Florbela espanca

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Florbela Espanca Poetisa Portuguesa

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Florbela EspancaPoetisa Portuguesa

Florbela Espanca nasceu em Portugal Vila Viosa no dia 08 de dezembro de 1894. Filha de Antonia da Conceio Lobo, que faleceu em 1908.

Florbela ento educada pela madrasta Mariana e pelo pai, Joo Maria, que s a reconheceu como filha depois de sua morte. Estudou no Liceu, em vora, concluindo o curso de Letras.

Florbela foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura de Portugal. Sua poesia conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional, onde o sofrimento, a solido, e o desencanto esto aliados ao desejo de ser feliz.

Por volta dos oito anos de idade, Florbela escreveu seu primeiro poema:

A Vida e a MorteO que a vidae a morteAquela infernal inimigaA vida o sorrisoE a morte da vida a guaridaA morte tem os desgostosA vida tem os felizesA cova tem a tristezaE a vida tem as razesA vida e a morte soO sorriso lisonjeiroE o amor tm o navioE o navio o marinheiro.

Em 1913, casa-se com Alberto Moutinho, seu colega de escola. Em 1917, Florbela foi a primeira mulher a ingressar no curso de Direito da Universidade de Lisboa.

Em 1919, lanou Livro de Mgoas

AmbiciosaPara aqueles fantasmas que passaram,Vagabundos a quem jurei amar,Nunca os meus braos lnguidos traaramO voo dum gesto para os alcanarSe as minhas mos em garra se cravaramSobre um amor em sangue a palpitar Quantas panteras brbaras mataramS pelo raro gosto de matar!Minha alma como a pedra funerriaErguida na montanha solitriaInterrogando a vibrao dos cus!O amor dum homem? Terra to pisada!Gota de chuva ao vento baloiadaUm homem? Quando eu sonho o amor dum deus!

Nessa poca comea a apresentar um desequilbrio emocional. Sofre um aborto espontneo, que a deixa doente por um longo perodo. Em 1921, divorcia-se de Alberto e casa-se com o oficial de artilharia Antnio Guimares. Em 1923 publica Livro de Soror Saudade.

Amar!Eu quero amar, amar perdidamente!Amar s por amar: aqui almMais Este e Aquele, o Outro e toda a genteAmar! Amar! E no amar ningum!Recordar? Esquecer? Indiferente!Prender ou desprender? mal? bem?Quem disser que se pode amar algumDurante a vida inteira porque mente!H uma primavera em cada vida: preciso cant-la assim florida,Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!E se um dia hei de ser p, cinza e nadaQue seja a minha noite uma alvorada,Que me saiba perder pra me encontrar

Nesse mesmo ano, sofre novo aborto e separa-se do marido. Em 1925, casa-se com o mdico Mrio Laje.Em 1927, sua vida marcada pela morte do irmo Apeles, em um acidente de avio, fato que a levou a tentar o suicdio.

A morte precoce do irmo lhe inspirou a escrever As Mscaras do Destino.

A Minha DorA minha Dor um convento idealCheio de claustros, sombras, arcarias,Aonde a pedra em convulses sombriasTem linhas dum requinte escultural.Os sinos tm dobres de agoniasAo gemer, comovidos, o seu mal E todos tm sons de funeralAo bater horas, no correr dos dias A minha Dor um convento. H lriosDum roxo macerado de martrios,To belos como nunca os viu algum!Nesse triste convento aonde eu moro,Noites e dias rezo e grito e choro,E ningum ouve ningum v ningum

Outras obras pstumas foram:

Com tamanha angstia na alma, agravada pelo suicdio do irmo Apeles, somada aos problemas crnicos de sade (colite, apendicite e outras), ela decide dormir eternamente. Escolhe o dia e a hora dos seus 36 anos, s 2 horas da manh do dia 8 de dezembro de 1930, para tomar overdose de Veronal, remdio que passou a usar para combater a insnia que a atormentava desde criana.

Florbela Espanca foi homenageada com uma estatua e um filme extraordinrio.

O filme de Florbela