue pra fazer o que vale de verdade!

Virgem 23/08 a 22/09A Lua crescente de hojeocorre em um signo irmão

do seu, o que é bom sinal. E é o signoda responsabilidade e da confirmaçãode um papel social. Da oficialização deum sentimento que tem crescido emseu coração.

Libra 23/09 a 22/10Emoções em ritmo bemoscilante nesta Lua cres-cente - ela ocorre em seu

signo, e abala um pouco suasaúde, suas relações com parentese pessoas íntimas. É a vez delas deimpor algumas condições e fazercer tas cobranças.

Escorpião 23/10 a 21/11Nas ultimas semanas vocêtem ficado meio de lado, a

margem - e algumas perguntas ficaramsem resposta sobre o porquê disto.Agora elas chegam com a Lua cres-cente e por todos os meios. Mantenhao otimismo acima de tudo!

Áries 21/03 a 20/04O Sol e a Lua em signos cardi-nais, como o seu, formam aLua crescente que promete

desafiar seus propósitos profissionais,sua imagem externa, algumas ambições.Até que ponto você segue com alguém,sem abandonar uma meta?

Touro 21/04 a 20/05O tempo medido pelas fasesda Lua representam o desdo-bramento de uma ideia, de

uma proposição. A de agora, tem a vercom testar o equilíbrio de suas rela-ções de trabalho. Que força possuemsuas crenças e sua fé?

Gêmeos 21/05 a 20/06Um grande amor faz qual-quer um brilhar mais! Paravocê, agora, a charada é

como tornar real as ideias queambos tiveram, como e se somar osrendimentos e o dinheiro para con-quistar algo juntos. É a Lua crescen-te em Capricórnio!

Câncer 21/06 a 21/07Você tem sido uma presençaconstante na família? Sabe

agregar seus queridos em torno deuma festa, ou uma data significativa.Mas e o seu parceiro, o que acha destetempo gasto nisso? É preciso ser rea-lista agora.

Sagitário 21/11 a 21/12Hoje, antes do Sol deixar oequilibrado signo de Libra,

forma com a Lua o aspecto que colo-ca as coisas em movimento - a Luacrescente! Dia de meditar sobre oque tem feito com seus talentos edons. Emprega-os bem?

Capricórnio 22/12 a 21/01Sua saúde pode ser ogrande tema do dia - afinal,

com a crescente lunar ai colocada,sobra pouco lugar para tratar deoutros assuntos. Filtre os objetivosque pode ou deve alcançar segundoa sua capacidade de cumpri-los.

Aquário 21/01 a 19/02Sua fé não é bastante paradar um sustento espiritual

a sua solidão, ao seu retiro, mui-tas vezes não desejado? Pensenisto e reveja suas posições, esteé o recado da Lua crescente dehoje! E vale fazer o bem sem olhara quem.

Peixes 20/02 a 20/03Ambivalências não terão veznesta semana - a Lua crescen-

te em um signo tão racional quantoCapricórnio não admite meias luzes,posições vagas. É radical suficiente paraempurrar você a escolhas necessárias,ainda que não curta muito.

HORÓSCOPO

CINEMABUSCA IMPLACÁVEL 2- (14 Anos)MOVIECOM 1 – Hora:16:40 /20:40; Hora: 15:40 / 17:40 / 19:40/ 21:40 (Sáb e Dom)

NA ESTRADA - (16 Anos)MOVIECOM 2 - Hora:20:00;Hora: 18:15; 21:00 (Sáb e Dom)

O DIÁRIO DE TATI - (Livre)MOVIECOM 2 - Hora:16:20;Hora:14:30 / 16:20 (Sáb e Dom)

A ENTIDADE - (14 Anos)

MOVIECOM 3 – Hora:19:10 /21:30 (Sáb e Dom)

E AVIDACONTINUA... - (10 Anos)MOVIECOM 3 - Hora:15:00 /17:00 (Sáb e Dom)

ATIVIDADE PARANORMAL 4 -(14 Anos)MOVIECOM 4 - Hora:15:15 /17:25 / 19:35 / 21:45 (Sáb e Dom)

TED - (16 Anos)MOVIECOM 5 – Hora:16:10 /20:50; Hora: 16:10 / 18:30 / 20:50

(Sáb e Dom)HOTEL TRANSILVÂNIA - (Livre)MOVIECOM 6 - Hora: 15:50 /20:10; Hora:14:40 / 16:50 / 19:00/ 21:10 (Sáb e Dom)

ATÉ QUE A SORTE NOS SE-PARE - (12 Anos)MOVIECOM 7 – Hora:15:30 / 19:50;Hora: 15:30 / 17:40 / 19:50 (Sáb e Dom)

OBS: A aprogramação pode seralterada sem prévio aviso.Favor consultar o cinema paraconfirmar o filme do dia.

w DONA XEPA – 1Ivan Zettel, que há bem poucos diasterminou “Rebelde”, foi definidopela dramaturgia da Record paradirigir “Dona Xepa”.Ainda neste começo de semana,serão realizadas reuniões com oautor Gustavo Reiz para estabele-cer o esquema de trabalho.

w DONA XEPA – 2A Record pretende com ”DonaXepa” dar início à produção de no-velas mais curtas.Serão 80 capítulos no máximo. Asua estreia está prevista para mea-dos de março, na faixa das 20h30,quando terminar a “Fazenda deVerão”.

w ESTREIAGlória Perez e elenco irão acompa-nhar juntos a estreia de "SalveJorge" na noite desta segunda-feira.

Ainda não se sabe o local, mas seráprovavelmente em uma churrasca-ria do Rio. A propósito disso, ob-jetiva como sempre, a autora fazquestão de definir o primeiro capí-tulo da novela em três palavras:lindo, forte e envolvente.

w PROBLEMA NO SBT – 1A construção daquele que prome-te ser o maior heliporto do Brasilpode se transformar no maior pro-blema que o SBT enfrentou atéagora. A obra, uma iniciativa doempresário Cesar Parizotto e quejá está em andamento, fica bem aolado da sede da emissora, em Osas-co, e o seu funcionamento, quandoestiver operação, irá comprometera qualidade de todos os programaslá realizados.

w PROBLEMA NO SBT – 2Os estúdios da Anhanguera foram

construídos com o que havia demais moderno na ocasião, meadosdos anos 90, inclusive com o queexistia de melhor em blimpagemacústica.Houve, inclusive, o cuidado de seinstalar portas inglesas nos estú-dios. O problema é que o forro denenhum dos 8 estúdios existentes re-cebeu qualquer tipo de proteçãocontra ruído.

w PROBLEMA NO SBT – 3A direção do SBT, além de colocarmatérias contrárias a esta constru-ção nos seus telejornais, como ocor-reu no “SBT Brasil” do último dia8, também tem procurado o auxí-lio de autoridades no assunto, alémde promotores e do próprio prefei-to de Osasco.Na paralela dessas providências, oantigo superintendente de engenha-ria, Alfonso Aurin, que há cerca de

10 anos deixou a emissora, foi cha-mado a colaborar, também por serum especialista nessa coisa de he-licóptero.

w RESUMINDO A ÓPERAEsse negócio de helicóptero no SBTsempre foi problema. Não é de hoje.Para se ter uma ideia, as últimasaeronaves, de propriedade da emis-sora, foram leiloadas também hámais de dez anos.

w NO EMBALOUma diferença importante começaa saltar aos olhos de quem acom-panha as coberturas policiais noRio e em São Paulo.Enquanto os profissionais cariocassempre vão a campo e se colocammais próximos de todos os aconte-cimentos, os paulistas resolveramoptar pelo uso de helicópteros.Quanto mais alto, melhor.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 22 de outubro de 2012Cidade

Os alunos da Escola EstadualSupletivo Lia Campos, no Ale-crim, liderados pelo professor Ro-gério Câmara, vêm trabalhandoem um programa de educação am-biental, onde reaproveitam o óleode cozinha usado para a fabrica-ção de sabão em barra. A inicia-tiva surgiu por meio do ProgramaSOS Mangue, que é orientado porRogério Câmara com o biólogoGilson Cassiano e do coordenadordo projeto, José Cassemiro Feli-pe. O trabalho, que começou noano de 2006 em uma escola pú-blica do Natal, se expandiu e pas-sou a se introduzir no interior doEstado.

O projeto contempla, aproxi-madamente, 250 alunos da Esco-la Lia Campos, que começou comintuito de educar e aos poucosvem se tornando referência entreas escolas. Segundo o professor,esta é uma forma de ensinar quí-mica, física e matemática pormeio deste processo de fabrica-ção. "Hoje temos aqui no proje-to aproximadamente 250 alunosque vêm aprendendo várias disci-plinas por meio deste projeto,onde eles mesmos economizamdinheiro na compra de sabão, poisem um supermercado nós com-pramos um pacote de sabão embarra de 450 gramas por seis reaise aqui com cinco reais a pessoapode fazer aproximadamente seisquilos de sabão", explica.

Além da economia, os alunosaprendem também a preservar omeio ambiente, pois segundo obiólogo Gilson Cassiano, o óleodespejado polui os lençóis freáti-cos, além de retirar o oxigênio deplantas e animais que vivem em-baixo do solo; já na água umagota de óleo polui 150 litros deágua. Outro ponto é que o nossosabão é um produto biodegradá-vel. "Aqui estamos criando entreos alunos uma consciência am-

biental de não jogar o óleo no soloe nem na água, pois os efeitos sãomuito graves, além de criar umproduto que não afeta o solo eainda serve como fonte de renda",comenta.

O coordenador José Cassemi-ro Felipe explicou que este traba-

lho é feito em vários municípios doRio Grande do Norte e tambémem unidades prisionais. "Hoje,nosso trabalho está nos municí-pios de Cana Brava, Poço Branco,Ipanguaçu, Caicó, Mossoró e tam-bém em presídios, onde os presostiram sustento a base de fabricação

de sabão. O processo é simples ede aprendizagem rápida, fazendocom que todos possam fabricar oseu próprio sabão", comenta.

A equipe do professor iráapresentar o processo na Semanade Ciência, Tecnologia e Cultura(Cientec), promovida pela UFRN.

Eles fabricarão o sabão e estarãodistribuindo aos participantes dafeira. Quem quiser doar óleo decozinha pode entrar em contatocom o professor Rogério Câma-ra no telefone (84) 8706-0573 oucom o biólogo Gilson Cassianono (84) 8702-3569.

A partir de amanhã, a Univer-sidade Federal do Rio Grande doNorte promove a 18ª Semana deCiência, Tecnologia e Cultura(Cientec). O evento aconteceanualmente com a participação in-tegrada de pesquisadores, docen-tes e alunos, expondo os princi-pais fundamentos das atividadescientíficas, tecnológicas e cultu-rais da Universidade, buscando,dessa forma, uma interface com asociedade.

Por meio da Cientec, a UFRNoferece um espaço de troca de co-nhecimento e do diálogo de ideias,organizadas em inúmeros pavi-lhões que abrigarão exposições in-terativas e multidisciplinares, en-focando as produções dos CentrosAcadêmicos e dos Órgãos Especia-lizados e Suplementares e dosEventos Acadêmicos, como con-gressos, seminários e exposiçãode banners. O evento também ofe-rece programação cultural com aapresentação de uma grande quan-tidade de espetáculos de dança,música, corais e cinema, compon-do a moldura artístico-culturaldesse evento de grande relevânciapara uma interação entre a Uni-versidade, seus parceiros e a socie-

dade em geral.Este ano a UFRN escolheu

como tema da Semana de Ciên-cia, Tecnologia e Cultura 'Energias:Sustentabilidade, desenvolvimen-to e seus impactos', demonstrandoamplo interesse em se fazer presen-te, incentivando iniciativas volta-das para a reflexão e o desenvol-vimento desse campo de pesquisa,aproveitando o potencial do esta-do do Rio Grande do Norte nosdomínios das energias eólica, solare originária da biomassa.

Por ser o "ano da energia sus-tentável para todos", proclamadopela União das Nações Unidas econsiderando a realização da Con-ferência das Nações Unidas sobreDesenvolvimento Sustentável,Rio+20, no Brasil, várias entida-des, incluindo a UFRN, vêm seincorporando a esse movimento,tendo em vista a importância do tó-pico para a humanidade a curto ea longo prazo.

A 18ª Cientec vai abrigar trêsgrandes eventos: a feira da Cien-tec, a Reunião acadêmico- cientí-fica e os eventos culturais. A feirada Cientec enfoca as produçõesdos Centros Acadêmicos e dos ór-gãos especializados e suplemen-

tares, como também estabeleceuma interface e interação com asociedade, envolvendo empreende-dores locais, pesquisadores de ou-tras instituições públicas: federais,municipais e privadas. Na Reu-nião Acadêmico-Científica serãorealizados os eventos acadêmicos,Congressos, Seminários, Oficinas,Cursos e exposição de Banners. Epor fim, os eventos culturais irãopromover a produção e a integra-ção acadêmico-cultural, abarcan-do eventos artísticos, como apre-sentações e exposições, e suas dis-cussões pedagógico-culturais vin-culadas.

Com essa organização, aUFRN possibilita a articulação dasdiferentes unidades de produçãode ciência, tecnologia e cultura,evidenciando o que a UFRN temdesenvolvido de forma articuladano Ensino, Pesquisa, Extensão eprodução cultural.

A Semana de Ciência, Tecno-logia e Cultura da UFRN (Cien-tec), será realizada do dia 23 a 27de outubro, na Praça Cívica doCampus Central. As mostras sãoabertas ao públicos como formade entretenimento conjunto comconhecimento.

Óleo de cozinha usado vira sabãoBOA NOTÍCIA: FEITURA DO PRODUTO ENSINA MATEMÁTICA, QUÍMICA E FÍSICA, ALÉM DE PROTEGER O MEIO AMBIENTE

Mistura é colocada na caixa de papelão revestida com plástico e o método para a fabricação do sabão será apresentado na Cientec, que começa nesta terça-feira

SAIBA COMO FAZER SABÃO EM CASA:

INGREDIENTES:

1 Kg de soda cáustica em

escamas

2 litros de água

5 litros de óleo

1 peneira

2 baldes

1 caixa de papelão cortada

envolvida em plástico

1 colher de madeira

Luvas descartáveis

Máscara

PREPARO:

O processo de fabricação é

simples. Primeiramente, se

mistura a água e a soda cáusti-

ca em um dos baldes (que qui-

ser acrescentar amaciante de

roupas para perfumar), em

seguida se coloca em outro

balde o óleo de cozinha penei-

rado; depois, colocar os cinco

litros se mistura a junção da

soda cáustica com água, sem-

pre mexendo e quando o liqui-

do se tornar espesso e ficar

difícil de se mexer, é hora de

colocar na caixa revestida.

Após dez minutos deve se cor-

tar o bloco com uma faca para

dividir os tabletes. E em uma

hora já pode se retirar os blo-

cos prontos.

> CIÊNCIA, TECNOLOGIA E CULTURA

UFRN: começa amanhã a 18a edição da Cientec

Cientec 2012, na UFRN, abrigará três grandes eventos: a Feira, a reunião acadêmico-científico e as ações culturais

Herácles Dantas

José Aldenir

Érika [email protected]

Cidade Segunda-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 22 de outubro de 2012

Moda & AtitudeAh, quer saber...Mário Barreto recebeu amigos em torno de Jota OliveiraO empresário Mário Barreto reuniu um gruporestrito de amigos em torno do compadreJota Oliveira, como também para assistir aoúltimo capitulo da novela global AvenidaBrasil, que literalmente parou o país.

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Anfitrião mais que perfeitoComo um perfeito anfitrião que é, Máriodeixou todos à vontade, servindo um bomtinto, prosseco e whisky, além de várias en-tradinhas que já são a marca registrada dele.Depois da novela, soltou sua seleção musi-cal super eclética que animou todos, for-mando até uma improvisada pista de dança.Enfim, uma noite, como diz Jota Oliveira“de dez”.

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Natura por pertoNatal foi contemplada pela Natura como oprojeto Natura por Perto, uma carreta com85m ficou estacionada no pátio do eventoque serviu de camarim para quem quisessedesfrutar dos produtos da Natura. Consul-toras, perfumier e maquiador à disposiçãopara uma noite inesquecível.

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Presença da perfumier Eliana MazieroNa sexta-feira foi oferecido um coquetelpara imprensa. A carreta, que é uma espe-cie de motorhome, até auditório possui. Im-pressionante. Aperfumier Eliana Maziero ex-plicou as diferenças do grau de fixação decada tipo de perfume e como devemos apli-car cada um. Falou ainda que a Natura é umadas 24 empresas no mundo que possui per-fumista exclusiva.

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Dicas de maquiagemA Natura também trouxe para Natal o ma-quiador Tiago Birolini, que deu dicas demaquiagem e tendências para o verão. Aprincipal dica de Tiago é que toda mulherdeve se sentir bem e, a partir desse concei-to, toda e qualquer maquiagem será apro-priada. Ele lembrou que o bom senso tam-bém deve prevalecer. Batom vermelho podeser usado tanto de dia quanto a noite. Olhospretos e bem esfumaçados deve ser usadosà noite.

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O evento da Dermage é hojeHoje, a partir das 19h, a empresária FátimaJales receberá clientes e amigos na sua Der-mage, que fica no CCAB- Petrópolis. Even-to que contará com a presença do maquia-dor oficial da marca Denis Proença, queri-dinho das celebridades. Imperdível, estare-mos lá!

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Ana Cláudia Couto inaugura a FlorbellaA querida empresária mega competente efashion Ana Claudia Couto terá a semanacheia de comemorações em torno da suaFlorbella. Completamente diferente de tudo,ela vai promover uma semana inteira defestas a partir desta terça-feira.

A quarta-feira na Florbella será para osconvidados do Moda & AtitudeO Moda & Atitude, coluna e programa, teráum dia exclusivo para receber seus leitorese telespectadores. Portanto se sintam, desdejá, convidados para conhecer a nova cole-ção da Florbella. Estaremos lá, esta colunis-ta e Victor Hugo Damasceno, atendendo acada um, prestando consultoria e tirandotodas as dúvidas do Verão 2013, assim comomostrando todas as peças bacanérrimas, quejá vimos e nos apaixonamos.

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Fashion BusinessEloysa Simão anuncia que o Fashion Busi-ness tem um novo calendário para o even-to que começa no dia 06 e segue até 09 denovembro, em São Conrado, Rio de Janei-ro. Daqui de Natal várias marcas irão par-ticipar, traremos detalhes...

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"Casa cheia" na abertura do 8º FestivalGastronômico da PipaFoi com grande público e muito sabor queo Festival Gastronômico da Pipa declarouaberta sua oitava edição, nesse último sába-do (20). A noite de abertura contou com apreparação, na praça central da Pipa, de um"panelaço" de Baião de dois, comandadopela Chef Marcela Martins, homenageandoo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, com a par-ticipação dos Chefs Tadeu Lubambo, LulaCabral, Rivandro França, Arthur Coelho,mestre de cerimônia do evento, e FabrisaSilva. O Baião de dois foi vendido em por-ções a preço simbólico e toda a renda ad-quirida foi revertida para o projeto Afeto, vol-tado para pessoas com deficiência (www.pro-jetoafeto.com.br).

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SucessoOs organizadores Cláudio Freitas e NormaFagundes comemoraram a volta do FestivalGastronômico da Pipa e agradeceram a todosos parceiros e voluntários do projeto. "Écom muita alegria que anunciamos a voltado Festival Gastronômico da Pipa, a aber-tura desta edição, com casa cheia. Somosmuito gratos a todos os nossos amigos par-ceiros, que sempre acreditaram no evento eque, mesmo voluntários, fazem de tudo paraque ele aconteça", declarou Cláudio Freitas.Norma completou: "O Festival é feito simpara os visitantes, turistas, mas é realizadoprincipalmente para o nosso povo, que tantomerece uma festa cultural como essa".

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A macaxeira, rainha do BrasilA macaxeira também foi destaque na aber-tura do Festival. A Chef Marcela Martins eos Chefs convidados Rivandro França e Fa-brisa Silva apresentaram a palestra "A ma-caxeira, rainha do Brasil", com degustaçãode diversos produtos. Essa iguaria é tema esteano do Concurso Novos Talentos, que en-volve estudantes de Gastronomia de insti-tuições do RN. Na programação cultural,animou a festa o DJ Mateux, mais uma vezhomenageando o mestre Luiz Gonzaga, como repertório Gonzaga Eletrônico.

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O festival segue até o dia 28 de OutubroA oitava edição do Festival Gastronômicoda Pipa segue com atividades gastronômi-cas e culturais para todas as idades até o dia28 de outubro. Agora, é só chegar e degus-tar! Outras informações podem ser obtidascom Cláudio Freitas, coordenação geral:(84) 9988-6781.

Até amanhã

Flavia Diniz no camarote do Mada

Lu Benfica eJosé Samico foramconferir os shows

do Mada

Fotos: Divulgação

Natura no Mada: a coordenadora de imprensa da Natura para oNordeste, Luciana Carvalho, a perfumier Elina Maziero, a jornalista Janaína Amaral e o maquiador Tiago Birolini

Sucesso no Festival Gastronômico da Pipa

Na casa de Mário Barreto: Fred Queiroz/estacolunista com Jota Oliveira

Noite do Tufão: Mário Barreto e Jota Oliveira Simone Aguiar,Jota Oliveira, Cassinha Pontes e Lu Toscano

Roberta Pimenta em noite de NaturaClaudinha Rocha e Bebeto Torres

O maquiador da Dermage, queridinho das cele-bridades, estará logo mais na Dermage ao ladode Fátima Jales recebendo clientes e amigos

Bobflash

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