FLIP 25/02/2013

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Segunda-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 25 DE FEVEREIRO DE 2013 Nº 4.572 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 1,97 Dólar turismo R$ 2,04 Dólar/Real R$ 1,97 Euro x real R$ 2,59 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,25% INDICADORES: ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 Élida Mercês Kelps Lima Ailton Salviano Ana Luíza Rabelo Spencer Roberto Cardoso Anísio Marinho Neto Fazer parte do semiárido devia ser um ponto positivo para a economia rural do RN. Marcos A. de Sá Página 7 Estado democrático começa a fugir das mãos de ferro dos governos conservadores. Vicente Serejo Página 13 Prefeitura deve finalizar esta semana relatório de transição para entregar a TCE e MPE. Danilo Página 11 Vivaldo defende publicamen- te o afastamento do PMDB em relação ao Governo Rosalba. Túlio Lemos Página 3 Picuinha entre órgãos federais trava exportação e importação no Aeroporto Augusto Severo DESDE 2009, INFRAERO E MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DISCUTEM QUEM DEVE PAGAR PELO SERVIÇO DE INTERNET . SEM ACORDO, O RN SAI PERDENDO > ECONOMIA PREJUDICADA ECONOMIA 7 Produtores rurais do Estado revelam prejuízo, angústia e pouca esperança > “RETRATOS DA SECA” José Aldenir Cemitérios de animais são comuns em todos os municípios visitados pela expedição da Federação da Agricultura, que em três dias percorreu 1,2 mil km do interior do RN CIDADE 9 E 14 Wellington Rocha Desde sábado nenhum produto de origem animal/vegetal pode entrar ou sair do RN via aeroporto > PENÚLTIMA RODADA ESPORTE 15 Santa Cruz conquista vaga na Copa do Brasil e 1 a fase do Estadual José Aldenir Já no prédio do Núcleo de Custódia, superlotação e terceira tentativa de fuga este ano > CRISE NA BASE GOVERNISTA POLÍTICA 3 Aliado de Rosalba diz que PMDB “prejudica” e defende rompimento > CARNAVAL 2013 POLÍTICA 5 Prefeitura de Macau gastou R$ 1 milhão com trios elétricos CIDADE 10 > INSTALAÇÕES PRECÁRIAS Servidores da Polícia Civil e Itep conseguem sair do Ciosp Natal EQUIPE DA POLÍCIA MILITAR CONTINUA NO LOCAL, APESAR DAS RECLAMAÇÕES > “RISCO MUITO ALTO”... Fórum é criado, mas agentes estão sem condições de trabalho CIDADE 6 Ações de combate à dengue ainda não começaram em Natal Wellington Rocha

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Cidade, economia, esporte e cultura

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Segunda-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 25 DE FEVEREIRO DE 2013 w Nº 4.572

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 1,97Dólar turismo R$ 2,04Dólar/Real R$ 1,97

Euro x real R$ 2,59Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7,25%

INDICADORES:

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

Élida MercêsKelps Lima

Ailton SalvianoAna Luíza Rabelo Spencer

Roberto CardosoAnísio Marinho Neto

w Fazer parte do semiáridodevia ser um ponto positivopara a economia rural do RN.

MarcosA. de Sá

Página 7

w Estado democrático começaa fugir das mãos de ferro dosgovernos conservadores.

VicenteSerejo

Página 13

w Prefeitura deve finalizar estasemana relatório de transiçãopara entregar a TCE e MPE.

DaniloSá

Página 11

w Vivaldo defende publicamen-te o afastamento do PMDB emrelação ao Governo Rosalba.

TúlioLemos

Página 3

Picuinha entre órgãos federaistrava exportação e importação no Aeroporto Augusto SeveroDESDE 2009, INFRAERO E MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DISCUTEM QUEM

DEVE PAGAR PELO SERVIÇO DE INTERNET. SEM ACORDO, O RN SAI PERDENDO

> ECONOMIA PREJUDICADA

ECONOMIA 7

Produtores rurais do Estado revelam prejuízo, angústia e pouca esperança

> “RETRATOS DA SECA”José Aldenir

Cemitérios de animais são comuns em todos os municípios visitados pela expedição da Federação da Agricultura, que em três dias percorreu 1,2 mil km do interior do RN

CIDADE 9 E 14

Wellington Rocha

Desde sábado nenhum produto de origem animal/vegetal pode entrar ou sair do RN via aeroporto

> PENÚLTIMA RODADA

ESPORTE 15

Santa Cruz conquistavaga na Copa do Brasile 1a fase do Estadual

José Aldenir

Já no prédio do Núcleo de Custódia, superlotação e terceira tentativa de fuga este ano

> CRISE NA BASE GOVERNISTA

POLÍTICA 3

Aliado de Rosalba dizque PMDB “prejudica”e defende rompimento

> CARNAVAL 2013

POLÍTICA 5

Prefeitura de Macaugastou R$ 1 milhãocom trios elétricos

CIDADE 10

> INSTALAÇÕES PRECÁRIAS

Servidores da PolíciaCivil e Itep conseguemsair do Ciosp NatalEQUIPE DA POLÍCIA MILITAR CONTINUA

NO LOCAL, APESAR DAS RECLAMAÇÕES

> “RISCO MUITO ALTO”...

Fórum é criado, mas agentes estão sem condições de trabalho CIDADE 6

Ações de combate à dengue ainda nãocomeçaram em Natal

Wellington Rocha

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Segunda-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013 Opinião

Artigo AILTON SALVIANO, geólogo e jornalista ([email protected])

Artigo

Remissãolegal

ANÍSIO MARINHO NETO, 1º procura-dor de Justiça, professor e membro daALEJURN, IHGRN e UBE([email protected]).

A violência cada dia mais bate aporta do brasileiro e não há maisnenhum local onde possamos nossentir seguro ou termos a sensaçãode segurança.

Inapelavelmente o criminoso as-sola os cidadãos de bem e não se co-nhece a curto, médio ou longo prazopolítica de segurança pública e dedefesa social eficiente no sentidode arrefecer os altos índices de cri-minalidade.

Temos criminosos maiores de 18anos e adolescentes infratores co-metendo todos os dias os mais he-diondos fatos. Porém no que diz res-peito à área da infância e juventu-de, com a vigência do Estatuto daCriança e do Adolescente - ECA(Lei nº 8.069/1990) cristalizou-se, nocenário do Direito brasileiro a açãosócio educativa pública, instrumen-to através do qual o Estado deduz apretensão de educar e defender asociedade de atos infracionais pra-ticados por adolescentes, reclaman-do a prestação jurisdicional.

Resulta do ato infracional (crimeou contravenção penal - art. 103, doEstatuto da Criança e do Adoles-cente) praticado por adolescente apretensão sócio educativa, possibi-litando ao Estado o direito de fazeratuar as normas previstas na legis-lação especial, ou seja, no Estatutoda Criança e do Adolescente.

Revelando o ato infracional umdesvalor social, consubstanciado emgrave ofensa à ordem jurídica, e, aomesmo tempo, uma resposta infan-to-juvenil às adversidades própriasdo enfrentamento dos desafios docotidiano, sendo, por vezes, resul-tado da irreflexão brotada da ima-turidade, as consequências jurídi-cas decorrentes de crimes e contra-venções penais, quanto ao autor,criança ou adolescente, deve res-peitar a condição peculiar de pessoaem desenvolvimento. Tal caracte-rística não só exclui crianças e ado-lescentes da responsabilidade penal,sendo, a propósito, recomendadopela Organização das Nações Uni-das que "nos sistemas jurídicos quereconheçam o conceito de respon-sabilidade penal para menores, seucomeço não deverá fixar-se numaidade demasiado precoce, levandoem conta as circunstâncias queacompanham a maturidade emocio-nal, mental e intelectual" (Regrasde Beijing - Resolução ONU 40/33,de 29.11.1985 - regra 4), como tam-bém determina a previsão de medi-das adequadas a regras processuaispeculiares.

Assim, pugna a comunidade in-ternacional por um sistema jurídicocapaz de satisfazer as necessidadesda sociedade e também as necessi-dades dos infratores, protegendoseus direitos básicos (Resolução ci-tada, regra 2.3).

Adotando o Estatuto da Criançae do Adolescente tais princípios, olegislador, ao contrário do que sefez na aprovação do revogado Có-digo de Menores, que vigorou de1979 a 1990, quando instituiu umsistema marcado pelo informalis-mo e discricionariedade, estabeleceuum procedimento de apuração deato infracional da natureza formal,de sorte que a forma materializasseuma garantia (citação, contraditó-rio, ampla defesa, etc.), instauradoa partir do oferecimento de represen-tação pelo Ministério Público, titu-lar da ação sócio educativa pública.

Se do sistema processual penaldeflui o princípio da obrigatorieda-de de propositura da ação penal, oEstatuto da Criança e do Adoles-cente, ao instituir a Remissão comoforma de exclusão do processo, ex-pressamente adotou o princípio daoportunidade, conferindo ao titularda ação a decisão de invocar ou nãoa tutela jurisdicional.

A decisão nasce do confrontodos interesses sociais e individuaistutelados unitariamente pelas normasinsertas no Estatuto da Criança e doAdolescente (interessa à sociedadedefender-se de atos infracionais,ainda que praticados por adolescen-tes, mas também lhe interessa pro-teger integralmente o adolescente,ainda que infrator).

Assim, em cada caso concreto,pode o representante do MinistérioPúblico dispor da ação sócio educa-tiva pública através da remissão,concedendo-a como perdão puro esimples, ou, numa espécie de tran-sação, incluir a aplicação de medi-da não privativa de liberdade, exce-tuando-se, portanto, a semiliberda-de e a internação.

O modo de geriro RN está falido

Artigo KELPS LIMA, advogado, deputado estadual, com especialização emGestão Pública pela UFRN

Tenho a visão clara de que o modode gerir o Rio Grande do Norte estáfalido. Os pilares da administraçãodo Estado já não mais resolvem asdemandas da população.

E isso independe de situação ouoposição. Qualquer um que sentarhoje na cadeira de governador correo risco de macular sua reputação po-lítica porque simplesmente não terá ascondições necessárias para fazer umaadministração minimamente capaz desolucionar os problemas básicos dapopulação.

Neste início de mandato na As-sembleia Legislativa, pretendo repe-tir, no plenário, que, em 2013, deixe-mos de lado as discussões político-partidárias e adotemos um discursopropositivo sobre projetos, emendase programas que melhorem a gestãopública do nosso governo.

E, quando falo em governo, nãofalo especificamente na atual gover-nadora Rosalba Ciarlini. Refiro-me atodos os governos. Atual, anteriorese os que virão.

Não adianta culpar este governo,ou os governos anteriores, por maze-las que estão na base dos princípiosadministrativos da atividade geren-cial do Estado. Essa é a parte fácil.Construir culpas e escolher culpados.

Nossa proposta é que façamos aparte mais difícil. Levantemos o de-bate sobre os reais problemas, criemossoluções e consigamos a aprovaçãodessas soluções no ambiente mais ade-quado para que elas ganhem corpo: aAssembleia Legislativa.

De forma prática, é preciso mudaralguns alicerces administrativos doEstado. No modelo que a gestão fun-ciona hoje, ninguém vai conseguirfazer o milagre de colocar o Rio Gran-de do Norte nos trilhos do desenvol-vimento.

As necessidades da administraçãopública são muito mais de gestão, deserviço, do que de obras e investimen-tos. Não que obras e investimentos

não sejam importantes. São. Mas umagestão de qualidade, que proporcionebons serviços e, por consequência,boas obras, é muito mais premente.

Por isso propomos na Assembléiaa criação do Programa pela Eficiên-cia da Gestão Pública, incluindo co-missão formada por deputados e so-ciedade organizada com intuito de su-gerir ações e nova legislação para mo-dernizar a gestão do Estado.

Na semana passada, apresentamospacote inicial de projetos de lei e deemendas à Constituição do Progra-ma, que representam o início de umamplo movimento na direção de dotaro Estado de uma base mais eficienteem sua gestão. Quais sejam:

1. O fim do uso da verba públicapara autopromoção de governos atra-vés de campanhas publicitárias deações governamentais. A verba públi-ca publicitária deverá ser utilizada emcampanhas de propaganda educativae informativa, que tenham a finalida-de de divulgar conceitos ou orienta-ções que conduzam a população aosserviços prestados pelo Estado ou acomportamentos coletivos que bene-ficiem o bem comum;

2. O fim da prática de afixação defotografias dos governadores nas re-partições do Estado, fortalecendo prin-cípio da impessoalidade no trato dacoisa pública e quebrando uma repe-tição de privilegio de visibilidade queremonta à época da monarquia;

3. O fim do uso de marcas de go-verno que acarretam gastos sempreda ascensão de um novo grupo polí-tico ao comando das diretrizes orça-mentárias do Estado;

4. Extinção da casa oficial do Go-vernador do Estado.

Importante frisar: Todos esses pro-jetos, e os próximos que apresentare-mos, terão como prazo para entrar emvigor o dia 1 de janeiro de 2015, con-templando seus efeitos para o futurogovernante, seja ele de oposição ou deafinidade com o atual governo.

Refiro-me à metátese (do grego me-táthesis – transposição). É por esse estra-nho nome que os estudiosos da Ortoépia(estudo da pronúncia das palavras) cha-mam um pequeno vício de pronúncia.Acontece quando se troca fonemas ou sí-labas no interior de uma palavra. Aliás, éaté bem comum no linguajar entre nordes-tinos de baixa escolaridade. São exemplos:"drobadinha", ao invés de dobradinha;"vrido", em lugar de vidro; "largatixa" emsubstituição ao correto lagartixa. Há outrosexemplos clássicos que dizem origináriosdo português arcaico.

Mas, tal vício não é privilégio apenasdos nordestinos. Ele é extensivo a algunsrenomados escritores da língua portugue-sa e órgãos da imprensa de Brasil e Portu-gal. Percebi quando li em 2005, algumasmatérias que descreviam a ritualística dosfunerais do papa João Paulo II e o concla-ve para a eleição do novo pontífice. Se-gundo a tradição da igreja católica, o car-deal responsável de confirmar o passamen-to do pontífice na presença do mestre dascelebrações litúrgicas, dos prelados e dosecretário e chanceler da Câmara Apostó-lica tem a denominação de camerlengo.

O cardeal camerlengo (do latim "ca-merarius") é, segundo a Enciclopédia Ca-tólica, o equivalente ao tesoureiro civil e,no caso dos monastérios, ao monge en-carregado da administração da proprie-dade monástica. O cargo está presentecom funções eclesiásticas na santa igre-

ja romana, no colégio cardinalício e noclero romano. Na condição de chefe docolégio cardinalício, o camerlengo res-ponde pela igreja no intervalo entre amorte ou renúncia do papa à eleição donovo pontífice.

O raríssimo aparecimento desse oficiallitúrgico nas atividades do Vaticano, é pro-vável, que leve ao desconhecimento demuitos da sua existência e consequentemen-te, errem a sua grafia ou pronúncia, e es-crevam "cardeal carmelengo" ao invés de"cardeal camerlengo". Esta transposiçãoda letra "R" para a primeira sílaba da pa-lavra caracteriza a "metátese". Na época dofalecimento de João Paulo II, encontrei nomeu arquivo pessoal e anotei as frases se-guintes que seguem como ilustração dovício, porém sem nenhum espírito crítico:

"Carmelengo declarará trono dePedro vago" (Diário do Nordeste de For-taleza);

"O carmelengo notifica ao cardeal-vigário de Roma, ..." (Ag. InformaçãoFray Tito para a A. Latina);

"Essa regra comporta cinco exceçõese, dentre elas, o do encargo de cardeal car-melengo..." (Wálter Maierovitch colu-nista do Jornal do Terra);

"Escassos minutos depois, o cardealcarmelengo entrou escoltado por um des-tacamento da Guarda Suíça" (Jornal daManhã - Portugal);

"Tão logo cessem os sinais de vida,será chamado o cardeal carmelengo,"

(Jornal Eletrônico de Montes Claros -MG);

"... o carmelengo espanhol EduardoMartínez Somalo" (cardeal que governainterinamente a Igreja, entre a morte deum papa e a eleição do seguinte) - Diáriodo Grande ABC - SP;

"Seguindo o ritual da Santa Sé, amorte do papa foi atestada pelo carme-lengo Eduardo Martinez Somalo" - Es-tadão SP.

"Cardeal-carmelengo pode anunciar,do alto da sacada da basílica de São Pedro:'Habemus papam'" Carlos Heitor Cony noartigo Eleições em Observatório da Im-prensa.

"Hoje, quando morre o papa, o pre-feito da Casa Pontifícia comunica ao car-deal carmelengo (mordomo), que bate omartelo três vezes..." Frei Betto no arti-go "Eleição do Papa" em O Correio daCidadania.

É bem provável que agora, após arenúncia do papa Bento XVI, os erros nagrafia do cardeal camerlengo sejam maisraros. Afinal, os editores de texto doscomputadores foram aperfeiçoados.Mesmo assim, a revista época em recen-te edição de 18/02/2013 (N° 769) ao abor-dar como seria a escolha do novo líderda Igreja Católica, escreveu: "Do ladode dentro, o cardeal 'carmelengo'... as-segura o isolamento do grupo." Informeio equívoco aos editores, porém não houveresposta.

Dignidade + Compaixão = PazArtigo ANA LUÍZA RABELO SPENCER, advogada

([email protected])

Recentemente, vi um filme (that'swhat I am) que continha esta equação e,parando para analisá-la, vejo que é umadas premissas mais corretas da socieda-de. Mesmo que não seja aplicada comfrequência.

De acordo com a Wikipédia, "a dig-nidade é a palavra que define uma linhade honestidade e ações corretas basea-das na justiça e nos direitos humanos,(...) criando uma reputação moral favo-rável ao indivíduo. Respeitando todos oscódigos de ética e cidadania e nunca trans-gredindo-os, ferindo a moral e os direi-tos de outras pessoas. Ser digno é obtermerecimento ético por ações pautadas najustiça, honradez e na honestidade".

É. Além de tudo o que se disse sobredignidade, ela ultrapassa, pois é um sen-timento de certeza sobre si e sobre os ou-tros e também de correção (de ser corre-to e de pertencer, fazer parte) a respeitode si mesmo e dos outros.

Segundo o mesmo site, compaixão"pode ser descrito como uma compreen-são do estado emocional de outrem; (...)A compaixão frequentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o so-frimento de outro ser (...) demonstrar es-pecial gentileza com aqueles que sofrem.(...) é frequentemente caracterizada atra-vés de ações, na qual uma pessoa agindocom espírito de compaixão busca ajudaraqueles pelos quais se compadece".

Imagine que, se além de sermos ho-nestos, éticos, justos e corretos (consigoe com o próximo), somos capazes de noscolocar no lugar do próximo, compreen-der suas emoções e, a partir disso, suasreações. Aceitá-las. Perdoá-las. Acolhê-las. Isto, em uma aplicação global, é, senão a própria, o primeiro e mais impor-tante passo para a paz.

Uma vida destituída de preconceitos,embasada no respeito e na tolerância,onde não somos "obrigados" a gostar do

outro ou do que o outro faz, mas simples-mente os deixamos em paz para ser oque precisam ser.

Um trajeto onde a caça às bruxas serátotalmente abolido, onde a liberdade trazalegria, paixão e onde transformamos avida numa coisa que somos capazes deamar. Onde desistir é uma palavra que nãoexiste e, não importa nossas experiên-cias, nunca deixamos de querer ser me-lhores e aprender mais.

Onde ninguém é julgado por suas di-ferenças, mas por suas qualidades. Ondea competência e o caráter são os princi-pais fatores para a definição de uma pes-soa. Onde quaisquer outros "rótulos" sãonulos, indignos de nota e de compartilha-mentos.

A vida se resume em tempo, escolhase oportunidades. Se formos capazes deunir esses elementos para a criação deuma jornada feita de dignidade e compai-xão, seremos capazes de promover a paz!

Rodízio de farofa, umanova opção gastronômica

Artigo ROBERTO CARDOSO, cientista social e sócio efetivo do IHGRN ([email protected])

Devido a alta cotação do preço do litrode farinha nas feiras de Natal/RN ? Feirado Alecrim, Feira da Rocas e Feira do Car-rasco ? entre U$ 3,00 e U$ 4,00, torna-seinteressante uma nova opção na gastrono-mia local, o sistema de rodízio de farofa.

Clientes mais abastados poderão ob-servar e experimentar as variedades defarinhas produzidas na região e degustarum leque de opções com a criação de umainfinidade de variações de farofas. Desdeas de tanajuras, de tapurus até as de ca-viar russo. Da ginga ao aliche. De roba-lo, de arenque e de salmão, de cangulo ede xaréu (Aproando-e-aproniando JH-Nov/2012), de diversas bananas e umavariedade de frutas.

A opção como sobremesa, uma diver-sidade de tipos de rapaduras coloridascom sabores diferenciados e de consistên-cias variadas, servida com de mel de en-genho. Para acompanhar a refeição e asobremesa, água, um produto que está setornado escasso e valioso. O cliente antesda degustação [da água] poderá avaliar vi-sualmente a sua turbidez e aromaticamen-

te a presença ou não de cloro e outrosaditivos, podendo inclusive pedir um cer-tificado D.O.C. (Declaração de Origem deComprovada), com ausência de nitritos,nitratos.e outros nitros, que compõem os"cocoliformes"..

A farinha que no século passado eravendida em litro [uma medida de volu-me], nas bodegas e armazéns de secos emolhados. Hoje é vendida por quilo [umamedida de peso] a preços que variam entreR$ 6,00 e R$ 8,00, nas feiras e super/ hi-permercados. E ainda é um item e da cestabásica alimentar do trabalhador.

Investigando o alto preço da farinha,com certeza, analistas econômicos ? elessempre tem uma resposta convincente,comprovada por (a+b) ? atribuirão à secaque vem castigando o estado e a opção deser usada como alimentação do gado emépoca de seca. Outra alternativa para jus-tificativa do preço, poderá ser a reduçãodo consumo de tapioca, o que leva os pro-dutores a utilizar mais matéria prima parafabricação exclusiva de farinha. Amandio-ca (macaxeira ou aipim), uma raiz, é a

matéria prima na fabricação de farinha(comum, de mandioca, de mesa e etc) ede tapioca (goma ou beiju, biju), nada éperdido. A farinha é feita da raiz ralada eespremida, e do liquido extraído, depoisde decantado é tirado a tapioca ou goma.Reduzindo o consumo de um a produçãodo outro produto fica comprometida, elessão e precisam ser produzidos juntos, umse aproveitando do resíduo do outro, umaviabilização econômica.

Farinha e tapioca são produtos de ori-gem indígena, (Pudim-de-tapioca-com-calda-de-lambedor JH-Nov/2012) a cultu-ra primitiva e autentica do Brasil. Tal comoo acarajé deve ser considerado um patri-mônio cultural, antes que outros se ante-cipem a isto ou criem estratégias de subs-tituição desta alimentação secular.

O nordeste foi construído com fari-nha, fé e rapadura. Alimentos e compor-tamentos que estão presentes na vida dopovo e na história de ícones de rebeliõescomo Lampião e os cangaceiros e Anto-nio Conselheiro com seu séquito, ambospelos sertões nordestinos.

Sobre a arte deabandonar projetos

"A empresa deve melhorar sem-pre sua eficácia operacional e em-penhar-se de forma ativa para des-locar a fronteira da produtividade."

(Michael Porter)

Esta na natureza do homem bus-car o progresso. A ânsia motivada pelaconsciência de que concretizar os so-nhos depende de nossos esforços, nosleva a traçar os caminhos que nos le-varão a atingir nossas metas. Sonhar,planejar e trabalhar (muito) são al-guns dos passos deste trajeto que semostra nada fácil.

Empreender a mudança exige de-dicação e perseverança para vencer,antes de qualquer outra coisa, o pró-prio comodismo, seguido dos infini-tos obstáculos que se revelarão nestanova trajetória dia após dia.

Desistir é a opção mais fácil. Afi-nal, todos estão se divertindo, enquan-to você está trabalhando e estudandoalternativas para melhor formatar edar vida ao seu projeto. E se este forcoletivo, deixá-lo para trás é aindamais tentador, pois administrar as di-ferenças é tão ou mais trabalhoso doque a própria mudança.

Exemplos da arte de abandonarprojetos - sejam eles bons ou os nemtanto assim - não nos faltam. Quan-tas obras públicas existem em Natale no Rio Grande do Norte que simples-mente foram esquecidas? Difícil con-tabilizar, mas, no geral, basta ser ini-ciativa de outro governante para oatual gestor deixar a antiga ideia paralá. Mesmo que signifique prejuízo àsociedade.

A utilização de parte dos leitos doHospital João Machado como anexo doWalfredo Gurgel (HWG) segue estalinha. As enfermarias, antigamente des-tinadas à internação de pacientes psi-quiátricos e desativadas em consequên-cia da política de incentivo ao atendi-mento domiciliar, passaram a receberinternos do HWG considerados está-veis para a transferência, em 2003, emdecorrência de decisão judicial.

Amedida utilizada ainda na primei-ra gestão da ex-governadora Wilma deFaria não durou muito tempo, sabe-selá por qual razão. Fato é que com a in-terrupção da transferência dos pacien-tes do Walfredo para o João Macha-

do, os leitos e equipamentos foramabandonados e deteriorados devido àação do tempo e falta de manutenção.E os pacientes voltaram a ser atendi-dos nos corredores do maior hospitalde urgência e emergência do RN.

No ano passado, a governadoraRosalba Ciarlini incluiu no plano deenfrentamento à calamidade públicana Saúde do RN a reforma dos tais lei-tos do Hospital João Machado, quedeveria ter sido concluída em janei-ro. O documento só não diz de queano, afinal, já estamos praticamenteem março e até agora não há notíciasobre a conclusão da obra.

Enquanto os serviços de saúde nãosão oferecidos à população com qua-lidade e de forma planejada e sistemá-tica, continuaremos a receber notíciassobre a morte de Maria, José, João,Francisca... Projetos e políticas públi-cas existem, "só" não são implemen-tados e quando o são, não têm conti-nuidade. Este problema não é exclu-sivo da área da saúde. Nem apenasno setor público. Está na natureza doser humano querer mudar, porém, afalta de compromisso com os proje-tos assumidos, nos leva ao caos.

A descontinuidade vai desde aconstante troca de secretários nas ad-ministrações públicas, até à morte degrandes ideias que nascem na inicia-tiva privada, mas não são concretiza-das devido à falta de comprometimen-to pessoal e profissional daqueles quedeveriam desenvolver tais iniciativas.

Isso não significa que estamos fa-dados a morrer presos a um projetocom o qual não nos identificamos.Porém, até para abrir mão de algo épreciso responsabilidade. O projetodeixado de lado é pessoal, pode sig-nificar que você está enterrando umaoportunidade de realização para per-manecer na zona de conforto, nemsempre tão confortável.

A receita do sucesso é o aprimo-ramento do trabalho, o que dá traba-lho, mas também recompensas. O queexige padrão de qualidade, regulari-dade na oferta de serviços e disposi-ção que nem todos têm. A maioriaopta pela manutenção do status quosem muito esforço. Por isso, no RN,o abandono de projetos é uma cons-tante. Até quando?

Artigo ÉLIDA MERCÊS, jornalista especialista em marketing e mestre emadministração ([email protected]) Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

A eleição do novo papae a volta da metátese

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 25 de fevereiro de 2013

Política

Túlio [email protected]

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O clima de animosidade se in-stalou definitivamente na base alia-da da governadora Rosalba Ciarlini(DEM). Agora, não são apenas ospeemedebistas que reverberam críti-cas ao estilo político do governo esuas consequências administrativas.A novidade é que aliados de Rosal-ba, até então silentes quanto à pos-sibilidade de rompimento na basegovernista, começam a mostrar suasopiniões.

O deputado estadual VivaldoCosta (PR), aliado da governadora naregião do Seridó, defendeu aberta-mente, neste fim de semana, o afas-tamento da governadora do PMDB,partido dos líderes Garibaldi Filho eHenrique Eduardo Alves. Em entre-vista à imprensa caicoense, no últi-mo sábado, o "Papa do Seridó",como é mais conhecido, criticou oPMDB, afirmando que "se a gover-nadora não tivesse com essas com-panhias (peemedebistas) ela estariamuito bem".

Vivaldo declarou ainda que Ros-alba deve "se distanciar desse povoque só quer prejudicar seu gover-no". Ele criticou também toda a basepeemedebista, ao afirmar que "nãoconhece nenhum prefeito do PMDBque não esteja criticando Rosalba" eque "na hora que Rosalba rompercom o PMDB, vai ter um lado parabrigar com ela", se referindo ao seugrupo político em Caicó, que é opos-itor aos peemedebistas.

A crítica de Vivaldo ocorre nummomento tenso da aliança entrepeemedebistas e Rosalba. Pelaprimeira vez, um aliado da gover-nadora defende abertamente o rompi-mento entre os grupos, que teria comopano de fundo, primeiramente, o des-gaste do governo, e, depois, o palanquede Dilma Rousseff no Rio Grande doNorte em 2014, que, necessariamente,

não será o mesmo que Rosalba e JoséAgripino, ambos do DEM.

No último final de semana, opresidente da Câmara, HenriqueAlves, em entrevista ao Jornal deHoje, declarou que "mais que insat-isfação, o PMDB tem frustração"com o governo do Estado. Ele crit-ica, com outras palavras, o egoísmoda administração, que não gere o es-tado com o apoio dos aliados.

Henrique é apenas a voz maisforte do PMDB a ecoar a insatis-fação do partido com o governo doEstado. Abaixo dele, diversos nomesdo PMDB já criticaram abertamentea postura do governo. No final do anopassado, o líder do PMDB na As-sembleia, deputado Walter Alves,aumentou o tom das críticas ao gov-erno, ao cobrar ações enérgicas dogoverno sobre os problemas da se-gurança pública. Os deputados Gus-tavo Fernandes e Hermano Moraistambém cobraram melhorias na re-lação do governo com o PMDB.

Na semana passada, o deputadoNélter Queiroz (PMDB) foi além detodos e disse, com todas as letras,que o PMDB não deverá apoiar areeleição da governadora RosalbaCiarlini. Nesse clima, Henrique ar-ticulou para a noite de hoje um jan-tar na residência oficial da Câmara,com a presença de Rosalba e doslíderes dos três partidos, mais o min-istro da Previdência, Garibaldi Filho.No jantar de hoje, os rumos políti-cos do sistema governista do RioGrande do Norte poderão serdefinidos.

RUMOSPara o PMDB, existem duas

hipóteses: romper ou manter-se ali-ado do governo. Caso decida per-manecer aliado, o PMDB deverá terseus espaços na administração am-pliados para três secretarias. Hoje,o partido conta com a Secretaria deTrabalho, Habitação e AssistênciaSocial (Sethas) e a Fundação da Cri-

ança e do Adolescente (Fundac). Além disso, o partido exige que

o governo modifique a forma de rela-cionamento com os aliados, gover-nando o estado conjuntamente. Ementrevista ao JH publicada neste sába-do, Henrique disse o que espera dogoverno. "Um governo se faz coma unidade de um grupo político forte,com planejamento estratégico, diál-ogo, compartilhando decisões, de-mocratizando, sabendo ouvir críti-cas, escolhendo uma equipe que rep-resente anseios e um quadro políti-co que apoie", disse.

Na hipótese de o governo nãoaceitar ampliar a participação doPMDB e não mudar o estilo, oPMDB deverá se preparar para anun-ciar o rompimento, o que poderáocorrer provavelmente ainda emmarço. O PMDB agendou para o dia9 uma entrevista coletiva de Hen-rique Alves, após a recepção quehaverá para ele no dia 8 - numasolenidade promovida pelos setoresprodutivos através das principais fed-erações (Indústria, Comércio e Agri-cultura). Nesta data, o PMDB serácobrado a dar sua posição política emrelação ao governo do Estado.

SEGUIDORESNos últimos dias, além de Hen-

rique, outras vozes aliadas se lev-antaram com críticas ao governoRosalba. O presidente do PR, dep-utado federal João Maia, declarouneste fim de semana que o governoestá "travado" e "precisa estreitar oslaços com os aliados". Disse JoãoMaia: "É preciso abrir, mais pro-fundamente, a administração do Es-tado", afirmou, fazendo coro às de-clarações de Henrique.

João Maia fez questão de deixarclaro que a aliança do PR é com oPMDB, o que significa dizer que, sehouver rompimento do PMDB como Governo, o PR deverá acompan-har o PMDB.

Aliado de Rosalba afirma que o PMDB“só quer prejudicar o Governo do RN” DEPUTADO VIVALDO COSTA ALIMENTA AINDA MAIS A CRISE ENTRE O PMDB E A GOVERNADORA ROSALBA CIARLINI

Walter Alves é estimulado a ser candidato a governador contra Rosalba Ciarlini

Vivaldo Costa defende que Rosalba se afaste do PMDB para melhorar o Governo

O presidente estadual da Ju-ventude do PMDB, Gleydson Mace-do, afirma que caso ocorra o rompi-mento entre o PMDB e o DEM, omelhor nome para disputar o Gov-erno pela sigla é o do Deputado Es-tadual Walter Alves, a exemplo deoutras lideranças que já se posi-cionaram no mesmo sentido. "Wal-ter representa a renovação no PMDBe no Rio Grande do Norte, tem semostrado um grande e atuante par-lamentar, sempre defendendo o queé melhor para o RN", declarou ele.

Segundo Gleydson Macedo,

com o apoio do ministro Garibaldie do presidente da Câmara dos Dep-utados, Henrique Alves, Walter irásem dúvida transformar o estado, aexemplo de seu pai, Garibaldi, quegovernou o RN de 1995 a 2002.

PREFEITOSO clima de desgaste entre

peemedebistas e o governo Rosal-ba também atinge os mais de 50prefeitos eleitos ou reeleitos naeleição de 2012. No último fim desemana, o presidente da Federaçãodos Municípios do Rio Grande do

Norte (FEMURN), Benes Leocádio(PMDB), teceu duras críticas aogoverno do Estado.

Segundo Benes Leocádio, ogoverno Rosalba tem falhado comos agricultores do Rio Grande doNorte quando do tratamento dadoaos que sofrem com a seca. Du-rante evento da Federação da Agri-cultura, ele criticou duramente alentidão do Governo do Estado emdar respostas rápidas a algumasconsequências da seca.

De acordo com Benes Leocá-dio, os problemas da estiagem são

recorrentes e conhecidos de todose, mesmo assim, ano após ano, tantoo governo federal quanto o estadualinsistem em faltar com os compro-missos assumidos. "Dos 800 poçosidentificados no RN a serem recu-perados, apenas 70 foram atendidosum ano depois do início da seca".

Leocádio citou ainda um bar-ramento de apenas 300 metros eque a um custo de R$ 10 milhõespoderia ter minimizado muito a es-cassez de água na região, mas quenão foi executado por desinteresseda administração estadual.

Juventude peemedebista quer WalterAlves candidato ao governo do Estado

DESFILIAÇÃOO ex-padre Fabio Santos pediu

desfiliação do PT para poder ocu-par um cargo na gestão Carlos Ed-uardo. Foi correto com o partido,diferente do secretário de Saúde,Cipriano Maia, que constrange oPT até hoje por não ter pedido des-filiação para ocupar o cargo.

COMÍCIODurante entrega de ônibus es-

colar no Seridó, a turma de Rosal-ba fez um verdadeiro comício. Omais explícito deles foi VivaldoCosta, que afirmou que vai votar denovo em Rosalba para o Governo.

DESNUTRIDOPara se ter uma idéia de como

o Governo Rosalba Ciarlini estádesnutrido em matéria de ação, asimples entrega de ônibus escolaresse transforma no evento mais im-portante da atual gestão, com a pre-sença até do senador José Agripinoe do deputado Felipe Maia.

ROMPIMENTOO deputado Vivaldo Costa de-

fendeu publicamente o afastamen-

to do PMDB em relação ao Gov-erno Rosalba. Um político experi-ente como o 'Papa', sabe que o seo PMDB se afastar da Rosa, o Gov-erno é sepultado antes do tempo.Por que então o irmão de Dadáquer expulsar Garibaldi e Henriquedo Governo? Simples: sem oPMDB, a Rosa fica mais en-fraquecida e sobram mais cargospara ele e sua turma.

DEMAGOGIAO deputado João Maia disse,

durante a entrega dos ônibus es-colares, que "não tem preço trans-portar nossos filhos com segurançapara a escola". Sherloquinho viu a'sinceridade' do irmão de Agaciele soltou: "Até parece que algumfilho de João Maia já andou deônibus escolar".

REUNIÃOA expectativa é grande para a

reunião que vai ocorrer hoje emBrasília com representantes de par-tidos aliados ao Governo Rosalba.Porém, não deverá haver nada quetodo mundo já não saiba: os par-tidos vão reclamar da falta de ar-

ticulação e de atenção por parte dacúpula governista; Rosalba e Car-los Augusto vão prometer mudar,todo mundo vai sorrir fingindo queacreditou e depois tudo volta aonormal. Ou seja: tudo continuarácomo antes.

CANDIDATURAQuem conhece o PMDB mais

profundamente, aposta em uma can-didatura majoritária do deputadoHenrique Alves em 2014. A justi-ficativa para amparar o raciocínioé que Henrique, se for reeleito dep-utado novamente, não assumirámais a liderança do PMDB na Câ-mara e nem será eleito presidenteda Casa. Ou seja: o filho de Aluíziovoltaria à planície.

MAJORITÁRIAO fato é que Henrique foi traí-

do por deputados do PMDB naeleição para a presidência da Câ-mara; o PT o salvou da derrota, ali-ado a outros partidos, inclusive daoposição. O líder do PMDB nãofoi o que Henrique queria; ele foiderrotado na escolha. Portanto, em2014, o cenário é totalmente novo

para Henrique e o seu caminho seriaa eleição para o Senado ou Gover-no do Estado.

ESCOLHAPara o Governo do RN, Hen-

rique sabe que é um pleito sempredifícil e que sua rejeição poderáprejudicar a pretensão. Para oSenado, a situação é mais fácil.Faltam nomes de peso para a dis-puta. Wilma não quer; Fátima de-pende do PT, que ouvirá o PMDBsobre a formação da chapa. Por-tanto, se decidir concorrer ao Sena-do, Henrique praticamente não teráadversário.

CHAPAPara definir em que lado vai

disputar o Senado, Henrique sabeque essa costura toda só darácerto se for pela oposição aoDEM. Afinal, o PT não vai sealiar ao PMDB se este per-manecer com Rosalba. Nessecaso, Fátima seria candidatafortíssima a derrotar Henriquepela única vaga em disputa. Con-correr ao Senado com chances devitória somente pela oposição.

SINCERIDADEGovernadora Rosalba Ciarlini, toda sorridente ao lado do deputa-

do Henrique Alves e do ministro Garibaldi Filho. Segundo Sher-loquinho, a Rosa teria pensado: “Henrique pensa que eu vou entregaro Governo a ele. Garibaldi, com essa carinha de besta, doido pra voltara ser governador”. Henrique também pensa: “A Rosa tá pensando quevai fazer a gente de besta, mas ela não perde por esperar e vai termi-nar igual a Micarla”. O pai de Waltinho completa: “Ela vai sentir o queé tratar o PMDB dessa maneira”. E todos continuaram sorrindo.

Enquanto a aliança entreRosalba e o PMDB enfraquece,peemedebistas defendem umacandidatura própria da legenda agovernador do Estado em 2014.Deputados estaduais, prefeitos eagora a juventude do PMDB vo-ciferam o lançamento de nomesdo partido ao governo. "OPMDB tem direito a tomar orumo que bem entender, de acor-do com as bases partidárias",avisa o deputado HermanoMorais.

Sua declaração vem na se-quencia da entrevista do presi-dente da Câmara, HenriqueAlves, do Jornal de Hoje, em queo peemedebista potiguar acenoucom a possibilidade de disputaro mandato de governador do RioGrande do Norte em 2014. Son-dado pelo presidente Lula sobrequal projeto para 2014, se gov-ernador ou senador, Henriquedisse que "era cedo" para definir.

Hoje, contudo, o PMDB con-tinua aliado da governadora Ros-alba Ciarlini, que poderá disputara reeleição com o apoio dospeemedebistas. Para HermanoMorais, porém, embora os aliadosde Rosalba torçam para que ela serecupere, a insatisfação do PMDBcom o governo faz com que o par-tido analise encabeçar um projetoalternativo para o Estado.

"Nós sabemos que existe umainsatisfação do PMDB e de out-ros partidos que têm tentado co-

laborar com o governo. Todos de-sejosos que a gestão Rosalba mel-hore e venha a atender os anseiosda população. No entanto, hoje oPMDB está avaliando sua partic-ipação (na administração), que temsido tímida, embora não reivin-dique espaços", disse o deputado.

Segundo Hermano, "oPMDB tem sido pouco ouvido,nas críticas construtivas e temque avaliar o próprio projeto e oapelo da população de todo oEstado, na capital e no interior,como verifiquei no Seridó", afir-mou. Para Hermano, "existeapelo muito grande para que oPMDB possa se apresentar parao julgamento em 2014. Isso temsido objeto de discussões inter-nas, haverá reunião nacional nodia 2, uma discussão no mês demarço, para avaliar o papel doPMDB nesse processo, e a opor-tunidade de avaliar e amadure-cer essa proposta, de candidatu-ra própria do PMDB ao gover-no em 2014".

Hermano declarou quePMDB só tem ajudado ao gov-erno, e mesmo que venha adeixar de participar do governo,o compromisso com o RN seráo mesmo. "O PMDB no atualcenário nacional ajuda o gover-no, e poderá continuar ajudandoo RN, sem abrir mãos dos seusprojetos, como em 2014, comcandidatura própria ao governodo Estado".

Deputado defendecandidatura própria do PMDB a governador

Heracles Dantas

Divulgação

José Aldenir

Page 4: FLIP  25/02/2013

Segunda-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O prefeito de Natal, CarlosEduardo (PDT), pretende formaruma bancada de apoio à sua admi-nistração na Câmara Municipal de,no mínimo, 15 vereadores, objeti-vando conseguir a governabilidadenecessária para aprovação dos pro-jetos que serão encaminhados peloPoder Executivo para apreciaçãodos vereadores natalenses. Foi oque disse o líder do prefeito naCasa, vereador Júlio Protásio namanhã de hoje, momentos antes dese reunir com o prefeito para dis-cutir esse e outros assuntos. "Du-rante toda essa semana me reunireicom líderes de bancadas e demaisvereadores para tratar desse assun-to", adiantou o líder.

Júlio Protásio afirmou aindaque nos encontros vai mostrar aosvereadores a necessidade de queseja estabelecida uma união porNatal independentemente de parti-do, objetivando tirar a cidade dasituação de dificuldades em que seencontra. "A governabilidade naCâmara Municipal é importantenesse momento. Não tenho dúvi-das que pelo que vejo junto aosvereadores não teremos dificulda-des com relação a isso", ressalta,prevendo que no máximo em 10dias o prefeito Carlos Eduardo jáconte com maioria na Câmara Mu-nicipal de Natal.

ATUAL BANCADAAtualmente, são considerados

da base de apoio os vereadoresGeorge Câmara (PC do B), Eudia-ne Macedo e Maurício Gurgel(PHS), Junior Grafith, Júlio Protá-sio, Franklin Capistrano, Júlia Ar-ruda e Bispo Francisco de Assis(PSB). "Esses são os vereadoresque compõem a nossa bancada nomomento, mas vamos trabalhar paraampliar esse grupo. O propósito é

vencer a barreira regimental que éde no mínimo 15 vereadores", ob-serva.

CONTRAPARTIDAO líder do prefeito de Natal,

Júlio Protásio informou ainda quebrevemente será encaminhado à Câ-mara Municipal de Natal um pedi-do de empréstimo no valor de 15 mi-lhões e 800 mil reais para contrapar-tida às obras de mobilidade urbana

com vistas à Copa do Mundo. Se-gundo ele, serão 3 lotes de obrasassim constituídos: lote 1 - paraobras na avenida Felizardo Mourapassando pela Urbana até a CapitãoMor Gouveia. Lote 2 - obras no en-torno do Arena das Dunas (mobili-dade e construção de um túnel paraescoamento de águas de chuva atéo rio Potengi. Lote 3 - para mobi-lidade nas calçadas da cidade e pla-taformas de passageiros.

O ex-governador Iberê Fer-reira de Souza, do PSB, encon-tra-se em recuperação no Hospi-tal Sírio Libanês em São Paulo,após ter sido submetido a uma ci-rurgia para debelar uma radio-necrose, resultado de uma radio-cirurgia que ele fez no mesmohospital em maio de 2012. Oprocedimento foi feito pelo neu-rocirgião Marcos Stávale, umdos mais renomados do País.

Segundo a assessoria do ex-governador, Iberê Ferreira per-manece no hospital Sírio Liba-nês sem previsão de alta. Ele estáacompanhado do filho, JoãoOlímpio, atual vice-prefeito deSanta Cruz. A cirurgia durou 4horas e foi considerada pelosmédicos um sucesso.

Logo após a cirurgia, Iberêrecebeu a visita do deputado fe-deral Henrique Eduardo Alves,que saiu extremamente otimistaapós conversar com o ex-gover-nador e conferir o sucesso doprocedimento cirúrgico a que foisubmetido o político potiguar.

Iberê Ferreira era vice-gover-nador de Wilma de Faria e assu-miu o Governo do Estado nolugar da então governadora, quedeixou o cargo para ser candida-ta ao Senado da República. Foicandidato a governador contra acandidata do DEM, Rosalba Ciar-lini e não obteve êxito. Perdeu aeleição no primeiro turno.

Informação extra-oficial é deque Iberê Ferreira tenta se recu-perar para disputar mandato dedeputado federal no próximoano. Seria o retorno dele apósperder a disputa eleitoral paraRosalba Ciarlini, em 2010. (JP)

O vereador Ubaldo Fernandes,do PMDB, alia-se à tese de candi-datura própria do seu partido naseleições de 2014 por entender queo momento é propício para que issoocorra e o PMDB retome o poder,segundo ele, aspiração de todo equalquer partido político. UbaldoFernandes entende que a governa-dora Rosalba Ciarlini, do DEM, estácaminhando para "um isolamentopolítico" por falta de apoio às basespolíticas e desvalorização dos alia-dos. "Não se resolve nada nesse go-verno", resumiu o vereador que seencontra no exercício do seu pri-meiro mandato na Câmara Munici-pal de Natal.

Sobre o nome do PMDB commais potencial para disputar o Go-verno do Estado, o vereador UbaldoFernandes diz existir um consensoem torno do nome de Garibaldi Filho."O senador obteve mais de 1 milhãode votos na última eleição e está sesaindo muito bem no Ministério daPrevidência Social", observa o pee-medebista. Para o pleito de 2014 o ve-reador peemedebista defende umaaliança formada por partidos comoPT, PSB, PDT e PSD, tendo Garibal-di Filho (PDB) como candidato a go-vernador, Robinson Faria (PSD) nacondição de vice-governador e Fáti-ma Bezerra (PT) ou Henrique Eduar-do para o Senado, além de Wilma deFaria (PSB), disputando uma vagapara a Câmara Federal. "Essa chapaserá imbatível", disse ele.

POSSIBILIDADE DE RECUPERAÇÃO

Questionado se não acredita-

ria na recuperação da governado-ra Rosalba Ciarlini diante do gran-de aporte de recursos que o RioGrande do Norte receberá esteano, o vereador do PMDB afir-mou o seguinte: "Não acredito,em razão dos altos índices de de-saprovação, principalmente emNatal onde chega a mais de 80por cento. Mesmo assim, e se isso

acontecer, não existe tempo hábilpara recuperação. Não se vê nadaque me leve a acreditar, já que se-tores essenciais não estão funcio-nando bem, a exemplo da saúde esegurança, aliado a isso, a secaque assola o Rio Grande do Norte.Tem que haver um choque de ges-tão", concluiu o vereador doPMDB.

>ROMPIMENTO

Vereador do PMDB diz que “Rosalbacaminha para isolamento político”

> SAÚDE

Iberê Ferreirarecupera-se de cirurgia noSírio Libanês

Ubaldo Fernandes acredita que Garibaldi Filho poderá ser o candidato do PMDB

Ex-governador Iberê Ferreira de Sousa

Júlio Protásio anuncia que Carlos Eduardo vai pedir autorização legislativa para contrair empréstimo de R$ 15 milhões para Natal

Líder do prefeito inicia trabalhode ampliação da base na CMNJÚLIO PROTÁSIO VAI SE REUNIR COM VEREADORES DA OPOSIÇÃO NOS PRÓXIMOS DIASAs previsões deste interino começam a ser confirmadas a

partir de declarações do deputado Henrique Eduardo Alves, ad-

mitindo disputar o Governo do Estado ou o Senado nas elei-

ções do próximo ano. Nada de senador, Henrique será mesmo

candidato a governador. Essa história de Senado é matreirice

e estratégia política, além de instrumento para negociação po-

lítica com os aliados do PT ou PSD, Fátima Bezerra ou Ro-

binson Faria, respectivamente.

E não poderia ser diferente, já que Henrique Eduardo vive

o melhor momento da sua vida pública, principalmente a par-

tir de quando assumiu a presidência da Câmara Federal. Ou

é agora ou nunca mais. E Henrique sabe disso.

Só não viu quem não quis. Henrique Eduardo trabalhou em

2012 como se fosse pré-candidato ao Governo do Estado.

Conquistou novos quadros para o PMDB e fez alianças polí-

ticas difíceis e complicadas em vários municípios do Estado.

Pode-se citar como exemplo, os municípios de São José de

Mipibu com Arlindo Dantas e São Gonçalo do Amarante jun-

tando Jaime Calado com Poti Júnior. Com o PR de João Maia

o PMDB esteve unido em vários outros municípios e a tarefa

agora é consolidar a aliança oposicionista com o PT, PSD e

PSB, prioritariamente.

Pós-escrito: O PMDB conta ainda com os nomes de Ga-

ribaldi Filho e Walter Alves, mas o projeto político de governo

para o próximo ano é do deputado Henrique Eduardo. O se-

nador/ministro permanecerá participando do governo Dilma

Rousseff, enquanto o jovem deputado estadual terá sua vez

num futuro próximo. Em 2014, Walter será candidato a depu-

tado federal e em 2016 poderá disputar a Prefeitura de Natal.

Norte-rio-gran-dense é citado em revista americana

Jussier Ramalho

(foto), o terceiro pales-

trante mais requisitado

do Brasil, foi citado no

livro americano "Como

Contratar os Melhores

do Mundo" editado pela

"Caliper" (Gestão de Ta-

lentos) de Nova Iorque ,

que é uma das maiores empresas de consultoria america-

na. Entre os 20 escolhidos em todo o mundo, foram citados

apenas dois brasileiros e Jussier Ramalho é um dos dois.

Jussier encontra-se em Natal, onde tem residência fixa, mas

viaja na próxima quinta-feira para proferir palestras motiva-

cionais em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.

Susto no voo da TAMPassageiros do voo da TAM que sairia de Natal às 6h30

deste último domingo com destino a São Paulo ficaram mais de

5 horas retidos no Aeroporto Augusto Severo porque a aerona-

ve apresentou problema de vazamento de gasolina em um das

asas. O assuense Herval Tavares, que estava no voo disse que

os passageiros não receberam tratamento adequado durante o

período que permaneceram no aeroporto. Ele chama a atenção

da Infraero e da própria ANAC. O avião foi revisado e decolou

às 10 horas, chegando ao destino sem problemas.

ConstataçãoSai o cantor Rick Martin, entra o bregueiro Bartô Galeno.

t Vereadores de Natal elei-

tos pela oposição poderão

fazer parte da bancada do

prefeito Carlos Eduardo nos

próximos dias. Entre eles,

estão Adão Eridan, Chagas

Catarino, Rafael Motta,

Ubaldo Fernandes, Ary

Gomes, Aroldo Alves, Dick-

son Júnior, Jacó Jácome e

Hugo Manso. A determina-

ção do prefeito é ampliar

sua base no Legislativo Mu-

nicipal. No mínimo 7 serão

contactados.

tBertone Marinho, verea-dor do PMDB inicia o seuprimeiro mandato comuma missão difícil: presi-dir a Comissão de Éticada Câmara Municipal deNatal. Ele terá que se pro-nunciar sobre fatos quecomprometam a condutae o decoro parlamentardos vereadores no exer-cício do mandato, casoisso venha a ocorrer. t O empresário Antonio

Ferreira de Melo (Toinho),

está empolgado com as po-

tencialidades do município

de Monte das Gameleiras e

consequentemente dispos-

to a investir naquela região

Serrana do Estado. Ele

constata que uma das alter-

nativas é plantar maracujá,

mas há quem diga que Toi-

nho quer mesmo é colher

votos para uma possível

candidatura a prefeito.

t O peemedebista WalterAlves, em ascensão na po-lítica do Rio Grande doNorte, é o aniversarianteda próxima quarta-feira.Comemorações restritasà familiares. Walter prepa-ra-se para disputar man-dato de deputado federal.t Leitor telefona para infor-

mar: 15 viaturas locadas

estão à disposição da go-

vernadora Rosalba Ciarlini.

O que é um exagero.

t É preciso uma soluçãopor parte das autorida-des para o problema: fla-nelinhas tomaram contadas ruas de Natal e amea-çam motoristas nos si-nais de trânsito. A atua-ção deles caracteriza in-vasão de privacidade. Narua Auris Coelho, emLagoa Nova, por exem-plo, está um absurdo. t Para refletir: "Quem acer-

ta mais, vive mais". Túlio

Fernandes, médico endocri-

nologista)

Candidato a governadorINTERINO - JOAQUIM PINHEIRO - [email protected]

Arquivo

José Aldenir

Heracles Dantas

Welligton Rocha

Page 5: FLIP  25/02/2013

Segunda-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 25 de fevereiro de 2013Política

O carnaval deste ano em váriascidades do interior do Rio Grande doNorte, mesmo naqueles municípiosque têm festas tradicionais, comoAlexandria e Guamaré, foi econô-mico, consequência da situação decalamidade devido à seca. Aexceçãoda lista foi Macau, onde a Prefeitu-ra local preferiu tirar a cidade da listade emergência do que diminuir osgastos com o carnaval. Resultado?Um investimento milionário comshows. Para se ter uma ideia, só coma contratação de três trios elétricos,o prefeito Kerginaldo Pinto, doPMDB, pagou mais de R$ 1 milhãode recursos públicos.

Apublicação está no Diário Ofi-cial. O contrato feito por pregão como objetivo de contratar empresa delocação de trios elétricos para utili-zação nos eventos carnavalescos doano de 2013 e com dotação orça-mentária da Secretaria de Turismo,pagou R$ 1.007.000,00 a empresaLuiz Gonzaga Nunes - ME.

E com a divulgação do valor,volta a ser especulada a possibilida-de de superfaturamento nos contra-tos firmados pelo município. Afi-nal, O Jornal de Hoje teve acesso aum documento da WCA Produçõese Eventos, onde é cobrado para o alu-guel do trio elétrico Metrô e Xaxá,para o Carnaçu 2012, realizado nacidade de Ipanguaçu, o valor de R$40 mil. Menos de 4% do valor totalpago pela Prefeitura de Macau.

Claro que o valor de contrata-ção do trio não foi o único valorque surpreendeu. Foram outros R$293,2 mil pagos para a empresaSamucka Incorporações para a lo-cação de estruturas - palcos, ca-marotes e banheiros químicos. Oprefeito Kerginaldo Pinto pagououtros R$ 101 mil para outras es-

truturas como pórtico de entrada,camarim simples, camarins TS,torres de vigia, banda e grades decontenção.

Só para a contratação de telõesmultimídia (tinha dois na cidade),foram outros R$ 45 mil em dinhei-ro público. Mais R$ 44 mil para oaluguel de geradores para utilizaçãonos eventos carnavalescos e maisde R$ 230 mil para segurança, sendoR$ 115 mil para empresa de vigilân-cia não armada para prestação deserviços durante o período do car-naval e R$ 115 mil para a contrata-ção de empresa do ramo da alimen-tação para fornecimento de refei-ções para atender ao pessoal dasequipes de apoio técnico, coorde-nação e produção do carnaval, ao

pessoal da segurança, aos policiaisde apoio das polícias civil e militar.

Só para contratação de empre-sa do ramo de confecção de roupaspara o fornecimento de camisetase abadás para atender as necessida-des da equipe da prefeitura respon-sável pela organização do carna-val, bloco da Melhor Idade e blocodas Crianças de Macau, foram maisR$ 66,7 mil.

Vale lembrar que, ao todo, aPrefeitura local gastou R$ 4 mi-lhões na festa de carnaval. Para seter uma ideia do que representa essevalor, a cidade de Parnamirimpagou apenas R$ 600 mil para osfestejos em Pirangi, principal praiacom carnaval na Grande Natal.

"Estamos investindo este ano

R$ 4 milhões para a festa. Isso nãoé custo, mas investimento para acidade, pois a quantidade de visi-tantes é tanta que passamos de umapopulação de 30 mil habitantes para300 mil foliões, que devem injetarmais de R$ 20 milhões na econo-mia local", disse o prefeito Kergi-naldo Pinto antes do lançamentoda festa. Ele não explicou de queforma esses R$ 20 milhões volta-riam para o município.

SOBREPREÇOEssa não é a primeira vez que

a Prefeitura de Macau, diante docarnaval, levanta a possibilidade desobrepreço nas contratações feitaspara atrações artísticas e estruturapara festa devido aos altos valores

pagos. Para o carnaval de 2011, porexemplo, a diferença entre o cachênormal cobrado pelas bandas e oque a Prefeitura, gerida pelo prefei-to Flávio Vieira Veras (PMDB), di-vulgou como tendo gasto chega aquase R$ 800 mil.

Por isso, não é por acaso que oMinistério Público está apurando acontratação de bandas para a reali-zação de festas na cidade. Em con-tato com O JORNAL DE HOJE, apromotora de Justiça da Comarca deMacau (que também é responsávelpela cidade de Guamaré), RaquelBatista de Ataide Fagundes, afir-mou que já existem dois inquéritoscivis para apurar esses contratos.

"Há mais de dois anos o Mi-nistério Público acompanha a rea-

lização de contratações de artistaspela edilidade, analisando a formade contratação e os valores pagos",afirmou a promotora. As contrata-ções precisam mesmo ser apura-das. Em levantamento feito por OJornal de Hoje e por outros blogsda região de Macau, os valores di-vulgados pela Prefeitura local sãobem diferentes do que pago nor-malmente. A banda Forró da Pega-ção, por exemplo, recebeu um cachêde R$ 67,2 mil para tocar no car-naval do ano passado em Macau,mas tinha um cachê médio de R$10 mil apenas. Só aí, o sobrepreçojá seria de R$ 56,2 mil. Ou seja:Forró da Pegação recebeu cincovezes mais para tocar na cidade doque cobra normalmente.

O vereador Dickson Júnior(PSDB), que está no primeiro man-dato como vereador, declarou quea hora não é de se falar em políti-ca, mas sim, ajudar a governadoraRosalba Ciarlini (DEM) a admi-nistrar o Rio Grande do Norte. "Euvotei nela e continuo com esse votode confiança. Eu acho que ela aindatem condições e tempo de alavan-car o estado", declarou.

Em entrevista ao Jornal da Cida-de (94 FM), Dickson Júnior tambémabordou o trabalho que vem sendodesenvolvido pelo prefeito CarlosEduardo Alves. Segundo o vereador,não existem mais buracos e a coletade lixo está voltando a funcionar. "Opovo de Natal confiou nele e ele nãovai trair essa confiança, porque eletem condições de fazer um bom go-verno", analisou.

O vereador destacou como po-sitiva a escolha do vereador JúlioProtásio (PSB) como líder do pre-feito na Câmara. "O prefeito nãopoderia ter feito uma escolha me-lhor", declarou. E sobre o futuropolítico do presidente estadual doPSDB, Rogério Marinho, afirmouque deverá ser candidato a deputa-do federal. Confira:

O prefeito Carlos Eduardo anun-ciou a escolha do vereador JúlioProtásio como líder do governo naCâmara Municipal. O que o se-nhor achou?

Eu achei a melhor escolha. Eume aproximei muito de Júlionesses últimos meses e vi queele é uma pessoa muito bem ar-ticulada, bem à frente dos ve-readores, sabe conversar, é umapessoa democrática e o prefei-to não poderia ter feito uma es-colha melhor. Júlio é prepara-do, sabe defender, sabe argu-mentar e é isso que um líderprecisa ter; tem que ter poder deargumento, paciência e amiza-de entre os colegas. Então, euacho que não tem um nome me-

lhor para ser líder do prefeito.

Qual a sua expectativa em relaçãoao governo Carlos EduardoAlves?

Ele está trabalhando. Eu estouandando nas ruas e estou vendoumas ruas que tinham buracos hádécadas e não existem mais essesburacos. A coleta de lixo estávoltando a funcionar, já está sevendo a cidade diferente e issocom um pouco mais de um mêsde mandato. O povo de Natalconfiou nele e ele não vai trairessa confiança, porque ele temcondições de fazer um bom go-verno - pelo menos na parte daCâmara eu vejo os vereadoresdesarmados em relação ao pre-feito Carlos Eduardo. O que elepuder levar para a Câmara e forbom para a cidade eu acho queele vai ter aprovação geral, por-que não vai ter nenhum vereadorali fazendo politicagem; vai votarpelo bem de Natal.

O seu partido é aliado do governoRosalba. Como analisa o atual mo-mento do governo estadual?

Vejo da seguinte forma: ela disseque tem problemas financeiros eeu acredito. Acho que ela está fa-zendo o melhor possível para ad-ministrar. Acho, também, quedeve ter paciência, porque o go-verno dela vai até o final do anoque vem. Então, tem tempo parase fazer alguma coisa para recu-perar. O PSDB está presente naadministração Rosalba atravésda Secretaria de Desenvolvimen-to, com Rogério Marinho, que éo secretário, que está viajando,andando atrás de recursos, de in-vestimentos para o nosso esta-do. Eu acho que agora não é horade falar de política, é hora depoder ajudar a governadora, paramelhorar o nosso estado, porqueisso é bom para a gente que viveno estado. Eu votei nela e conti-nuo com esse voto de confiança.Acho que ela ainda tem condi-

ções e tempo de alavancar o es-tado.

Rogério Marinho será candidato adeputado federal nas próximas elei-ções?

Rogério Marinho perdeu umaeleição, mas teve muito voto -mais de 100 mil votos para de-putado federal (em 2010). Elefoi prejudicado pela Lei eleito-ral, que tem essa questão das co-ligações. Então, o capital dele émuito grande. Ele representa opartido que polariza hoje com oPT, o poder nacional e eu achoque é mais do que justo que oPSDB tenha um candidato fortea deputado federal e dentro dopartido, sinceramente, eu nãovejo outro nome para ser candi-dato a deputado federal. Então,ele tem toda a legitimidade, foium grande deputado e, se Deusquiser, no ano que vem, que eleseja candidato de novo e ganhe,pois ele merece.

O Governo do Estado publicouno final de semana o processo nú-mero 484.062/2012-8, com o obje-tivo de contratar serviços de con-sultoria econômico-financeira e ju-rídica. O valor do contrato? R$3.243.520,00 por oito meses. A in-formação foi repassada pelo depu-tado estadual de oposição, Fernan-do Mineiro, do PT.

Segundo o contrato, a parceriatem vigência de oito meses, conta-dos a partir da data de assinatura, po-dendo ser prorrogado em caráterexcepcional, devidamente justifica-do e mediante autorização de auto-ridade superior. O secretário Esta-dual de Planejamento e das Finan-ças, Francisco Obery Rodrigues Jú-nior, e Renato José Silveira LinsSucupira, BF Capital Assessoria emOperações Financeira LTDA, em-presa contratada, assinaram o con-trato no dia 5 de fevereiro. Dessaforma, é possível calcular que o Go-verno do Estado vai pagar, por mês,R$ 405.440 para a empresa.

A BF Capital Assessoria emOperações Financeiras tem expe-riência em contratos públicos. Noano passado, o estado do Ceará au-

torizou diversas empresas interes-sadas na realização de estudos deviabilidade para projeto de cons-trução, operação e manutenção desistema de transportes de passagei-ros sobre trilhos na Região Metro-politana de Fortaleza. E a empresahoje contratada pelo Governo doRN foi uma delas.

Já em janeiro deste ano, o Es-tado de São Paulo recebeu duasManifestações de Interesse da Ini-ciativa Privada (MIPs) que suge-rem uma parceria público-privada(PPP) para a prestação de serviçosde logística de remédios em âmbi-to estadual. Entre as que apresen-taram proposta, estava a BF Capi-tal Assessoria em Operações Fi-nanceiras.

As propostas pretendem desen-volver um projeto de solução lo-gística para a distribuição de medi-camentos à população envolvendo:infraestrutura física, com a reformae adequação de centros de distribui-ção; dispensação de medicamen-tos; infraestrutura tecnológica eprestação dos serviços logísticoscorrespondentes, como armazena-gem e transportes.

Macau gastou mais de R$ 1 milhãosomente em trio elétrico no carnavalAO TODO, PREFEITURA GASTOU MAIS DE R$ 4 MILHÕES COM FÓLIA, ENQUANTO DEMAIS CIDADES ECONOMIZARAM

Trio “Metrô”: Foi alugado por cerca de R$ 1 milhão para ir para Macau e por apenas R$ 40 mil para festa em Ipanguaçu Prefeito Kerginaldo Pinto, do PMDB, gastou mais de R$ 4 milhões com folia

Secretário de Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues, assinou o contrato

Dickson Júnior: “Agora não é hora de falar de política, é hora de poder ajudar a governadora, para melhorar o nosso estado”

>BF ASSESSORIA > ENTREVISTA

Governo do Estado contrata consultoria por R$ 3,2 mi

Dickson Júnior: “Acho queRosalba ainda tem condições e tempo de alavancar o estado”

Fotos:Divulgação

Arquivo

Welligton Rocha

Page 6: FLIP  25/02/2013

Apesar do último boletim daSecretaria Estadual de Saúde Públi-ca (Sesap) apontar Natal e mais 47municípios do Rio Grande do Nortecom risco muito alto de epidemiade dengue, pouca coisa foi feita nosentido de combater o vetor desdeo início do ano. A paralisação dosagentes de endemias e a falta deinsumos têm contribuído para au-mentar o risco de epidemia de den-gue, e o Fórum criado pela Prefei-tura de Natal para discutir ações eestratégias integradas de combate aomosquito transmissor da doença sódeve surtir algum efeito após o mêsde abril.

Achefe do Departamento de Vi-gilância à Saúde da Secretaria Mu-nicipal de Saúde (SMS), SidneideFerreira, reconhece a dificuldade decombater o vetor da dengue, pois aSecretaria não dispõe de insumosnecessários para o trabalho decampo. Além disso, desde o mês deoutubro, o trabalho de campo reali-zado pelos agentes de endemias, quedeve ser um trabalho permanente, es-tava suspenso. Desde a última quin-ta-feira (21), os agentes voltaram aocampo.

"Estamos trabalhando em duasfrentes. Na primeira, estamos tentan-do agilizar a burocracia de nove pro-cessos que estão tramitando paracompra de insumos e de contrataçãode serviços. E por outro lado, desdequinta-feira, os agentes retornaramao trabalho e os enviamos para ocampo, com o pouco de materialque tinha, para fazer um levanta-mento rápido de índice do vetor. Otrabalho tem que ser permanente enão foi. Daí o prejuízo já vem desdeoutubro quando eles pararam, masas medidas cabíveis já foram toma-das", garantiu Sidneide Ferreira.

Diante do risco do município deNatal sofrer uma epidemia de dengue

já no primeiro semestre de 2013, aPrefeitura de Natal criou um fórum,envolvendo diversas secretarias mu-nicipais e órgãos da administração,para discutir as ações e estratégiasintegradas de combate ao mosquito

transmissor da doença. No início domês, no dia 7 de fevereiro, foi reali-zada a primeira reunião do Fórum,onde foi apresentada a proposta de re-gulamento, definindo os objetivos,

atribuições e a forma de funciona-mento. Uma nova reunião está agen-dada para o dia 28 de março, quan-do será aprovado o regulamento eeleito o coordenador do Fórum. "Asações de combate ao vetor da dengue

independem do início das atividadesdo fórum. O fórum veio para somare agilizar as ações. Conseguiremosdar mais resposta e resolutividadeaos problemas", afirmou.

Sidneide Ferreira, chefe do De-partamento de Vigilância à Saúde,conta que o Fórum pretende ir alémdas ações de combate à Dengue,mas abranger outras possíveis epi-demias como as Leishimanioses,raiva, questões relativas à vigilânciasanitária, ao meio ambiente, polui-ção sonora, dentre outras. "Na prá-tica, o fórum formado por secreta-rias pretende otimizar e potenciali-zar as ações a serem desenvolvidasem prol da vigilância à saúde, atra-vés de reuniões sistemáticas. Os pro-blemas vão aparecendo, a populaçãorepassa essa demanda para os entespúblicos e estas ações necessáriasnão podem ser solucionadas apenasno âmbito da saúde, por isso a ne-cessidade desse trabalho conjunto",afirmou Sidneide Ferreira.

A representante da SecretariaMunicipal de Saúde está confiantede que o fórum possa trazer resul-

tados positivos e concretos. "O diá-logo entre os órgãos é a saída maisrápida para solucionar o problema,através do planejamento eficaz dasações", afirmou Sidneide Ferreira.Para a chefe do Departamento deVigilância à Saúde, a situação daDengue em Natal não é animadora.

"Esse é um ano propício paratermos uma epidemia da doença,que está clamando por ações emer-genciais. Há uma necessidade ur-gente de eliminarmos os ambientespropícios para a proliferação do mos-quito. Em 2011 e 2012, o municípiode Natal teve picos de dengue, so-mado a isso, o Programa de Com-bate ao Vetor sofreu uma desconti-nuidade, principalmente em relaçãoao levantamento que é feito das áreasmais afetadas. Para complicar a si-tuação, existem quatro sorotipos cir-culando na população, deixandotodos mais vulneráveis a doença",destacou Sidneide Ferreira.

Afinalidade do Mapa de Vulne-rabilidade divulgado pela Sesap éfornecer subsídios que possam au-xiliar na delimitação das áreas quenecessitam de maior fortalecimen-to das ações de combate ao vetor eorganização dos serviços de saúde.A possibilidade de ocorrência dechuvas na capital e em algumas ci-

dades do interior do Estado, a par-tir do mês de março, também é umfato que serve de alerta para um pos-sível aumento no número de casosda doença.

O mapa de vulnerabilidade éelaborado a partir de uma matriz es-tatística, cuja classificação final derisco é um indicador composto pelosseguintes parâmetros: Incidência dedengue nos últimos 10 anos (núme-ro de casos suspeitos por cada100.000 habitantes), Índice de In-festação Predial de 2009 a 2011 (Por-centagem de imóveis que possuíamfocos positivos de dengue), Índicede Infestação Predial de 2012, Índi-ce de Pendências de 2012 (Porcen-tagem de imóveis que não foi rea-lizada a visita domiciliar do agentede endemias) e Densidade Demográ-fica de 2012.

Em 2012, foram notificados12.529 casos de dengue em Natal,tendo a zona Leste como a área demaior incidência de focos do mos-quito. Entre os bairros, os riscos es-tavam localizados em Igapó, Poten-gi e Nova Descoberta. O Ministérioda Saúde recomenda a cobertura detrabalhos preventivos em 90% dosimóveis da cidade. Natal chegouapenas a 55,9%, agravando o qua-dro projetado na reunião.

Cidade Segunda-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013

ROBERTO CAMPELLO

[email protected]

A Maternidade Leide Morais,também conhecida como HospitalMunicipal da Mulher, localizada nazona Norte de Natal e especializa-da em partos de baixa complexida-de, sofre, desde a sua inauguração,no final de 2008, com diversos pro-blemas de estrutura física. No fimdo ano passado, por diversas vezes,o atendimento à população foi sus-penso por falta de profissionais,tanto pediatras, quanto obstetras.Desde janeiro, a situação está nor-malizada, garante a direção da ma-ternidade e até a escala médica domês de março já foi concluída. Noentanto, a tão esperada reforma naunidade não tem previsão para seriniciada - apesar de os recursos daRede Cegonha já estarem disponí-veis - e o atendimento continuasendo realizado em meio aos pro-blemas. Na manhã desta segunda-feira (25), 15 pacientes estavam in-ternadas na Maternidade, sendo qua-tro na enfermaria e 11 nas suítes, eainda tinham mais quatro leitos dis-poníveis.

A lista de problemas que os pro-fissionais enfrentam diariamente naMaternidade é bem extensa. Alémde problemas com o gerador, quenão funciona desde o ano passado,o desabastecimento da farmácia éconstante com falta de insumos,desde sondas, luvas, bolsas coleto-ras de urina, medicamentos anesté-sicos, agulha de punção lombar eclamp umbilical. A diretora Anail-de garante que estes problemas estãosendo resolvidos. "As dificuldadessão muitas, mas pouco a pouco es-tamos resolvendo os problemas. Es-tamos somando esforços, a equipeé muito unida e esforçada para ga-rantir a melhor prestação de servi-ço à população. A escala de médi-cos do mês de março já está pron-ta e podemos dizer que a Materni-dade está trabalhando a todo vapor.A fase ruim já passou, estamosnuma fase melhor e com certeza afase boa vai chegar", destacou a di-retora Anailde.

O gerador quebrado não trazprejuízo ao funcionamento da ma-ternidade, mas em caso de falta deenergia, comprometerá a prestação

do serviço. "Estamos esperando ape-nas a Secretaria Municipal de Saúdefechar o contrato com a empresaque faz a manutenção dos gerado-res para solucionar este problema,mas ainda não teve, graças a Deus,nenhuma ocorrência grave, em vir-tude disso", afirmou a diretoraAnailde.

Apesar do esforço da direçãoda Maternidade, os problemas sãovisíveis. Para caminhar pelo Hospi-tal da Mulher, as pessoas têm queultrapassar pequenos obstáculos,isto porque parte do piso, em di-versos pontos, está soltando. Nasparedes, as infiltrações e os mofosse intensificaram após as últimaschuvas e se alastraram por todos ossetores da maternidade. Os profis-sionais pedem o restabelecimento doserviço de ambulância móvel 24horas e reclamam da segurança in-suficiente, uma vez que os funcio-nários têm sido assaltados no esta-cionamento da Maternidade, alémdo furto de veículos. O prédio, ape-sar de novo, sofre com a deteriora-ção da estrutura física pela falta demanutenção que se encontra comproblemas de infiltração, mofo, pisodanificado, com áreas sem conti-

nuidade e com regiões de acúmulode sujeira e líquidos.

Há mais de um ano, duas salasde enfermaria e uma sala de suíteforam interditadas, em virtude dodesabamento do teto de gesso eproblemas graves de infiltração. Ainterdição reduziu a capacidade deatendimento, pois são duas salasde enfermaria com três leitos cadae uma suíte com capacidade paradois leitos.

Mesmo com os problemas, ospartos estão sendo realizados nor-malmente. Além disso, serviçoscomo exames de mamografia, ul-trassonografia, teste do pezinho,teste da orelhinha e exames labora-toriais. De acordo com a gerente deenfermagem da maternidade, Lidi-nalva Barbosa, a área que será con-templada com a reforma ampliaráem mais oito leitos o atendimentoà população.

"O município tem leitos sufi-cientes para atender a demanda deNatal. O grande problema é que ointerior não consegue realizar ospartos e encaminham suas pacien-tes para Natal, o que acaba sobre-carregando as maternidades do mu-nicípio. Ano passado, 25% dos par-

tos foram de pacientes do interior.Na Maternidade Januário Cicco e noHospital Santa Catarina esse índi-ce chega a 50%. Não podemos fe-char as portas. Tendo vagas, aten-demos quem chega, independente deonde seja. Os problemas existem,mas nenhum deles põe em risco asaúde da mãe, nem do recém-nas-cido. É melhor continuarmos tra-balhando, apesar das dificuldades,que fechar o serviço e deixar a po-pulação desassistida", afirmou a ge-rente de enfermagem, LidinalvaBarbosa.

REFORMANo final do ano passado, o então

prefeito de Natal, Ney Lopes Jú-nior, assinou um contrato para re-forma da Maternidade Leide Mo-rais, com recursos na ordem de R$250 mil oriundos do programa fe-deral Rede Cegonha. Semana pas-sada, uma equipe de técnicos e en-genheiros esteve visitando a unida-de para verificar in loco os proble-mas na estrutura do hospital. Alémdesses recursos, o Município entra-rá com uma contrapartida no valorde R$ 28 mil.

A diretora da Maternidade

Leide Morais, Anailde da SilvaNeto reconhece a necessidade dareforma e conta que inúmeras vezesapresentou o pleito à SecretariaMunicipal de Saúde, uma vez queos profissionais reclamam diaria-mente das condições precárias detrabalho. Ela comemora a assina-tura do convênio, e acredita que"daqui para frente as coisas irãomelhorar consideravelmente".

"As obras são mais que neces-sárias, são urgentes. É um ambien-te de saúde e de cuidado extremo,pois lidamos com recém-nascidosdiariamente, o que requer um cui-dado especial. Hoje a estrutura éprecária em diversos pontos e essareforma já devia ter saído há tem-pos. Mas agora temos que olharpara frente e torcer que essa refor-ma saia do papel o quanto antes.Essa é a nossa torcida, desejo e von-tade.", afirmou a diretora. A refor-ma terá uma atenção especial paraa parte elétrica, além de ser feitauma cobertura e um trabalho de im-permeabilização, acabando assimcom as infiltrações.

A Maternidade foi inauguradaem 2008, pelo então prefeito deNatal, Carlos Eduardo Alves e rei-

naugurada um ano depois pela pre-feita de Natal, Micarla de Sousa,que apenas acrescentou ao nome damaternidade, o Hospital Munici-pal da Mulher, mas não houve ne-nhuma reforma. A estrutura desdeentão vem se deteriorando e ape-nas paliativos são feitos para ma-quiar os problemas.

AÇÕESMas não são apenas os proble-

mas que fazem a Maternidade LeideMorais. Adiretora Anailde conta quepretende, nos próximos dias, reabriro posto de coleta de leite humano. "Asala já está quase pronta e faremosum trabalho junto com os agentescomunitários de saúde para intensi-ficar a coleta na região", afirmou.

Além disso, a direção vem de-senvolvendo um trabalho de bem-estar e lazer dos servidores. Emjaneiro, foi realizada uma trilha noParque das Dunas, focando nasaúde do trabalhador. "Queremosmelhorar cada vez mais a quali-dade de vida dos nossos servido-res", afirmou. Em março, estásendo planejada uma nova cami-nhada com os servidores, juntocom a Semana dos Rins.

À espera da reforma, Maternidade Leide Moraisfunciona em meio a problemas estruturais

APESAR DA ESCALA MÉDICA DO MÊS DE MARÇO JÁ ESTAR COMPLETA, GERADOR DA UNIDADE CONTINUA QUEBRADO

Após últimas chuvas, problemas de infiltração e mofo foram intensificados e se alastraram por todos os setores Apesar dos problemas físicos, atendimento está sendo realizado normalmente

Trabalho de campo realizado pelos agentes de endemias estava suspenso desde outubro, mas foi retomado na última 5ª feira

> DENGUE

Município não iniciou trabalho de combate ao mosquito

‘ ’"Esse é um ano propício para termos uma

epidemia da doença, que está clamando por açõesemergenciais. Há uma necessidade urgente

de eliminarmos os ambientes propíciospara a proliferação do mosquito”

SIDNEIDE FERREIRA

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA À SAÚDE DA SMS

Fotos: Herácles Dantas

Wellington Rocha

Page 7: FLIP  25/02/2013

Facilidade para quebrade sigilo de magistradosn O presidente do ConselhoNacional de Justiça (CNJ), mi-nistro Joaquim Barbosa - quetambém preside o Supremo Tri-bunal Federal - está defenden-do que seja dada à Corregedo-ria do CNJ o poder de quebraro sigilo bancário, telefônico ede dados dos magistrados (de-sembargadores e juízes) que es-tejam sendo alvo de sindicân-cias em todo o país.n Para ele, a necessidade desubmeter ao plenário do Con-selho cada pedido de quebra desigilo em muitos casos inviabi-lizaria as investigações dosfatos denunciados.

Começa nesta sexta-feira aentrega do Imposto de Rendan Nesta sexta-feira, 1º. demarço, terá início o períodopara entrega da Declaração deAjuste Anual do Imposto deRenda Pessoa Física (Dirf),exercício de 2013, referente aoano base de 2012.

n É importante que os contri-buintes se preparem com ante-cedência para declarar, tendoem vista que os primeiros diasdo prazo (que irá até 30 deabril) são os melhores para oenvio, pois asseguram vanta-gens como a restituição maiscedo do imposto a receber (sehouver) e, no caso do surgi-mento de problemas, o contri-buinte terá mais tempo para re-solvê-los, evitando a necessi-dade de realizar declaração re-tificadora após o prazo.n É importante assinalar quetodos os documentos relacio-nados com a Dirf devem serguardados pelos próximoscinco anos (após o exercício aque se refere a Declaração), jáque poderão ser solicitados aqualquer momento pela Recei-ta Federal, caso surja qualquerdúvida que precise ser esclare-cida pela fiscalização.n Entre as novidades apresen-tadas pelo novo programa quea Receita Federal já está colo-cando a partir de hoje à dispo-

sição dos contribuintes, atravésde seu site na internet(WWW.receita.fazenda.gov.br),constam as seguintes:n 1) ao importar os dados daDirf 2012, ano base 2011, parao programa desse ano, aparecena primeira tela a opção de "Im-portar Dados Cadastrais" defontes às quais o contribuinterecebeu e/ou pagou recursos noano anterior. Esse procedimen-to facilitará o preenchimentoda Dirf 2013, ano base 2012;n 2) separação da linha "Trans-ferências Patrimoniais - Doa-ções, Heranças, Meações e Dis-solução da Sociedade Conju-gal ou da Unidade Familiar" naficha de rendimentos isentos.Em 2013 essa linha foi dividi-da em duas: "TransferênciasPatrimoniais - Meações e Dis-solução da Sociedade Conju-gal ou da Unidade Familiar" e"Transferências Patrimoniais -Doações, Heranças";n 3) na ficha de rendimentos deisentos e não tributáveis, foramabertas duas linhas para lança-mento dos rendimentos isentosde transportadores autônomos(tanto para os 60% de cargacomo 40% de passageiros);n 4) na ficha de rendimentosisentos foi aberta uma linhapara "Restituição de Impostode Renda" de períodos anterio-res; en 5) foi separada a ficha de"Pagamentos Efetuados" da de"Doações Efetuadas". Agora ocontribuinte deve lançar sepa-radamente essas operações.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 25 de fevereiro de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Representação do Ministério da Agricultura no Augusto Severo decidiu interromper serviços porque não existe internet

Infraero e Agricultura nãose entendem e economiado RN amarga prejuízosDISCUSSÃO É POR INTERNET QUE CUSTA CERCA DE R$ 50,00

CONRADO CARLOS

[email protected]

Uma briga antiga entre dois ór-gãos federais tem afetado importa-dores e exportadores agropecuáriosdo Rio Grande do Norte. De umlado, o Ministério da Agricultura,através da Unidade de VigilânciaAgropecuária (Uvagro), alega quedesde 2009 está sem internet paraemitir certificação, deferimento,anuência e emissão de documentossobre mercadorias que entram esaem do aeroporto Augusto Seve-ro. A responsabilidade seria da In-fraero. Como o procedimento é feitoà mão, o que aumenta o risco deerro e impossibilita consultas sobreleis e avisos sobre pragas e doençasnos países de origem, o serviço foiinterrompido no último sábado (23).

Do outro lado, a Empresa Bra-sileira de Infraestrutura Aeropor-tuária aponta ofícios que registramantigas discussões acerca do pro-blema e sua isenção quanto ao for-necimento de conexão - apenas aestrutura, como cabeamento e pon-tos de acesso, seria sua obrigação.Com isso, diversos empresários einstituições públicas do Estadoamargam prejuízos incalculáveis aoutilizarem aeroportos de cidadesdistantes, como Recife - o que reduza geração de emprego e divisas noRio Grande do Norte.

"Por uma coisa mínima, quecusta uns R$50, estamos nessa si-tuação. O próprio exportador paga-ria isso, se for o caso. É um negó-cio simples. Agora tenho que man-dar [mercadorias] para outros Esta-dos. É um absurdo sermos prejudi-cados por uma briga política. Bas-taria alguém ligar de Brasília que es-tava resolvido", reclama um dosprincipais exportadores do Estado,em vias de alterar sua logística eaumentar custos, em virtude da faltade um único ponto de internet.

Um dos importadores queaguardam pela conclusão do imbró-glio é a Universidade Federal Ruraldo Semiárido (Ufersa). Funcionárioda instituição educacional, Adria-no Rainer estava na administraçãodo Augusto Severo para tentar libe-rar uma bomba difusa para pesqui-sa científica, comprada por R$ 40mil de uma empresa americana parao Centro Integrado de Tecnologia eDesenvolvimento. Há dez dias, amáquina está guardada em um de-pósito por estar posicionada emcima de um palete (estrado de ma-deira). "A mercadoria não tem pro-blema, mas como o suporte é demadeira, a universidade não podecontar com um produto que pagoupor ele".

De acordo com AlexandreAlves, chefe da Uvagro no aeropor-to de Natal, "está havendo um cho-que de legislação. Eles [a Infraero]dizem que não são responsáveis pelainternet, mas poderiam alegar que nanossa lei [do Ministério da Agricul-tura] prevê o fornecimento comple-to pela Infraero. Tanto de estrutura,quanto a conexão em si". Três lici-tações teriam sido abertas desde2009, mas nenhuma empresa se in-teressou em instalar apenas umponto. "Não temos previsão de re-solver esse problema. Não vejo so-lução em médio prazo. Eles estão ir-redutíveis. O que lamento, pois nãotem como fazer uma fiscalização in-ternacional sem internet".

Em um memorando do dia 06de fevereiro, a Uvagro anunciou asuspensão do serviço por 15 dias -medida decorrente dos braços cru-

zados há quase quatro anos. "Deve-mos procurar a harmonia, o enten-dimento. Temos cinco órgãos noaeroporto e só a Uvagro está sem in-ternet". As reclamações se expan-dem em direção a exigência de re-novação de um crachá para livrecirculação dos fiscais, outrora feitauma vez por ano e de forma gratui-ta. "Agora, para acessar área inter-na, eles cobram R$ 120 por umcurso de segurança operacional. Ocomunicado chegou dia 06 para co-meçar a valer dia 07 deste mês. Nãotemos dotação orçamentária e ne-nhum órgão público consegue di-nheiro de uma hora para outra".

Dos oito funcionários da Unida-de de Vigilância Agropecuária, doisteriam sidos dispensados por ven-cimento do crachá, e outros doisestão na iminência de passar pelamesma situação. "Mandei para asede", diz. Quarto aeroporto nor-destino em volume de exportações,o Augusto Severo, além do Minis-tério da Agricultura e da Infraero,conta com a presença da Polícia eReceita Federal, e da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (An-visa). Todos os órgãos com contra-tos individuais com operadoras deinternet.

Já Roberto Caldeira e HelderFernandes, respectivamente, geren-te comercial e coordenador de lo-gística de cargas da Infraero, apon-tam outros caminhos percorridosaté chegar ao 'conflito' de posições."Nunca, em momento algum, a In-fraero forneceu internet a Uvagro,nem a nenhum outro órgão aqui noaeroporto. Damos, sim, a estruturafísica. Inclusive a Uvagro do Augus-

to Severo é a única do Nordeste quetem uma sala exclusiva para pes-cados. Mas provedor de internet,não. Quem sempre fez isso foi aSerpro [Serviço Federal de Proces-samento de Dados, empresa veicu-lada ao Ministério da Fazenda]. Sóque eles cancelaram isso em 2009",diz Roberto.

O gerente continua a explica-ção com uma série de documentosà mão. "Parece que a discussão éuma coisa solta, que só agora é queela surgiu. Temos ofícios aqui de2009 mostrando que a Serpro reco-mendou que a Uvagro refizesse umcontrato para fornecimento de inter-net com uma empresa do meio.Assim como a Polícia Federal, aReceita, nós não podemos compar-tilhar nossa rede. Cada um tem asua rede de banda larga. Isso foi as-sunto discutido entre as sedes dosórgãos via departamento jurídico.Esse problema só está acontecendoaqui. Em nenhum aeroporto do paísa Infraero fornece conexão".

Helder Fernandes destaca que"em momento nenhum a Infraerofaltou com seu papel de fornecerestrutura para os órgãos que atuamaqui no Augusto Severo. Eles ti-raram a conclusão deles [a Uvagro]e pararam o serviço. Nós nãotemos prejuízo algum, mas eles,sim, estão tendo e, lógico, os ex-portadores, importadores e o Es-tado. Uma reunião entre represen-tantes da Infraero, da Uvagro e osuperintendente Federal de Agri-cultura no RN, Orlando CláudioGadelha Simas Procópio acontece-rá na quarta-feira (27), com o in-tuito de concluir o episódio.

Alexandre Alves, do Ministério da Agricultura: “há um choque de legislação”

Roberto Caldeira, da Infraero: “Nunca, em momento algum, fornecemos internet“

Fotos: Wellington Rocha

n No debate que se estabelece, pela enésima vez,entre as lideranças do empresariado rural, autori-dades públicas e a classe política do Rio Grandedo Norte sempre que os terríveis efeitos das gran-des secas periódicas se abatem sobre o semiáridonordestino, ninguém parece dar importância a umfato transcendental: o de que qualquer sugestão desolução se torna pura perda de tempo e de recur-sos financeiros se teimarmos na manutenção donosso secular e fracassado modelo de exploraçãoagropastoril.n Os exemplos internacionais são abundantes anos provar que é mais do que viável fazer agricul-tura e pecuária nas regiões geográficas quentes emal servidas de chuvas, desde que haja como re-correr a fontes alternativas de água. nA ciência agronômica prova a todo instante quea incidência de mais horas de sol por ano sobre de-terminados territórios acaba acelerando e multipli-cando o processo germinativo do solo, ao contrá-rio do que acontece nas zonas frias e temperadasdo planeta, onde só é possível o plantio e a colhei-ta em curtos períodos sazonais.n O êxito quase secular da pecuária no Texas e daprodução de alimentos na Califórnia, unidades dafederação norte-americana inseridas entre as deeconomia rural mais pujante e desenvolvida domundo, são as melhores evidências para provarque a escassez de chuvas (e até sua falta quase ab-soluta) não é justificativa para pobreza, miséria,fome, sede, destruição ambiental, convulsões so-ciais e outros tantos males, como boa parte da nossagente pensa e apregoa.n Em tempos mais recentes, a exploração de ter-ras áridas ou semiáridas da Austrália, de Israel, daTurquia, do Egito (e de outros países do Norte daÁfrica), bem como do Sul da Espanha, para fins deexploração agrícola mediante uso de tecnologias deirrigação, de correção e adubação do solo, de se-leção de variedades aperfeiçoadas de sementesadaptadas a cada microclima e resistentes a pragas,está demonstrando que o que falta à agricultura doNordeste brasileiro é, tão somente, copiar os bonsexemplos de outros povos, o que inclusive pode serconseguido sem maiores custos, pois em boa parte

eles são fruto de tecnologias de domínio público.n O nosso Rio Grande do Norte, embora possuamais de 90 por cento de sua área territorial no se-miárido, é um dos Estados nordestinos proporcio-nalmente mais favorecidos por reservas de águadoce armazenadas em grandes barragens e, maisainda, depositadas em seu subsolo. Com o detalhede que, ao contrário dos seus vizinhos (Paraíba ePernambuco, por exemplo), o Estado possui gran-des extensões de terras permeáveis que se prestammuito bem à irrigação, as quais, somadas, ultrapas-sam mais de um milhão de hectares.n Da zona litorânea potiguar, a partir da fronteiracom a Paraíba até a fronteira cearense (com tabu-leiros que cobrem distância superior a 400 quilô-metros com largura que varia de duas a cinco lé-guas), até as ricas várzeas do Vale do Açu e as ex-traordinárias terras da Chapada do Apodi, cerca deum milhão de hectares se encontram inteiramentedisponíveis para receber investimentos em agri-cultura irrigada, bastando que, para isso, o PoderPúblico - que tanto joga dinheiro fora com políti-cas paliativas ou emergenciais que apenas eterni-zam o problema da seca em nosso meio - se dis-ponha a estabelecer políticas efetivas de incentivoa um empreendedorismo rural moderno, funda-mentado nas tecnologias que dão certo no resto domundo e que geram riqueza e desenvolvimento.n Transportar água em carro pipa para matar asede da população; ampliar a distribuição dos be-nefícios do "Bolsa Família"; promover reformaagrária à base da instalação de assentamentos ru-rais onde as pessoas ainda usam a enxada como ins-trumento de trabalho; contratar ONGs para cons-truir milhares de cisternas no interior; concederempréstimos a fundo perdido a micro e pequenosprodutores com recursos do Pronaf; doar milhõesde quilos de sementes; cortar terras de graça; ven-der milho da Conab a preço subsidiado na tentati-va de salvar os rebanhos... nada disso irá mudar atrágica realidade do nosso semiárido.n Só não vê quem não quer... ou quem preferecontinuar usufruindo das vantagens eleitorais quea manutenção do nosso povo na miséria proporcio-na a políticos corruptos e desavergonhados.

Fazer parte do semiárido devia ser umponto positivo para a economia do RN

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8 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013

C M Y K

Segunda-feiraCidade

GÉSSICA RIBEIRO

[email protected]

Com estrutura visivelmente da-nificada, as obras de recuperaçãodo túnel de Neópolis, localizado naBR-101, estão atrasadas. Com isso,os motoristas que passam pelolocal continuam convivendo coma insegurança gerada no principalretorno para Natal. A reforma teveinício no dia 14 de janeiro e oprazo para conclusão das obras erade 30 dias.

No entanto, até hoje os moto-ristas que passam pelo local nãopercebem nenhuma mudança. Uma

das principais vigas continua que-brada, se desmanchando cada vezmais, as ferragens ainda estão des-cobertas e enferrujadas e a areiacontinua se acumulando na pista,podendo provocar acidentes porderrapagem.

A única melhoria para os moto-ristas que passam a noite pelo túnelé em relação à iluminação. Mas paraeles, ainda há muito o que fazer,como afirma o auxiliar administra-tivo Ronilson Rocha. "Eles fizerampouca coisa para o que promete-ram, pois até agora só pintaram asparedes e colocaram um pouco deiluminação dentro do túnel. Melho-

rou para quem passa por aqui denoite, mas o perigo maior, que é aestrutura do túnel ainda não foi ar-rumado e nós temos medo de quealgum acidente sério aconteça porcausa disso", disse Ronilson.

Quando anunciou as obras, aSuperintendência Regional do De-partamento Nacional de Infraestru-tura e Transportes (Dnit/RN) afir-mou que a recuperação da estrutu-ra e da manutenção do pavimentoseriam feitas por etapas, aos finaisde semana, começando pela remo-ção e execução da viga danificada.Posteriormente, seriam feitas a lim-peza do túnel e de áreas adjacentes,

iluminação, conservação da Faixa deDomínio, a sinalização e a operaçãotapa-buraco no local.

Apesar dos danos na estruturado túnel de Neópolis, o local nãoestá interditado e devido ao acessoque dá a diversos bairros da cida-de, o fluxo de veículos é muito in-tenso no local durante todo o dia. Otráfego intenso fez com que popu-lares criassem uma via 'clandestina',que é uma estrada de barro usadapara facilitar o acesso ao túnel paraos motoristas que vêm dos bairrosCidade Satélite e San Valle. Apesarda irregularidade, muitos motoris-tas escolhem esse caminho e temem

que após a reforma do túnel, o tre-cho seja interditado.

Para o marítimo Eliomar Espí-nola, além de reformar, é precisoabrir mais vias de acesso ao retor-no. "O túnel não está nada bom,mas infelizmente ele é o único re-torno rápido que temos. O outro éna entrada de Nova Parnamirim ejá que muitas pessoas utilizam, areforma deve ser feita com urgên-cia. Em relação à estrada de barroque utilizamos para chegar até ele,ela é muito útil, pois facilita o nossoacesso sem precisarmos andar tan-tos quilômetros. Espero que não fe-chem essa estrada, mas sim que a

regularizem", diz o marítimo.A empresa contratada através

de licitação para executar as obras,foi a CSN Ltda., que receberá ovalor R$ 97.359,94. A ordem deserviço foi assinada no último dia2 de janeiro, mas ainda não há pre-visão para conclusão da reforma dotúnel de Neópolis.

A reportagem de O Jornal deHoje procurou o Departamento Na-cional de Infraestrutura e Transpor-tes do Rio Grande do Norte(Dnit/RN) para maiores esclareci-mentos quanto às obras, mas nãoobteve retorno até o fechamentodesta edição.

Os meses de março e abril re-presentarão um momento especialpara a Universidade Federal do RioGrande do Norte (UFRN), que es-tará inaugurando dois novos espa-ços que irão melhorar as atividadesacadêmicas de ensino, pesquisa eextensão. A primeira obra será inau-gurada no dia 1º de março, na Ma-ternidade Escola Januário Cicco, econsiste na adaptação das instala-ções do Laboratório de FertilidadeAssistida. Já no dia 1º de abril ocor-rerá a entrega da ampliação da Es-cola de Enfermagem de Natal(EEN), localizada no campus Cen-tral da UFRN.

De acordo com a reitora da ins-tituição de ensino superior, Ânge-la Maria Paiva, as duas obras, rea-lizadas com recursos próprios daUniversidade, foram projetadascomo novos espaços para aquecera formação de profissionais e alu-nos na área da Saúde. Segundo Ân-gela, atualmente o Laboratório deFertilidade tem serviço mantidopara a rede privada do Estado.

"Com o serviço de adaptaçãodas novas instalações, tornamos o

serviço pactuado com o SistemaÚnico de Saúde (SUS). Será umespaço de capacitação para profes-sores e alunos, com assistência vin-culada a novos tipos de formaçõese pesquisas de ponta. Com isso,ganha a Universidade, mas princi-palmente a população usuária doSUS, que terá oportunidade de serassistida pelo Laboratório de Fer-tilidade", disse.

Orçado em cerca de R$ 272 milreais, o Laboratório de Fertilidadecontará com sala de recepção paraos pacientes, consultórios, lavabos,laboratório de fertilização para pro-cessamento de material genético,antecâmara, vestiário para pacien-tes, além das salas de ultrassonogra-fia, coleta de material germinati-vo, procedimentos clínicos, obser-vação de pacientes, escovação eparamentação, criopreservação earmazenamento, utilidades e salade estar para a equipe clínica.

A ampliação da Escola de En-fermagem de Natal, orçada em R$1,5 milhão, conta com três pavi-mentos, um elevador, sete salas deaulas e 14 salas de professores.

"Nós já temos a projeção de novoscursos de formação viabilizadospelo Programa Nacional de Aces-so ao Ensino Técnico e Emprego(Pronatec), além de ampliações emcursos de graduação na área desaúde. Os novos ambientes propor-cionaram melhores condições paraprofessores e convivência com aspessoas que utilizam o espaço parapromoção do ensino, pesquisa e ex-tensão", afirmou a reitora ÂngelaPaiva.

A Escola de Enfermagem tema missão de promover a profissio-nalização e requalificação dos tra-balhadores da saúde para atuaremnos diversos níveis de atenção àsaúde, visando à promoção, pre-venção, recuperação e reabilitação,através do desenvolvimento decompetências e habilidades técni-cas, políticas e éticas, fundamenta-das nos princípios do Sistema Únicode Saúde (SUS). Também tem opropósito de desenvolver a educa-ção profissional junto à comunida-de e aos trabalhadores de nívelmédio, realizando atividades de en-sino, pesquisa e extensão.

Reforma do túnel de Neópolis está atrasada emotoristas usam via ‘clandestina’ para acessar retorno

OBRAS DE RECUPERAÇÃO DEVERIAM TER SIDO CONCLUÍDAS NO ÚLTIMO DIA 14, MAS NOVA DATA AINDA NÃO FOI DEFINIDA

Local não foi interditado para realização das obras e ferragens da principal viga continuam expostas, provocando insegurança

> INVESTIMENTO

UFRN inaugura novas instalaçõesde capacitação e benefício público

Com investimento na ordem de R$ 1,5 milhão, ampliação da Escola de Enfermagem de Natal conta com três pavimentos

Em estrada de barro, via 'clandestina' foi criada para facilitar acesso de motoristas que vêm de Cidade Satélite ao túnel

José Aldenir

Fotos: Herácles Dantas

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O Jornal de HOJE 9Natal, 25 de fevereiro de 2013Segunda-feira Cidade

MARCELO HOLLANDA

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(EQUIPE ACOMPANHOU EXPEDIÇÃO A CONVITE DA FAERN)

Aseca que já perdura há um anono Rio Grande do Norte, além dasperdas materiais, está produzindouma espécie de angústia coletivanos produtores rurais. Da regiãoCentral, sob a imponência do picodo Cabugi, passando pelo AltoOeste, por onde tradicionalmente aquadra chuvosa começa, até os mu-nicípios que compõem a chamadatromba do elefante, na divisa com aParaíba, todo pequeno prenúncio dechuva é suficiente para que os agri-cultores larguem tudo e empreen-dam uma corrida desesperada parapreparar as terras que receberão assementes de milho e sorgo distri-buídos pelo Governo do Estado.

Para descobrir porque um pro-blema secular como a seca conti-nua sem solução, amarrando o Es-tado à vergonhosa dependência doscarros-pipa e liquidando com as re-servas econômicas acumuladas porgerações de uma mesma família deprodutores rurais, a Federação daAgricultura (Faern) organizou umaexpedição que, da última sexta-feira(22) até domingo (24), percorreuaproximadamente 1.200 quilôme-tros de rodovias federais e estaduais,embocando por estradas vicinais pe-dregosas, levando no 'lombo' maisde 40 jornalistas, entre repórteres,fotógrafos, cinegrafistas.

Durante estes três dias, come-çando sempre às 5 da manhã até oentardecer, milhares de fotos foramtirados, dezenas de depoimentos co-lhidos, horas de vídeo gravados, emuma expedição onde os profissio-nais de imprensa tiveram a liberda-de de conduzir seus trabalhos comindependência, sem interferênciasexternas de prefeitos, partidos oupolíticos.

A única condição imposta peloroteiro foi buscar propriedades pro-dutivas com impacto direto na vidadas populações, evitando os dois ex-tremos da paisagem rural: os assen-tamentos rurais atingidos pelo Pro-grama Nacional de Fortalecimentoda Agricultura Familiar (Pronaf), deum lado, e os projetos irrigados comescala de exportação, de outro.

Desde o início ficou bastanteclaro que o objetivo da viagem se de-bruçaria nos efeitos da seca sobre

produtores tradicionais, que efeti-vamente movimentam a economiaagrária do Estado com a produçãode leite e carne, e que estão perden-do tudo com a estiagem. E tentarexplicar porque essa tragédia anun-ciada ocorre ciclicamente sem queas autoridades interfiram decisiva-mente para mudar essa realidade.

Postas as condições da expedi-ção, a Faern só estabeleceu rápidoscontatos com as lideranças políticasnas Câmaras Municipais dos muni-cípios previamente agendados, masa prioridade absoluta foi concentra-da no roteiro de campo, no depoi-mento dos produtores, na visita àspropriedades, na visão deprimentedos cemitérios de animais comunsem todas as regiões visitadas.

Aprimeira parada, na sexta-feira(22), foi Lajes, na região CentralPotiguar, a 125 km de Natal, segui-da de Angicos e Assu. No sábado,foi à vez de Apodi, no Oeste poti-guar, terminando em Pau dos Fer-ros, na divisa com a Paraíba. Umdia inteiro para cada região, umaviagem relâmpago, é verdade, masa única (e inédita) maneira de con-seguir arrastar para fora das reda-ções o maior número possível de

jornalistas.Neste domingo, ao encerrar a

expedição, após passagem porCaicó, o presidente da Faern, JoséÁlvares Vieira, fez uma avaliaçãodo que foi visto ao longo da viageme com a voz embargada, admitiu:"Antes de pegarmos a estrada, euesperava encontrar uma realidadeum pouco diferente depois das últi-mas chuvas, mas não imaginava queas coisas estivessem tão ruins".

Um das conclusões foi que,mesmo se restabelecendo neste ano,o que é uma possibilidade bastantediscutível, uma década será neces-sária para recompor os estragos pro-duzidos pela atual estiagem, cujacomparação com as grandes secas da

história já deixou para trás várioseventos registrados nos últimos 50anos.

A segunda conclusão da expe-dição, segundo a avaliação final, foique a assistência técnica no campo,por parte dos órgãos competentes,deixa muito a desejar - não é pro-fissional, sistemática e continuada e,quando ocorre, limita-se a uma vi-sita, um cafezinho e só.

Ficou bastante clara também adecadência das propriedades rurais.Com a estiagem prolongada, os pro-dutores perderam quase todos osempregados e encontram dificulda-des, pagando R$ 50 reais de diária,até para conseguir alguém disponí-vel para cortar o xique-xique quealimentará o gado magro que seequilibra sobre as patas.

A explicação para isso foi atri-buída pelos produtores, em parte, aoefeito bolsa, que eles admitem tertrazido menos pressão nas relaçõesde trabalho no campo, mas afastouos trabalhadores daquilo que eles de-veriam mais prezar: o trabalho.

A outra conclusão veio da bocade prefeitos que recepcionaram aexpedição e que se queixaram dalentidão das ações do governo es-

tadual no combate à seca, que se li-mitou a repassar os recursos fede-rais sem se importar muito com aconstrução de um plano de priori-dades. A falta de projetos articula-dos e as incertezas na Secretaria daAgricultura, ainda sob o comandoprovisório de José Simplício, foramlembrados.

O atraso com que o milho sub-sidiado dos estoques da CompanhiaNacional de Abastecimento come-çou a chegar ao Estado também fi-gurou entre as queixas dos produto-res, que perceberam as dificuldadesda Companhia no Estado em aten-der o crescimento vertiginoso nonúmero de produtores cadastrados.De uma hora para outra, os carrega-

mentos que chegavam com atrasoeram disputados às vezes à tapapelos produtores, afugentando mui-tos que precisavam desesperada-mente do produto.

O preço pago pelo Programa doLeite, cujos pagamentos serão reto-mados agora com a abertura do or-çamento, são considerados insufi-cientes pelos produtores, cujas pro-duções despencaram no mesmoritmo com que a produção de mel ecastanha sumiram do cenário agrá-rio da região Alto Oeste.

A impossibilidade de levar seusrebanhos de carreta para alimentá-los em pastagens de outros estados,uma das conseqüências das barrei-ras levantadas por Pernambuco eCeará ao atraso e a desorganizaçãodo RN no processo de controle daaftosa no Estado, também figurouentre as queixas, desta vez de pro-dutores com rebanhos maiores.

A burocracia na concessão decrédito pelo BNB também recebeumuitas críticas dos produtores ouvi-dos pela Expedição, mas revelou oendurecimento das exigências doagente financeiro para evitar possí-veis fraudes, ironicamente numaépoca em que os recursos para aseca encontram as menores taxas dejuros da história.

EXPEDIÇÃO PROMOVIDA PELA FAERN PERCORREU SEIS MUNICÍPIOS DO RN COM OBJETIVO DE VERIFICAR EFEITOS DA SECA

‘ ’"Antes de pegarmos a estrada, eu esperava encontrar uma realidade um pouco diferente depois das últimas chuvas, mas não imaginava que as coisas estivessem tão ruins"

JOSÉ ÁLVARES VIEIRA

PRESIDENTE DA FAERN

Fotos: José Aldenir

CONTINUA NA PÁGINA 14

"RETRATOS DA SECA"mostra angústia do produtor rural

Durante expedição foramencontrados diversos ‘cemi-térios de animais’ com cente-nas de ossadas expostas emterra quente

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Segunda-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013 Cidade

O Núcleo de Custódia da Po-lícia Civil, na Cidade da Esperan-ça, registrou uma nova tentativade fuga durante a noite de ontem.Desta vez, os presos conseguiramarrombar uma porta que dá aces-so ao depósito da antiga 8ª Dele-gacia de Polícia, que funcionavaoriginalmente no prédio do estabe-lecimento, mas ficaram impedi-dos de passar para a área externapor causa da grande quantidade dematerial no local. Esta já é a ter-ceira tentativa de fuga deste ano.

Conforme os relatos dos poli-ciais civis que trabalham no NC, ospresos vivem armando situaçõespara fugir da cela improvisada de18 metros quadrados, onde, no anopassado, já chegou a abrigar 105detentos. "Passamos o dia todo ou-vindo o barulho deles escavando asparedes e o chão, tentando abrirburacos para fugirem. Felizmente,eles não tiveram essa sorte aindaeste ano", disse um agente, que

não quis se identificar.Segundo a diretora do Núcleo,

Tânia Pereira, o grande númerode presos na cela e as péssimascondições em que eles são obriga-dos a ficarem é um dos motivospara as várias tentativas de fugasregistradas na unidade, que, ape-sar de estar interditada para a che-gada de novos detentos desdeagosto passado, continua receben-do pessoas.

"Felizmente, eles não conse-guiram fugir porque o depósito estácheio de material de apreensõesaté o teto, mas vivemos em cons-tante risco, porque isso aqui é umabomba-relógio. No começo do mês,eles quebraram o único vaso sani-tário para tentarem fugir pela fossa,mas foram flagrados pelos agentes.E a superlotação e as condições dolocal são os principais motivos paraisso tudo", explicou.

Na manhã de hoje, a unidadejá estava com 72 presos dentro da

única cela, quando recebeu maisoito homens, vindos das delega-cias de plantão da Capital, totali-

zando 80 detentos. No entanto,como não havia mais espaço útildentro da cela, os novos presos ti-

veram que ficar algemados unsaos outros no corredor da direção.

"Nós mendigamos por vagasà Secretaria Estadual de Justiça eda Cidadania (Sejuc), que nos li-bera um número contado, que nãodá vencimento nunca ao total depresos que temos aqui dentro hoje.Enquanto eles nos dão cinco vagaspor dia, recebemos entre dez e 15presos, vindos da Região Metro-politana e de outros municípios.É o caos generalizado aqui dentro",desabafou Tânia.

ÚLTIMA TENTATIVA DEFUGA OCORREU HÁ 20 DIAS

Esta é a terceira vez que ospresos do Núcleo de Custódia daPolícia Civil tentam fugir do local,em menos de dois meses. A últi-ma aconteceu no dia 5 de feverei-ro, quando eles retiraram o únicovaso sanitário existente na cela im-provisada e cavaram um túnel, quefoi descoberto pelos policiais civis

durante uma revista feita na madru-gada. Naquele dia, 75 homens seamontoavam na cela de 18 metrosquadrados.

Na ocasião, eles usaram umpedaço de barra de ferro, serradoda grade da cela, e uma haste dealumínio para quebrarem o únicovaso sanitário do local e abriremo túnel, que foi descoberto a tempopelos policiais civis de plantão. Asduas peças foram encontradas nopátio externo da unidade.

Para Tânia, a situação é insus-tentável para todos, presos e fun-cionários. E os casos de doençasentre as duas categorias são vá-rias. "Temos presos com gripe, tu-berculose, fraturas e outras coisas.E nós, que trabalhamos diretamen-te com eles, também somos afeta-dos por isso e pela angústia de nãopoder fazer nada para melhorar asituação, porque isso não depen-de de nós e sim da Degepol", de-sabafou.

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Após denunciarem a precarieda-de das instalações do Centro Inte-grado de Operações em SegurançaPública (Ciosp) de Natal, os poli-ciais civis e servidores do InstitutoTécnico Científico do Rio Grandedo Norte (Itep/RN) lotados no órgãoirão trabalhar em uma sala dentroda Delegacia Geral, no bairro daCidade da Esperança. Eles relatamque o prédio onde o Ciosp funcio-na hoje, dentro do Comando Geralda Polícia Militar, oferece risco devida aos servidores, pois apresentarachaduras e infiltrações que com-prometem a estrutura do prédio.

Hoje à tarde, os servidores sereúnem com o delegado geral daPolícia Civil, Fábio Rogério, paradecidirem qual o local exato em queeles ocuparão dentro da Degepol.Segundo o presidente do Sindicatodos Policiais Civis e Servidores da

Segurança Pública (Sinpol/RN),Djair Oliveira, o fato foi decididoapós entendimento com o secretá-rio estadual de Segurança Pública(Sesed), Aldair da Rocha, que rece-beu os servidores na manhã de hoje.

"Felizmente, o secretário en-tendeu a nossa reivindicação e osriscos que estamos correndo emcontinuar naquele prédio, cheio derachaduras e infiltrações que colo-cam em perigo, com risco iminen-te de morte, os trabalhadores queestão lá. Agora, a nossa expectati-va é que o delegado geral tambémseja solidário. Vamos nos reunircom ele mais tarde, para que eleindique o local em que vamosatuar", explicou.

Atualmente, o Ciosp Natalconta com uma equipe de 60 ser-vidores da Polícia Civil, Itep/RN ePolícia Militar, sendo que esta úl-tima continua no local. No entan-to, conforme Djair, os trabalhado-res reclamam constantemente das

condições do prédio ocupado peloórgão e que, diante disso, eles de-cidiram deixar de trabalhar no locale se apresentar à Degepol, até queseja tomada uma providência.

"Trata-se de um dos prédiosmais antigos da estrutura da PM,que além das rachaduras, sofre hojecom vazamentos em todas as salas,com risco de descarga elétrica, alémde ter tomadas e fiações expostas.O SINPOL observa que diante daschuvas recentes, a única providên-cia que seria tomada pela cúpulada Segurança Pública era a coloca-ção de uma lona, para evitar infil-trações", explicou Djair.

Além disso, ele afirmou queexiste uma estrutura concluídadesde 2010 no prédio do antigo Ins-tituto de Previdência dos Servido-res do Rio Grande do Norte (Ipern),na Rua Jundiaí, que seria destina-da ao Ciosp e que só falta a partede cabeamento, uma despesa queseria inferior a R$ 100 mil.

> ROTINA

Servidores da Polícia Civil e Itep/RN deixamprédio do Ciosp por medo de desabamentoAPENAS OS MEMBROS DA POLÍCIA MILITAR CONTINUAM TRABALHANDO NO CENTRO DE OPERAÇÕES EM SEGURANÇA

Presos do Núcleo de Custódia tentam fugir outra vez

O juiz da 1ª Vara da FazendaPública, Bruno Lacerda Bezerra,deu provimento a recurso inter-posto pelo Ministério Público edeterminou que o Estado efetue anomeação de, no mínimo, o nú-mero de cargos previstos no edi-tal do Concurso da Polícia Civilrealizado em 2010. Com isso, oExecutivo está obrigado a convo-car pelo menos 68 delegados, 107escrivães e 263 agentes de polí-cia civil.

O magistrado destacou quelevou em consideração os cargosvagos desde à época da publica-ção do edital (5 de dezembro de2006), excluindo do total os nú-meros correspondentes às nomea-

ções derivadas da vacância de fun-ções por morte, exoneração ouaposentadoria dos antigos ocu-pantes. A decisão é de sexta-feira(22).

AAção Ordinária com pedidode tutela antecipada foi interpos-ta originalmente pela Associaçãodos Delegados de Polícia Civil doRio Grande do Norte (Adepol/RN)em face do Estado. A Adepol ale-gou, em síntese, a necessidade denomeação dos candidatos aprova-dos para os cargos que obtiveramêxito no concurso público inicia-do através do Edital nº 001/2008,cujo resultado foi homologado pormeio de publicação no Diário Ofi-cial do Estado (DOE/RN) de 16 de

dezembro de 2010.De acordo com o exposto, a

situação da segurança pública noRio Grande do Norte, com o au-mento alarmante da violência ecriminalidade, tem gerado infor-túnios irreparáveis para a popula-ção. E citou a cumulação de di-versas delegacias por um únicoprofissional, detalhando que hádelegados respondendo por maisde 20 delegacias ou por circuns-crições que chegam a abrangermais de 100.000 habitantes.

Essa é a terceira decisão favo-rável somente no que diz respei-to à Ação Ordinária. Mas o Esta-do tem recorrido sucessivamentedessas decisões.

> DECISÃO

Justiça determina nomeação dedelegados, escrivães e agentes

Sete pessoas foram assassinadasontem, em todo o RN, em mais umfinal de semana violento. Destas, trêsforam atacadas em um intervalo deduas horas, na Região Metropolita-na de Natal. E, mais uma vez, ne-nhum dos assassinos foram identifi-cados ou detidos pela Polícia Militar.

O primeiro crime aconteceu nobairro de Lagoa Azul, na zona Nortede Natal, quando José Itamar Bezer-ra Lopes, de 34 anos, foi executa-do com vários tiros de revolverquando conversava com um amigoem um estabelecimento comercial,por volta das 18h. Ele estava sen-tado no local quando dois homensem uma motocicleta se aproxima-ram dele e, sem dizer uma só pala-

vra, efetuaram os disparos. José Ita-mar foi atingido na cabeça, tóraxe braço e morreu no local.

A segunda vítima foi baleadatambém quando conversava comum amigo, na Rua São Geraldo, nobairro das Quintas, às 19h. Atingi-do no tórax e abdome, WagnerCampelo Ferreira, de 27 anos, aindafoi socorrido com vida para o Hos-pital Walfredo Gurgel, mas não re-sistiu e morreu. O companheirodele foi atingido de raspão e nãocorre risco de morte.

Já Régis da Silva Fernandes, de22 anos, foi morto a tiros por umdesconhecido, que o abordou emum estabelecimento comercial e efe-tuou os disparos. O crime, ocorri-

do na Rua Limor de Medeiros, emParnamirim, atraiu um grande nú-mero de curiosos no local, queacompanharam o trabalho da Polí-cia Militar e dos peritos do Institu-to Técnico Científico de Polícia doRio Grande do Norte (Itep/RN).

As outras vítimas foram Fran-cisco Elivelton Cavalcanti deMoura, de 21 anos, assassinato atiros em Santo Antônio do Potengi;Gerônimo da Silva Cruz, 33, emGuamaré; Leandro Silva do Nasci-mento, 30 anos, assassinato em umaestrada carroçável em Muriú, CearáMirim e Antônio Ricardo Marques,37, executado com dois tiros notórax e pescoço, no município deAreia Branca.

> VIOLÊNCIA

Rio Grande do Norte tem maissete mortes no final de semana

Prédio onde funciona o Ciosp, segundo o Sinpol, apresenta rachaduras e infiltrações que comprometem a estrutura do local

Wellington Rocha

Sem espaços na cela, presos são algemados e ficam no corredor do Núcleo

José Aldenir

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 11Natal, 25 de fevereiro de 2013CidadeCidade

Cantaram Chico Buarque e Ruy Guerra, em ho-menagem à Revolução dos Cravos que estabeleceu ademocracia em Portugal, em 1974: "Se trago as mãosdistantes do meu peito / é que há distância entre in-tenção e gesto". Essa distância é marca do PT deLula.

Só faz pouco tempo que a presidente Dilma Rous-seff envaideceu-se com a fama de "faxineira" que aimprensa tratou de consolidar, quando ela fez pare-cer que no seu governo não havia tolerância com oroubo, mesmo que viesse dos seus companheiros.

Mesmo durante o julgamento do mensalão do PTno Supremo e após a senten-ça condenando a corja deZé Dirceu, Genoíno e JoãoPaulo Cunha, Dilma conse-guiu manter à distância odecoro presidencial, evitan-do advogar em favor doscorruptos.

Mas, foi só iniciar-se oprocesso de investigação deLuiz Inácio como chefe domensalão e estourar na mídiao caso com Rosemary No-ronha, a presidente tirou amão do peito, inflou-se deintenções partidárias e fezgesto que jamais deveria terfeito.

A chefe de EstadoDilma Rousseff, presidenteda República do Brasil, co-mandante das Forças Arma-das e líder, em tese, do povobrasileiro, saiu do Palácio do Planalto e foi juntar-seaos condenados do mensalão num convescote ideo-lógico no Anhembi.

Beijos, abraços e apertos de mão trocados com oscorruptos que desviaram dinheiro público para trans-ferir como propina às contas bancárias de parlamen-tares de outros partidos, no objetivo estratégico de ga-rantir votos no Congresso em favor de Lula.

Na fila dos "comprimentos" (a presidente con-funde saudação com a dimensão longitudinal, taí suadistância entre inflexão e texto), a relação íntima e fes-tiva com os ladrões do erário. Uma presidente da Re-pública tagarelando com bandidos condenados.

Confundir gestos e intenções tem sido uma práti-ca constante do PT e seus cúmplices, principalmenteo PCdoB, como nos casos Cesare Batisti e Yoani San-chez. Defendem o primeiro, que matou quatro traba-lhadores, agridem a segunda, por escrever um blog.

Encastelados nos bancos acadêmicos das univer-sidades públicas, protegidos pelos perpétuos salários

e às vezes com sinecuras ideológicas nos partidos, aslideranças militantes da esquerda injetam porções deideologia e delinquência nos estudantes.

O resultado é uma horda de intolerantes, cegoscomo fundamentalistas religiosos, que saem por aíagredindo o direito ao livre pensamento e censuran-do o contraditório, marcas da democracia republica-na. E se há reações, põem a máscara do coitadismo.

Todos seus argumentos remetem a fatos de quase50 anos, o uso estratégico e estereotipado do regimemilitar como motivo maior das suas histerias políti-cas. Vomitam palavras de ordem como "cheerlea-

ders" de um jogo de sujeirae insensatez.

Desprovidos de qualquercapacidade cognitiva para odebate de ideias, essas rata-zanas de aluguel aprende-ram enviesadamente - semfazer qualquer ligação, ob-viamente - a máxima de Sar-tre de que "o inferno são osoutros". O truque do "PTrouba menos".

Voltando ao triste episó-dio da presidente DilmaRousseff em companhia deladrões (o ladrão ao lado deCristo era só um pobre pun-guista, vale lembrar paraefeito de contra-argumento),os petralhas precisam conhe-cer um caso com o generalCastelo Branco.

Poucos anos antes deChico Buarque e Ruy Guerra comporem a cançãoFado Tropical, inicialmente para a peça "Calabar" edepois ofertada aos portugueses, uma nota de jornalfez o então presidente Humberto Castelo Branco te-lefonar para um irmão dele.

Funcionário da Receita Federal, o cara havia aju-dado os colegas na luta pela lei que regularizou acarreira, fazendo contatos com alguns parlamentaresem Brasília. Em gratidão, todos se reuniram e deram-lhe de presente um novo carro, um Aero-Willys.

Ao ler o fato na imprensa, o general ligou para oirmão, mandou devolver o mimo. E ouviu de volta:"se eu devolver ficarei desmoralizado no cargo daReceita". Ao que o ditador encerrou: "O cargo vocêjá perdeu, estou vendo agora se você vai preso ou não".

É a tal diferença entre intenção e gesto que o PTe seus quadrilheiros jamais irão entender e que a pre-sidente Dilma Rousseff, infelizmente desconhecen-do o decoro do cargo e seus atributos constitucio-nais, acabou repetindo no aparelho do Anhembi. (AM)

Dilma, o general e o gestoDilma, o general e o gesto

Alex [email protected]

Danilo Sá[email protected]

GLOBAL IA Rede Globo deve firmar par-

ceria com o Sebrae-RN para que aspeças produzidas por artesãos po-tiguares sejam disponibilizadas naloja de produtos oficiais da nove-la Flor do Caribe, no site da emis-sora. A produção do novo folhetim,que vai ao ar a partir do próximodia 11, já entrou em contato como empresário Sílvio Bezerra, dire-tor da entidade.

GLOBAL IIE por falar em Sílvio Bezerra,

o atual vice-presidente do ABC di-vulgou por uma rede social que anovela Flor do Caribe terá perso-nagem torcedor do ABC. O pesca-dor Donato, que será interpretadopelo ator Luis Carlos Vasconcelos,vai torcer para o alvinegro natrama. Visibilidade maior para oclube, impossível.

GLOBAL IIIEm tempo, a nova novela da

Globo, que será exibida na faixadas 18 horas, é ambientada em umacidade fictícia localizada no RioGrande do Norte. Com muitas ima-gens das dunas, do mar e de la-goas, o turismo potiguar tem tudopara disparar no verão do próximoano.

TRABALHOA secretária municipal de Pla-

nejamento, Virgínia Ferreira, devefinalizar esta semana, com a cola-boração da equipe de auxiliares doprefeito Carlos Eduardo Alves(PDT), o relatório da gestão detransição da Prefeitura. O docu-mento deve ser entregue ao Tribu-nal de Contas e ao Ministério Pú-blico do Estado na próxima sexta-feira, 1º de março.

ONLINEMais um espaço para notícias

e opinião na internet. O ex-verea-dor Salatiel de Souza, que atual-mente apresenta programas derádio e televisão na CBN e TVTropical, está se preparando paracolocar no ar o www.salatielde-souza.com.br. Na pauta, muita po-lítica, cotidiano e temas policiais.Local de acesso obrigatório paraquem quer ficar "conectado coma verdade". Boa sorte para Sala-tiel.

LIDERANÇA IFoi este colunista, ainda no iní-

cio do mês de janeiro, um dos pri-meiros a noticiar o favoritismo dovereador Júlio Protásio para assu-mir a liderança do prefeito CarlosEduardo na Câmara Municipal. Naépoca, como interino do jornalis-ta Túlio Lemos na página 3 desteJH, disse inclusive às motivaçõesque levaram, agora, o gestor a sedefinir pela escolha.

LIDERANÇA IIJúlio chega a função após a ex-

periência de três mandatos conse-cutivos no legislativo, como mem-bro do mesmo partido da vice-pre-feita Wilma de Faria, o PSB, eapoiado por cerca de 20 vereado-res da atual legislatura, inclusive dopresidente, Albert Dickson. Para oprefeito, melhor articulador nãohavia. Escolha certeira.

ACERTOPor falar em boas escolhas, o

prefeito de São Gonçalo do Ama-rante, Jaime Calado, nomeou oadvogado Saulo Carvalho comoseu novo secretário municipal dePlanejamento. Deste canto de pá-gina, o envio de sucesso e de boasorte ao novo auxiliar de São Gon-çalo.

ALIADOO deputado estadual Vivaldo

Costa, o Papa, não poderia ter sidomais transparente. No mesmo dia,em entrevista a imprensa seridoen-se, disse diante da governadora Ro-salba Ciarlini (DEM) que estavase preparando para votar, mais umavez, na gestora democrata. E foialém. Para o Papa, a Rosa precisamesmo se afastar do PMDB paraconseguir fazer um bom governoe viabilizar a reeleição. É... 2014começou.

ESQUECIMENTONeymar é o oitavo brasi-

leiro a estampar a capa da re-nomada revista Time. Mas, oque poucos sabem, é que entreas sete edições anteriores emque o Brasil esteve representa-do, uma foi com um potiguar,o ex-presidente da República,Café Filho.

MILHÕESA Prefeitura do Natal publicou

o novo contrato assinado com aCooperativa dos Médicos paraprestação de serviço em diversossetores do serviço público de saúdena capital potiguar. Válido por umano, o documento tem o valor es-

timado em até R$ 35,4 milhões.Detalhe: o contrato foi assinadono final de 2012, ou seja, ainda naadministração passada.

DESRATIZAÇÃONotícia é destaque no site Con-

tas Abertas. Um dia antes da im-prensa divulgar a demissão das es-tagiárias do Senado Federal, quepostaram a foto de um rato na in-ternet e o associaram ao atual pre-sidente da Casa, Renan Calheiros,o Senado reservou R$ 825 para acompra de 15 kg de raticida. Nãoé a primeira vez que os roedorescausam polêmica na Casa. Em ja-neiro do ano passado uma servido-ra foi mordida por um dos ani-mais na Secretaria-geral da MesaDiretora. O caso fez com que oSenado contratasse um serviço dedesratização e dedetização. Naépoca, alguns servidores da lim-peza disseram que a presença dosratos pelas dependências da Casaé constante.

AÇÃOO vereador Luiz Almir viaja-

rá terça-feira, 26, a Brasília, onde,acompanhado do ministro Garibal-di Filho e do senador Paulo Davim,irá ao DNIT apresentar os gravesproblemas na Ponte de Igapó e noviaduto sobre a BR-101, em Neó-polis. São duas situações de aban-dono, com esses equipamentos viá-rios se destruindo e levando peri-go a milhares de pessoas.

AGRADECIMENTOSÀ diretoria deste O Jornal de

Hoje, aos meus pais, irmãos e de-mais familiares. A Túlio Lemos,Alex Viana, Joaquim Pinheiro e atodos os companheiros de redaçãodeste vespertino; aos meus eternosmestres da UFRN; aos "professo-res" João Ricardo Correia, Edíl-son Braga, Carlos Alberto Barbo-sa, Thaisa Galvão e Ivo Freire,todos ex-colegas deste bravo JH.A Mariana e a todos os fiéis ami-gos. Obrigado!

CHAPASDepois de muito se falar numa dobradinha em

2014 com o ministro Garibaldi Filho (PMDB) paragovernador e a deputada Fátima Bezerra (PT) parasenadora, surgiu no fim de semana a chapa Robin-son Faria (PSD) e Henrique Alves (PMDB).

GARIBALDIO jornalista Carlos Santos, um dos bons analis-

tas políticos do RN, comenta em seu blog, direto deMossoró, a provável quarta candidatura de Gari-baldi Filho ao governo (venceu duas, perdeu uma).Na família Alves, há quem jure que o ministro nãoquer.

APOIOO prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT) es-

teve o tempo todo ao lado do amigo e vizinho Ro-binson Faria, na noite do sábado, durante o aniver-sário de uma filha do vice-governador. Já não fazsegredo de que apoia o colega de infância na lutade 2014.

SUCESSÃO MPMarcada para meados de abril, a eleição do su-

cessor do procurador-geral de Justiça, Manuel Ono-fre Neto, segue sem muito ba-rulho no ambiente do Ministé-rio Público. Não há sinal evi-dente de favoritismo entre oscandidatos Rinaldo Reis e OscarHugo.

FRAUDEO colunista continua atento

ao caso de um militante de es-querda que vem dividindo comuma liderança política cerca deR$ 500 mil que recebe por anoa partir de um esquema bemmontado envolvendo a Saúde eo programa de proteção à teste-munha.

SEM AULASNo município de Parnami-

rim, centenas de crianças e ado-lescentes ainda estão sem fre-quentar as aulas em 2013 porcausa de sete escolas públicasque ainda não iniciaram as ati-vidades. Diretores e professo-res não sabem dizer aos paisquando começam.

FISIOLOGISMOO velho Helio Fernandes

continua com sua lucidez sar-cástica no site Tribuna da Im-prensa. No fim de semana, es-

creveu notas mostrando o lado parasitário e fisio-logista dos comunistas do PCdoB, que chamou "omais carreirista" entre os PCs do mundo.

DESDE 1962E diz Hélio: "Depois desse tempo todo, conti-

nuam do mesmo tamanho do velho e lendário Par-tido Comunista. Têm um senador desconhecido quenão se reelege em 2014, e os mesmos 12 deputa-dos, devoradores de tudo o que os governos ofere-cem".

VISITAQuem está voando para Natal e deverá desem-

barcar por aqui na quarta-feira é o jornalista Mil-ton Neves, o cara que semanalmente verbaliza natela da Band seu amor por apenas três times: o Atlé-tico Mineiro, o Santos e o ABC, todos alvinegros.

ZICO 60O maior craque da história do Flamengo faz 60

anos no sábado e ganhará homenagens ao longo doano por intermédio da mídia e dos fãs. Estou hon-rado com o convite para participar de um livro comcrônicas dedicadas ao Galinho, a ser editado emSão Paulo.

GEORGE 70O mais doce dos Beatles, George Harrison, faria 70 anos hoje.Não pode ser chamado de fã incondicional dos Fab Four quem

não reconheça a genialidade musical de Harrison em pelo menos14 canções: Here comes the Sun, Love to you, Taxman, I Want totell you, While my Guitar Gently Weeps, Something, My SweetLord, What is life, Devil´s radio, Handle with care, Blow away,

Stuck Inside A Cloud, Poor Little Girl e Give me Love, esta últimaque embalou minhas primeiras paixões.

MUITO PRAZER

O início de tudo é sempre um desafio. O Jornal de Hoje já temseu espaço consolidado na imprensa do Rio Grande do Norte. Na dé-cada de 90 surgiu como veículo independente, defensor da livre ini-ciativa, ousado, onde se noticia o que os outros só publicarão ama-nhã. Características que ainda permanecem.

Durante seus 15 anos de vida, este bravo vespertino consagroue criticou nomes da política e da economia potiguar; transformou-se em escola para dezenas de jornalistas, muitos dos quais em fun-ções essenciais para a imprensa potiguar atualmente; e virou maniapara milhares de leitores ávidos por informação no final de todas astardes.

É este JH que abre suas portas para nosso novo desafio. A partirde hoje, este modesto canto de página passará a ser nosso ponto deencontro diário. Aqui, vamos analisar e discutir os acontecimentosda política, da economia e do cotidiano do nosso RN. Sempre pen-sando, em primeiro lugar, no leitor.

Este novo colunista não é um total desconhecido dos fiéis leito-res deste vespertino. Já são anos como repórter e interino dos jorna-listas Túlio Lemos, Walter Gomes e João Ricardo Correia, para ficarnos mais recentes. Agora, é hora de tomar vida própria. A todos,muito prazer. Vamos à luta.

"Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina nãotêm nenhuma proposta, nenhuma visão. Isso é o

que me preocupa"

EX-DEPUTADO FEDERAL CIRO GOMES, CRITICANDO ATÉ SEU COLEGA DE PSB, EDUARDO CAMPOS

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Segunda-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013

C M Y K

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - DANIELA FREIRE - [email protected]

Cidade

w DISCURSOS INVERSOS...Tendo como cenário a cerimônia deentrega de ônibus escolares emCaicó, neste sábado, a governadoraRosalba Ciarlini e o senador JoséAgripino protagonizaram um dis-creto, porém pertinente, desenten-dimento em seus discursos feitos naocasião.

Enquanto o presidente nacional doDEM criticou fortemente o gover-no federal por conta das conseqüên-cias da seca aqui no Estado...

...a Rosa, por sua vez, fez questãode elevar o nome da presidentaDilma Rousseff, rasgando elogios aatuação da petista nessa situação. Eainda dando exemplos, como a cons-trução da barragem de Oiticica, quea governadora afirmou que "seráfeita por duas mulheres", ela pró-pria e Dilma.

w REFLEXODetalhe: nesse momento, a expres-são feita por Agripino não foi dasmelhores.

Aliás, o tom do discurso de Rosal-ba em relação ao governo Dilmasempre foi de elogio.

Totalmente o oposto do que é feitopelo presidente do seu partido emBrasília e em qualquer lugar do País.

Agripino é considerado o maior opo-sitor da administração do PT desdeo seu principio.

w ASSISTINDO AO OSCARCinéfilo assumido, o vice-governa-dor do RN Robinson Faria reuniuuma turma boa de amigos, ontem ànoite, em seu apê em Areia Preta,para acompanhar a maior premiaçãodo cinema mundial, o Oscar 2013.

Entre os convidados, estavam porlá o publicitário Jener Tinoco, Mar-cos Freire e Ailton Medeiros.

w FALANDO NELE......o vice-governador viaja nesta se-gunda-feira para a Brasília.

Na agenda paulistana do potiguar,reuniçao com o ex-prefeito de SãoPaulo e presidente nacional do PSD,Gilberto Kassab.

w CURIOSOChamou a atenção de quem recebea agenda governamental uma alte-ração feita hoje de última hora.

O aviso é de viagem à Brasília. Só.Por que, com quem e para quê...nada disso foi divulgado.

Outro detalhe curioso: os filhos dachefe-mor Rosalba Ciarlini, Lore-na e Kadu, estão entre os que rece-bem as informações sobre a agen-da- Rosado diariamente. O endere-ço eletrônico da dupla está na "listaCC" do email da Assessoria daAgenda da Governadora.

w MISTÉRIOApropósito, segundo noticiou a blo-gueira Laurita Arruda, noiva do pre-sidente da Câmara Federal, deputa-do Henrique Alves, a governadoraRosalba terá hoje reunião "com abase" na residência do peemedebis-ta, em Brasília.

Pergunta: por que não consta naagenda da democrata?

w ENCONTRO MARCADOFonte federal confirmou à coluna areunião dos aliados com a Rosa,hoje, às 20h, na residência oficialdo presidente da Câmara.

"Ou ata ou desata", comentou, emreferência à crise entre governo e oPMDB.

w PEÇA FUNDAMENTALE quem está em Brasília exclusiva-mente para esse encontro é o presi-dente da Assembleia Legislativa doRN, deputado Ricardo Motta(PMN).

É um dos poucos aliados-de-toda-hora que o Governo Rosa-do conserva...

Deverá atuar como bombeiro, poisdefende o entendimento dos parti-dos da base com a Rosa.

...do Blog Carlos Santos:"Festa do Oscar seguiu recei-ta brasileira de transformarfesta em politicagem. Arranjoujeito de socar a primeira-damaMichele Obama na trama";

...da blogueira Thaisa Gal-

vao: "Lula diz a Henrique

que vai oficializar apoio a Mi-

chel Temer na chapa de

Dilma".

GIRO PELO TWITTER

A revista TAM Nas Nuvens, que circula em todos os voos da companhia, trará em sua edição de março um case de transporte decargas da Casa do Nordeste, do empresário seridoense João Marcos

(foto). A empresa, sediada em Natal, comercializa, há mais de 25 anos,produtos típicos da região, como castanha-de-caju, queijos e doces,entre outros. Para levar as castanhas até outros pontos do país, aempresa nordestina utiliza o serviço Próximo Dia, da TAM Cargo

A fonoaudióloga Elda Mara e o médico Sergio Tseng celebrando o amor.A linda e prestigiada cerimônia de casamento foi no último sábado,com festão para seletos convidados no Espaço Guinza. Felicidades!

Cedida

Em evento na Escola Governo, encontro entre a Rosa e o deputadoKelps Lima, que dias antes havia proposto na Assembleia o fim da

residência oficial...

Cedida

Vânia Leite abraçandoZélia Pinheiro em seu

niver surpresa

DeSaboya.com

Bobflash

Junior Barreto

Mulheresnofds

Fred Lima e Dalila Rocha saboreando a culinária japonesa no Temaki

w NOVOS VOOSRepercutiu bem a nomeação do advogado e gestor público, Saulo Car-valho, como titular da Secretaria de Planejamento de São Gonçalodo Amarante.

No currículo do novo auxiliar do prefeito do município, Jaime Ca-lado, está a atuação como assessor parlamentar na Assembleia Le-gislativa do RN e como diretor-Presidente da Potigás (quando a em-presa teve lucro histórico).

O novo secretário já fez visita ao novo aeroporto, acompanhando deperto a evolução das obras.

w NOVO SABOR...Luciano Almeida, do Olimpo Recepções, voltou cheio de novidadesde São Paulo. A semana começou com o anúncio do nome da chefAdriana Padilha para comandar a cozinha da sua casa de recepções.

O nome foi saudado pelos especialistas em gastronomia, antes mesmoda apresentação do novo cardápio.

w ...DOS DEUSESGuardando mais novidades a sete chaves, Luciano garante que a va-riedade no menu segue a linha cosmopolita da casa. Ou seja: a duplaresolveu pinçar o que há de melhor na culinária no mundo.

Segundo conta Luciano, o sabor "será dos deuses".

Muito próprio, com o nome da casa.

w CHECK-IN Embarque e desembarque de fashionistas da Terrinha...

Ivana Holanda, depois de conferir o desfile da Animale e Conven-ção da Animale, voltou do Rio de Janeiro cheia de novidades. Nosábado, Ana Heloísa e Amauri Fonseca tomaram voo rumo a Lon-dres. Ele se dedica à pesquisa de tendências, como diretor da Toli.

Enquanto isso, Fátima Jales, franqueada da Dermage, programa diasno Rio de Janeiro. Na volta, ela pretende lançar a linha anti-estriase celulite da grife.

w TEMA IMPORTANTECom a programação praticamente fechada, o 4º Fórum de Turismodo RN, que será realizado nos próximos dias 13 e 14 de março, noCentro de Convenções de Natal, reunirá autoridades do Turismo detodo o RN - do litoral ao sertão - e renomados profissionais desta áreado Brasil.

Entre as palestras mais esperadas, está a do fundador da CVC Via-gens e presidente da GJP Hotéis & Resorts, Guilherme Paulus, quefalará sobre seu empreendedorismo e história de sucesso em sua áreade atuação.

Desfile R Natal Design Matersol

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Segunda-feira

C M Y K

O Jornal de HOJE 13Natal, 25 de fevereiro de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

Éprópria dos governos con-servadores a convicção deque servidor público deve

ganhar pouco e em dia. O que nãofalta é o que basta, mesmo que nãoseja tanto. Ideia engendrada na ju-risprudência da tradição cristã deséculos, a apascentar a alma dosoprimidos com aquela sabença po-pular do pouco com Deus é muito.No nosso caso, tanto pior, vem dequando os reis eram ungidos porDeus, a Igreja aliada do Estado eos Jesuítas dominavam os índiosem nome da fé e da civilizaçãoque nada civilizou.

Crescemos ao longo de cincoséculos com essa matriz que orde-nava de um lado dominadores e, deoutro, os dominados. Os índios,depois de cinco séculos, e semnegá-los nas últimas reservas que representam os povos indígenas, se-riam os funcionários públicos de hoje, tão segregados quanto seus an-cestrais. E, quase sempre, discriminados pelos estamentos mais próxi-mos da tecnocracia que circula em torno do poder e faz dessa proximi-dade uma forma bem dissimulada de gerar e gerir privilégios.

Quem faz uma leitura crítica da retórica dos tecnocratas oficiais, sejamfederais, estaduais e até municipais, não tem dificuldade em identificaros jogos e simulações em nome de déficits e precauções postas como ina-diáveis e saneadoras de riscos ditos iminentes e impondo cortes orçamen-tários que, no mais das vezes, lançam suas lâminas sobre o salário do fun-cionalismo. Exemplo perfeito é o hoje limite prudencial, arcabouço jurí-dico que em nada freia ou reduz o espaço e as vantagens dos fortes.

É o modelo, queiramos ou não.O que altera, se é que altera, numestado democrático de direito é a ca-pacidade de organização das cate-gorias e classes trabalhadoras, ar-regimentados em torno de uma es-trutura sindical ou associativa. Da-quele sindicalismo meramente vol-tado para resultados que foi a marcado trabalhismo da Era Vargas, o ce-nário evoluiu para um sindicalismohoje de base ideológica e partidá-ria gerando uma central e, por de-corrência, um partido capaz de al-terar as relações de poder.

As novas relações de trabalhoentre governo e servidores não im-pedem que o Estado exerça o direi-to de discutir sua capacidade finan-ceira, assim como questionar a lega-lidade de leis ainda que aprovadas.

Condenável, na sociedade politicamente organizada, é permitir que o lega-lismo venha a ser um instrumento de luta diante de uma realidade que nãodemonstra o mesmo esmero no trato de outras despesas que nem sempreatestam, na prática, o que a retórica oficial tenta demonstrar no discurso.

Uma coisa é certa: o Estado não é o mesmo que alguns governan-tes imaginam. Estamos diante de uma sociedade que se organiza poli-ticamente com conquistas sociais que exigem cada vez mais dos seusgestores boa capacidade de negociar e pactuar convivências que anteseram resolvidas de forma vertical e por vezes autoritária. Estamos vi-vendo um novo concerto de vozes, agora muito mais plural do que avoz única dos governos que tudo podiam. É a plenitude democrática quecomeça a chegar.

w REGISTRO - IO jornalista Paulo Araujo, ex-alunoe, sobretudo, um amigo, estava nestabiblioteca quando recebeu a ligaçãopara a conversa final que resultariana sua chegada à Secretaria de Co-municação do governo.

w MEMÓRIA - IIDepois da conversa, perto de meia-noite, ligou confirmando que acei-tara o convite. Aqui, antes de sairpara a conversa, ouviu minhas opi-niões e certamente lembra o que foidito. Não precisaria relembrar.

w ESTOPIM - IQueima o estopim que pode man-dar pelos ares a unidade interna daSecretaria de Segurança Pública coma crise de relações dos dois dos maisimportantes auxiliares diretos do se-cretário Aldair da Rocha.

w CONFLITO - IIAcrise coloca em confronto o secre-tário adjunto, Clidenor Cosme daSilva Júnior e o coordenador de Pla-nejamento Institucional, Sérgio An-tônio de Almeida. Como um rasti-lho de pólvora nos corredores.

w IMPASSE - IIIOs dois auxiliares foram nomeadospelo secretário Aldair da Rocha e,um deles, Sérgio Almeida, é do qua-dro efetivo da Polícia Federal e acei-tou assumir as funções a convitepessoal de Aldair da Rocha.

w DÍVIDA - IVNa Polícia Militar o comandanteGeral, coronel Francisco Canindéde Araújo, além de não conseguirpagar o extra do carnatal enfrentaagora também o não pagamento daPM durante os dias de carnaval.

w EFEITO - VComo a PM tem hoje um efetivo daordem de dez mil homens significaque a dívida atinge cerca de cin-quenta mil pessoas consideradas asfamílias de praças, soldados, cabose sargentos em todo o RN.

w ANOTEMShirley Targino, ex-prefeita de Mes-sias Targino, é a nova articuladorado governo junto aos prefeitos e li-deranças do interior. Tem quem des-minta e quem não acredite. Mas é.E com todo prestígio político.

w MARCA - ICada vez mais o Governo RosalbaCiarlini se caracteriza como gover-no forte contra os fracos. Depoisde arrotar um cadastramento dosprofessores fora da sala de aula já li-berou os apadrinhados políticos.

w COMO - IIHoje já tem algumas centenas deprofessores, os mesmos que estavamantes, à disposição de padrinhos po-líticos. Só os desvalidos, órfãos deprotetores, estão sendo chamados aoexercício do sacerdócio. Só.

Pesos e medidas

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Segunda-feiraNatal, 25 de fevereiro de 201314 O Jornal de HOJE Cidade

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaFlevo México W. Sons No Porto Guamaré(RN) - - DragaBrielle A. Barbuda Superservice No Porto Rio Grande(RS) - - PeçasLagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - Ocean Stalwart Vanuato Seamaster No Porto Guamaré(RN) Pesquisa - - Kinsai Maru-58 Japão Atl. Tuna 28/02 Alto Mar Atum - -CMA-CGM Platon United King CMA-CGM 02/03 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 09/03 Algeciras/ESP Contêineres - -Marfret Guyane França W. Sons 16/03 Algeciras/ESP Contêineres - -CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 23/03 Algeciras/ESP Contêineres - -

Almi Star Libéria Petrobras No Porto Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)25 16:34 2.4

22:24 0.226 04:53 2.3

10:34 0.2

FASES DA LUAMinguante (03/02 - 10:56h)

Nova (10/02 - 04:20h)

Crescente (17/02 - 17:31h)

Cheia (25/02 - 17:26h)

Whistler Chipre Arrow No Porto Santos(SP) Sal - -

O armador Maersk Line, o maior do mundo no transporte de contêineres, completa 100 anos de comércio no Brasil

Na área rural do município dePau dos Ferros, uma chuva de 90milímetros no final da semana an-terior animou o produtor Paulo Lu-cena Costa a pagar um tratorista dopróprio bolso a R$ 100/ hora paracorrer o arado por suas terras, pre-parando o terreno para o milho e osorgo que começam a chegar pormeio do programa de distribuiçãode sementes do Governo do Esta-do. Se não caírem novas chuvas nospróximos dois ou três dias, Lucenajá sabe que o prejuízo é certo.

Foi com a mesma ansiedade que,no ano passado, os produtores con-seguiram zerar os estoques de se-mentes, sem conseguir fazer comque nada germinasse. Sem forrageme energético para dar aos animais,quase todas as propriedades produ-tivas do Estado têm hoje seu própriocemitério de animais e um curralonde os últimos esforços são feitospara salvá-los. Um'prontoatendimento', como diz o pro-dutor Francisco Sobrinho Soares, oSobrinho do Açude, que acompa-nha pessoalmente a agonia dos ani-mais que cruzam o seu cercado.

Aqueles que não respondem aotratamento do Dr. Francisco, nas de-pendências de seu prontoatendimen-to, vão para 'rede', onde dois peda-ços de madeira retirados de árvorese ligados por um lençol dão algumconforto às últimas horas do ani-mal. Assim que morrem, pratica-mente pele e osso, eles são deixadosnum terreno próximo, onde os uru-bus e outros animais se banqueteiam.

A Expedição 'Retratos da Seca'encontrou diversos desses cemité-

rios. O maior deles tinha até o últi-mo domingo 170 ossadas e está lo-calizado na Fazenda Pedrinha, depropriedade dos irmãos Nóbrega.O patriarca Raimundo Belo com-prou a propriedade em 1964, doisanos depois de tê-la conhecido. Comcinco mil hectares, as terras extre-mamente pedregosas dali estãoatualmente divididas em três pro-priedades, cuidadas pelos oito ir-mãos, todos vivendo de suas profis-sões fora e até em outros estados.

Das 1.500 cabeças de antes daseca, no começo de 2012, o advo-gado Raimundo Nóbrega Filho, umdos proprietários, diz que não hámais do que 500 hoje, num dos casosonde o gado de corte predominousobre a pecuária leiteira. Quando aseca começou, o dono dava palha decana, depois passou para torta de al-godão, milho e sal em proporçõesiguais e, por último, 'cama degalinha', uma pasta resultado do ex-cremento da galinha, proibido peloMinistério da Agricultura desde2004, mas altamente energético.

"Se tem gente fumando crack,cheirando cocaína por que eu nãodaria cama de galinha para o meurebanho?", desafia Raimundo Nó-brega, que pensa em mover umaação judicial por perdas contra oEstado por causa das barreiras le-vantadas por Pernambuco e Cearáao trânsito animal do RN para aque-les estados, ainda no ano passado."Se foi o Estado que provocou essasituação por não trabalhar como de-veria, acho ser meu direito exigirum reparo", sustenta. Sem poderlevar o rebanho para se alimentar

fora dos limites territoriais, desdeentão a fazenda não faz outra coisaa não ser aumentar seu já populo-so cemitério.

Questionado se pensa em sair daatividade, o advogado é taxativo:"Falando pelos meus irmãos, não.Agora, já gastamos tudo o quetemos, daqui pra frente as coisaspodem piorar e muito", alerta. "São30 anos de trabalho e isso não podeacabar assim de uma hora paraoutra", completa.

Não muito longe dali, na Fa-zenda Alegre, onde o proprietárioPaulo Lucena se apressa para dardestinos às sementes, aproveitandoàs chuvas da véspera, das 300 ca-beças que mantinha até o começodo ano passado, hoje restam 100,quando muito. "Nunca gosto defazer essa conta", afirma.

Dos 350 quilos brutos de pesomédio, seus animais mais saudá-veis caíram para 100 quilos. "Desdeentão, o governo deste estado nãofez nada, nunca recebi um enge-nheiro agrônomo por aqui para nosajudar", reclama.

Na região que mais recebeu fi-nanciamentos do Banco do Nor-deste (R$ 16 milhões das linhasespeciais voltadas para a estia-gem), Paulo Lucena não tirou umtostão, mas há um motivo: as ter-ras ainda estão em nome do pai, oque dificulta o processo em rela-ção a quem vai tomar o emprésti-mo. "Essa é a burocracia a que osprodutores se referem", explicaPaulo Régis, secretário de Agri-cultura, Abastecimento e Recur-sos Hídricos do município.

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 9

Os efeitos da seca no RioGrande do Norte não pouparamnem os maiores produtores comoé o caso do emblemático Antô-nio da Volta, ou Antônio Arru-da da Cunha como é menos co-nhecido na região de Santana doMatos, o maior produtor de leitedo Estado.

Com processos e manejosconsiderados sofisticados, Antô-nio da Volta come, dorme e vivepor meio do negócio que tem1.176 hectares e outras áreas ar-rendadas com um respeitável re-banho de 1.500 cabeças de gado,além de outras 1.500 com cabrase ovelhas. Diz o proprietário, quevive e trabalha na propriedade,que há um ano e meio ele já teveo dobro de animais. "Eles só nãomorreram porque eu os vendiantes", afirma.

Os números superlativos doprodutor resultaram tambémnuma dívida bancária de R$ 1milhão - destes, R$ 700 milhõescom o BNB, segundo informa-ções fornecidas por ele mesmo.Antônio da Volta afirma que comos preços atuais do farelo de soja,do milho e da torta de algodão,receber R$ 0,93 por litro de leitedo Governo do Estado através doPrograma do Leite seria, no mí-nimo, uma "piada de mau gosto".

Com uma fração mínima dostrabalhadores que tinha até o anopassado, ele fala das dificulda-des que os produtores têm hojepara conseguir alguém que rece-ba R$ 50 pela diária. "São tantasbolsas, tantas facilidades, que osujeito prefere fazer filhos para re-ceber as bolsas do Governo Fe-deral do que segurar no cabo daenxada", ele desabafa Antônio daVolta.

A 15 km da fazenda de An-tônio da Volta, em Santana doMatos, está a fazenda Timbaúba,hoje tocada por Amariles Borbade Albuquerque, resultado de umadivisão de 6 mil hectares em qua-tro propriedades. No centro detudo isso está uma joia que já

pertenceu a Aristófanes Fernan-des, que dá nome ao Parque deExposições em Parnamirim - umcasarão em estilo espanhol, queapesar de machucado pelo tempo,ainda guarda a imponência de sua

construção original. Desde que o pai de Amariles,

João Fragoso, sofreu um derrame,há quatro anos, é ela quem tocaos negócios que incluíam, até o

ano passado, 700 cabeças degado. Até agora, ela ainda nãoteve coragem de recontar o reba-nho, apesar de algum benefíciotrazido à propriedade por umaçude com capacidade total paratrês milhões de metros cúbicos eque nunca secou. "Mas o proble-ma aqui não é a água, é a comi-da para o gado", lembra Amari-les. E com um agravante: "Quan-do a saída é vender os animais,não tem quem compre ou, quan-do tem, eles oferecem valoresaviltantes com prazos gigantes-cos", afirma.

Embora tenha conseguidocomprar algum milho da Conabcom ajuda da cooperativa local,Amariles diz que nunca sequerouvir falar no programa de distri-buição de volumoso do Governodo Estado.

Para uma propriedade quejá sediou os primeiros leilõesde gado do Estado, originandoa homenagem a Aristófanes Fer-nandes, que dá nome ao Parquede Exposições que sedia anual-mente a Festa do Boi, a esperapor dias melhores dá o tom datragédia recorrente da seca.Aquela que acaba com as eco-nomias e autoestima dos pro-dutores e liquida com a tradiçãocentenária da luta do produtorno semiárido.

Sofrimento dos produtores rurais pode aumentar

Desde início da estiagem, Amariles não teve ‘coragem’ de recontar rebanho

‘“São tantas bolsas, tantasfacilidades, que o sujeitoprefere fazer filhos para

receber do governo do quesegurar no cabo da enxada”

ANTÔNIO DA VOLTA

PRODUTOR DE LEITE

Francisco Sobrinho criou ‘prontoatendimento’ para animais, que é um curral onde são feitos últimos esforços para salvá-los

José Aldenir

José Aldenir

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SANTA CRUZ Atacante Rico fez o gol que abriu caminho para a vitória do Alecrim

sobre o Palmeira por 2 a 1

Segunda-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 25 de fevereiro de 2013Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

Ídolo instantâneoO mais novo exemplo da banalização do ídolo é o caso do jovem Ra-

finha, jogador do Flamengo, que emendou uma sequência de bons jogos,desequilibrou em clássicos, é hoje é visto pela torcida rubronegra como omais novo candidato a ídolo de seu clube. Qualquer semelhança entre o ga-roto das bases do Fla e o seu clube está longe de ser mera coincidência.

Anecessidade imediata em trans-formar água em vinho, metal emouro, pela maioria dos torcedores ealimentada avidamente por parte daimprensa, ansiosa por audiência, pas-sou a minimizar a importância doídolo. Gols, atuações de gala e man-chetes têm antecipado um processoque, normalmente, levaria meses oumesmo anos para se consolidar.

Pelé, Zico, Ronaldo Fenôme-no, Romário, Renato Gaúcho, Ma-rinho Chagas, Wallyson, Souza eMoura, cada um da sua forma,foram elevados com méritos ao pa-tamar de jogadores que simboliza-ram muito para o futebol, seja naSeleção Brasileira, em clubes, oumesmo em ambos. O verdadeiroídolo não é personagem de uma

temporada, um ídolo é para sempre.Não apenas bom futebol – jo-

gado por um tempo considerável–, mas personalidade, identificaçãocom o clube e a torcida, além deconquistas históricas são pré-requi-sitos mais do que necessários, todosindispensáveis para, em algum mo-mento, o jogador sonhar em ser al-çado à condição daqueles que, umdia, foram a cara, o corpo, o cora-ção, a alma da sua equipe.

Grandes jogadores, heróis deminutos finais, atletas simpáticosou provocadores, o futebol aindavai produzir muitos, mas os genuí-nos ídolos, responsáveis por ali-mentar de forma “sobrenatural” apaixão única pelo futebol, esses,ainda serão raros, mas serão únicos.

BOM DE BRIGAMerecida a classificação do Santa Cruz para a Copa do Bra-sil deste ano, assim como o título da primeira fase do Campeonato Estadual.A campanha com quase 70% de aproveitamento, oito vitórias e apenas duasderrotas é fruto do bom trabalho do técnico Wassil Mendes e o equilibrado grupodo Tricolor do Inharé. Time entra na segunda fase, que contará com ABC eAmérica, mais do que credenciado a desafiar os gigantes da capital.

SURPRESASOs mossoroenses Potiguar e

Baraúnas, além do Alecrim, sãoas gratas surpresas da primeirafase da competição. A dupla doOeste fez um trabalho de pré-tem-porada discreto, tem um gruposem grandes estrelas, mas tem sidoefetiva dentro de campo e entraforte na disputa pelo título Esta-dual. O Alecrim, após a chegadado técnico Pedrinho Albuquerque,cresceu e apareceu, mas a tendên-cia da equipe é de crescer aindamais com o surpreendente grupoformado pelo ousado AnthonyArmstrong, presidente do clube.Ao contrário de anos anteriores, ataça do Estadual está longe de terapenas um aspirante.

PÉ ESQUERDOApenas 51 pagantes assistiram

a derrota da equipe do Força eLuz/Globo por 2 a 0, no EstádioFrasqueirão, diante do São Fran-cisco do Conde-BA, em sua es-treia na Copa do Brasil de FutebolFeminino. A partida foi no últimosábado à tarde. Ao contrário do re-gulamento da competição mascu-lina, é preciso que o adversáriovença por três gols de diferençafora de casa – e não dois tal quala competição masculina – para eli-minar a partida de volta. Agora oForça e Luz terá uma segundachance para classificar e precisavencer por 3 a 0 ou por dois golsde diferença marcando quatro golsou mais para avançar.

Parceria curiosaUma parceria curiosa pode ser firmada entre o lutador

Renan Barão e a banda Forró da Pegação, do empresárioAlex Padang. Após usar a música “Tô Topando Tudo”

como trilha sonora de sua entrada no octógono na vitó-ria sobre o norte-americano Michael Macdonald pelo

UFC, o potiguar admite a possibilidade de fazer uso deoutras canções da banda em novas participações na com-

petição de MMA.

O Alecrim não teve vida fácilno duelo contra o sétimo colocado,mas conseguiu vencer no “apagardas luzes” e mantém viva a chan-ce de alcançar a segunda colocaçãoe a vaga na Copa do Brasil do anoque vem. A vitória sobre o Palmei-ra, por 2 a 1, no Ninho do Periqui-to, veio aos 46 minutos do segun-do tempo, em cobrança de pênaltide Renan Marques, ex-atacante doAmérica. A penalidade assinaladafoi bastante contestada pelos joga-dores do time rival e alguns joga-dores precisaram ser contidos porpoliciais militares presentes nolocal. A confusão, antes da cobran-ça, rendeu a expulsão de George,pelo Palmeira.

O placar da partida foi abertono primeiro tempo por Rico, tam-bém ex-América, em chute forteda entrada da área. O empate veiotambém nos 45 minutos iniciaiscom Damião, de cabeça. O gol nofinal da partida deixou o Alviver-de da capital com 21 pontos e nabriga pela Copa do Brasil. O Pal-meira, com apenas 11 pontos, seguena sétima posição e ameaçado pelodescenso, já que o último coloca-do, Potyguar, tem nove pontos eainda pode ultrapassá-lo na rodada

final da primeira fase.Na próxima rodada, o Alviver-

de enfrenta um confronto diretopara tentar alcançar seu objetivo enão pode pensar noutro resultadosenão a vitória. Diante do Potiguarde Mossoró, no Estádio Noguei-rão, o time do técnico Pedrinho Al-buquerque precisará vencer e tor-cer bastante para outra partida queacontece no mesmo horário, no Es-tádio Nazarenão.

Quarto colocado, o time estádois pontos atrás da dupla mosso-roense, Baraúnas e Potiguar, queocupa a terceira e segunda coloca-ção, respectivamente. Dessa ma-neira, o Periquito precisa derrotaro adversário fora de casa e esperarque o Leão do Oeste tropece dian-te de um desesperado Palmeira parachegar à segunda colocação e ga-rantir a sonhada vaga na Copa doBrasil do ano quem vem.

Achance de se manter na dispu-ta pelo segundo lugar veio graças aoempate no clássico realizado na tardede ontem, em Mossoró. Na capitaldo Oeste, Carlinhos abriu o placarpara o tricolor, enquanto Vaninhodecretou a igualdade no final do jogoe a definição da vaga na Copa doBrasil apenas para a última rodada.

ESTADUAL

Dupla ex-América decide em vitória “polêmica” do Alecrim

PRÓXIMA RODADA

Palmeira x BaraúnasPotiguar-M x AlecrimAssu x Potyguar-CNSanta Cruz-RN x Corintians-RN

Resultados da rodadaAlecrim 2 x 1 PalmeiraPotyguar-CN 1 x 1 Corintians-RNBaraúnas 1 x 1 Potiguar-MAssu 0 x 1Santa Cruz-RN

Todos os jogos desta rodada estão previstos paraocorrer às 20h30.

Gabriel Peres/AlecrimFC

confirma título e vaga na Copa do Brasil deste ano

Com uma rodada para o final daprimeira fase do Campeonato Po-tiguar, há apenas duas indefinições:o rebaixado para a Segunda Divi-são do Estadual e o dono da vagana Copa do Brasil do ano que vem,premiação dada ao segundo colo-cado da etapa inicial da competição.Palmeira de Goianinha e Potyguarde Currais Novos são os únicoscandidatos com chances reais dedescenso, enquanto Baraúnas, Ale-crim e Potiguar de Mossoró lutarãopor 90 minutos e mais acréscimos,na última rodada, para selar seusrespectivos destinos.

Sem maiores surpresas, os seisclassificados para a segunda faseforam definidos na penúltima roda-da com o Santa Cruz confirmandoo esperado título da primeira fase.Ao contrário do que se poderia es-perar do líder da competição, nãohouve um passeio diante do Assuque vendeu cara a vitória por 1 a0, no Estádio Edgarzão. O gol dosvisitantes foi marcado só no final-zinho da partida, aos 49 minutos,por Alvinho.

A vitória levou o Tricolor aos27 pontos e, com apenas mais trêsem disputa, não pode mais ser al-cançado por Potiguar-M, Baraú-nas e Alecrim, únicas equipesainda com chances até o início darodada. Agora, o time vai repre-sentar o Rio Grande do Norte naCopa do Brasil deste ano ao ladode ABC e América, com vagasgarantidas desde o ano passado.O Gavião enfrentará o ASA-AL.A primeira partida está previstapara ocorrer no próximo dia 10 deabril, no estádio Iberezão, emSanta Cruz.

Classificado e campeão ao finalda partida, o técnico Wassil Men-des comentou o desempenho daequipe na primeira fase e avaliouo nível da competição, sem a pre-sença dos dois principais rivais dacapital. “Todos achavam que semABC e América ia ser mais fácil,mas não foi. Fizemos jogos bons,outros não tão bons, mas ganha-mos. Hoje não foi um jogo bom,mas o time conseguiu um gol nofinal que nos deu essa merecidavaga. O pessoal está unido, o grupoestá fechado isso é importante.Além disso o trabalho da comissãotécnica, equipe de apoio e direto-ria foi importante e todos estão deparabéns. Foi uma conquista me-recida", afirmou o treinador quepreferiu não fazer qualquer previ-

são sobre a próxima fase.Apesar da derrota e da queda

para a sexta colocação por estacio-nar nos 15 pontos, o Assu conseguiumanter-se entre os seis primeirosque avançam para a próxima faseda competição. Mesmo sem novasambições para o último compro-

misso da primeira fase, na quarta-feira, o time entra em campo paracumprir tabela diante do Potyguar,na luta contra o rebaixamento, noEdgarzão. O Santa também joga narodada em um duelo contra o Co-rintians, no Iberezão. O Galo doSeridó não passou de um empate

com o lanterna, mas o ponto foi su-ficiente para garantir matematica-mente a classificação, já que che-gou a 16 pontos e não pode maisser alcançado pelos dois últimoscolocados.

PREFEITA GARANTE JOGOO fato mais curioso da parti-

da no Estádio Edgarzão, contudo,aconteceu antes do apito do árbi-tro Leandro Saraiva. Após confe-rir os detalhes para dar início aoduelo entre Assu e Santa Cruz, elepercebeu a ausência de um médi-co à beira do gramado e afirmouque só começaria a partida com apresença do profissional. Vinte mi-nutos depois de uma novela queparecia que se encaminharia parao adiamento da partida, a soluçãoacabou saindo das arquibancadasdo estádio.

Amédica e prefeita da cidade deSanta Cruz, Fernanda Costa, estavana arquibancada e acabou convoca-da para garantir a realização do dueloassumindo a segurança não apenasdo time do Trairi, mas também doCamaleão do Vale. À beira docampo, a torcedora ilustre pareceter dado sorte à equipe que acabouvitoriosa ao final da partida. Melhorpara a médica que comemorou juntoao marido e presidente de honra doSanta Cruz, Luiz Antônio Tomba,o título e a classificação.

RODADA DEFINIU CLASSIFICADOS PARA PRÓXIMA FASE DO CAMPEONATO POTIGUAR. EMPATE

NO CLÁSSICO MOSSOROENSE MANTÉM DISPUTA POR VAGA NA COPA DO BRASIL DO PRÓXIMO

ANO, ENQUANTO GOL NO ÚLTIMO MINUTO DEU PRIMEIRO LUGAR AO TRICOLOR DO AGRESTE.

Jogadores do Santa Cruz se reúnem no campo para comemorar título antecipado da primeira fase do Campeonato Potiguar

Mesmo sem ABC e América, técnico Wassil Mendes elogiou nível técnico da competição

Fotos:Welligton Rocha

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Segunda-feiraNatal, 25 de fevereiro de 201316 O Jornal de HOJE Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

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ARREBENTOUCrise no América arrebentou

nas últimas declarações explosivasdo ex-presidente Eduardo Rochae da decisão do atual, Alex Padang,de pedir de volta o pagamento an-tecipado do seu camarote do está-dio do clube. O América fraco e fra-cionado nem ao ABC interessa.Um só vive com o outro forte.

PONTOO Conselho Deliberativo do

ABC, que volta a se reunir hoje àboca da noite, está socializando aata de suas reuniões. Sem dúvida,uma demonstração de transparên-cia. É assim que tem de ser. Umclube de massa não se fecha emcopas. Agrega e se agiganta.

PELÉNa entrevista ao Esporte Es-

petacular, recuperando-se de umacirurgia nos quadris, Pelé até foieconômico nas críticas a Neymar.O Rei, porém, não perdeu a ver-dade majestosa no olhar. Triste, aoconstatar que o menino trocou ofutebol pelo esnobismo.

RENATO E THIAGUINHOAvolta do lateral-direito Thia-

guinho aos treinos é um alento aotécnico Givanildo Oliveira. OABC perdeu contra o ASA - e nãose sabe por quanto tempo - o seumais efetivo jogador: Renato, umaarma ofensiva fundamental e au-sência letal na derrota que culmi-nou com a eliminação da Copa doNordeste.

ZÉ DIAS E O JLO agitador cultural José Dias

manda sua seleção do Estádio Ju-venal Lamartine: Warlindo(Amé-rica) Pirangi(América) Berilo deCastro (Alecrim) Ivan Matos(ABC) e Marinho Chagas (ABC);Waldomiro ((Alecrim), Vasconce-

los(Alecrim) e Véscio(América)Esquerdinha(ABC), Alberi(ABC)e Evaldo Pancinha(América).

E MAISZé Dias acrescenta: Técnico

Pedro Quarenta, Auxiliar , Co-queiro, Diretoria: José PrudêncioSobrinho(ABC), Dilermano Ma-chado(América) e Bastos Santa-na(Alecrim). Massagistas Zózi-mo e Kid Passos, Médico: JoséAlfran, Preparador Fisico (Gal-vão) Torcedor: Senta a Ripa(Ria-chuelo).

HÁ 40 ANOSO América venceu o Alecrim

no dia 25 de fevereiro de 1973por 2x1 no Castelão(Machadão)com público de 5.113 pagantes.César abriu o placar para o Ale-crim. Gilson Porto fez os dois golsda virada americana. Arbitragemde Guaraci Augusto Picado.

TIMESAmérica: Sombra; Odimar,

Cláudio, Djalma e Cosme;Nunes(Chico), Washington(Ro-mualdo) e Gonçalves; Almir, Ba-gadão e Gilson Porto. Alecrim:Franz; Edson, Valdo, Vavá e Brito;Varela, Talvanes e César; Tiqui-nho, Maia(Erivan) e Wilsinho.

RIDÍCULOO irmão de um dos indiciados

pela morte do menino bolivianoatingido por um sinalizador pelaCopa Libertadores, deu entrevis-ta revoltado: "A Fiel é nossa fa-mília, nossa vida". Uma declara-ção cretina. O garoto de 14 anosnem vida tem mais. E sua famí-lia nunca vai se recuperar.

HUMORISTAA farsa dos mil gols de Túlio

deveria lhe dar um emprego dehumorista.

História em silêncioAos 15 anos, ca-

minhava com a bolsado material escolarpesada de sonhos. An-dava pela cidade a pé,de um lado a outro,magro e com fôlego,sem medo, avançan-do na paixão por umapeleja de bola. Estrea-va na Escola TécnicaFederal. Curtia mais de perto, integrado no calor da arquibancada, naatmosfera apaixonante das decisões, os Jogos Escolares do Rio Gran-de do Norte(JERNS).

Fanático por futebol de salão, estava no velho ginásio Palácio dosEsportes, destruído pela incompetência e agora com promessa de re-cuperação, no dia em que o time do Colégio Imaculada Conceição de1985 posou para a foto acima. Foi na semifinal da categoria juvenil,vitória por 6x5 sobre o Salesiano, um sábado pela manhã.

Em pé, da esquerda para a direita, Clóvis Gomes(técnico), João-zinho, Henrique, Sueldo, Camilo, Hélder Moura e Derocy(auxiliar);Agachados: Nivaldo, Eridan, Paulista, Mariano e Djavan. O CIC foiuma referência das quadras, fornecedor de grandes craques para ABCe América.

Nesse time, o último de bom nível, destacavam-se o central(fixo)Sueldo, canhoto nascido em Assu e o pivô Djavan. Os dois jogavamdemais. Sueldo, cerebral nos passes, enfiava a bola para Djavan quea prendia segurando o beque e a rolava para o próprio Sueldo sapecarum petardo indefensável.

Quando Sueldo passava, também fingia o chute e Djavan giravacomo um peão sobre o marcador, em drible curto e incorrigível. Batiaforte e a rede do Palácio balançava. Os alas Camilo e Eridan eram há-beis, Eridan, lá de Mirassol, parecia Marinho Apolônio, o Alberi nú-mero 2 do Castelão(Machadão). Hélder era seguro.

Em 1985, o CIC seria derrotado pelo Berilo Wanderley, escolapública com nome de poeta universal. Na decisão, tomou 5x3 e umshow do pivô Niltinho, ponta-direita de futebol de campo dos juvenisdo Alecrim.

A reverência ao futebol de salão é a saudade que tenho do CIC,instituição fechada em Natal, escola de belas histórias de qualidadena educação e resistência.

Sua diretora, a Irmã CarmemAlves, ajudou muitos alunos ne-cessitados. Em silêncio, sem fazerpropaganda, como é o correto emquem faz da crença, atitude. IrmãAlves, Madre Alves, enfrentou atirania dos estafetas da Ditadura.

Resolveu empregar de pro-fessor o poeta e advogado Fran-çois Silvestre, preso e perseguidopelos sanguinários. Foi "intimada"a demiti-lo para cumprir os pre-ceitos "nobres"do Golpe Militartravestido de revolução. ManteveFrançois e os lacaios nunca maisa incomodaram.

Passo pela lateral do CIC tododia, de carro, quando volto do tra-balho para casa. Bate, sim, uma tris-teza inconformada. O prédio em si-lêncio de cemitério. Sua arquitetu-ra imponente e impotente, guardan-do na quimera invisível, os dias agi-tados dos meninos e meninos emalgazarra de recreio, de ginásio lo-tado em competição esportiva. Dobarulho dos carros na chegada e nasaída, dos pipoqueiros e doceiros.

O CIC cintilava na AvenidaDeodoro, outro pedaço mutiladode Natal. A catedral e os seus fieisresistem. O cinema virou templo.A Casa da Maçã, nostalgia, o Cen-tro Cearense, nem se nota no quese transformou. No nada.

O Bar do Lourival fechado, éa boemia em luto. Sua calçadasem biriteiros, garçons e garra-fas, parece um corredor de ca-deia. O Diário de Natal já em ruí-nas, após um fim covarde e inva-sivo arrancando um traço da his-tória da aldeia, causa angústia.

A Deodoro, onde já pulsou ocoração de um povo, nos corsosde carnaval, na alegria dos seusbêbados, na sentença furada dospalpiteiros políticos, é o cimentosem rosto, a decadência imposta.

É como olhar a fotografia dotime do CIC e banhar o peito deum sentimento chato: O tempoestá passando e a memória virouestorvo, trambolho descartávelpara os arrogantes da modernida-de financeira e do poder.

A polêmica sobre a morte dogaroto Kevin Espada, 14 anos, du-rante o duelo entre San José e Co-rinthians, pela Copa Libertadoresda América, na quarta-feira passa-da deve ganhar um capítulo im-portante hoje. A torcida organiza-da Gaviões da Fiel promete entre-gar o autor do disparo com sinali-zador que matou o torcedor boli-viano.

O advogado Ricardo Cabral,contratado pela Gaviões para cui-dar deste caso, confirmou que omembro da torcida organizada, de17 anos, seria apresentando ofi-cialmente como responsável pelamorte de Kevin, que foi enterradono sábado passado, em Cochabam-ba. O autor do disparo chegou aoBrasil no final de semana juntocom uma caravana vinda da Bolí-via, e em nenhum momento este-ve entre os 12 torcedores presosem Oruru.

A Gaviões da Fiel soube quemera o responsável pela morte quan-do os torcedores ainda estavamna Bolívia, mas optou por entre-gar o garoto apenas em territóriobrasileiro, já que temia uma re-presália por parte do povo e dasautoridades bolivianas. O menorde idade falou à imprensa pela pri-meira vez ontem, se mostrava ar-rependido e negou estar protegen-do outros membros da torcida or-ganizada Gaviões da Fiel. “De-pois daquele momento, pensei queminha vida tinha acabado. Nãosabia o que fazer, eu tinha mata-do uma criança de 14 anos deidade. Quero pedir perdão para afamília do Kevin e para a famíliados torcedores presos na Bolívia”,afirmou o torcedor.

Acompanhado da mãe na en-trevista, ele afirmou sentir a “piorpessoa do mundo”. O jovem des-cartou a hipótese de que teria sidoentregue pela Gaviões da Fiel ape-nas por ser menor de idade, o queimpede que ele sofra puniçõesmais pesadas por parte da Justiçabrasileira. “Não estou protegen-do ninguém, só quero assumir omeu erro. É errado que pessoaspaguem por coisas que não fize-ram, se eu estivesse no lugar delesnão iria querer pagar injustamen-te”, garantiu.

No entanto, o menor explicouque a torcida impediu que ele se

entregasse no local no lugar dostorcedores que foram presos naBolívia. Por conta de uma assina-tura da mãe, a Gaviões da Fielera responsável pelo jovem. “Eupodia me entregar para a políciano lugar dos que foram presos,mas o pessoal falou que era me-lhor não me entregar por estar naBolívia e ser da responsabilidadedeles”, contou.

O jovem garantiu não ter ten-tado mirar o projétil na torcida ad-versária. “Eu estava comemoran-do o gol, peguei o sinalizador efui acender. Tirei a capinha e nomomento não aconteceu nada,

quando fui puxar disparou na tor-cida, mas não tentei mirar. Nãosabia que iria sair voando dessejeito”, relatou.

Devido ao incidente emOruru, o Corinthians foi punidopela Confederação Sul-America-na de Futebol (Conmebol), emmedida cautelar. Durante esta edi-ção da Copa Libertadores, o clubepaulista terá que jogar sem a pre-sença de seus torcedores, sendo apartida como mandante ou visitan-te. Com a apresentação do res-ponsável pela morte de Kevin Es-pada, existe a possibilidade deque a pena seja revista.

“Autor” de disparo que matouboliviano deve se entregar hojeADOLESCENTE DE 17 ANOS É APONTADO COMO RESPONSÁVEL PELO DISPARO QUE MATOU

O JOVEM KEVIN ESPADA, DE 14. BRASILEIRO CHEGOU AO PAÍS NO FINAL DE SEMANA

Após a bem-sucedida implan-tação da Tecnologia da Linha doGol (TLG) na Copa do Mundo deClubes da FIFA 2012 no Japão, aentidade que dirige o futebol mun-dial decidiu usá-la na Copa dasConfederações deste ano e na Copado Mundo no ano que vem, ambasem território brasileiro.

O objetivo é utilizá-la para aju-dar os árbitros, instalando um sis-tema em cada um dos estádios.Após a correta instalação da mesma,serão realizados testes com a arbi-tragem antes dos jogos. Diante dasdiferentes tecnologias disponíveisno mercado, a FIFA abriu concor-rência esta semana estabelecendo osrequisitos técnicos para ambas ascompetições.

Estão convidados a apresentarpropostas os dois fornecedores daTLG já licenciados no Programade Qualidade da FIFA para a tec-nologia e outras empresas atual-mente em processo de licenciamen-to (que, à data de hoje, já devem tersuperado os testes pertinentes).

As companhias interessadasserão chamadas a participar de umavisita de inspeção às sedes da Copadas Confederações da FIFA, mar-cada para meados de março. A de-cisão final será confirmada no iní-cio de abril.

Agora a disputa é sobre qualtecnologia será usada na Copa e emoutras competições importantes daEntidade. A briga é entre a Hawk-Eye, da Sony e a GoalRef, alemã.A solução da Sony usa câmeras co-locadas em pontos especiais, já aGoalRef usa sensores instalados nabola e nas traves. Das duas opçõesdisponíveis hoje, no mercado, a tec-nologia apresentada pela Sony, im-plica em menos alterações no jogojá que apenas a trave deverá rece-ber equipamentos.

A Fifa estuda há alguns anos apossibilidade de implantação detecnologias que identificariam semsombra de dúvida se um gol foi le-gítimo ou não. A questão era po-lêmica, dada a pressão da própriaFIFA em manter o futebol simplese barato, mas a posibilidade deerros acabou tornando o sistemamais aceitável.

COPA 2014

FIFA abreconcorrência para implantar TLG no Brasil

O Flamengo encerrou a primei-ra fase do Campeonato Carioca com22 pontos, invicto e com a melhorcampanha entre todos os times numtotal de sete vitórias e um empate.No próximo domingo, às 16 horas,o Rubro-Negro enfrentará o Bota-fogo, no Estádio Engenhão, na se-mifinal da Taça Guanabara.

Apesar da possibilidade depoder jogar pelo empate, o técnicoDorival Junior antecipou o discur-so no início da semana e que a van-tagem precisa ser tratada com cau-tela. “Começamos completamentedesacreditados, a equipe encontrouum encaixe, foi melhorando a cadarodada. Acima de tudo, passamosa ter uma confiança maior em razãodo respeito que colocávamos emcada partida, independentemente

da equipe que enfrentamos. O timevem numa crescente, não perde-mos a naturalidade, jogamos comsimplicidade, e acredito que issotenha sido fundamental para algunsresultados. Agora, na segunda fase,temos um jogo em que não pode-mos errar. Vamos pagar um preçoalto se tiver um erro grave”, ava-liou o treinador.

Apesar disso, Dorival não deixade lado a vantagem, que poderálevar o Fla a mais uma decisão detítulo. “A vantagem será importan-te na semifinal e na final, mas nosminutos finais. Vamos lutar peloresultado, não vamos entrar emcampo pensando no empate, poisisso vai atuar contra. Chegamos (àsemifinal) melhor do que nos apre-sentamos, mas não totalmente en-

corpados, formados”, disse.O destaque da última partida da

fase de classificação foi o volante Re-nato. O jogador marcou os dois golsna vitória sobre o Olaria no final desemana. O jogador entrou na vaga deElias, que realiza treinos físicos pararecuperar o condicionamento parachegar as finais da Taça Guanabara.

"O Renato sempre foi uma boaopção, nunca deixamos de ter con-fiança nele. Sabemos que ele ajudadentro de campo e também fora dele,confio muito neste jogador, é umareferência para nossa equipe", elo-giou. A partida contra o Olaria mar-cou também a estreia do meia Ga-briel. Contratado nesta temporada, ojovem estava trabalhando a parte fí-sica e pode volta a ser opção na par-tida do próximo final de semana.

CARIOCA

Dorival aponta Fla emevolução para semifinal da Taça Guanabara

Torcida Gaviões da Fiel afirma não ter entregue garoto na Bolívia para evitar represálias da população local

Treinador do Flamengo evita empolgação com vantagem adquirida para a semifinal do Campeonato Carioca

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Maurício Val/VIPCOMM

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 25 de fevereiro de 2013

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

FRASE DA SEMANA“O Brasil não tem problemas, só soluções adiadas”, do professor,

folclorista, escritor e historiador potiguar Câmara Cascudo.

A noite mais aguardada para osamantes da sétima arte americana foimarcada por surpresas. Definitivamen-te a diversidade chegou à Academia deArtes e Ciências Cinematográficas deHollywood. Além, da seleção de fil-mes para a competição de 2013, a pre-sença das grandes estrelas, o Oscarque é considerada uma das festas maisglamurosas do segmento foi repagi-nada e se tornou mais atraente.

E, as surpresas não pararam poraí. O favorito a levar o oscar de Me-lhor Filme em 2013 e indicado em 11categorias “Lincoln” decepciona econquistou apenas dois prêmios equem levou a estatueta foi a produ-ção de Ben Aflleck “Argo” que su-perou os concorrentes “Amor”, “In-domável Sonhadora”, “Django Livre”,“Os Miseráveis”, “As Aventuras dePi”, “Lincoln”, “O Lado Bom daVida” e “A Hora Mais Escura”.

E, abrilhantando o momento maisesperado da noite. A categoria foiapresentada em uma parceria entreJack Nicholson e a primeira-damados Estados Unidos, Michelle Obamaque começou sua fala com um ex-pressivo: "Bem-vindos à Casa Bran-ca". Michelle ressaltou os nove filmese declarou: "Parabenizo a todos os in-dicados" por trabalhos que "nos fize-ram rir, chorar e, de fato, nos ensina-ram que o amor pode lutar contratudo e pode transformar nossas vidasda maneira mais surpreendente".

Na 85ª edição do Oscar, “Argo”ainda levou os prêmios de MelhorEdição e Melhor Roteiro Adaptado.

Do diretor Steven Spielberg, “Lin-coln” faturou: Melhor Direção deArte e Melhor Ator, com Daniel DayLewis no papel do ex-presidentenorte-ameriano. Com quatro estatue-tas (Melhor Diretor, Melhor Foto-grafia, Melhor Efeito Especial e Me-lhor Trilha Sonora Original), “AsAventuras de Pi” foi o filme que con-quistou o maior número de estatue-tas na cerimônia deste ano.

A bela Jennifer Lawrence foi apremiada na categoria de MelhorAtriz pelo papel no longa “O LadoBom da Vida”. O ator ChristophWaltz levou o primeiro Oscar entre-gue na noite deste domingo (24), ode Melhor Ator Coadjuvante. Waltzatuou no longa “Django Livre”, di-rigido por Quentin Tarantino. E, AnneHathaway recebeu o Oscar de Me-lhor Atriz Coadjuvante por “Os Mi-seráveis”.

Como era esperado, a cantoraAdele recebeu o Oscar de MelhorCanção Original por Skyfall, do longa“007 - Operação Skyfall”. Outro des-taque da noite foi o prêmio de Me-lhor Filme em língua estrangeira parao austríaco “Amor”, do cineasta Mi-chael Haneke.

Outra surpresa do Oscar 2013foi o registro de um empate na cate-goria de Melhor Edição de Som. “007- Operação Skyfall” e “AHora MaisEscura” receberam estatuetas pelacategoria e protagonizaram o tercei-ro empate da história dos AcademyAwards. E, o sexto no placar geral nahistória da premiação.

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

Ao entardecer, num lugar desco-nhecido onde os caminhos se en-contram, uma trupe de artistas expõeseus medos, suas dúvidas, expecta-tivas e levam o público a refletirsobre a importância do artista. Inti-tulado de “Caravana da Ilusão”, o es-petáculo da companhia gaúcha deteatro Povo da Rua será apresenta-do em Natal, amanhã, dia 26, naPraça Augusto Severo (AvenidaDuque de Caxias - Ribeira) e no dia27, na (Praça André de Albuquerque- Cidade Alta), sempre às 17h.

Resgatar a potência agregado-ra e democrática das ruas é um dosobjetivos do grupo gaúcho. Ondetransforma um espaço qualquernum palco e um transeunte desavi-sado em público. E assim, conse-gue transformar toda a correria dodia a dia num momento inesquecí-vel através do encanto do teatro aoconvidar a sociedade potiguar para

um momento de celebração emmeio à rotina das cidades.

Um dos diferenciais do Povoda Rua é a execução da trilha so-nora ao vivo, com os atores tocan-do instrumentos como acordeom,clarinete, cavaco e percussão. Comdireção de Fernando Kike Barbo-sa, o elenco traz cinco atores nesteespetáculo, em cartaz há três anos.

Em 2013, a companhia come-mora 15 anos de atividades narran-do a saga de uma trupe mambem-be chega a um lugar desconhecido.Diante de uma bifurcação, eles pre-cisam escolher por qual caminhoseguir. No entanto, essa tarefa seprova mais complicada do que apa-renta, pois seu líder, figura à qualconsultavam e seguiam as instru-ções, faleceu recentemente. Dada asituação, o grupo precisa se tornarresponsável pelas próprias decisõese, por isso, passa a se questionarsobre várias questões, inclusivesobre a sobrevivência de suas tra-dições ao mesmo tempo em que

anseiam por renovação.O texto, de Alcione Araújo, pro-

põe refletir sobre o papel da arte edo artista na sociedade. As ideiascontidas em “A Caravana da Ilusão”falam de assuntos que vão desde afunção da arte enquanto ferramen-ta transformadora da realidade àrelação da sociedade civil com apolítica.

Criado a partir da proposta defazer intervenções em sindicatosde porta de fábricas e sempre apre-sentando intervenções em espaçospúblicos e nas ruas, atualmente, ogrupo (junto com outros quatro co-letivos de teatro) ocupa desde 2003um prédio parcialmente abandona-do, em Porto Alegre, onde desen-volve oficinas e promove intercâm-bios com artistas e com a comuni-dade do entorno.

A trupe realiza a sua primeiraturnê pelo Nordeste, com patrocí-nio para circulação da Lei Rouanet(Ministério da Cultura/ Pronac).Em seguida, realiza suas apresen-

tações gratuitas em João Pessoa. E,a excursão será finalizada quandoeles retornarem a Porto Alegre, paranovas apresentações a partir de 1ºde março.

Encenada mais de 40 vezes, “ACaravana da Ilusão” recebeu doisprêmios nacionais: Prêmio Funartede Teatro Myriam Muniz 2008/2009,que possibilitou a realização da mon-tagem e a circulação em 11 cidadesdo Rio Grande do Sul, e o 1º Prê-mio Funarte Artes Cênicas na Rua2009, que proporcionou uma turnêpelos estados do Sul.

Durante esta turnê o Grupo daRua está pesquisando elementos dacultura popular dos estados de Per-nambuco, Paraíba e Rio Grande doNorte (por onde passou) para usarno próximo projeto teatral. O Povoda Rua possui outros quatro espe-táculos no repertório três de rua eum músico-teatral de sala): “Os 7pecados do capital”, “O mistériodas 4 chaves”, “Pedro Malazartesda Silva” e “A ciranda dos orixás”.

NOS DIAS 26 E 27 GRUPO POVO DA RUA TRANSFORMARÁ AS RUAS DA CAPITAL

POTIGUAR EM PALCO ONDE QUALQUER TRANSEUNTE PODERÁ SE TORNAR PÚBLICO

DICA DE LIVRO

Pegando carona na dica de livroque o apresentador da TV GloboFausto Silva deu no programa deontem (24). A coluna Cultura Hojeindica essa semana estrelada a obrade Câmara Cascudo “Folclore Bra-sileiro”, onde Cascudo procura ca-racterizar "os elementos essenciaispara uma visão do panorama folcló-rico brasileiro", passando por suasdanças, festas, comidas, lendas econtos. Como explica no capitulofinal, intitulado "Informação dispen-sável", neste livro Cascudo pretende situar tais elementos do folclore notempo e no espaço, unindo estudos mais precisos ao que foi vivenciadopor ele ao longo da infância sertaneja e do cotidiano provinciano.

O livro é composto por dez capítulos intitulados, respectivamente, "Cul-tura Popular e Folclore"; "Festas Tradicionais, Folguedos e Bailes"; "EraUma Vez…"; "Bebidas e Alimentos Populares"; "Visagens e Assombra-ções"; "Dança, Brasil!"; "Capoeira"; "No tempo de Murici…"; "Banhosde Cheiro" e "Informação Indispensável".

POR AÍ...Dando um giro pelo facebook, o produtor cultural Henrique Fontes

publicou no último dia 23, “estou aqui no Barracão Clowns pra verHamlet e tá o bonde da fiscalização com mais luzes piscando do queárvore de Natal. Interessante que eles chegam 30 minutos antes do even-to e acompanhados da imprensa. Será que o objetivo dessa fiscalizaçãoé evitar transtornos?”

E, POR FALAR...Parece que a mania de pegar carona nas ideias, projetos e eventos

dos outros, na tentativa de conquistar os holofotes e parecer mostrartrabalho e eficiência não faz parte somente da cartilha da SecretariaExtraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte. Outras secretariasda gestão pública estadual também trilham o mesmo caminho. E, opior acreditam que são eficientes e que conseguem engabelar comesse tipo de teatro o povo.

SÓ PARA LEMBRAR...Ninguém é contra a nenhum tipo de fiscalização. E, na verdade esta-

mos com sede de ver os gestores que foram eleitos pelo voto do povo, real-mente trabalhar pelo povo. O que está ficando insuportável é a teatraliza-ção que as gestões públicas desta terra de Poti encenam em ações que sãoimportantes e obrigatórias para um bem maior de toda sociedade potiguar.Fazem alarde, verdadeiros espetáculos, televisionados é claro, afinal, épreciso aparecer. E, protagonizar o batido tema de que a propaganda é almado negócio. Numa tentativa desesperada de fazer com que a população en-gula a ideia de que desta vez é sério. Mas, o que se vê é o povo decepcio-nado com gestores tão sem planejamento, ética, respeito e superficiais.Entram como autoridades da taba e o que se consegue ver são pessoas des-preparadas que parecem teimar em usar narizes de palhaços. Mas, até parausar aquela bolinha vermelha tem que se ter competência.

PROGRAME-SENo dia 10 de março, a capital pernambucana será

palco do premiado cantor, compositor e músico britâ-nico Sir Elton Hercules John que já vendeu mais de

450 milhões de cópias em todo mundo

REGISTROO CD “Bate Rebate” do Duo Taufic ganhou uma

nova edição no Japão! A obra será lançado e distri-buído por toda a Ásia!

OSCAR 2013

'Argo' conquista a estatuetade Melhor Filme da indústriacinematográfica americana

Companhia gaúcha apresenta em Natal o espetáculo

“A CARAVANA DA ILUSÃO”

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Segunda-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013 Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos [email protected]

TV - TUDO>>

Parece que agora é proibido pensarA imitação, a lei do menor esforço, a falta de criatividade e a preguiça

de pensar prevalecem hoje no Jornalismo da TV. A expressão "neste

momento" é utilizada dezenas, centenas de vezes pelos repórteres em

apresentações ao vivo. Ora, se está ao vivo é claro que é "neste

momento". E por que não usar outras expressões, com o mesmo signi-

ficado, quando for necessário ressaltar, como "Agora", "no instante que

falamos" e tantas outras? É só fazer um pequeno esforço intelectual.

É o caso da repórter que ao falar sobre crianças que poderiam morrer,

disse que "elas corriam risco de vida". Ora, se corriam risco de vida,

ótimo. Pior se corressem risco de morte. O engano passou por todos e

foi ao ar ensinando o errado.

E o que dizer então do início hoje de qualquer entrada de repórter: "Boa

noite a todos". A expressão, se não me falha a memória foi cunhada

pelo “JN” da Globo e logo imitada em todos os jornais de rede do SBT,

da Band, da Record e das demais. Sabe por quê? Porque ninguém quer

pensar, criar. Deu certo? Vamos copiar. Há centenas de outras alterna-

tivas igualmente oportunas para substituir o "boa noite a todos". O que

não existe mais é gente que saiba pensar ou queira criar.

w Em três semanas no máximo, aBandeirantes terá definido todo oseu projeto de cobertura para aCopa das Confederações, em junho.w O número de profissionais aindanão foi fechado, mas imagina-seque deve chegar perto dos 500,para atender as diversas sedes.w Denise Saraceni, diretora de “Sa-ramandaia”, definiu que prefeitoLua, par romântico de Zélia, Lean-dra Leal, será um lançamento.w O nome do artista escolhido,por enquanto, não será revelado.w Mário Rezende, ex-Record, é onovo editor-chefe do “PrimeiroJornal”, na Bandeirantes.w Jornal, que também passou a ser

acompanhado por Pablo Mazover,da área artística.w E algumas mudanças já podemser notadas. Luciano Faccioli dimi-nuiu bastante os gritos e não batemais palmas.wAlém disso, Faccioli, a pedido danova direção, vai aposentar o “Olhaa hora”.w Julia Almeida, atriz, renovoucontrato com a TV Globo.w A comédia “Malvadas – Tudosobre Sharon, Sheila e Shirley”,com Cláudia Alencar, Flávia Gue-des e Bia Guedes, será apresenta-da no Teatro Colinas, em São Josédos Campos – SP, a partir de 1° demarço.

C´EST FINIPessoal da Record está bem animado com o Rafael Cortez nas suas

primeiras gravações do “Got Talent”.

A sua desenvoltura, mesmo nas situações mais difíceis, tem cha-

mado atenção de maneira bem positiva.

Então é isso Mas amanhã tem mais. Tchau!

A PROPÓSITO...É o caso de perguntar que fim levou Mônica Apor, escalada para formar dupla com Daniel Bork no

programa das manhãs.Ela simplesmente desapareceu. O Super Cunhado,

ao que parece, não gosta de dividir os seus talherescom ninguém.

w MILAGRES EM SP – 1“Os Milagres de Jesus Cristo”,projeto de telefilmes da Record,em 18 programas, com roteiro deRenato Modesto, direção-geralde João Camargo e estreia pre-vista para agosto, não será reali-zado nos estúdios do Recnov, noRio de Janeiro.A ideia é que tudo seja gravadoem São Paulo, ou mais precisa-mente na região de Paulínia, atra-vés de parceria com uma produ-tora independente.

w MILAGRES EM SP – 2Salvo qualquer alteração de últi-ma hora, isso irá acontecer coma empresa Academia de Filmes,do Grupo INK.Essa iniciativa de fazer “Mila-gres” fora do Recnov se deve aogrande volume de trabalhos, hoje,no Rio. Além de “Balacobaco” e“José do Egito”, em gravação,vem aí “Dona Xepa” e “PecadoMortal”.

w OUTRA COISAPessoal do jornalismo da Band

tem insistido muito em falar"por conta de" em vez de "porcausa de".Apesar de não ser totalmente er-rada, a expressão é um tanto re-gional, bem do tipo "caipirês",e está virando moda.

w FAÇAM SUAS APOSTASNa Bandeirantes, há um desafioentre os seus funcionários, osmais e os menos graduados,sobre a seguinte questão:- O que é mais fácil, trocaro nome da rua Radiantes ,onde está a sede da emisso-ra, ou mudar a programaçãodas manhãs?

w SUPER CUNHADODizem que Daniel Bork, cunha-do do dono Johnny Saad, apesarda sua ridícula audiência diária,continua intocável. Ninguémmexe com ele.Um desafio que já derrubou ostantos quantos diretores que, nodecorrer dos últimos anos, che-garam a cogitar tal coisa. Eassim vai...

Div

ulg

ação

Leão 22/07 a 22/08Se até agora você suou prapagar dividas, pode come-morar! A Lua cheia abre um

caminho realista por onde seguir paravocê estabelecer uma base financeiraboa, vai ganhar mais dinheiro com oque sabe fazer.

Virgem 23/08 a 22/09É no seu signo que acontecea Lua cheia, um dia impor-

tante! Para os próximos 14 dias mire opróprio refinamento e autodesenvolvi-mento. É um sinal pra você buscar suaintegridade. E cuidar da saúde e dovisual.

Libra 23/09 a 22/10Você faz par te da triboque sabe trabalhar com osonho, a ilusão e a fanta-

sia. Com a mudança lunar dehoje voltara sua atenção aosdetalhes, que ficaram pra trás.Analise para entender onde podemelhorar.

Escorpião 23/10 a 21/11Romance, namoro, diver-são, mergulhos na alma de

quem ama - foram desejos, aspira-ções ou realidade? Com a Luacheia em Virgem hoje, cabe penei-rar esses turbilhões emotivos eprojetar o futuro.

Áries 21/03 a 20/04A par tir de hoje e pelospróximos sete dias você já

poderá passar algumas teoriasbonitas pelo filtro da utilidade queelas na verdade tem. Período bompra focalizar melhorias e ajustes nocotidiano e na saúde.

Touro 21/04 a 20/05Com a cheia lunar de hojevocê tem todos os dados einformações para se voltar

à tarefa de investir nos seus própriosprojetos - pessoais, profissionais.Pode ser bem divertido esmiuçarcada passo a seguir.

Gêmeos 21/05 a 20/06Lua cheia em Virgembem impor tante pra vocêajustar vida profissional

com familiar. Reparos em casasão benvindos, ajustes e conver-sas para estabelecer rotinascomuns também. Imóveis emdestaque.

Câncer 21/06 a 21/07É pra você começar a olharo que se passa no seu

ambiente - e exercer todo o seu poderde discriminação sobre as informa-ções que receber. É a cheia lunar emVirgem - que permite refinar suashabilidades.

Sagitário 21/11 a 21/12Lua cheia em Virgem deslo-ca da família para a perfor-

mance profissional o objeto de suasansiedades e cismas. Quanto maisvocê provar ao chefe e ao mundo quesabe aplicar uma teoria complexa,melhor.

Capricórnio 22/12 a 21/01Pense naquela viagemespecial com que sonhou; a

partir de agora já pode organizarcada passo dela -combinando utili-dade com arte! Contatos com pes-soas de fora irão trazer nova visão. Éa Lua cheia; vale 14 dias.

Aquário 21/01 a 19/02Chegou o momento doano propicio para arru-

mar suas dívidas, iniciar umapoupança, engatar um projetof inanceiro com o cônjuge. Alucidez pra tudo isto vem destacheia lunar e dura por duassemanas.

Peixes 20/02 a 20/03Tantos astros em seu signoreforçam a autoconsciência,

a busca por liberdade, a luta pelo seuterritório. Não sobrou pro parceiro, ocliente, o cônjuge. Com a Lua cheiaem Virgem a atenção se volta paraeles.

HORÓSCOPO

CINEMADURO DE MATAR - UM BOMDIA PARA MORRER - (14Anos)MOVIECOM 1 – Hora:14:30 /16:40 / 18:50 / 21:00MOVIECOM 4 - Hora:13:20 /15:30 / 17:40 / 19:50 / 22:00

TAINÁ 3 - A ORIGEM - (Livre)MOVIECOM 2 - Hora:15:50;Hora: 14:00 / 15:50 (Sáb e Dom)

LINCOLN - (12 Anos)MOVIECOM 2 – Hora:17:40

A HORA MAIS ESCURA - (14Anos)MOVIECOM 2 – Hora:20:40

O VÔO - (14 Anos)MOVIECOM 3 - Hora: 16:15 /21:20

CAÇA AOS GÂNGSTERES -(16 Anos)MOVIECOM 3 – Hora:19:00

JOÃO E MARIA - CAÇADO-RES DE BRUXAS -(14 Anos)MOVIECOM 5 - Hora:15:00 /17:00 / 19:10 / 21:10

AS AVENTURAS DE TADEO- (10 Anos)MOVIECOM 6 – Hora:15:25;Hora:13:25 / 15:25

CIRQUE DU SOLEIL - (Livre)

MOVIECOM 6 – Hora:17:30 /

19:35 / 21:40

OS MISERÁVEIS - (14 Anos)

MOVIECOM 7 - Hora:14:40 /

17:45 / 20:50

OBS: A aprogramação pode

ser alterada sem prévio aviso.

Favor consultar o cinema

para confirmar o filme do dia.

w NÃO VEM MAISA participação da Sonia Bragaem “Salve Jorge” não vai maisacontecer. Depois de uma infini-dade de e-mails e telefonemas tro-cados entre ela e a Glória Perez,e muita vontade de parte a parte,foi impossível ajustar a questão dedatas. O trabalho que a Sonia estáfazendo na TV de lá, Estados Uni-dos, coincide com as datas dasgravações aqui. As duas deixa-ram para uma próxima.

w E ESSA AGORA?Um problema inesperado tem com-prometido as gravações de “José doEgito”, minissérie da Record.Comentários dos bastidores, quepartem do próprio elenco, dãoconta que a atriz Maytê Piragibenão quer mais beijos na boca emsuas cenas. Segundo essas fontes, ela teriadito que é uma mulher casada eo marido não iria gostar. Já pediu

uma dublê pra beijar o ÂngeloPaes Leme.

w A NOVIDADEDurante as gravações do "Futebo-lha", no Piscinão de Ramos, o"Caldeirão do Huck" recorreu aochamado heptocóptero para a rea-lização de imagens aéreas. Trata-se de uma pequena aeronave, com8 hélices em uma plataforma, euma câmera digital acoplada. Otempo de voo dura, em média,cerca de 20 minutos. É um obje-to simples, relativamente barato,e que está sendo cada vez mais uti-lizado por programas de TV.

w PEDRA EM CIMAContinuam rolando boatos sobrea participação dos cantores Sandye Fiuk na próxima novela das 11da Globo, “Saramandaia”. Só queessa possibilidade não existe. Osseus nomes nunca foram sequercogitados para o elenco.

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A Secretaria Municipal de Ser-viços Urbanos (Semsur) publicouuma portaria suspendendo, tempo-rariamente, a realização de festas eeventos nas áreas compreendidaspelos mercados públicos munici-pais. A situação de abandono que seencontra a maioria dos mercadospúblicos e as inadequações para arealização de eventos obrigaram omunicípio a suspender as festas por45 dias para que as devidas provi-dências sejam tomadas. O Merca-do de Petrópolis, Antônio Carneiro,Avenida Seis e da Redinha são osmais atingidos, pois vinham reali-zando festas em condições precáriase sem fiscalização.

O secretário de Serviços Urba-nos de Natal, Raniere Barbosa, ex-plicou que a medida foi tomada emfunção da necessidade em discipli-nar as atividades comerciais e even-tos nos Mercados Públicos da capi-tal, adequando-os as normas e prin-cípios regulamentares no âmbito daLegislação Federal, Estadual e Mu-nicipal, além da necessidade de pre-servação do patrimônio público. Aportaria considera que os movimen-tos culturais, sociais e comerciaisdevem se desenvolver com a devi-da observância da lei, do bem estarda coletividade, e com um mínimode condições de segurança e de es-trutura adequada.

A portaria publicada no DiárioOficial do Município da última quar-ta-feira (20) determina que fica sus-

pensa pelo prazo de 45 dias, a rea-lização de festas e quaisquer even-tos nos mercados públicos da capi-tal, e estabelece que a utilização doespaço físico dos mercados públi-cos seja analisada pela Semsur, afim de que sejam apresentadas idéiase ações que possibilitem a retoma-da dos eventos em questão, consi-derando a legislação ambiental, so-

nora e de segurança, além das de-mais normas pertinentes à espécie,bem como o interesse público e aconveniência administrativa.

"Estava tudo desorganizado. Re-cebemos os mercados públicos deNatal em uma situação de comple-to caos. Estamos bastante preocu-pados, pois os mercados estão muitodepredados e podem colocar em

risco a vida das pessoas. A suspen-são das festas nas dependências éuma medida, não para prejudicaros permissionários, mas sim paraorganizar e disciplinar a realizaçãodesses eventos. Além disso, quere-mos evitar que possa ter uma inter-venção do Ministério Público pornão respeitar a legislação ambien-tal ou da vigilância sanitária, pelascondições em que eles se encon-tram", destacou o secretário Ranie-re Barbosa.

Raniere conta que já se reuniucom os permissionários do Merca-do de Petrópolis e que, duranteesses 45 dias de suspensão, irá fazeruma agenda para visitar todos osmercados a fim de ouvir dos usuá-rios e permissionários as reais ne-cessidades de cada mercado. Emrelação às obras de recuperação dosmercados, o secretário disse quenão há previsão, em virtude da si-tuação financeira do município."Vamos iniciar pelo trabalho de ma-nutenção, fazendo os reparos míni-mos e necessários. Aquilo que hou-ver de mais urgente será feito, prin-cipalmente nas áreas de risco, masas obras de construção civil vão terque aguardar um pouco, pois esta-mos sem orçamento", afirmou o se-cretário. Raniere informou que oDepartamento de Engenharia daSemsur está concluindo um levan-tamento que está sendo feito nosmercados públicos de Natal.

No final de janeiro, a tradicio-

nal festa carnavalesca da cidade,o Baile do Mercado, foi realizadonas dependências do Mercado Pú-blico de Petrópolis, contando in-clusive com o apoio da Prefeiturade Natal. À época, a Semsur ficouresponsável pela limpeza do mer-cado e a colocação de banheirosquímicos, assim como a disponi-bilização de vigilantes e seguran-ças para atuarem nas dependên-cias do mercado.

No mesmo período, o secretá-rio Raniere Barbosa garantiu que oMercado de Petrópolis receberá ou-tros benefícios ainda no primeiro tri-mestre deste ano, como melhoriasna infraestrutura, fiscalização e umcalendário cultural, que será defi-

nido em parceria com a FundaçãoCultural Capitania das Artes (Fun-carte), que ampliarão a capacidadecomercial do mercado.

Uma nova portaria da Secreta-ria Municipal de Serviços Urbanosde Natal visa regulamentar o ho-rário de funcionamento dos mer-cados públicos de Natal. O Mer-cado Antônio Carneiro (da Aveni-da Seis), Peixe, Quintas, Fogo, Pe-trópolis e a Feira de Serviços pas-sam a funcionar a partir de agorade segunda a sábado, das 6h às17h e nos domingos e feriados das6h ao meio dia. O Mercado da Re-dinha funciona das 7h às 19h deterça a sexta, e das 7h às 20h nossábados e domingos.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 25 de fevereiro de 2013

Cidade

As crianças e jovens beneficia-das pelos projetos desenvolvidos pelaCasa de Amparo ao Menor, locali-zada no bairro de Felipe Camarão,zona Norte de Natal, foram presen-teados com mais uma novidade nainstituição. Na última quinta-feira(22), foi inaugurado o laboratório deinformática do Núcleo, que passaráa complementar as atividades e pro-jetos que já são realizados, na áreada educação, esporte e cultura, e apartir de agora, trazendo a inclusãodigital para o cotidiano dos alunos.

O laboratório de informática doNAM, é fruto de um Projeto de Ex-tensão de alunos do curso de Tecno-logia em Redes de Computadores daEstácio FATERN e foi montado comdoações arrecadadas pelos própriosacadêmicos, de mesas, cadeiras e dos11 computadores que já estão devi-damente instalados no local.

O Projeto de Extensão se divi-de em três etapas, onde, supervisio-nados por professores, os alunos daFATERN iniciam uma visita na res-pectiva instituição, identificando anecessidade de recursos tecnológi-cos, e elaboram uma proposta de in-tervenção. Caso seja aceita pela en-tidade, eles buscam apoio de em-presas privadas, e após consegui-rem doações realizam a implantaçãode um laboratório de informática,no local escolhido.

Instituições públicas e entida-des sociais que tenham a carência deserviços na área da informática(equipamentos ou assistência de pro-fissionais habilitados) e que estive-rem interessadas em participar doProjeto devem entrar em contatocom a coordenação do curso, pelotelefone 3642-7536.

De acordo com o professor deAdministração de Redes da FA-

TERN, Samuel Oliveira de Azeve-do, a montagem do laboratório foipossível após muito esforço, e be-neficiará à comunidade. "Começa-mos a trabalhar nesse projeto demontagem do laboratório em no-vembro do ano passado, após umaproposta da diretora do NAM. E osalunos se interessaram, abraçaramessa causa e correram atrás de doa-ções, que foram feitas por diversasempresas. Montamos toda infraes-trutura e o cabeamento para Internetestá pronto, é um ótimo projeto, ecom muito esforço conseguimosconcretizá-lo, e acredito que só trarábenefícios a esses alunos da comu-nidade", afirmou o professor Sa-muel Oliveira.

A novidade agradou de cara osalunos do Núcleo, que se mostra-ram muito à vontade com as má-quinas. O pequeno José Lucas deLima, de 9 anos, disse que a partirde agora ficará ainda mais empol-gado com as atividades do NAM."Gostei muito desse laboratório, poisjá sei mexer em algumas coisas. Fizum curso e aqui vou poder aprendermais ainda. Quero jogar, pesquisarna Internet, fazer trabalhos, e assimvirei mais animado para os projetos",disse João Lucas.

Já para Jadson Nascimento, de11 anos, que há 2 anos faz parte doNúcleo, todas as atividades realiza-das são importantes e a oportunida-de de aprender informática será umdiferencial. "Aprendo muitas coisasdesde que entrei, e poder aprenderinformática vai ser uma oportuni-dade muito importante pois poderáabrir as portas para o meu futuro",disse Jadson.

O Núcleo de Amparo ao Menor(NAM) é uma instituição benefi-cente que há 18 anos apóia, cria, de-

senvolve e executa diversos proje-tos educativo, sociais, saúde, cultu-rais e de lazer entre crianças, ado-lescentes, jovens e adultos. Atual-mente, o NAM atende cerca de 430pessoas do bairro de Felipe Cama-rão e de acordo a gestora da insti-tuição, Eunice Alves, o Núcleo ajudaa mudar a realidade da comunida-de. "Felipe Camarão é um bairro demuitas dificuldades sociais, onde apopulação não tem muito o quefazer, não há praças, cinemas, qua-dras, então quando surgem projetossociais como os nossos, eles se em-polgam, pois ficam com suas men-tes ocupadas e saem da ociosidade.Nós realizamos um trabalho preven-tivo, pois não queremos tirar ascrianças das ruas, mas o que nãoqueremos é deixá-las ir para elas,

quando podem estar fazendo coisasmais produtivas durante o tempolivre", disse Eunice Alves.

O NAM trabalha com criançase adolescentes em situação de vul-nerabilidade social, e 20 adultosem projetos específicos e para par-ticipar dos projetos, é necessárioque estejam matriculados no ensi-no fundamental ou médio, e te-nham no mínimo 75% de freqüên-cia escolar. Todos os participantesrecebem reforço alimentar emforma de lanche após as atividades,que são gratuitas. As atividades sãorealizadas de segunda à sexta-feira,das 7 às 17 h, e aos sábados o es-paço abre as portas para o progra-ma de extensão universitária pres-tando atendimento médico, cursosou palestras para a comunidade.

Prefeitura de Natal suspende temporariamentea realização de festas nos mercados públicosSECRETARIA DE SERVIÇOS URBANOS DIZ QUE DECISÃO FOI TOMADA PARA DISCIPLINAR AS ATIVIDADES COMERCIAIS

Mercado Público de Petrópolis está proibido de realizar eventos por 45 dias

Diretora do NAM, Eunice Alves diz que entidade muda realidade de Felipe Camarão

> EDUCAÇÃO

Núcleo de Amparo ao Menor teránovo laboratório de informática

Wellington Rocha

Wellington Rocha

Page 20: FLIP  25/02/2013

Érika [email protected]

Cidade Segunda-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 25 de fevereiro de 2013

Moda & Atitude

Dickson Medeiros

Lula Barreto e JulianaProtásio reuniram em Búzios

para celebrar o noivadoO aniversariante do dia Fred

Queiroz com a família reunida

Suzana e Neto Brasil

Themis Dantas, Eliete eFernando Garibaldi

Ster e EduardoPatrício

Themizinha e Sergio Freitas comemorandoa formatura do filho Nando, ao lado da

namorada PatríciaEloina Fonseca, Gerlane e Anieda

Calafange e Marília Mendes

Jomar Junior, Armando Diniz eFlávio Góis

Kleber Rego e Angélica; Gariba eDébora Dias

Dia de ser felizHoje é o dia de festejar e co-

memorar muito a idade do amadomarido desta colunista, Fred Quei-roz e desejar muita saúde, amor epaz pra comemorar mais 44 anosde vida ao seu lado.

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Noivado em BúziosApraia de Búzios foi o palco

para a comemoração do noivadode Lula Barreto e Juliana Protá-sio, que reuniram os amigos e afamília numa festa descontraída,aà beira mar da praia de Búzios,no melhor estilo dos dois.

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Comemoração da formatura

Sábado também foi a come-moração da formatura de Fernan-do Freitas, Nando, filho de The-misinha e Sergio Freitas na casados avós paternos, Eliete/Fernan-do Garibaldi, que reuniu uma mo-çada bonita e animada.

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Entre amigosA festa que começou às 14h

só terminou nas primeiras horasdo domingo, com muito churras-co, chopp, cerveja gelada escotch com direito à banda ba-cana e tudo. Themisinha e Ser-gio receberam os amigos naparte superior da bela casa, comdireito a resenhas, um bom tinto,pizzas deliciosas e doces dosdeuses. Tudo maravilhoso!

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Preview Ilumina Bem Você

O BEM VOCÊ foi escolhi-do para ter exclusividade duran-te dois meses em Natal e lançaros segredos da maior inovaçãoda indústria de coloração dosúltimos 20 anos “ILUMINA”da Wella, uma maravilha de luzcom proteção superior para osfios de seus cabelos.

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Lançamento...Nesta quarta-feira no Fogo &

Chama, às 19h, um seleto grupoformador de opinião terá a opor-tunidade de ver uma demons-tração deste resultado sublime.Irei conferir e contarei tudo,aguardem! Já nesta mesma se-mana, disponível nos Espaçosde beleza Bem Você.

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Oscar 2013A grande atração deste do-

mingo, 24/02, foi a 85ª ediçãodo Oscar em Los Angeles, rea-lizada pela Academia de Artese Ciências Cinematográficas deHollywood. Quem gosta demoda e entretenimento teve umfim de tarde bastante agitado.Vários canais transmitiram aovivo a chegada das celebritiesao grande evento e, lógico, asredes sociais pipocaram. Ama-nhã traremos “as mais bem ves-tidas” que encheram os nossosolhos de beleza e elegância.

Ah, quer saber...Melhor filme: Argo Melhorator:Daniel Day-Lewis por LincolnMelhor atriz:Jennifer Lawrence por OLado Bom da Vida Melhor atorcoadjuvante:Christoph Waltz porDjango Livre Atriz coadjuvante: AnneHathaway por Os Miseráveis Melhordireção: Ang Lee por As Aventuras dePi Melhor roteiro original:DjangoLivre (Quentin Tarantino) Melhorroteiro adaptado: Argo (Chris Terrio)Melhor filme estrangeiro:Amor(Áustria) Melhor filme de animação:Valente Melhor fotografia: AsAventuras de Pi: Claudio MirandaMelhor edição: Argo: WilliamGoldenberg Melhor direção dearte:Lincoln: Rick Carter, JimErickson Melhor figurino: AnnaKarenina: Jacqueline Durran Melhormaquiagem: Os Miseráveis Melhortrilha sonora original: As Aventurasde Pi: Mychael Danna Melhorcanção: 007 - Operação Skyfall, deAdele, Paul Epworth ("Skyfall")Melhor edição de som: 007 -Operação Skyfall/A Hora Mais EscuraMelhor mixagem de som:OsMiseráveis Melhor montagem:ArgoMelhores efeitos visuais: AsAventuras de Pi Melhordocumentário:Searching for SugarMan Melhor documentáriocurta:Inocente Melhor curta:CurfewMelhor curta animado:Paperman

A SEGUIR A LISTADOS VENCEDORES

NAS 24 CATEGORIAS:

Os favoritos"Argo", dirigido por Ben Af-

fleck, confirmou o favoritismoe conquistou o principal prêmioda noite: melhor filme. Já AngLee, por "As aventuras de Pi",surpreendeu e foi eleito o melhordiretor, desbancando StevenSpielberg e seu longa "Lincoln",indicado em 12 categorias.

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Recordista de prêmios da noite

"As aventuras de Pi" foi o re-cordista de prêmios da noite, le-vando para casa quatro estatuetas(direção, fotografia, trilha sonoraoriginal e efeitos visuais). Logoatrás, vem 'Argo' com três prê-mios importantes (melhor filme,roteiro adaptado e edição). Em-patado com o longa de Affleck,vem "Os Miseráveis", de TomHooper, que também conquistoutrês estatuetas (atriz coadjuvante,mixagem de som e maquiagem).

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A decepção...Mas a maior "decepção" da

noite foi "Lincoln", já que estavana liderança de indicações. Ele foranomeado em 12 categorias, in-cluindo melhor filme, diretor e ator,mas levou apenas dois prêmios(melhor ator e direção de arte).

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A grande surpresa...A surpresa do Oscar 2013

ficou com um empate em umadas categorias, algo raro de acon-tecer na premiação. "007 - Ope-ração Skyfall" e "A Hora MaisEscura" dividiram o prêmio demelhor edição de som.

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EmpateUm empate como este só acon-

teceu duas vezes na academia deHollywood: em 1968, quando oprêmio de melhor atriz ficou comKatharine Hepburn e Barbra Strei-sand; e em 1995, quando "FranzKafka's It's a Wonderful Life" e"Trevor" ganharam a estatueta demelhor curta-metragem.

Até amanhã!

Fotos:Divulgação