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A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. Flores comestíveis: rosas Autor(es): Barbosa, Orquídea Publicado por: Publindústria URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/29914 Accessed : 1-Sep-2021 07:44:10 digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e

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este aviso.

Flores comestíveis: rosas

Autor(es): Barbosa, Orquídea

Publicado por: Publindústria

URLpersistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/29914

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FLORES COMESTÍVEISROSAS

Por: Orquídea Barbosa [email protected] em Engenharia AgronómicaEscola Superior Agrária - Instituto Politécnico de Viana do Castelo

As rosas são talvez as flores mais populares da atualidade. Esta flor já era usada pelos povos assírios, babilónios, egípcios e gregos, como, elemento decorativo e para cuidar do corpo em banhos de imersão.

As flores das roseiras têm inúmeras utilidades e a comercialização desta es-pécie é relevante no setor das plantas ornamentais e na indústria de cosméticos

e fitoterapêuticos. No ano passado, a Sociedade Internacional das Ervas, International Herb Association (IHA), elegeu a rosa como Erva do Ano 2012. A eleição é feita todos os anos tendo por base pelo menos duas das três categorias: culinária, medicinal ou ornamental, porém, a rosa encaixa perfeitamente nas três. A flor de roseira, para além da sua vertente mais popular, a decorativa, também possui propriedades que permitem a sua utilização na cosmética, em terapêuticas, na medicina e, ainda, na culinária, pois é uma flor comestível.

A rosa é tradicionalmente muito utilizada, como flor comestível, em países como Índia, Paquistão, Afeganistão, Turquia e demais países vizinhos.

A ESCOLHA DA FLOR DE ROSA PARA CONSUMOTodas as flores de roseiras podem ser consumidas, desde que se tenha sempre em atenção a segurança alimentar das mesmas. As rosas produzidas para ornamentação não podem ser uti-lizadas na alimentação humana, porque as normas de produção destas não são as mesmas da produção destinada à cadeia alimentar. No entanto, apesar de todas as rosas serem comestíveis, nem todas têm interesse gastronómico.

As flores mais aconselhadas para consumo, como comestível, são aquelas que exalam mais odor, quanto melhor o cheiro, melhor será o seu sabor. Aconselha-se, assim, escolher as rosas pelo cheiro, às quais estão relacionadas as variedades mais antigas ou selvagens como a Rosa rugosa, Rosa damascena, Rosa galica, Rosa canina, Rosa alba e Rosa centifolia.

Nome científico: Rosa sppFamília: RosaseaeOrigem geográfica: ÁsiaNome popular: Rosa

A FLOR As rosas são flores que florescem normal-mente na primavera/verão. Existem muitas variedades de rosas e estas podem ser simples ou dobradas. As variedades mais antigas são as mais simples e apresentam cinco pétalas, como é o caso da Rosa canina; já as variedades mais evoluídas têm as suas corolas dobradas e podem apresentar um número de pétalas muito variável. As rosas dispõem-se, normal-mente, de forma solitária ou agrupadas em cachos nas extremidades das hastes das rosei-ras. São compostas por uma corola de várias cores e padrões, dependendo da variedade, muitos estames e um ovário inferior que se insere no recetáculo, e todas têm sempre cin-co sépalas. Após a floração geram-se os frutos de tom avermelhado e tamanhos variados e, normalmente, quanto menor o ciclo de flora-ção da roseira maior é o fruto, este designa de baga e no entanto também é comestível.

A PLANTAA roseira é uma planta arbustiva, caducifólia, de crescimento rápido. Tem caules lenhosos, com acúleos/espinhos, e as folhas são simples, pinuladas ímpar, partidas em cinco ou sete folíolos ovulados de margens denteadas.

A roseira pode apresentar-se em diversos portes, trepadeiras ou não, de tamanhos va-riável, podendo crescer até 3m num só ano, ou, ainda, serem rastejantes ou anãs.

HORTOFRUTICULTURA & FLORICULTURA

33AGROTEC / JUNHO 2013

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1- http://www.floresjardim.com/as-rosas.htm2- http://www.iherb.org/articles/roses_in_the_kitchen.htm3- http://www.edibleaustin.com/content/editorial/

editorial/848?task=view4 - http://www.gardenorganic.org.uk/factsheets/gg45.php5- Mattok, M. (1980). Guia Prático das Rosas. Editorial

Presença.6 - Ousdhorm, W. (1998). Guia Prático de Jardinagem.

Editorial Presença.7- http://sabores.sapo.pt/gourmet-artigo/artigo/flores-

-comestiveis-18- http://whatscookingamerica.net/EdibleFlowers/Edible-

FlowersMain.htm9 - Bremnes, L. (1990). Plantas Aromáticas. Civilização.

/ /BIBLIOGRAFIA >

As roseiras adaptam-se a quase todos os tipos de solo, mas preferem solos franco-argilosos e ricos em matéria orgânica. Porém, preferem locais com boa exposição solar e protegidos dos ventos.

As pragas e doenças mais comuns das roseiras são os afídios, os aranhiços vermelhos, o míldio, o oídio e a ferrugem.

PREPARAÇÃOAs rosas não necessitam de muitos cuidados na sua preparação para consumo, apenas se deve ter em atenção a existência de insetos, passar a flor levemente por água ou limpar com pincel suave de modo a retirar poeiras. Destacam-se as pétalas e retira-se a parte branca da base das pétalas, uma vez que é amarga, principalmente quando se pretende consumir diretamente a pétala. Caso contrário, não se torna declaradamente necessário.

UTILIZAÇÃOAs pétalas de rosa têm inúmeras utilidades culinárias, podem ser consumidas em cru, tem-peradas ou não, e cozinhadas, podendo ser parte integrante de entradas, pratos principais e sobremesas.

Harmonizam bem em saladas, entradas diversas, no pão, bolos, biscoitos e doces. Na co-zinha árabe, a essência de rosas é tradicionalmente utilizada em cremes, mousses e sumos de frutas, principalmente em limonadas e sumos de laranja uma vez que confere um sabor exótico. Normalmente, a essência é feita através de uma infusão para concentrar o sabor a rosas.

Quando se pretende preparar um prato quente com rosas, apenas se adicionam às receitas depois do preparo já ter ido ao lume, pois as altas temperaturas comprometem as características naturais. O utilizador deve, ainda, saber escolher a flor em função do prato que pretende prepa-rar. Há espécies com um sabor mais acre, mais adocicado ou mais amargo. Tal como qualquer outro ingrediente, as flores comestíveis têm que ser utilizadas com sensatez. 

As rosas podem também ser utilizadas para aromatizar vinagres, azeites, óleos, licores, escurecer vinhos, geleias, fazer chá e ser cristalizadas.

COLHEITA E CONSERVAÇÃOA melhor altura para colher as rosas é pela manhã, após o levantar do nevoeiro e antes de chegar o calor do dia. Devem colher-se as flores abertas e não danificadas e, após a colheita, devem colocar-se num recipiente onde se molhem apenas as bases das hastes e não a flor em si; tam-bém se pode colher as flores sem haste e colocá-las sobre um pano húmido. A conservação das rosas em fresco pode ser feita sobre refrigeração, entre 10 a 12º, até uma semana. Outras formas de conservação podem passar pela secagem, cristalização ou transformação, como no caso da geleia de rosas e licores.

PROPRIEDADESAs rosas possuem algumas vitaminas e minerais e têm baixo teor calórico, cerca de 40 calorias por 100 g. São ricas em vitaminas C, B, E, K e taninos, podendo ser empregues em tratamentos renais, diarreias, infecções intestinais, inflamações dos olhos, inflamações bucais e úlceras.

Geleia de pétalas de rosa Ingredientes:450 g de pétalas de rosa muito per-fumadas, vermelhas ou cor-de-rosa, lavadas e sem a base branca e amarga;6 dl de água;450 g de açúcar em pó;Sumo de 2 limões;1 colher de sopa de água de rosas;

Procedimento:Deixar a água levantar fervura numa panela grande. Reduzir o lume e adi-cionar as pétalas de rosa. Deixar fer-ver, em lume brando, durante cinco minutos, até as pétalas ficarem moles.Adicionar o açúcar e o sumo de limão. Cozer, sempre em lume brando, du-rante meia hora. Mexer até o açúcar se dissolver e a mistura começar a en-grossar. Acrescentar a água de rosas.Deixar o preparado ferver, fazendo bo-lhas. Quando estas se transformarem em espuma, verificar o ponto de açú-car: pôr uma colherada de geleia num prato frio, deixar arrefecer e passar um dedo à superfície; se esta se enrugar, a geleia está pronta.Deixar arrefecer ligeiramente, colocar os frascos esterilizados com a geleia, fechar e etiquetar.

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